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RESUMO
O desenvolvimento tecnológico atual colocou o mundo em um constante estado de mudança, trazendo novas soluções e desafios
para setores diversos da economia, no Brasil e no mundo. Com isso, tornou-se palavra comum no mundo empresarial a expressão
“indústria 4.0”, que resume o momento que se vivencia: a Quarta Revolução Industrial. E como se trata de uma revolução a nível
mundial, o tempo é de disrupção e mudanças. Novas profissões, conceitos e nichos são criados diariamente, todos em um cenário
de muitas perguntas e propostas, com poucas definições concretas. Enfim, a sorte está lançada, proporcionando oportunidades
para novos atores e transportando paradigmas para o passado. O tempo é de mudança, que será retratada neste artigo sob o
prisma dos impactos no setor industrial.
ABSTRACT
The current technological development has put the world in a constant state of change, bringing new solutions and challenges to
diverse sectors of the economy, in Brazil and in the world. With this, the expression "industry 4.0" has become a common word in
the business world, which sums up the moment in which we live: the Fourth Industrial Revolution. And since this is a worldwide
revolution, the time is one of disruption and change. New professions, concepts and niches are created daily, all in a scenario of
many questions and proposals, with few concrete definitions. Ultimately, luck is launched, providing opportunities for new actors
and carrying paradigms into the past. The time is of change, which will be shown in this article under the prism of impacts in the
industrial sector.
1.INTRODUÇÃO
A Logística 4.0 está acontecendo hoje, como uma evolução conceitual e prática,
promovendo e adequando empresas e indústrias a uma nova ordem, mudando por completo a
forma como essas instituições entendiam a competitividade global. Por essa evolução passam
produtos, serviços e informações, cuja produção ou operação empregue maquinário
computadorizado, robôs na linha produtiva, impressoras 3D, ou quaisquer outros componentes
relacionados à uma produção melhor planejada ou, pela nova conceituação, “inteligente”.
Assim, o objetivo geral deste, foi por trazer para a comunidade acadêmica, informações
sobre a mudança de conceitos relacionados a estratégia da empresa e/ou indústria, quando estas se
encontram no “centro do furacão” da Indústria e Logística 4.0, componentes que, hoje constroem
história, pautada em muita tecnologia, colaborações e inovações.
Com os objetivos específicos, se propõe afinar as habilidades de pesquisa dos autores,
promover o trabalho em equipe, desenvolver a escrita acadêmica e aproveitar a oportunidade de
participação em um congresso internacional, trazendo uma pesquisa atual e necessária para as
instituições do CPS, alunos e professores do ensino superior tecnológico e toda a comunidade.
Com esses objetivos, pretendeu-se resolver a situação problematizadora (problemática) e/ou
pergunta de pesquisa, que se concentra na possibilidades das empresas de se atualizarem e
acompanharem tal desenvolvimento e/ou mudanças.
Como justificativas para a escrita de um trabalho com o tema Logística 4.0, destaca-se que,
é uma tendência tecnológica recente, que nasce totalmente digital e com capacidade de integrações
facilitando um ambiente industrial avançado; tem grande flexibilidade em seu sistema e
componentes. É também um elemento-chave para uma logística descentralizada e customizada,
sendo utilizada nos mais variados segmentos e portes empresariais, ou mesmo, facilitando e
reduzindo a cadeia logística; os estudos significativos sobre o tema, também o insere em tópicos
como, a criação de ambientes favoráveis à inovação, colaborações de instituições público-privadas,
não apenas por propor uma forma de uso para as tecnologias recentes, mas também, como um
potencial elemento estratégico da Indústria 4.0.
Em relação aos procedimentos metodológicos adotados, os mesmos se resumem em
pesquisa exploratória bibliográfica e documental, como também, um estudo de campo baseado na
temática, realizado junto a um profissional da área que está auxiliando empresas como a GERDAU
a “surfar na onda 4.0”.
O estudo justifica-se pela importância do assunto Logística 4.0, suas ramificações,
vantagens e disfunções neste momento das empresas locais ou globais e, informações sobre essa
base enquadram-se hoje, como estratégicas na realidade dessas empresas.
A estrutura do artigo é composta por esta introdução (Seção 1), pelo Embasamento Teórico
contido na Seção 2, onde tratou-se de uma pequena revisão sobre a logística 4.0, sua integração
com a indústria 4.0, algumas soluções trazidas com essa junção e, alguns (principais) benefícios
creditados. Já na Seção 3, é apresentado o Desenvolvimento da Temática ou principais materiais
e métodos utilizados para a pesquisa. Os Resultados e Discussões a luz da bibliografia e, apoiado
pelo estudo de campo são registrados na Seção 4 e, o trabalho se encerra com a Seção 5,
Considerações Finais.
2.EMBASAMENTO TEÓRICO
O conteúdo desta seção, embasamento teórico, se concentra, principalmente em atualizar
o leitor interessado sobre a Logística 4.0, sua integração com a Indústria 4.0 e, sua ramificação
para os benefícios corporativos que esta traz consigo, como se discorre nas subseções.
2.1 A Logística 4.0 e Sua Integração Com a Indústria 4.0: soluções estratégicas
O estabelecimento da Logística 4.0, deriva da Indústria 4.0, atualização necessária para que
as empresas e/ou industrias possam se tornar ainda mais competitivas no mercado e, que segundo
Coelho (2016) e Barreto et al, (2017), se integram para auxilio em muitos negócios concentrados
nessa nova indústria, porém, com sua produção realizada em escalas maiores, com grandes
quantidades de produtos acumulados em estoques imensos, objetivando a disponibilidade de itens
para sempre satisfazerem demandas, ou seja, com uma Logística tradicional.
Como explicado pela Revista Mundo Logística (2017), com o avançar da tecnologia,
acompanhada pela atualização dos sistemas produtivos inteligentes, o foco de empresas e
indústrias também começarão a voltar-se par o cliente e a sua exigência e, por ele, produzir bens
personalizados, fabricar apenas o essencial para a comercialização e em período de tempo
reduzido. Mas, para que isso se torne possível, é preciso que toda a cadeia de suprimentos tenha o
mesmo pensamento e mantenha as necessidades alinhadas, o que, acarreta na diminuição do
consumo de produtos acabados e matéria-prima, na restrição dos níveis estocásticos e, no aumento
da agilidade e otimização processual. Outra possível consequência positiva para empresas e
indústrias é a “não dependência” de grandes CDs e respectiva supply chain envolvida, que ganhará
também em tempo, qualidade e cooperação. Termos como Indústria 4.0, Smart Factory, Intelegent
Factory, Factory of the Future são termos que descrevem uma visão do que será uma fábrica no
futuro e, nesta visão, as fábricas serão muito mais inteligentes, flexíveis, dinâmicas e ágeis. Em
outra definição, Smart Factory, diz respeito a uma fábrica que faz produtos inteligentes, em
equipamentos inteligentes, em cadeias de abastecimento inteligentes (COELHO, 2016).
Assim, o conceito de Logística 4.0 pode ser resumido pelo aperfeiçoamento de uma
logística ancestral, que tem como proposta básica, mais necessidade de investimento tecnológicos
e, com eles, espera-se alcançar incremento de seu market share, ideia disseminada após a quarta
revolução industrial, reconhecida como período da Indústria 4.0 (BARRETO et al., 2017). O foco
dessa nova indústria se concentra no uso da tecnologia como a maior aliada do crescimento
organizacional e, dessa forma, a tendência é a de que os processos sejam automatizados,
contribuindo para o aumento da produtividade e o ganho de eficiência nas operações. Isso se torna
possível graças ao uso de soluções como Big Data, IA - Inteligência Artificial, Cloud Computing,
Internet das Coisas, dentre outras.
melhor gestão e, só diante disso, a empresa ou indústria garantirá as soluções para os problemas,
ou mesmo, caminhos e oportunidades desconhecidas.
Como ressalta Ribeiro (2014), o “Big Data” opera também como um sistema de busca e
recomendação que parte de perfis de usuários inerentes que podem ser reunidos ou relacionados a
demais perfis que, por exemplo, quando acrescidos de históricos de compras dados originados por
redes sociais, podem assegurar descobertas de novos produtos a serem ofertados. Para os
expoentes do Big Data (como Hurwitz et al., 2016), novos desafios são trazidos para o profissional
da informação, que agora não pode abster-se de ferramentas voltadas para a otimização como
Hadoop e MapReduce, HDFS , além de abordagens como o Machine Learning e Analytics, uma
vez que, a capacidade humana de análise de dados e informações multifaces é limitada, logo,
instrumentos são necessários para auxílio na execução destas tarefas, vencer desafios, reunir e
analisar fontes de diversas naturezas, fatos que oportunizam as pesquisas que elevam o tema.
melhoria em relação aos servidores tradicionais, permitindo uma melhor otimização e controle dos
recursos e flexibilidade no serviço que é contratado. É uma tecnologia que acrescenta valor ao
conceito de Indústria 4.0, potenciando a computação, monitorização, gestão e controle industrial,
sendo propósito principal, fazer com que um Programmable Logic Controller (PLC) se comunique
com um serviço de nuvem através de um dispositivo intermediário. Os PLCs são utilizados para
controle de máquinas e processos industriais, mas usualmente ficam isolados do exterior no âmbito
de fornecer informação. Ao interligá-los com o serviço de nuvem, a informação pretendida pode
ser enviada para uma base de dados para posteriormente ser analisada, possibilitando que o usuário
facilmente some informações recolhidas do PLC aos serviços disponibilizados pela nuvem e, que
também permite que cada controlador seja integrado aos serviços relacionados com monitorização,
previsão e gestão de dados (TAURION, 2009).
Marston et al. (2011) também escreveram que nesse modelo de serviço de TI, os serviços
de computação são oferecidos sob demanda para os clientes “via rede de dados”, contando com
facilidades como autoatendimento e, alguns recursos são necessários para fornecer os melhores
níveis de qualidade exigidos. Trata-se de uma tecnologia adaptada à cooperação entre instituições,
ou seja, é compartilhada, escalável, rapidamente provisionada, virtualizada e lançada com o
mínimo de interação com o provedor do serviço. Usuários pagam pelo serviço como despesa
operacional, sem incorrer em despesas de capital inicial significativo, com os serviços em nuvem
empregando um sistema de medição que divide o recurso de computação em bloco apropriado.
E, por fim, segundo Taurion (2009), Da Silva et al. (2012), e Marchisotti et al. (2019), outra
característica fundamental do modelo Cloud Computing, é chamada de “pool de recursos”, onde
tecnologias como virtualização e multitenancy (ou multialocação) permitem ao provedor
disponibilizar simultaneamente ou não alguns recursos computacionais, de acordo com a demanda
e necessidade dos clientes.
Dentre as diversas vantagens da adaptação das operações da Industria 4.0 para a Logística
4.0, este artigo apresenta nas seções que seguem, além da defesa da melhora ou otimização na
análise de dados (fruto dos esforços das soluções já citadas 2.1.1 – 2.1.4), também benefícios como
maior foco na estratégia de negócios, a redução de custos e, o aumento da satisfação dos clientes
(DELOITTE, 2018).
diretamente na Logística 4.0, por exemplo, qual o efeito da eliminação de uma linha de produto
no lucro operacional? é melhor fabricar ou comprar? quais preços devem ser aumentados? Assim,
com redução de perdas, otimização do transporte e a desburocratização dos processos, chega-se à
redução dos custos operacionais e a empresa se torna mais competitiva no mercado e dele consegue
conquistar fatias maiores (RUST, et al., 2002)
3. DESENVOLVIMENTO DA TEMÁTICA
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO
De acordo com o especialista, esse processo leva, de 10 a 20 dias até que seja finalizado.
Porque comporta, desde as etapas iniciais de compra, quando o profissional comprador solicita o
produto, o que posteriormente será comunicado para os engenheiros da GERDAU, os quais
verificarão se é possível produzir o material e se é possível cumprir no prazo solicitado. Dentro
dessa verificação, existe a possibilidade de visita técnica da equipe de especialistas, da empresa,
para verificar o tipo de material que será produzido para o cliente. Consideradas as etapas de
solicitação, verificação e envio do orçamento, o prazo médio é de 20 dias. Entretanto, as esse
quadro está em mudança, pois, agora, o cliente coloca essa informação de comportamento na
plataforma (ISA), que traduz isso e estabelece um portfólio de produtos na linguagem do cliente.
Essa resposta leva, média, 10 minutos, segundo Júnior. Com isso, a GERDAU, identificou-se dois
tipos de vantagens:
“Há o retorno intangível, que é o retorno financeiro imediato, mas muito do intangível,
que é aquela sensação que você dá para o cliente de uma melhor experiência e isso pode
ser traduzido como mercado, a longo e médio prazo. É o tangível, a médio prazo, e o
intangível que é o tanto de que isso vai trazer de fidelização do cliente”.
Logo, dessa forma, houve um significativo ganho de processos, sobretudo logísticos, com
a aderência de machine learning, já que a ISA, de acordo com Roberto, possibilita a possibilidade
de que a empresa “aprenda” com o cliente dentro dos processos da GERDAU. E, considerando-se
apenas o tempo de ganho com atendimento, de 20 dias para 10 segundos, tem-se o ganho 17
milhões por cento, fora outras necessidades operacionais que foram reduzidas como viagens,
gastos com pessoal especializado, burocracia desnecessária etc.
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Este trabalho traz a Logística 4.0 como consolidada no cenário nacional, ou seja, deixa de
ser tendência e se torna cada vez mais “real” no Brasil e no mundo. As empresas estão investindo
nesse modelo e, como apresentado na discussão, empresas como a GERDAU, podem sair na frente
de seus concorrentes, criar diferenciais competitivos, ganhando mais mercado.
Ainda pode-se destacar que, entender e atender necessidades dos clientes, ainda é basilar
para que a empresa os mantenham felizes e fidelizados, sempre considerem a empresa como
primeira alternativa no momento de um novo contrato ou nova compra, dessa forma, muitos
desafios ainda devem ser superados, sendo talvez, um dos mais importantes, aquele que está ligado
à mudança de cultura, uma vez que todos devem estar preparados para a nova forma de executar e
monitor processos.
Outro ponto importante, anotado na revisão conceitual do artigo que é merecedor de
destaque, é que em modelos tradicionais (tanto da produção ou seu fragmento logístico), as
empresas costumavam operar com níveis altos de estoque e centros de distribuição não tão
X FATECLOG - LOGÍSTICA 4.0 & A SOCIEDADE DO CONHECIMENTO
FATEC GUARULHOS – GUARULHOS/SP - BRASIL
31 DE MAIO E 01 DE JUNHO DE 2019
ISSN 2357-9684
X FATECLOG
LOGÍSTICA 4.0 & A SOCIEDADE DO CONHECIMENTO
FATEC GUARULHOS – GUARULHOS/SP - BRASIL
31 DE MAIO E 01 DE JUNHO DE 2019
ISSN 2357-9684
conectados, contribuindo para a incidência de erros e perdas, entretanto, na Logística 4.0 entra o
grande desafio: o de eliminar estoques ao mesmo tempo em que se diminui o lead time dos pedidos.
Em um país com dimensões continentais como o Brasil, é de suma importância sincronizar os
processos com o fluxo de trabalho dos fornecedores, por isso, a necessidade de contemplar toda a
cadeia de abastecimento e não apenas as rotinas internas.
Os autores concluem este artigo, muito otimistas, devido a toda vantajosa transformação
tecnológica advinda da integração dos benefícios da “Industria + Logística 4.0”, torcendo para que
esta seja realmente funcional em ambientes empresariais e industriais, entretanto, alertam que,
questões importantes ainda devem ser debatidas e necessitam também, de implementação, como a
alta conectividade e integração entre equipamentos, pessoas, processos, áreas e outras empresas
parceiras (como visto na GERDAU), as informações devem ser precisas, acessíveis e atualizadas
em tempo real, os centros de distribuição devem encalçar todo o aparato 4.0, ou seja, serem melhor
planejados ou mais inteligentes, com gestão mais moderna e conectada, por fim, a visão geral da
cadeia de suprimentos deve ter foco na otimização.
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