O documento discute a gestão da cadeia de suprimentos sustentável (SSCM) e verde (GSCM), definindo-as como formas de incorporar os aspectos econômicos, sociais e ambientais nas estratégias das organizações e ao longo da cadeia de suprimentos. Também apresenta práticas da GSCM como a gestão ambiental interna, ecodesign, produção verde e logística reversa.
O documento discute a gestão da cadeia de suprimentos sustentável (SSCM) e verde (GSCM), definindo-as como formas de incorporar os aspectos econômicos, sociais e ambientais nas estratégias das organizações e ao longo da cadeia de suprimentos. Também apresenta práticas da GSCM como a gestão ambiental interna, ecodesign, produção verde e logística reversa.
O documento discute a gestão da cadeia de suprimentos sustentável (SSCM) e verde (GSCM), definindo-as como formas de incorporar os aspectos econômicos, sociais e ambientais nas estratégias das organizações e ao longo da cadeia de suprimentos. Também apresenta práticas da GSCM como a gestão ambiental interna, ecodesign, produção verde e logística reversa.
CENÁRIO DE INFLUÊNCIAS • Capitalismo (tudo por $) • Ganância empresarial (lucro a qualquer custo) • Falta de educação, ética e conscientização • Modernismo Vs Consumismo • Desenvolvimento (In)Sustentável ? INTRODUÇÃO O modelo econômico e consumo utilizado nas últimas décadas nos países desenvolvidos, agravou a degradação do planeta, desencadeando um comportamento social marcado por amplo desperdício de recursos. A capacidade de produção mundial necessita ser mais consciente em relação a utilização dos recursos existentes, com o propósito de contribuir para o Desenvolvimento Sustentável. Esse fato tem constantemente pressionado as organizações a incorporarem, além do atributo exclusivamente econômico, também os atributos sociais e ambientais em suas estratégias. DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL “...é o desenvolvimento que atende as necessidades do presente sem comprometer as possibilidades de as gerações futuras atenderem as suas próprias necessidades”. (WCED/Relatório Bruntland) SUSTAINABLE SUPPLY CHAIN MANAGEMENT (SSCM) A SSCM pode ser entendida como a gestão dos fluxos de informação, material e capital, bem como a cooperação entre empresas ao longo da SC, tendo o objetivo da incorporação das três dimensões do Desenvolvimento Sustentável (econômica, ambiental e social), levando em consideração que são derivadas das necessidades dos clientes e das partes interessadas. Na SSCM, critérios e boas práticas econômicas sociais e ambientais necessitam ser cumpridos por todos os elos da SC, para que os mesmos se mantenham como integrantes da mesma. Desse modo, a SSCM leva em conta uma ampla gama de questões e, ampliando a discussão da SCM, muito além dos processos produtivos e logísticos. GREEN SUPPLY CHAIN MANAGEMENT (GSCM) A GSCM pode ser conceituada como a integração da questão ambiental na SC, incluindo a concepção do produto, a procura e a seleção de material, os processos de fabricação, a entrega do produto final aos clientes, bem como a gestão do produto após o término do seu ciclo de vida. GSCM E A CULTURA DOS 6 Rs - Reduction (reduzir) - Remanufacturing (remanufaturar: todas as peças defeituosas do produto remanufaturado são substituídas, exclusivamente pelo fabricante, visando que o mesmo volte as especificações originais) - Reuse (reusar) - Reconditioning (recondicionar: as peças defeituosas do produto são consertadas (reaproveitadas), visando que o mesmo funcione por mais um período. Dessa forma, um produto recondicionado é consertado apenas onde apresentou a falha e com pouca ou nenhuma substituição de componentes/peças) - Recycling (reciclar) - Reverse Logistic (Logística Reversa) PRÁTICAS DA GSCM a) Gestão Ambiental Interna (GAI) - a GAI é considerada como o primeiro passo para a implantação e adoção de outras práticas de GSCM. Para tal, devem ser adotados programas internos de gestão ambiental com o comprometimento da alta administração e cooperação interfuncional, programas de auditoria interna e externa e a adoção de um Sistema de Gestão Ambiental (SGA) pautado nas normas ISO 14000 e OSHAS 18000. b) Ecodesign - também conhecido como DFE (Design for Environment), tem como objetivo criar produtos ecoeficientes, sem comprometer custos, qualidade e restrições de tempo para a fabricação. Um dos aspectos-chave do ecodesing é facilitar o reuso, redução de materiais, reciclagem e recuperação dos produtos. Um projeto do produto de sucesso necessita da cooperação entre as empresas e seus parceiros da cadeia de suprimentos, seja no projeto de embalagens em parceria com os fornecedores, seja no projeto de produtos em parceria com clientes na busca de minimizar a geração de resíduos e o impacto ambiental do produto durante todo ciclo de vida. O ecodesign faz uso da metodologia de LCA (Life Cycle Assessment) visando o design de produto para reduzir consumo de material e/ou energia; design de produto para reuso ou reciclagem ou recuperação de componentes; design de produto para evitar ou reduzir o uso de substâncias perigosas no processo de fabricação. O Life Cycle Assessment (LCA) ou Avaliação do Ciclo de Vida do produto é uma metodologia que busca analisar o impacto ambiental durante todas as fases do ciclo de vida do produto, as quais poderão influenciar na carga ambiental de uma cadeia de suprimentos, desde a extração de recursos naturais, fabricação, utilização e reutilização, até a reciclagem ou destinação final. c) Operação Verde c.1) Produção Verde - é considerada como a atuação nos processos de produção que utilizam insumos com relativamente baixo impacto ambiental, que são altamente eficientes e que geram poucos ou nenhum resíduo ou poluição. c.2) Manufatura Verde - abrange os impactos ambientais e a eficiência dos recursos, considerando a gestão envolvida na tecnologia de fabricação utilizada em toda a cadeia de suprimentos. Nesse sentido, difere-se da Produção Verde pelo fato de que essa atua diretamente no processo de fabricação, enquanto a manufatura verde atua no gerenciamento da tecnologia de fabricação. c.3) Compra Verde - envolvem atividades de compra com o objetivo de reduzir o resíduo na fonte e o consumo de matérias, por meio da incorporação de critérios ambientais nas decisões de compras organizacionais, assim como relacionamentos de longo prazo com os fornecedores. c.4) Distribuição Verde - referem às atividades relacionadas com a operação de embalagem e atividades de distribuição que visam melhorar os impactos ambientais, bem como atividades de marketing verde. Para tal, incluem as iniciativas relacionadas com as embalagens e transporte, onde as características da embalagem, tais como o tamanho, forma e materiais têm impacto na distribuição, devido aos seus efeitos sobre as características do transporte do produto. c.5) Gestão de resíduos - englobam três atividades: redução de compras; prevenção da poluição e a disposição final dos resíduos. c.6) Edifícios Verdes - tem como principal objetivo melhorar o desempenho ambiental das instalações industriais durante as fases de construção e operação. Assim sendo, considera a eficiência no consumo de água e energia, otimização do consumo de recursos materiais, bem como a qualidade ambiental interna. c.7) Logística Reversa (LR) - é a área da Logística Empresarial que planeja e controla o fluxo e as informações logísticas correspondentes, do retorno dos bens de pós-venda e de pós-consumo ao ciclo de negócios ou ao ciclo produtivo, por meio dos canais de distribuição reversos, agregando-lhes valor de diversas naturezas: econômico, ecológico, legal, de imagem corporativa, dentre outros. d) Cooperação com clientes - a cooperação com os clientes inclui o intercâmbio de informações técnicas e operacionais, a fim de planejar e definir metas ambientais e assim realizar projetos conjuntos visando o desenvolvimento de produtos verdes e inovações ambientais. Essa cooperação está associada ao desempenho do produto nos aspectos de conformidade às especificações e à durabilidade, o que inclui a qualidade ambiental dos insumos e) Recuperação de investimentos - trata-se do reaproveitamento de resíduos e materiais aparentemente inservíveis, vendendo-os para outras empresas da cadeia de suprimento (economia circular). Nesse sentido, essa prática refere-se ao uso estratégico da reciclagem, reconversão e revenda, para assim obter valor de bens e materiais ao transformar ativos excedentes, ativos ociosos e equipamentos usados (quando da compra de novos equipamentos) em receita para a empresa.