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GRAMÁTICA
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Licenciado para - Professora Larissa Ataíde - 24387687000128 - Protegido por Eduzz.com
MÓDULO I - GRAMÁTICA
O NOVO PORTUGUÊS....................................................................................................................10
ORTOGRAFIA OFICIA.....................................................................................................................10
FONÉTICA.......................................................................................................................................14
ACENTUAÇÃO GRÁFICA................................................................................................................18
EMPREGO DO HÍFEN......................................................................................................................19
ORTOGRAFIA DO PORQUÊ...........................................................................................................20
SEMÂNTICA.....................................................................................................................................21
ESTRUTURA E FORMAÇÃO DE PALAVRAS......................................................................................23
MORFOLOGIA.................................................................................................................................29
SUBSTANTIVO.................................................................................................................................31
PRONOME.......................................................................................................................................33
ADJETIVO.......................................................................................................................................34
ADVÉRBIO......................................................................................................................................35
ADVÉRBIO......................................................................................................................................36
ARTIGO...........................................................................................................................................40
NUMERAL.......................................................................................................................................40
PREPOSIÇÃO.................................................................................................................................44
INTERJEIÇÃO.................................................................................................................................45
CONJUNÇÃO..................................................................................................................................45
MORFOSSINTAXE..........................................................................................................................46
CLASSIFICAÇÃO DO SUJEITO......................................................................................................49
CLASSIFICAÇÃO DO PREDICADO ..........................................................................................52
TERMOS INTEGRANTES DA ORAÇÃO..........................................................................................55
TERMOS ACESSÓRIOS DA ORAÇÃO............................................................................................60
Aposto.............................................................................................................................................62
Vocativo...........................................................................................................................................62
Orações subordinadas...................................................................................................................64
Período composto por coordenação.............................................................................................67
SINTAXE DE COLOCAÇÃO............................................................................................................68
ESTUDO DAS REGRAS DE CRASE................................................................................................70
REGÊNCIA VERBAL.......................................................................................................................73
CONCORDÂNCIA VERBAL ( I )......................................................................................................79
CONCORDÂNCIA VERBAL ( II ).....................................................................................................80
CONCORDÂNCIA VERBAL ( III ).....................................................................................................81
CONCORDÂNCIA VERBAL ( IV ).....................................................................................................83
CONCORDÂNCIA NOMINAL...........................................................................................................84
AS FRASES E A PONTUAÇÃO........................................................................................................85
Sinais que marcam sobretudo a pausa.........................................................................................86
Sinais que marcam sobretudo a melodia......................................................................................89
ESTRUTURA DA PALAVRA ........................................................................................................95
RESUMOS......................................................................................................................................95
ESTRUTURA DA PALAVRA ......................................................................................................95
FORMAÇÃO DE PALAVRAS...........................................................................................................96
PRONOMES TIPOS.........................................................................................................................96
PRONOMES CLASSIFICAÇÃO.......................................................................................................97
CONJUNÇÕES COORDENATIVAS.................................................................................................99
VERBOS..........................................................................................................................................99
CONJUNÇÕES SUBORDINATIVAS .........................................................................................100
ORAÇÕES COORDENADAS.........................................................................................................101
ORAÇÕES SUBORDINADAS.........................................................................................................101
REGÊNCIA VERBAL......................................................................................................................102
CRASE...........................................................................................................................................102
COLOCAÇÃO PRONOMINAL........................................................................................................103
TERMOS DA ORAÇÃO....................................................................................................................103
MÓDULO II - TEXTOS
TAREFA 01.....................................................................................................................................105
TAREFA 02.....................................................................................................................................108
TAREFA 03.....................................................................................................................................112
TAREFA 04.....................................................................................................................................118
TAREFA 05.....................................................................................................................................123
TAREFA 06......................................................................................................................................127
TAREFA 07.....................................................................................................................................131
TAREFA 08....................................................................................................................................136
TAREFA 09.....................................................................................................................................141
TAREFA 10....................................................................................................................................144
TAREFA 11......................................................................................................................................147
TAREFA 12.....................................................................................................................................150
TAREFA 13.....................................................................................................................................153
TAREFA 14.....................................................................................................................................158
TAREFA 15.....................................................................................................................................161
TAREFA 16.....................................................................................................................................165
( ) 1. Determine o número de horas que terá para estudar durante o dia e a semana também some o
número de horas que serão utilizadas. Basta observar o tempo livre, em cada dia, para assinalar aí seus
períodos de estudo.
( ) 2. Analise qual é o melhor horário de estudos, de dia e/ou à noite e determine o horário de início bem
como o fim. Cada pessoa tem um ritmo durante o dia/noite e rende mais em determinados horários/turnos.
( ) 3. Defina o tempo em minutos para cada matéria, levando em consideração os seguintes aspectos:
a) ( ) o curso para o qual prestará Enem/vestibular;
b) ( ) matérias de maior peso exigem maior dedicação (observe edital anterior);
c) ( ) depois de muito tempo no mesmo assunto ou atividade, a atenção diminui;
d) ( ) evite estudar a mesma matéria mais de 03 horas de uma só vez;
e) ( ) cada sessão de estudo tem duração mínima de 40 min. e máxima de 1h40min.
f) ( ) compromissos fixos (trabalho, aulas, tarefas familiares, pré-vestibular/pré-Enem, cursos específicos e outros);
g) ( ) reserve horário específico para leitura de revistas, jornais e periódicos;
h) ( ) reserve horário específico para a produção semanal de texto;
i) ( ) reserve horário para resolução de provas anteriores (Enem /vestibulares de seu interesse);
j) ( ) reserve horário para revisão diária do conteúdo visto em sala de aula (sugestão: 40 minutos diários).
( ) 4. Sempre que possível, alterne matérias de linguística (português, redação e outras) com matérias
de exatas (matemática, física, estatística e outras); assim, você utiliza áreas diferentes do cérebro e produz
mais com menos esforço.
( ) 5. Inclua diferentes atividades e metodologias, assim haverá menos cansaço. Alterne entre leituras
livres/ obrigatórias e criação de resumos como também de mapas mentais/escritos com resolução de quiz,
por exemplo.
( ) 6. Insira descansos com duração média de até 20 minutos. Segundo especialistas, esse intervalo é
importante para assimilar os conceitos estudados no período anterior.
( ) 7. Diminua o número de sessões de estudo (mesma disciplina) em um mesmo dia. Isso vale
para a hipótese de você frequentar Colégio e/ ou curso(s) específico(s) para não ficar tempo demais
afastado de determinadas disciplinas, especialmente, as de menor peso.
( ) 8. Insira um ou dois “curingas” em seu horário semanal. “Curingas” são horários reservados para o
estudo de qualquer matéria, conforme a necessidade; evitando, assim, a ansiedade promovida pela
percepção de que há conteúdos atrasados.
( ) 9.Inclua, em sua rotina, atividades físicas e tempo de descanso, considerando os seguintes aspectos:
a) (___) hora-limite para dormir e acordar. O sono é essencial para a retenção de informações. Enquanto
dormimos, o cérebro grava, na memória, o que foi estudado durante o dia e, para isso, precisa de 6 a 8 horas.
b) (___) hora-limite para início e fim da atividade física (2 a 3 x por semana/ mínimo de 30 min. por sessão). A
atividade física regular produz neurotransmissores (serotonina e endorfina) e reduz o estresse provocado pelo
excesso de adrenalina e cortisol, que afetam de maneira negativa o funcionamento do cérebro.
c) (___) hora-limite para a grande folga (sugestão: domingo/ tarde e/ou noite, cf. disponibilidade semanal de estudo).
( ) 10. O grande número de disciplinas pode dificultar a montagem do horário de estudos. Assim, pode
ser preciso reduzir o tempo de uma para que haja conjugação com outra. Mas, não se preocupe! Com a
prática, você resolverá essa equação e o resultado, certamente, compensará o trabalho. Afinal, estamos
falando da sua aprovação!
SEXTA
QUINTA
QUARTA
TERÇA
SEGUNDA
DIA/ HORA
12/ 13h
14/ 15h
13/ 14h
11/ 12h
10/ 11h
9/ 10h
8/ 9h
7/ 8h
SEXTA
QUINTA
QUARTA
TERÇA
SEGUNDA
DIA/ HORA
19/ 20h
21/ 22h
20/ 21h
18/ 19h
15/ 16h
16/ 17h
17/ 18h
EMPREGO DO SC EMPREGO DO X
III - VERBOS EM -ISAR e -IZAR: - Palavras após dois pontos, quando não se tratar
de citação direta: Qual deles: o professor ou o
Escreve-se - ISAR (com S) quando o radical dos médico?
nomes correspondentes termina em S: avisar (de
aviso + ar). FONÉTICA
Se o radical não terminar em S, grafa-se -IZAR É a parte da gramática que estuda os sons da
(com Z): anarquizar (anarquia + izar). fala humana, ou seja, os fonemas.
EMPREGO DAS LETRAS MAIÚSCULAS 1. Fonemas: Fonemas são sons da fala humana
que, sós ou combinados, formam as sílabas que,
- Em início de frase. por sua vez, formam as palavras.
- Em substantivos próprios: José, Sílvia, Tupã, 2. Fonemas e Sílabas: Diferença: Não há que
Marte, Deus, Via-Láctea, Maceió. Suécia, Cam- confundir fonema e sílaba, coisas bem diferentes.
pinas, etc. Uma sílaba pode conter um (a-go-ra), dois (a-go-
-ra), três(es-tre-la), quatro (cris-tão) e até cinco
- Em épocas históricas, datas e fatos importantes: (felds-pa-to) fonemas.
Romantismo, Proclamação da República, Natal,
Páscoa, etc. 3. Letras: Letras são as representações gráficas
(símbolos convencionados) dos fonemas.
- Nomes de cargos políticos e de dignidades polí-
ticas e religiosas: Presidente, Deputado. Prefeita, 4. Fonema e Letra: Diferença: Fonema pronun-
Papa, Bispo, etc. cia-se e ouve-se; letra escreve-se e vê-se. Uma
palavra pode ter igual número de fonemas e
- Nomes de conceitos religiosos, cívicos, políticos: letras: cabelo - 6 letras e 6 fonemas.
Nação, Pátria, etc. O número de letras pode ser maior do que o
número de fonemas:
- Expressões de tratamento: Vossa Excelência,
Sua Senhoria, etc. hoje - 4 letras e 3 fonemas, pois o “h” não é
pronunciado;
- Nomes de ruas, praças, praias, etc.: Ipanema,
Largo do Machado, Praça da Sé. Academia Bra- guerra -6 letras e 4 fonemas, pois os dígrafos “gu”
sileira de Letras, etc. e “rr” representam apenas um fonema cada um;
tanto- 5 letras e 4 fonemas, pois o “n” apenas faz
- Nomes de produções artísticas, culturais, reli- com que o “a” seja nasalizado.
giosas, políticas, etc.: O Guarani, Arquitetura. Há, ainda, palavras que possuem mais fonemas
Manchete, etc. do que letras:
- Nomes comuns, quando usados para personi- tóxico - 6 letras e 7 fonemas, pois o “x” equivale
ficar: o Ódio, o Moral, a Morte, etc. a /ks/.
Por aí se vê que não há, rigorosamente, um sím- Comparem-se as diferenças de intensidades dos
bolo gráfico (letra) para cada fonema de nossa fonemas grifados, nas palavras que seguem:
língua. Essa discrepância entre fonemas e letras
é a responsável pela maior parte das dificuldades Semivogais Vogais
ortográficas que enfrentamos. pais País
mau Baú
5. Nome da letra: Não seconfunda o nome da mágoa Pessoa
letra com o fonema respectivo. Assim, ele, eme, vídeo Leo
erre, cêsão os nomes das letras l, m, r, c. Mário Maria
Os fonemas são os sons que a leitura dessas
letras produz na palavra. Observações:
Os encontros consonantais podem ser: gu, qu, (com o u mudo) - guindaste, querido,
requinte, segue;
PERFEITOS: quando as consoantes pertencem
à mesma sílaba. Nesse caso, a segunda conso- rr, ss-terra, morro, isso, passa;
ante geralmente é L ou R.
Exemplos: blu - sa, pra - to, plan - ta, vi -dro sc, xc (antes de ee de i) - piscina, exceto;
DÍGRAFOS CONSONANTAIS: quando o grupo 2º) Dissílabo: é o vocábulo que tem duas síla-
de letras representa um fonema consonantal: CH, bas: galo, dedo, sobre, casa.
LH, SC, SC, XC, NH, RR, SS, QU, GU (estes
dois últimos, apenas quando seguidos de I ou E). 3º) Trissílabo: é o vocábulo que tem três
Exemplos: chuva, folha, rainha, crescer, crespa, sílabas:
excelente, ferro, osso, quente, guerra. caminho, beleza, porteiro.
b) As letras dos dígrafos: rr, ss, sc, sç, xc devem ditongo: ambulância -ÃS:ímãs
ser separadas: ginásio órfãs
esbarrava = es - bar - ra - va série - ÃO:órgão
nasce = nas - ce -R:revólver -ÃOS:órfãos
assustada = as - sus - ta- da -L:útil - I:táxi
exceto = ex - ce - to -N:hífen -IS: lápis
descida = des - ci - da -X:tórax -US: vírus
-PS: bíceps -UM: álbum
c) As letras dos dígrafos ch, Ih, nh, qu, gu não -Ã:imã -UNS:álbuns
devem ser separadas:
senhor = se -nhor 4º) Novo: Não se acentuam os ditongos abertos,
quero = que - ro em vocábulos paroxítonos, -Él, -ÓI, quando tôni-
chapéu = cha - péu cos: ideia, jiboia, paronoia...
guiar = gui - ar
olha = o - lha 5º) Acentuam-se todos os vocábulos proparoxí-
tonos, com acento agudo, se forem vogal tônica
d) As letras dos ditongos e dos tritongos não aberta: sólido, médico e com acento circunflexo,
devem ser separadas: se o som for fechado: lâmpada, pêssego.
Exceção: o prefixo “co-“ em geral se aglutina com Inter- Mal- Ob- Pan- Per- Pós- Sob-
Entre- Extra- Epi- Foto- Gama- Geo- Giga- Por que discordas de mim? (interrogativa direta)
Hemi- Hidro- Homo- Infra- Intra- Justa- Macro
Gostaria de saber por que discordas de mim.
(interrogativa indireta)
Mega- Meso- Meta- Micro- Mini- Mono- Multi-
Hífen e prefixos terminados em consoante Pode ser, ainda, a preposição por e o pronome
relativo que. Ora, se pode ser pronome prece-
a) Usa-se hífen quando o prefixo terminar com a dido de preposição, à semelhança de a que,de
mesma consoante queinicia o segundo elemento que,emque etc., está errado quem diz que se usa
da palavra composta: inter-racial por que somente nas perguntas:
* O prefixo sub- também recebe hífen diante de
palavra iniciada por r: sub-região. A causa por que lutamos vencerá.
Os caminhos por que andamos são tortuosos.
b) Usa-se hífen com os prefixos circum- e pan- Comprova-se, na prática, o uso de por que
quando o segundo elemento começa por vogal, (preposição e pronome separados), substituindo-
“m” ou “n”: pan-africano. -os pela expressão PELO QUAL (PELOS QUAIS,
Só pode ser advérbio interrogativo: O “que” é a palavra que mais funções pode exer-
Vieste tão tarde, por quê ? cer na frase. Isso, entretanto, não nos interessa
Podes sair, mas quero saber por quê. analisar aqui. Para os objetivos deste capítulo,
Por quê, afinal ? basta que saibamos os raros casos nos quais
deve ser acentuado por adquirir tonicidade.
O acento se justifica pelo fato de o quê haver Esses casos, podemos reduzi-los a dois:
adquirido tonicidade, o que acontece quando for
insulado ou está em final de frase. Pelos exem- 1) quando encerra a frase ou for exclamativo,
plos, observa-se que é muito frequente nos diá- circunstâncias em que virá necessariamente
logos das narrativas. Seu reconhecimento, na seguindo de ponto:
prática, faz-se pelo mesmo artifício do anterior.
Receberá o acento, se bater num sinal de Disseste o quê?
pontuação. Quê! Não acredito.
2) SUFIXO: elemento que se pospõe ao radical. 8) TEMA: o radical mais a vogal temática.
Ex.: real + mente = realmente Ex.: Amar - tema: ama
NOTA: Pode haver mais de um.
Ex.: vagar + osa + mente = vagarosamente Prefixos
3) CONSOANTE DE LIGAÇÃO: consoante sem Os prefixos são morfemas que se colocam antes
significação que, por razões eufônicas, liga outros dos radicais basicamente a fim de modificar-lhes
elementos. o sentido; raramente esses morfemas produzem
Ex.: café + eira = cafeteira mudança de classe gramatical.
Desinência de gênero: menino /menina a- , contra- , des- , em- (ou en-) , es- , entre- re- ,
Desinência de número: mesas sub- , super- , anti-
privação,
anarquia, Como o sufixo é colocado depois do radical, a ele
a, an des, in desigual,
negação são incorporadas as desinências que indicam as
inativo
oposição, antibiótico,
flexões das palavras variáveis.
anti contra
ação contrária contraditório
duplicidade, Existem dois grupos de sufixos formadores de
anfiteatro,
anfi ambi de um e outro substantivos extremamente importantes para o
ambivalente
lado, em torno
funcionamento da língua. São os que formam
afastamento, apogeu,
apo ab
separaç
se ara ão abstrair nomes de ação e os que formam nomes de
p ç agente.
Os sufixos verbais agregam-se, via de regra, ao O conhecimento dos radicais gregos é de indis-
radical de substantivos e adjetivos para formar cutível importância para a exata compreensão e
novos verbos. Em geral, os verbos novos da lín- fácil memorização de inúmeras palavras. Apre-
gua formam-se pelo acréscimo da terminação-ar. sentamos a seguir duas relações de radicais gre-
gos. A primeira agrupa os elementos formadores
Exemplos: que normalmente são colocados no início dos
esqui-ar; radiograf-ar; (a)doç-ar; nivel-ar; (a)fin-ar; compostos, a segunda agrupa aqueles que cos-
telefon-ar; (a)portugues-ar. tumam surgir na parte final.
Os verbos exprimem, entre outras ideias, a prá-
tica de ação. Radicais que atuam como primeiro elemento
I - A R E L AÇÃO D E T E R M I N A N T E /
DETERMINADO
Pronome Substantivo
Substitui o substantivo.
Todos eram péssimos.
Pronome Adjetivo
Acompanha o substantivo.
Todos os livros eram péssimos
QUESTÃO COMENTADA
Procure lembrar:
Toda palavra diante da qual podemos colocar
SUBSTANTIVO o artigo é um substantivo.
Ex.: Inteligência é a nossa marca registrada.
De gramática e de linguagem
aluno - cidade -
Comuns designam uma espécie.
E havia uma gramática que dizia assim: rio...
‘Substantivo (concreto) é tudo quanto indica Próprios
individualizam os seres da André - Recife -
espécie. Amazonas...
Pessoa, animal ou cousa: João. sabiá, caneta.
designam seres reais ou
Eu gosto é das cousas. As cousas, sim!... livro - Deus -
fictícios, materiais ou
Concretos criança - fada -o
As pessoas atrapalham. Estão em toda parta. espirituais que tenham
doente...
existência independente.
Multiplicam-se em excesso
designam qualidades, beleza - viagem
As cousas são quietas. Bastam-se. Não se Abstratos ações, estados, - morte - frio –
metem com ninguém. sensações e sentimentos. amor...
Uma pedra. Um armário. Um ovo. (Ovo. nem exprimem coleção de
seres. Mesmo na forma bando - elenco -
sempre, Ovo pode estar choco: é inquietante...) Coletivos
singular, traduzem ideia dúzia - pé...
As cousas vivem metidas com as suas cousas. de pluralidade.
E não exigem nada.
Apenas que não as tirem do lugar onde estão. 2. AS FLEXÕES DO SUBSTANTIVO
E Joio pode neste mesmo instante vir bater à A - Flexão de Gênero
nossa porta.
BIFORMES filho – filha / cantor - cantora
Para quê? não importa: João vem!
E há de estar triste ou alegre, reticente ou o colega - a colega /
falastrão, UNIFORMES jacaré macho - jacaré fêmea /
Mago ou adverso... João só será definitivo a testemunha
guardas-noturnos
Plural dos Substantivos Compostos guarda-comidas
QUESTÃO COMENTADA
(UFMG) Na frase: “O barulho chegava ao barra- Se, todavia, acrescentarmos um verbo no infini-
cão com tivo, devemos usar eu e/ou tu:
muita nitidez.” A expressão sublinhada veicula
ideia de: Constrói esta casa para eu morar.
Ele disse que é para eu e tu partirmos.
A) Comparação
B) Consequência b) Si e consigo - Estes pronomes somente podem
C) Lugar ser empregados, se se referirem ao sujeito da
D) Origem oração:
E) Modo
Joana só pensa em si. (“Si” refere-se a “Joana”:
Resposta: letra “e” sujeito)
A expressão em destaque modifica o verbo O poeta gosta de ficar consigo mesmo. (“Consigo”
acrescentando-lhe ideia de modo. É uma locução refere-se a “poeta”: suj.)
adverbial.
Quando você vier, eu te abraçarei e enrolar-me- Machuquei a mão. (E não “a minha mão”)
-ei nos teus cabelos. Não mais permitirei que te Ele bateu a cabeça. (E não “a sua cabeça”)
afastes de mim. Perdeste a razão? (E não “a tua razão”)
Nenhum homem conseguirá convencê-la. Segue uma lista dos ordinais que mais se erram:
nenhum – pron. adj. indefinido. 40º - quadragésimo 300º - trecentésimo
50º - quinquagésimo 400º - quadringentésimo
Que queres comigo? 60º - sexagésimo 500º - quingentésimo
que – pron. subst. interrogativo. 70º - septuagésimo 600º - sexcentésimo
80º - octogésimo 700º - septingentésimo
Quantas moedas vais oferecer? 90º - nonagésimo 800º - octingentésimo
quantas – pron. adj. interrogativo. 100º - centésimo 900º - nongentésimo
200º - ducentésimo 1.000º - milésimo
ARTIGO
c) Multiplicativos - quando indicam uma
4) Tempos: há, basicamente, três tempos: PRE- d) Conjugação do Pretérito Perfeito do Indicativo.
SENTE, PRETÉRITO, FUTURO.
1ª conjugação 2ª conjugação 3ª conjugação
5) Conjugação:
pensEI comI partI
a) Formação do Presente do Subjuntivo. pensaSTE comeSTE partiSTE
BASE: 1ª pessoa do singular do presente do pensOU comeU partiU
indicativo.
pensaMOS comeMOS partiMOS
pensaSTES comeSTES partiSTES
pensaRAM comeRAM partiRAM
8) Verbo precaver-se:
Futuro do Futuro do
Infinitivo Pessoal
presente pretérito
É defectivo; possui apenas as formas arrizotôni-
darEI darIA dar
cas, nas quais é regular (precavemos, precaveis).
darÁS darIAs darES
darÁ darIA dar 9) Verbo requerer:
darEMOS darÍAmos darMOS
darEIS darÍEis darDES A 1ª pessoa do singular do presente do indicativo
darÃO darIAm darEM é “requeiro” e, por consequência, o presente do
subjuntivo fica: requeira, requeiras etc. E assim,
6) Classificação Quanto à Tonicidade: os outros tempos derivados.
b) Irregulares: Quando sofrem variações no radi- 12) Verbos terminados em IAR (Regra do
cal ou quando não seguem as desinências do “Mário”)
paradigma (perder, ferir, dar etc.).
Os verbos terminados em “-iar” são regulares
Observação: (adio, adias, adia, adiamos, adiais, adiam).
Não são irregulares verbos que trocam letras
por exigências ortográficas, como “agir” e “ficar”. Exceto:
MEDIAR, ANSIAR, REMEDIAR, INCENDIAR e
c) Anômalos: São os verbos “ser” e “ir”, porque, ODIAR (Mário), que se conjugam como os ver-
na conjugação, trocam de radical. bos terminados em “-ear” nas formas rizotônicas
(odeio odeias, odeia, odiamos, odiais, odeiam).
d) Defectivos: Quando não têm certas formas
(abolir, falir, latir). 13) As Vozes do Verbo:
e) Abundantes: Quando possuem duas ou mais a) ATIVA: Um verbo está na voz ativa, quando o
formas equivalentes (suspender, entregar, matar). sujeito da oração pratica a ação expressa pelo
verbo.
Observação: O João comprou um abacaxi. // Nós plantaremos
*Com os auxiliares TER e HAVER, usa-se o a árvore.
particípio regular. (O diretor tem suspendido
muitos alunos.) b) PASSIVA: Um verbo está na voz passiva,
Observação:
Em geral, cada categoria tem uma conjunção
típica. Assim é que, para classificar uma função
ou locação conjuntiva, é preciso que ela seja
substituível, sem mudar o sentido do período,
INTERJEIÇÃO pelo tipo. Por exemplo, o “que” somente será
conjunção coordenativa aditiva, se for substituí-
1. INTERJEIÇÃO: são palavras sem valor sin- vel pelo tipo “e”: “Dize-me com quem andas, que
tático que exprimem estados súbitos de alma. eu te direi quem és”.
Segundo o sentimento que exprimem, as inter-
jeições classificam-se em: b) Alternativas
Relação: ou... ou, já ... já, seja... seja, quer... quer,
1. DE ANIMAÇÃO - eia! avante! upa! coragem! ora... ora, agora... agora.
2. DE SILÊNCIO - silêncio! psiu!
3. DE ALEGRIA - ah! oh! obal viva! Observação:
4. DE DESEJO - oxalá! pudera! tomara! As alternativas caracterizam-se pela repetição,
5. DE DOR - ai! ui! exceto “ou” cujo primeiro elemento pode ficar
6. DE APLAUSO - bravo! apoiado! muito bem! subentendido.
7. DE ALÍVIO - ah! eh!
8. DE APELO - alô! ó! olá! c) Adversativas
9. DE DÚVIDA - hum! heim! hein! Tipo: mas
10. DE REPETIÇÃO - bis! Relação: mas, porém, contudo, todavia, no
11. DE SATISFAÇÃO - upa! oba! opa! entanto, entretanto, senão, não obstante.
12. DE ZOMBARIA - fiaul
13. DE ADVERTÊNCIA - cuidado! alerta! Alto lá!! Observação:
As alternativas, exceto “mas”, podem aparecer
2. Locução interjetiva:é um grupo de palavras deslocadas. Nesse caso, a substituição pelo tipo
com valorde interjeição. só é possível, se devolvidas ao início da oração:
Ex.: ai de mim! ora bolas! com todos os diabos! Esforçou-se muito; não logrou, contudo, êxito.
raios te partam! valha me Deus! ainda bem! Esforçou-se muito, contudo (=mas) não logrou
bem feito! êxito.
CONJUNÇÃO d) Conclusivas
Tipo: portanto
1. CONJUNÇÕES: palavras ou locuções inva- Relação: portanto, logo, por conseguinte, assim,
riáveis que ligam orações. Dividem-se em dois pois, então, por isso, por fim, enfim, conseguin-
grupos: temente, consequentemente.
FRASE
Exemplos:
Meu Deus! Que tragédia! (frase sem verbo)
Fogo! (frase sem verbo)
Os homens seguem seu caminho. (frase com
verbo)
ORAÇÃO
Exemplos:
Um pedaço de mar mudou de lugar.” (Raul Bopp)
“Marcela amou-me durante quinze meses e onze
Predicado - é tudo aquilo que se diz do SUJEITO. Escuridão comprimia seus olhos abertos.
O galo velho olhou de novo o céu. O sujeito determinado composto apresenta mais
de um núcleo.
temos:
SUJEITO: O galo velho. Exemplo:
PREDICADO: olhou de novo o céu. núcleos
“O prisioneiroe o soldado mergulharam numa
esquina.”
(Clarice Lispector)
Observação: Com verbo na 3a pessoa do plu- Observe como a transformação não é possível:
ral, o sujeito só é indeterminado quando o verbo Nos amigos era confiado. (oração inaceitável)
não faz referência a nenhum elemento anterior.
2ª Nas locuções verbais, o verbo haver, quando Observação: Na indicação de distâncias, horas
usado impessoalmente (sem sujeito), transfere a e datas, o verbo ser também é impessoal (sem
impessoalidade para o verbo auxiliar. sujeito). Apesar disso, ele concorda com o
número que indica a distância, a hora ou a data.
Exemplos:
Exemplos:
Hoje devia haver mais funcionários na escola. Daqui a Natal são mil quilômetros.
sing.sing. No momento do acidente, eram três horas da
manhã.
Talvez possa haver outros jogos. Hoje são 10 de maio. (Também é correto: Hoje
sing. sing. é 10 de maio.)
3ª Usado com sentido diferente dos citados 4) Verbos indicativos de fenômenos da natureza
(existir, realizar-se, acontecer e tempo passado), (ventar, chover,anoitecer, fazer frio, fazer sol etc.).
o verbo haver tem sujeito, com o qual concorda.
Exemplos:
Exemplo: Choveu muito durante a madrugada.
Ojogador houve-se bem no jogo. (haver = Naquela região faz muito frio.
portar-se)
suj. sing. v. sing. Observação:Em sentido figurado, esses verbos
podem
Os jogadores houveram-se bem no jogo. ter sujeito, com o qual concordam.
suj. pI. v. pI.
Exemplo:
2) Fazer (quando usado para indicar tempo Choveram telegramas apoiando o prefeito.
decorrido). Sujeito
Por motivos expressivos, podem surgir os cha- Perto é, nessa oração, o núcleo de um adjunto
mados objetos pleonásticos: tanto o objeto direto adverbial de lugar. Perceba que o advérbio perto
como o objeto indireto podem ser colocados em precisa de um complemento: perto de algo ou
destaque, no início da oração, sendo depois repe- de alguém. “De uma grande área industrial” é
tidos por um pronome pessoal na posição onde complemento nominal do advérbio perto.
deveriam naturalmente estar. Observe:
O pronome lhe tem o valor de “a alguém” (fiel a Se for alterada a voz do verbo da oração inicial,
alguém: no caso, a você ou a ele/ela); é, portanto, surgirá a oração:
o complemento nominal do adjetivo fiel, que atua
como núcleo do predicativo do sujeito. As medidas econômicas foram aprovadas pelo
Observe que o complemento nominal não se presidente.
relaciona diretamente com o verbo da oração, e
sim com um nome que pode desempenhar as O sujeito dessa oração é “as medidas econômi-
mais diversas funções. Isso significa que o com- cas”. Esse sujeito é o paciente do processo ver-
plemento nominal sempre fará parte de um outro bal. Um verbo apresenta sujeito paciente quando
termo sintático, subordinando-se a um nome que está na voz passiva. A locução “foram aprovadas”
pertence a esse termo.Observe: é, portanto, uma forma passiva do verbo aprovar.
Você já viu nos capítulos dedicados aos verbos
A realização do projeto é necessária à população que a voz passiva formada com o verbo auxiliar
carente. C.N. ser é chamada voz passiva analítica.
C.N.
“Pelo presidente” é o termo que exprime quem
O agente da passiva pratica a ação nessa construção na voz passiva.
Esse termo é chamado, por isso, agente da pas-
Além da flexão de modo, tempo, pessoa e siva. O agente da passiva indica quem pratica
número, o verbo possui flexão de voz. Essa fle- a ação quando o verbo está na voz passiva (no
xão indica a relação que ocorre entre o sujeito de português atual, o agente da passiva ocorre fun-
um verbo e o processo que esse mesmo verbo damentalmente na voz passiva analítica). É um
expressa. Observe a oração seguinte: termo sempre introduzido por preposição (nor-
malmente por e suas formas contraídas com arti-
O presidente aprovou as medidas econômicas. gos — pelo, pelos, pela, pelas — e, com menor
freqüência, de).
Na voz reflexiva, os pronomes pessoais do caso Nessa oração, o sujeito está indeterminado, mas
oblíquo me, te, se, nos e vos podem atuar como é fácil perceber que esse sujeito é o agente do
objetos diretos ou como objetos indiretos, de • processo verbal — quem quer que tenha des-
acordo com a transitividade do verbo: viado seu destino praticou, e não sofreu, uma
ação. Na \ voz passiva, teremos uma oração cujo
Não me julgo tão competente. agente da passiva estará indeterminado:
Me é objeto direto
(julgar algo ou alguém). Seu destino foi desviado, (por quem?)
A voz passiva sintética tem como ponto de partida Chamam-se ACESSÓRIOS os TERMOS que se
uma oração na voz ativa cujo sujeito está inde- juntam a um nome ou a um verbo para precisar-
terminado.Para formá-la, utilizamos o pronome -lhes o significado.
se, que recebe o nome de pronome apassivador
ou partícula apassivadora. Essa forma de voz Embora tragam um dado novo à oração, os
passiva (assim como a forma analítica) só ocorre TERMOS ACESSÓRIOS não são indispensá-
com verbos transitivos diretos e transitivos diretos veis ao entendimento do enunciado. Daí a sua
e indiretos. Observe: denominação.
Alugou-se o apartamento. / Alugaram-se os É o termo de valor adjetivo que serve para espci-
apartamentos. Manipulou-se o resultado da ficar ou delimitar o significado de um substantivo,
eleição. / qualquer que seja a função deste. O ADJUNTO
ADNOMINAL pode vir expresso por:
Manipularam-se os resultados da eleição.
a) adjetivo: A festa inaugural esteve animada.
Divulgou-se mais um boato. / Divulgaram-se mais
alguns boatos. b) locução adjetiva:
Tinha uma memória de prodígio.
Entregou-se o prêmio ao atleta. / Entregaram-se
os prêmios ao atleta. c) artigo (definido ou indefinido):
Cessaram as vozes.
TERMOS ACESSÓRIOS DA ORAÇÃO Às vezes, um galo canta.
E VOCATIVO
d) pronome adjetivo:
Neste capítulo, você vai estudar os termos aces- Sofia nunca lhe contou este meu palpite?
sórios da oração — o adjunto adverbial o adjunto
adnominal e o aposto. Vai estudar também o e) numeral:
vocativo. Os dois homens estavam fascinados.
Quando se fala em termos acessórios da oração, f) oração: O caso que vos citei é expressivo.
pode-se ter a falsa impressão de que se está
O menino cujo pai eu vi é meu aluno. 5. CONSECUTIVAS = que (combinada com uma
“QUEM for brasileiro siga-me!” = Aquele que for das palavras: tal, tanto, tão, tamanho, presentes
brasileiro siga me! ou latentes na oração anterior) de forma que,
de maneira que, de modo que, de sorte que (às
Que você sinta a minha amizade em tudo quanto vezes separadamente) etc.
lhe ofereci. Ex: Leu tanto as poesias de João Cabral que
passou a escrever como ele.
3. ADVERBIAIS: que funcionam como adjunto
adverbial de outra oração e vêm, normalmente, 6. CONCESSIVAS = embora, conquanto, ainda
introduzidas por conjunções subordinativas, que, mesmo que, posto que, bem que, se bem
exceto as integrantes (que introduzem as ora- que, por menos que, apesar de que, etc.
ções substantivas). Ex:Ainda que ela se esforce, não vai ter sucesso.
Orações subordinadas reduzidas Assim: Era bom que ouvisse o seu barulho.
(Oração subordinada substantiva subjetiva)
Dá-se o nome de ORAÇÕES SUBORDINADAS
REDUZIDAS às que não se iniciam por pronomes Portanto, a oração “ouvir o seu barulho” é
relativos nem por conjunção subordinativa e que subordinada substantiva subjetiva reduzida
têm VERBO numa das FORMAS NOMINAIS: de infinitivo.
INFINITIVO, PARTICÍPIO, GERÚNDIO.
2. Oração reduzida de gerúndio
Em geral, podem ser desenvolvidas em orações
subordinadas, raramente em coordenadas, com o Vi um menino gritando desesperadamente pelas
conectivo claro e o verbo no modo finito. ruas. (verbo no gerúndio)
Exemplo : ”Não li suas cartas, nem mexi no seu A criança devia estar doente, porque chorava
lixo.” muito.
Exemplo: Quero comprar uma jaqueta, mas não As orações coordenadas são autônomas quanto
tenho dinheiro . ¨ à estrutura sintática, mas inter-relacionadas,
Exemplos: Exemplos:
1) Quando houver preposição entre o verbo auxi- A crase indica a fusão da preposição a com artigo
liar e o infinitivo, a colocação do pronome será a: João voltou à (a preposição + a artigo) cidade
facultativa. natal. / Os documentos foram apresentados às
(a prep. + as art.) autoridades. Dessa forma, não
Por Exemplo: existe crase antes de palavra masculina: Vou a
Nosso filho há de encontrar-se na escolha pé. / Andou a cavalo. Existe uma única exceção,
profissional. explicada mais adiante.
Nosso filho há de se encontrar na escolha
profissional. Regras práticas
2) Com a preposição “a” e o pronome oblíquo Primeira- Substitua a palavra antes da qual apa-
“o” (e variações) o pronome deverá ser colo- rece o a ou as por um termo masculino. Se o a
cado depois do infinitivo. ou as se transformar em ao ou aos, existe crase;
do contrário, não. Nos exemplos já citados:
Por Exemplo:
Voltei a cumprimentá-los pela vitória na partida. João voltou ao país natal.
Os documentos foram apresentados aos juízes.
3) Verbo Principal no Particípio
Estando o verbo principal no particípio, o Outros exemplos: Atentas às modificações, as
pronome moças... (Atentos aos processos, os moços...) /
oblíquo átono não poderá vir depois dele. Junto à parede (junto ao muro).
a) Se não houver fator que justifique a próclise, o Foi à França (foi para a França).
pronome ficará depois do verbo auxiliar. Irão à Colômbia (irão para a Colômbia).
Voltou a Curitiba (voltou para Curitiba, sem crase).
Por Exemplo:
Seu rendimento escolar tem-me surpreendido. Pode-se igualmente usar a forma voltar de: se o
de se transformar em da, há crase, inexistente se
b) Se houver fator que justifique a próclise, o pro- o de não se alterar: Retornou à Argentina (voltou
nome ficará antes da locução. da Argentina). / Foi a Roma (voltou de Roma).
OBS: Zero e meia incluem-se na regra: Exceção. Existe a crase quando se pode suben-
O aumento entra em vigor à zero hora. / Veio à tender uma palavra feminina, especialmente
meianoite em ponto. A indeterminação afasta a moda e maneira, ou qualquer outra que deter-
crase: Irá a uma hora qualquer. mine um nome de empresa ou coisa: Salto à Luís
XV (à moda de Luís XV). / Estilo à
3ª - Nas locuções adverbiais, prepositivas e Machado de Assis (à maneira de). / Referiu-se
conjuntivas: à Apollo (à nave Apollo). / Dirigiu-se à (fragata)
Gustavo Barroso. / Vou à (editora) Melhoramen-
Como às pressas, às vezes, à risca, à noite, à tos. / Fez alusão à (revista) Projeto.
direita, à esquerda, à frente, à maneira de, à
moda de, à procura de, à mercê de, à custa de, 2ª - Nome de cidade:
à medida que, à proporção que, à força de, à Chegou a Brasília. / Irão a Roma este ano.
espera de: Saiu às pressas. / Vive à Exceção. Há crase quando se atribui uma qua-
custa do pai. / Estava à espera do irmão. / Sua lidade à cidade: Iremos à Roma dos Césares. /
tristeza aumentava à medida que os amigos par- Referiu-se à bela Lisboa, à Brasília das mordo-
tiam. / Serviu o filé à moda da casa. mias, à Londres do século 19.
Alguns verbos pronominais, porém, podem Você notou alguma coisa diferente na letra? Nós
requerer um complemento preposicionado. É o vemos, a certa altura:
caso, por exemplo, do verbo “queixar-se” (quei-
xar-se de) e não do verbo “suicidar-se”. “Arrasar com o teu castelo de areia”
Naquele momento os fiéis arrependeram-se os Muitas vezes encontramos o verbo acabar sendo
seus pecados. [Inadequado] usado com o mesmo sentido:
Naquele momento os fiéis arrependeram-se dos
seus pecados. [Adequado] “O furacão acabou com a cidade.”
...[dos: de + os = dos / de = preposição]
...[dos seus pecados: objeto indireto] Assim, o que acontece é a transferência da
Os biólogos do zoológico local dedicam-se as regência do verbo acabar - com esse sentido de
experiências genéticas. [Inadequado] destruir, que requer a preposição “com” - para o
Os biólogos do zoológico local dedicam-se às verbo arrasar. Os sinônimos de certas palavras
2) Verbo transitivo direto: aponta para o sentido 3) Verbo intransitivo: no sentido de morar,
de respirar, cheirar, inalar e não rege qualquer residir
preposição. “A” é determinante na construção correta de cada
A regência verbal é determinante na construção uma das expressões acima. Assim, quando o
correta de cada uma das expressões acima. verbo “assistir” for empregado para indicar os
Assim, quando o verbo “aspirar” for empregado sentidos apontados em (1) e (2), é obrigatória a
para indicar o sentido apontado em (1) é obriga- presença da preposição regida.
tória a presença da preposição regida.
Exemplos:
Exemplos: 1) Os mais velhos insistiam em querer assistir o
jogo em pé. [Inadequado]
1) Os quase mil candidatos aspiravam a única Os mais velhos insistiam em querer assistir ao
vaga disponível. [Inadequado] jogo em pé. [Adequado]
Os quase mil candidatos aspiravam à única vaga Os mais velhos insistiam em querer assisti a ele
disponível. [Adequado] em pé. [Adequado]
Os quase mil candidatos aspiravam a ela. ...[termo regente: assistir a = ver, observar]
[Adequado]
...[termo regente: aspirar a = desejar] 2) Assiste o médico o direito de solicitar as infor-
mações sobre seu cliente. [Inadequado]
2) E eu era obrigado a aspirar ao mau cheiro dos
canaviais... [Inadequado] Assiste ao médico o direito de solicitar as infor-
E eu era obrigado a aspirar o mau cheiro dos mações sobre seu cliente. [Adequado]
canaviais... [Adequado] Assiste-lhe o direito de solicitar as informações
construções como:
O aluno custou para aceitar o fato.
Custo a crer que ela ainda volte. A regência e o verbo “preferir”
3) É verbo intransitivo no sentido de valor, preço. Meus alunos preferem o brinquedo do que o livro.
Esta roupa custou caro. [Inadequado]
Meus alunos preferem o brinquedo ao livro.
ESQUECER-SE E LEMBRAR-SE. [Adequado]
...[objeto direto: o brinquedo]
Não se esqueça de que, se esses verbos não ...[objeto indireto: ao livro]
contiverem o pronome (se), serão transitivos dire- O pequeno infante preferiu marchar do que espe-
tos, ou seja, serão usados sem a preposição. rar pelos ataques. [Inadequado]
Prefiro mais ler do que escrever! O verbo proceder também pode ser empregado
A palavra “mais”, nesse caso, caiu em desuso, na sua concepção de verbo intransitivo. Nesse
porém o segundo termo da comparação (“do caso ele tem sentido de comportar-se, agir, ter
que”) ainda permanece, gerando a confusão fundamento, origem e descendência . Como um
quanto à regência: o verbo preferir rege tão só a verbo intransitivo, não há complemento ligado
preposição “a” e não o termo “do que”. ao verbo, portanto, não há também o uso de
preposição.
A regência e o verbo “proceder”
Exemplos:
O verbo “proceder” é um verbo transitivo indi- De que maneira os turistas procederam?
reto, e rege a preposição “a”. Freqüentemente Espantei-me com aquela mulher que procedeu
se observa na linguagem coloquial o emprego com firmeza diante da acusação.
do verbo proceder sem a preposição. Essa é ...[procedeu: verbo intransitivo = não exige
uma licença da língua falada que, por assimilar complemento]
o sentido do verbo proceder ao sentido de outros ...[com firmeza: adjunto adverbial de modo]
verbos sinônimos como realizar, efetuar, etc., ...[diante da acusação: adjunto adverbial
transfere para proceder a transitividade direta, de tempo]
ou seja, o não uso de preposição. No entanto, Suas reclamações não procedem.
isso não deve ser aplicado na linguagem culta, Eles procedem e velhas famílias gaúchas.
que exige a presença da preposição “a” (ou a sua
contração) junto ao verbo. A regência e o verbo “visar”
Sobressair. Substantivos
Observação: Quando o sujeito for título de a) Um e outro tinham (ou tinha) parentes no Norte.
livro o nome ou nome de obra, admitem-se b) Nem um nem outro veio (ou vieram).
duas construções: Complete agora:
Ex.: A multidão dos torcedores gritava (ou Redija você mesmo a regra:
gritavam). ____________________________________
____________________________________
B) Verbos dar, bater e soar ____________________________________
____________________________________
a) Deram oito horas. ____________________________________
Verbo no plural sujeito no plural __________________________________
___________________________________
b) Bateu uma hora.
Verbo no plural sujeito no singular E) Sujeito pronome de tratamento
Complete, agora, a regra: Apenas com VTD ou com VTDI ao mesmo tempo
CONCORDÂNCIA NOMINAL
* A Expressão em anexo é invariável.
Ex.: Seguem em anexo os documentos.
(Hélio Consolaro* ) Pior de tudo é saber que ainda tem gente que
acha que uma vírgula não faz a menor diferença!
Recebi de um leitor (login: rondon.jr) um texto
bastante conhecido, antigo, como exemplo de Sinais que marcam sobretudo a pausa
como a pontuação faz a diferença. A reprodução
abaixo não é falta de assunto, mas uma forma 1. A vírgula ( , )
de compartilhar com os leitores mais jovens as
coisas antigas e boas que estão na internet. A VÍRGULA marca uma pausa de pequena dura-
ção. Emprega-se não só para separar elementos
Um homem rico estava muito doente, pediu papel de uma oração, mas também orações de um só
e caneta, e assim escreveu: período.
“Deixo meus bens à minha irmã não a meu sobri- 1.1. Emprego da vírgula no interior da oração
nho jamais será paga a conta do alfaiate nada No INTERIOR DA ORAÇÃO a vírgula serve
aos pobres”.
1º) Para separar elementos que exercem a
Morreu antes de fazer a pontuação. Para quem mesma função sintática (sujeito composto, com-
ele deixava a fortuna? plementos, adjuntos), quando não vêm unidos
pelas conjunções e, ou e nem.
Eram quatro concorrentes. O sobrinho fez a
seguinte pontuação: Exemplos:
As nuvens, as folhas, os ventos não são deste
“Deixo meus bens à minha irmã? Não, a meu mundo.
sobrinho. Jamais será paga a conta do alfaiate. (A. MAYER)
Nada aos pobres”
Ela tem sua claridade, seus caminhos, suas esca-
A irmã chegou em seguida e pontuou assim, o das, seus andaimes.
escrito: (C. MEIRELES)
“Deixo meus bens à minha irmã, não a meu 2º) Para separar elementos que exercem funções
sobrinho. Jamais será paga a conta do alfaiate. sintáticas diversas, geralmente com a finalidade
Nada aos pobres.” de realçá-los. Em particular, a VÍRGULA é usada:
O alfaiate pediu cópia do original e puxou a brasa a) para isolar o aposto, ou qualquer elemento de
pra sardinha dele: valor meramente explicativo:
“Deixo meus bens à minha irmã? Não! Ao meu Ele, o pai, é um mágico.
sobrinho jamais! Será paga a conta do alfaiate. ( ADONIAS FILHO)
Nada aos pobres.”
b) para isolar o vocativo:
Depois de algumas horas de sono, voltei ao O silêncio comeu o eco, e a escuridão abraçou o
colégio. silêncio.
(R. POMPÉIA) (G. FIGUEIREDO)
3º) Emprega-se ainda a vírgula no interior da 2ª) Das CONJUNÇÕES ADVERSATIVAS, mas
oração: emprega-se sempre no começo da oração;
porém, todavia, contudo, entretanto e no entanto,
a) para separar, na datação de um escrito, o podem vir ora no início da oração, ora após um
nome do lugar: dos seus termos.
Teófilo Otoni, 10 de maio de 1917.
No primeiro caso, põe-se uma VÍRGULA antes da
b) para indicar a supressão de uma palavra conjunção; no segundo, vem ela isolada por
(geralmente o verbo) ou de um grupo de palavras: vírgulas.
Veio a velhice; com ela, a aposentadoria. Compare-se este período de Machado de Assis:
(H. SALES)
-- Vá aonde quiser, mas fique morando conosco.
1.2. Emprego da vírgula entre orações aos seguintes:
-- Vá aonde quiser, porém fique morando
ENTRE ORAÇÕES, emprega-se a vírgula: conosco..
-- Vá aonde quiser, fique, porém, morando
1º) Para separar as orações coordenadas conosco.
assindéticas:
Em virtude da acentuada pausa que existe entre
Levantava-me, passeava, tamborilava nos vidros as orações acima, podem ser elas separadas,
das janelas, assobiava. na escrita, por PONTO-E-VÍRGULA. Ao último
(M. DE ASSIS) período é mesmo a pontuação que melhor lhe
convém:
2º) Para separar as orações coordenadas sin-
déticas, salvo as introduzidas pela conjunção e: -- Vá aonde quiser; fique, porém, morando
conosco.
Cessaram as buzinas, mas prosseguia o alarido
nas ruas. 3ª ) Quando conjunção conclusiva, pois vem
(A. M. MACHADO) sempreposposto a um termo da oração a que
pertence e, portanto, isolado por vírgulas:
Observação:
Não pacteia com a ordem; é, pois, uma rebelde.
1ª) Separam-se por VÍRGULA as orações (J. RIBEIRO)
6º) Para separar as orações reduzidas de gerún- 2. Quando os períodos (simples ou compostos) se
dio, de particípio e de infinitivo, quando equiva- encadeiam pelos pensamentos que expressam,
lentes a orações adverbiais: sucedem-se uns aos outros na mesma linha.
Não obtendo resultado, indignou-se. Diz-se, neste caso, que estão separados por um
(G. RAMOS) PONTO SIMPLES.
2º) Para separar partes de um período, das Sinais que marcam sobretudo a melodia
quais uma pelo menos esteja subdividida por
VÍRGULA: 1. Os dois – pontos ( : )
Sendo o vocativo inicial emitido com entoação Oh! dias de minha infância!
suspensiva, deve ser acompanhado, preferen- (C. DE ABREU)
temente, de DOIS-PONTOS ou de VÍRGULA,
sinais denotadores daquele tipo de inflexão. Deus! ó Deus! onde estás que não respondes?
(C. ALVES)
2. O ponto de interrogação (?)
depois de um imperativo:
1. É o sinal que se usa no fim de qualquer inter-
rogação direta, ainda que a pergunta não exija Coração, pára! ou refreia, ou morre!
resposta: (A. DE OLIVEIRA)
Agora é que entendo tudo: as atitudes do pai, o A palavra “nordeste” é hoje uma palavra desfi-
recato da filha... Eu caí numa cilada... gurada pela expressão “obras do Nordeste” que
(J. MONTELLO) quer dizer:
2. Empregam-se também as RETICÊNCIAS para “obras contra as secas”. E quase não sugere
reproduzir, nos diálogos, não uma suspensão do senão as secas.
tom da voz, mas o corte da frase de um persona- (G. FREYRE)
gem pela interferência da fala de outro. Se a fala
do personagem continua normalmente depois Observação:
dessa interferência, costuma-se preceder o
seguimento de reticências: No emprego das ASPAS, cumpre atender a estes
preceitos do Formulário Ortográfico:
a) quando o ”e” equivale a “mas”, caso em que se Em vez de vírgula e do ponto, pode aparecer
classifica como conjunção adversativa. nesse caso o travessão, que sugere pausa maior
que a vírgula, porém.
Exemplos:
“Quem cabritos vende, e cabras não têm, dalgu- Ex.: Um homem arrebata o primeiro beijo, suplica
res lhe vêm.” (e = mas) pelo segundo, pede o terceiro, toma o quarto,
Juçara fuma, e não traga. (e=mas) aceita o quinto – e aguenta todos os outros.
Todo político promete, e não cumpre. (e=mas)
f) antes de vice-versa.
b) quando o “e” dá início a outra oração no perí- Ex.: As orações causais não aceitam normal-
odo, sendo deferentes os sujeitos. Ex.: mente os artifícios que se empregam para as
orações explicativas, e vice-versa.
Uma mão lava a outra, e a poluição suja as duas.
Os soldados ganham as batalhas, e os generais g) antes do último membro de uma enumeração.
recebem o crédito. Ex.: O Brasil é o maior produtor mundial de
mamona; o México produz muita prata, petróleo
c) quando entre um sujeito e outro aparece um e mercúrio, e o Chile é rico em cobre.
termo imediatamente anterior separado por
OBSERVAÇÕES
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RESUMOS
ESTRUTURA DA PALAVRA
RESUMOS
ESTRUTURA DA PALAVRA
PRONOMES TIPOS
CONJUNÇÕES COORDENATIVAS
ORAÇÕES SUBORDINADAS
CRASE
TERMOS DA ORAÇÃO
Quem foi Carolina Maria de Jesus, que completaria 105 anos em março
Ela foi uma das primeiras escritoras negras do Brasil e é considerada uma das mais relevantes para a lite-
ratura nacional.
29 MAR 2019 - 15H06 |ATUALIZADO EM 29 MAR 2019 - 15H06
Negra, catadora de papel e favelada, 1Carolina Maria de Jesus foi uma autora improvável. Nasceu em
14 de março de 1914 em Sacramento, Minas Gerais, em uma comunidade rural, filha de pais analfabetos.
Foi maltratada durante a infância, 2mas aos sete anos frequentou a escola — em pouco tempo, aprendeu
a ler e escrever e desenvolveu o gosto pela leitura.
Em 1937, após a morte da mãe, ela mudou para São Paulo. Aos 33 anos, desempregada e grávida,
mudou-se para a favela do Canindé, na zona norte da capital paulista. Trabalhava como catadora de papel
e, nas horas vagas, registrava o cotidiano da favela em cadernos que encontrava no material que recolhia.
Um destes diários deu origem a seu primeiro livro, Quarto de Despejo - Diário de uma Favelada, publi-
cado em 1960. A obra virou best-seller, foi vendida em 40 países e traduzida para 16 idiomas.
(...)
Texto adaptado, disponível em: https://revistagalileu.globo.com/Cultura/noticia/2019/03/quem-foi-carolina-maria-de-jesus-que-completaria-
-105-anos-em-marco.html, acesso em 22 de outubro de 2019.
1. (G1 - ifce 2020) A palavra grifada no trecho “... Carolina Maria de Jesus foi uma autora improvável”
(referência 1) equivale à
a) insólita.
b) promissora.
c) inesperada.
d) indubitável.
e) incrível.
“Olhai, oh Senhor, os jovens nos postos de gasolina. Apiedai-vos dessas pobres criaturas, a desperdiçar as
mais belas noites de suas juventudes sentadas no chão, tomando Smirnoff Ice, entre bombas de combustível
e pães de queijo adormecidos. Ajudai-os, meu Pai: eles não sabem o que fazem. [...] As ruas são violentas,
é verdade, mas nem tudo está perdido.
[...]
– 1Peço licença para entrar no território de vocês. 2Eu venho questionar esse olhar quadrado que o oci-
dente desenvolveu e que exclui olhares circulares.
Foi assim que Daniel Munduruku deu início à sua fala histórica na 63ª Feira do Livro de Porto Alegre,
trazendo a oralidade e a ancestralidade de seu povo em uma hora de conversa. (...) Doutor em Educação
pela USP, Pós-Doutor em Literatura pela Universidade de São Carlos e autor de 52 livros, Daniel iniciou
sua fala desconstruindo o imaginário que a média da população brasileira tem em relação
à palavra “índio” e a sua carga simbólica.
Segundo o escritor, há dois conceitos no imaginário da sociedade brasileira intrínsecos a esta palavra: o
olhar romântico, do “índio” que vive no meio do mato, e o aspecto ideológico que considera que 3“índios
são preguiçosos e atrasam o progresso”. Esse imaginário, fruto do pensamento ocidental e colonizador,
criou um achatamento da riqueza cultural brasileira, explicou Daniel.
– Quando a gente chama alguém de índio, não ofende só uma pessoa, ofende culturas que existem há
milhares de anos. 4Esse olhar linear empobrece nossa experiência de humanidade. A gente defende um
sistema de vida que tem dado certo há 3 mil anos – afirmou.
– No dia 19 de abril, a gente comemora um equívoco, 5porque se esconde a diversidade de povos que
existem no Brasil. Cada povo cria seu modo de estar no mundo a partir da cultura, que é alimentada
pela língua que ele fala. E cada povo tem suas tradições, sua crença, cultura, política e economia. Nós
aprendemos que só existe a língua portuguesa por aqui, né? Mas no Brasil existem 307 línguas muito
antigas e diferentes entre si. E a língua é uma leitura de mundo. Quando a gente generaliza e diz que “o
índio chama casa de oca”, imediatamente a gente está esquecendo que oca é apenas um jeito de falar.
E essas línguas são tão diferentes entre si quanto o português é diferente do chinês. Se um Kaingang
fala a língua dele, eu não sei para onde vai, porque é de um tronco linguístico diferente. Aí vocês podem
entender porque o povo tupi (que é o meu caso, o povo Munduruku é tupi) se organiza de um jeito e
porque o povo Kaingang, que é do tronco Macro-Je, se organiza de outro jeito.
O autor também criticou o uso da palavra “tribo” para se referir às aldeias e etnias, já que ela significa
apenas um pedaço de um povo. Já a palavra “índio” não tem relação alguma com o verdadeiro significado
dos povos originários do Brasil. Ao ser perguntado sobre a maneira mais adequada de tratamento, Daniel
defendeu o uso da palavra “indígena”, que significa “nativo”, e pediu também que sejam consideradas
as etnias.
http://www.nonada.com.br/2017/11/daniel-munduruku-eu-nao-sou-indio-nao-existem-indios-no-brasil/ Acessado em 03/08/2019.
4. (G1 - cotil 2020) Considerando-se a fala de Munduruku no fragmento “Eu venho questionar esse
olhar quadrado que o ocidente desenvolveu e que exclui olhares circulares” (ref. 2), pode-se dizer que o
entrevistado tem como objetivo:
a) expor as características dos povos indígenas no Brasil e, dessa forma, ser reconhecido como um
especialista no assunto.
b) criticar as comemorações do dia 19 de abril, defendendo que faltam razões concretas para a celebração.
c) esclarecer o conceito de “índio”, pelo uso da língua, para defender o caráter de povos como civilizações,
em contrapartida a visões preconcebidas.
d) defender que o termo “índio” seja substituído por “indígena” já que o que importa é a etnia, que é a
mesma para todos.
O ativismo se expressa, sobretudo, através de movimentos coletivos. Mas essa própria noção de
coletividade pode ser uma pressão para pessoas participarem de um movimento simplesmente para
sentirem que fazem parte de algo: a chamada “mob mentality” ou comportamento de manada é um ins-
trumento político e uma arma para promover a agenda de grupos específicos.
A teoria psicológica de “comportamento de manada” sugere que seres humanos têm maior proba-
bilidade de adotar determinados comportamentos porque seus amigos, colegas de trabalho e vizinhos
já o adotam. Basicamente, ninguém quer ser o primeiro ou o último a fazer algo, mas sim estar seguro
e inserido em um determinado grupo social.
“Se a questão é o que fazer com uma caixa de pipoca vazia em um cinema, com que rapidez dirigir
em um determinado trecho de rodovia ou como comer o frango em um jantar, as ações das pessoas
ao nosso redor serão importantes para definir nossa resposta”, diz o psicólogo Robert Cialdini, autor de
“Influência: A Psicologia da Persuasão”.
A mesma lógica se aplica a ideologias políticas: um estudo da Universidade da Califórnia em Berkeley
6. (Acafe 2020) Assinale a pergunta que pode ser respondida corretamente com base no texto.
a) O que é preciso fazer para ser um líder de comportamento social?
b) Por que o comportamento de manada regride à medida que aumenta o acesso a redes sociais?
c) Em que regiões do mundo as pessoas são mais sujeitas ao “mob mentality”?
d) Qual foi a conclusão a que chegaram os estudiosos da Universidade de Berkeley sobre o comportamento
de manada?
TAREFA 02
8. (G1 - cotuca 2020) Essa imagem foi fotografada em um banheiro público e apresenta uma frase de autor
desconhecido. Qual das alternativas a seguir melhor analisa a informalidade da linguagem da frase, carac-
terística do contexto apresentado, em relação à norma padrão?
A palavra slam é uma onomatopeia da língua inglesa utilizada para indicar o som de uma “batida” de porta
ou janela, seja esse movimento leve ou abrupto. Algo próximo do nosso “pá!” em língua portuguesa. A ono-
matopeia foi emprestada por Marc Kelly Smith, um trabalhador da construção civil e poeta, para nomear
o Uptown Poetry Slam, evento poético que surgiu em Chicago, em 1984. O termo slam é utilizado para se
referir às finais de torneios de baseball, tênis, bridge, basquete, por exemplo. Smith nomeou também slam
os campeonatos de performances poéticas que organizava e no qual os slammers (poetas) eram avaliados
com notas pelo público presente, inicialmente em um bar de jazz em Chicago, depois nas periferias da
cidade. A iniciativa “viralizou”, como se diz hoje, contagiando outras cidades dos Estados Unidos e, mais
tarde, ganhou o mundo. Poesia é o mundo.
Adaptado de NEVES, C. A. B. Slams - letramentos literários de reexistência ao/no mundo contemporâneo. Linha D’Água (Online), São Paulo, v.
30, n. 2, p. 92-112, out. 2017 Linha D’Água (Online), São Paulo, v. 30, n. 2, p. 92-112, out. 2017. Acesso em 18/07/2019.
10. (G1 - cotuca 2020) “Smith nomeou também slam os campeonatos de performances poéticas que orga-
nizava e no qual os slammers (poetas) eram avaliados com notas pelo público presente, inicialmente em
um bar de jazz em Chicago, depois nas periferias da cidade”. Sobre o trecho reproduzido, é possível afirmar
que o sujeito do verbo “organizava” é:
a) “Smith”
b) “Slam”
c) “Slam” e “campeonatos de performances poéticas”
d) “campeonatos de performances poéticas”
e) “performances poéticas”
12. (G1 - cotuca 2020) Qual dessas afirmativas melhor interpreta o texto apresentado?
a) Ao denominar “slam” os eventos poéticos, Smith retomou a avaliação do público neles presente.
b) A ambientação em bares de jazz fez os slammers se tornarem campeonatos de poesia.
c) A mudança dos slams dos bares de jazz de Chicago para as periferias da cidade foi responsável pela
“viralização” do evento nos Estados Unidos.
d) A avaliação do público tornava os slams populares, o que os levou a “viralizarem” pelo mundo.
e) A referência à batida de uma janela fez do slam uma espécie de “janela para o mundo”.
Havia um homem que odiava Van Gogh. Pintor desconhecido, pobre, atribuía todas suas frustrações ao
artista holandês. Enquanto existirem no mundo aqueles horríveis girassóis, aquelas estrelas tumultuadas,
aqueles ciprestes deformados, dizia, não poderei jamais dar vazão ao meu instinto criador.
Decidiu mover uma guerra implacável, sem quartel, às telas de Van Gogh, onde quer que estivessem.
Começaria pelas mais próximas, as do Museu de Arte Moderna de São Paulo.
Seu plano era de uma simplicidade diabólica. Não faria como outros destruidores de telas que entram
num museu armados de facas e atiram-se às obras, tentando destruí-las; tais insanos não apenas não
conseguem seu intento, como acabam na cadeia. Não, usaria um método científico, recorrendo a aliados
absolutamente insuspeitados: os cupins.
Deu-lhe muito trabalho, aquilo. Em primeiro lugar, era necessário treinar os cupins para que atacassem
as telas de Van Gogh. Para isso, recorreu a uma técnica pavloviana. Reproduções das telas do artista, em
tamanho natural, eram recobertas com uma solução açucarada. Dessa forma, os insetos aprenderam a
diferenciar tais obras de outras.
Mediante cruzamentos sucessivos, obteve um tipo de cupim que só queria comer Van Gogh. Para ele
era repulsivo, mas para os insetos era agradável, e isso era o que importava.
Conseguiu introduzir os cupins no museu e ficou à espera do que aconteceria. Sua decepção, contudo,
foi enorme. Em vez de atacar as obras de arte, os cupins preferiram as vigas de sustentação do prédio,
feitas de madeira absolutamente vulgar. E por isso foram detectados.
O homem ficou furioso. Nem nos cupins se pode confiar, foi a sua desconsolada conclusão. É verdade
que alguns insetos foram encontrados próximos a telas de Van Gogh. Mas isso não lhe serviu de consolo.
Suspeitava que os sádicos cupins estivessem querendo apenas debochar dele. Cupins e Van Gogh, era
tudo a mesma coisa.
(O imaginário cotidiano, 2002.)
13. (Unifesp 2020) “Enquanto existirem no mundo aqueles horríveis girassóis, aquelas estrelas tumultuadas,
aqueles ciprestes deformados, dizia, não poderei jamais dar vazão ao meu instinto criador.” (1º parágrafo)
Ao se transpor o trecho para o discurso indireto, os termos sublinhados assumem a seguinte redação:
a) existirem, pode, meu.
b) existissem, poderia, seu.
c) existiam, puderem, meu.
Já se disse, numa expressão feliz, que a contribuição brasileira para a civilização será de cordialidade
— daremos ao mundo o “homem cordial”. A 1lhaneza no trato, a hospitalidade, a generosidade, virtudes tão
gabadas por estrangeiros que nos visitam, representam, com efeito, um traço definido do caráter brasileiro,
na medida, ao menos, em que permanece ativa e fecunda a influência ancestral dos padrões de convívio
humano, informados no meio rural e patriarcal. Seria engano supor que essas virtudes possam significar
“boas maneiras”, civilidade. São antes de tudo expressões legítimas de um fundo emotivo extremamente
rico e transbordante. Na civilidade há qualquer coisa de coercitivo — ela pode exprimir-se em mandamentos
e em sentenças. Entre os japoneses, onde, como se sabe, a polidez envolve os aspectos mais ordinários
do convívio social, chega a ponto de confundir-se, por vezes, com a reverência religiosa. Já houve quem
notasse este fato significativo, de que as formas exteriores de veneração à divindade, no cerimonial xintoísta,
não diferem essencialmente das maneiras sociais de demonstrar respeito.
Nenhum povo está mais distante dessa noção ritualista da vida do que o brasileiro. Nossa forma ordi-
nária de convívio social é, no fundo, justamente o contrário da polidez. Ela pode iludir na aparência — e
isso se explica pelo fato de a atitude polida consistir precisamente em uma espécie de mímica deliberada
de manifestações que são espontâneas no “homem cordial”: é a forma natural e viva que se converteu em
fórmula. Além disso a polidez é, de algum modo, organização de defesa ante a sociedade. Detém-se na
parte exterior, epidérmica do indivíduo, podendo mesmo servir, quando necessário, de peça de resistência.
Equivale a um disfarce que permitirá a cada qual preservar intatas sua sensibilidade e suas emoções.
Por meio de semelhante padronização das formas exteriores da cordialidade, que não precisam ser
legítimas para se manifestarem, revela-se um decisivo triunfo do espírito sobre a vida. Armado dessa más-
cara, o indivíduo consegue manter sua supremacia ante o social. E, efetivamente, a polidez implica uma
presença contínua e soberana do indivíduo.
No “homem cordial”, a vida em sociedade é, de certo modo, uma verdadeira libertação do pavor que ele
sente em viver consigo mesmo, em apoiar-se sobre si próprio em todas as circunstâncias da existência. Sua
maneira de expansão para com os outros reduz o indivíduo, cada vez mais, à parcela social, periférica, que
no brasileiro — como bom americano — tende a ser a que mais importa. Ela é antes um viver nos outros.
(O homem cordial, 2012.)
1lhaneza: afabilidade.
14. (Unifesp 2020) Aproxima-se do argumento exposto no último parágrafo do texto a seguinte citação do
filósofo Friedrich Nietzsche:
a) “O amor a um único ser é uma barbaridade: pois é praticado às expensas de todos os outros.”
b) “Não há no mundo amor e bondade bastantes para que ainda possamos dá-los a seres imaginários.”
c) “Vosso mau amor por vós mesmos vos faz do isolamento um cativeiro.”
d) “O amor perdoa ao ser amado até o desejo.”
e) “O medo promoveu mais a compreensão geral dos homens que o amor.”
15. (Unifesp 2020) Está empregado em sentido figurado o termo sublinhado em:
a) “Detém-se na parte exterior, epidérmica do indivíduo, podendo mesmo servir, quando necessário, de
peça de resistência.” (2º parágrafo)
b) “Entre os japoneses, onde, como se sabe, a polidez envolve os aspectos mais ordinários do convívio
social” (1º parágrafo)
TAREFA 03
Com o aumento da população mundial, a redução de recursos e mudanças na dieta, muita gente prevê
que no futuro a humanidade enfrentará uma competição por alimentos sem precedentes. Aliás, segundo os
mais fatalistas, se as coisas continuarem como estão, por volta do ano 2050 seremos testemunhas de uma
onda de fome que poderá afetar todo o planeta.
Algumas estimativas apontam que dentro de apenas uma ou duas gerações a população mundial terá
aumentado em alguns bilhões de habitantes, e boa parte dessa gente toda se concentrará em grandes
centros urbanos. Assim, além da falta de recursos naturais, é preciso encontrar formas de fazer com que
os alimentos cheguem até essas áreas e supram as necessidades de todos.
Por sorte, já existem cientistas quebrando a cabeça para encontrar soluções para a iminente crise de
alimentos, apostando na tecnologia e na ciência para isso. Uma saída talvez seja uma mudança na dieta e,
para Richard Archer, um desses cientistas preocupados, dentro de um período de 25 anos, a alimentação
humana se baseará principalmente em produtos altamente processados e — diferente dos itens disponíveis
hoje em dia — nutricionalmente equilibrados.
1
Segundo Archer, além de nutritivos, os alimentos processados podem ser preservados por mais tempo,
além de serem mais facilmente transportados. Contudo, antes que eles substituam os alimentos atuais,
alguns problemas precisam ser contornados. Atualmente, quando falamos em produtos processados, logo
imaginamos alimentos recheados de gordura, sal e açúcar. As opções mais equilibradas existem, mas não
agradam ao paladar dos consumidores pela falta de sabor.
Assim, um dos maiores desafios da indústria de alimentos é encontrar formas de desenvolver produtos
processados que sejam saudáveis e também saborosos. Outro problema para o futuro é o consumo de
carne vermelha. Segundo Archer, a produção atual já é vista como cara e ineficiente e, no futuro, com a já
prevista escassez de água e espaço para o cultivo, esses produtos se tornarão economicamente inviáveis.
Desta forma, o consumo de carnes se limitará a quantidades cada vez mais reduzidas, dando lugar à
ingestão de proteína animal misturada à proteína de origem vegetal e outros ingredientes que garantirão o
sabor e o valor nutricional dos alimentos.
de acordo com o cientista, esses dispositivos permitirão que os usuários fabriquem suas criações culinárias
e comidas que nem sequer existem ainda. Além disso, ele prevê o desenvolvimento de tecnologias que
permitam criar ingredientes livres de calorias e que possam encapsular, cobrir, proteger e liberar nutrientes
e compostos alimentares bioativos.
E, segundo Archer, as mudanças na dieta não se limitarão apenas aos humanos, pois, conforme explicou,
animais como frangos e peixes poderão ser alimentados com algas e insetos cultivados industrialmente.
Entretanto, apesar de todo esse otimismo com respeito às soluções para o futuro, 3com uma população
mundial cada vez mais urbana e ávida por comodidades, suprir a necessidade de toda essa gente — e ao
mesmo tempo atender os gostos de todo mundo — não será uma tarefa nada fácil.
Disponível:<https://www.megacurioso.com.br/sustentabilidade/44765-como-sera-a-alimentacao-dos-humanos-no-futuro.htm>. Acesso em 04
de out. de 2019
17. (G1 - cmrj 2020) Uma preocupação semelhante entre o texto publicitário abaixo e o texto de Maria
Luciana Rincón é :
a)
o
No verso “Engolia com voracidade”, do poema O bicho, a ideia expressa encontra correspondência com o
primeiro parágrafo do texto Como será a alimentação dos humanos no futuro?, uma vez que revela a
a) diminuição de áreas plantadas.
b) consumo de produtos processados.
c) concorrência por comida disponível.
d) alteração no ritmo de produção de alimentos.
e) crítica aos hábitos alimentares nos centros urbanos.
19. (G1 - cmrj 2020) Algumas palavras são usadas para referir-se a termos ou a expressões do texto, esta-
belecendo entre eles relações de sentido e evitando repetições. Observe essa relação no parágrafo abaixo:
“Outra tendência apontada por Archer será o emprego de equipamentos 3D para imprimir refeições e, de
acordo com o cientista, esses dispositivos permitirão que os usuários fabriquem suas criações culinárias
e comidas que nem sequer existem ainda. Além disso, ele prevê o desenvolvimento de tecnologias que
permitam criar ingredientes livres de calorias e que possam encapsular, cobrir, proteger e liberar nutrientes
e compostos alimentares bioativos.” (referência 2)
Na entrevista a seguir, a professora Ângela Magalhães Vasconcelos fala sobre o Laboratório de Políticas
Públicas, Migrações e Refúgio, do qual é coordenadora. Os refugiados, segundo a pesquisadora, deixam
seus países de origem de várias maneiras, que podem incluir, além do pagamento efetuado aos coiotes
(pessoas que cobram para atravessar emigrantes irregulares), também a submissão às práticas violentas
diversas impostas pelos traficantes humanos, já no novo país. A celebração do Dia Mundial do Refugiado,
Vocabulário
1 Endémico: constante, que não passa.
20. (G1 - cftrj 2020) No texto, releia a segunda resposta da professora Ângela Vasconcelos ao entrevista-
dor Jorge Pessano. Dentre os recursos coesivos empregados para dar fluidez ao texto e evitar repetição
desnecessária da palavra “refugiados”, destaca-se:
a) a ironia
b) a metáfora
c) a homonímia
d) a elipse
O texto a seguir é um trecho de um slam transcrito a partir da performance de sua autora, Midria, em um
programa de televisão da TV Cultura. Leia-o e responda.
22. (G1 - cotuca 2020) As alternativas abaixo são trechos extraídos de uma entrevista de Midria, autora do
slam “A menina que nasceu sem cor”, para o blog “Como eu escrevo”.
(fonte: https://comoeuescrevo.com/midria-da-silva-pereira/).
Qual das alternativas melhor retrata a temática presente no slam “A menina que nasceu sem cor”?
a) Meu ritual de preparação para a escrita talvez seja a vida em si. Me entregar aos momentos que surgem
e, se rolar, escreviver por eles, como diz a Conceição Evaristo.
b) Antes de escrever “A menina que nasceu sem cor”, eu não tinha nada a perder e, depois que escrevi,
continuei não tendo. A viralização que essa poesia teve é uma dádiva sem fim, que eu valorizo, mas que
não era a minha meta primeira.
c) Se eu escrevo, é, antes de qualquer coisa, pra fazer sentido pra mim mesma. Se não tô escrevendo,
provavelmente é porque não tô com muita coisa pra dizer ou ainda não passei pelos processos necessários
para sintetizar minhas vivências em poesia.
Quanto ao racismo, é possível identificar avanços? Como tem sido a cobertura da chegada de imi-
grantes haitianos e bolivianos ao Brasil, mais recentemente?
Barreto – O racismo era algo natural e aceitável no século 19, incluindo o destaque às ideias de supremacia
de raças, entre 1870 até o governo Vargas. A partir da Segunda Guerra, os grupos começam a ser valori-
zados. Judeus, alemães e italianos no Brasil começam a recontar sua história, assim como os japoneses,
depois de um momento muito difícil. Após as cartas de direitos humanos, os valores eugenistas1 já não são
mais declarados, o que é um avanço.
Mais recentemente, o país passou a receber um número considerável de bolivianos e haitianos. Mas tam-
bém chegam portugueses e espanhóis. A imprensa, no entanto, costuma destacar muito os problemas
que os haitianos trazem, e rapidamente começa a ser construída uma visão de que eles são um problema.
Enquanto isso, os imigrantes europeus recentes são valorizados por sua cultura e contribuição ao Brasil.
Contribuições culturais ou produtivas dos haitianos e bolivianos, que têm uma riqueza cultural enorme, difi-
cilmente viram notícia. O racismo atual se dá pelo não dito, pelo que a imprensa omite. Quando aparecem
na mídia estão atrelados a problemas, crises, marginalizações, ou ligados à ideia de uma invasão. (...)
Suas observações não contrastam com a ideia tão difundida do Brasil como um país hospitaleiro,
e do brasileiro como um povo acolhedor, famoso no mundo todo pela simpatia e boa recepção aos
estrangeiros?
Barreto – Na verdade entre os pesquisadores do assunto há a noção do “mito da hospitalidade”. Há uma
diferença entre a maneira como nos vendemos para o mundo e a verdadeira hospitalidade a qualquer
estrangeiro ou a democracia racial.
O estudo de como a imigração é retratada no país entre 1808 e 2015 mostra que a hospitalidade é seletiva,
mas que essa noção sempre foi difundida, em benefício do Brasil. Esta é uma das minhas principais con-
clusões na tese, a de que a nossa famosa hospitalidade é um mito. (...)
Você citou um editorial do jornal Folha da Manhã, de 1926, intitulado “Fechem-se as fronteiras”.
Esta seria um pouco a noção de que o Brasil enxergou durante muito tempo a imigração de forma
unilateral e seletiva? Ainda vemos este discurso?
2
Barreto – Sim, o tema do editorial de 1926 é justamente a noção de que o país já teria recebido todos
os imigrantes necessários. Já chegaram todos que nós queremos, após a vinda em massa de alemães e
Vocabulário
1 Eugenista: adepto da eugenia, teoria desenvolvida no século XIX que defendia a superioridade e o melho-
ramento das raças, estimulando o embranquecimento da população
23. (G1 - cftrj 2020) A pesquisa de Gustavo Barreto, apresentada no texto, conclui que os termos “refugiado”,
“imigrante” e “estrangeiro” nos jornais brasileiros ao longo dos anos:
a) são sinônimos, tendo em vista o secular complexo de inferioridade do brasileiro em relação ao padrão
europeu.
b) nomeiam o mesmo problema de diversas maneiras, evidenciando a falta de critérios rigorosos de seleção
vocabular por parte dos jornalistas.
c) são polissêmicos, expressando a cultura hospitaleira do povo brasileiro e uma riqueza linguística favorável
à reflexão do problema.
d) assumem significados distintos, compreendidos graças à análise crítica das raízes racistas e eugenistas
do histórico de imigração.
“Barreto – Sim, o tema do editorial de 1926 é justamente a noção de que o país já teria recebido todos os
imigrantes necessários. Já chegaram todos que nós queremos, após a vinda em massa de alemães e italia-
nos, foi cumprida a função da imigração no Brasil. Já ocupamos e populamos o país, e agora as fronteiras
devem ser fechadas e quem entrar deverá ser muito bem selecionado.” (ref. 2)
AGADEZ, Níger – É segunda-feira e isso significa dia de mudança em Agadez, um cruzamento ao norte
do deserto do Níger e 1a principal plataforma de onde saem os imigrantes da África Ocidental. Fugindo
(FRIEDMAN, Thomas L. Por que os imigrantes fogem da África?. O Globo. Rio de Janeiro, 28 abr. 2016. Disponível em: https://oglobo.globo.
com/mundo/artigo-por-que-os-imigrantes-fogem-da-africa-19179333. Acesso em: 8 set. 2019)
“Todo mundo quer construir muros nos dias de hoje, afirmou ela, mas o muro de que mais precisamos é
um ‘muro verde’, de reflorestamento, que seguraria o deserto e se estenderia de Mali no oeste à Etiópia no
leste. “ (ref. 7)
A partir dos significados possíveis para o vocábulo “muro”, pode-se afirmar que a conjunção adversativa
“mas” opõe, respectivamente, as ideias de:
a) esperança x tristeza
b) segregação x proteção
c) vergonha x deslocamento
d) felicidade x natureza
26. (G1 - cftrj 2020) O texto, um artigo de opinião, apresenta orientação argumentativa em que há posi-
cionamento diante das situações relatadas. O ponto de vista do autor é evidenciado, por exemplo, pelas
adjetivações, conforme ocorre em:
a) “...a principal plataforma de onde saem os imigrantes da África Ocidental”. (ref. 1)
b) “...e há apenas uma lua crescente para iluminar a escuridão.” (ref. 2)
c) “Pobre Níger. Agadez, que tem casas com paredes de barro ornamentadas...”. (ref. 3)
d) “Hoje perdemos anualmente para a desertificação 100 mil hectares de terras aráveis”. (ref. 6)
Diáspora
Onde estás?
Vocabulário
1 Primeira estrofe do Canto 11, do livro O Guesa (1878), de Joaquim de Sousa Andrade (Sousândrade).
2 Tradução da frase em inglês: “Onde está você?”.
3 Embuçado: encoberto, escondido.
4 Embalde: inutilmente.
5 Primeira estrofe do poema “Vozes d’África” (1868), de Castro Alves.
27. (G1 - cftrj 2020) A palavra “Diáspora” vem do grego e significa “dispersão”. Na Antiguidade, designava
a migração e colonização, por parte dos gregos, de diversos locais ao longo da Ásia Menor e do Medi-
terrâneo; mais tarde, passou a indicar o deslocamento, normalmente forçado ou incentivado, de grandes
massas populacionais.
No texto, uma música contemporânea, o termo “diáspora” está associado a uma visão:
a) desoladora, enfatizada pela repetição da preposição “sem”.
b) revolucionária, incitada pelas perguntas “onde está?”, “onde estás?”.
c) encorajadora, expressa na repetição da forma verbal “atravessamos”.
d) esperançosa, anunciada pelo verso “Acalmou a tormenta”.
28. (G1 - cftrj 2020) Em “Diáspora” (texto), canção gravada em 2017, há uma citação de “Vozes D’África”,
poema escrito por Castro Alves em 1868. Abaixo, seguem duas estrofes de “Vozes D’África”:
Vocabulário
10
Condor: ave da região dos Andes, cujo voo alcança alturas consideráveis.
11
José: personagem bíblico, filho de Jacó e de Raquel, enganado pelos onze irmãos, que o venderam como
escravo a mercadores egípcios.
12
Vil: desprezível.
A partir da relação intertextual com “Vozes D’África”, é possível afirmar que, na canção “Diáspora”,
a) o chamamento por Deus é prejudicial aos refugiados durante a travessia para a nova terra.
b) as referências religiosas retiram da interpretação do refúgio a perspectiva política.
c) o drama contemporâneo dos refugiados é associado à escravização de africanos nas Américas.
d) os versos de Castro Alves são irrelevantes, uma vez que os contextos históricos são divergentes.
29. (Unesp 2020) Constituem exemplos de linguagem formal e de linguagem coloquial, respectivamente,
as seguintes falas:
a) “Ah, estou morrendo de pena...” e “Ainda vou trabalhar a noite inteira no Iraque, meu rapaz.”
b) “Me adianta essa, vai...” e “É cedo para mim.”
c) “O importante é trabalhar com o que a gente gosta.” e “Posso lhe dar um emprego bem melhor...”
d) “É cedo para mim.” e “Posso lhe dar um emprego bem melhor...”
e) “Posso lhe dar um emprego bem melhor...” e “Me adianta essa, vai...”
Um escritor! Um escritor!
Antônio Prata*
Com o jornal numa mão e um guaraná diet na outra, eu caminhava pelas ruas de Kiev, desviando de 1
barricadas e coquetéis molotov, quando a voz no sistema de som me trouxe de volta à poltrona 11C do
Boeing 737: “Atenção, senhores passageiros, caso haja um médico a bordo, favor se apresentar a um de
nossos comissários”.
Foi aquele discreto alvoroço: todos cochichando, olhando em volta, procurando o doente e torcendo por
um doutor, até que, do fundo da aeronave, despontou o nosso herói. Vinha com passos firmes — grisalho,
como convém —, a vaidade disfarçada num leve enfado, como um Clark Kent que, naquele momento, esti-
vesse menos interessado em demonstrar os superpoderes do que em comer seus amendoins.
Um comissário o encontrou no meio do corredor e o levou, apressado, até uma senhora gorducha que
segurava a cabeça e hiperventilava na primeira fileira do avião. O médico se agachou, tomou o pulso, aus-
cultou peito e costas, conversou baixinho com ela, depois falou com a aeromoça. Trouxeram uma caixa de
metal, ele deu um comprimido à mulher e, nem dez minutos mais tarde, voltou pros seus amendoins, sob
os olhares admirados de todos.
Ou de quase todos, pois a minha admiração, devo admitir, foi rapidamente 2fagocitada pela inveja. Ora,
quando a medicina nasceu, com Hipócrates, a história de 3Gilgamesh já circulava pelo mundo havia mais
de dois milênios: desde tempos imemoriais, enquanto o corpo seguia ao deus-dará, a alma era tratada por
mitos, versos, fábulas — e, no entanto...
No entanto, caros leitores, quem aí já ouviu uma aeromoça pedir, ansiosa: “Atenção, senhores passa-
geiros, caso haja um escritor a bordo, favor se apresentar a um de nossos comissários”?
Eu não me abalaria. Fecharia o jornal, sem afobação, poria uma Bic e um guardanapo no bolso, iria até
a senhora gorducha e me agacharia ao seu lado. Conversaríamos baixinho. Ela me confessaria, quem sabe,
estar prestes a reencontrar o filho, depois de dez anos brigados: queria falar alguma coisa bonita pra ele,
mas não era boa com as palavras. Eu faria uma rápida 4anamnese: perguntaria os motivos da briga, 5se o
filho estava mais pra Proust ou pra UFC, levantaria recordações prazerosas da relação e, antes de tocar-
mos o solo, entregaria à mulher três parágrafos capazes de verter lágrimas até da estátua do Borba Gato.
De volta ao meu lugar, passageiros me cumprimentariam e compartilhariam histórias semelhantes. Uma
jovem mãe me contaria do primo poeta que, num restaurante, ao ouvir os apelos do garçom —”Um escritor,
pelo amor de Deus, um escritor!”—, tinha sido levado até um rapaz apaixonado e conseguido escrever seu
pedido de casamento no cartão de um buquê antes que a futura noiva voltasse do banheiro.
Um senhor comentaria o caso muito conhecido do romancista que, após as súplicas de mil turistas, fora
capaz de convencer 200 tripulantes de um cruzeiro a abandonar o gerúndio.
Eu sorriria, de leve. Diria “Pois é, se você escolheu essa profissão, tem que estar preparado pras emer-
gências”, então recusaria, educadamente, o segundo saquinho de amendoins que a aeromoça me ofereceria
e voltaria, como se nada tivesse acontecido, para as 6bombas da Crimeia, com meu copo de guaraná.
*Antonio Prata/Escritor e roteirista, autor de Nu, de Botas.
Jornal Folha de São Paulo, 25 mai. 2014 – Disponível em: <https://www1.folha.uol.com.br/colunas/antonioprata/>. Acesso em 27 ago.2019.
Vocabulário de apoio:
1
Kiev: capital e maior cidade da Ucrânia. No trecho: “eu caminhava pelas ruas de Kiev, desviando de bar-
ricadas e coquetéis molotov”, o autor se refere ao tema do livro (Guerra da Crimeia) que ele lia, enquanto
estava no voo. Os termos ‘barricadas’(trincheiras feitas de improviso) e ‘coquetéis molotov’ (tipo de arma
química, geralmente usada em guerrilhas) estão relacionados ao tema da leitura feita pelo autor.
2
fagocitada: neologismo criado a partir de fagocitose: processo de ingestão e destruição de partículas
sólidas, como bactérias ou pedaços de tecido necrosado, por células ameboides chamadas de fagócitos
3
No trecho: “a medicina nasceu, com Hipócrates, a história de Gilgamesh”, o autor se refere a Hipócra-
tes – pensador grego, considerado o “pai da Medicina” – e a Gilgamesh - rei da Suméria, mais conhecido
atualmente por ser o personagem principal da Epopeia de Gilgamesh, um épico mesopotâmico preservado
em tabuletas escritas com caracteres cuneiformes (o mais antigo tipo de escrita do mundo).
4
anamnese: lembrança, recordação pouco precisa. No campo da medicina, anamnese é um histórico que
vai desde os sintomas iniciais até o momento da observação clínica, realizado com base nas lembranças
do paciente.
5
No trecho: “se o filho estava mais pra Proust ou pra UFC”, o autor se refere a um escritor francês (Proust,
importante escritor no cenário da literatura mundial) e a UFC, cuja sigla em inglês Ultimate Fighting Cham-
pionship, designa organização de MMA (Artes Marciais Mistas) que produz eventos ao redor de todo o mundo.
6
bombas da Crimeia – referência à Guerra da Crimeia (1853-1856), assunto do livro que o autor lia, durante
o voo.
Um comissário o encontrou no meio do corredor e o levou, apressado, até uma senhora gorducha que
segurava a cabeça e hiperventilava na primeira fileira do avião. O médico se agachou, tomou o pulso, aus-
cultou peito e costas, conversou baixinho com ela, depois falou com a aeromoça. Trouxeram uma caixa de
metal, ele deu um comprimido à mulher e, nem dez minutos mais tarde, voltou pros seus amendoins, sob
os olhares admirados de todos.
Ou de quase todos, pois a minha admiração, devo admitir, foi rapidamente fagocitada pela inveja. Ora,
quando a medicina nasceu, com Hipócrates, a história de Gilgamesh já circulava pelo mundo havia mais
de dois milênios: desde tempos imemoriais, enquanto o corpo seguia ao deus-dará, a alma era tratada por
mitos, versos, fábulas — e, no entanto...
Nesse fragmento, o autor expressa, de forma irônica, um sentimento de inveja diante da situação narrada,
pelo fato de a
Quando escrevo ou leio, não penso em teoria, em ciência. Penso na arte. No prazer. Na estética. No perso-
nagem. No enredo. Nas figuras de linguagem e na linguagem em si. Na sabedoria do autor. Na sonoridade.
Na melhor palavra. Na imensa alegria de mergulhar em mundos que parecem, mas não são, ou são, mas
não parecem ser. Nada disso precisa de ciência, apenas de sensibilidade. Sensibilidade para capturar a
ficção da realidade. O mundo é a ficção de cada um. Escritores simplesmente falam da sua fantasia.
Fragmento do texto: “Literatura não é ciência”, de Luís Giffoni. Disponível em: <http://www.luisgiffoni.com.br/literatura-nao-e-ciencia/>, Acesso
em 18 ago.2019
33. (G1 - cftmg 2020) No texto, o autor faz uso de um registro mais informal da língua portuguesa para
a) expressar sua insatisfação com os usos da língua em mensagens de bordo, como em: “Atenção, senhores
passageiros, caso haja um médico a bordo, favor apresentar-se [...]”;
b) aproximar-se dos usos cotidianos da língua, como ocorre na opção de ‘pra’, em vez de ‘para’, no trecho:
“queria falar alguma coisa bonita pra ele, mas não era boa com as palavras.”.
c) revelar conhecimento de vocabulário técnico da área médica, como no fragmento: “Eu faria uma rápida
anamnese: perguntaria os motivos da briga, se o filho estava mais pra Proust ou pra UFC”.
d) demonstrar domínio de termos estrangeiros, como em: “Com o jornal numa mão e um guaraná diet na
outra, eu caminhava pelas ruas de Kiev, desviando de barricadas e coquetéis molotov, quando a voz no
sistema de som me trouxe de volta à poltrona 11C do Boeing 737”.
34. (G1 - cftmg 2020) O reconhecimento dos diferentes gêneros textuais, seu contexto de uso, sua função
social específica, suas finalidades e sua composição formal compõem um conjunto de conhecimentos
socioculturais, construídos ao longo de nossa formação.
A análise dos elementos constitutivos do texto demonstra que ele é uma crônica, pois
a) destaca a existência de um fato de impacto nacional.
b) apresenta uma visão crítica, em linguagem impessoal.
c) desenvolve uma reflexão, a partir de um fato cotidiano.
d) confronta diferentes pontos de vista em sua composição.
Cadê o papel-carbono?
Outro dia tive saudade do papel carbono. E tive saudade também do mimeógrafo a álcool. E tive sau-
1
dade da velha máquina de escrever. E tive saudade de quando, no dizer de 2Rubem Braga, a geladeira era
branca e o telefone era preto.
Os mais jovens não sabem nem o que é papel carbono ou mimeógrafo a álcool. Mas tive saudade
deles, ou melhor, de um tempo em que eu não dependia eletronicamente de outros para fazer as mínimas
35. (G1 - epcar (Cpcar) 2020) Nas alternativas abaixo, a substituição da palavra original em destaque por
outra de sentido semelhante, apontada entre parênteses, está correta em
a) “Permita-me, eventual (assíduo) e concreto leitor, lhe fazer uma pergunta indiscreta.” (ref. 21)
b) “Outro dia, li que houve uma reunião em Baku, lá no Azerbaijão, congregando (consagrando) cérebros
notáveis...” (ref. 11)
c) “Hoje tomar um banho é uma peripécia (vantagem) tecnológica.” (ref. 3)
d) “Deste modo estão se cumprindo dois vaticínios. O primeiro era de um vate (poeta) mesmo – Vinícius
de Moraes...” (ref. 15)
36. (G1 - epcar (Cpcar) 2020) Em relação à composição e estruturação linguística do texto, é correto afirmar
que
37. (G1 - epcar (Cpcar) 2020) Após a leitura atenta do texto, é correto afirmar que
a) a tecnologia da modernidade não é tão eficiente quanto parece, por isso a conclusão de que “o homem
é que foi feito para a máquina” (ref. 17), e não o contrário, como se acreditava.
b) o saudosismo do locutor se justifica em virtude da sua constatação de que “o ser humano, foi descartado
pela máquina” (ref. 13); dessa forma, ele terá de voltar aos equipamentos do passado.
c) a tecnologia, embora tenha avançado em muitos setores, como, por exemplo, nos utensílios dos hotéis,
na comunicação, ainda não foi capaz de conduzir a humanidade para a cura de doenças.
d) o ser humano na modernidade, independentemente de sua vontade, está atrelado às máquinas, já que
várias de suas atividades diárias estão intrinsecamente ligadas a elas.
38. (G1 - epcar (Cpcar) 2020) Dentre os trechos transcritos a seguir, assinale a alternativa em que o vocábulo
grifado NÃO foi empregado com a finalidade de enfatizar a posição crítica do autor no contexto.
a) “Hoje até para tomar um elevador tenho que inserir um cartão eletrônico para ele se mover.” (ref. 4)
b) “...não terem descoberto como curar uma simples gripe...” (ref. 8)
c) “Ao telefone só se fala com máquinas...” (ref. 18)
d) “Permita-me, eventual e concreto leitor, lhe fazer uma pergunta indiscreta.” (ref. 21)
TAREFA 06
Texto I
O que levou Marta, seis vezes a melhor do mundo, a enfrentar a Austrália de chuteiras pretas? Adianto,
não foi o futebol “raiz”. Marta não fechou patrocínio com nenhuma das gigantes do mercado esportivo. Não
recebeu nenhuma proposta à altura do seu futebol. Isso diz muito sobre o machismo no esporte. A partir
disso, a atleta decidiu calçar a luta pela diversidade.
(Fonte: https://www.hypeness.com.br/2019/06/chuteira-sem-logo-e-com-simbolo-de-igualdade-de-genero-foi-mais-um-golaco-de-marta/.
Acessado em 18/06/2019.)
Joia
Beira de mar
Beira de mar
Beira de maré na América do Sul
Um selvagem levanta o braço
Abre a mão e tira um caju
Um momento de grande amor
De grande amor
Copacabana
Copacabana
Louca total e completamente louca
A menina muito contente
Toca a coca-cola na boca
Um momento de puro amor
De puro amor.
VELOSO, Caetano. Letra Só. São Paulo: Companhia das Letras, 2003.
A letra da canção Joia, de Caetano Veloso, tem o poder de representar algumas das aproximações que o
Tropicalismo procurou promover entre espaços, tempos e referenciais culturais distintos, com o intuito de
provocar uma reflexão acerca do caráter híbrido da formação cultural brasileira.
Marque a única alternativa em que a afirmação sobre as funções dos elementos da linguagem da canção
esteja INCORRETA:
a) Existe uma oposição entre os termos “caju” e “coca-cola”. O primeiro é um elemento natural, nacional e
autóctone. O segundo é artificial, produto da sociedade de consumo moderna.
b) Os termos “selvagem” e “menina contente” representam, respectivamente, o lado primitivo, histórico e
natural do país, e o lado moderno e civilizado, sujeito às influências estrangeiras.
c) A letra da canção pode ser dividida em duas partes, cada uma representativa de um espaço distinto,
41. (Unicamp 2020) “O que é então o verossímil? Para encurtar: tudo aquilo em que a confiança é presumida.
Por exemplo, os juízes nem sempre são independentes, os médicos nem sempre capazes, os oradores nem
sempre sinceros. Mas presume-se que o sejam; e, se alguém afirmar o contrário, cabe-lhe o ônus da prova.
Sem esse tipo de presunção, a vida seria impossível; e é a própria vida que rejeita o ceticismo.”
(Olivier Reboul, Introdução à retórica. São Paulo: Martins Fontes, 1998, p. 97-98.)
Considerando o segundo “Sermão da Quarta-feira de Cinza” (1673), de Antonio Vieira, é correto afirmar que
a presunção de confiança por parte do auditório cristão do século XVII decorre da
a) habilidade política do pregador.
b) atenção disciplinada dos ouvintes.
c) crença na salvação e na danação eternas.
d) defesa institucional da Igreja Católica feita pelo clero.
42. (Unesp 2020) Tal movimento distingue-se pela atenuação do sentimentalismo e da melancolia, a
ausência quase completa de interesse político no contexto da obra (embora não na conduta) e (como os
modelos franceses) pelo cuidado da escrita, aspirando a uma expressão de tipo plástico. O mito da pureza
da língua, do casticismo vernacular abonado pela autoridade dos autores clássicos, empolgou toda essa
fase da cultura brasileira e foi um critério de excelência. É possível mesmo perguntar se a visão luxuosa
dos autores desse movimento não representava para as classes dominantes uma espécie de correlativo
da prosperidade material e, para o comum dos leitores, uma miragem compensadora que dava conforto.
(Antonio Candido. Iniciação à literatura brasileira, 2010. Adaptado.)
43. (Famerp 2020) Quanto à matéria, o romance brasileiro nasceu regionalista e de costumes; ou melhor,
pendeu desde cedo para a descrição dos tipos humanos e formas de vida social nas cidades e nos cam-
pos. O romance histórico se enquadrou aqui nesta mesma orientação; o romance __________ constituiu
desenvolvimento à parte, do ponto de vista da evolução do gênero, e corresponde a certas necessidades,
poéticas e históricas, de estabelecer um passado heroico e lendário para a nossa civilização, a que os
__________ desejavam, numa utopia retrospectiva, dar tanto quanto possível traços autóctones.
A figura dominante do período, __________, passou por todas essas vertentes e em todas deixou boas
obras.
(Antonio Candido. Formação da literatura brasileira, 1975. Adaptado.)
44. (Unicamp 2020) As palavras organizadas comunicam sempre alguma coisa, que nos toca porque obe-
dece a certa ordem. Quando recebemos o impacto de uma produção literária, oral ou escrita, ele é devido
à fusão inextricável da mensagem com a sua organização. Em palavras usuais: o conteúdo de uma obra
literária só atua por causa da forma.
(Adaptado de Antonio Candido, “O direito à literatura”, em Vários escritos. São Paulo: Ouro sobre azul e Duas Cidades, 2004, p.178.)
A obra Sobrevivendo no inferno do grupo Racionais Mc’s é composta pelas canções e pelo projeto editorial
da capa e contracapa do CD. Nesse projeto editorial, encontram-se elementos visuais e verbais que esta-
belecem um jogo de formas e sentidos. Com base na afirmação de Antonio Candido, é correto afirmar que
a organização desses elementos
a) produz uma simetria entre som e sentido, sendo que tal simetria indica que os símbolos religiosos são
uma resposta à violência.
b) configura um sistema de oposições, uma vez que imagens e palavras estabelecem tensões materiais e
espirituais, constitutivas do sentido das canções.
c) configura uma sintaxe poética de ordem espiritual. Essa sintaxe espelha o caos e as injustiças vividos na
periferia das grandes cidades.
d) produz uma lógica poética racional. Essa lógica se explicita na vitória do crime sobre a visão de mundo
presente nos versículos bíblicos transcritos.
45. (Fuvest 2020) O feminismo negro não é uma luta meramente identitária, até porque branquitude e
masculinidade também são identidades. Pensar feminismos negros é pensar projetos democráticos. Hoje
afirmo isso com muita tranquilidade, mas minha experiência de vida foi marcada pelo incômodo de uma
O trecho que melhor define a “incompreensão fundamental” (ref. 1) referida pela autora é:
a) “nгo que eu buscasse respostas para tudo” (ref. 2).
b) “não tinha consciência de mim” (ref. 3).
c) “Por que eu ficava isolada na hora do recreio” (ref. 5).
d) “me esforçando para não ser notada” (ref. 6).
e) “sentia vergonha de levantar a mão” (ref. 4).
TAREFA 07
A falta de empatia e de solidariedade na sociedade atual está presente na charge, tal tema é mais bem
representado pela
a) condição de estudante do menino em contraste com o sangue no chão.
b) quantidade de televisores na vitrine em contraste com o livro e a mochila do menino.
c) expressão corporal idêntica do jogador e da mulher em contraste com a posição dos espectadores.
d) expressão corporal da mulher diferente da do jogador em contraste com o menino morto no chão.
I. O autor faz uma crítica explícita à forma como é tratada a questão de demarcação de terras indígenas
no país.
II. A charge retrata fielmente a visão de que os indígenas são acomodados pelo fato de estarem acostuma-
dos a receber ajuda da classe mais abastada da sociedade.
III. A charge ilustra o descaso da população para com a situação dos indígenas no país.
IV. A construção do sentido da charge se baseia em aspectos verbais e não-verbais.
Havia um homem que odiava Van Gogh. Pintor desconhecido, pobre, atribuía todas suas frustrações ao
artista holandês. Enquanto existirem no mundo aqueles horríveis girassóis, aquelas estrelas tumultuadas,
aqueles ciprestes deformados, dizia, não poderei jamais dar vazão ao meu instinto criador.
Decidiu mover uma guerra implacável, sem quartel, às telas de Van Gogh, onde quer que estivessem.
Começaria pelas mais próximas, as do Museu de Arte Moderna de São Paulo.
Seu plano era de uma simplicidade diabólica. Não faria como outros destruidores de telas que entram
num museu armados de facas e atiram-se às obras, tentando destruí-las; tais insanos não apenas não
conseguem seu intento, como acabam na cadeia. Não, usaria um método científico, recorrendo a aliados
absolutamente insuspeitados: os cupins.
Deu-lhe muito trabalho, aquilo. Em primeiro lugar, era necessário treinar os cupins para que atacassem
as telas de Van Gogh. Para isso, recorreu a uma técnica pavloviana. Reproduções das telas do artista, em
tamanho natural, eram recobertas com uma solução açucarada. Dessa forma, os insetos aprenderam a
diferenciar tais obras de outras.
Mediante cruzamentos sucessivos, obteve um tipo de cupim que só queria comer Van Gogh. Para ele
era repulsivo, mas para os insetos era agradável, e isso era o que importava.
Conseguiu introduzir os cupins no museu e ficou à espera do que aconteceria. Sua decepção, contudo,
foi enorme. Em vez de atacar as obras de arte, os cupins preferiram as vigas de sustentação do prédio,
49. (Unifesp 2020) Tendo em vista a ordem inversa da frase, verifica-se o emprego de vírgula para separar
um termo que exerce a função de sujeito em:
a) “Deu-lhe muito trabalho, aquilo.” (4º parágrafo)
b) “Em vez de atacar as obras de arte, os cupins preferiram as vigas de sustentação do prédio, feitas de
madeira absolutamente vulgar.” (6º parágrafo)
c) “Para ele era repulsivo, mas para os insetos era agradável, e isso era o que importava.” (5º parágrafo)
d) “Não, usaria um método científico, recorrendo a aliados absolutamente insuspeitados: os cupins.” (3º
parágrafo)
e) “Para isso, recorreu a uma técnica pavloviana.” (4º parágrafo)
Do Pará ao Brasil
Vamos tentar sintetizar algumas informações sobre a questão indígena no Brasil, procurando mostrar
como nossa pátria acolhe muitas culturas em suas fronteiras. Há no Brasil uma diversidade cultural bastante
acentuada, ou seja, aqui em nosso país convivem pessoas que têm modos de vida diferentes. Para
nos certificar de que isso é verdade, basta lembrar que a cidade de São Paulo, a maior do Brasil, acolhe
1
pessoas oriundas de vários lugares do mundo: orientais (coreanos, japoneses, chineses), europeus (por-
tugueses, italianos, entre outros) etc. Cada grupo de pessoas que mora nesta cidade e não deixa de lado
suas tradições religiosas, seu jeito de falar, suas comidas, seu jeito de vestir etc. forma o que chamamos de
colônias, e elas conquistam seu espaço na medida em que valorizam a própria cultura. Embora para o povo
de São Paulo não haja nada de anormal na vida dessas pessoas, ele, o povo, percebe que são diferentes
no que se refere a hábitos e costumes. Para todos os efeitos, os estrangeiros passam a fazer parte da vida
da cidade como verdadeiros “adotados”, pois contribuem para o seu desenvolvimento.
Isso vale para todos os estados do Brasil. Cada um tem seu jeito próprio de manifestar suas tradições
culturais.
Neste mesmo Brasil de 190 milhões de habitantes, moram aqueles que a história passou a chamar de
índios. E quantos são os índios no Brasil? Aproximadamente 800 mil, e são assim chamados por conta de
sua existência em nossa terra quando o Brasil foi “descoberto”, em 1500. Estima-se que nessa época havia
mais de 5 milhões de indígenas ocupando nossa terra de norte a sul, e eles pertenciam a quase mil povos
diferentes.
Ao longo da história do Brasil, muitos povos foram exterminados pela ganância dos estrangeiros, até
que restassem apenas duzentos povos com grande diversidade cultural. Isso significa que esses povos
“[...] No Facebook, em outra época, foi comentada a frase Can the twitter speak? (O twitter pode falar?),
fazendo analogia à famosa frase da indiana Gayatri Spivak: Can the subaltern speak? (O subalterno pode
falar?), defensora da tese de que as pessoas só podem ser ouvidas se forem filiadas a um grupo preferen-
cialmente hegemônico, ou seja, só serão ouvidas se estiverem do lado de dentro. Contudo, o ciberespaço
fornece essa possibilidade de expressão, embora apenas como propagação de ideias sem estar necessa-
riamente atrelado a um poder de decisão. Mesmo assim, devido a uma grande participação de internautas,
as ideias se revestem de grandes complexidades, sobretudo com a convergência em outras mídias.
Desse modo, destacamos que, no contexto da linguagem, os memes representam modelos culturais
de pensamentos, ideias, pressupostos, valores, esquemas interpretativos de fenômenos sociais simbólicos
e comportamentais que são produzidos por participantes, por exemplo, em “espaços de afinidade” (Gee,
2004, p. 77). Nesses contextos, as pessoas interagem, participam e aprendem num ambiente que sugere
muito mais que um mero pertencimento a determinada comunidade. Para o referido teórico, no “espaço de
afinidade”, diferente do espaço da comunidade convencional, os integrantes se encontram com maior flexi-
bilidade por questões de interesse comum e não por aquelas vinculadas à [...] classe social, gênero, etnia.
Esse “espaço de afinidade” atende aos interesses de usuários que se encontram socialmente saturados
por diversas tarefas e que, por isso mesmo, são interpelados a construir sentidos acessando e deixando o
ambiente digital quando sentirem necessidade, sem que precisem passar por seguranças e portarias, como
costuma ocorrer em clubes, parques e em outras esferas sociais”.
(MACIEL, Ruberval Franco; TAKAKI, Nara Il. Novos letramentos pelos memes: muito além noensino de línguas. In: JESUS, D.; MACIEL, R. (Orgs.).
Olhares sobre tecnologias digitais: linguagens, ensino, formação e prática docente. Campinas: Pontes, 2015).
O ativismo se expressa, sobretudo, através de movimentos coletivos. Mas essa própria noção de coleti-
vidade pode ser uma pressão para pessoas participarem de um movimento simplesmente para sentirem que
fazem parte de algo: a chamada “mob mentality” ou comportamento de manada é um instrumento político
e uma arma para promover a agenda de grupos específicos.
A teoria psicológica de “comportamento de manada” sugere que seres humanos têm maior probabilidade
de adotar determinados comportamentos porque seus amigos, colegas de trabalho e vizinhos já o adotam.
Basicamente, ninguém quer ser o primeiro ou o último a fazer algo, mas sim estar seguro e inserido em um
determinado grupo social.
“Se a questão é o que fazer com uma caixa de pipoca vazia em um cinema, com que rapidez dirigir em
um determinado trecho de rodovia ou como comer o frango em um jantar, as ações das pessoas ao nosso
redor serão importantes para definir nossa resposta”, diz o psicólogo Robert Cialdini, autor de “Influência:
A Psicologia da Persuasão”.
A mesma lógica se aplica a ideologias políticas: um estudo da Universidade da Califórnia em Berkeley
constatou que as pessoas tendem a alinhar suas opiniões políticas às do grupo em que estão inseridas.
O experimento reuniu 63 pessoas de duas cidades do Colorado: o primeiro de Boulder, um município com
maioria de esquerda, enquanto o outro reunia pessoas de Colorado Springs. Ambos os grupos discutiram
aquecimento global, ações afirmativas e união civil para casais do mesmo sexo.
Nas duas discussões, o principal efeito foi tornar os membros do grupo mais extremos em suas opini-
ões, comparado ao que eram antes de começarem a conversar. Ou seja: progressistas se tornaram mais
progressistas nas três questões, enquanto conservadores se tornaram mais conservadores.
“Todos queremos tomar decisões melhores. Estudos identificam os papéis benéficos das estruturas de
diversidade de pensamento, subgrupo e liderança plana na otimização de ideias e resolução de problemas”,
diz Zac Baynham-Herd, analista da prática de ciências comportamentais da Ogilvy Consulting. “À medida
que a atividade online cresce, o potencial de proliferação de ‘ovelhas negras’ e ‘comportamento de manada’
também aumenta”, acrescenta.
Disponível em: <https://www.gazetadopovo.com.br/ideias/como-o-comportamento-de-manada-explica-adesao-impensada-aos-ativismos-po-
liticos/>. Acesso em: 23 set. 2019. Publicado em 22 set. 2019. [Fragmento adaptado].
52. (Acafe 2020) “O experimento reuniu 63 pessoas de duas cidades do Colorado: o primeiro de Boulder,
um município com maioria de esquerda, enquanto o outro reunia pessoas de Colorado Springs. Ambos os
grupos discutiram aquecimento global, ações afirmativas e união civil para casais do mesmo sexo.”
TAREFA 08
Quer virar um gênio da web? Saiba como criar seu meme para WhatsApp
Evolução
O meme não pode permanecer estático; seu sinal de sucesso é que ele deve ser adotado e constantemente
recriado pelo grande público, ou pelo menos por seu público-alvo.
Maleabilidade
Ele deve ter em si elementos que ajudem em sua própria evolução, com detalhes que podem ser alterados,
mas mantendo o núcleo da ideia original. Por exemplo: se o meme for o de uma placa de aviso com uma
frase, que seja possível trocar a frase por outra diferente sem que polua demais a imagem original.
Efeito
E o mais importante: tem que atingir um certo nível de popularidade e compreensão. Em poucas palavras,
tem que causar reação e interesse imediato nas pessoas, além de atiçar nelas o interesse de repassar o
meme ou de fazer outros parecidos.
Texto adaptado. Disponível em: https://noticias.uol.com.br/tecnologia/noticias/redacao/2018/10/27/como-criar-seu-memeparawhatsapp.htm .
Acesso em: 18 jul. 2019.
54. (Ufjf-pism 1 2020) Com base no texto, é possível dizer que um meme eficiente apresenta a seguinte
característica:
55. (Ufjf-pism 1 2020) Um dos objetivos do texto é instruir o leitor a respeito de como fazer um bom meme.
Para isso, pode-se dizer que a seguinte estratégia textual é utilizada:
a) Abundância de verbos no imperativo, que têm a função de orientar o leitor quanto às etapas que devem
ser seguidas na criação de um meme.
b) Narração de acontecimentos relacionados ao tema, que tem a função de prender a atenção do leitor para
o conteúdo do texto.
c) Listagem das características principais do objeto do texto, que tem a função de didaticamente apresentar
as propriedades relevantes.
d) Organização das instruções em passos sequenciais, que têm a função de mostrar ao leitor as fases
importantes na criação de um meme.
e) Formalidade na linguagem, com o objetivo de convencer o leitor de que as instruções fornecidas pelo
texto são confiáveis.
Tudo vira meme na mão do povão: uma cena importante de “Game of Thrones”, um discurso político, uma
derrota de um time de futebol ou uma foto bizarra de um anônimo.
Havia um homem que odiava Van Gogh. Pintor desconhecido, pobre, atribuía todas suas frustrações ao
artista holandês. Enquanto existirem no mundo aqueles horríveis girassóis, aquelas estrelas tumultuadas,
aqueles ciprestes deformados, dizia, não poderei jamais dar vazão ao meu instinto criador.
Decidiu mover uma guerra implacável, sem quartel, às telas de Van Gogh, onde quer que estivessem.
Começaria pelas mais próximas, as do Museu de Arte Moderna de São Paulo.
Seu plano era de uma simplicidade diabólica. Não faria como outros destruidores de telas que entram num
museu armados de facas e atiram-se às obras, tentando destruí-las; tais insanos não apenas não conseguem
seu intento, como acabam na cadeia. Não, usaria um método científico, recorrendo a aliados absolutamente
57. (Unifesp 2020) Em “Mediante cruzamentos sucessivos, obteve um tipo de cupim que só queria comer
Van Gogh” (5º parágrafo), o cronista recorre à figura de linguagem denominada:
a) metonímia.
b) hipérbole.
c) eufemismo.
d) personificação.
e) pleonasmo.
58. (Unifesp 2020) Expressam ideia de negação e ideia de repetição, respectivamente, os prefixos das
palavras
a) “deformados” e “repulsivo”.
b) “insuspeitados” e “repulsivo”.
c) “deformados” e “recobertas”.
d) “repulsivo” e “recobertas”.
e) “insuspeitados” e “deformados”.
Já se disse, numa expressão feliz, que a contribuição brasileira para a civilização será de cordialidade
— daremos ao mundo o “homem cordial”. A 1lhaneza no trato, a hospitalidade, a generosidade, virtudes tão
gabadas por estrangeiros que nos visitam, representam, com efeito, um traço definido do caráter brasileiro,
na medida, ao menos, em que permanece ativa e fecunda a influência ancestral dos padrões de convívio
humano, informados no meio rural e patriarcal. Seria engano supor que essas virtudes possam significar
“boas maneiras”, civilidade. São antes de tudo expressões legítimas de um fundo emotivo extremamente
rico e transbordante. Na civilidade há qualquer coisa de coercitivo — ela pode exprimir-se em mandamentos
e em sentenças. Entre os japoneses, onde, como se sabe, a polidez envolve os aspectos mais ordinários
do convívio social, chega a ponto de confundir-se, por vezes, com a reverência religiosa. Já houve quem
notasse este fato significativo, de que as formas exteriores de veneração à divindade, no cerimonial xintoísta,
não diferem essencialmente das maneiras sociais de demonstrar respeito.
Nenhum povo está mais distante dessa noção ritualista da vida do que o brasileiro. Nossa forma ordi-
nária de convívio social é, no fundo, justamente o contrário da polidez. Ela pode iludir na aparência — e
59. (Unifesp 2020) Dentre os seguintes termos empregados no primeiro parágrafo, considerados no con-
texto, o que tem sentido mais genérico é:
a) veneração.
b) lhaneza.
c) polidez.
d) civilidade.
e) caráter.
Disponível:<https://www.megacurioso.com.br/sustentabilidade/44765-como-sera-a-alimentacao-dos-humanos-no-futuro.htm>. Acesso em 04
de out. de 2019
60. (G1 - cmrj 2020) No trecho “com uma população mundial cada vez mais urbana e ávida por comodida-
des” (referência 3), o termo em negrito pode ser substituído, sem alteração de sentido do texto, pela palavra
a) ansiosa.
b) medrosa.
c) generosa.
d) resignada.
e) equilibrada.
61. (G1 - cmrj 2020) Na passagem “Segundo Archer, além de nutritivos, os alimentos processados podem
ser preservados por mais tempo” (referência 1), a expressão em destaque revela a
a) insinuação de uma afirmação questionável.
b) citação de uma ideia defendida pelo cientista.
c) exemplificação de um pensamento consensual.
d) interferência da autora sobre a autoridade de Archer.
e) correção das informações presentes no parágrafo anterior.
O Ceará, apesar de restrições de renda, destaca-se em alfabetização. Um dos motivos do êxito é a par-
ceria com os municípios, os principais encarregados dos primeiros anos de escolarização.
Além de medidas que incluem formação de professores e material didático estruturado, o governo cea-
rense acionou um incentivo financeiro: as cidades com resultados melhores recebem fatia maior do ICMS,
com liberdade para destinação dos recursos.
O modelo já foi adotado em Pernambuco e está sendo implantado ou avaliado por Alagoas, Amapá,
Espírito Santo e São Paulo.
Replicam-se igualmente as boas iniciativas do ensino médio em Pernambuco, baseado em tempo integral,
que permite ao estudante escolher disciplinas optativas, projeto acolhido em São Paulo.
Auspiciosa, essa rede multilateral e multipartidária pela educação é exemplo de como a sociedade pode
se mobilizar em torno de propostas palpáveis.
(“Unidos pelo Ensino”. Folha de S.Paulo, 27.08.2019. Adaptado.)
62. (Famema 2020) O sentido original do texto está mantido com a reescrita do trecho:
a) As cidades com liberdade para destinação dos recursos recebem fatia maior do ICMS, obtendo assim
resultados melhores.
b) São Paulo desenvolve projeto de ensino médio que permite ao estudante escolher disciplinas optativas,
o qual se replica em Pernambuco.
c) Um dos motivos do êxito é a parceria com os principais encarregados dos primeiros anos de escolariza-
ção, isto é, os municípios.
d) Apesar de algumas medidas, como formação de professores e material didático estruturado, o governo
cearense acionou um incentivo financeiro.
e) Destaca-se em alfabetização o Ceará devido às restrições de renda da parceria com os municípios.
64. (Famema 2020) A forma verbal sublinhada expressa ideia de ação em processo no trecho:
a) “e está sendo implantado ou avaliado por Alagoas, Amapá, Espírito Santo e São Paulo” (3º parágrafo).
b) “o governo cearense acionou um incentivo financeiro” (2º parágrafo).
c) “O Ceará, apesar de restrições de renda, destaca-se em alfabetização” (1º parágrafo).
d) “Replicam-se igualmente as boas iniciativas do ensino médio em Pernambuco” (4º parágrafo).
e) essa rede multilateral e multipartidária pela educação é exemplo de como a sociedade pode se mobilizar”
(5º parágrafo).
65. (Famema 2020) Depreende-se com a leitura da charge que as redes sociais
a) melhoram a saúde do homem, quando usadas intensamente.
b) podem ocasionar prejuízos à saúde do ser humano.
c) promovem situações salutares de convivência humana.
d) permitem o aguçamento da percepção das pessoas.
e) influenciam pouco a saúde, assim como as atividades físicas.
66. (Famema 2020) Nas perguntas do médico “Tem praticado atividades físicas? Mudou hábitos alimenta-
res?”, o sujeito das orações remete a “você”. Se os sujeitos fossem “atividades físicas” e “hábitos alimentares”,
essas perguntas assumiriam, em conformidade com a norma-padrão, a seguinte redação:
Se a globalização fez com que bobagens alcançassem escala global, a internet maximizou a expressão
1
KARNAL, Leandro. Todos contra todos: o ódio nosso de cada dia. Rio de Janeiro: Leya, 2017 (adaptado).
2
exacerbação: exageração; aumento.
4
deletérias: prejudiciais.
67. (G1 - cp2 2020) Se a globalização fez com que bobagens alcançassem escala global... (ref. 1)
A palavra destacada no excerto acima pode ser substituída, sem prejuízo de sentido, pelo seguinte vocábulo:
a) tolices
b) ilusões
c) ofensas
d) brincadeiras
69. (G1 - cp2 2020) Os braços cruzados e a testa franzida do menino, personagem da charge, indicam que
ele está
70. (G1 - cp2 2020) Não era exatamente este tipo de carrinho que eu queria ganhar!
No texto, o pronome este foi destacado com a intenção de chamar a atenção do leitor para outro modelo de
carrinho, que provavelmente estaria nas expectativas da criança. Esse outro seria um carrinho de
a) feira.
b) carga.
c) mercado.
d) brinquedo.
Essa foi a pergunta feita pela pequena leitora Vitória, de 10 anos de idade, à Turminha do MPF (Ministério
Público Federal).
Quanto aos nossos deveres, eles precisam começar pelo respeito ao direito das pessoas com quem
convivemos, pois só assim poderemos esperar que elas também nos respeitem. Outro dever nosso é estu-
dar e nos preparar para a vida adulta, quando a sociedade exigirá de nós uma série de responsabilidades
que não temos hoje, enquanto somos crianças. 1Por exemplo, trabalhar para criar e educar nossos próprios
filhos ou para ser capaz de votar, com discernimento, nos melhores representantes para governar nossas
cidades e nosso país.
Temos também o dever de respeitar as pessoas que são ou pensam diferente de nós. Como cidadãos
de um país democrático, precisamos aprender, desde a infância, a lidar com as diferenças e aceitá-las.
Como fazemos isso? Não discriminando pessoas que tenham alguma deficiência física ou mental, as mais
pobres, que não receberam a mesma educação nem tiveram as mesmas oportunidades que nós, ou as que
são diferentes porque têm outra religião, nacionalidade, etnia, idade, sexo, cor da pele, orientação sexual
ou outro partido político.
É nosso dever respeitar os que são diferentes, porque eles também são cidadãos e possuem os mesmos
direitos e deveres que nós na sociedade brasileira.
Disponível em: http://www.turminha.mpf.mp.br. Acesso em: 1 ago. 2019 (adaptado).
71. (G1 - cp2 2020) Assinale a alternativa em que todas as opções são caracterizadas como direitos das
crianças.
a) Acesso a educação, saúde e lazer.
b) Acesso a moradia, trabalho e saúde.
c) Acesso a perigos constantes, moradia e lazer.
d) Acesso a alimentação precária, educação e saúde.
73. (G1 - cp2 2020) A respeito do assunto tratado no texto, a melhor opção para explicá-lo é a seguinte:
a) As crianças têm direitos que precisam ser respeitados, mas também têm deveres.
b) Os direitos e os deveres mencionados são direcionados somente a adultos e idosos.
c) Os direitos e os deveres são necessários para as crianças, mas não existem leis sobre isso.
d) As crianças somente necessitam de direitos, porém os deveres não precisam ser respeitados.
74. (G1 - cp2 2020) Por exemplo, trabalhar para criar e educar nossos próprios filhos ou para ser capaz de
votar, com discernimento, nos melhores representantes para governar nossas cidades e nosso país (ref. 1)
a) honestidade.
b) sabedoria.
c) gentileza.
d) bondade.
O telejornalismo é um dos principais produtos televisivos. Sejam as notícias boas ou ruins, ele precisa
garantir uma experiência esteticamente agradável para o espectador. Em suma, ser um “infotenimento”,
para atrair prestígio, anunciante e rentabilidade. Porém, a atmosfera pesada do início do ano baixou nos
telejornais: Brumadinho, jovens atletas mortos no incêndio do CT do Flamengo, notícias diárias de femini-
cídios, de valentões armados matando em brigas de trânsito e supermercados. Conjunções adversativas e
adjuntos adverbiais já não dão mais conta de neutralizar o tsunami de tragédias e violência, e de amenizar
as más notícias para garantir o “infotenimento”. No jornal, é apresentada matéria sobre uma mulher brutal-
mente espancada, internada com diversas fraturas no rosto. Em frente ao hospital, uma repórter fala: “mas
a boa notícia é que ela saiu da UTI e não precisará mais de cirurgia reparadora na face...”. Agora, repórteres
repetem a expressão “a boa notícia é que...”, buscando alguma brecha de esperança no “outro lado” das
más notícias.
(Adaptado de Wilson R. V. Ferreira, Globo adota “a boa notícia é que...” para tentar se salvar do baixo astral nacional. Disponível em https://
cinegnose. Blogs pot.com/2019/02/globo-adota-boa- noticia-e-que-para.html. Acessado em 01/03 /2019.)
75. (Unicamp 2020) Para se referir a matérias jornalísticas televisivas que informam e, ao mesmo tempo,
entretêm os espectadores, o autor cria um neologismo por meio de
a) derivação prefixal.
b) composição por justaposição.
c) composição por aglutinação.
d) derivação imprópria.
76. (Unicamp 2020) Considerando a matéria apresentada no jornal, o uso da conjunção adversativa seguido
da expressão “a boa notícia é que” permite ao jornalista
TAREFA 11
Um celular perdido, um vídeo viralizado, e Tati, de 16 anos, se vê no meio de um furacão que abalaria
qualquer um – e muito mais uma menina a quem ainda falta o equipamento emocional para lidar com uma
situação tão drástica de exposição da intimidade e de ostracismo social. Os amigos e amigas vão caindo
78. (Ufpr 2019) As expressões ‘equipamento emocional’ e ‘ostracismo social’, no segundo parágrafo, podem
ser interpretadas, segundo o contexto de ocorrência, respectivamente, como:
a) objeto que regula emoções – exílio.
b) capacidade de sentir emoções – exclusão.
c) experiência – falta de exposição.
d) maturidade – isolamento.
e) malícia – incapacidade de se expressar.
79. (Ufpr 2019) Com base no texto, identifique como verdadeiras (V) ou falsas (F) as seguintes afirmativas:
( ) O filme “Ferrugem”, segundo a reportagem apura, concorrerá ao Oscar de melhor filme estrangeiro
no ano que vem.
( ) O filme “Ferrugem” narra a história de uma menina, Tati, que tem sua intimidade exposta publicamente
depois de perder o celular.
( ) O filme apresenta duas linhas narrativas: uma agitada e dissonante, e outra, psicológica e reflexiva.
( ) O filme “Ferrugem” critica a exposição descuidada dos adolescentes em redes sociais.
Era uma vez um lobo vegano que não engolia a vovozinha, três porquinhos que se dedicavam _____
especulação imobiliária e uma estilista chamada Gretel que trabalhava de garçonete em Berlim. Não deveria
nos surpreender que os contos tradicionais se adaptem aos tempos. Eles foram submetidos _____ alte-
rações no processo de transmissão, oral ou escrita, ao longo dos séculos para adaptá-los aos gostos de
cada momento. Vejamos, por exemplo, Chapeuzinho Vermelho. Em 1697 – quando a história foi colocada
no papel –, Charles Perrault acrescentou _____ ela uma moral, com o objetivo de alertar as meninas quanto
_____ intenções perversas dos desconhecidos.
1. Na frase “Os animais falantes e as fadas madrinhas não procuram confortar as crianças, e sim dotá-las
de ferramentas para viver, em vez de incutir rígidos patrões de conduta, e estimular seu raciocínio moral”,
a vírgula depois de “conduta” pode ser suprimida sem alteração do sentido.
2. Na frase “A ganhadora do prêmio Nobel, admiradora de Andersen – cuja coragem se destacava por ter
criado finais tristes –, ressalta a importância de se assustar...”, a vírgula depois do segundo travessão pode
ser corretamente suprimida.
3. No trecho “...não só encapsulam os mitos duradouros de uma cultura, como também contêm uma expli-
cação geral do mundo...”, a vírgula depois de “cultura” pode ser corretamente suprimida.
83. (Ufpr 2019) De acordo com o texto, o autor de O Barão nas Árvores é:
a) Andersen.
b) Italo Calvino.
c) Wislawa Szymborska.
d) C. S. Lewis.
e) Robert Bly.
TAREFA 12
A explosão das medusas em todo o mundo se deve a uma série de fatores inter-relacionados. Uma
das principais causas é o excesso de pesca de seus predadores naturais, como o atum, o que ao mesmo
tempo elimina a concorrência pelo alimento e o espaço de reprodução. Em paralelo, diversas atividades
humanas em regiões costeiras também ajudam a explicar o fenômeno: ali onde enormes quantidades de
nutrientes são jogadas no mar (em forma de resíduos agrícolas, por exemplo), produzindo grandes explo-
sões de populações de algas e plânctons, que consomem o oxigênio da água e geram as denominadas
zonas mortas. Não muitos peixes e mamíferos aquáticos conseguem sobreviver nelas, mas as medusas
sim, além de encontrarem no plâncton uma fonte de alimentação abundante e ideal. Quando as populações
de medusas conseguem se estabelecer, as larvas de outras espécies acabam sendo parte do cardápio
também, desequilibrando a cadeia trófica.
As medusas são, além disso, um dos poucos vencedores naturais da mudança climática, já que seu ciclo
reprodutivo é favorecido pelo aumento da temperatura nos ciclos oceânicos. Mas há mais fatores. Existem
evidências de que certas espécies de medusa se reproduzem com mais facilidade junto a estruturas cos-
teiras artificiais, como molhes e píeres. Por isso, é difícil saber se os esforços para deter, ou até reverter a
mudança climática, representam uma solução à crescente presença de medusas nos mares, pelo menos
enquanto continuem gerando problemas em ecossistemas costeiros e cadeias alimentares marinhas. [...]
No entanto – e não muito longe de Monte Hermoso – um cientista elucubra uma ideia mais interessante:
se queremos resolver o problema das medusas, temos de parar de vê-las como um mal, e começar a vê-las
como comida.
(Disponível em: <https://brasil.elpais.com/brasil/2018/09/18/ciencia/1537282711_864007.html>.)
85. (Ufpr 2019) Entre o segmento “Quando as populações de medusas conseguem se estabelecer” e o seg-
mento “as larvas de outras espécies acabam sendo parte do cardápio também”, exprime-se uma relação de:
a) causalidade.
b) condicionalidade.
c) proporcionalidade.
d) temporalidade.
e) complementaridade.
Desenhar para ele é uma coisa; pintar é outra. No desenho se afirma, na pintura se esconde. Pela linha
fala com extraordinária precisão estilística, preciosismo, audácia, e vai, por vezes, até a elegância, mesmo
mundana; pela cor, ele se retrai e silencia. (...) Milton Dacosta foi o primeiro artista, hoje consagrado, que no
Brasil partiu do cubismo, ou melhor, das repercussões da revolução cubista até as nossas praias provincia-
nas. (...) Dessa fase, entre 1939 e 40, nos deu algumas telas que ainda hoje interessam pela essencialização
dos valores plásticos, o desprezo dos detalhes anedóticos para só guardar os que definem o ambiente e,
sobretudo, marcam a atmosfera, principal tema delas. A esquematização das formas, sobretudo o ovoide
das cabeças sem pormenores fisionômicos, lembra Modigliani. Realmente, o ar que se respira nessas telas
é o ar da “escola de Paris”.
(Mário Pedrosa, Dos murais de Portinari aos espaços de Brasília, Perspectiva, 1981)
87. (Espm 2019) Ainda segundo o texto, a aproximação possível entre Dacosta e Modigliani firma-se:
a) na profusão de detalhes do retrato.
b) no caráter fisionômico do ovoide corporal.
c) na essencialização dos valores anedóticos.
d) na simplificação das formas humanas.
e) na pintura cubista em praias provincianas.
Há personagens cinematográficas feitas exclusivamente de palavras, à primeira vista pelo menos. O exemplo
que logo ocorre é evidentemente a versão cinematográfica [de Alfred Hitchcock] do romance Rebeca. Quando
a fita começa, Rebeca já morreu e, como não há nenhuma visualização de fatos ocorridos anteriormente,
só ficamos conhecendo-a graças aos diálogos das personagens que temos diante dos olhos. Mas seria
(Paulo Emílio Sales Gomes, “A personagem cinematográfica” in: A Personagem de Ficção, Ed. Perspectiva)
TAREFA 13
A um passarinho
Para que vieste
Na minha janela
Meter o nariz?
Se foi por um verso
Não sou mais poeta
Ando tão feliz!
Se é para uma prosa
Não sou Anchieta
Nem venho de Assis.
Deixa-te de histórias
Some-te daqui!
(Vinicius de Moraes)
Quando se conversa, deve-se evitar as frases feitas que são verdadeiras chapas. Exemplos: em um enterro,
dizer “que não se morre senão uma vez”, que “basta estar vivo para morrer”, que “o morto é feliz porque
deixou de sofrer”, que “Deus sabe o que faz e escreve certo por linhas tortas” ou que “as grandes dores são
mudas”. Quando se visita um doente, não há necessidade de levar no bolso sentenças desse jaez: “a saúde
é a maior das fortunas”, “somos nós que pagamos pelos excessos de nossos pais” ou “a ciência, que tudo
pode, ainda não encontrou remédio para os pequenos males”. Em todos os setores das atividades sociais,
há frases no mesmo estilo e que convém deixar ao cuidado do Conselheiro Acácio que nelas se esmerou.
93. (Espm 2019) Personagem da obra O Primo Basílio, a figura fictícia Conselheiro Acácio, citada no texto,
tornou-se célebre como:
a) o herói sem nenhum caráter, nem moral nem psicológico, é individualista, preguiçoso, faz o que deseja
sem se preocupar com nada. Além disso, mente com a maior facilidade, é vaidoso, malandro e malicioso.
b) o herói quixotesco, idealista, patriota exacerbado, a ponto de fazer um ofício para o ministro, escrito em
tupi, defendendo que a língua oficial deveria ser então essa.
c) representação da convencionalidade e mediocridades dos políticos e burocratas dos finais do século XIX,
denunciando a pompa balofa e a postura de pseudointelectualidade utilizada por figuras públicas.
d) representante da literatura conformista, alienada e vazia, indiferente às desigualdades sociais, preocupada
que está somente com os efeitos estéticos e de adorno do texto literário.
e) primeiro anti-herói da Literatura, representa o malandro em seu esforço de sobreviver à margem das
instituições sociais por meio do “jeitinho brasileiro”.
Porque as línguas foram surgindo nas várias regiões do mundo de forma independente. Algumas têm a
mesma origem, como o hindu, o sueco, o inglês e o português. Elas vieram de uma grande língua comum,
chamada proto-indo-europeu, que há milhares de anos era falada na Ásia.
95. (G1 - ifpe 2019) Leve em conta o princípio de continuidade textual e analise as afirmações sobre as
relações coesivas entre os termos do texto.
I. Em “Mesmo as que vieram de uma raiz comum foram sendo modificadas” (3º parágrafo), a expressão “as”
é um pronome demonstrativo que retoma o substantivo “línguas”.
II. Em “Esse idioma deu origem a quase todas as línguas ocidentais” (2º parágrafo), a expressão destacada
retoma a língua “hindu”, citada no primeiro parágrafo, por meio do pronome demonstrativo “esse”.
III. Em “Esses termos não fazem o menor sentido” (3º parágrafo), a expressão grifada retoma “seu ambiente”,
destacando as palavras criadas pelos esquimós.
IV. Em “À medida que o império avançava” (5º parágrafo), o substantivo grifado retoma “Império Romano”
(4º parágrafo) de forma produtiva, ou seja, a repetição do substantivo não prejudica a continuidade do texto.
V. Em “Com o enfraquecimento do domínio dos césares” (6º parágrafo), o termo grifado identifica os romanos
e ajuda a manter ligação no texto, garantindo sua continuidade.
Se você encontrar um integrante de uma tribo Dothraki, é uma boa ideia saudá-lo com um respeitoso
“m’athchomaroon” e passar longe de palavras como “gale”. Quem afirma isso é o linguista contratado pela
(1) Galileu: Qual é a relação que você manteve no idioma com a cultura Dothraki?
Peterson: O idioma inteiro é baseado na realidade dos Dothraki. Consequentemente, há palavras para
descrever todas as plantas, animais e os fenômenos que acontecem em seu cotidiano — e nenhuma para
situações desconhecidas.
(4) Galileu: Você também criou o Alto Valiriano, outro idioma falado em Essos, e disse, em entrevista, que
a língua é “quase bonita demais”. Quais são os sons e as construções que tornam isso possível? De que
forma o Alto Valiriano se opõe aos sons guturais e pesados do Dothraki?
Peterson: O Alto Valiriano é mais rico em ditongos do que o Dothraki. E enquanto possui uma pegada
gutural, o som é mais raro. Gramaticamente, as línguas têm suas diferenças. As duas não têm artigos, mas
a ordem das palavras é diferente, com o verbo sempre entrando no final da sentença e os adjetivos sempre
precedendo o pronome que eles modificam.
(5) Galileu: Em aulas de línguas estrangeiras, uma das primeiras coisas que aprendemos (normalmente
através dos colegas e não dos professores) são os xingamentos. E também gostamos de zoar os gringos
que vêm ao Brasil, ensinando palavrões em português, como se tivessem outro significado. Você pode nos
ensinar a xingar em Dothraki?
Peterson: Claro! O Dothraki é um idioma “abençoado” com muitos palavrões. “Ifak”, por exemplo, é uma
palavra que tem o significado de gringo, de estrangeiro. Mas no Dothraki é usado como um insulto. “Grad-
dakh” é a palavra usada para fezes, sempre em tom pejorativo. Muitos dos outros xingamentos são óbvios,
como “gale” que significa ovo — mas também a genitália masculina.
GALASTRI, Luciana. Saiba mais sobre a língua dothraki. Disponível em: <https://revistagalileu.globo.com/Cultura/Series/noticia/2014/06/o-cria-
dor-das-linguas-de-game-thrones.html>. Acesso em: 04 maio 2019 (adaptado).
96. (G1 - ifpe 2019) O texto apresentado é uma entrevista jornalística que se caracteriza por apresentar,
principalmente, sequências tipológicas
VILAREJO
Há um vilarejo ali
Onde areja um vento bom
Na varanda quem descansa
Vê o horizonte deitar no chão
Pra acalmar o coração
Lá o mundo tem razão
Lá o tempo espera
Lá é primavera
Portas e janelas ficam sempre abertas
Pra sorte entrar
Em todas as mesas pão
Flores enfeitando
Os caminhos, os vestidos
Os destinos e essa canção
Tem um verdadeiro amor
Para quando você for Compositores: Marisa Monte/Pedro Baby/Carlinhos Brown/Arnaldo Antunes
97. (G1 - ifpe 2019) Com relação aos tipos textuais, em VILAREJO, predominam sequências tipológicas
a) argumentativas.
b) injuntivas.
c) descritivas.
d) expositivas.
e) narrativas.
I. Os compositores optaram por empregar uma linguagem predominantemente denotativa, impessoal, o que
comunga com o gênero em que se enquadra o texto.
II. A seleção vocabular em pares como “varanda/descansa”, “fartos/fortes” e “sonhos/semeando” revela o
emprego de figuras como aliteração e assonância, o que contribui para a sonoridade do texto.
III. No verso “Sonhos semeando o mundo real”, infere-se que os sonhos não se contrapõem à realidade;
eles são importantes para a construção de um mundo mais justo.
IV. Uma interpretação possível para o texto é a de que o “Vilarejo” é uma metáfora de um lugar onde existam
segurança e igualdade social.
V. Levando-se em consideração que o sufixo da palavra “Vilarejo” expressa uma ideia de pequeno tamanho,
é um equívoco que nesse lugar não haja exclusão – “Toda a gente cabe lá”.
TAREFA 14
“Tem uma frase boa que diz: uma língua é um dialeto com exércitos. Um idioma só morre se não tiver
poder político”, explica Bruno L’Astorina, da Olimpíada Internacional de Linguística. E não dá para discordar.
Basta pensar na infinidade de idiomas que existiam no Brasil (ou em toda América Latina) antes da chegada
dos europeus – hoje são apenas 227 línguas vivas no país. Dominados, os índios perderam sua língua e
cultura. O latim predominava na Europa até a queda do Império Romano. Sem poder, as fronteiras perderam
força, os germânicos dividiram as cidades e, do latim, surgiram novos idiomas. Por outro lado, na Espanha,
a poderosa região da Catalunha ainda mantém seu idioma vivo e luta contra o domínio do espanhol.
Não é à toa que esses povos insistem em cuidar de seus idiomas. Cada língua guarda os segredos e
o jeito de pensar de seus falantes. “Quando um idioma morre, morre também a história. O melhor jeito de
entender o sentimento de um escravo é pelas músicas deles”, diz Luana Vieira, da Olimpíada de Linguís-
tica. Veja pelo aimará, uma língua falada por mais de 2 milhões de pessoas da Cordilheira dos Andes. Nós
gesticulamos para trás ao falar do passado. Esses povos fazem o contrário. “Eles acreditam que o passado
precisa estar à frente, pois é algo que já não visualizamos. E o futuro, desconhecido, fica atrás, como se
estivéssemos de costas para ele”, explica.
CASTRO, Carol. Blá-blá-blá sem fim. Galileu, ed. 317, dez. 2017, p. 31.
99. (Uel 2019) Com base no trecho “Eles acreditam que o passado precisa estar à frente, pois é algo que
já não visualizamos. E o futuro, desconhecido, fica atrás, como se estivéssemos de costas para ele”, con-
sidere as afirmativas a seguir.
I. No primeiro período, há uma oração coordenada explicativa.
II. A oração subordinada adjetiva “desconhecido” é reduzida de particípio.
III. As duas ocorrências da palavra “que” apontam para classes diferentes.
IV. O conectivo “como se” equivale semanticamente a “assim como”.
100. (Uel 2019) Acerca de trechos do texto, considere os exemplos a seguir, quanto à presença de oração
coordenada.
Aborto, porte de armas e o presidente Donald Trump foram alguns dos assuntos que dominaram a primeira
audiência de confirmação do juiz conservador Brett Kavanaugh para a Suprema Corte dos Estados Unidos,
realizada em meio a protestos de ativistas e tentativas de adiamento do processo por parte de democratas.
Kavanaugh passará por mais dois dias de sabatina, na quarta e na quinta, e testemunhas contra e a
favor do juiz devem ser ouvidas na sexta. (Folha de S.Paulo, 04/09/2018)
101. (Espm 2019) Segundo o Dicionário Aurélio (versão digital), a palavra sabatina possui as seguintes
acepções:
Levando-se em conta que o vocábulo sabatina ganhou o valor semântico de “exame, prova ou questiona-
mento (não necessariamente realizados num sábado) para o exercício de um cargo”, pode-se afirmar que
nesse caso ocorreu um(a):
a) na voz passiva analítica, enfatizando o sujeito paciente “testemunhas”, alvo do processo verbal.
b) na voz ativa, enfatizando o agente indeterminado do processo expresso pelo verbo.
c) na voz passiva sintética e, se transpuséssemos para a voz ativa, teríamos “devem ouvir testemunhas
contra e a favor do juiz na sexta”, enfatizando o sujeito indeterminado.
d) na voz passiva analítica e, se transpuséssemos para a voz ativa, teríamos “ouvirão testemunhas contra
e a favor do juiz na sexta”, realçando o sujeito indeterminado na ação de ouvir.
e) na voz passiva e, se transpuséssemos para a voz ativa, teríamos “deverão ouvir testemunhas contra e a
favor do juiz na sexta”, dando destaque em “testemunhas”.
“Tem uma frase boa que diz: uma língua é um dialeto com exércitos. Um idioma só morre se não tiver
poder político”, explica Bruno L’Astorina, da Olimpíada Internacional de Linguística. E não dá para discordar.
Basta pensar na infinidade de idiomas que existiam no Brasil (ou em toda América Latina) antes da chegada
dos europeus – hoje são apenas 227 línguas vivas no país. Dominados, os índios perderam sua língua e
cultura. O latim predominava na Europa até a queda do Império Romano. Sem poder, as fronteiras perderam
força, os germânicos dividiram as cidades e, do latim, surgiram novos idiomas. Por outro lado, na Espanha,
a poderosa região da Catalunha ainda mantém seu idioma vivo e luta contra o domínio do espanhol.
Não é à toa que esses povos insistem em cuidar de seus idiomas. Cada língua guarda os segredos e
o jeito de pensar de seus falantes. “Quando um idioma morre, morre também a história. O melhor jeito de
entender o sentimento de um escravo é pelas músicas deles”, diz Luana Vieira, da Olimpíada de Linguís-
tica. Veja pelo aimará, uma língua falada por mais de 2 milhões de pessoas da Cordilheira dos Andes. Nós
gesticulamos para trás ao falar do passado. Esses povos fazem o contrário. “Eles acreditam que o passado
precisa estar à frente, pois é algo que já não visualizamos. E o futuro, desconhecido, fica atrás, como se
estivéssemos de costas para ele”, explica.
CASTRO, Carol. Blá-blá-blá sem fim. Galileu, ed. 317, dez. 2017, p. 31.
103. (Uel 2019) Sobre as formas verbais sublinhadas no texto, assinale a alternativa correta.
a) O uso da forma verbal “tiver” marca a eventualidade da ação no futuro.
b) O verbo “pensar”, flexionado no futuro do subjuntivo, funciona como objeto direto do verbo que o antecede.
c) O emprego de “predominava”, no pretérito mais que perfeito, se justifica pelo caráter transitório desse
tempo verbal.
d) Em “perderam”, o tempo verbal utilizado é o mesmo de “gesticulamos”, no segundo parágrafo.
e) A forma verbal “mantém” está flexionada no plural, fenômeno confirmado pela acentuação.
104. (Uel 2019) Sobre a explicação para o recurso linguístico utilizado, considere as afirmativas a seguir.
TAREFA 15
Para responder à(s) questão(ões) a seguir, leia o trecho do livro Casa-grande e senzala, de Gilberto Freyre.
Mas a casa-grande patriarcal não foi apenas fortaleza, capela, escola, oficina, santa casa, harém, con-
vento de moças, hospedaria. Desempenhou outra função importante na economia brasileira: foi também
banco. Dentro das suas grossas paredes, debaixo dos tijolos ou mosaicos, no chão, enterrava-se dinheiro,
guardavam-se joias, ouro, valores. Às vezes guardavam-se joias nas capelas, enfeitando os santos. Daí
Nossas Senhoras sobrecarregadas à baiana de teteias, balangandãs, corações, cavalinhos, cachorrinhos
e correntes de ouro. Os ladrões, naqueles tempos piedosos, raramente ousavam entrar nas capelas e rou-
bar os santos. É verdade que um roubou o esplendor e outras joias de São Benedito; mas sob o pretexto,
ponderável para a época, de que “negro não devia ter luxo”. Com efeito, chegou a proibir-se, nos tempos
coloniais, o uso de “ornatos de algum luxo” pelos negros.
Por segurança e precaução contra os corsários, contra os excessos demagógicos, contra as tendências
comunistas dos indígenas e dos africanos, os grandes proprietários, nos seus zelos exagerados de privati-
vismo, enterraram dentro de casa as joias e o ouro do mesmo modo que os mortos queridos. Os dois fortes
motivos das casas-grandes acabarem sempre mal-assombradas com cadeiras de balanço se balançando
sozinhas sobre tijolos soltos que de manhã ninguém encontra; com barulho de pratos e copos batendo de
noite nos aparadores; com almas de senhores de engenho aparecendo aos parentes ou mesmo estranhos
pedindo padres-nossos, ave-marias, gemendo lamentações, indicando lugares com botijas de dinheiro. Às
vezes dinheiro dos outros, de que os senhores ilicitamente se haviam apoderado. Dinheiro que compadres,
viúvas e até escravos lhes tinham entregue para guardar. Sucedeu muita dessa gente ficar sem os seus
valores e acabar na miséria devido à esperteza ou à morte súbita do depositário. Houve senhores sem
escrúpulos que, aceitando valores para guardar, fingiram-se depois de estranhos e desentendidos: “Você
está maluco? Deu-me lá alguma cousa para guardar?”
Muito dinheiro enterrado sumiu-se misteriosamente. Joaquim Nabuco, criado por sua madrinha na
casa-grande de Maçangana, morreu sem saber que destino tomara a ourama para ele reunida pela boa
senhora; e provavelmente enterrada em algum desvão de parede. […] Em várias casas-grandes da Bahia,
de Olinda, de Pernambuco se têm encontrado, em demolições ou escavações, botijas de dinheiro. Na que
foi dos Pires d’Ávila ou Pires de Carvalho, na Bahia, achou-se, num recanto de parede, “verdadeira fortuna
em moedas de ouro”. Noutras casas-grandes só se têm desencavado do chão ossos de escravos, justiça-
dos pelos senhores e mandados enterrar no quintal, ou dentro de casa, à revelia das autoridades. Conta-se
que o visconde de Suaçuna, na sua casa-grande de Pombal, mandou enterrar no jardim mais de um negro
supliciado por ordem de sua justiça patriarcal. Não é de admirar. Eram senhores, os das casas-grandes,
que mandavam matar os próprios filhos. Um desses patriarcas, Pedro Vieira, já avô, por descobrir que o
filho mantinha relações com a mucama de sua predileção, mandou matá-lo pelo irmão mais velho.
(In: Silviano Santiago (coord.). Intérpretes do Brasil, 2000.)
105. (Unifesp 2019) “Noutras casas-grandes só se têm desencavado do chão ossos de escravos, justiçados
pelos senhores e mandados enterrar no quintal, ou dentro de casa, à revelia das autoridades.” (3º parágrafo)
Conclui-se da leitura desse trecho que, em relação às autoridades, os senhores de engenho assumiam um
106. (Unifesp 2019) Guardadas as proporções, o ambiente retratado no texto de Gilberto Freyre aparece
com destaque na produção literária de
a) Euclides da Cunha.
b) Machado de Assis.
c) Aluísio Azevedo.
d) José Lins do Rego.
e) Lima Barreto.
107. (Unifesp 2019) “Os ladrões, naqueles tempos piedosos, raramente ousavam entrar nas capelas e rou-
bar os santos. É verdade que um roubou o esplendor e outras joias de São Benedito; mas sob o pretexto,
ponderável para a época, de que ‘negro não devia ter luxo’.” (1º parágrafo)
108. (Unifesp 2019) A expressão do texto cujo sentido está corretamente indicado é:
a) “ponderável para a época” (1º parágrafo) desprezível para o tempo.
b) “tempos piedosos” (1º parágrafo) época fervorosa.
c) “excessos demagógicos” (2º parágrafo) desmando político.
d) “tendências comunistas” (2º parágrafo) incitação pública.
e) “zelos exagerados” (2º parágrafo) aflições excessivas.
Cena 1
Em uma madrugada 2chuvosa, um trabalhador residente em São Paulo 3acorda, ao 4amanhecer, às cinco
1
5
horas, toma 6rapidamente o café da manhã, dirige-se até o carro, acessa a rua, e, como de costume, faz o
mesmo trajeto até o trabalho. 7Mas, em um desses inúmeros dias, ouve pelo rádio que 8uma das avenidas de
sua habitual rota está totalmente congestionada. A partir dessa informação e 9enquanto dirige, o trabalhador
inicia um processo mental analítico para escolher uma rota alternativa que o faça chegar _____1_____
empresa no horário de sempre.
Para decidir sobre essa nova rota, ele deverá considerar11: a nova distância a ser percorrida, o tempo gasto
10
no deslocamento, a quantidade de cruzamentos existentes em cada rota, em qual das rotas encontrará
chuva e em quais rotas passará por áreas sujeitas a alagamento.
12
Mais tarde no mesmo dia, um casal residente na mesma cidade obtém financiamento imobiliário e
13
decide pela compra de um apartamento. São inúmeras opções de imóveis à venda. Para a escolha ade-
quada do local de sua morada em São Paulo, o casal deverá levar em conta, além do valor do apartamento,
também outros critérios14: variação do preço dos imóveis por bairro, distância do apartamento até a escola
dos filhos pequenos, tempo gasto entre o apartamento e o local de emprego do casal, preferência por um
bairro tranquilo e existência de linha de ônibus integrada ao metrô nas proximidades do imóvel – entre outros
critérios.
Essas duas cenas urbanas descrevem situações comuns _____2_____ passam diariamente muitos
dos cidadãos residentes em grandes cidades. 15As 16protagonistas têm em comum a angústia de tomar uma
decisão complexa, 17escolhida dentre várias possibilidades oferecidas pelo espaço geográfico. Além de
mostrar que a geografia é vivida no cotidiano, as duas cenas mostram também que, para tomar a decisão
que _____3_____ seja mais conveniente, nossas 18protagonistas deverão realizar, primeiramente, uma
19
análise geoespacial da cidade. Em ambas as cenas, essa análise se desencadeia a partir de um sistema
cerebral composto de 20informações geográficas representadas internamente na forma de mapas mentais
que induzirão as três protagonistas a tomar suas decisões. Em cada cena podemos visualizar uma pergunta
espacial. Na primeira, o trabalhador pergunta: 21“qual a melhor rota a seguir, desde este ponto onde estou
até o local de meu trabalho, neste horário de segunda-feira?” Na segunda, o questionamento seria: “qual é
o lugar da cidade que reúne todos os critérios geográficos adequados à nossa moradia?”
22
A cena 1 é um exemplo clássico de análise de redes, enquanto a cena 2 é um exemplo clássico de
alocação espacial – duas das técnicas mais importantes da análise geoespacial.
23
A análise geoespacial reúne um conjunto de métodos e técnicas quantitativos dedicados à solução
dessas e de outras perguntas 24similares, em computador, _____4_____ respostas dependem da organi-
zação espacial de informações geográficas em um determinado tempo. Dada a complexidade dos modelos,
muitas técnicas de análise geoespacial foram transformadas em linguagem computacional e reunidas, pos-
teriormente, em um sistema de informação geográfica. Esse fato geotecnológico contribuiu para a 25popu-
larização da análise geoespacial realizada em computadores26, que atualmente é simplificada pelo termo
geoprocessamento.
Adaptado de: FERREIRA, Marcos César. Iniciação à análise geoespacial: teoria, técnicas e exemplos para geoprocessamento. São Paulo:
Editora UNESP, 2014. p. 33-34.
109. (Ufrgs 2019) O texto apresenta diferentes modos de organização em sua composição.
Na coluna da superior, abaixo, são listados modos de organização do texto; na inferior, passagens que
correspondem, predominantemente, a esses modos de organização.
1. Modo descritivo
2. Modo explicativo
3. Modo narrativo
110. (Ufrgs 2019) Considere as afirmações abaixo, sobre os sentidos expressos pelo texto.
a) Apenas I.
b) Apenas II.
c) Apenas III.
d) Apenas II e III.
e) I, II e III.
111. (Ufrgs 2019) Assinale a alternativa que apresenta relações de sentido, contextualmente adequadas
no texto, para os nexos de articulação textual Mas (ref. 7), enquanto (ref. 9) e Para (ref. 10), nessa ordem.
112. (Ufrgs 2019) Considere as seguintes afirmações sobre palavras e expressões do texto.
I. A palavra protagonistas (ref. 16 e 18) poderia ser substituída por personagens, sem prejuízo ao sentido e
à correção gramatical do parágrafo.
II. A palavra similares (ref. 24) poderia ser substituída por iguais, sem prejuízo ao sentido e à correção gra-
matical do parágrafo.
III. A palavra popularização (ref. 25) poderia ser substituída por vulgarização, sem prejuízo ao sentido e à
correção gramatical do parágrafo.
Em ambas as cenas, essa análise se desencadeia a partir de um sistema cerebral composto de informações
geográficas representadas internamente na forma de mapas mentais que induzirão as três protagonistas a
tomar suas decisões.
a) 1.
b) 2.
c) 3.
d) 4.
e) 5.
TAREFA 16
Becos de Goiás
Beco do Cisco.
Beco do Cotovelo.
Beco do Antônio Gomes.
Beco das Taquaras.
Beco do Seminário.
Bequinho da Escola.
Beco do Ouro Fino.
Beco da Cachoeira Grande.
Beco da Calabrote.
Beco do Mingu.
Beco da Vila Rica...
(ÚLTIMO ATO)
Cai o pano.
CORALINA, Cora. Poemas dos Becos de Goiás e Estórias Mais. 21ª ed. - São Paulo: Global Editora, 2006.
114. (Ime 2019) A respeito do uso do vocábulo “sabidos” (verso 21), pode-se afirmar que
a) indica a “esperteza” dos “burrinhos dos morros” ao optarem por ter suas cargas arrochadas.
b) confere valor semântico positivo à expressão “burrinhos dos morros”.
c) compara a escolha dos “burrinhos dos morros” pelas cangalhas à imundície dos “becos antigos”.
d) estabelece uma ideia contraditória e pejorativa à expressão “burrinhos dos morros”.
e) reforça o sentido de animal maltratado por seus donos: uma atitude distinta daquela conferida pela voz
poética que aparece no primeiro verso da estrofe em questão.
115. (Ime 2019) O vocábulo estranho ao campo morfossemântico da palavra “hética” (verso 58) é
a) magra.
b) consumida.
c) confinada.
d) franzina.
e) definhada.
Primeiro vamos lá embaixo no córrego; pegaremos dois pequenos carás dourados. E como faz calor,
veja, os lagostins saem da toca. Quer ir de batelão, na ilha, comer ingás? Ou vamos ficar bestando nessa
areia onde o sol dourado atravessa a água rasa? Não catemos pedrinhas redondas para atiradeira, porque
é urgente subir no morro; os sanhaços estão bicando os cajus maduros. É janeiro, grande mês de janeiro!
Podemos cortar folhas de pita, ir para o outro lado do morro e descer escorregando no capim até a beira
do açude. Com dois paus de pita, faremos uma balsa, e, como o carnaval é só no mês que vem, vamos
apanhar tabatinga para fazer formas de máscaras. Ou então vamos jogar bola-preta: do outro lado do jardim
tem um pé de saboneteira.
Se quiser, vamos. Converta-se, bela mulher estranha, numa simples menina de pernas magras e vamos
passear nessa infância de uma terra longe. É verdade que jamais comeu angu de fundo de panela?
Bem pouca coisa eu sei: mas tudo que sei lhe ensino. Estaremos debaixo da goiabeira; eu cortarei uma
forquilha com o canivete. Mas não consigo imaginá-la assim; talvez se na praia ainda houver pitangueiras...
Havia pitangueiras na praia? Tenho uma ideia vaga de pitangueiras junto à praia. Iremos catar conchas cor-
-de-rosa e búzios crespos, ou armar o alçapão junto do brejo para pegar papa-capim. Quer? Agora devem
ser três horas da tarde, as galinhas lá fora estão cacarejando de sono, você gosta de fruta-pão assada com
manteiga? Eu lhe vou aipim ainda quente com melado. Talvez você fosse como aquela menina rica, de fora,
que achou horrível nosso pobre doce de abóbora e coco.
Mas eu a levarei para a beira do ribeirão, na sombra fria do bambual; ali pescarei piaus. Há rolinhas.
Ou então ir descendo o rio numa canoa bem devagar e de repente dar um galope na correnteza, passando
rente às pedras, como se a canoa fosse um cavalo solto. Ou nadar mar afora até não poder mais e depois
virar e ficar olhando as nuvens brancas. Bem pouca coisa eu sei; os outros meninos riram de mim porque
cortei uma iba de assa-peixe. Lembro-me que vi o ladrão morrer afogado com os soldados de canoa dando
tiros, e havia uma mulher do outro lado do rio gritando.
Mas como eu poderia, mulher estranha, convertê-la em menina para subir comigo pela capoeira? Uma
vez vi uma urutu junto de um tronco queimado; e me lembro de muitas meninas. Tinha uma que para mim
uma adoração. Ah, paixão da infância, paixão que não amarga. Assim eu queria gostar de você, mulher
estranha que ora venho conhecer, homem maduro. Homem maduro, ido e vivido; mas quando a olhei, você
estava distraída, meus olhos eram outra vez daquele menino feio do segundo ano primário que quase não
tinha coragem de olhar a menina um pouco mais alta da ponta direita do banco.
Adoração de infância. Ao menos você conhece um passarinho chamado saíra? É um passarinho miúdo:
imagine uma saíra grande que de súbito aparecesse a um menino que só tivesse visto coleiros e curiós, ou
pobres cambaxirras. Imagine um arco-íris visto na mais remota infância, sobre os morros e o rio. O menino
da roça que pela primeira vez vê as algas do mar se balançando sob a onda clara, junto da pedra.
Ardente da mais pura paixão de beleza é a adoração da infância. Na minha adolescência você seria uma
tortura. Quero levá-la para a meninice. Bem pouca coisa eu sei; uma vez na fazenda rira: ele não sabe nem
passar um barbicacho! Mas o que sei lhe ensino; são pequenas coisas do mato e da água, são humildes
coisas, e você é tão bela e estranha! Inutilmente tento convertê-la em menina de pernas magras, o joelho
ralado, um pouco de lama seca do brejo no meio dos dedos dos pés.
Linda como a areia que a onda ondeou. Saíra grande! Na adolescência e torturaria; mas sou um homem
maduro. Ainda assim às vezes é como um bando de sanhaços bicando os cajus de meu cajueiro, um cardume
de peixes dourados avançando, saltando ao sol, na piracema; um bambual com sombra fria, onde ouvi um
silvo de cobra, e eu quisera tanto dormir. Tanto dormir! Preciso de um sossego de beira de rio, com remanso,
com cigarras. Mas você é como se houvesse demasiadas cigarras cantando numa pobre tarde de homem.
Julho, 1945
Crônica extraída do livro 200 crônicas escolhidas, de Rubem Braga
117. (Efomm 2019) Ao longo do texto percebe-se o desejo do homem maduro em transformar, transmutar, a
mulher estranha em uma menina. Todavia, a seguinte passagem evidencia que o seu desempenho é ineficaz:
a) Converta-se, bela mulher estranha, numa simples menina de pernas magras e vamos passear nessa
infância de uma terra longe.
b) Talvez você fosse como aquela menina rica, de fora, que achou horrível nosso pobre doce de abóbora
e coco.
c) Mas como eu poderia, mulher estranha, convertê-la em menina para subir comigo pela capoeira?
d) Quero levá-la para a meninice.
e) Inutilmente tento convertê-la em menina de pernas magras, o joelho ralado, um pouco de lama seca do
brejo no meio dos dedos dos pés.
120. (Efomm 2019) O encontro com a mulher mencionada no texto desencadeia no narrador os sentimentos
de
a) estranheza e admiração.
b) adoração e tortura.
c) tristeza e saudosismo.
d) nostalgia e encantamento.
e) distração e amor.
121. (Efomm 2019) O texto trata da reminiscência do autor, um homem bucólico, amante da natureza. Ele
faz uso de muitos termos que aludem à flora e à fauna.
122. (Efomm 2019) Assinale a opção em que um substantivo presente no fragmento do texto tem uma noção
de aglomerado, grande quantidade.
a) (...) os sanhaços estão bicando os cajus maduros.
b) Podemos cortar folhas de pita, ir para o outro lado do morro e descer escorregando no capim até a beira
do açude.
c) (...) vamos apanhar tabatinga para fazer formas de máscaras.
d) Tenho uma ideia vaga de pitangueiras junto à praia.
e) Mas eu a levarei para a beira de ribeirão, na sombra fria do bambual (...).
Porque os homens olhavam demais para a sua mulher, mandou que descesse a bainha dos vestidos e
parasse de se pintar. Apesar disso, sua beleza chamava a atenção, e ele foi obrigado a exigir que eliminasse
os decotes, jogasse fora os sapatos de saltos altos. Dos armários tirou as roupas de seda, da gaveta tirou
todas as joias. E vendo que, ainda assim, um ou outro olhar viril se acendia à passagem dela, pegou a
tesoura e tosquiou-lhe os longos cabelos.
Agora podia viver descansado. Ninguém a olhava duas vezes, homem nenhum se interessava por
ela. Esquiva como um gato, não mais atravessava praças. E evitava sair. Tão esquiva se fez, que ele foi
deixando de ocupar-se dela, permitindo que fluísse em silêncio pelos cômodos, mimetizada com os móveis
e as sombras. Uma fina saudade, porém, começou a alinhavar-se em seus dias. Não saudade da mulher.
Mas do desejo inflamado que tivera por ela. Então lhe trouxe um batom. No outro dia um corte de seda. À
noite tirou do bolso uma rosa de cetim para enfeitar-lhe o que restava dos cabelos. Mas ela tinha desapren-
dido a gostar dessas coisas, nem pensava mais em lhe agradar. Largou o tecido em uma gaveta, esqueceu
o batom. E continuou andando pela casa de vestido de chita, enquanto a rosa desbotava sobre a cômoda.
(COLASANTI, Marina. Um espinho de Marfim & outras histórias. Porto Alegre: L&PM, 1999, p. 88 - 89.)
123. (Epcar (Afa) 2019) Tendo como base as atitudes tomadas pelo ‘homem’ no texto, podemos atribuir-lhe
características como as citadas abaixo, EXCETO
a) Inseguro e egoísta.
b) Autoritário e insensível.
c) Amoroso e preocupado.
d) Machista e desumano.
1. (Espcex (Aman)) Dígrafo é o grupo de duas letras formando um só fonema. Ditongo é a combinação de
uma vogal com uma semivogal, ou vice-versa, na mesma sílaba. Nas palavras “também” e “ontem”, obser-
va-se que há, para cada palavra, respectivamente,
3. (G1 - ifsp) Considere o seguinte trecho: “Desenvolvimento também não é garantia de abundância.” A
palavra grifada encontra-se acentuada porque:
a) é uma palavra paroxítona, terminada em ditongo oral.
b) é uma palavra paroxítona terminada em ditongo decrescente nasal.
c) é uma palavra oxítona terminada em a.
d) é uma palavra em que há um hiato oral.
e) é uma palavra oxítona terminada em hiato.
Cientistas americanos apresentaram ontem resultados preliminares de uma vacina contra o fumo. O medi-
camento impede que a nicotina – componente do tabaco que causa dependência – chegue ao cérebro. Em
ratos vacinados, até 64% da nicotina injetada deixou de atingir o sistema nervoso central.
O Globo,18/12/99
6. (G1 - ifal) Analise as afirmativas a seguir:
I. A palavra “cérebro” é paroxítona.
II. “Cientistas” é, no texto, uma palavra masculina, haja vista a concordância do adjetivo que a acompanha.
III. A palavra “até” é monossílabo tônico.
IV. A palavra “até” é oxítona terminada em “e”, por isso é acentuada.
V. Há três palavras oxítonas que não são acentuadas graficamente: deixou, atingir e central.
Estão corretas. a) apenas II e IV. b) apenas II, IV e V. c) apenas I e III. d) apenas III e V. e) apenas IV e V.
Assum preto
7. (Enem) As marcas da variedade regional registradas pelos compositores de Assum preto resultam da
aplicação de um conjunto de princípios ou regras gerais que alteram a pronúncia, a morfologia, a sintaxe
ou o léxico. No texto, é resultado de uma mesma regra a
I. Se inserido acento na sílaba final de “esta” (ref. 1), altera-se a tonicidade, mas mantém-se inalterada a
classe de palavra.
II. Em “linda” (ref. 2), assim como em “quieta” (ref. 3), verifica-se ocorrência de um fonema representado
por duas letras.
III. Diferentemente de “pouco” (refs. 4 e 5), a palavra “Poucas” (ref. 6), flexiona-se para concordar com o
nome que a acompanha.
Está(ão) correta(s): a) apenas I. ) apenas II. c) apenas I e III. d) apenas II e III. e) I, II e III.
Verbos
Resposta da questão 1: [E] Os dígrafos vocálicos são formados por uma vogal seguida pelas letras M ou
N, pois permitem que as vogais tenham um fonema com articulação nasalada, como acontece na primeira
sílaba das palavras “também” e “ontem”. No entanto, os encontros entre as letras AM ou EM podem não
ser dígrafos, pois sempre que o M assume um outro fonema ao invés de produzir apenas um som junto à
vogal – e isso ocorre, por exemplo, na segunda sílaba dessas duas palavras (“também” e “ontem” –, nesses
casos, AM e EM são considerados ditongos decrescentes nasais. Assim, é correta a opção [E].
Resposta da questão 3: [A] A separação das sílabas de “abundância” deve ser feita assim: a-bun-dân-cia.
Dessa forma, tem-se uma paroxítona, que termina em ditongo oral, pois há duas vogais orais pronunciadas
somente pela boca(“ia”).
Resposta da questão 7: [B] É correta a opção [B], pois os termos “Tarvez” e “sorto”, característicos da
linguagem coloquial em algumas regiões rurais do Brasil, sofreram processo de rotacismo (fenômeno lin-
guístico de troca do R pelo L ou vice-versa) das formas cultas equivalentes “talvez” e “solto”.
Resposta da questão 10: [D] A pequena narrativa expõe uma situação que acontece no cotidiano e é nor-
malmente objeto de crítica daqueles para quem a língua deve obedecer às regras da gramática normativa
em qualquer situação, mesmo na linguagem coloquial. Na anedota, observa-se que nenhum dos alunos
conseguiu entender o conceito da classe “verbo”, pois todas as respostas às perguntas que lhes foram for-
muladas apresentavam um substantivo que, ao ser pronunciado, revelava uma tendência natural da língua,
denominada rotacismo: trocar o “l” pelo “r” em encontros consonantais. A professora não obteve sucesso
na sua tentativa de transmitir o conceito, já que a resposta considerada correta era, na verdade, incorreta,
como se afirma em [D].
Resposta da questão 11: [B] As opções [A], [C], [D] e [E] são incorretas, pois a palavra “quantidade”
[A] apresenta 10 letras e 9 fonemas;
[C] possui encontro vocálico crescente nasal (quantidade);
[D] possui apenas um dígrafo (quantidade);
[E] tem 9 fonemas.
Assim, é correta a opção [B].
VARIAÇÕES LINGUÍSTICAS
TEXTO
De domingo
— Outrossim?
— O quê?
— O que o quê?
— O que você disse.
— Outrossim?
— É.
— O que que tem?
— Nada. Só achei engraçado.
— Não vejo a graça.
— Você vai concordar que não é uma palavra de todos os dias.
— Ah, não é. Aliás, eu só uso domingo.
— Se bem que parece uma palavra de segunda-feira.
— Não. Palavra de segunda-feira é “óbice”.
— “Ônus”.
Questão 1 (Enem) No texto, há uma discussão sobre o uso de algumas palavras da língua portuguesa.
Esse uso promove o(a)
a) marcação temporal, evidenciada pela presença de palavras indicativas dos dias da semana.
b) tom humorístico, ocasionado pela ocorrência de palavras empregadas em contextos formais.
c) caracterização da identidade linguística dos interlocutores, percebida pela recorrência de palavras regionais.
d) distanciamento entre os interlocutores, provocado pelo emprego de palavras com significados poucos
conhecidos.
e) inadequação vocabular, demonstrada pela seleção de palavras desconhecidas por parte de um dos
interlocutores do diálogo.
TEXTO
Mandinga — Era a denominação que, no período das grandes navegações, os portugueses davam à costa
ocidental da África. A palavra se tornou sinônimo de feitiçaria porque os exploradores lusitanos consideram
bruxos os africanos que ali habitavam — é que eles davam indicações sobre a existência de ouro na região.
Em idioma nativo, mandinga designava terra de feiticeiros. A palavra acabou virando sinônimo de feitiço,
sortilégio.
(COTRIM, M. O pulo do gato 3. São Paulo: Geração Editorial, 2009. Fragmento)
Questão 2 (Enem) No texto, evidencia-se que a construção do significado da palavra mandinga resulta
de um(a)
a) contexto sócio-histórico.
b) diversidade técnica.
c) descoberta geográfica.
d) apropriação religiosa.
e) contraste cultural.
TEXTO
Quando criança, convivia no interior de São Paulo com o curioso verbo pinchar e ainda o ouço por lá
esporadicamente. O sentido da palavra é o de “jogar fora” (pincha fora essa porcaria) ou “mandar embora”
(pincha esse fulano daqui). Teria sido uma das muitas palavras que ouvi menos na capital do estado e,
por conseguinte, deixei de usar. Quando indago às pessoas se conhecem esse verbo, comumente escuto
respostas como “minha avó fala isso”. Aparentemente, para muitos falantes, esse verbo é algo do passado,
que deixará de existir tão logo essa geração antiga morrer.
As palavras são, em sua grande maioria, resultados de uma tradição: elas já estavam lá antes de
nascermos. “Tradição”, etimologicamente, é o ato de entregar, de passar adiante, de transmitir (sobretudo
valores culturais). O rompimento da tradição de uma palavra equivale à sua extinção. A gramática normativa
Questão 3 (Enem) A discussão empreendida sobre o (des)uso do verbo “pinchar” nos traz uma reflexão
sobe a linguagem e seus usos, a partir da qual compreende-se que
a) as palavras esquecidas pelos falantes devem ser descartadas dos dicionários, conforme sugere o título.
b) o cuidado com espécies animais em extinção é mais urgente do que a preservação de palavras.
c) o abandono de determinados vocábulos está associado a preconceitos socioculturais.
d) as gerações têm a tradição de perpetuar o inventário de uma língua.
e) o mundo contemporâneo exige a inovação do vocabulário das línguas.
a) Tendo em vista a opinião do autor do texto, pode-se concluir corretamente que a língua falada é despro-
vida de regras? Explique sucintamente.
_____________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
b) Entre a palavra “episcopalmente” e as expressões “meter o bico” e “de orelhas murchas”, dá-se um con-
traste de variedades linguísticas. Substitua as expressões coloquiais, que aí aparecem, por outras equiva-
lentes, que pertençam à variedade padrão.
_____________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________
TEXTO
Nossa tradição escolar sempre desprezou a língua viva, falada no dia a dia, como se fosse toda errada,
uma forma corrompida de falar “a língua de Camões”. Havia (e há) a crença forte de que é missão da escola
“consertar” a língua dos alunos, principalmente dos que frequentam a escola pública. Com isso, abriu-se
um abismo profundo entre a língua (e a cultura) própria dos alunos e a língua (e a cultura) própria da escola,
uma instituição comprometida com os valores e as ideologias dominantes. Felizmente, nos últimos 20 e
poucos anos, essa postura sofreu muitas críticas e cada vez mais se aceita que é preciso levar em conta o
saber prévio dos estudantes, sua língua familiar e sua cultura característica, para, a partir daí, ampliar seu
repertório linguístico e cultural.
BAGNO, Marcos. A língua sem erros. Disponível em: http://marcosbagno.files.wordpress.com. Acesso em: 5 nov. 2014.
TEXTO
No dia 21 de setembro de 2015, Sérgio Rodrigues, crítico literário, comentou que apontar um erro de por-
tuguês no título do filme Que horas ela volta? “revela visão curta sobre como a língua funciona”. E justifica:
“O título do filme, tirado da fala de um personagem, está em registro coloquial. Que ano você nasceu?
Que série você estuda? e frases do gênero são familiares a todos os brasileiros, mesmo com alto grau
de escolaridade. Será preciso reafirmar a esta altura do século 21 que obras de arte têm liberdade para
transgressões muito maiores?
Pretender que uma obra de ficção tenha o mesmo grau de formalidade de um editorial de jornal ou relatório
de firma revela um jeito autoritário de compreender o funcionamento não só da língua, mas da arte também.”
(Adaptado do blog Melhor Dizendo. Post completo disponível em http:// www melhordizendo.com/a-que-horas-ela-volta-em-que-ano-esta-
mos-mesmo/. Acessado em 08/06/2016.)
Questão 6 (Unicamp) Entre os excertos de estudiosos da linguagem reproduzidos a seguir, assinale aquele
que corrobora os comentários do post.
a) Numa sociedade estruturada de maneira complexa a linguagem de um dado grupo social reflete-o tão
bem como suas outras formas de comportamento. (Mattoso Câmara Jr., 1975, p. 10.)
b) A linguagem exigida, especialmente nas aulas de língua portuguesa, corresponde a um modelo próprio
das classes dominantes e das categorias sociais a elas vinculadas. (Camacho, 1985, p. 4.)
c) Não existe nenhuma justificativa ética, política, pedagógica ou científica para continuar condenando como
erros os usos linguísticos que estão firmados no português brasileiro. (Bagno, 2007, p. 161.)
d) Aquele que aprendeu a refletir sobre a linguagem é capaz de compreender uma gramática – que nada
mais é do que o resultado de uma (longa) reflexão sobre a língua. (Geraldi, 1996, p. 64.)
TEXTO
Questão 8
I. As variações linguísticas acontecem por meio da interação e comunicação dos seres humanos.
II. O regionalismo é um tipo de variação linguística que ocorre pela interação de pessoas de uma mesma
região.
III. O socioleto é um tipo de variação linguística geográfica que se desenvolve em determinado local.
Sobre as variações linguísticas é correto afirmar:
a) I
b) I e II
d) I e III
d) II e III
e) I, II e III
TEXTO
E essa história de dizer que “brasileiro não sabe português” e que “só em Portugal se fala bem português”?
Trata-se de uma grande bobagem, infelizmente transmitida de geração a geração pelo ensino tradicional
da gramática na escola.
O brasileiro sabe português, sim. O que acontece é que nosso português é diferente do português falado em
Portugal. Quando dizemos que no Brasil se fala português, usamos esse nome simplesmente por comodidade
e por uma razão histórica, justamente a de termos sido uma colônia de Portugal. Do ponto de vista lingüís-
tico, porém, a língua falada no Brasil já tem uma gramática — isto é, tem regras de funcionamento — que
cada vez mais se diferencia da gramática da língua falada em Portugal. Por isso os lingüistas (os cientistas
da linguagem) preferem usar o termo português brasileiro, por ser mais claro e marcar bem essa diferença.
Na língua falada, as diferenças entre o português de Portugal e o português do Brasil são tão grandes que
muitas vezes surgem dificuldades de compreensão: no vocabulário, nas construções sintáticas, no uso
de certas expressões, sem mencionar, é claro, as tremendas diferenças de pronúncia — no português de
Portugal existem vogais e consoantes que nossos ouvidos brasileiros custam a reconhecer, porque não
fazem parte de nosso sistema fonético. E muitos estudos têm mostrado que os sistemas pronominais do
português europeu e do português brasileiro são totalmente diferentes.
(Preconceito lingüístico: o que é, como se faz (1999), de Marcos Bagno)
Questão 10 Dependendo do contexto e das situações comunicativas, a linguagem utilizada pode ser formal
ou informal. A variação linguística em que isso acontece é chamada de:
a) variação diafásica
b) variação diacrônica
c) variação diatópica
d) variação diastrática
e) variação sincrônica
Resposta da questão 1: Alternativa correta: b) tom humorístico, ocasionado pela ocorrência de palavras
empregadas em contextos formais.O texto gira em torno de uma conversa informal, em que se discute o uso
de palavras utilizadas em contextos formais. O humor decorre justamente desse contraste das palavras que
são usadas segundo o campo de atuação — situações formais e informais, que em linguística é definida
como Variação situacional ou diafásica.
a) ERRADA. É certo que no texto são sugeridos dias da semana para utilizar certas palavras, mas essa não
é uma questão relevante no que respeita à variação linguística. Em termos temporais, o desenvolvimento
histórico da língua é o que importa para essa temática, cujo tipo de variação é identificada como Variação
histórica ou diacrônica — o português arcaico, por exemplo.
c) ERRADA. Não há no texto a presença de regionalismos, tipo de variação linguística caracterizada como
Variação geográfica ou diatópica — diferenças entre português do Brasil e de Portugal, por exemplo.
d) ERRADA. A discussão do texto não evidencia distanciamento dos interlocutores, afinal, ao discutir em
que dia da semana devem usar certas palavras, ambos mostram aparentemente conhecê-las.
e) ERRADA. Ambos os interlocutores parecem conhecer as palavras, de tal modo que o texto se desen-
volve numa conversa acerca do dia da semana em que as mesmas devem ser utilizadas. Não há, assim,
inadequação vocabular, a não ser pelo fato de serem citadas palavras utilizadas em discursos formais na
conversa que ocorre informalmente, mas isso promove justamente o tom humorístico do texto, motivo pelo
qual a alternativa b) é a correta.
b) ERRADA. A variação linguística pode ser marcada por aspectos sociais, de acordo com os grupos
sociais envolvidos. Exemplo disso é a linguagem técnica utilizada entre profissionais, que muitas vezes
não é perceptível fora desse grupo. A palavra “mandinga”, no entanto, não é uma palavra técnica utilizada
entre navegadores, mas foi criada e modificada ao longo do tempo, tal como o texto explica que pelo fato
de “(designar) terra de feiticeiros. (...) acabou virando sinônimo de feitiço, sortilégio.”.
c) ERRADA. A palavra “mandinga” tinha um significado que foi modificado ao longo do tempo, motivo pelo
qual a sua construção não resulta da descoberta geográfica, mas sim do seu contexto sócio-histórico, tal
como consta no texto: “Em idioma nativo, mandinga designava terra de feiticeiros. A palavra acabou virando
sinônimo de feitiço, sortilégio.”.
a) ERRADA. O autor entende que as palavras são “resultados de uma tradição” e que assim, não podem
deixar de ser transmitidas. Ele critica o fato de permitirmos que palavras sejam extintas, chamando o leitor
para a seguinte reflexão: “É louvável que nos preocupemos com a extinção das ararinhas-azuis ou dos
micos-leão-dourados, mas a extinção de uma palavra não promove nenhuma comoção (...). Pelo contrário,
muitas vezes a extinção das palavras é incentivada.”.
b) ERRADA. O autor compara a extinção dos animais com o (des)uso das palavras, alertando o leitor para
a sua importância: “É louvável que nos preocupemos com a extinção das ararinhas-azuis ou dos micos-
-leão-dourados, mas a extinção de uma palavra não promove nenhuma comoção (...). Pelo contrário, muitas
vezes a extinção das palavras é incentivada.”.
d) ERRADA. O texto indica que as palavas, assim como as tradições, devem ser transmitidas, no entanto,
ambas podem extinguir-se em função do seu (des)uso, ou seja elas não duram para sempre. No que respeita
ao verbo “pinchar”, o autor informa “Aparentemente, para muitos falantes, esse verbo é algo do passado,
que deixará de existir tão logo essa geração antiga morrer.”.
e) ERRADA. De acordo com o autor não é o mundo contemporâneo que exige a inovação do vocabulário, mas
sim que a extinção das palavras decorre de preconceitos, cuja crítica é o tema central do texto: “O pinchar,
associado ao ambiente rural, onde há pouca escolaridade e refinamento citadino, está fadado à extinção?”.
Resposta da questão 4: a) A língua é regida por regras. O que acontece é que a linguagem escrita exige
um texto adequado ao seu contexto e o mesmo acontece com a linguagem oral, muitas vezes mais informal.
Por isso, o fato de se adaptar aos seus contextos não deve ser visto como desprestígio. As variações lin-
guísticas existem e enriquecem culturalmente uma língua, de modo que não podem ser considerada uma
forma errada de expressão.
A escrita de Monteiro Lobato, por exemplo, valoriza a oralidade, uma vez que ele aproxima a sua literatura
do público infantil. Para ter o efeito que desejava, Lobato não deixou de escrever da forma como as pessoas
se expressam oralmente, acreditando no enriquecimento cultural inerente às variações linguísticas.
b) “A correção da língua é um artificialismo, continuei episcopalmente. O natural é a incorreção. Note que
a gramática só se atreve a palpitar quando escrevemos. Quando falamos, afasta-se para longe, de forma
oprimida.”
Resposta da questão 5: Alternativa correta: c) precisa enriquecer o repertório do aluno, valorizando o seu
conhecimento prévio e respeitando a sua cultura de origem.
Para Bagno, as variações linguísticas merecem ser prestigiadas, tal como o excerto mostra: “(...) é preciso
levar em conta o saber prévio dos estudantes, sua língua familiar e sua cultura característica, para, a partir
daí, ampliar seu repertório linguístico e cultural.”.
a) ERRADA. Ainda que a postura esteja mudando relativamente às variações linguísticas, ainda existe
Resposta da questão 6: Alternativa correta: c) Não existe nenhuma justificativa ética, política, pedagógica
ou científica para continuar condenando como erros os usos linguísticos que estão firmados no português
brasileiro. (Bagno, 2007, p. 161.)
O excerto de Bagno critica a visão limitada acerca da língua, em que as variações linguísticas são despres-
tigiadas; donde surge o preconceito linguístico.
Tanto o comentário do enunciado acima como a citação de Bagno contemplam a Variação situacional ou
diafásica, a qual entende que a linguagem depende de contextos.
Isso acontece quando um falante muda o seu discurso diante de situações formais e informais.
a) ERRADA. O excerto de Mattoso Câmara trata de um dos tipos de variações linguísticas — a Variação
social ou diastrática, cujos falantes entendem-se em virtude do meio a que pertencem. Exemplo disso é
a linguagem técnica utilizada entre os médicos, cujo vocabulário muitas vezes é incompreensível entre os
pacientes.
b) ERRADA. O excerto de Camacho critica o fato de que nas aulas de língua portuguesa geralmente ape-
nas a língua normatizada seja considerada correta e, logo, superior, não havendo abertura para refletir no
enriquecimento cultural promovido por outras formas de linguagem.
d) ERRADA. O excerto de Geraldi é uma reflexão acerca da complexidade da língua. O estudo da gramática
vai além da memorização de regras, mas do entendimento da língua, que se encontra em evolução constante.
ACENTUAÇÃO
A primeira publicação do conto O Alienista, de Machado de Assis, ocorreu como folhetim na revista carioca
A Estação, entre os anos de 1881 e 1882. Nessa mesma época, uma grande reforma educacional efetuou-
-se no Brasil, criando, dentre outras, a cadeira de Clínica Psiquiátrica. É nesse contexto de uma psiquiatria
ainda embrionária que Machado propõe sua crítica ácida, reveladora da escassez de conhecimento cien-
tífico e da abundância de vaidades, concomitantemente. A obra deixa ver as relações promíscuas entre
o poder médico que se pretendia baluarte da ciência e o poder político tal como era exercido em Itaguaí,
então uma vila, distante apenas alguns quilômetros da capital Rio de Janeiro. O conto se desenvolve em
treze breves capítulos, ao longo dos quais o alienista vai fazendo suas experimentações cientificistas até
que ele mesmo conclua pela necessidade de seu isolamento, visto que reconhece em si mesmo a única
pessoa cujas faculdades mentais encontram-se equilibradas, sendo ele, portanto, aquele que destoa dos
demais, devendo, por isso, alienar-se.
Capítulo IV
UMA TEORIA NOVA
Ao passo que D. Evarista, em lágrimas, vinha buscando o Rio de Janeiro, Simão Bacamarte estudava por
todos os lados uma certa ideia arrojada e nova, própria a alargar as bases da psicologia. 2Todo o tempo que
lhe sobrava dos cuidados da Casa Verde era pouco para andar na rua, ou de casa em casa, conversando
as gentes, sobre trinta mil assuntos, e virgulando as falas de um olhar que metia medo aos mais heroicos.
Um dia de manhã, – eram passadas três semanas, – estando Crispim Soares ocupado em temperar um
medicamento, vieram dizer-lhe que o alienista o mandava chamar.
– Tratava-se de negócio importante, segundo ele me disse, acrescentou o portador. 3Crispim empalideceu.
Que negócio importante podia ser, se não alguma notícia da comitiva, e especialmente da mulher? 4Por-
que este tópico deve ficar claramente definido, visto insistirem nele os cronistas; Crispim amava a mulher,
e, desde trinta anos, nunca estiveram separados um só dia. 5Assim se explicam os monólogos que fazia
agora, e que os fâmulos lhe ouviam muita vez: – “Anda, bem feito, quem te mandou consentir na viagem de
Cesária? Bajulador, torpe bajulador! Só para adular ao Dr Bacamarte. Pois agora aguenta-te; anda; aguen-
ta-te, alma de lacaio, fracalhão, vil, miserável. Dizes amém a tudo, não é? Aí tens o lucro, biltre!”. – E muitos
outros nomes feios, que um homem não deve dizer aos outros, quanto mais a si mesmo. Daqui a imaginar o
efeito do recado é um nada. 6Tão depressa ele o recebeu como abriu mão das drogas e voou à Casa Verde.
1. (Ime 2020) “Quanto à ideia de ampliar o território da loucura, achou-a o boticário extravagante; mas a
modéstia, principal adorno de seu espírito, não lhe sofreu confessar outra coisa além de um nobre entusiamo,
declarou-a sublime e verdadeira, e acrescentou que era “caso de matraca”.” (ref. 17)
Assinale a alternativa na qual o(s) vocábulo(s) acentuado(s) recebe(m) o acento gráfico com base na mesma
justificativa gramatical utilizada na palavra em destaque:
a) “Ao passo que D. Evarista, em lágrimas, vinha buscando o Rio de Janeiro [...]” (ref. 1)
b) “Porque este tópico deve ficar claramente definido, visto insistirem nele os cronistas [...]” (ref. 4)
c) “Disse isto, e calou-se, para ruminar o pasmo do boticário.” (ref. 10)
d) “[...] reconheceu o perigo de citar todos os casos de Itaguaí.” (ref. 14)
e) “[...] chegava a entendê-la, que era uma obra absurda [...]” (ref. 26)
“Olhai, oh Senhor, os jovens nos postos de gasolina. Apiedai-vos dessas pobres criaturas, a desperdiçar as
mais belas noites de suas juventudes sentadas no chão, tomando Smirnoff Ice, entre bombas de combustível
e pães de queijo adormecidos. Ajudai-os, meu Pai: eles não sabem o que fazem. [...] As ruas são violentas,
é verdade, mas nem tudo está perdido.
[...]
Salvai-me do preconceito e da tentação, oh Pai, de dizer que no meu tempo tudo era lindo, maravilhoso. [...]
Talvez exista alguma poesia em passar noite após noite sentado na soleira de uma loja de conveniência, e
desfilar com a chave do banheiro e sua tabuinha, em gastar a mesada em chicletes e palha italiana. Expli-
ca-me o mistério, numa visão, ou arrancai-os dali. É só o que vos peço, humildemente, no ano que acaba
de nascer. Obrigado, Senhor.”
PRATA, Antônio. Conveniência. O Estado de S. Paulo, 11 jan. 2008.
2. (Ufms 2020) A palavra “após” recebe acento gráfico por ser:
a) oxítona terminada em “o”, seguida de “s”.
b) proparoxítona.
c) paroxítona terminada em ditongo decrescente.
d) monossílabo tônico terminado em “o”.
e) paroxítona terminada em “o”, seguida de “s”.
1
A filha do cacique da tribo deu à luz uma linda indiazinha. A tribo espantou-se:
– Como é branquinha esta criança!
E era mesmo. Perto dos outros curumins da taba, parecia um raiozinho de lua. Chamaram-na Mani. Mani
3. (G1 - cotil 2020) Dentre as alternativas abaixo, escolha aquela que mais se aproximar do padrão formal
da norma culta, considerando os aspectos gramaticais, semânticos e lexicais.
a) A lenda de Mani, exemplo do folclore dos índios tupis, explica a origem da mandioca, que é um dos prin-
cipais alimentos dos povos indígenas. No Brasil, essa raiz possui vários nomes que variam de região para
região, como, por exemplo, aipim, macaxeira, maniva, castelinha, entre outros.
b) Exemplo do folclore dos índios tupís, a lenda de Maní, uma lenda que explica a origem da mandioca, é
um dos principais alimentos dos povos indígenas. No Brasil, a mesma possui vários nomes que variam de
região para região, como, por exemplo, aipim, macaxeira, maniva, castelinha, entre outros.
c) A lenda de Mani, exemplo do folclore dos índios tupis, explica a origem da mandioca, a qual é um dos
principais alimentos dos povos indígenas. No Brasil, essa raiz possui vários nomes que variam de região
para região, como, por exemplo, aipim, macacheira, maniva, castelinha, entre outras.
d) Explicando a origem da mandioca, um dos principais alimentos dos povos indígenas, cuja a lenda de
Mani é exemplo do folclore dos índios tupis, essa raiz, no Brasil, possui vários nomes que variam de região
para região, como, por exemplo, aipim, macaxeira, maniva, castelinha, entre outros.
4. (Unicamp 2019) Há dois tipos de palavras: as proparoxítonas e o resto. As proparoxítonas são o ápice
da cadeia alimentar do léxico.
As palavras mais pernósticas são sempre proparoxítonas. Para pronunciá-las, há que ter ânimo, falar com
ímpeto - e, despóticas, ainda exigem acento na sílaba tônica! Sob qualquer ângulo, a proparoxítona tem
mais crédito. É inequívoca a diferença entre o arruaceiro e o vândalo. Uma coisa é estar na ponta – outra,
no vértice. Ser artesão não é nada, perto de ser artífice.
5. (Espcex (Aman) 2019) Assinale a alternativa em que todos os vocábulos do enunciado são acentuados
pela mesma regra.
a) Uma sólida política de saneamento tem que levar em conta os problemas econômicos da população.
b) Há um sistema acessível, mas também regulatório.
c) Pressente-se um crônico sentimento de impotência, resíduo da própria história.
d) Os termos de privacidade do sistema construído pelos estagiários são inaceitáveis.
e) As audiências públicas são realizadas em caráter extraordinário.
Já teve vontade de explorar novos ares e, quando deu por si, estava no mesmo boteco de sempre? Esses
“horizontes limitados” são universais, de acordo com matemáticos da Universidade e Londres. Não importa
se você é um jovem executivo ou um jogador de futevôlei aposentado – segundo cientistas, qualquer pessoa
é capaz de frequentar, no máximo 25 lugares. Entram nessa conta todos os locais visitados duas vezes
por semana, por pelo menos 10 minutos. O ponto de ônibus, portanto, já desconta dos 25 totais. Isso para
quem é popular: 25 é o recorde alcançado por aqueles que mantêm uma rede grande de amigos. Para os
introvertidos, os horizontes são ainda mais fechados.
(Ana Carolina Leonardi. Superinteressante, edição 392, agosto de 2018, p.10.)
22 de maio
1
Eu hoje estou triste. 2Estou nervosa. 3Não sei se choro ou saio correndo sem parar até cair inconciente.
É que hoje amanheceu chovendo. E eu não saí para arranjar dinheiro. Passei o dia escrevendo. Sobrou
macarrão, eu vou esquentar para os meninos. 4Cosinhei as batatas, eles comeram. 5Tem uns metais e um
pouco de ferro que eu vou vender no Seu Manuel. Quando o João chegou da escola eu mandei ele vender
os ferros. Recebeu 13 cruzeiros. Comprou um copo de água mineral, 2 cruzeiros. Zanguei com ele. 6Onde
já se viu favelado com estas finezas?
... Os meninos come muito pão. Eles gostam de pão mole. Mas quando não tem eles comem pão duro.
Duro é o pão que nós comemos. 7Dura é a cama que dormimos. Dura é a vida do favelado.
Oh! São Paulo rainha que 8ostenta vaidosa a tua coroa de ouro que são os arranha-céus. Que veste
7. (Udesc 2019) Relacione as duas colunas pautando a transgressão, quanto à língua formal culta, identi-
ficada no texto apresentado.
( ) acentuação gráfica
( ) regência verbal
( ) concordância verbal
( ) ortografia
( ) emprego inadequado do pronome reto
a) 4 – 5 – 2 – 1 – 3
b) 5 – 2 – 3 – 1 – 4
c) 2 – 1 – 4 – 3 – 5
d) 4 – 2 – 5 – 1 – 3
e) 4 – 5 – 2 – 3 – 1
TEXTO I
Becos de Goiás
Beco do Cisco.
Beco do Cotovelo.
Beco do Antônio Gomes.
Beco das Taquaras.
Beco do Seminário.
Bequinho da Escola.
Beco do Ouro Fino.
Beco da Cachoeira Grande.
Beco da Calabrote.
Beco do Mingu.
Beco da Vila Rica...
TEXTO II
O elefante
Fabrico um elefante
de meus poucos recursos.
Um tanto de madeira
tirado a velhos móveis
talvez lhe dê apoio.
E o encho de algodão,
de paina, de doçura.
A cola vai fixar
suas orelhas pensas.
A tromba se enovela,
é a parte mais feliz
de sua arquitetura.
8. (Ime 2019) Assinale a alternativa em que os vocábulos são acentuados de acordo com as mesmas regras
de acentuação gráfica das palavras abaixo transcritas, respectivamente:
sandália (verso 7, texto 1); úmida (verso 17, texto 1); só (verso 28, texto 1); sensível (verso 55, texto 2);
conteúdo (verso 95, texto 2).
A(s) questão(ões) refere(m)-se ao texto “Dizer o que se pensa não é sempre uma qualidade”
(Herculano-Houzel, Suzana [bióloga e neurocientista da Universidade Vanderbilt (EUA)]. Dizer o que se pensa não é sempre uma qualidade.
Folha de São Paulo, 14/08/2010. Adaptado. Disponível em: http://www.brasilagro.com.br/conteudo/dizer-o-que-se-pensa-nao-e-sempre-uma-
-qualidade.html. Acesso em 11 ago. 2018)
9. (Upf 2019) No que concerne a aspectos gramaticais do texto “Dizer o que se pensa não é sempre uma
qualidade”, é incorreto o que se afirma em:
a) A construção “assisti boquiaberta, poucos meses depois, a uma parcela significativa da nação eleger uma
figura no mínimo controversa” (ref. 3) seria, por muitas pessoas, escrita da seguinte forma: “assisti boquia-
berta, poucos meses depois, uma parcela significativa da nação eleger uma figura no mínimo controversa”.
Isso, no entanto, representaria um erro, uma vez que, nesse contexto, o verbo assistir é transitivo indireto.
b) No fragmento “Da mesma forma, num ambiente em que racismo, homofobia e liberdades tomadas com
a vida dos outros ainda imperam” (ref. 10), a expressão “em que” poderia ser substituída por “no qual” sem
que o sentido do texto e sua correção gramatical fossem prejudicados.
c) Para garantir a correção gramatical, o fragmento “Mas a grande maioria para no pensamento” (ref. 17)
deveria ser escrito da seguinte forma: “Mas a grande maioria para no pensamento”, uma vez que o acento
agudo diferencial é necessário em razão de se tratar de uma palavra homógrafa.
d) No trecho “horrorizada pela consequência que suas ações mentais teriam na vida real se executadas ou
ditas” (ref. 18), há uma elipse de um verbo conjugado na terceira pessoa do plural do pretérito imperfeito
do subjuntivo.
e) Para garantir a correção gramatical, a oração “Pensamentos terríveis têm essa utilidade:” (ref. 19) deveria
ser escrita com a forma pronominal “esta”, assim: “Pensamentos terríveis têm esta utilidade:”, uma vez que
se tem, aqui, uma relação catafórica.
Família
Família
Família, família
Papai, mamãe, titia
Família, família
Almoça junto todo dia
Nunca perde essa mania
Mas quando a filha quer fugir de casa
Precisa descolar um ganha pão
Filha de família se não casa
Papai, mamãe não dão nenhum tostão
Família ê
Família a
Família
Família, família
Vovô, vovó, sobrinha
Família, família
Janta junto todo dia
Nunca perde essa mania
Mas quando o nenê fica doente
Procura uma farmácia de plantão
O choro do nenê é estridente
Assim não dá pra ver televisão
Família ê
Família a
Família
Família, ...
Disponível em: <mhttps://www.google.com.br/search?ei=FT2HW52XC6uRmgXr65OICw&q=familia+de+titas+letra&o q=a+família+titas&gs_l>A-
cesso em: 02 de set de 2018.
Entender melhor nossa família, a casa de onde viemos, é também mergulhar um pouco mais dentro de nós
O avô plantava vegetais monstruosos, a avó era alienígena, o pai um cientista maluco, a mãe uma feiticeira,
o tio era um pirata. Essa família bizarra foi inventada por uma das autoras prediletas da infância das minhas
filhas: a inglesa Babette Cole. A coleção de vários volumes tem por títulos Minha Mãe É um Problema, Meu
Avô É um Problema, e assim por diante.
As meninas sabiam dar uma aura fantasiosa às famílias, digamos, peculiares, como a nossa e prova-
velmente a sua. Benditos recursos poéticos da infância. Crianças costumam achar graça das bizarrices
dos seus adultos, é mais ou menos como dar gargalhada quando alguém solta um pum. Depois viramos
sérios, trágicos, considerando ingênua a condescendência infantil com gente tão estranha e condenável.
Vocacionados para a vitimização, tornamo-nos convictos de isso ter nos prejudicado.
1
A maior parte das pessoas considera sua família anormal, fora do padrão. Idealizamos e invejamos as
“famílias margarina”. Família boa, feliz, seria a que não rende casos para contar, Tolstoi disse algo do gênero.
Tememos o peso da herança de 2pais, avós e tios que tiveram tribulações amorosas, fizeram trapalhadas
financeiras, foram fracos ou covardes. Longe de nós a Babel dos rompimentos, dos mal-entendidos. Livrai-
-nos dos familiares perdidos, tampouco servem os que se encontraram em soluções pouco convencionais.
A inquietação sobrevive até que – na literatura ou nos consultórios – esses causos familiares comecem
a ser contados com curiosidade ou graça. Costumo brincar com meus pacientes que “cada um tem sua
própria Macondo”. Refiro-me aos personagens fantásticos, moradores da cidade com esse nome, da obra
Cem anos de solidão. García Márquez lançou mão do realismo mágico para criar sua versão adulta e igual-
mente encantadora dos parentes-problema. É uma galeria de gerações de doidos alegóricos, quase todos
da família dos Buendía.
Em Macondo, as estranhezas não configuram uma repetição em série: cada personagem lida com os
desafios da vida ao seu modo, e eles são muito inventivos. Sei que, com indesejável frequência, há pais e
parentes abusadores, insensíveis, violentos, não é a esses que me refiro.
Temos grandes dívidas com as pesquisas genéticas: nosso DNA ainda há de revelar segredos sobre a
linhagem de cada um. Um dia saberemos mais sobre isso e qual o verdadeiro valor dessas heranças. Por
hora, de nada serve tirar conclusões apressadas sobre sinas familiares, fardos hereditários. Prefiro, para
olhar nossas Macondos, a 3benesse da graça literária. Mais importante do que as heranças é o que conse-
guimos fazer da nossa vida a partir delas.
Publicado em Vida Simples, Edição 198, agosto de 2018, p. 52.
Herdamos o mito dos bandeirantes, e vocês transformaram Borba Gato, esse genocida, em fundador de
nossa identidade. De legado, temos esta metástase em forma de desenvolvimentismo estéril, estas milhões
de toneladas de concreto que hoje tentamos adornar para deixá-las suportáveis, mas que seria melhor não
existissem.
Nos confinaram em bolhas de metal, em bolhas de concreto, em bolhas de vidro, como se fôssemos gado
que tem por ração plástico. 1Disseram na nossa cara 2que praia de paulistano é shopping, que Cumbica é o
melhor lugar de nossa cidade, que plano de aposentadoria é pousada na Bahia. Que aqui não se cria filho,
que essa terra só serve para ganhar dinheiro, como uma versão apocalíptica de Serra Pelada.
3
Nos deram uma ponte hedionda como novo cartão postal, transformaram nossa espinha dorsal em
uma avenida de banqueiros, bairros inteiros em cidades-dormitório. Nos chamaram de feios, sem horizonte,
sem perspectiva além da fuga. 4Que aqui não tem amor. Envenenaram nosso ar, nossa água, e até ela nos
5
usurparam.
Por identidade nos deram os bairros, que ainda assim se digladiam entre si, o excesso de trabalho e
um superpoder: a capacidade de deixar o outro invisível, praticada todos os dias com pessoas e lugares,
nos semáforos, quando nos deparamos com o dependente químico 6que chamamos de zumbi, metáfora
usada em tom cruel e irônico para dar nome ao 7nosso maior monstro social, justamente porque eles não
produzem como nós, os viventes.
8
Nossa história e arquitetura foram deixadas às ruínas, que ativamente permitimos que desmoronem.
Nos legaram um palimpsesto de cidade, onde sobrepomos uma camada de concreto à outra, sem respeito
pelo passado, planejamento ou cuidado.
Nos disseram que devemos conquistar ou ser conquistados, non ducor duco*, fomos colocados em
estado permanente de guerra uns contra os outros, nos envenenaram com o medo pelas ruas e deixaram
que o único elemento que nos cimentasse fosse o ódio comum e ancestral por São Paulo. Sem história,
sem horizonte, perdidos. Fomos proibidos de te amar, São Paulo.
Chega. Talvez essa relação atávica de ódio nos encha os olhos de cataratas e não consigamos dar
nome a essa emergência ainda, mas o faremos, com o devido distanciamento histórico. 9Ocupamos as
ruas com comida, com música, com arte, com cinema, com vida em toda a sua potência. 10Vimos no feio
o belo, deixamos de ter medo da rua, que surge como um eixo que começa a aglutinar em torno de si uma
nova identidade de paulistano. Lutamos com mil unhas e dentes por um pedaço de terra que até então não
era mais do 11que um estacionamento e que chamaremos de parque. Fizemos da cicatriz causada pelo
militarismo um espaço para ensinar os novos paulistanos a andarem de bicicleta. Ocupamos lugares que
nunca tínhamos visto e recuperamos a avenida das mãos dos banqueiros. Faremos turismo na cidade que
habitamos. Não aceitamos mais esse ódio, esse estado permanente de guerra, a necessidade de conquistar
o outro diariamente.
São Paulo é uma cidade no futuro: pós-apocalíptica, radioativa, seca, onde um dia dinheiro e trabalho não
serão os únicos imperativos da vida social. Quando o mundo tremer, todas as cidades serão parecidas com a
(GUERRA, Facundo. Fomos proibidos de te amar, São Paulo. Carta Capital. Caderno Sociedade. 27/08/2015. Disponível em: https://www.
cartacapital.com.br/sociedade/fomos-proibidos-de-te-amar-sao-paulo-2365.html. Acessado em 11/08/2018)
13. (G1 - cotil 2019) “Do caos e da feiura emerge uma beleza que apenas nós, que rejeitamos sua ideia
de belo, vemos.” (referência 12)
A política e as políticas
Apesar da multiplicidade de facetas a que se aplica a palavra “política” ___ uma delas goza de indiscu-
tível unanimidade___ a referência ao poder político___ à esfera da política institucional. Um deputado ou
um órgão de administração pública são políticos para a totalidade das pessoas. Todas as atividades 1asso-
ciadas de algum modo à esfera institucional política, e o espaço onde se realizam, também são políticos.
Um comício é uma reunião política e um partido é uma associação política, um indivíduo que questiona a
ordem institucional pode ser um preso político; as ações do governo, o discurso de um vereador, o voto de
um eleitor são políticos.
Mas há um outro conjunto em que a mesma palavra manifesta-se claramente de um modo diverso.
2
Quando se fala da política da Igreja, isto não se refere apenas às relações entre a Igreja e as instituições
políticas, mas à existência de uma política que se expressa na Igreja em relação a certas questões como
a miséria, a violência, etc. Do mesmo modo, a política dos sindicatos não se refere unicamente à política
sindical, desenvolvida pelo governo para os sindicatos, mas às questões que dizem respeito à própria ativi-
dade do sindicato em relação aos seus filiados e ao restante da sociedade. A política feminista não se refere
apenas ao Estado, mas aos homens e às mulheres em geral. As empresas 3têm políticas para realizarem
determinadas metas no relacionamento com outras empresas, ou com os seus empregados. As pessoas, no
seu relacionamento cotidiano, desenvolvem políticas para alcançar seus objetivos nas relações de trabalho,
de amor, ou de lazer; dizer “Você precisa ser mais político” é completamente distinto de dizer “Você precisa
se politizar mais”, isto é, 4“precisa ocupar-se mais da esfera política institucional”.
[...] Não resta dúvida, porém, de que este segundo significado é muito mais vago e impreciso do que
o primeiro. A evolução histórica em relação ao gigantismo das Instituições Políticas – o Estado onipre-
sente – é acompanhada de uma politização geral da sociedade em seus mínimos detalhes, por exigir um
14. (G1 - ifsul 2019) Analise as afirmativas em relação ao emprego da norma culta da língua e preencha
a sentença como Verdadeira (V) ou Falsa (F).
( ) O verbo ter (ref. 3) foi grafado com acento por estar conjugado na terceira pessoa do plural, assim
diferenciando-se da forma singular.
( ) Para atender ao acordo ortográfico vigente, a palavra extra-institucionais (ref. 8) deve ser grafada sem
o uso do hífen.
( ) Em relação à sintaxe de regência, o adjetivo associadas (ref. 1) possui como complemento nominal a
expressão à esfera institucional política.
( ) O substantivo dúvida é acentuado para diferenciar-se do verbo duvidar, conjugado na terceira pessoa
do singular do presente do indicativo.
“Tem uma frase boa que diz: uma língua é um dialeto com exércitos. Um idioma só morre se não tiver poder
político”, explica Bruno L’Astorina, da Olimpíada Internacional de Linguística. E não dá para discordar. Basta
pensar na infinidade de idiomas que existiam no Brasil (ou em toda América Latina) antes da chegada dos
europeus – hoje são apenas 227 línguas vivas no país. Dominados, os índios perderam sua língua e cul-
tura. O latim predominava na Europa até a queda do Império Romano. Sem poder, as fronteiras perderam
força, os germânicos dividiram as cidades e, do latim, surgiram novos idiomas. Por outro lado, na Espanha,
15. (Uel 2019) Sobre as formas verbais sublinhadas no texto, assinale a alternativa correta.
a) O uso da forma verbal “tiver” marca a eventualidade da ação no futuro.
b) O verbo “pensar”, flexionado no futuro do subjuntivo, funciona como objeto direto do verbo que o antecede.
c) O emprego de “predominava”, no pretérito mais que perfeito, se justifica pelo caráter transitório desse
tempo verbal.
d) Em “perderam”, o tempo verbal utilizado é o mesmo de “gesticulamos”, no segundo parágrafo.
e) A forma verbal “mantém” está flexionada no plural, fenômeno confirmado pela acentuação.
16. (G1 - ifsul 2018) Em qual trecho a substituição proposta gera erro no que diz respeito ao emprego do
acento grave?
a) Passei dois anos escrevendo o livro que acabo de terminar. / Passei dois anos escrevendo a história que
acabo de terminar.
b) ... sou capaz de escrever no meio daqueles idiotas que xingam as secretárias pelo celular... / Sou capaz
de escrever no meio daqueles idiotas que humilham as secretárias pelo celular.
c) ... escrevi uma coluna como está sentado na primeira fila, ao lado de um bebê com dor de ouvido... /
Escrevi uma coluna como está sentado na primeira fila, a esquerda de um bebê com dor de ouvido.
d) Foi tão grande o prazer de contar aquelas histórias... / Foi tão grande o prazer de referir-me àquelas
histórias.
17. (G1 - ifal 2018) Assinale nas alternativas abaixo aquela em que os vocábulos são acentuados grafica-
mente por serem paroxítonos.
a) casa, sapo, carro, mesa, relógio.
b) júri, fóssil, hífen, abdômen, oásis.
c) livro, fotografia, cachimbo, lápis, régua.
d) amável, perpétuo, teodiceia, antologia, bênção.
e) história, comentário, ímã, antigo, indústria.
18. (G1 - ifsul 2018) Em relação às regras de acentuação, em qual alternativa as palavras obedecem à
mesma regra?
a) Silêncio – paraíso – médico.
b) Só – você – pedirá.
c) Só – até – atrás.
d) Últimas – décadas – século.
19. (G1 - ifsul 2018) A única palavra que, ao perder o acento, NÃO gera outra palavra existente na língua é
a) prática.
b) ninguém.
c) pedirá.
d) até.
Sabendo-se que as palavras em destaque receberam acentos gráficos por serem proparoxítonas, em qual
alternativa há somente palavras cujos acentos foram empregados com base na mesma regra de acentuação?
GABARITO- ACENTUAÇÃO:
2) O apaixonado rapaz ficou extático diante da beleza da noiva. A palavra destacada é sinônima de:
a) imóvel
b) admirado
c) firme
d) sem respirar
e) indiferente
5)Trate de arrumar o aparelho que você quebrou e costurar a roupa que você rasgou, do contrário não sairá
de casa nesse final de semana. As palavras destacadas podem ser substituídas por:
a) concertar, coser e se não.
b) consertar, coser e senão.
c) consertar, cozer e senão.
d) concertar, cozer e senão.
e) consertar, coser e se não.
09. “O _______ de veículos de grande porte, em vias urbanas, provoca ________ no trânsito; forçando a
que os motoristas dos carros menores ________,muitas delas, completamente sem _________ ;
11. Em: O Prefeito ratificou o Decreto e O Prefeito retificou o Decreto, as palavras sublinhadas podem ser
substituídas, sem que haja perda de sentido, por,
respectivamente:
a) modificou / publicou
b) escolheu / saudou
12. Assinale o item em que ocorre, ou não, erro no emprego das homófonas há, a e à:
a) Já estou em Brasília há 25 anos.
b) Ainda há dúvidas quanto e este assunto?
c) Já iniciamos a sessão a quinze minutos..
d) parece que ele voltou à infância.
e) O resultado sairá daqui a pouco.
13. Indique a letra na qual as palavras completam, corretamente, os espaços das frases abaixo.
- Quem possui deficiência auditiva não consegue ______ os sons com nitidez.
- Hoje são muitos os governos que passaram a combater o ______ de entorpecentes com rigor.
- O diretor do presídio ______ pesado castigo aos prisioneiros revoltosos.
a) discriminar - tráfico – infligiu.
b) discriminar - tráfico - infringiu
c) descriminar - tráfego - infringiu
d) descriminar - tráfego - infligiu
e) descriminar - tráfico - infringiu
14.A frase onde os homônimos e / ou parônimos em destaque estão com significação invertida é:
a) Era iminente a queda do eminente deputado.
b) A justiça infringe uma pena a quem inflige a lei..
c) Vultosa quantia foi gasta para curar sua vultuosa face.
d) O mandado de segurança impediu a cassação do mandato.
e) O nosso censo depende exclusivamente do senso de responsabilidade do IBGE.
Temos, respectivamente:
a) Vultosas / senão / a / por quê;
b) vultuosas / senão / a / porquê;
c) vultuosas / se não / há / porquê;
d) vultosas / senão / há / porquê..
18.Trate de arrumar o aparelho que você quebrou e costurar a roupa que você rasgou, do contrário não
saíra de casa nesse final de semana.
As palavras destacadas podem ser substituídas por:
GABARITO- SEMÂNTICA:
1) B
2) B
3) D
4) A
5) B
6) A
7) C
8) C
09. d) tráfego – infrações – infrinjam – conserto;
10. b) iminente, censo, seção e tráfico.
11. e) confirmou / corrigiu
12. c) Já iniciamos a sessão a quinze minutos.
13. a) discriminar - tráfico - infligiu
14. b) A justiça infringe uma pena a quem inflige a lei.
15. d) vultosas / senão / há / porquê.
16. e) Não há probabilidade sequer de chuvas.
17. d) insipiente - incipiente - discrição - ratificar;
18. b) consertar, coser e senão.
ORTOGRAFIA
a) a frase 2;
b) a frase 3;
c) as frases 1 e 2;
02. (Univ. Alfenas-MG) - Assinale a alternativa em que todas as palavras estão grafadas corretamente.
a) disenteria, páteo, siquer, goela
b) capoeira, empecilho, jabuticaba, destilar
c) boliçoso, bueiro, possue, crânio
d) borburinho, candieiro, bulir, privilégio
e) habitue, abutoe, quase, constróe
a) Uma das iniciativas encontornáveis da cidadania está em se ezercer a consciência crítica, aplicada aos
fatos da realidade.
b) Recusando os privilégios dos que se habituaram a viver em grupos autônomos, o texto propõe o acesso
de todos a todas as instâncias sociais.
c) Ninguém deve se ezimir de cobrar do Estado a prezervação do princípio de igualdade como um direito
básico da cidadania.
d) Constitue dever de todos manter ou readquirir a crença em que seja possível a vijência social dos prin-
cípios da igualdade e da solidariedade.
e) O que se atribue a um cidadão, como direito básico, deve constituir-se em direito básico de todos os
cidadãos, indescriminadamente.
04. (FGV) – Assinale a alternativa correta quanto ao uso de porque, porquê, por que, por quê:
a) Porquê você estava tão alegre?
b) Estava alegre por que vencera.
c) Você estava tão alegre por quê?
d) Por que amava, estava alegre.
06. (FGV) – Assinale a alternativa em que todas as palavras estão erradas em relação à grafia com “-ção”,
“-são” e “-ssão”:
a) permissão, conversão;
b) obtenção, discussão;
c) exceção, omissão;
d) consecussão, ascenção.
08. (NCE-UFRJ) – Muitas palavras do texto levam acento gráfico: óleo, relógio, lâmpada etc. Em que item
a seguir ocorre um erro de acentuação gráfica?
09. (CETRO) – Assinale a alternativa que apresenta a série de palavras corretamente grafadas:
a) I, II e V.
b) III, IV e V.
c) II e IV.
d) II, IV e V.
e) IV e V.
10. (FGV) – Assinale a alternativa correta quanto ao uso de “porque”, “porquê”, “por que”, “por quê”:
a) Não saiu por que chovia.
b) Não sei por que brigamos.
c) Respondi por quê tinha certeza.
d) Porque você não correu?
11. (UECE) – Do mesmo modo que “insuportável” e “álcool” são obrigatoriamente acentuadas:
a) acordo, itens, porque;
b) economico, paineis, pesquisara;
c) odio, refens, vírus;
d) renuncia, retifica, sabia.
12. (FGV) – Assinale a alternativa em que não haja erro de grafia das palavras:
14. (FAPEU) – Preencha corretamente as lacunas com uma das expressões sugeridas entre parênteses.
I. Camboriú fica ____ uma hora de carro da capital. (há cerca de, a cerca de, acerca de)
II. Esses funcionários estão ____ de carreira. (enfim, em fim)
III. Fulano de Tal, abaixo ____, requer, com base na lei em vigor, uma certidão negativa de multa. (sobres-
crito, subscrito)
IV. Veio à Capital ____ estudar e conseguir emprego. (a fim de, afim de)
V. Estamos, então, de acordo, pois minhas sugestões, como se vê, vão ____ tuas. (ao encontro das, de
encontro às)
VI. Errei porque fui ____ assessorado. (mau, mal)
15. (FEC) - Leia com atenção as frases abaixo, observando-as do ponto de vista ortográfico.
I. Com exceção da gasolina, todos os outros derivados do petróleo, importantes para a infra-estrutura do
país, tiveram reajustes acima da rigidez atual dos preços.
II. A destituição da presidência passou a ser uma obsessão para uma macissa camada de neossócios,
interessados na paralisia da alvissareira diretoria.
III. Vários assessores apresentaram-se espontaneamente para a arguição, entendendo o ato não como
uma inquisição, mas como autorreflexão, ou autoanálise.
IV. A delinquência progressiva dos excedentes da exclusão constituem ingente atraso gerador de extensa
dissensão da sociedade pós-industrial.
16. (NCE-UFRJ) – “...e que se agudizou...”; o item abaixo em que um dos verbos está grafado de forma
incorreta é:
17. (CETRO) – Observando a grafia e a acentuação, indique a alternativa em que todas as palavras estão
corretas:
a) involucro, rúbrica, jiló, pesquiza, chave;
b) quiz, enjôo, bambú, geito, xeróx;
c) mecher, lugarzínho, raínha, estrêla, espectorante;
d) admirar, advinhar, atrazado, atráz, trás;
e) xícara, exceção, crisântemo, em cima, beneficente.
20. (FJPF) – “Pesquisa” é um vocábulo escrito com “s”. O vocábulo abaixo que está incorretamente escrito
porque também deveria ser grafado com “s” é:
a) certeza;
b) azeite;
c) deslize;
d) análize.
e) baliza.
GABARITO- ORTOGRAFIA
01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12 13 14 15
e b b c e d a e e b c e c b e
16 17 18 19 20
e e c b d
1. (T J‐GO) Assinale a alternativa em que o hífen, conforme o novo Acordo, está sendo usado corretamente:
a) Ele fez sua auto‐crítica ontem.
b) Ela é muito mal‐educada.
c) Ele tomou um belo ponta‐pé.
d) Fui ao super‐mercado, mas não entrei.
e) Os raios infra‐vermelhos ajudam em lesões.
3. (T J‐DF) Assinale a alternativa incorreta quanto ao emprego do hífen, respeitando‐se o novo Acordo.
a) O semi‐analfabeto desenhou um semicírculo.
b) O meia‐direita fez um gol de sem‐pulo na semifinal do campeonato.
c) Era um sem‐vergonha, pois andava seminu.
d) O recém‐chegado veio de além‐mar.
e) O vice‐reitor está em estado pós‐operatório.
4. (ITA) Segundo o novo Acordo, entre as palavras pão duro (avarento), copo de leite (planta) e pé de
moleque (doce) o hífen é obrigatório:
a) em nenhuma delas.
b) na segunda palavra.
c) na terceira palavra.
d) em todas as palavras.
e) na primeira e na segunda palavra.
5. (TRE‐PE) Fez um esforço __ para vencer o campeonato __. Qual a alternativa completa corretamente
as lacunas?
a) sobreumano ‐ interregional
b) sobrehumano ‐ interregional
c) sobre‐humano ‐ inter‐regional
d) sobrehumano ‐ inter‐regional
e) sobre‐humano ‐ interegional
6 . (IMA‐MG) Suponha que você tenha que agregar o prefixo sub‐ às palavras que aparecem nas alternativas
a seguir. Assinale aquela que tem de ser escrita com hífen:
a) (sub) chefe
b) (sub) entender
c) (sub) solo
d) (sub) reptício
e) (sub) liminar
9. (AMAN) Uma das alternativas abaixo apresenta incorreção quanto ao emprego do hífen.
a) O pseudo‐hermafrodita não tinha infraestrutura para relacionamento extraconjugal.
b) Era extraoficial a notícia da vinda de um extraterreno.
c) Ele estudou línguas neolatinas nas colônias ultramarinas.
d) O anti‐semita tomou um anti‐biótico e vacina antirrábica.
e) Era um suboficial de uma superpotência.
10. (NCE‐UFRJ) Assinale a alternativa em que ocorre erro quanto ao emprego do hífen.
a) Foi iniciada a campanha pró‐leite.
b) O ex‐aluno fez a sua autodefesa.
c) O contrarregra comeu um contra‐filé.
d) Sua vida é um verdadeiro contrassenso.
e) O meia‐direita deu início ao contra‐ataque.
11. Assinale a alternativa em que o hífen, conforme o novo Acordo, está sendo usado corretamente:
a) Ele fez sua auto‐crítica ontem.
b) Ele é muito mal‐educado.
c) Ele tomou um belo ponta‐pé.
d) Fui ao super‐mercado, mas não entrei.
e) Os raios infra‐vermelhos ajudam em lesões.
13. Assinale a alternativa incorreta quanto ao emprego do hífen, respeitando‐se o novo Acordo.
a) O semi‐analfabeto desenhou um semicírculo.
b) O meia‐direita fez um gol de sem‐pulo na semifinal do campeonato.
c) Era um sem‐vergonha, pois andava seminu.
d) O recém‐chegado veio de além‐mar.
e) O vice‐reitor está em estado pós‐operatório.
a) em nenhuma delas.
b) na segunda palavra.
c) na terceira palavra.
d) em todas as palavras.
e) na primeira e na segunda palavra.
15. Fez um esforço __ para vencer o campeonato __. Qual a alternativa completa corretamente as lacunas?
a) sobreumano ‐ interregional
b) sobrehumano ‐ interregional
c) sobre‐humano ‐ inter‐regional
d) sobrehumano ‐ inter‐regional
e) sobre‐humano ‐ interegional
16. Suponha que você tenha que agregar o prefixo sub‐ às palavras que aparecem nas alternativas a seguir.
Assinale aquela que tem de ser escrita com hífen:
a) (sub) chefe
b) (sub) entender
c) (sub) solo
d) (sub) reptício
e) (sub) liminar
19. Uma das alternativas abaixo apresenta incorreção quanto ao emprego do hífen.
a) O pseudo‐hermafrodita não tinha infraestrutura para relacionamento extraconjugal.
b) Era extraoficial a notícia da vinda de um extraterreno.
c) Ele estudou línguas neolatinas nas colônias ultramarinas.
d) O anti‐semita tomou um anti‐biótico e vacina antirrábica.
e) Era um suboficial de uma superpotência.
GABARITO- HÍFEN:
1-B/ 2-B/ 3-A/ 4-E/ 5-C/ 6-D/ 7-D/ 8-B/ 9-D/ 10-C
11-B/12-B/13-A/ 14-E/15-C/16-D/17-D/18-B/19-D/20-C
ESTRUTURA DA PALAVRA
01. Marque o item em que há erro quanto à análise da forma verbal “cantávamos”.
a) cant- : radical
b) -á-: vogal temática
c) cantá- : tema
d) -va-: desinência de pretérito imperfeito do subjuntivo
e) -mos : desinência de 1ª pessoa do plural
04. A alternativa que apresenta os elementos mórficos, destacados na palavra com correção gra-
matical é:
a) pareciam: parec-: radical; -ia: vogal temática; parecia-: tema; -m: desinência modo-temporal.
b) sopravam: sopr-: radical; -a: vogal temática; sopra-: tema; -va-: desinência modo-temporal; -m: desinência
número-pessoal
c) mergulhando: mergulha-: radical; -n-: consoante de ligação; -do: desinência modo-temporal.
d) caía: caí-: radical; -a: vogal temática; caía: tema.
e) estava: est-: radical; -a: vogal de ligação; -va: desinência modo-temporal.
08. Considerando sua estrutura, a palavra im/plant/a/mos/ apresenta os seguintes elementos mór-
ficos (morfemas):
a) prefixo + radical + tema + vogal temática + desinência número-pessoal.
b) prefixo + radical + tema + desinência número-pessoal
c) prefixo + radical + desinência número-pessoal + desinência modo-temporal
d) prefixo + radical + tema + desinência modo- -temporal
e) prefixo + radical + vogal temática + desinência número-pessoal.
10. Assinale a palavra em que a consoante grifada faz parte da raiz, não sendo consoante de ligação
como nas demais:
a) bambuzal
b) lapisinho
c) cafeteira
d) chaleira
e) paulada PAU= RAD +CONS LIG + SUFIXO X
11. Assinale a alternativa que apresenta um erro quando à classificação do elemento mórfico des-
tacado na palavra:
a- aflitivo –vogal temática
b- gentinha – vogal temática
c- moça – desinência nominal de gênero
d- fogos – desinência nominal de número
e- caderno – vogal de ligação
12. Assinale o vocábulo cujo elemento mórfico destacado não corresponde à classificação do “a”
de “pequena”.
a) perfumadas
b) violenta
c) louca
1)(UFSCar) Considerando-se os vocábulos seguintes, assinalar a alternativa que indica os pares de derivação
regressiva ( I ), derivação imprópria ( II ) e derivação sufixal ( III ), precisamente nesta ordem:
1) Embarque
2) Histórico
3) Cruzes!
4) o porquê
5) Fala
6) Sombrio
a) 2-5; 1-4; 3-6
b) 1-4; 2-5; 3-6
c) 1-5; 3-4; 2-6
d) 2-3; 5-6; 1-4
e) 3-6; 2-5; 1-4
3) Formação de Palavras: (UFMG) “Achava natural que as gentilezas da esposa chegassem a cativar um
homem”. Os elementos constitutivos da forma verbal destacada estão analisados corretamente, exceto:
a) cheg– radical.
b) -a – vogal temática.
c) chega – tema.
d) -sse – sufxo formador de verbo.
e) –m – desinência número-pessoal.
4) (UFSC) Aponte a alternativa cujas palavras são respectivamente formadas por justaposição, aglutinação
e parassíntese:
a) varapau – girassol – enfaixar
b) pontapé – anoitecer – ajoelhar
c) maldizer – petróleo – embora
d) vaivém – pontiagudo – enfurecer
e) penugem – plenilúdio – despedaça
6) Formação de Palavras: (UFC-CE) Assinale o que for verdadeiro quanto aos processos de formação das
seguintes palavras:
a) São primitivas as palavras verdade, alavanca e lombriga.
b) As palavras infelicidade e interessar são derivados parassintéticos.
c) As palavras invariavelmente, prejuízo e desgraça apresentam prefixo.
d) As palavras segurança, favorável e criatura são formadas por sufixação.
e) A palavra aguardente é composta por justaposição.
7) (Fuvest) Assinale a alternativa em que uma das palavras não é formada por prefixação:
a) readquirir, predestinado, propor.
b) irregular, amoral, demover.
c) remeter, conter, antegozar.
d) irrestrito, antípoda, prever.
e) dever, deter, antever.
9) (UF-Uberlândia) Em qual dos itens abaixo está presente um caso de derivação parassintética:
a) operaçãozinha
b) conversinha
c) principalmente
d) assustadora
e) obrigadinho
10) (FFCL-Santo André) As palavras couve-flor, planalto e aguardente são formadas por:
a) derivação
b) onomatopeia
c) hibridismo
d) composição
e) prefixação
11) (AMAN) Que item contém somente palavras formadas por justaposição?
a) desagradável - complemente
b) vaga-lume - pé-de-cabra
c) encruzilhada - estremeceu
d) supersticiosa - valiosas
e) desatarraxou - estremeceu
12) (PUC-RJ) Marque a opção que indica os processos de formação, presentes nas palavras abaixo, pela
ordem em que aparecem.
COLUNA I
( ) aguardente
( ) casamento
( ) portuário
( ) pontapé
( ) os contras
( ) submarino
( ) hipótese
COLUNA II
(1) justaposição
(2) aglutinação
(3) parassíntese
(4) derivação sufixal
(5) derivação imprópria
(6) derivação prefixal
a) 1, 4, 3, 2, 5, 6, 1
b) 4, 1, 4, 1, 5, 3, 6
c) 1, 4, 4, 1, 5, 6, 6
d) 2, 3, 4, 1, 5, 3, 6
e) 2, 4, 4, 1, 5, 3, 6
17) (MACK) As palavras entardecer, desprestígio e oneroso são formadas, respectivamente, por:
a) prefixação, sufixação e parassíntese
b) sufixação, prefixação e parassíntese
c) parassíntese, sufixação e prefixação
d) sufixação, parassíntese e prefixação
e) parassíntese, prefixação e sufixação
Questão 1
(PUC-SP) No trecho que a seguir transcrevemos, há vários pronomes.
“Com esta história eu vou me sensibilizar, e bem sei que cada dia é um dia roubado da morte. Eu não sou
um intelectual, escrevo com o corpo. E o que escrevo é uma névoa úmida.”
Identifique, nele, dois pronomes demonstrativos, um pronome pessoal do caso reto e um pronome pessoal
do caso oblíquo.
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
Questão 2
(Mackenzie) A colocação do pronome oblíquo está incorreta em:
Questão 3
(PUC-MG) Encontramos pronome indefinido em:
Questão 4
(UFRJ) Numa das frases, está usado indevidamente um pronome de tratamento. Assinale-a:
Questão 5
(PUC) Na frase: “Chegou Pedro, Maria e o seu filho dela”, o pronome possessivo está reforçado para:
Questão 6
(Fuvest) Assinale a alternativa onde o pronome pessoal está empregado corretamente:
Questão 7
(UFPR) Complete com os pronomes e indique a opção correta, dentre as indicadas abaixo:
Questão 8
(Mackenzie) Assinale a alternativa que apresenta erro de colocação pronominal:
Questão 9
(UFMA) Identifique a oração em que a palavra “certo” é pronome indefinido:
Questão 11
(Unirio) Assinale o item que completa convenientemente as lacunas do trecho: A maxila e os dentes deno-
tavam a decrepitude do burrinho; _____ , porém, estavam mais gastos que _____ .
a) esses, aquela
b) estes, aquela
c) estes, esses
d) aqueles, esta
e) estes, esses
Questão 12
(Cesgranrio) Assinale a opção em que o pronome NÃO tem valor reflexivo:
Questão 13
(Cesgranrio) Marque a opção em que a forma pronominal utilizada está INCORRETA.
Questão 14
(Enem) O uso do pronome átono no início das frases é destacado por um poeta e por um gramático nos
textos abaixo.
Pronominais
Dê-me um cigarro
Diz a gramática
Do professor e do aluno
E do mulato sabido
Mas o bom negro e o bom branco
Da Nação Brasileira
“Iniciar a frase com pronome átono só é lícito na conversação familiar, despreocupada, ou na língua escrita
quando se deseja reproduzir a fala dos personagens (…)”.
(CEGALLA. Domingos Paschoal. Novíssima gramática da língua portuguesa. São Paulo: Nacional, 1980.)
Questão 15
(Unicamp-SP) O Partido X dedica-se a essa atividade mais do que nunca. Ocorre que ainda está longe
do desejado, seja por falta de vontade, de vocação ou de incapacidade do partido. Entre outras razões, é
por esse motivo que o dólar sobe. RODRIGUES, Fernando. Folha de S. Paulo, São Paulo, 25 set. 2002.
Parcialmente adaptado.
a) Na primeira oração ocorre uma palavra (um pronome) que permite concluir que o trecho acima não é o
início do texto de Fernando Rodrigues. Qual é a palavra e por que sua ocorrência permite tal conclusão?
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Questão 16
(UFV-MG) Das alternativas abaixo, apenas uma preenche de modo correto as lacunas das frases. Assinale-a.
Questão 17
(FEI-SP) Substitua os termos destacados pelos pronomes oblíquos correspondentes.
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Questão 18
(Mackenzie) “Este inferno de amar - como eu amo! - / Quem mo pôs aqui n’alma ... quem foi? / Esta chama
que alenta e consome, / Que é a vida - e que a vida destrói - / Como é que se veio a atear, / Quando - ai
quando se há-de apagar? (Almeida Garret)
Questão 19
(FCMSCSP) Por favor, passe _____ caneta que está aí perto de você; _____ aqui não serve para _____
desenhar.
a) aquela, esta, mim b) esta, esta, mim c) essa, esta, eu d) essa, essa, mim e) aquela, essa, eu
Questão 20
(UFAM) Assinale o item em que há erro no emprego do pronome pessoal:
Questão 21
Indique a alternativa certa.
a) Há apenas um pronome de tratamento que é utilizado em situações informais. Esse pronome é: senhor(a).
b) Os pronomes de tratamento são usados apenas em situações formais, sem exceção.
c)Vossa Alteza, a Rainha Elizabeth II, está a vossa espera.
d) No aguardo da apreciação de Vossa Senhoria, despeço-me cordialmente.
e) N.D.A.
Questão 22
Reescreva a oração abaixo de modo a eliminar a ambiguidade:
A mãe disse ao filho que a sua atitude não estava correta. De seguida, abraçaram-se.
Questão 23
Reescreva cada uma das orações abaixo em uma só. Utilize pronomes relativos para evitar repetições.
Questão 24
Identifique os pronomes interrogativos nas orações abaixo.
Questão 25
Quais alternativas estão erradas?
Questão 26
Indique a oração em que o pronome oblíquo, em destaque, tem a função de objeto direto.
Questão 27
Complete com os pronomes demonstrativos adequados.
a) Pedro, ______ livro que você está segurando foi o que li nas últimas férias.
b) Queria ler ______ livro que está na última prateleira.
c) ______ livro aqui eu ganhei no meu aniversário, mas ainda não tive vontade de começar a ler.
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Questão 29
Complete as frases abaixo com os pronomes relativos abaixo:
Questão 30
Observe:
O pronome relativo deve vir precedido da preposição exigida pelo termo (nome ou verbo) ao qual se liga.
Exemplo: Este é o texto de que (do qual) lhe falei.
Agora complete as frases com pronomes relativos acompanhados das preposições adequadas.
a) As palavras gosto sempre são ditas por você. (gosto de quê?)
b) Aquele é o rapaz necessitamos para o filme. (necessitamos de quem?)
c) Essas são as frutas apreciamos. (apreciamos o quê?)
d) Este é o filme você assistiu? (assistiu a quê?)
e) Li o fato atribuíram a confusão. (atribuíram a quê?)
f) Resolvi os problemas pensava sempre. (pensava em quê?)
g) Abordei o assunto conversamos. (conversamos sobre o quê?)
h) Esta é uma decisão não concordo. (concordo com quê?)
i) Esta é a moça você se referiu. (referiu-se a quem?)
j) O aluno pedi o favor foi embora. (pedi a quem?)
Questão 31
Qual é a função do pronome relativo que nas orações abaixo?
Questão 32
Assinale a alternativa em que o pronome relativo exerce a função de objeto indireto.
GABARITO/PRONOMES:
03- Alternativa a: “Muitas horas depois, ela ainda permanecia esperando o resultado.”
Comentário: Os pronomes das orações restantes são classificados em:
b) aqueles: pronome demonstrativo;
c) nossa: pronome possessivo;
d) tais: pronome demonstrativo;
e) lhe: pronome pessoal do caso oblíquo.
“por eu e você”: depois de preposição (por), usa-se pronomes pessoais do caso oblíquo tônicos. O correto
seria: A questão deve ser resolvida por mim e ti.
“a si”: aqui houve uma mistura de pessoas (eu voltei - 1.ª pessoa do singular - e si - 3.ª pessoa do singular).
O correto seria: Quando voltei a mim, não sabia onde me encontrava.
O mesmo acontece na 3.ª e na 4.ª oração, de modo que o correto é “Nada mais há entre mim e você.” e “
Sempre houve entendimentos entre mim e ti.”
12- Alternativa d: “as seguintes serão ainda piores… e te farão ir rolando de abismo em abismo”.
Comentário: Essa oração não dá a ideia de que o sujeito pratica uma ação sobre si próprio. Afinal são “as
seguintes (que o) farão ir rolando ao abismo” e não a própria pessoa.
15- A palavra é “essa”, pronome demonstrativo que indica que a atividade já terá sido mencionada no texto.
20- Alternativa c: Estas deliciosas balas de mangarataia, eu as trouxe para ti levares ao Píndaro.
Comentário: O correto seria “Estas deliciosas balas de mangarataia, eu as trouxe para tu levares ao Pín-
daro.”. Isso porque o verbo levar está conjugado na 2.ª pessoa do singular (levares).
22- A mãe disse ao filho que a atitude dele não estava correta. De seguida, abraçaram-se.
ou
A mãe disse ao filho que a atitude dela não estava correta. De seguida, abraçaram-se.
O pronome possessivo “seu/sua” algumas vezes gera ambiguidade. Assim, na oração acima, não é possível
afirmar se a mãe falava da sua própria atitude ou da atitude do filho.
Para evitar isso, podemos utilizar as formas “dele(a)”, que é a contração de “de + pronome pessoal ele(a)”.
23- a) Não assisti o filme de que você falou. (“que” é um pronome relativo invariável)
b) Aguardo resposta acerca do solicitado cuja cópia da requisição reencaminho. (“cuja” é um pronome
relativo variável)
c) As coisas sobre as quais os vizinhos estão falando são verdadeiras. (“as quais” é um pronome relativo
variável)
24- a) qualé pronome interrogativo variável, “daquela” é a contração de “de” + pronome demonstrativo
“aquela”.
b) quanto é pronome interrogativo variável, “meus” é pronome possessivo da 1ª pessoa do singular.
c) quais é pronome interrogativo variável, “nossas” é pronome possessivo da 1ª pessoa do plural.
d)quem é pronome interrogativo invariável, “essa” é pronome demonstrativo feminino singular.
e) que é pronome interrogativo invariável, “algo” é pronome indefinido invariável.
Os pronomes que têm a função de sujeito são os pronomes do caso reto - eu, tu, ele(a), nós, vós, eles(as).
Alternativa d: Ele ajudou eu no que pôde.
Correção: Ele ajudou-me no que pôde.
“Eu” é um pronome pessoal do caso reto. Os pronomes do caso reto nunca têm a função de complemento,
mas sim de sujeito. Nesta oração, o sujeito é “ele”, que pertence ao caso reto.
Os pronomes que têm a função de complemento verbal são os pronomes do caso oblíquo. Neste caso,
“me”, o qual se refere à 1ª pessoa do singular.
27- a) Pedro, esse livro que você está segurando foi o que li nas últimas férias.
O pronome “esse” deve ser usado quando o elemento de que se fala está próximo da pessoa com quem
falamos. Neste caso, o livro está nas mãos do Pedro.
b) Queria ler aquele livro que está na última prateleira.
O pronome “aquele” deve ser usado quando o elemento de que se fala está distante da pessoa que fala e
da pessoa com quem se fala. Neste caso, o livro está na última prateleira da livraria/biblioteca.
c) Este livro aqui eu ganhei no meu aniversário, mas ainda não tive vontade de começar a ler.
O pronome “este” deve ser usado quando o elemento de que se fala está com a pessoa que fala. Neste
caso, o livro está comigo.
28- “A vez primeira quete vi”: pronome pessoal do caso oblíquo, 1ª pessoa do singular
“Era eu menino...”: pronome pessoal do caso reto, 1ª pessoa do singular
“... e tu menina”: pronome pessoal do caso oblíquo, 2ª pessoa do singular
“Sorrias tanto... Havia em ti”: pronome pessoal do caso oblíquo, 2ª pessoa do singular
30- Observe:
O pronome relativo deve vir precedido da preposição exigida pelo termo (nome ou verbo) ao qual se liga.
Exemplo: Este é o texto de que (do qual) lhe falei.
falar de alguma coisa – prep. de exigida pelo verbo.
2. (Ufms 2020) Para responder à questão, leia o fragmento de texto a seguir, observando o comportamento
sintático-semântico das formas verbais destacadas:
Quando Hitler assumiu o poder em 1933, a jovem Hannah Arendt foi impedida de iniciar sua carreira docente
em Berlim. O motivo: a recém-doutora em Filosofia era judia. O regime nazista prenderia a filósofa breve-
mente ainda naquele ano, por resistir à perseguição antissemita. Eram os primeiros passos da Alemanha
para o Holocausto. A situação forçou Arendt a fugir para Paris, e ela foi declarada apátrida pelos alemães.
Essa experiência marcaria sua teoria política e, anos depois, a pensadora teria a oportunidade de analisar
mais de perto a dimensão humana dos responsáveis pelo Holocausto. Polêmicas à parte, sua análise é hoje
referência para a compreensão dos regimes totalitários do século 20.
(70 mulheres que mudaram o mundo, Dossiê SuperInteressante, edição 408-A, out. 2019, p. 16. Com supressões e adaptações).
“O carro furou o pneu e bateu no meio fio, então eles foram obrigados a parar. O refém conseguiu acionar
a população, que depois pegou dois dos três indivíduos e tentaram linchar eles. O outro conseguiu fugir,
mas foi preso momentos depois por uma viatura do 5º BPM”, afirmou o major.
Disponível em https://www.gp1.com.br/.
No português do Brasil, a função sintática do sujeito não possui, necessariamente, uma natureza de agente,
ainda que o verbo esteja na voz ativa, tal como encontrado em:
5. (Famema 2020) Transpondo-se a forma de tratamento para “você”, os versos “Embarca, pobre de ti, /
que há já muito que te espero!” e “Pois digo-te que não quero!” assumem, de acordo com a norma-padrão,
as seguintes redações:
a) “Embarque, pobre de você, / que há já muito que lhe espero!” e “Pois digo-lhe que não quero!”
b) “Embarque, pobre de você, / que há já muito que o espero!” e “Pois digo-lhe que não quero!”
c) “Embarque, pobre de você, / que há já muito que o espero!” e “Pois digo-o que não quero!”
d) “Embarque, pobre de você, / que há já muito que lhe espero!” e “Pois digo à você que não quero!”
e) “Embarque, pobre de você, / que há já muito que espero você!” e “Pois digo-o que não quero!”
6. (Famema 2020) A forma verbal sublinhada expressa ideia de ação em processo no trecho:
a) “e está sendo implantado ou avaliado por Alagoas, Amapá, Espírito Santo e São Paulo” (3º parágrafo).
b) “o governo cearense acionou um incentivo financeiro” (2º parágrafo).
c) “O Ceará, apesar de restrições de renda, destaca-se em alfabetização” (1º parágrafo).
d) “Replicam-se igualmente as boas iniciativas do ensino médio em Pernambuco” (4º parágrafo).
e) essa rede multilateral e multipartidária pela educação é exemplo de como a sociedade pode se mobilizar”
(5º parágrafo).
Um escritor! Um escritor!
Antônio Prata*
Com o jornal numa mão e um guaraná diet na outra, eu caminhava pelas ruas de 1Kiev, desviando de
barricadas e coquetéis molotov, quando a voz no sistema de som me trouxe de volta à poltrona 11C do
Boeing 737: “Atenção, senhores passageiros, caso haja um médico a bordo, favor se apresentar a um de
nossos comissários”.
Foi aquele discreto alvoroço: todos cochichando, olhando em volta, procurando o doente e torcendo por
um doutor, até que, do fundo da aeronave, despontou o nosso herói. Vinha com passos firmes — grisalho,
como convém —, a vaidade disfarçada num leve enfado, como um Clark Kent que, naquele momento, esti-
vesse menos interessado em demonstrar os superpoderes do que em comer seus amendoins.
Um comissário o encontrou no meio do corredor e o levou, apressado, até uma senhora gorducha que
segurava a cabeça e hiperventilava na primeira fileira do avião. O médico se agachou, tomou o pulso, aus-
cultou peito e costas, conversou baixinho com ela, depois falou com a aeromoça. Trouxeram uma caixa de
metal, ele deu um comprimido à mulher e, nem dez minutos mais tarde, voltou pros seus amendoins, sob
os olhares admirados de todos.
Ou de quase todos, pois a minha admiração, devo admitir, foi rapidamente 2fagocitada pela inveja. Ora,
quando a medicina nasceu, com Hipócrates, a história de 3Gilgamesh já circulava pelo mundo havia mais
de dois milênios: desde tempos imemoriais, enquanto o corpo seguia ao deus-dará, a alma era tratada por
mitos, versos, fábulas — e, no entanto...
No entanto, caros leitores, quem aí já ouviu uma aeromoça pedir, ansiosa: “Atenção, senhores passa-
geiros, caso haja um escritor a bordo, favor se apresentar a um de nossos comissários”?
Eu não me abalaria. Fecharia o jornal, sem afobação, poria uma Bic e um guardanapo no bolso, iria até a
senhora gorducha e me agacharia ao seu lado. Conversaríamos baixinho. Ela me confessaria, quem sabe,
estar prestes a reencontrar o filho, depois de dez anos brigados: queria falar alguma coisa bonita pra ele,
mas não era boa com as palavras. Eu faria uma rápida 4anamnese: perguntaria os motivos da briga, 5se o
filho estava mais pra Proust ou pra UFC5, levantaria recordações prazerosas da relação e, antes de tocar-
mos o solo, entregaria à mulher três parágrafos capazes de verter lágrimas até da estátua do Borba Gato.
De volta ao meu lugar, passageiros me cumprimentariam e compartilhariam histórias semelhantes. Uma
jovem mãe me contaria do primo poeta que, num restaurante, ao ouvir os apelos do garçom —”Um escritor,
pelo amor de Deus, um escritor!”—, tinha sido levado até um rapaz apaixonado e conseguido escrever seu
pedido de casamento no cartão de um buquê antes que a futura noiva voltasse do banheiro.
Um senhor comentaria o caso muito conhecido do romancista que, após as súplicas de mil turistas, fora
capaz de convencer 200 tripulantes de um cruzeiro a abandonar o gerúndio.
Eu sorriria, de leve. Diria “Pois é, se você escolheu essa profissão, tem que estar preparado pras emer-
gências”, então recusaria, educadamente, o segundo saquinho de amendoins que a aeromoça me ofereceria
e voltaria, como se nada tivesse acontecido, para as 6bombas da Crimeia, com meu copo de guaraná.
Jornal Folha de São Paulo, 25 mai. 2014 – Disponível em: <https://www1.folha.uol.com.br/colunas/antonioprata/>. Acesso em 27 ago.2019.
Vocabulário de apoio:
1
Kiev: capital e maior cidade da Ucrânia. No trecho: “eu caminhava pelas ruas de Kiev, desviando de bar-
ricadas e coquetéis molotov”, o autor se refere ao tema do livro (Guerra da Crimeia) que ele lia, enquanto
estava no voo. Os termos ‘barricadas’(trincheiras feitas de improviso) e ‘coquetéis molotov’ (tipo de arma
química, geralmente usada em guerrilhas) estão relacionados ao tema da leitura feita pelo autor.
3
No trecho: “a medicina nasceu, com Hipócrates, a história de Gilgamesh”, o autor se refere a Hipócra-
tes – pensador grego, considerado o “pai da Medicina” – e a Gilgamesh - rei da Suméria, mais conhecido
atualmente por ser o personagem principal da Epopeia de Gilgamesh, um épico mesopotâmico preservado
em tabuletas escritas com caracteres cuneiformes (o mais antigo tipo de escrita do mundo).
4
anamnese: lembrança, recordação pouco precisa. No campo da medicina, anamnese é um histórico que
vai desde os sintomas iniciais até o momento da observação clínica, realizado com base nas lembranças
do paciente.
5
No trecho: “se o filho estava mais pra Proust ou pra UFC”, o autor se refere a um escritor francês (Proust,
importante escritor no cenário da literatura mundial) e a UFC, cuja sigla em inglês Ultimate Fighting Cham-
pionship, designa organização de MMA (Artes Marciais Mistas) que produz eventos ao redor de todo o mundo.
6
bombas da Crimeia – referência à Guerra da Crimeia (1853-1856), assunto do livro que o autor lia, durante
o voo.
7. (G1 - cftmg 2020) No trecho: “Eu não me abalaria. Fecharia o jornal, sem afobação, poria uma Bic e um
guardanapo no bolso, iria até a senhora gorducha e me agacharia ao seu lado. Conversaríamos baixinho.”,
o autor empregou o mesmo tempo e o mesmo modo nos verbos grifados para expressar uma
a) situação imaginada a partir da narração.
b) sequência de fatos narrados no passado.
c) ação planejada para o futuro do narrador.
d) imposição de ações aos personagens da cena.
Logo depois que assumi a Secretaria Nacional de Segurança, em 2003, recebi, por vias transversas,
uma mensagem de Luciano, da Rocinha. Ele desejava deixar a vida de traficante e viajar para longe. Tinha
chegado à conclusão de que seu caminho era a perdição: morreria cedo, de modo cruel, em mãos inimigas.
Queria começar de novo e pedia uma chance. Tratara com respeito a comunidade, que era, afinal de contas,
sua família. A violência, ele a usara apenas na medida necessária à proteção de seus negócios. Esse era
seu ponto de vista, sem dúvida demasiado edulcorado. Não obstante a possível autoidealização, o fato é
que explicitá-la, naquele contexto, não deixava de ser significativo, indicando a valorização positiva do lado
certo da vida. Era um negociante clandestino, dizia, não um criminoso selvagem: alguns traziam uísque do
Paraguai; ele vendia outras drogas. Reivindicava uma diferença importante, no mundo do crime carioca.
(Cabeça de porco, 2005.)
8. (Famerp 2020) A forma verbal no pretérito mais-que-perfeito, que indica uma ação, anterior a outra,
ambas ocorridas no passado, está sublinhada em:
a) “morreria cedo, de modo cruel, em mãos inimigas”.
b) “Ele desejava deixar a vida de traficante”.
c) “Esse era seu ponto de vista”.
d) “recebi, por vias transversas, uma mensagem de Luciano, da Rocinha”.
Havia um homem que odiava Van Gogh. Pintor desconhecido, pobre, atribuía todas suas frustrações ao
artista holandês. Enquanto existirem no mundo aqueles horríveis girassóis, aquelas estrelas tumultuadas,
aqueles ciprestes deformados, dizia, não poderei jamais dar vazão ao meu instinto criador.
Decidiu mover uma guerra implacável, sem quartel, às telas de Van Gogh, onde quer que estivessem.
Começaria pelas mais próximas, as do Museu de Arte Moderna de São Paulo.
Seu plano era de uma simplicidade diabólica. Não faria como outros destruidores de telas que entram
num museu armados de facas e atiram-se às obras, tentando destruí-las; tais insanos não apenas não
conseguem seu intento, como acabam na cadeia. Não, usaria um método científico, recorrendo a aliados
absolutamente insuspeitados: os cupins.
Deu-lhe muito trabalho, aquilo. Em primeiro lugar, era necessário treinar os cupins para que atacassem
as telas de Van Gogh. Para isso, recorreu a uma técnica pavloviana. Reproduções das telas do artista, em
tamanho natural, eram recobertas com uma solução açucarada. Dessa forma, os insetos aprenderam a
diferenciar tais obras de outras.
Mediante cruzamentos sucessivos, obteve um tipo de cupim que só queria comer Van Gogh. Para ele
era repulsivo, mas para os insetos era agradável, e isso era o que importava.
Conseguiu introduzir os cupins no museu e ficou à espera do que aconteceria. Sua decepção, contudo,
foi enorme. Em vez de atacar as obras de arte, os cupins preferiram as vigas de sustentação do prédio,
feitas de madeira absolutamente vulgar. E por isso foram detectados.
O homem ficou furioso. Nem nos cupins se pode confiar, foi a sua desconsolada conclusão. É verdade
que alguns insetos foram encontrados próximos a telas de Van Gogh. Mas isso não lhe serviu de consolo.
Suspeitava que os sádicos cupins estivessem querendo apenas debochar dele. Cupins e Van Gogh, era
tudo a mesma coisa.
(O imaginário cotidiano, 2002.)
9. (Unifesp 2020) “Enquanto existirem no mundo aqueles horríveis girassóis, aquelas estrelas tumultuadas,
aqueles ciprestes deformados, dizia, não poderei jamais dar vazão ao meu instinto criador.” (1º parágrafo)
Ao se transpor o trecho para o discurso indireto, os termos sublinhados assumem a seguinte redação:
a) existirem, pode, meu.
b) existissem, poderia, seu.
c) existiam, puderem, meu.
d) existem, poderei, dele.
e) tenham existido, terá podido, seu.
Como a febre amarela rompeu os limites da Floresta Amazônica e alcançou o Sudeste, atingindo os
grandes centros urbanos? A partir do ano passado, o número de casos da doença alcançou níveis sem
precedentes nos últimos cinquenta anos. 1Desde o início de 2017, foram confirmados 779 casos, 262 deles
resultando em mortes. Trata-se do maior surto da forma silvestre da doença já registrado no país. Outros
435 registros ainda estão sob investigação.
Como tudo começou? Os navios portugueses vindos da África nos séculos XVII e XVIII não trouxeram
ao Brasil somente escravos e mercadorias. 2Dois inimigos silenciosos vieram junto: o vírus da febre amarela
e o mosquito Aedes aegypti. A consequência foi uma série de surtos de febre amarela urbana no Brasil,
com milhares de mortos. Por volta de 1940, a febre amarela urbana foi erradicada. Mas o vírus migrou, pelo
trânsito de pessoas infectadas, para zonas de floresta na região Amazônica. No início dos anos 2000, a
febre amarela ressurgiu em áreas da Mata Atlântica. Três teses tentam explicar o fenômeno.
Segundo o professor Aloísio Falqueto, da Universidade Federal do Espírito Santo, “uma pessoa pegou o
vírus na Amazônia e entrou na Mata Atlântica depois, possivelmente na altura de Montes Claros, em Minas
Gerais, onde surgiram casos de macacos e pessoas infectadas”. O vírus teria se espalhado porque os prima-
tas da mata eram vulneráveis: como o vírus desaparece da região na década de 1940, não desenvolveram
12. (Uerj 2019) No quinto parágrafo, são apresentadas duas hipóteses acerca da disseminação da febre
amarela.
A marca verbal que evidencia a formulação dessas hipóteses é o uso de:
a) voz ativa
b) modo subjuntivo
c) futuro do pretérito
d) forma no gerúndio
O caboclo mal-encarado que encontrei um dia em casa do Mendonça também se acabou em desgraça.
Uma limpeza. Essa gente quase nunca morre direito. Uns são levados pela cobra, outros pela cachaça,
outros matam-se.
Na pedreira perdi um. A alavanca soltou-se da pedra, bateu-lhe no peito, e foi a conta. Deixou viúva e
órfãos miúdos. Sumiram-se: um dos meninos caiu no fogo, as lombrigas comeram o segundo, o último teve
angina e a mulher enforcou-se.
Para diminuir a mortalidade e aumentar a produção, proibi a aguardente.
Concluiu-se a construção da casa nova. Julgo que não preciso descrevê-la. As partes principais apare-
ceram ou aparecerão; o resto é dispensável e apenas pode interessar aos arquitetos, homens que prova-
velmente não lerão isto. Ficou tudo confortável e bonito. Naturalmente deixei de dormir em rede. Comprei
móveis e diversos objetos que entrei a utilizar com receio, outros que ainda hoje não utilizo, porque não sei
para que servem.
Aqui existe um salto de cinco anos, e em cinco anos o mundo dá um bando de voltas.
13. (Unesp 2019) Verifica-se o emprego de verbo no modo imperativo no seguinte trecho:
a) “Se eles entram nos trilhos, rodam que é uma beleza. Se não entram, cruzem os braços.” (7º parágrafo)
b) “Minhas senhoras, seu Mendonça pintou o diabo enquanto viveu. Mas agora é isto.” (10º parágrafo)
c) “Para diminuir a mortalidade e aumentar a produção, proibi a aguardente.” (3º parágrafo)
d) “Aqui existe um salto de cinco anos, e em cinco anos o mundo dá um bando de voltas.” (5º parágrafo)
e) “Não senhor, não procedi nem percorri. Tive abatimentos, desejo de recuar; contornei dificuldades: muitas
curvas.” (6º parágrafo)
O lema da tropa
O destemido tenente, no seu primeiro dia como comandante de uma fração de tropa, vendo que alguns
de seus combatentes apresentavam medo e angústia diante da barbárie da guerra, gritou, com firmeza,
para inspirar seus homens a enfrentarem o grupamento inimigo que se aproximava:
– Ou mato ou morro!
Ditas essas palavras, metade de seus homens fugiu para o mato e outra metade fugiu para o morro.
a) acrescentasse preposições, como, por exemplo, “para”, antes dos substantivos, criando locuções adverbiais.
b) acrescentasse determinantes às palavras, como, por exemplo, o artigo definido “o” antes dos substantivos.
c) conjugasse os verbos pronunciados no tempo presente do modo indicativo.
d) pronunciasse as palavras considerando-as como verbos na forma nominal do infinitivo.
pai, a mãe e ele, um garoto de 13 anos. Chamaram o médico da família. 3E aguardaram. E aguardaram. E
aguardaram. 4Até que o garoto escutou um barulho lá fora. É ele que conta, hoje, adulto: 5Nunca na vida
ouvira um som mais lindo, mais calmante, do que os pneus daquele carro amassando as folhas de outono
empilhadas junto ao meio-fio.
6
Inesquecível, para o menino, foi ouvir o som do carro do médico se aproximando, o homem que salvaria
seu pai. Na mesma hora em que li esse relato, imaginei um sem-número de sons que nos confortam. A
começar pelo choro na sala de parto. Seu filho nasceu. E o mais aliviante para pais que possuem adoles-
centes baladeiros: 7o barulho da chave abrindo a fechadura da porta. Seu filho voltou.
E pode parecer mórbido para uns, masoquismo para outros, mas há quem mate a saudade assim: ouvindo
pela enésima vez 8o recado na secretária eletrônica de alguém que já morreu.
Deixando a categoria dos sons magnânimos para a dos sons cotidianos: a voz no alto-falante do aero-
porto dizendo que a aeronave já se encontra em solo e o embarque será feito dentro de poucos minutos.
9
O sinal, dentro do teatro, avisando que as luzes serão apagadas e o espetáculo irá começar.
O telefone tocando exatamente no horário que se espera, conforme o combinado. 10Até a musiquinha
que antecede a chamada a cobrar pode ser bem-vinda, se for grande a ansiedade para se falar com alguém
distante.
O barulho da chuva forte no meio da madrugada, quando você está no quentinho da sua cama.
Uma conversa em outro idioma na mesa ao lado da sua, provocando a falsa sensação de que você está
viajando, de férias em algum lugar estrangeiro. E estando em algum lugar estrangeiro, ouvir o seu idioma
natal sendo falado por alguém que passou, fazendo você lembrar que o mundo não é tão vasto assim.
11
O toque do interfone quando se aguarda ansiosamente a chegada do namorado. Ou mesmo a chegada
da pizza.
O aviso sonoro de que entrou um torpedo no seu celular.
12
A sirene da fábrica anunciando o fim de mais um dia de trabalho.
13
O sinal da hora do recreio.
14
A música que você mais gosta tocando no rádio do carro. Aumente o volume.
O aplauso depois que você, nervoso, falou em público para dezenas de desconhecidos.
15
O primeiro eu te amo dito por quem você também começou a amar.
E o mais raro de todos: o silêncio absoluto.
MEDEIROS, Martha. Feliz por nada. São Paulo: L&PM Editores, 2011.
15. (Uece 2019) A respeito do verbo flexionado em “Nunca na vida ouvira um som mais lindo [...]” (ref. 5),
é correto dizer que
22 de maio
1
Eu hoje estou triste. 2Estou nervosa. 3Não sei se choro ou saio correndo sem parar até cair inconciente.
É que hoje amanheceu chovendo. E eu não saí para arranjar dinheiro. Passei o dia escrevendo. Sobrou
macarrão, eu vou esquentar para os meninos. 4Cosinhei as batatas, eles comeram. 5Tem uns metais e um
pouco de ferro que eu vou vender no Seu Manuel. Quando o João chegou da escola eu mandei ele vender
os ferros. Recebeu 13 cruzeiros. Comprou um copo de água mineral, 2 cruzeiros. Zanguei com ele. 6Onde
já se viu favelado com estas finezas?
... Os meninos come muito pão. Eles gostam de pão mole. Mas quando não tem eles comem pão duro.
Duro é o pão que nós comemos. 7Dura é a cama que dormimos. Dura é a vida do favelado.
Oh! São Paulo rainha que 8ostenta vaidosa a tua coroa de ouro que são os arranha-céus. Que veste
9
viludo e seda e calça meias de algodão que é a favela.
...O dinheiro não deu para comprar carne, eu fiz macarrão com cenoura. 10Não tinha gordura, ficou hor-
rível. A Vera é a única que reclama e pede mais. E pede:
11
– Mamãe, 12vende eu para a Dona Julita, porque lá tem comida gostosa.
Eu sei que existe brasileiros aqui dentro de São Paulo que sofre mais do que eu. Em junho de 1957 eu
fiquei doente e percorri as sedes do Serviço Social. Devido eu carregar muito ferro fiquei com dor nos rins.
Para não ver meus filhos passar fome eu fui pedir auxílio ao 13propalado Serviço Social. Foi lá que 14eu vi
as lagrimas deslisar dos olhos dos pobres. Como é pungente ver 15os dramas que ali se desenrola. A ironia
com que são tratados os pobres. 16A única coisa que eles querem saber são os nomes e os endereços dos
pobres.
JESUS, Carolina Maria de. Quarto de Despejo: diário de uma favelada. 10ª ed. São Paulo: Ática, pp. 41 e 42.
16. (Udesc 2019) Analise as proposições em relação ao trecho apresentado e assinale (V) para verdadeira
e (F) para falsa.
( ) Em “Onde já se viu favelado com estas finezas?” (ref. 6) as palavras destacadas são, na morfologia,
sequencialmente, pronome interrogativo, advérbio, conjunção subordinada integrante, preposição e pronome
demonstrativo.
( ) A obra retrata que Carolina era uma mulher forte, com planos e objetivos determinados e que em
momento algum, durante o período em que viveu na favela, deixou-se abater pela pobreza e pelas dificul-
dades encontradas.
( ) Da estrutura “A única coisa que eles querem saber são os nomes e os endereços os pobres” (ref. 16)
percebe-se a crítica de Carolina em relação à assistência social aos necessitados, uma crítica aos órgãos
governamentais assistencialistas para quem deles precisa.
( ) Da leitura do período “vende eu para a Dona Julita, porque lá tem comida” (ref. 12), infere-se que a
maior necessidade da família de Carolina é a sobrevivência, e que a maior mazela da classe social, a que
Carolina pertence, é a fome.
a) V – V – F – F – V
b) F – F – V – V – V
c) F – V – F – V – V
d) V – V – V – V – F
e) F – V – V – V – F
Meu lugar
O meu lugar
é sorriso, é paz e prazer
o seu nome é doce dizer
Madureira
Letra transcrita e adaptada a partir da audição de “Meu lugar”, composta porArlindo Cruz e José Mauro Diniz, e lançada no álbum Batuques
do meu lugar, em 2012.
17. (G1 - cp2 2019) Em português, o verbo “ser” pode formar predicados nominais, qualificando o sujeito,
ou predicados verbais. Assinale a opção em que o verbo “ser” forma um predicado verbal:
a) “é bem perto de Oswaldo Cruz.” (v. 11)
b) “é eterno no meu coração.” (v. 22)
c) “é difícil esquecer.” (v. 20)
d) “é doce dizer.” (v. 15)
Charles Baudelaire, poeta do século XIX, é autor do livro As Flores do Mal. Nele, seus poemas abordam
temas que questionam as convenções morais da sociedade francesa, sendo, por isso, tachado como obs-
ceno, como um insulto aos bons costumes da época. A partir dele, originaram-se na França os chamados
“poetas malditos”.
a) o primeiro apresenta um desvio da norma culta, pois utiliza a terceira pessoa nos verbos “visualize” e
“responda”, mas utiliza o pronome da segunda pessoa, “te”, sendo, contudo, adequado ao ambiente informal.
b) o segundo seria adequado ao diálogo formal das _ ores com o poeta se fosse “Que as maratonas sejam
assistidas nos dias úteis!”, devido ao teor religioso das falas.
c) o terceiro apresenta o conteúdo adequado a hábitos de vida saudável para a personagem, representando
a necessidade de abstenção de atitudes agradáveis.
d) os três apresentam análises críticas sobre o comportamento humano, utilizando a variedade culta da
linguagem para expressar o discurso típico da poesia.
e) os três apresentam verbos conjugados no subjuntivo para expressar desejos do poeta que só podem ser
verbalizados pelas Flores do Mal.
19. (G1 - cps 2019) O verbo “ajudar”, utilizado nas falas das personagens, está conjugado em modo e tempo
verbais diferentes.
Identifique a alternativa em que o modo e o tempo desse verbo estão analisados correta e respectivamente.
a) Ajuda, presente do indicativo, ajudo, pretérito perfeito do indicativo.
b) Ajuda, presente do subjuntivo, ajudo, presente do subjuntivo.
c) Ajuda, pretérito do subjuntivo, ajudo, presente do indicativo.
d) Ajuda, imperativo afirmativo, ajudo, presente do indicativo.
e) Ajuda, imperativo afirmativo, ajudo, futuro do indicativo.
A Assembleia Geral da ONU reconheceu em 2010 que o acesso à água potável e ao esgotamento sani-
tário é indispensável para o pleno gozo do direito à vida. É preciso, para tanto, fazê-lo de modo financeira-
mente acessível e com qualidade para todos, sem discriminação. Também obriga os Estados a eliminarem
progressivamente as desigualdades na distribuição de água e esgoto entre populações das zonas rurais
ou urbanas, ricas ou pobres.
No Brasil, dados do Ministério das Cidades indicam que cerca de 35 milhões de brasileiros não são
atendidos com abastecimento de água potável, mais da metade da população não tem acesso à coleta de
esgoto, e apenas de todo o esgoto gerado são tratados. Aproximadamente da população que compõe o
déficit de acesso ao abastecimento de água possuem renda domiciliar mensal de até salário mínimo por
morador, ou seja, apresentam baixa capacidade de pagamento, o que coloca em pauta o tema do saneamento
20. (Espcex (Aman) 2019) “Desde 2007, quando foi criado o Ministério das Cidades, identificam-se avanços
importantes na busca de diminuir o deficit já crônico em saneamento”.
GABARITO/VERBOS:
1 – “Se tu me convidares para jantar e tocares uma de minhas canções para me agradar, juro que vou
embora”.
2 – “Por sua reconhecida importância estratégica para a vida das pessoas e do País, a educação é apre-
sentada como prioridade nos diferentes programas de candidatos a cargos executivos e legislativos”.
Iniciando-se o período acima por A educação é apresentada como prioridade o segmento grifado terá o
mesmo sentido original, com outras palavras, em:
a) Para que fosse reconhecida importância estratégica para a vida das pessoas e do País.
b) Caso seja reconhecida importância estratégica para a vida das pessoas e do País.
c) Devida à sua reconhecida importância estratégica para a vida das pessoas e do País.
d) Conquanto seja reconhecida importância estratégica para a vida das pessoas e do País.
e) Embora seja reconhecida importância estratégica para a vida das pessoas e do país.
4 – “O aparelho de televisão está na sala, no quarto, na cozinha de pelo menos 92% dos lares brasileiros,
segundo dados do Ibope. Se a criança é educada por essa mídia, a melhora na qualidade da programação
se impõe como obrigação ética de toda a sociedade.”
5 – “Um importante aspecto da experiência dos outros na vida cotidiana é o caráter direto ou indireto dessa
experiência. Em qualquer tempo é possível distinguir entre companheiros com os quais tive uma atuação
comum de situações face a face e outros que são meros contemporâneos, dos quais tenho lembranças
mais ou menos detalhadas, ou que conheço simplesmente de oitiva. Nas situações face a face tenho a
evidência direta de meu companheiro, de suas ações, atributos, etc. Já o mesmo não acontece no caso de
contemporâneos, dos quais tenho um conhecimento mais ou menos digno de confiança.”
a) Entretanto.
b) Como.
c) À medida que.
d) Se.
e) Quando.
6 – “Todas as tarefas foram cumpridas, por conseguinte o professor deu um longo intervalo para os alunos
descansarem.” A conjunção que substitui o termo sublinhado é:
a) Conquanto.
b) Porquanto.
c) Logo.
d) Entretanto.
7 – “Aridez no Nordeste pode levar a uma migração em massa e redistribuição de doenças”. (O Estado de
São Paulo, 07.04.2007).
No trecho acima, observa-se uma relação de causa e consequência entre os fatos. Assinale a alternativa
que estabelece essa relação e reescreva o trecho, de acordo com a norma culta.
a) Quando houver aridez no Nordeste, poderá haver migração em massa e redistribuição de doenças.
b) Como há aridez no Nordeste, poderá haver migração em massa e redistribuição de doenças.
c) Há aridez no Nordeste com migração em massa e redistribuição de doenças.
a) Não há dúvida de que haverá esse impacto na população, entretanto não se sabe quando, onde e como.
b) Não há dúvida de que haverá esse impacto na população porque não se sabe quando, onde e como.
c) Não há dúvida de que haverá esse impacto na população e com isso não se sabe quando, onde e
como.
d) Não há dúvida de que haverá esse impacto na população, dessa forma não se sabe quando, onde
e como.
e) Não há dúvida de que haverá esse impacto na população, logo que souber quando, onde e como.
9 – Assinale a alternativa que reescreve, corretamente, a oração em destaque, de acordo com o sentido do
contexto: - Ao espremer uma pessoa com alto teor da vaidade, obtém-se um suco de nada.
a) Por ter se espremido uma pessoa com alto teor de vaidade, obtém-se um suco de nada.
b) Assim que se espremeu uma pessoa com alto teor de vaidade, obter-se-á um suco de nada.
c) Quando se espreme uma pessoa com alto teor de vaidade, obtém-se um suco de nada.
d) Por mais que se espremeu uma pessoa com alto teor de vaidade, obter-se-á um suco de nada.
e) Quanto mais se espremer uma pessoa com alto teor de vaidade, mais se obteve um suco de nada.
...............tenham se deparado com vários tipos de preconceito, os jovens do Grupo Cultural Azulim
lutam................alcançar seus ideais,..................suas convicções são mais firmes que os obstáculos.
11 –(Enem)Os filhos de Ana eram bons, uma coisa verdadeira e sumarenta. Cresciam, tomavam banho,
exigiam para si, malcriados, instantes cada vez mais completos. A cozinha era enfim espaçosa, o fogão
enguiçado dava estouros. O calor era forte no apartamento que estavam aos poucos pagando. Mas o
vento batendo nas cortinas que ela mesma cortara lembrava-lhe que se quisesse podia parar e enxugar
a testa, olhando o calmo horizonte. Como uma lavrador. Ela plantara as sementes que tinha na mão, não
outras, mas essas apenas.
LISPECTOR, C.Laços de família. Rio de Janeiro: Rocco, 1998.
A autora emprega por duas vezes o conectivo mas no fragmento apresentado. Observando aspectos da
organização, estruturação e funcionalidade dos elementos que articulam o texto, o conectivo mas:
Oportunamente serão divulgados os resultados de tão importante encontro, mas enquanto nordestinos e
alagoanos sentimos na pele e na alma a dor dos mais altos índices de sofrimento da infância mais pobre.
Nosso Estado e nossa região padece de índices vergonhosos no tocante à mortalidade infantil, à educação
básica e tantos outros indicadores terríveis.
Gazeta de Alagoas, seção Opinião, 12 out. 2010.
Em que alternativa a seguir, a conjunção “enquanto” apresenta o mesmo sentido expresso no parágrafo?
a) “Enquanto era jovem, viveu intensamente.”
b)”Dorme enquanto eu velo...” (Fernando Pessoa)
c) “João enriquece, enquanto o irmão cai na miséria.”
d) “A gramática é o estudo da língua enquanto sistema...” (Sílvio Elia)
e) “Eu trabalhava enquanto ele dormia a sono solto.”
13 – (Enem)
O Flamengo começou a partida no ataque, enquanto o Botafogo procurava fazer uma forte marcação no
meio-campo e tentar lançamentos para Victor Simões, isolado entre os zagueiros rubro-negros. Mesmo com
mais posse de bola, o time dirigido por Cuca tinha grande dificuldade de chegar à área alvinegra por causa
do bloqueio. montado pelo Botafogo na frente da sua área.
No entanto, na primeira chance rubro-negra, saiu o gol. Após cruzamento da direita de Ibson, a zaga
alvinegra rebateu a bola de cabeça para o meio da área. Kléberson apareceu na jogada e cabeceou por
cima do goleiro Renan. Ronaldo Angelim apareceu nas costas da defesa e empurrou para o fundo da rede
quase que em cima da linha: Flamengo 1 a 0.
O texto, que narra uma parte do jogo final do Campeonato Carioca de futebol, realizado em 2009, contém
vários conectivos, sendo que:
a) após é conectivo de causa, já que apresenta o motivo de a zaga alvinegra ter rebatido a bola de cabeça.
b) enquanto tem um significado alternativo, porque conecta duas opções possíveis para serem aplicadas
no jogo.
c) no entanto tem significado de tempo, porque ordena os fatos observados no jogo em ordem cronológica
de ocorrência.
d) mesmo traz ideia de concessão, já que “com mais posse de bola” ter dificuldade não é algo naturalmente
esperado.
e) por causa de indica consequência, porque as tentativas de ataque do Flamengo motivaram o Botafogo
a fazer um bloqueio.
GABARITO/CONJUNÇÕES:
1–B 9–C
2–C 10 – C
3–E 11 – E
4–E 12 – D
5–A 13 – D
6–C
7– B
8–A
1. (CESGRANRIO) Assinale o par de vocábulos que formam o plural como órfão e mata-burro, respectivamente:
a) cristão / guarda-roupa d) tabelião / sexta-feira
b) questão / abaixo-assinado e) cidadão / salário-família
c) alemão / beija-flor
2. (U-UBERLÂNDIA) Relativamente à concordância dos adjetivos compostos indicativos de cor, uma, dentre
as seguintes, está errada. Qual?
a) saia amarelo-ouro d) caixa vermelha-sangue
b) papel amarelo-ouro e) caixas vermelho-sangue
c) caixa vermelho-sangue
8. (UF-UBERLÂNDIA) Na sentença “Há frases que contêm mais beleza do que verdade”, temos grau:
a) comparativo de superioridade
b) superlativo absoluto sintético
c) comparativo de igualdade
d) superlativo relativo
10. (UM-SP) Aponte a alternativa em que haja erro quanto à flexão do nome composto:
a) vice-presidentes, amores-perfeitos, os bota-fora
b) tico-ticos, salários-família, obras-primas
c) reco-recos, sextas-feiras, sempre-vivas
d) pseudo-esferas, chefes-de-seção, pães-de-ló
e) pisca-piscas, cartões-postais, mulas-sem-cabeças
11. (UF-PR)
I - O cônjuge se aproximou.
II - O servente veio atender-nos.
III - O gerente chegou cedo.
12. (UM-SP) Em qual das alternativas colocaríamos o artigo definido feminino para todos os substantivos?
a) sósia - doente - lança-perfume
b) dó - telefonema - diabetes
c) clã - eclipse - pijama
d) cal - elipse - dinamite
e) champanha - criança - estudante
13. (CFET-PR) Assinale a alternativa que contém o superlativo dos seguintes adjetivos: nobre, pobre, doce,
amável, sagrado:
a) nobérrimo, paupérrimo, docíssimo, amabilíssimo, sagradíssimo
b) nobilíssimo, paupérrimo, dulcíssimo, amabilíssimo, sacratíssimo
c) nobilíssimo, pobréssimo, docíssimo, amavelíssimo, sagradíssimo
d) nobérrimo, paupérrimo, docérrimo, amabilíssimo, sagradíssimo
e) nobilíssimo, pobríssimo, docíssimo, amavelíssimo, sagradíssimo
17. (FMU) Os plurais álcoois, caracteres e anões, respectivamente de álcool, caráter e anão são:
a) todos corretos d) incorretos os dois últimos
b) todos incorretos e) correto o primeiro e o último
c) corretos os dois últimos
18. (UF-PR) As frases deverão ter suas lacunas preenchidas conforme o modelo: A lua não é constante - é
inconstante. Assim:
19. (FMU) Nas orações: “Este livro é melhor do que aquele”; “Este livro é mais lido que aquele”, há os graus
comparativos:
a) de superioridade, respectivamente sintético e analítico
b) de superioridade, ambos analíticos
c) de superioridade, ambos sintéticos
d) relativos
e) superlativos
20. (CESGRANRIO) Assinale a opção em que ambos os termos não admitem flexão de gênero:
a) inglesa pálida d) semelhante criatura
b) jovem leitor e) moça ideal
c) alguns mestres
21. (OBJETIVO) Uma das palavras apresenta erro de flexão, indique a alternativa:
a) porta-bandeiras, mapas-múndi
b) salvos-condutos, papéis-moeda
c) salários-família, vice-diretores
d) guarda-civis, afro-brasileiros
e) mãos-de-obra, obras-primas
23. (UDIA) - Dentre os plurais de nomes compostos aqui relacionados, há um que está errado. Qual?
a) escolas-modelo d) guardas-noturnos
b) quebra-nozes e) redatores-chefes
c) chefes-de-sessões
24. (ETF-SP) Assinalar a forma correta do plural de “O cristão vê, no cesto, apenas um peixinho e um
pãozinho”:
a) Os cristãos veem nos cestos apenas uns peixinhos e uns pãezinhos.
b) Os cristões vêm nos cestos apenas uns peixinhos e uns pãezinhos.
c) Os cristãos vêm nos cestos apenas uns peixinhos e uns pãozinhos.
d) Os cristãos vêem nos cestos apenas uns peixinhos e uns pãozinhos.
e) Os cristães vêem nos cestos apenas uns peixinhos e uns pãozinhos.
25. (UFF) Assinale a única série de duplas singular-plural em que existe uma forma incorreta:
a) cidadão - cidadões d) corrimão - corrimões
b) cônsul - cônsules e) olho-de-sogra - olhos-de-sogra
c) projétil - projéteis
26. (CARLOS CHAGAS) Assinale a alternativa em que as formas do plural de todos os substantivos se
apresentam de maneira correta:
a) alto-falantes, coraçãozinhos, afazeres, víveres
b) espadas, frutas-pão, pé-de-moleques, peixe-bois
c) vaivéns, animaizinhos, beija-flores, águas-de-colônia
d) animalzinhos, vaivéns, salários-família, pastelzinhos
e) guardas-chuvas, guarda-costas, guardas-civis, couves-flores
27. (TRE-RJ) Segue a mesma regra de formação do plural de cidadãoo seguinte substantivo:
a) botão d) tabelião
b) vulcão e) escrivão
c) cristãos
28. (TRE-MG) O elemento mórfico sublinhado não é desinência de gênero, que marca o feminino, em:
a) tristonha d) perdedoras
b) mestra e) loba
c) telefonema
29. (SÃO JUDAS) O plural de blusa verde-limão, calça azul pavão e blusão vermelho-cereja é:
a) blusas verde-limões, calças azul-pavões, blusões vermelho-cerejas
b) blusas verde-limões, calças azul-pavões, blusões vermelhos-cerejas
c) blusas verde-limão, calças azul-pavão, blusões vermelho-cereja
d) blusas verde-limão, calças azuis-pavão, blusões vermelhas-cereja
e) blusas verde-limão, calças azuis-pavão, blusões vermelho-cereja
31. (UM-SP) Em qual das alternativas todas as palavras pertencem ao gênero masculino?
a) dinamite, agiota, trema, cal
b) dilema, perdiz, tribo, axioma
c) eclipse, telefonema, dó, aroma
d) estratagema, bílis, omoplata, gengibre
e) sistema, guaraná, rês, anátema
35. (UM-SP) Indique o período que não contém um substantivo no grau diminutivo:
36. (UM-SP) Numa das seguintes frases, há uma flexão de plural errada:
a) Os escrivães serão beneficiados por esta lei.
b) O número mais importante é o dos anõezinhos.
c) Faltam os hifens nesta relação de palavras.
40. (UEPG-PR) Palavras que, originalmente diminutivos ou aumentativos, perderam essa acepção e se
constituem hoje em formas normais, independentes do termo derivante:
a) pratinho, papelzinho, livreco, barcaça
b) tampinha, cigarrilha, estantezinha, elefantão
c) cartão, flautim, lingueta, cavalete
d) chapelão, bocarra, vidrinho, martelinho
e) palhacinho, narigão, beiçorra, boquinha
GABARITO/FLEXÃO NOMINAL:
1. Considere a frase “Ele andava triste porque não encontrava a companheira” – os verbos grifados
são respectivamente:
a) transitivo direto – de ligação;
b) de ligação – intransitivo;
c) de ligação – transitivo indireto;
d) transitivo direto – transitivo indireto;
e) de ligação – transitivo direto.
4. Em: “Dulce considerou calada, por um momento, aquele horrível delírio”, os termos grifados são
respectivamente:
a) objeto direto – objeto direto;
b) predicativo do sujeito – adjunto adnominal;
c) adjunto adverbial – objeto direto;
d) adjunto adverbial – adjunto adnominal;
e) objeto indireto – objeto direto.
5. Assinale a alternativa correta: “para todos os males, há dois remédios: o tempo e o silêncio”, os
termos grifados são respectivamente:
a) sujeito – objeto direto;
b) sujeito – aposto;
c) objeto direto – aposto;
d) objeto direto – objeto direto;
e) objeto direto – complemento nominal.
6.“Usando do direito que lhe confere a Constituição”, as palavras grifadas exercem a função res-
pectivamente de:
a) objeto direto – objeto direto;
b) sujeito – objeto direto;
c) objeto direto – sujeito;
d) sujeito – sujeito;
e) objeto direto – objeto indireto.
9. Em: “Cravei-lhe os dentes na carne, com toda a força que eu tinha”, a palavra “que” tem função
morfossintática de:
a) pronome relativo – sujeito;
b) conjunção subordinada – conectivo;
c) conjunção subordinada – complemento verbal;
d) pronome relativo – objeto direto;
e) conjunção subordinada – objeto direto.
10. Assinale a alternativa em que a expressão grifada tem a função de complemento nominal:
a) a curiosidade do homem incentiva-o a pesquisa;
b) a cidade de Londres merece ser conhecida por todos;
c) o respeito ao próximo é dever de todos;
d) o coitado do velho mendigava pela cidade;
e) o receio de errar dificultava o aprendizado das línguas.
12. “E não se diga que Mário Quintana haja sido insensívelàs legítimas exigênciasda poética con-
temporânea”. O termo grifado desempenha a função de:
a) objeto direto;
b) sujeito;
c) adjunto adnominal;
d) complemento nominal;
e) objeto indireto.
13. “O sol entra cada dia mais tarde, pálido, fraco, oblíquo”
“O sol brilhou um pouquinho pela manhã”.
21.“Amo essas montanhas,uma a uma, com exceção apenas do morro do Cantagalo, cujo volume
é desagradável e pesado”, o termo grifado é:
a) aposto;
b) objeto indireto;
c) objeto direto;
d) adjunto adverbial;
e) predicativo do objeto.
22. Em “Meu maior desejo é que ela volte logo”, a oração grifada exerce a função sintática de:
a) sujeito;
b) objeto direto;
c) objeto indireto;
d) predicativo;
e) complemento nominal.
24. Na oração “Você ficará tuberculoso, de tuberculose morrerá”, as palavras grifadas são,
respectivamente:
a) adjunto adverbial de modo, adjunto adverbial de causa;
b) objeto direto, objeto indireto;
c) predicativo do sujeito, adjunto adverbial;
d) ambas predicativas;
e) n.d.a.
GABARITO/SINTAXE-TERMOS DA ORAÇÃO:
4-As orações coordenadas aditivas expressam a ideia de soma. A alternativa abaixo que não apresenta
essa ideia é
a) Ora gosta de pizza, ora gosta de hambúrguer.
b) Gosta de museu, bem como de teatro.
c) Jéssica conheceu Portugal e Espanha.
d) Não faz nem deixa ninguém fazer.
e) Gosta de ficar em casa, como também gosta de sair.
7-Faço todos os trabalhos de casa de manhã, ___ fico com a tarde livre. A lacuna acima não pode ser
substituída pela conjunção:
a) pois
b) consequentemente
c) logo
d) assim
e) contudo
8-As conjunções coordenadas são aquelas utilizadas para ligar as orações coordenadas e dependendo
da função que exercem na frase podem ser: aditivas, adversativas, alternativas, conclusivas e explicativas.
Assinale a alternativa incorreta sobre a classificação da conjunção utilizada:
9- (UNlMFP-SP) “Mauro não estudou nada e foi aprovado”. Apesar do e, normalmente aditivo, a oração
sublinhada é:
a) adversativa
b) conclusiva
c) explicativa
d) alternativa
e) causal
10- (FCMMG) “Somos pacifistas mas não abrimos mão de estudos e manipulações científicas que se entre-
laçam, quer para fins bélicos ou pacíficos”.
A conjunção mas, destacada no fragmento, estabelece relação lógico-semântica de
11- (Fuvest) Dentre os períodos transcritos abaixo, um é composto por coordenação e contém uma oração
coordenada sindética adversativa. Assinalar a alternativa correspondente a esse período.
a) A frustração cresce e a desesperança não cede.
b) O que dizer sem resvalar para o pessimismo, a crítica pungente ou a auto absolvição?
c) É também ocioso pensar que nós, da tal elite, temos riqueza suficiente para distribuir.
d) Sejamos francos.
e) Em termos mundiais somos irrelevantes como potência econômica, mas ao mesmo tempo extremamente
representativos como população.
12- (Fuvest) Considerando-se a relação lógica existente entre os dois segmentos dos provérbios adiante
citados, o espaço pontilhado NÃO poderá ser corretamente preenchido pela conjunção MAS, apenas em:
a) Morre o homem, (...) fica a fama.
b) Reino com novo rei (...) povo com nova Iei.
c) Por fora bela viola, (...) por dentro pão bolorento.
d) Amigos, amigos! (...) negócios à parte.
e) A palavra é de prata, (...) o silêncio é de ouro.
13- (UERJ)”A Internet é o portal da nova era, mas apenas 3% da população brasileira têm hoje acesso à rede.”
(‘O Globo’. 09/07/2000)
Analisando o emprego do conectivo MAS na construção acima, é possível concluir que, além de ligar duas
partes da frase, ele desempenha a seguinte função:
a) são semelhantes: os índices eram muito altos em 1992 e continuam altos em 2008.
b) estão em oposição: mesmo altos, os índices de 2008 revelam uma melhoria em relação a 1992.
c) são contraditórios: os dados de 2008 mostram resultados opostos ao que se poderia prever a partir dos
dados de 1992.
d) apontam para direções contrárias: revelam um retrocesso na adequação das moradias entre 1992 e 2008.
e) são complementares: os índices de 2008 eram previsíveis a partir dos dados de 1992.
15- (UFSM) Assinale a sequência de conjunções que estabelecem, entre as orações de cada item, uma
correta relação de sentido.
16- (IFAL) “Não queria arrancar-lhe as ilusões. Também ele, em criança, e ainda depois, foi supersticioso,
teve um arsenal inteiro de crendices, que a mãe lhe incutiu e que aos vinte anos desapareceram. No dia
em que deixou cair toda essa vegetação parasita, e ficou só o tronco da religião, ele, como tivesse recebido
da mãe ambos os ensinos, envolveu-os na mesma dúvida, e logo depois em uma só negação total. Camilo
não acreditava em nada. Por quê? Não poderia dizê-lo, não possuía um só argumento; limitava-se a negar
tudo. E digo mal, porque negar é ainda afirmar, e ele não formulava incredulidade; diante do mistério, con-
tentou-se em levantar os ombros, e foi andando.”
(MACHADO DE ASSIS. Obras completas em quatro volumes, volume 2. São Paulo: Editora Nova Aguilar, 2015, p. 435)
Assinale a opção em que não haja correspondência de ideias com a frase: “E digo mal, porque negar é
ainda afirmar...”
a) E digo mal, pois que negar é ainda afirmar...
b) E digo mal, porquanto negar é ainda afirmar...
c) E digo mal, pois negar é ainda afirmar...
d) E digo mal, visto que negar é ainda afirmar...
e) E digo mal, conquanto negar é ainda afirmar...
17- (FGV-SP) Os períodos abaixo estão apresentados sem ordem alguma. Organize-os e indique a alternativa
em que a sequência dos números recompõe adequadamente a ordem lógica em que eles deveriam ocorrer.
a) 4-2-3-5-1-6
b) 4-2-5-3-1-6
c) 2-1-6-4-3-5
d) 2-5-6-4-1-3
e) 4-6-5-3-2-1
18- (FGV) “Pastora de nuvens, fui posta a serviço por uma campina tão desamparada que não principia
nem também termina, e onde nunca é noite e nunca madrugada.
Esse trecho faz parte de um poema de Cecília Meireles, intitulado Destino, uma espécie de profissão de
fé da autora.
O conjunto das duas orações coordenadas que compõem o segundo verso da segunda estrofe - “que olhais
para o sol e encontrais direção” - tem sentido
a) explicativo
b) comparativo
c) condicional
d) concessivo
e) temporal
19- (ITA)Parei num cruzamento. Lembrei-me do garoto do porão. Se um dia eu precisasse fugir, tentaria
levá-lo comigo. Queria dar a ele uma chance. Atravessei a rua e me lembrei de como eu era diferente, ape-
nas algumas semanas atrás. Não vacilava ao receber uma ordem, por mais incompreensível que fosse. Ler
algumas páginas do diário do Dr. Bertonni foi o mesmo que virar o mundo pelo avesso. Eu tinha direito a
ração, casa e trabalho. Pensava que fosse feliz por isso. Enquanto desvendava a história do mundo, através
dos antigos jornais e pelo diário, era tomado pelo medo. Muitas vezes pensei ter perdido a felicidade por
saber tanto. Mas agora eu percebo: meses atrás eu não era feliz, mas apenas ignorante.
Costa, Marcos Túlio. O CANTO DA AVE MALDITA. Rio de Janeiro: Record, 1986.
Nesse mesmo texto, assinale a opção correspondente a função da conjunção ‘mas’ na última linha do texto:
a) Estabelece uma oposição entre felicidade e ignorância.
b) Opõe o tempo presente ao tempo passado.
c) Opõe perceber a conhecer.
d) Complementa a ideia de felicidade com a ideia de ignorância.
e) Contrapõe a vida pregressa do narrador a uma certa noção de ignorância.
20- (Enem) Cultivar um estilo de vida saudável é extremamente importante para diminuir o risco de infarto,
mas também como de problemas como morte súbita e derrame. Significa que manter uma alimentação
saudável e praticar atividade física regularmente já reduz, por si só, as chances de desenvolver vários pro-
blemas. Além disso, é importante para o controle da pressão arterial, dos níveis de colesterol e de glicose
no sangue. Também ajuda a diminuir o estresse e aumentar a capacidade física, fatores que, somados,
reduzem as chances de infarto. Exercitar-se, nesses casos, com acompanhamento médico e moderação,
é altamente recomendável.ATALIA, M. Nossa vida. Época. 23 mar. 2009.
As ideias veiculadas no texto se organizam estabelecendo relações que atuam na construção do sentido.
A esse respeito, identifica-se, no fragmento, que
21- (ITA) O Brasil será, em poucas décadas, um dos países com maior número de idosos do mundo, e precisa
correr para poder atendê-los no que eles têm de melhor e mais saudável: o desejo de viver com independência
A conjunção em destaque na frase “Não se trata de apologia da solidão, mas de encarar um dado da rea-
lidade contemporânea: ...” possui a função semântica de
a) retificação
b) compensação
c) complementação
d) separação
e) acréscimo
2-Alternativa correta e) Demoramos para chegar na praia, pois estava muito trânsito.
O “pois” é uma conjunção coordenativa explicativa, e não adversativa. Ela é usada para explicar ou justificar
algo.
b) bem como
c) e
d) nem
e) como também
7-Alternativa e) contudo
A oração acima é uma oração coordenada conclusiva pois expressa a ideia de conclusão, sendo que as
conjunções mais utilizadas são: pois, consequentemente, logo, assim, portanto, por fim, então.
A conjunção “contudo” é utilizada em orações coordenadas adversativas que expressam a ideia de oposição.
8-Alternativa correta: c) No final do ano ganhou um bom presente, pois tirou notas muito boas. (conclusiva)
A oração incorreta apresenta uma conjunção coordenativa explicativa, e não conclusiva. Isso porque ela
explica um fato: por conta de ter ido muito bem na escola, ele ganhou um bom presente no final do ano.
9-Alternativa a: adversativa.
A conjunção “e” pode ter valor o valor de contraste, tal como “mas, contudo, porém”: Mauro não estudou
nada, porém foi aprovado.
10-Alternativa e: adversidade.
A conjunção “mas” traz a ideia de contraste. Isso quer dizer que somos pacifistas, apesar disso, não abrimos
mão de estudos até para fins bélicos.
11-Alternativa e: Em termos mundiais somos irrelevantes como potência econômica, mas ao mesmo tempo
extremamente representativos como população.
A conjunção “mas” traz a ideia de oposição, contraste ou compensação. Isso quer dizer que somos irrele-
vantes como potência econômica, apesar disso, somos extremamente representativos como população.
12-Alternativa b: Reino com novo rei (...) povo com nova Iei.
A oração acima traz a ideia de conclusão: se há um novo rei, logo haverá nova lei. Ela poderia ser escrita
da seguinte forma: Reino com novo rei, (logo) povo com nova lei.
As orações restantes trazem a ideia de oposição:
a) Morre o homem, mas fica a fama.
c) Por fora bela viola, mas por dentro pão bolorento.
d) Amigos, amigos! Mas, negócios à parte.
e) A palavra é de prata, mas o silêncio é de ouro.
14-Alternativa b: estão em oposição: mesmo altos, os índices de 2008 revelam uma melhoria em relação
a 1992.
A conjunção “porém” traz a ideia de oposição: Os dados de 2008 são elevados, no entanto, são menores
dos de 1992, ou seja, houve melhoria.
17-Alternativa b: 4-2-5-3-1-6.
Texto ordenado:
4. A internet pode ter um caráter mundial, mas em cada país há especificidades econômicas sociais que
podem facilitar ou limitar o acesso à rede.
2. Nos Estados Unidos e no Canadá, por exemplo, existem disponibilidades de acesso ilimitado à internet
por uma tarifa mensal, incluindo o telefone.
5. Na maioria dos países, no entanto, o uso é cobrado por minuto.
3. No Japão, por exemplo, todos têm de pagar 10 ienes por três minutos on-line.
1. Além disso, ainda há muitos lugares onde não há leitores.
6. Por isso, em regiões da Rússia, da África ou da América Central, o acesso à internet está fora de questão.
4. A conjunção “mas” traz a ideia de oposição: o caráter mundial da internet versus as especificidades eco-
nômicas em cada país.
5. A conjunção “no entanto” também traz a ideia de oposição: acesso ilimitado à internet versus internet
cobrada por minuto de uso.
6. A conjunção “por isso” também traz a ideia de conclusão: o fato de não haver leitores tem como conse-
quência não fazer sentido o acesso à internet.
18-Alternativa a: explicativo.
As orações coordenadas sindéticas apenas podem ser aditivas, adversativas, alternativas, conclusivas e
explicativas.
As restantes alternativas correspondem a classificações de orações subordinadas adverbiais.
21-Alternativa a: retificação.
A conjunção “mas”, neste caso, esclarece, ou melhor, quer deixar realmente claro, que a ideia aqui não é
defender a solidão. Na verdade, é preciso encarar que os idosos preferem morar sozinhos.
01. (FUNRIO) “O presidente do Fed de Richmond, Jeffrey Lacker, afirmou ontem que a inflação será o fator
essencial para determinar quão agressivamente o banco central americano aumentará os juros nos próximos
anos.” (VALOR ECONÔMICO, 08 de janeiro de 2016)
02. (UFAL) Qual o período em que a vírgula está separando uma oração com ideia de explicação?
a) “Não se preocupe, que breve estarei de volta.”
b) “Não poderei comparecer; portanto, não contem com a minha presença.”
c) “O animal tinha descido com o senhor, ou tinha ficado na ribanceira.”
d) “Encontrei a gaveta trancada; logo, não pude pegar os documentos.”
e) “Já estamos sem dinheiro; devemos, pois, retornar logo.”
04. As orações subordinadas substantivas que aparecem nos períodos abaixo são todas subjetivas, exceto:
a) Ele não sabe como perdeu a carteira.
b) É muito bom que o homem, vez por outra, reflita sobre sua vida.
c) Decidiu-se que o petróleo subiria de preço.
d) Perguntou-se ao diretor quando seríamos recebidos.
e) Convinha-nos que vocês estivessem presentes à reunião.
05. (SANTA CASA) A palavra “se” é conjunção integrante em qual das orações seguintes?
a) Ele se mordia de ciúmes pelo patrão.
b) A Federação arroga-se o direito de cancelar o jogo.
c) O aluno fez-se passar por doutor.
d) Precisa-se de operários.
e) Não sei se o vinho está bom.
08. (FUVEST) No período: “Era tal a serenidade da tarde, que se percebia o sino de uma freguesia distante,
dobrando a finados.”, a segunda oração é:
a) subordinada adverbial causal
b) subordinada adverbial consecutiva
c) subordinada adverbial concessiva
d) subordinada adverbial comparativa
e) subordinada adverbial subjetiva
09. (FLMPR) No período “Embora lhe desaprovassem a forma, justificavam-lhe a essência”, podemos afirmar
que ocorre uma oração:
a) coordenada explicativa
b) coordenada adversativa
c) subordinada adverbial conformativa
d) subordinada adverbial concessiva
e) subordinada integrante
10. “Aquele homem que está na rua sente fome.” A oração subordinada desse período é:
a) adjetiva explicativa
b) adjetiva restritiva
c) substantiva predicativa
d) adverbial locativa
e) substantiva subjetiva
11. Procurando se ater ao código abaixo, relacione a segunda coluna de acordo com a primeira:
(A) oração subordinada objetiva direta
(B) oração subordinada completiva nominal
(C) oração subordinada objetiva indireta
(D) oração subordinada subjetiva
(E) oração subordinada predicativa
13. Essa mulher é tão antipática que ninguém a suporta. A oração em destaque é:
a) subordinada adjetiva restritiva.
b) subordinada substantiva completiva nominal.
c) subordinada substantiva predicativa.
d) subordinada adverbial causal.
e) subordinada adverbial consecutiva.
15.“Nem sempre se professou que a terra fosse redonda.” No texto, a oração destacada que é:
a) substantiva objetiva direta.
b) substantiva predicativa.
c) substantiva objetiva indireta
d) substantiva subjetiva.
e) substantiva completiva nominal.
17. (SERCTAM / 2016) “Deve existir nos homens um sentimento profundo que corresponde a essa palavra
LIBERDADE, pois sobre ela se têm escrito poemas e hinos, a ela se têm levantado estátuas e monumentos,
por ela se tem até morrido com alegria e felicidade.” (Cecília Meirelles)
18. (Câmara de Mongaguá / 2016) “Era verdade que havia alguns cangaceiros…”
A oração em destaque é subordinada:
19. (FUNRIO / 2016) As comunicações que partem dos órgãos públicos federais devem ser compreendidas
por todo e qualquer cidadão brasileiro. Para atingir esse objetivo, há que evitar o uso de uma linguagem
restrita a determinados grupos. Não há dúvida de que um texto marcado por expressões de circulação
restrita, como a gíria, os regionalismos vocabulares ou o jargão técnico, tem sua compreensão dificultada.
(Manual de Redação da Presidência da República)
Sobre o trecho transcrito acima é correto afirmar que seu terceiro período tem uma oração
a) subordinada adjetiva.
b) reduzida de particípio.
c) subordinada adverbial.
d) coordenada assindética.
e) subordinada substantiva.
02. “Farei-te um bom preço, mas não me fales sobre isso a ninguém.”
Em relação à colocação pronominal, podemos afirmar que:
A) Farei-te está correto.
B) Não me fales está errado.
C) Não me fales é certo, assim como não fales-me.
D) Não há erro de colocação.
E) Farei-te está errado.
14. Segundo o padrão do português culto, há ERRO quanto à colocação do pronome oblíquo átono
em:
A) Agora se queixavam muito do envolvimento de todos.
B) Dir-se-ia a verdade se não fosse sob tortura?
C) Despedimo-nos das pessoas mais importantes do setor.
D) Tinha informado-a do fato antecipadamente.
E) Quem se arrependerá de ter chegado mais cedo?
17. Assinale com V a colocação verdadeira e com F a colocação falsa dos pronomes oblíquos áto-
nos, nos períodos abaixo:
( ) Ele não me havia informado muito bem a respeito da tarefa.
( ) Talvez a luz contínua e ofuscante tenha afetado-me a visão.
( ) Ninguém se retirará antes do encerramento da reunião.
( ) Tudo me parecia bem até que me alertaram do perigo que eu corria.
( ) Em tratando-se de artes, preferimo-la a qualquer outra atividade.
( ) Se se soubesse a verdade, não mais me criticariam.
A) F, F, V, V, V, V
B) V, V, F, F, V, F
C) F, V, F, V, F, V
D) F, V, F, F, V, F
E) V, F, V, V, F, V
19. “Buscar a racionalização e redução de custos que poderão refletir-se beneficamente sobre os
preços futuros.”
Das alterações processadas na parte sublinhada da passagem acima, aquela em que a colocação do pro-
nome átono contraria a norma gramatical vigente no Brasil é:
GABARITO/SINTAXE-COLOCAÇÃO PRONOMINAL:
1C - 2E - 3C - 4A - 5A - 6D - 7C - 8C - 9D 10C - 11C - 12D - 13C - 14D - 15E - 16C - 17E - 18D - 19C - 20C
1.(FGV) Assinale a alternativa em que a regência verbal está de acordo com a norma culta.
a) As crianças, obviamente, preferem mais os doces do que os legumes e verduras.
b) Assista uma TV de LCD pelo preço de uma de projeção e leve junto um Home Theater!
c) O jóquei Nélson de Sousa foi para Inglaterra visando títulos e euros.
d) Construir impérios a partir do nada implica inovação e paixão pelo risco.
e) A Caixa Econômica informou os mutuários que não haverá prorrogação de prazos.
2.(ESPM) Embora de ocorrência frequente no cotidiano, a gramática normativa não aceita o uso do mesmo
complemento para verbos com regências diferentes. Esse tipo de transgressão só não ocorre na frase:
a) Pode-se concordar ou discordar, até radicalmente, de toda a política externa brasileira. (Clóvis Rossi)
b) Educador é todo aquele que confere e convive com esses conhecimentos. (J. Carlos de Sousa)
c) Vi e gostei muito do filme “O Jardineiro Fiel” cujo diretor é um brasileiro.
d) A sociedade brasileira quer a paz, anseia por ela e a ela aspira.
e) Interessei-me e desinteressei-me pelo assunto quase que simultaneamente.
5.(Unimep) Quando implicar tem sentido de “acarretar”, “produzir como consequência”, constrói-se a oração
com objeto direto, como se vê em:
a) Quando era pequeno, todos sempre implicavam comigo.
b) Todos implicam com gremistas.
c) Pelo que diz o assessor, isso implica em gastos.
d) O atraso no pagamento do carnê implica em juros.
e) Uma nova briga implicará situação desconfortável.
O verbo “assistir”, empregado em linguagem coloquial, está em desacordo com a norma gramatical.
a) Reescreva o último período de acordo com a norma.
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b) Justifique a correção.
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I - Visando apenas os seus próprios interesses, ele, involuntariamente, prejudicou toda uma família.
II - Como era orgulhoso, preferiu declarar falida a firma a aceitar qualquer ajuda do sogro.
III - Desde criança sempre aspirava a uma posição de destaque, embora fosse tão humilde.
IV - Aspirando o perfume das centenas de flores que enfeitavam a sala, desmaiou.
a) II - III - IV
b) I - II - III
c) I - III - IV
d) I - III
e) I - II
a) aos – de que – o
b) aos – de que – ao
c) aos – que – à
d) os – que – à
e) os – de que – a
9.(PUC-Campinas) A frase em que a relação entre os verbos e seu complemento está corretamente expressa
é:
11.(FGV) Leia abaixo um fragmento de Música ao Longe, de Érico Veríssimo. Depois, responda às perguntas.
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b) Transcreva a frase, mas utilize outra regência do verbo lembrar admitida pela norma culta.
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12.(PUC-SP) O período “Verdade é que se lembrava de que D. Maria podia com muito justa razão ...” apre-
senta regência verbal que obedece ao padrão culto da língua.
Escolha, entre as alternativas a seguir, aquela que, também, é aceita pelo padrão culto da língua.
a) Verdade é que lembrava de que D. Maria podia com muito justa razão...
b) Verdade é que lembrava que D. Maria podia com muito justa razão...
c) Verdade é que se lhe lembrava de que D. Maria podia com muito justa razão...
d) Verdade é que lhe lembrava de que D. Maria podia com muito justa razão...
e) Verdade é que o lembrava que D. Maria podia com muito justa razão...
13.(UFPel) A frase que não apresenta problema(s) de regência, levando em consideração a língua escrita, é:
a) Preferiu sair antes do que ficar até o fim da peça.
b) O cargo a que todos visavam já foi preenchido.
c) Lembrou de que precisava voltar ao trabalho.
d) As informações que dispomos não são suficientes para esclarecer o caso.
e) Não tenho dúvidas que ele chegará breve.
18.(Ufac) Assinale a alternativa correta segundo o padrão culto da língua portuguesa, quanto à regência verbal:
a) Os brasileiros desobedecem o código de trânsito.
b) Crianças corriam e pulavam-se no jardim.
c) Ontem assisti a um ótimo filme.
d) Os impostos devem ser pagos a Prefeitura.
e) Os vencedores se confraternizaram com os organizadores do evento.
20.(FUMEC) Com referência à regência do verbo assistir, todas as alternativas estão corretas, exceto em:
a) Assistimos ontem um belo filme na televisão.
b) Os médicos assistiram os doentes durante a guerra.
c) O técnico assistiu os jogadores no treino.
d) Assistiremos amanhã a uma missa de sétimo dia.
e) Machado de Assis assistia em Botafogo.
23.(UEPB) “Apesar de algumas preocupações do poder central pelo nordeste, ainda as duas regiões, nor-
deste e sul são como se fossem dois mundos, de costas um para o outro.” (Correio da Paraíba, 24/05/05)
Neste trecho, ocorrem duas falhas consideradas graves: uma de regência e outra de pontuação. Marque,
entre as propostas abaixo, a única alternativa que atende à norma padrão
a) “Apesar de algumas preocupações do poder central com o nordeste, ainda as duas regiões, nordeste e
sul, são como se fossem dois mundos, de costas um para o outro.”
24.(TRE-MG) Observe a regência dos verbos das frases reescritas nos itens a seguir:
I - Chamaremos os inimigos de hipócritas. Chamaremos aos inimigos de hipócritas;
II - Informei-lhe o meu desprezo por tudo. Informei-lhe do meu desprezo por tudo;
III - O funcionário esqueceu o importante acontecimento. O funcionário esqueceu-se do importante
acontecimento.
25.(TRE-RJ) “porque implica em cobrar o tempo” / porque implica cobrar o tempo. A construção do verbo
implicar com a preposição em resulta, provavelmente, de um cruzamento sintático com verbo sinônimo
(importar), sendo considerada errônea por alguns gramáticos. A alternativa em que há erro de regência na
segunda das sentenças é:
a) Preferimos pagar juros a ficar sem o produto. / Preferimos pagar juros do que ficar sem o produto.
b) Esquecemos facilmente o belo arrazoado aquiniano. / Esquecemo-nos facilmente do belo arrazoado
aquiniano.
c) Queremos informar-lhes que nossos juros são baixos. / Queremos informá-los de que nossos juros são
baixos.
d) Ainda nos lembramos da belíssima aula de filosofia tomista. / Ainda nos lembra a belíssima aula de filo-
sofia tomista.
e) Se cobrar juros é pecado, chamamos de pecadores todos os banqueiros... / Se cobrar juros é pecado,
chamamos pecadores a todos os banqueiros.
27.Complete as lacunas.
Quando chegou ______ cidade, foi ______ casa dos parentes, de quem sentia muitas saudades. Não
simpatizava ______ os primos, mas os tios sempre faziam tudo para ______ agradar. Foi recebido com
alegria, ao que respondeu ______ todos com um belo sorriso.
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31.Há verbos cujo complemento pode resultar na mudança de significado. Explique o significado das frases
abaixo.
I. A professora nova não agradou aos alunos.
II. A menina agradou o cãozinho à chegada.
a) II e IV
b) I, III e V
c) I, II e IV
d) II e III
e) Todas as alternativas estão certas.
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Questão 1
Alternativa d: Construir impérios a partir do nada implica inovação e paixão pelo risco.
Questão 2
Alternativa d: A sociedade brasileira quer a paz, anseia por ela e a ela aspira.
A alternativa e) está correta, pois “interessar” e “desinteressar” são regidos por preposição.
Questão 3
Alternativa d: Fui no cinema ontem.
O correto é “Fui ao cinema ontem”, porque o verbo “ir”, para indicar destino, é regido pelas preposições “a,
para”.
Questão 4
Alternativa a: Assistimos um belo espetáculo de dança a semana passada.
O correto é: Assistimos a um belo espetáculo de dança a semana passada. Isso porque o verbo “assistir”
seguido de complemento com preposição (objeto indireto), tem o sentido de “ver”. Seguido de complemento
sem preposição (objeto direto), tem o sentido de “ajudar”.
Questão 5
Alternativa e: Uma nova briga implicará situação desconfortável.
Nas alternativas a) e b), “implicar” tem o sentido de “embirrar”. Nesse caso, o verbo é transitivo indireto, ou
seja, seu complemento exige preposição (em ambos os casos, “com”).
As alternativas c) e d) apresentam registos que ainda não são considerados por muitos dicionários.
Questão 6
(ITA) O Programa Mulheres está mudando. Novo cenário, novos apresentadores, muito charme, mais infor-
mação, moda, comportamento e prestação de serviços. Assista amanhã, a revista eletrônica feminina que
é a referência do gênero na TV.
O verbo “assistir”, empregado em linguagem coloquial, está em desacordo com a norma gramatical.
Questão 7
Alternativa a) II - III - IV, porque:
II. O verbo “preferir” deve ser seguido por preposição “a”: “Preferiu... a aceitar...”.
III. O verbo “aspirar” , com o sentido de “desejar”, deve ser seguido por preposição “a”: “... aspirava a uma
posição de destaque”.
IV. O verbo “aspirar”, com o sentido de “inalar”, é transitivo direto. Por esse motivo, seu complemento não
é introduzido por preposição.
Correção da frase I: Visando apenas aos seus próprios interesses, ele, involuntariamente, prejudicou toda
uma família.
Isso porque o verbo “visar”, com o sentido de “meta, objetivo”, é transitivo indireto, ou seja, é acompanhado
por preposição “a” (“Visando a + os seus próprios interesses”).
Questão 8
Alternativa e: os – de que – a.
O verbo informar exige complemento com preposição (referente a quem se informa) ou sem preposição
(o que se informa), no entanto, quando um dos complementos do verbo é oracional, pode-se obter outras
construções.
“... que ninguém, na reunião, ousou aludir...” é um complemento oracional. Neste caso, há duas construções
possíveis:
“Posso informar aos senhores que ninguém...” ou “Posso informar os senhores de que ninguém...”, as quais
encontramos nas alternativas c) e e) respectivamente.
Quanto ao verbo “aludir” , o mesmo exige preposição, afinal quem faz alusão, faz alusão a algo. Como
o que se segue está no masculino, esse “a” não é craseado, de modo que o correto é “ousou aludir a tão
delicado assunto”.
Assim, a alternativa correta é a letra e): Informei os senhores de que ninguém na reunião ousou aludira tão
delicado assunto.
Questão 9
Alternativa e: Presenciamos e deploramos a reação do atleta.
Questão 10
Alternativa e: Prefiro aspirar a uma posição honesta a ficar aqui.
O verbo “aspirar” - com o sentido de desejar - é regido pela preposição “a”. O verbo “preferir” também é
regido pela preposição “a”.
Questão 11
a) O fato do verbo ser pronominal “lembrar-se” (lembrar-se de que a chave).
b) Lembrou que a chave da porta da cozinha servia no quartinho do sótão.
Questão 12
Alternativa b: Verdade é que lembrava que D. Maria podia com muito justa razão...
O verbo “lembrar” é transitivo direto, mas pode ser transitivo indireto desde que sejam acompanhados por
pronomes. Assim, estão corretas as construções:
Lembrava que D. Maria... OU Lembrava-se de que D. Maria...
Questão 13
Alternativa b: O cargo a que todos visavam já foi preenchido.
Isso porque o verbo “visar”, com sentido de “ter como objetivo” é transitivo indireto (acompanhado de
preposição).
Questão 14
Alternativa b: Obedeça aos mais experientes.
Isso porque o verbo “obedecer” deve ser introduzido por preposição “a”(obedecer a).
Questão 15
Alternativa a: Obedeço o regulamento.
Questão 16
Alternativa b: Chegamos na cidade antes do anoitecer.
O correto é: Chegamos à cidade antes do anoitecer. Isso porque o verbo “chegar” é regido pelas preposições
“a, para” para indicar destino: “Chegamos à cidade” (preposição a + artigo a: a + a = à).
Questão 17
Alternativa e: Informei-lhe sobre os novos planos da empresa.
Questão 18
Alternativa c: Ontem assisti a um ótimo filme.
O verbos “assisti”, com sentido de “ver” é transitivo indireto, logo exige complemento com preposição.
Questão 19
Alternativa e: Lembrou de todos os momentos felizes.
Questão 20
Alternativa a: Assistimos ontem um belo filme na televisão.
O verbo preferir deve sempre ser seguido da preposição “a”. A construção de frases com esse verbo deve
ser: preferir (algo) a. Na língua culta não se deve utilizar intensificadores, tal como aconteceu na alternativa
c) (prefiro mais correr).
Questão 22
Alternativa e: Os desempregados visam melhores condições de vida.
Questão 23
Alternativa a: “Apesar de algumas preocupações do poder central com o nordeste, ainda as duas regiões,
nordeste e sul, são como se fossem dois mundos, de costas um para o outro.”
b) “pelo nordeste” parece que é a região do nordeste que está preocupada e não que a preocupação é com
ela.
c) e e) “, ainda as duas regiões nordeste e sul” as regiões devem estar entre vírgulas “, nordeste sul,”. É
assim que devemos fazer ao especificar as regiões nordeste e sul.
d) “pelo nordeste ainda as duas regiões”. Além das preocupações com o nordeste, há também a preocupa-
ção com o nordeste e sul. A vírgula antes de “ainda” separa as preocupações.
Questão 24
Alternativa d: I e III apenas.
Questão 25
Alternativa a: Preferimos pagar juros a ficar sem o produto. / Preferimos pagar juros do que ficar sem o produto.
O verbo preferir deve sempre ser seguido da preposição “a”.
Questão 26
Alternativas b) Fui no cinema. e d) Cheguei a escola.
O verbo “ir” é regido pelas preposições “a, para”. Assim, a alternativa b) estaria correta da seguinte forma:
“Fui ao cinema” (preposição a + artigo o).
O verbo “chegar” é regido pelas preposições “a, para” para indicar destino. Assim, a alternativa c) está cor-
reta: “Fui à escola” (preposição a + artigo a: a + a = à).
O verbo “obedecer”, por sua vez, deve ter como complemento a preposição a (obedecer a).
Questão 27
Alternativa b: à, para a, com, lhe, a.
“Quando chegou à cidade”. O verbo “chegar” é regido pelas preposições “a, para” para indicar destino:
Chegou à cidade (preposição a + artigo: a + a = à).
“foi para a casa dos parentes”. O verbo “ir” é regido pelas preposições “a, para”: “foi para a casa...” ou “foi
à casa...” estão ambas corretas”.
“os tios sempre faziam tudo para lhe agradar.” O verbo “agradar”, quando é transitivo indireto, ou seja, é
acompanhado por preposição, tem o sentido de “ser agradável”, diferente de quando é transitivo direto (sem
preposição), que tem o sentido de “fazer carinho”.
Neste caso, a oração tem o sentido de “ser agradável” e, por isso, o seu complemento é objeto indireto. O
pronome “lhe” funciona como objeto indireto, enquanto “o,a” funcionam como objeto direto.
“ao que respondeu a todos com um belo sorriso.”. O verbo “responder” deve ser seguido do complemento “a”.
Questão 28
Obedece às regras do jogo.
O complemento do verbo “obedecer” deve ser introduzido pela preposição “a”. Assim, está correto “Obedece
às regras do jogo”, cujo “a” craseado sinaliza a presença da preposição a + artigo a.
Questão 29
O complemento do verbo “consistir” deve ser introduzido pela preposição “em”. Portanto, a oração abaixo
contém erro de regência verbal. A oração deveria ser escrita da seguinte forma: “O pontilhismo é uma técnica
de pintura que consiste em pequenos pontos que formam uma imagem.”.
Questão 30
Alternativa a: os, aos.
Questão 31
Na primeira frase, o verbo “agradar” significa “não causou agrado”. Na segunda frase, o mesmo verbo
A mudança de transitividade pode modificar o significado de um verbo. Na primeira frase, o verbo “agra-
dar” é transitivo indireto (regido por preposição), enquanto na segunda o verbo “agradar” é transitivo
direto (regido sem preposição).
Questão 32
Alternativa e) Todas as alternativas estão certas, porque:
O verbo “querer” como transitivo direto (sem preposição) significa “desejar”, mas como transitivo indireto
(com preposição) significa “estimar”, como é o caso da oração “Quero muito à minha família” (preposição
a + artigo a).
O verbo “chamar” com o sentido de “denominar, apelidar” pode ser transitivo direto ou indireto. Assim,
também estaria correto “A cliente chamou à funcionária de displicente.”.
O verbo “visar” como transitivo direto (sem preposição) significa “mirar”, mas como transitivo indireto
(com preposição) significa “ter como objetivo”, como é o caso da oração “O rapaz visou à mulher...”
(preposição a + artigo a).
Questão 33
Todas as orações acima estão corretas. Isso acontece porque há verbos que admitem mais do que um
complemento, o que pode modificar o significado do verbo.
Aspirar, como verbo transitivo direto (sem preposição), tem o sentido de absorver. Já, aspirar, como
verbo transitivo indireto (com preposição), tem o sentido de “desejar”.
Assistir, como verbo transitivo indireto (com preposição), tem o sentido de ver. Já, assistir, como verbo
transitivo direto (sem preposição), tem o sentido de dar apoio.
Regência Nominal
03. (FATEC) Substituindo-se os termos sublinhados em – Nunca apareceu rapaz nenhum que se engra-
çasse dela –, assinale a alternativa na qual a regência nominal e/ou verbal se apresenta de acordo com a
norma culta.
05.(IBGE) Assinale a opção em que todos os adjetivos devem ser seguidos pela mesma preposição:
a) ávido / bom / inconsequente
b) indigno / odioso / perito
c) leal / limpo / oneroso
d) orgulhoso / rico / sedento
e) oposto / pálido / sábio
06. (IBGE) Assinale a opção que contém os pronomes relativos, regidos ou não de preposição, que com-
pletam corretamente as frase abaixo: Os navios negreiros, _____ donos eram traficantes, foram revistados.
Ninguém conhecia o traficante _____ o fazendeiro negociava.
07.Tendo em vista a relação de dependência manifestada entre um nome (termo regente) e seu respectivo
complemento (termo regido), reescreva as orações a seguir, atribuindo-lhes a devida preposição.
09. Exercite seus conhecimentos e construa orações aplicando corretamente a regência nominal.
11.Diante das orações que seguem, analise-as e indique aquela que não se adéqua ao uso da preposição “a”:
a – Estou ávido * boas notícias.
b – Esta canção é agradável * alma.
c – O respeito é essencial * boa convivência.
d – Mostraram-se indiferentes * tudo.
e – O filme é proibido * menores de dezoito anos.
GABARITO/REGÊNCIA NOMINAL:
Questão 7
a – O fumo é prejudicial à saúde.
b – Financiamentos imobiliários tornaram-se acessíveis à população.
c – Seu projeto é passível de reformulações.
d – Esteja atento a tudo que acontece por aqui.
e – Suas ideias são compatíveis com as minhas.
Questão 9
a – Estamos ansiosos por notícias.
b – O amor é uma virtude comum a todos.
c – Este rapaz é bacharel em direito.
d – A aluna era alheia a todas as informações.
e – Tenha obediência às leis de trânsito.
Questão 1
Opção que preenche corretamente as lacunas: O gerente dirigiu-se ___ sua sala e pôs-se ___ falar ___
todas as pessoas convocadas.
a) à - à - à
b) a - à - à
c) à - a - a
d) a - a - à
e) à - a - à
Questão 2
Assinale a alternativa que preenche corretamente as lacunas do texto ao lado: “Recorreu ___ irmã e ___
ela se apegou como ___ uma tábua de salvação.”
a) à - à - a
b) à - a - à
c) a - a - a
d) à - à - à
e) à - a - a
Questão 3
(Cescem) Sentou-se ___ máquina e pôs-se ___ reescrever uma ___ uma as páginas do relatório.
a) à - à - a
b) a - à - à
c) à - à - à
d) à - a - a
Questão 4
(Cesgranrio) Assinale a frase em que à ou às está mal empregado.
a) Amores à vista.
b) Referi-me às sem-razões do amor.
c) Desobedeci às limitações sentimentais.
d) Estava meu coração à mercê das paixões.
e) Submeteram o amor à provações difíceis.
Questão 5
(FEI) Assinalar a alternativa que preenche corretamente as lacunas das seguintes orações:
a) a - a - há - a - à
b) à - a - a - há - a
Questão 6
(FGV) Assinale a alternativa em que está correto o uso do acento indicativo de crase:
Questão 7
(Escrivão.Pol./SP) A alternativa em que o sinal de crase não procede é:
a) À exceção da Bandeirantes, as outras emissoras de televisão detêm a ampla liderança com percentuais
fabulosos.
b) Está presente a cineasta das cidades brasileiras à quem a porcentagem de 7% surpreendeu.
c) Os dados da pesquisa referem-se às cenas, certamente sem paralelo, em qualquer outro lugar no mundo.
d) Cresce, às escondidas, o número de cidades recebendo imagens de televisão, ameaçadoras dos valores
ético-culturais.
Questão 8
(FASP) Assinale a alternativa com erro de crase:
Questão 9
(FESP) Refiro-me ___ atitudes de adultos que, na verdade, levam as moças ___ rebeldia insensata e ___
uma fuga insensata.
às - à - à
b) as - à - à
c) às - à - a
d) à - a - a
e) à - a – à
Questão 10
(IBGE) Assinale a opção incorreta com relação ao emprego do acento indicativo de crase:
Questão 11
(IFSP) Assinale a alternativa que preenche, correta e respectivamente, a frase a seguir.
Os interessados em adotar crianças têm de recorrer ___ orientações do Juizado de Menores e se sujeitar
___ uma espera muitas vezes longa, o que, apesar de tudo, não desanima ___ maioria.
a) às - a - a
b) às - à - a
c) às - à - à
d) as - a - à
e) as - à - à
Questão 12
(ITA) Analisando as sentenças:
Questão 13
(ITA) Dadas as afirmações:
Questão 14
(Oficial de Justiça/SP) Assinale a alternativa onde o sinal indicativo da crase foi usado inadequadamente:
Questão 15
(Acafe) Assinale a alternativa correta que preenche as lacunas da frase a seguir.
“O vereador que reside ___ Rua Miguel Deodoro corre o risco de ter seu ___ ___assim que o processo
chegar ___ mãos do Presidente.
a) à - mandado caçado - as
b) à - mandato caçado - às
c) na - mandado cassado - as
d) na - mandato cassado – às
Questão 16
(Cesgranrio) Indique a opção em que o sinal indicativo de crase está corretamente usado.
Questão 17
(TRE) O uso do acento grave (indicativo de crase ou não) está incorreto em:
Questão 18
(TRE) O acento grave, indicador de crase, está empregado incorretamente em:
Questão 19
(UFABC) A alternativa em que o acento indicativo de crase não procede é:
a) Tais informações são iguais às que recebi ontem.
b) Perdi uma caneta semelhante à sua.
c) A construção da casa obedece às especificações da Prefeitura.
d) O remédio devia ser ingerido gota à gota, e não de uma só vez.
e) Não assistiu a essa operação, mas à de seu irmão.
Questão 20
(UFABC) Nas alternativas que seguem, há três frases que podem estar corretas ou não. Leia-as atentamente
Questão 21
(UFMS) Avalie as duas frases que seguem:
Questão 22
(UFPR) Em qual alternativa o vocábulo a deve receber acento grave?
a) Pintou o quadro a óleo.
b) Fomos a uma aldeia.
c) Dirigiram-se a Vossa Excelência.
d) Voltou a casa paterna.
e) Começou a chover.
Questão 23
(UFPR) Quais as formas que completam, pela ordem, as lacunas das frases seguintes?
Daqui ___ pouco vai começar o exame; Compareci ___ cerimônia de posse do novo governador; Não tendo
podido ir ___ faculdade hoje, prometo assistir ___ todas as aulas amanhã.
a) à - a - a - à
b) há - na - à - a
c) a - há - na - à
d) a - na - à - à
e) a - à - à - a
Questão 24
(UFTM) Analise as frases.
I. Ontem, fui até a escola para visitar velhos amigos.
Ontem, fui até à escola para visitar velhos amigos.
Dentre os pares de frases apresentados, a estrutura frasal em que se verifica alteração de sentido da segunda
frase em relação à primeira está contida em:
a) I, apenas.
b) II, apenas.
c) I e III, apenas.
d) II e III, apenas.
e) I, II e III.
Questão 25
(Unicenp-PR) Qual a alternativa que aponta a frase incorreta quanto ao acento indicativo da crase?
a) Uma mulher deu à luz sobre uma pia enquanto o dinheiro do SUS (Sistema Único de Saúde) é desviado
para comprar chope e salgadinhos.
b) Esse expediente levou à lastimável aprovação do IPMF.
c) À absoluta ineficiência do sistema de arrecadação, soma-se a má aplicação dos recursos públicos.
d) Na década de 70, a imagem externa do Brasil era frequentemente associada às denúncias de tortura.
e) A questão social continua prioritária demais para ser relegada à segundo plano.
Questão 26
(Unifor) Marque a alternativa em que o sinal de crase está empregado em todos os casos que é necessário.
Questão 27
(Vunesp)
a) às - há - às - as
b) as - há - as - às
c) às - a - as - às
d) às - a - às - as
Questão 28
(Vunesp) Assinale a alternativa correta quanto ao uso do acento indicativo da crase.
a) Sei que é mulher de um ator chamado Tom Cruise, de quem também só assisti à um filme: “De Olhos
Bem Fechados”.
Questão 29
(Vunesp) Assinale a alternativa que completa, correta e respectivamente, as lacunas das frases.
___ situações insustentáveis do lixo na capital. Esse problema chega ___ autoridades que deverão tomar
___ providências cabíveis.
a) As - as - as
b) Há - às - as
c) Há - as - às
d) Às - as - às
e) As - hás - as
Questão 30
(Vunesp) Assinale a frase em que o acento indicador de crase está empregado corretamente.
GABARITO/CRASE:
Questão 1
Alternativa c: à - a - a.
O gerente dirigiu-se à sua sala. - Antes de pronomes possessivos, o uso da crase é facultativo. Portanto “a
sua” ou “à sua” estão corretos.
Pôs-se a falar. - Antes de verbos no infinitivo não se usa crase, pois nesse caso há apenas preposição. A
crase somente é usada quando além da preposição, há artigo definido “a”.
A todas as pessoas. - Neste caso a crase não é usada porque não há contração de artigo definido “a” com
a preposição “a”.
Questão 2
Alternativa e: à - a - a.
Recorreu à irmã. - A crase é usada antes de palavras femininas, quando marca a contração de preposição
“a” com artigo definido “a”.
A ela se apegou. - Não se usa crase antes de pronomes pessoais do caso reto (neste caso, “ela”).
A uma tábua de salvação. - Não se usa crase antes de artigos indefinidos (neste caso, “uma”). A crase marca
a contração de preposição “a” com artigo definido “a”, e não com artigo indefinido “uma”.
Sentou-se à máquina. - A crase é usada antes de palavras femininas. Ela marca a contração de a (prepo-
sição) + a (artigo).
Pôs-se a reescrever. - Antes de verbos no infinitivo não se usa crase, pois nesse caso há apenas preposição.
A crase somente é usada quando além da preposição, há artigo definido “a”.
Uma a uma. - Não se usa crase antes de artigos indefinidos (neste caso, “uma”). Isso porque a crase sinaliza
apenas a contração da preposição “a” com o artigo definido “a”.
Questão 4
Alternativa e: Submeteram o amor à provações difíceis.
Neste caso não existe contração de a + a, pois há apenas a preposição, sem ocorrência de artigo.
Quanto às restantes alternativas, “à vista” (a) e “à mercê” (d) ambas são locuções adverbiais, casos em que
a crase é empregada.
No que respeita à alternativa (b), a crase é utilizada para marcar a soma da preposição “a” com o artigo “a
”(Referir a, esse “a” é preposição; as sem-razões, esse “as” é artigo). O mesmo acontece na alternativa ©,
(desobedecer a + as limitações).
Questão 5
Alternativa a: a - a - há - a - à.
I. Precisa falar acerca de … - “Acerca” é uma palavra, que é classificada como advérbio.
II. Daqui a alguns anos. - A frase contém preposição, mas não contém artigo. Por esse motivo, o “a” não é
craseado.
IV. Chegaram a tempo. - A oração contém preposição, mas não contém artigo. Por esse motivo, o “a” não
é craseado. Lembrando que “tempo” é uma palavra masculina.
V. Chegaram à reunião. - Chegaram a (preposição) + a (artigo) reunião. Nesta oração temos tudo o que é
necessário para constituir crase (a + a = à).
Questão 6
Alternativa b: Ele se referiu às pessoas de boa memória.
Há crase porque a oração apresenta preposição e artigo (referir a + as pessoas).
Em “O autor se comparou à alguém.”(a) não há crase porque antes do pronome indefinido “alguém” não se
usa artigo, mas apenas a preposição. Sendo assim, o correto é “O autor se comparou a alguém”.
O mesmo acontece em “Os livros foram entregues à ele.” (d), pois antes de pronomes pessoais do caso
reto (no caso, “ele”), não ocorre crase. O correto é “Os livros foram entregues a ele.”
Questão 7
Alternativa b: Está presente a cineasta das cidades brasileiras à quem a porcentagem de 7% surpreendeu.
Em “a quem” não é possível fazer a contração de a + a pelo fato de a frase conter apenas preposição, ou
seja, apenas um “a”.
“À exceção” (a) “às escondidas”(d) são locuções, e antes de locuções ocorre crase.
Em “às cenas” (c), “cena” é uma palavra feminina que está acompanhada do artigo definido feminino no plural
“as” e está acompanhada também da preposição “a”, tendo por isso que ser marcada pelo acento grave (`).
Questão 8
Alternativa b: Você já esteve em Roma? Eu irei a Roma logo.
O correto é “Eu irei a Roma logo.”, tal como “Já não agrada ir a Brasília” (sem crase).
Ao mesmo tempo, estão corretas “Fui à Lisboa de meus avós.” e “Refiro-me à Roma antiga.” (com crase).
Vou a, volta da, crase há! Vou a, volto de, crase pra quê?
Assim, em “Vou a Roma, volto de Roma.”, “Vou a Brasília, volto de Brasília.”, não há crase, tal como em
“Vou a Lisboa, volto de Lisboa.”.
Mas, por que “Fui à Lisboa de meus avós.” e “Refiro-me à Roma antiga.” são craseados? Porque nesses
casos, os artigos não foram repelidos. Ao especificar Lisboa e Roma, respectivamente, como “a Lisboa de
meus avós”, “Roma antiga”, diríamos “volta da Lisboa de meus avós”, “volto da Roma antiga”.
Questão 9
Alternativa c: às - à - a.
“Refiro-me às atitudes” (a + as) - Contração da preposição “a” (refiro-me a) com o artigo “as” (as atitudes).
O mesmo acontece com “Levam as moças à rebeldia” (a + a).
Em “Levam as moças a uma fuga”, por sua vez, não há contração de a + a. Como há apenas preposição,
não ocorre crase.
Questão 10
Alternativa b: Este resultado estatístico poderia pertencer à qualquer população carente.
Porque é o único caso em que não se verifica a contração a + a. Antes de pronomes indefinidos (no caso,
qualquer) não ocorre crase.
“Destina-se a + aquela cidade” (também é possível contrair a preposição com pronomes demonstrativos
iniciados com “a”: aquilo, aquela, aquele).
Questão 11
Alternativa a: às - a - a.
Recorrer às orientações - Contração da preposição “a” (recorrer a) com o artigo “as” (as orientações).
E se sujeitar a uma espera - a + uma não faz contração, logo não recebe crase.
Não desanima a maioria - não ocorre preposição, mas apenas artigo (a maioria), motivo pelo qual não há
crase.
Questão 12
Alternativa a: Apenas a sentença III não tem crase.
Apesar de ser uma locução adverbial - casos em que ocorre crase, tal como “à vista disso”, alternativa (a)
-, palavras repetidas não são craseadas. Exemplos: cara a cara, gota a gota.
Há crase quando existe contração de a + a em. É o que ocorre em “Não fale às outras” (falar a + as outras)
e “Não ligo àquilo (ligar a + aquilo).
Questão 13
Alternativa c: apenas nas sentenças nºs 1 e 2.
Ocorre crase nas locuções adverbiais, tal como “às mil maravilhas” e “rente à parede”.
Em “Ele jamais foi a festas.” porque ocorre apenas a preposição “a” (Jamais foi a), ou seja, não há contração
de a (preposição) + a (artigo).
Questão 14
Alternativa e: As lágrimas caíam uma à uma de seus olhos.
Embora “uma a uma” seja uma locução adverbial, não há crase porque as palavras repetidas não são cra-
seadas. Exemplo: dia a dia, frente a frente.
“À moda de” é locução e está subentendida na alternativa (c) “Escrevia à Machado de Assis.”, motivo pelo
qual ocorre crase.
Questão 15
Alternativa d: na - mandato cassado – às.
Questão 16
Alternativa c: A empresa considerou a oferta inferior à outra.
Esta é a única alternativa em que ocorre a contração da preposição a + artigo a (inferior a + a outra).
Em “convém a todos”, “propenso a deixar” e “aderir a modismos” ocorre apenas preposição.
Em “aumentou a quantidade” ocorre apenas artigo.
Questão 17
Alternativa e: Isto não seria útil à ela.
Não ocorre crase antes de pronomes pessoais do caso reto (neste caso, ela), porque não ocorre contração
de preposição a + artigo a.
Em “vou à feira” e “fazer referências àqueles casos” existe preposição e artigo, de modo que ocorre crase
(vou a + a feira, fazer referência a + aqueles).
Nas locuções verbais ocorre crase (“às vezes”). Assim como na indicação de horas exatas também ocorre
crase (às cinco da manhã).
Questão 18
Alternativa a: Tal lei se aplica, necessariamente, à mulheres de índole violenta.
A frase contém apenas preposição, logo não existe soma da preposição a + artigo a (Se aplica a mulheres).
Assisti a + as novelas;
Entregou as chaves a + aquele senhor;
Estava a + a procura;
Atendimento a + as pessoas.
Questão 19
Alternativa d: O remédio devia ser ingerido gota à gota, e não de uma só vez.
“Gota a gota” é uma locução adverbial e as locuções devem ser acompanhadas de crase. No entanto, as
locuções formadas por palavras repetidas não devem ser craseadas.
As restantes frases devem ter crase porque ocorre contração de preposição a com artigo a, tal como nas
seguintes alternativas:
Antes de pronomes possessivos, o uso da crase é facultativo. Assim, estão corretos “perdi uma caneta
semelhante a sua” ou “perdi uma caneta semelhante à sua”.
Questão 20
Porque em todas as frases se verifica as condições para que a crase ocorra, ou seja, há a preposição a e
também o artigo a, os quais juntos são marcados pelo sinal grave (`):
Questão 21
Alternativas a: As duas frases estão escritas adequadamente, dependendo de um contexto e c: A primeira
frase significa que alguém exalava o perfume da flor de romã.
Por sua vez, a segunda frase significa que alguém do sexo feminino cheirava uma flor da árvore da romã.
Questão 22
Alternativa d: Voltou a casa paterna.
Nesta frase, temos preposição a (voltar a) + artigo a (a casa paterna), por isso, há crase.
Em “Pintou a óleo”, “Fomos a uma aldeia” e “Começou a chover” há apenas preposição (pintar a/ ir a/
começou a).
Em “Dirigiram-se a Vossa Excelência.”, a crase é facultativa antes de pronomes possessivos (no caso,
vossa). Assim, também está correto “Dirigiram-se à Vossa Excelência.”.
Questão 23
Alternativa e: a - à - à - a.
Não levam acento grave (crase), as frases em que não existe contração de preposição a + artigo a. É o caso
de: “Daqui a pouco” e “prometo assistir a todas as aulas”, onde há apenas preposição.
Por sua vez ocorre crase nas frases “Compareci a + a cerimônia” e “Não tendo podido ir a + a faculdade”.
Questão 24
Alternativa b: II, apenas.
“Ontem, passei a noite na casa da minha prima.” significa que estive a noite toda na casa da minha prima.
“Ontem, passei à noite na casa da minha prima.” significa que fui à casa da minha prima à noite.
Nos pares I e III, ambas frases estão corretas. Isso porque o uso da crase é facultativo depois da preposição
“até” e antes de pronomes possessivos (no caso, minha).
Questão 25
Alternativa e: A questão social continua prioritária demais para ser relegada à segundo plano.
Esta é a única alternativa que não reúne as condições para a ocorrência da crase. Nela, há apenas prepo-
sição, sem artigo feminino (ser relegada a + o segundo plano), logo não há crase.
Questão 26
Alternativa a: A família ficou à mercê do frio, a despeito do fogo que estava a arder.
“À mercê” é uma locução adverbial, casos em que usamos crase. “A despeito” e “a arder” não são locuções
e também não reúnem as condições para que a crase ocorra, ou seja, a presença de preposição “a” mais
artigo “a”.
b) O vento entrava à vontade restando à família a expectativa de que acontecesse logo. (restando a + a família)
c) Falavam à beça, mas talvez não se entendessem a contento. (“à beça” é locução, mas “a contento” não
é. “Contento” é uma palavra masculina e, por isso, não combina com o artigo feminino “a”, logo, não ocorre
crase.
d) A cachorra ficou à porta, a olhar as brasas. (contração de a +a: ficou a + a porta)
e) A falta de melhor expressão recorriam a discursos energéticos. (não ocorre contração de a + a, pois há
apenas preposição: recorriam a + discursos)
Questão 27
Alternativa a: às - há - às - as.
a) Se rende a + as vuvuzelas = às
b) Morreu há uma semana (há = passado do verbo “haver”)
c) Sujeito a + as crises = às
d) Não vejo as (vizinhas), não há contração de a + a, logo não ocorre crase.
Questão 28
Alternativa d: O problema não se limita às crianças de Hollywood ou àquelas de pais famosos.
Questão 30
Alternativa d: As peças do mostruário também estão à venda.
Apesar de alguns autores dispensarem o uso da crase na expressão “à venda/ a venda”, o mesmo é usado
muitas vezes na desambiguação. Por exemplo: colocou a venda (vendou os olhos) e colocou à venda (intuito
de vender algo).
Nas alternativas restantes não se usa crase porque não ocorre a contração da preposição a + artigo a):
Comprados a + o prazo;
Encaminhado a + um de nossos gerentes.
Lembrando ainda que não ocorre crase antes de verbos no infinitivo, neste caso, partir (a) e conhecer (e).
SINTAXE:CONCORDÂNCIA VERBAL
1. (IBGE) Indique a opção correta, no que se refere à concordância verbal, de acordo com a norma
culta:
a) Haviam muitos candidatos esperando a hora da prova.
b) Choveu pedaços de granizo na serra gaúcha.
c) Faz muitos anos que a equipe do IBGE não vem aqui.
d) Bateu três horas quando o entrevistador chegou.
e) Fui eu que abriu a porta para o agente do censo.
6. (CESCEM–SP) –Já ___ anos, ___ neste local árvores e flores. Hoje, só ___ ervas daninhas.
a) fazem, havia, existe
b) fazem, havia, existe
c) fazem, haviam, existem
d) faz, havia, existem
e) faz, havia, existe
7.(Cesgranrio) –Tendo em vista as regras de concordância, assinale a opção em que a forma verbal
está errada:
a) Existem na atualidade diferentes tipos de inseticidas prejudiciais à saúde do homem.
b) Podem provocar sérias lesões hepáticas, os defensivos agrícolas à base de DDT.
c) Faltam aos países subdesenvolvidos uma legislação mais rigorosa sobre os agrotóxicos.
d) Persistem por muito tempo no meio ambiente os efeitos nocivos dos inseticidas clorados.
e) Possuem elevado grau de toxidade os defensivos do tipo fosforado.
14. (PUC-RS) É provável que ……. vagas na academia, mas não ……. pessoas interessadas: são
muitas as formalidades a ……. cumpridas.
a) hajam – existem – ser
b) hajam – existe – ser
c) haja – existem – serem
d) haja – existe – ser
e) hajam – existem – serem
15. (CARLOS CHAGAS) ……. de exigências! Ou será que não ……. os sacrifícios que ……. por sua
causa?
a) Chega – bastam – foram feitos
b) Chega – bastam – foi feito
c) Chegam – basta – foi feito
d) Chegam – basta – foram feitos
e) Chegam – bastam – foi feito
16. (UF-RS) Soube que mais de dez alunos se ……. a participar dos jogos que tu e ele ……. .
a) negou – organizou
b) negou – organizasteis
c) negaram – organizaste
d) negou – organizaram
e) negaram – organizastes
19. (SANTA CASA) Suponho que ……. meios para que se ……. os cálculos de modo mais simples.
a) devem haver – realize
b) devem haver – realizem
c) deve haverem – realize
d) deve haver – realizem
e) deve haver – realize
22. (FCC) –A ocorrência de interferências ___ -nos a concluir que ___ uma relação profunda entre
homem e sociedade que os ___ mutuamente dependentes.
24. (Insper) –“Troque o verbo ou feche a boca Rita Lee cantava uma música que dizia “o resto que
se exploda, feito Bomba H. Será que na língua culta existe “exploda”? Explodir é verbo defectivo,
ou seja, não tem conjugação completa. No presente do indicativo, deve-se conjugá-lo a partir da
segunda pessoa do singular (tu explodes, ele explode etc.). Muita gente não sabe da existência dos
defectivos e os “conjuga” em todas as pessoas.”
(Pasquale Cipro Neto, http://www1.folha.uol.com.br/fsp/1996/10/10/fovest/8.html)
GABARITO/CONCORDÂNCIA VERBAL:
1. C
2. D
3. D
4. D
5. D
6. d) faz, havia, existem
7. c) Faltam aos países subdesenvolvidos uma legislação mais rigorosa sobre os agrotóxicos.
8. D
9. C
10. B
11. D
12. C
13. D
14. C
15. A
16. E
17. B
18. E
19. D
20. D
21. d) Comenta-se; mantiver; repuser; haverá; intervierem.
22. a) leva, existe, torna
23. d) Reformam-se ternos.
24. d) Empresário reavê judicialmente a posse de seu imóvel.
“Vai ............... à carta minha fotografia. Essas pessoas cometeram um crime de ............ patriotismo. Elas
.............. não quiseram colaborar com a campanha.”
“ Vão ................... aos processos várias fotografias. Paisagens as mais belas ................ . Ela estava
.......................... narcotizada.”
17. “Torna-se ...................., para o povo brasileiro, a percepção de que um estudo profundo se faz preciso,
haja .................... os índices altos da criminalidade no país.
“É ________ discussão entre homens e mulheres ________ ao mesmo ideal, pois já se disse ________
vezes que da discussão, ainda que ________ acalorada, nasce a luz”.
a) 1 – 2 – 1 – 1 – 2
b) 2 – 2 – 1 – 1 – 2
c) 2 – 1 – 1 – 1 – 1
d) 1 – 2 – 2 – 2 – 2
e) 2 – 1 – 1 – 1 – 2
GABARITO/CONCORDÂNCIA NOMINAL:
1A - 2C - 3B - 4A - 5B - 6C - 7C - 8D - 9B - 10E - 11D -12E -13C - 14E -15C - 16B - 17C -18A -19D -20D
21-. C 22. A
1 – (SRF) – Das redações abaixo, assinale a que não está pontuada corretamente:
a) Os candidatos, em fila, aguardavam ansiosos o resultado do concurso.
b) Em fila, os candidatos, aguardavam, ansiosos, o resultado do concurso.
c) Ansiosos, os candidatos aguardavam, em fila, o resultado do concurso.
d) Os candidatos ansiosos aguardavam o resultado do concurso, em fila.
e) Os candidatos aguardavam ansiosos, em fila, o resultado do concurso.
2 – (FUVEST 2010) – Em qual destas frases a vírgula foi empregada para marcar a omissão do verbo?
a) Ter um apartamento no térreo é ter as vantagens de uma casa, além de poder desfrutar de um jardim.
b) Compre sem susto: a loja é virtual; os direitos, reais
c) Para quem não conhece o mercado financeiro, procuramos usar uma linguagem livre do economês.
3 –(UFLa – MG) – Aponte a alternativa que justifica corretamente o emprego das vírgulas na seguinte frase:
“Guri que finta banco, escritório, repartição, fila, balcão, pedido de certidão, imposto a pagar.”
(Lourenço Diaféria)
a) Separar o aposto.
b) Separar o vocativo.
c) Separar orações coordenadas assindéticas.
d) Separar oração subordinada adverbial da oração principal.
e) Separar palavras com a mesma função sintática.
4 – (Fuvest-SP) – Escolha a alternativa em que o texto é apresentado com a pontuação mais adequada:
a) Depois que há algumas gerações, o arsênico deixou de ser vendido, em farmácias, não diminuíram os
casos de suicídio, ou envenenamento criminoso, mas aumentou e — quanto… o número de ratos.
b) Depois que há algumas gerações o arsênico, deixou de ser vendido em farmácias, não diminuíram os
casos de suicídio ou envenenamento criminoso, mas aumentou: e quanto! o número de ratos.
c) Depois que, há algumas gerações, o arsênico deixou de ser vendido em farmácias, não diminuíram os
casos de suicídio ou envenenamento criminoso, mas aumentou — e quanto! — o número de ratos.
d) Depois que há algumas gerações o arsênico deixou de ser vendido em farmácias — não diminuíram os
casos de suicídio, ou envenenamento criminoso, mas aumentou; e quanto — o número de ratos.
5 – (UNIRG TO/2016) – Assinale a opção em que está corretamente indicada a ordem dos sinais de pontu-
ação que devem preencher as lacunas da frase abaixo:
6 – (UFGD MS/2015) –
Quem é esta senhora? – Perguntei a Sá.
A resposta foi o sorriso inexprimível, mistura de sarcasmo, de bonomia e fatuidade, que desperta nos ele-
gantes da corte a ignorância de um amigo, profano na difícil ciência das banalidades sociais.
— Não é uma senhora, Paulo! É uma mulher bonita. Queres conhecê-la ?. . .
Compreendi e corei de minha simplicidade provinciana, que confundira a máscara hipócrita do vício com o
modesto recato da inocência. Só então notei que aquela moça estava só, e que a ausência de um pai, de
um marido, ou de um irmão devia-me ter feito suspeitar a verdade.
Depois de algumas voltas descobrimos ao longe a ondulação do seu vestido, e fomos encontrá-la, retirada
a um canto, distribuindo algumas pequenas moedas de prata à multidão de pobres que a cercava. Voltou-se
confusa ouvindo Sá pronunciar o seu nome:
— Lúcia! — Não há modos de livrar-se uma pessoa desta gente! São de uma impertinência! disse ela mos-
trando os pobres e esquivando-se aos seus agradecimentos.
Feita a apresentação no tom desdenhoso e altivo com que um moço distinto se dirige a essas sultanas do
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b) Logo depois do nascimento do filho em 21 de janeiro de 2000 os pais foram para o interior.
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c) No primeiro dos três artigos que publicou na imprensa O presidente nefasto são numerosos os argumentos
contra a venda de empresas estatais.
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e) Depois quando já tinham vendido todas as empresas nacionais deram-se conta de que os compradores
remeteriam o lucro para o exterior onde ficavam as matrizes.
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j) Os maiores culpados são os que não contestam não lutam pelos seus direitos acham que não há solução
que a vida é assim mesmo que cada povo tem o governo que merece.
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k) Sua casa ficava na Favela do Angu na periferia da cidade o que o fazia gastar muito tempo para chegar
ao trabalho.
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m) Este ano como se sabe é o ano de eleições. Cabe ao jovem feliz ou não votar com consciência.
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n) Desejoso de escolher a nova diretoria do grêmio da escola Henrique por exclusão acabou votando na
chapa do Antônio.
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9- Deixo os meus bens: ao meu irmão não, aos sobrinhos nada, aos netos.
Ao encontrar esta frase no testamento da irmã, o irmão modificou a pontuação para que fosse ele o bene-
ficiado. Escreva em seu caderno como ficaria a nova frase.
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10- (FCC-SP) Cada um dos períodos seguintes foi pontuado de cinco formas diferentes. Leia-os todos e
assinale a letra que corresponde ao período de pontuação correta.
9) Deixo os meus bens: ao meu irmão não, aos sobrinhos nada, aos netos.
Ao encontrar esta frase no testamento da irmã, o irmão modificou a pontuação para que fosse ele o bene-
ficiado. Escreva em seu caderno como ficaria a nova frase.
“Deixo os meus bens ao meu irmão, não aos sobrinhos, nada aos netos.”
10) (FCC-SP) Cada um dos períodos seguintes foi pontuado de cinco formas diferentes. Leia-os todos e
assinale a letra que corresponde ao período de pontuação correta.
a) A questão, porém, não é de pão, é de manteiga.
b) A questão porém, não é de pão é de manteiga.
RESPOSTA CERTA: A
05. (COSEAC-UFF) – Em relação ao trecho: “Aqui, a ideia de um custeio social – que na verdade é um rateio,
porque como contribuintes pagamos aquilo que vamos desfrutar como cidadãos – fica mais difícil. Uma coisa
é ratearmos o custo de operações de câncer, de tratamento de doenças caras. Outra é ratearmos o sonho
de corpo de cada um”, a mudança de pontuação que se propõe é inaceitável, consideradas as normas em
vigor, na alternativa:
a) as duas primeiras, para separar vocativo; a terceira e quarta, para separar termo intercalado; e a quinta,
para separar aposto;
b) as quatro primeiras, para separar termos intercalados; a quinta, para separar aposto;
c) as quatro primeiras, para separar vocativo; a quinta, para separar adjunto adverbial;
d) as duas primeiras e a terceira e quarta, para separar aposto; a quinta, para separar adjunto adverbial;
e) as duas primeiras, para separar vocativo; as outras três, para separar aposto.
07. (FUNRIO) – Em “Ela, a mídia, pode e deve se manifestar quanto a suas preferências”, as vírgulas servem
para:
a) separar um vocativo;
b) destacar uma expressão resumitiva;
c) enfatizar um termo subsequente;
d) isolar um aposto;
e) neutralizar um termo antecedente.
08. (VUNESP) – Assinale a alternativa correta, quanto à pontuação, conforme a norma culta:
a) Os óculos, de duas hastes, foram criados, pelo inglês James Ayscough.
b) O senador romano Marco Túlio Cícero, comprava escravos para lerem para ele.
c) No ano 1000: apareceram as primeiras lentes feitas, de cristais de quartzo.
d) Os europeus tinham vergonha, de usar óculos. Pois achavam o adorno feio.
e) Antigamente, quem tinha problema de visão logo se aposentava.
09. (FEC) – No trecho: “Sem que Clarissa saiba exatamente por que, seus olhos [...]”, a pontuação foi devi-
damente empregada, o mesmo não se podendo apontar, porém, em um dos itens abaixo. Marque-o:
10. (NCE-FCC) – Os períodos abaixo apresentam diferenças de pontuação. Assinale, na folha de respostas,
a letra que corresponde ao período de pontuação correta.
a) Será necessário afirmar que nenhum outro seria mais capaz do que ele de realizar tal obra.
b) Será necessário afirmar, que nenhum outro seria mais capaz, do que ele, de realizar tal obra.
c) Será necessário afirmar que, nenhum outro seria mais capaz do que ele de realizar, tal obra.
d) Será necessário afirmar que, nenhum outro, seria mais capaz do que ele, de realizar tal obra.
e) Será necessário afirmar, que nenhum outro, seria mais capaz do que ele, de realizar tal obra.
11. (FEC) – Das alterações feitas abaixo na pontuação da frase: “O futebol, que desde os primeiros anos do
século vinha se difundindo rapidamente pela cidade, alcançava no fim da década de 1910 uma popularidade
ímpar.” está incorreta a que foi feita na opção:
a) O futebol, que, desde os primeiros anos do século, vinha se difundindo rapidamente pela cidade, alcan-
çava no fim da década de 1910 uma popularidade ímpar.
b) O futebol, que desde os primeiros anos do século vinha se difundindo rapidamente pela cidade, alcançava,
no fim da década de 1910, uma popularidade ímpar.
c) O futebol, que, desde os primeiros anos do século, vinha se difundindo rapidamente pela cidade, alcan-
çava, no fim da década de 1910, uma popularidade ímpar.
d) O futebol, que, desde os primeiros anos do século vinha se difundindo, rapidamente pela cidade, alcan-
çava no fim da década de 1910 uma popularidade ímpar.
e) O futebol que, desde os primeiros anos do século, vinha se difundindo rapidamente pela cidade alcançava
no fim da década de 1910 uma popularidade ímpar.
12. (VUNESP) – Assinale a alternativa em que a pontuação atende aos princípios da norma culta.
a) Boa parte de seu crescimento, deve-se a sua estratégia de apoio, às micro, pequenas e médias empresas.
b) Assim como os colegas tentei esclarecer, em meus livros que: o terrorismo é fenômeno antigo, quase
tão antigo quanto a humanidade.
c) A França, com 73 milhões de turistas/ano e a Espanha, com 46 milhões são exemplos de países que
investem e faturam, com o turismo.
d) Outra possibilidade é pedir uma segunda opinião – e pagar por isso – a especialistas inscritos numa lista
com a finalidade de prestar serviços de consultoria.
e) Para muita gente, a época de Natal e Ano Novo só provoca: tristeza – caso dos que vivem, debaixo de
um viaduto.
13 (FESP-RJ) – “A favela é um sintoma – grave – da doença brasileira.” Na frase acima, os travessões foram
usados para:
14. (SENASP) – A pontuação na escrita é a entonação na fala, portanto analise cada uma das opções e
assinale a que não justifica a explicação entre parênteses:
15. (ACCESS) – A vírgula que separa a oração sublinhada em “Os ídolos cumprem um papel importante.
São geradores de entusiasmo e alegria. Ayrton Senna foi um semeador de otimismo. O Brasil esquecia suas
mazelas, e os nossos domingos se vestiam de verde e amarelo.” da oração seguinte se justifica porque
esta oração:
16. (CESPE-UnB) – Marque a opção que apresenta emprego inadequado de sinal de pontuação:
17. Assinale a opção em que está corretamente indicada a ordem dos sinais de pontuação que devem pre-
encher as lacunas da frase abaixo:
“Quando se trata de trabalho científico ___ duas coisas devem ser consideradas ____ uma é a contribuição
teórica que o trabalho oferece ___ a outra é o valor prático que possa ter.
a) dois pontos, ponto e vírgula, ponto e vírgula
b) dois pontos, vírgula, ponto e vírgula;
c) vírgula, dois pontos, ponto e vírgula;
d) pontos vírgula, dois pontos, ponto e vírgula;
e) ponto e vírgula, vírgula, vírgula.
18. Observe:
1) depois de muito pedir ( ) obteve o que desejava;
2) se fosse em outras circunstâncias ( ) teria dado tudo certo;
3) exigiam-me o que eu nunca tivera ( ) uma boa educação;
4) fez primeiramente seus deveres ( ) depois foi brincar;
19. Assinale a opção em que está corretamente indicada a ordem dos sinais de pontuação que devem
preencher as lacunas da frase abaixo:
“Como amanhã será o nosso grande dia ___ duas coisas serão importantes ___ uma é a tranqüilidade ___
a outra é a observação minuciosa do que esta sendo solicitado”.
a) dois pontos, ponto e vírgula, ponto e vírgula;
b) vírgula, vírgula,vírgula;
c) vírgula, dois pontos, ponto e vírgula;
d) dois pontos, vírgula, ponto e vírgula;
e) ponto e vírgula, dois pontos, vírgula.
20. Assinale a série de sinais cujo emprego corresponde, na mesma ordem, aos parênteses indicados no
texto:
a) , , ? ? ? , , , .
b) : ? , , ? , ___ ___ ?
c) ___ ? , , . ___ ___ ___ .
d) : ? , . ___ , , , ?
e) : . , , ? , , , .
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(38) 3014-1414
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