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UNIVERSIDADE POLITÉCNICA-A POLITÉCNICA

Instituto Superior de Humanidades, Ciências e Tecnologias

Engenharia Civil

Relatório de estágio

Ilídio Sérgio Daniel Artur

Quelimane

2022
Ilídio Sérgio Daniel Artur

Relatório de estágio

Relatório de estágio apresentado a Universidade


Politécnica, Instituto Superior de Humanidades,
Ciências e Tecnologias como requisito parcial
para obtenção do grau de Licenciatura em
Engenharia Civil

Quelimane

2022
Lista de figuras
Figura 1: Sapatas Isoladas. ....................................................................................................... 14
Figura 2: Impermeabilização dos alicerces. ............................................................................. 19
Figura 3: Impermeabilização de Alicerces. .............................................................................. 20
Figura 4: Impermeabilização em locais de pouca ventilação. ..................................................20
Figura 5: Impermeabilização com ventilação, ......................................................................... 21
Figura 6: Apresentação e ambientação do canteiro de obra. .................................................... 23
Figura 7: Início da demolição parcial. ......................................................................................24
Figura 8: Abertura de Caboucos. ..............................................................................................24
Figura 9: Sapata feita pronta para a implantação. .................................................................... 25
Figura 10: Implantação dos pilares. ......................................................................................... 26
Figura 11: Betonagem das sapatas até o nível do betão de limpeza. ........................................26
Figura 12: Vigas de Fundação. .................................................................................................27
Figura 13: Cofragens vigas de fundação. ................................................................................. 27
Figura 14: Viga de fundação betonada. ....................................................................................28
Figura 15: Assentamento da alvenaria de fundação. ................................................................ 29
Figura 16: Processos de cofragem e betonagem dos pilares a nível da fundação. ................... 29
Figura 17: Processo de cofragem das vigas de pavimento. ...................................................... 30
Figura 18: Vigas de Pavimento betonadas. .............................................................................. 30
Figura 19: Aterro de solos. ....................................................................................................... 31
Figura 20: Agregados grossos na laje de Pavimento. ...............................................................31
Figura 21: Aplicação da malha sol. .......................................................................................... 32
Figura 22: Enchimento da laje de pavimento. .......................................................................... 32
Figura 23: Finalização da laje de pavimento. ...........................................................................33
Lista de tabelas
Tabela 1: Cronograma de realização de actividades. ............................................................... 10
Tabela 2: Tipos de Fundação. ...................................................................................................13
Índice
1. Introdução ...........................................................................................................................7

2. Objectivos ...........................................................................................................................7

2.1. Objectivo geral .............................................................................................................7

2.2. Objectivo específico .................................................................................................... 7

3. Apresentação da Instituição de Acolhimento ..................................................................... 8

3.1. Análise da organização (Missão e Visão) ....................................................................8

3.1.1. Missão .................................................................................................................. 8

3.1.2. Visão .....................................................................................................................8

3.2. Função dos Componentes da empresa ......................................................................... 8

4. Plano de estágio ..................................................................................................................9

4.1. Elementos Identificativos ............................................................................................ 9

4.1.1. Dados do estagiário .............................................................................................. 9

4.1.2. Dados da Instituição acolhedora do estágio ......................................................... 9

4.1.3. Caracterização do Estagio .................................................................................... 9

5. Cronograma físico real das actividades realizadas no estágio ......................................... 10

6. Fundamentação Teórica ................................................................................................... 12

6.1. Fundação ....................................................................................................................12

6.1.1. Tipos de fundações .............................................................................................13

6.2. Cofragens ...................................................................................................................15

6.2.1. Classificação das cofragens ................................................................................15

6.2.2. Cofragens Recuperáveis Tradicionais ................................................................ 16

6.3. Desconfrangem .......................................................................................................... 17

6.3.1. Regras Base a Ter em Atenção na Desconfrangem ........................................... 17

6.3.2. Limpeza Dos Moldes Após a Desconfrangem ................................................... 17

6.4. Betonagem ................................................................................................................. 18

6.5. Impermeabilizantes ....................................................................................................18


6.5.1. Impermeabilização dos alicerces ........................................................................19

7. Descrição das actividades realizadas no estágio .............................................................. 22

7.1. Apresentação e ambientação no canteiro de obra ......................................................23

7.2. Demolição parcial e abertura de caboucos ................................................................ 24

7.3. Betão de Limpeza ...................................................................................................... 25

7.4. Implantação das Sapatas e pilares ..............................................................................25

7.5. Betão nas sapatas ao nível do betão de limpeza ........................................................ 26

7.6. Implantação de vigas de fundação ............................................................................. 27

7.7. Cofragens e betonagem das vigas de fundação ......................................................... 27

7.8. Descofragem das vigas de fundação ..........................................................................28

7.9. Assentamento das alvenarias de fundação com blocos maciços ............................... 28

7.10. Colocação das cofragens e betonagem dos pilares a nível de fundação ................ 29

7.11. Implantação das vigas de pavimento sua cofragem e betonagem; .........................30

7.12. Aterro de solos e aplicação de telas impermeáveis ................................................31

7.13. Assentamento de agregado grosso na laje do pavimento .......................................31

7.14. Aplicação da malha sol .......................................................................................... 32

7.15. Betonagem da laje de pavimento e processos de cura ........................................... 32

8. Sugestões/ Recomendações .............................................................................................. 34

8.1. Sugestões/ recomendações para o ISHCT ................................................................. 34

8.2. Sugestões a empresa Faquira Construções Lda. ........................................................ 34

9. Conclusão ......................................................................................................................... 35

10. Referencias Bibliográficas ........................................................................................... 36

Anexos ......................................................................................................................................37
1. Introdução

O presente relatório almeja discorrer sobre as experiências apreendidas na unidade de


estágio profissional relativos ao curso de engenharia civil, realizado na empresa FAQUIRA
CONSTRUÇÕES LDA.

Este relatório de estágio é elaborado no âmbito da disciplina Estágio Curricular


Supervisionado, com vista à conclusão do curso de Licenciatura em Engenharia Civil no
Instituto Superior de Humanidades, Ciências e Tecnologias, na Delegação de Quelimane.

O estágio supervisionado é a exteriorização do conhecimento académico fora da


universidade o momento em que o estagiário coloca em prática os conhecimentos acumulados,
as metodologias adquiridas e as orientações recebidas durante a graduação. O estágio e suas
situações surgidas com a vivência no âmbito escolar proporcionam ao estagiário experiência
que serão muito úteis na sua carreira profissional.

Este relatório objectiva, portanto, mostrar como foram planejadas as actividades bem
como a escolha dos textos e exercícios. Durante a elaboração do relatório, foi conciliado pelo
estudante abordar acerca de fundação, desde a abertura de caboucos até ao enchimento do
pavimento.

O estágio realizou-se em uma das obras da empreitada, sendo esta a implantação de um


escritório de dois pisos (rés-do-chão e o primeiro andar).

2. Objectivos
2.1. Objectivo geral

Conciliar o entrelaçamento entre teoria e prática ao quotidiano dos educandos,


aprimorando os conhecimentos de modo a abraçar os conteúdos assimilados durante o
decorrer das aulas.

2.2. Objectivo específico


 Acompanhar as actividades dentro do canteiro de obra durante o estágio;

 Identificar os sectores estagiados, descrevendo as suas actividades realizadas de uma


forma objectiva;
 Exercer actividades praticas, conciliando com os conhecimentos adquiridos nas aulas
teóricas;
 Compreender qual é o papel do Engenheiro civil no processo de tomada de decisão.

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3. Apresentação da Instituição de Acolhimento

A empresa Faquira construções. É uma empresa privada moçambicana na área de


construção de edifícios, situada na Cidade de Quelimane, Província de Zambézia. A empresa
Faquira construções, abreviadamente designada pela sigla FC, é uma pessoa colectiva de
direitos privados e interesse cultural e social, sem fins lucrativos, de âmbito provincial, dotada
de personalidade jurídica, que se rege pelo presente estatuto e demais legislação aplicável

3.1. Análise da organização (Missão e Visão)


3.1.1. Missão

A missão definida pela empresa Faquira construções é Desenvolver projectos modernos


orientados ao mercado actual e atender as necessidades dos clientes com eficiência,
criatividade e tecnologia contribuindo assim para melhoria de vida dos clientes.

3.1.2. Visão

Tem como visão crescer e tornar-se referência a nível nacional no ramo de consultoria em
engenharia civil pelos serviços prestados.

3.2. Função dos Componentes da empresa


 Sector Administração: divide-se em duas partes sendo os recursos humanos, que trata
da parte de contratação de pessoal e aspectos de segurança do pessoal no trabalho, e
recursos financeiros onde se gerência o orçamento da obra, os pagamentos de matérias
e o pagamento do pessoal;
 Gerência de Operações e Serviços: dividido em duas partes sendo o departamento
técnico onde trata-se os aspectos técnicos para a execução da obra e o departamento de
fiscalização da obra que tem a função de verificar os aspectos técnico aplicados e se
necessário fazer a sua rectificação.

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4. Plano de estágio
4.1. Elementos Identificativos
4.1.1. Dados do estagiário
 Estudante: Ilídio Sérgio Daniel Artur
 Código de estudante: 580005
 Instituição de ensino: UNIVERSIDADE POLITÉCNICA – A POLITÉCNICA:
Instituto Superior de Humanidades, Ciências e Tecnologias (ISHCT)
 Curso: Engenharia Civil
 Contacto: +258 878759197/ +258 843767678
 Correio electrónico: ilidiosergio79@gmial.com
4.1.2. Dados da Instituição acolhedora do estágio
 Instituição: Faquira Construções, LDA;
 Localização: Zambézia, Cidade de Quelimane
 Contacto: +258 868771670
 Director do Departamento Técnico: Mendiate Carlos
 Supervisor da Instituição: Antonio Elias
 Contacto: +258 845967691
4.1.3. Caracterização do Estagio
 Sector: Departamento Técnico
 Duração Prevista: 18 de Agosto de 2022 à 15 de Outubro de 2022
 Duração: 45 dias
 Horário de Entrada: 07:00 horas
 Horário de Saída: 14:00 horas
 Carga Horária Diária: 7 horas
 Carga Horária Semanal: 35 horas
 Carga Horária Total: 280 horas

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5. Cronograma físico real das actividades realizadas no estágio

Tabela 1: Cronograma de realização de actividades.

Agosto Setembro Outubro


Nº Act Semana I Semana II Semana III Semana IV Semana V Semana VI Semana VII Semana VIII
22 a 26 29 a 02 05 a 09 12 a 16 19 a 23 26 a 30 03 a 07 10 a 14
01 a) X
02 b) X X
03 c) X
04 d) X
05 e) X
06 f) X
07 g) X
08 h) X
09 i) X
10 j) X
11 k) X
12 l) X X
13 m) X
14 n) X
15 o) X
16 P) X
17 q) X
Fonte: O Autor
a) Apresentação e ambientação no j) Colocação das cofragens dos
canteiro da obra; pilares a nível de fundação;
b) Demolição parcial e abertura de k) Betonagem dos pilares;
caboucos; l) Implantação das vigas de
c) Enchimento dos caboucos com pavimento sua cofragem e
betão de limpeza; betonagem a 70%;
d) Implantação das sapatas e pilares; m) Colocação de solos e telas
e) Enchimento de betão nas sapatas ao impermeáveis;
nível do betão de limpeza; n) Cofragem da laje de pavimento;
f) Amarração das armaduras e o) Assentamento de agregado grosso
implantação da viga de fundação; (3/4) na laje do pavimento;
g) Cofragens e betonagem das vigas p) Amarração da malha da laje do
de fundação; pavimento;
h) Desconfrangem das vigas de q) Enchimento da laje de pavimento e
fundação; processos de cura.
i) Assentamento das alvenarias de
fundação com blocos maciços;
6. Fundamentação Teórica
6.1. Fundação

Fundações são os elementos estruturais cuja função é transmitir as cargas da estrutura ao


terreno onde ela se apoia. AZEREDO (1988:08). Assim, as fundações devem ter resistência
adequada para suportar as tensões causadas pelos esforços solicitantes. Além disso, o solo
necessita de resistência e rigidez apropriadas para não sofrer ruptura e não apresentar
deformações exageradas ou diferenciais.

Para se escolher a fundação mais adequada, deve-se conhecer os esforços actuantes sobre
a edificação, as características do solo e dos elementos estruturais que formam as fundações.
Assim, analisa-se a possibilidade de utilizar os vários tipos de fundação, em ordem crescente
de complexidade e custos. WOLLE (1993:10)

As Fundações bem projectadas correspondem de 3% a 10% do custo total do edifício;


porém, se forem mal concebidas e mal projectadas, podem atingir 5 a 10 vezes o custo da
fundação mais apropriada para o caso. O custo da fundação aumenta também em casos em
que as características de resistência do solo são incompatíveis com os esforços que serão a ele
transferidos, pois nestas situações, elementos de fundação mais complexos são exigidos,
podendo-se ter, inclusive, a necessidade de troca de solo, com reaterro e compactação. Tudo
isto levando a custos, muitas vezes, não previstos inicialmente.

Para Bastos (2019:15), a fundação Parte inferior da estrutura de um edifício que suporta e
transmite cargas ao terreno. A infra-estrutura ou fundação pode ser:

 Fundação directa: se o solo firme estiver a pequena profundidade. Ex.: sapatas


contínuas, sapatas isoladas, blocos;
 Fundação indirecta, se o solo firme estiver a profundidade que elimine a execução de
fundação directa. Ex.: estacas pré-moldadas, tubulões.

Para as fundações, na grande maioria dos casos, faz-se a avaliação e o estudo das
características do subsolo do terreno sobre o qual será executada a edificação se resume em
sondagens de simples reconhecimento (sondagem à percussão); mas, dependendo do porte da
obra, ou se as informações obtidas não forem satisfatórias, outros tipos de pesquisas poderão
ser executados (por exemplo, poços exploratórios, ensaio de penetração contínua, ensaio de
palheta).
6.1.1. Tipos de fundações

Dando aprofundamento do que já foi citado acima, as fundações se classificam em


directas e indirectas, de acordo com a forma de transferência de cargas da estrutura para o
solo onde ela se apoia.

Fundações directas são aquelas que transferem as cargas para camadas de solo capazes de
suportá- las, sem deformar-se exageradamente. Esta transmissão é feita através da base do
elemento estrutural da fundação, considerando apenas o apoio da peça sobre a camada do solo,
sendo desprezada qualquer outra forma de transferência das cargas. Brito (1987:13).

A fundação rasa se caracteriza quando a camada de suporte está próxima à superfície do


solo (profundidade até 2,0 m), ou quando a cota de apoio é inferior à largura do elemento da
fundação Brito (1987:14).

Fundações indirectas são aquelas que transferem as cargas por efeito de atrito lateral do
elemento com o solo e por efeito de ponta

Tabela 2: Tipos de Fundação.

Blocos e alicerce
Sapatas Corrida
Isolada
Fundações directas Rasas Associada

Radiers Alavancada

Tubões Céu aberto


Fundações directas profundas Ar comprimido
Brocas
Estacas de madeira
Fundações Profundas Estaca de aço
Betão pré-moldado
Strauss
Moldadas in loco Franki
Raiz
Barrete/ estacão
Fonte: Brito (1987:14).
6.1.1.1. Sapatas

São aquelas que transmitem para o solo, através de sua base, a carga de uma coluna (pilar)
ou um conjunto de colunas. Brito (1987:15).

Segundo Brito (1987:15), Para construção de uma sapata isolada, são executadas as
seguintes etapas:

I. Forma para o rodapé, com folga de 5 cm para execução do concreto “magro”;


II. Posicionamento das formas, de acordo com a marcação executada no gabarito de
locação;
III. Preparo da superfície de apoio;
IV. Colocação da armadura;
V. Posicionamento do pilar em relação à caixa com as armações;
VI. Colocação das guias de arame, para acompanhamento da declividade das
superfícies do concreto;
VII. Concretagem: a base poderá ser vibrada normalmente, porém para o concreto
inclinado deverá ser feita uma vibração manual, isto é, sem o uso do vibrador.

Obs.: a etapa 3 compreende a limpeza do fundo da vala de materiais soltos, lama, o


apisoamento com soquete ou sapo mecânico e a execução do concreto “magro”, que é um
lastro de concreto com pouco cimento, com função de regularizar a superfície de apoio e não
permitir a saída da água do concreto da sapata, além de isolar a armadura do solo. A vala deve
ser executada com pelo menos 10 cm de folga a mais da largura da sapata para permitir o
trabalho dos operários dentro dela.

Figura 1: Sapatas Isoladas.

Fonte: Brito (1987:15)


6.2. Cofragens

Para a execução dos vários elementos estruturais de betão (sapatas, lajes, vigas, muros,
pilares e outros), é necessário recorrer a moldes, que tal como o nome indica moldam o betão
à sua forma final. Sendo o betão um material fluido, que só se solidifica e torna resistente ao
fim de alguns dias, é premente o recurso a moldes e elementos de suporte que assegurem as
formas pretendidas até que este adquira as propriedades que lhe permitam uma elevada
longevidade estrutural. É este o motivo pelo qual é fundamental em obra a utilização de
cofragens.

De acordo com por Branco (2011:170) A Cofragem é:

(…) O termo dado a moldes, em que temporária ou permanente


o betão e/ou materiais similares são derramados. No contexto da
construção em betão, o cimbre (molde em madeira com a forma de
arco, ou abóbada, que serve de armação de suporte, durante a
execução e estabilização da peça), suporta os moldes de cofragem.
Molde de madeira, cartão, plástico ou chapas metálicas, utilizado
para colocação de betão, de modo que este mantenha a forma
determinada durante o processo de endurecimento. (…)

6.2.1. Classificação das cofragens

De acordo com por Branco (2011:172), a classificação de materiais de cofragem. Na


construção privada de fundações são dois tipos principais de cofragem, é removível e design
não-removível. Sobre exactamente quais materiais são feitos, como fazer o cálculo da
quantidade necessária de cofragem e que prestar atenção, vamos falar mais detalhes.

Existem diversos tipos de cofragens, porém dividem-se em três grandes grupos que são:

 Cofragens Recuperáveis - é de certa forma a maioria das formas de cofragem existente,


uma vez que permite uma maior rentabilização dos materiais, com varias reutilizações,
dependendo do estado dos materiais;
 Cofragens Perdidas - é uma espécie de cofragem em que como o próprio nome diz o
material fica perdido na estrutura. O material não é recuperado o que torna a sua
rentabilização mais limitada. Normalmente é utilizado em zonas onde não há a
possibilidade de acesso para a recuperação desse material.
 Cofragens Descartáveis - é um tipo de cofragem em que todo o material utilizado fica
totalmente sem serventia, devido a sua fragilidade. Um exemplo disso é a cofragem de
papel cartonado.
Para além desses três grandes grupos de cofragens, elas podem ser classificadas também
pela geometria e forma de aplicação:

 Cofragens Modular - constituídas por uma estrutura metálica que serve de suporte para
a superfície que está directamente em contacto com o betão, ou seja, o molde;
 .Cofragem Vertical - Normalmente para estruturas em posição vertical, como é o caso
de muros, pilares etc.
 Cofragem Auto-trepante - Esse tipo de cofragem é utilizado essencialmente em pilares
ou outros elementos verticais como grandes colunas. É caracterizado pelo fato de que
nesses casos não há condições de fazer o devido escoramento e recorre-se a própria
estrutura para servir de escoramento;
 Cofragem deslizante - Utilizado normalmente em elementos horizontais, é um tipo de
cofragem que normalmente desloca horizontalmente e é utilizado essencialmente na
betonagem de pontes;

6.2.2. Cofragens Recuperáveis Tradicionais

As abordagens feitas por Branco (2011:170) cofragens tradicionais são as executadas


integralmente com barrotes e tábuas de madeira maciça, sem recurso a outros materiais, ainda
que possam ser criadas assemblagens de tábuas e barrotes sob a forma de taipais e estrados e
também possa existir alguma normalização ao nível das dimensões dos elementos.

6.2.2.1. Vantagens das cofragens recuperáveis tradicionais

De acordo com por Branco (2011:170), as Vantagens da utilização de cofragens


tradicionais são:

 Realização de peças com qualquer forma geométrica;


 Versatilidade, em obras em que a sua dimensão e/ou arquitectura não proporcionam
grande facilidade para aplicação de sistemas racionalizados.

6.2.2.2. Desvantagens

Segundo por Branco (2011:170), as desvantagens da utilização de cofragens tradicionais


são:

 Pequeno número de reutilizações;


 Forte incidência de mão-de-obra;
 Elevados tempos de cofragem e desconfrangem;
 Dificuldade de limpeza dos moldes.
6.3. Desconfrangem

De acordo com Segundo Filipe (2000:34), Descofragem é o ato de desmontagem da


cofragem após a cura do betão, esta é feita manualmente com o uso de material apropriado e
não pode ser feita antes que o betão esteja curado.

6.3.1. Regras Base a Ter em Atenção na Desconfrangem

Segundo Batista (2011:48), as regras a ter no processo de descofragem são:

 O tempo de endurecimento até à desconfrangem é função das dimensões do elemento


betonado, do tipo de cimento e das condições de ambiente;
 A desconfrangem deve ser feita de maneira a que a peça seja sempre sujeita aos
esforços para a qual foi projectada;
 Os elementos de aperto e de apoio (parafusos, tirantes, cunhas, pontaletes, prumos,
etc.) Deverão ser aliviados ou retirados intervaladamente, sem choques bruscos;
 Nunca deverão ser utilizadas alavancas metálicas entre o betão e a cofragem, o que
deixa marcas no betão; este cuidado é, naturalmente, mais relevante em obras onde se
pretende que o betão fique à vista;
 As arestas das peças acabadas de desconfrangem, no caso de poderem vir a ser
danificadas pelo tráfego de pessoas ou materiais, deverão ser protegidas por sarrafos.

6.3.2. Limpeza Dos Moldes Após a Desconfrangem

Segundo Batista (2011:48), sobre a limpeza dos moldes teremos os seguintes


conteúdos.

 As faces dos moldes deverão ser limpas imediatamente após a sua utilização e não só
passado um longo período de tempo;
 Os elementos de madeira deverão ser limpos com escovas duras para a remoção de
crostas de betão;
 Depois de limpos, os componentes dum sistema de cofragens, se não se destinarem a
imediata utilização, deverão ser armazenados.
6.4. Betonagem

De acordo com Brazão (1972:59), betonagem refere-se ao processo de preenchimento


de formas preestabelecidas com betão ou concreto usinado, muitas vezes, envolvendo uma
estrutura metálica. De forma muito simplista, denomina o processo de encher as cofragens
com betão.

Um betão bem aplicado deve envolver totalmente as armaduras e preencher todos os


espaços que a cofragem delimita, sem ter sofrido segregação.

Brazão (1972:59) Cita que:

(…) A melhor forma de aplicar o betão é colocá-lo logo à


partida o mais próximo possível da sua posição final, minimizando
as operações de espalhamento evitando assim o “arrastamento”
(movimentação horizontal) do betão. Projectar o betão contra as
paredes da cofragem e não directamente para a base também é
contraproducente pois aumenta a possibilidade de segregação. (…)

6.5. Impermeabilizantes

De acordo com Franco da Costa (1972:27), a impermeabilização é

(…) De fundamental importância no aumento da durabilidade


das construções. Os serviços de impermeabilização representam
uma pequena parcela do custo e do volume de uma obra, quando
anteriormente planejada, e as falhas corrigidas a posterior, somam
muitas vezes o custo inicial. A impermeabilização das edificações
não é uma prática moderna. (…)

Actualmente, dispomos de produtos desenvolvidos especialmente para evitar a acção


prejudicial da água.

Podemos dividir os tipos de impermeabilização, de acordo com o ataque de água:

 Contra a pressão hidrostática;


 Contra a infiltração;
 Contra a humidade do solo.

Os serviços de impermeabilização contra pressão hidrostática e contra água de


infiltração não admitem falhas; a impermeabilização para esses tipos, mais utilizada há mais
de 50 anos, é a por meio de membranas onde a plasticidade é a grande vantagem, pois
acompanha o movimento das trincas que venham a se formar na estrutura permanecendo
impermeáveis mesmo sob pressão hidrostática.
6.5.1. Impermeabilização dos alicerces

Independente do tipo de fundação adoptada deve executar uma impermeabilização no


respaldo dos alicerces (Figura abaixo). A fundação sempre é executada num nível inferior ao
do piso, sendo necessário assentar algumas fiadas de tijolos sobre a sapata corrida ou sobre o
baldrame, até alcançarmos o nível do piso (Alvenaria de embasamento).

No tijolo a água sobe por capilaridade, penetrando até a altura de 1,50m nas paredes
superiores, causando sérios transtornos. Portanto é indispensável uma boa impermeabilização
no respaldo dos alicerces, local mais indicado para isso, pois é o ponto de ligação entre a
parede que está livre de contacto com o terreno e o alicerce. Franco da Costa (1972:28)

Figura 2: Impermeabilização dos alicerces.

Fonte: Franco da Costa (1972:28)

Recomendações importantes pra uma boa execução da impermeabilização:

 Deve-se sempre dobrar lateralmente cerca de 10 a 15 cm (Figura 24);


 A camada impermeável não deve ser queimada, mas apenas alisada, para que sua
superfície fique semi-áspera evitando fissuras;
 Usa-se a mesma argamassa para o assentamento das duas primeiras fiadas da alvenaria
de elevação.
Figura 3: Impermeabilização de Alicerces.

Fonte: Franco da Costa (1972:28)

Obs.: O tempo de duração de uma impermeabilização deverá corresponder ao tempo de


uso de uma construção. Sua substituição envolve alto custo e transtorno aos usuários.

6.5.1.1. Impermeabilização nas alvenarias sujeita a humidade do solo

Além dos alicerces, nos locais onde o solo entra em contacto com as paredes, devemos
executar uma impermeabilização. Faz-se necessário estudar caso a caso para adoptar o melhor
sistema de impermeabilização (rígido e semi-flexível para humidade e flexível para
infiltração). Onde o solo encostar-se à parede levantar o revestimento interno e externo no
mínimo 60 cm acima do solo.

Figura 4: Impermeabilização em locais de pouca ventilação.

Fonte: Franco da Costa (1972:28)

Onde o solo encostar-se à parede levantar o revestimento interno e externo no mínimo 60


cm acima do solo.
Figura 5: Impermeabilização com ventilação,

Fonte: Franco da Costa (1972:28)

Em ambos os casos o alicerce e o lastro impermeabilizado devem coincidir.


7. Descrição das actividades realizadas no estágio

Durante o estágio foi possível colocar em prática a vivência de obra de um Engenheiro


Civil, que em pouco tempo será realidade.

As actividades realizadas durante o período de estágio, com a finalidade de aprimorar os


conhecimentos param a realização deste relatório de estágio supervisionado, de fim do curso
de Engenharia civil, na Universidade Politécnica A-Politécnica, Instituto Superior de
Humanidades, Ciências e tecnologias, que teve o seu início no dia 18 de Agosto de 2022, na
província de Zambézia, cidade de Quelimane, no Bairro Sinacura e teve seu término no dia 15
de Outubro de 2022.

A Faquira Construções possui um sistema de estágio controlado pelo encarregado de obra


da empresa, o qual auxilia os estagiários nas actividades e em dúvidas que por ventura possam
surgir. A construtora exige que, todos devem estar rigorosamente comprometidos a
desenvolver suas actividades com total determinação e competência, para que tudo sai como
planejado.

O relacionamento interpessoal na empresa e a adaptação do estagiário é feito da melhor


maneira possível, pois todos são tratados da melhor forma e iguais. Todos possuem o direito
de acompanhar, bem como dar sugestões e auxiliar os trabalhadores na realização das
actividades, os alertando de possíveis melhorias, quando apontados pelo checklist, ou seja,
quando o estagiário observa que alguma etapa não foi cumprida da melhor maneira, ele deve
alertar o trabalhador, para que a mesma possa ser refeita.

As principais oportunidades durante a aprendizagem na prática no canteiro de obras,


foi justamente poder acompanhar as etapas da obra e recordar todos os conhecimentos
passados durante o curso em sala de aula.

Durante a realização do estágio procederam-se varias actividades tais como:

 Apresentação e ambientação no canteiro da obra;


 Demolição parcial e abertura de caboucos;
 Betão de limpeza;
 Implantação das sapatas e pilares;
 Enchimento de betão nas sapatas ao nível do betão de limpeza;
 Amarração das armaduras e implantação da viga de fundação;
 Cofragens e betonagem das vigas de fundação;
 Desconfrangem das vigas de fundação;
 Assentamento das alvenarias de fundação com blocos maciços;
 Colocação das cofragens dos pilares a nível de fundação;
 Betonagem dos pilares;
 Implantação das vigas de pavimento sua cofragem e betonagem;
 Colocação de solos e telas impermeáveis;
 Cofragem da laje de pavimento;
 Assentamento de agregado grosso (3/4) na laje do pavimento;
 Amarração da malha da laje do pavimento;
 Betonagem da laje de pavimento e processos de cura.

O acompanhamento de todos os processos e fases de execuções foram listados por meio


de checklist com a finalidade de verificação das actividades que estavam sendo executadas
pela equipe dentro do canteiro de obras. A função do estagiário é acompanhar e descrever em
relatório final, o que foi realizado durante o expediente, listando tanto o que ainda seria
executado, como o que precisaria ser refeito.

7.1. Apresentação e ambientação no canteiro de obra

A primeira actividade realizada no estágio, sobre minha responsabilidade era a


conferência do canteiro de obra, onde para além da verificação do local da obra e do seu
estado, também verificou-se e se teve a oportunidade de apreciar o projecto executivo.

Figura 6: Apresentação e ambientação do canteiro de obra.

Fonte: Autor.
7.2. Demolição parcial e abertura de caboucos

A Segunda actividade realizada no estágio, sobre minha responsabilidade foi a demolição


parcial da antiga edificação, de modo a liberar espaço para que fosse executada a abertura de
caboucos da nova edificação, sem que fosse necessariamente demolir a edificação antiga por
completo.

Figura 7: Início da demolição parcial.

Fonte: O autor.

De início, era ideia realizar o reaproveitamento das paredes da edificação antiga, porem,
depois de analisada a fundação da mesma, constatou-se que não se adequava ao que era
pretendia implantar.

Ainda nesta senda, realizou-se a abertura de caboucos do novo edifício, com largura de
0.80m e profundidade de 0.70m. Porem, em áreas onde seriam implantadas as sapatas a
largura correspondia a 1.00m e profundidade de 0.90m.

Figura 8: Abertura de Caboucos.

Fonte: O autor.
7.3. Betão de Limpeza

Para o enchimento do betão de limpeza, foi definido uma bitola de 0.45m, de estacas
metálicas, sendo desta, 0.10m correspondente a parte submersa ao solo, 0.20m de
enrocamento feito com agregado grosso ¾ e 0.15m de betão de Limpeza. O betão foi B30,
cuja resistência é mínima em relação ao betão preparado nos pontos a seguir.

Uma das dificuldades encontradas no início da fundação, depois da abertura dos


caboucos, foi com a água que surgia nos caboucos, devido a presença de lençol freático muito
em cima, e por a zona de natureza ser húmida.

7.4. Implantação das Sapatas e pilares

As sapatas da obra em questão apresentam mesma secção, de 0.80x0.80m com armaduras


de diâmetro ø12 (12mm), espaçada a 0.20m com gancho de 0.10m.

Figura 9: Sapata feita pronta para a implantação.

Fonte: O Autor.

Já para os pilares, as suas armaduras eram compostas por uma secção de 0.30x0.15, com 6
varões de 10mm, os estribos de varão de 6mm espaçadas a 0.20m, os ganchos para abraçar a
sapata eram de 0.25m encurvados a 0.10m.
Figura 10: Implantação dos pilares.

Fonte: O Autor.

7.5. Betão nas sapatas ao nível do betão de limpeza

O betão utilizado para as sapatas foi o B25, ao traço 1:2:3, no qual o 1 era equivalente ao
saco de cimento, o 2 equivalente a carrinhas de areia e o 3 era equivalente a carrinhas de
pedra (brita). E a parte líquida era dimensionada consoante a plasticidade da mistura,
preparado de forma convencional (a mão em ceias, sem utilização de betoneiras).

Figura 11: Betonagem das sapatas até o nível do betão de limpeza.

Fonte: O Autor.
7.6. Implantação de vigas de fundação

Vale ressaltar que, todas armaduras utilizadas durante o período de estágio, eram pré-
fabricadas em outro estaleiro, isto é, a amarração de todas as armaduras estruturais eram feitas
em outro local.

A viga de fundação era composta por uma secção de 0.50x0.50m, com estribos de varão
de diâmetro ø6 (6mm) espaçados a 0.20m um do outro, e as armaduras longitudinais com 6
varões, 4 de varão de diâmetro ø12 (12mm) e as centrais de 10mm.

Figura 12: Vigas de Fundação.

Fonte: O Autor.

7.7. Cofragens e betonagem das vigas de fundação

Para a cofragem das vigas, foi utilizado como material a madeiras Umbila com as
seguintes dimensões 3.50m a 4.00m de comprimento, (tendo uma largura de 0.30m),onde
eram fixadas duas tabuas de modo a compensar os 0.50m.

Figura 13: Cofragens vigas de fundação.

Fonte: O Autor.
A betonagem das vigas de fundação foi no traço 1:2:3, no qual o 1 era equivalente ao saco
de cimento, o 2 equivalente a carrinhas de areia e o 3 era equivalente a carrinhas de pedra
(brita).

Figura 14: Viga de fundação betonada.

Fonte: O Autor.

7.8. Descofragem das vigas de fundação

Para a execução de desmoldagem ou desconfrangem das vigas de fundação primeiro


obedeceu-se o tempo mínimo de cura acompanhado de regas com horários recomendados de
acordo com as orientações técnicas, e para a sua descofragem utilizou-se como ferramenta o
pé de cabra e martelo.

7.9. Assentamento das alvenarias de fundação com blocos maciços

Para o assentamento das alvenarias de fundação, foi utilizado o bloco de cimento e areia
com as seguintes dimensões 20x20x40cm, a massa de assentamento com um traço de 1:3 e a
massa do maciço com um traço de 1:3:4. A altura total do assentamento das alvenarias de
fundação foi de 1.00m (equivalente a 4 fiadas de blocos maciços e a respectiva massa de
assentamento).
Figura 15: Assentamento da alvenaria de fundação.

Fonte: O Autor.

7.10. Colocação das cofragens e betonagem dos pilares a nível de fundação

Para a cofragem dos pilares foram utilizados madeiras de umbila, com as dimensões
de 3.50 a 4.00m de comprimento e podendo variar as suas larguras de 0.2 a 0.6m. para a
fixação das mesmas foram utilizados arrames recozidos, esquadros e pregos.

O betão utilizado pra a betonagem dos pilares foi o B25 com o traço de 1:2:3, o qual a
mistura foi feita em uma betoneira.

Figura 16: Processos de cofragem e betonagem dos pilares a nível da fundação.

Fonte: O Autor.
7.11. Implantação das vigas de pavimento sua cofragem e betonagem;
Com uma secção de 0.20x20 cm as vigas de pavimento eram compostas por armaduras
longitudinais com o diâmetro de 10mm e armaduras transversais com o diâmetro de 6mm,
espaçadas a 15cm, para a cofragem das mesmas foram utilizas madeiras com 3.50 a 4.00m de
comprimento e uma largura que garante o recobrimento da estrutura.

Figura 17: Processo de cofragem das vigas de pavimento.

Fonte: O Autor.

Figura 18: Vigas de Pavimento betonadas.

Fonte: O Autor.
7.12. Aterro de solos e aplicação de telas impermeáveis

O solo utilizado pra aterro da área a implantar era transportado através de camiões
basculantes de 9metros cúbicos, e a colocação pra o local a preencher era feita manualmente,
através de materiais como pás e carinhas de mão. Por fim eram compactados através de
máquina compactadora. Quanto a impermeabilização, esta era feita com plásticos negros com
alta espessura de modo que o assentamento da pedra ¾ não danifica-se o mesmo.

Figura 19: Aterro de solos.

Fonte: O Autor.

7.13. Assentamento de agregado grosso na laje do pavimento

Nesta fase após se executar o aterro em caixas de pavimento e respeitar os seu devidos
tratamentos como a compactação dos solos e mais, conclui-se assentando as pedras ¾ (rachão)
em todas caixas de pavimento e com o auxílio de um maço as pedras foram devidamente
compactadas (organizadas).

Figura 20: Agregados grossos na laje de Pavimento.

Fonte: O Autor.
7.14. Aplicação da malha sol

A malha aplicada foi de varões de 8mm, espaçadas a 0.30m, organizadas


perpendicularmente ao tramo frontal da edificação. A amarração da malha foi feita in loco (no
local) pela equipe técnica da obra. Vale ressaltar também que foi feita a instalação hidráulica
somente aos quartos de banho residentes no rés-do-chão do edifício.

Figura 21: Aplicação da malha sol.

Fonte: O Autor.

7.15. Betonagem da laje de pavimento e processos de cura

Na laje de pavimento utilizou-se o betão B25 com o traço 1:2:3, e a sua mistura foi feita
em uma betoneira levando em conta todos os devidos cuidados, a mistura era transportada em
baldes e carinhos de mão e depositada no local a betonar, e com a ajuda de um vibrador,
réguas de pedreiro e um nível de mangueira eram regularizadas todas as imperfeições e
inclinações do pavimento.

Figura 22: Enchimento da laje de pavimento.

Fonte: O Autor.
Figura 23: Finalização da laje de pavimento.

Fonte: O Autor.
8. Sugestões/ Recomendações
8.1. Sugestões/ recomendações para o ISHCT

Em gesto de sugestão ou recomendações ao Instituto Superior de Humanidades, Ciência e


Tecnologias, apresenta-se os seguintes pontos:

 Criar relações ou memorandos de entendimento com as empresas locais de construção


civil para as aulas práticas para além do próprio estágio;
 Mais facilidade na aquisição de credenciais e fichas de preenchimento de presenças;
 Optar pela supervisão proveniente da Faculdade no local do estágio em coordenação
com a empresa em causa;

8.2. Sugestões a empresa Faquira Construções Lda.


As sugestões/ recomendações que deixo a empresa Faquira Construções são:

 Utilização de cronograma de actividades, visto que este facilita no cumprimento das


actividades no tempo previsto;
 Aplicação das normas de demolição segundo os artigos dentro das regras
Moçambicanas;
 Utilização de equipamentos de protecção obrigatória por parte da equipe técnica
encontrada no canteiro de Obra.
9. Conclusão

Chegado aqui, sob a forma de uma analise conclusiva, o estagio supervisionado de


conclusão de curso serviu para entrelaçar e coordenar toda a teoria com a pratica, de uma
forma que seja compreensível a preparação de um futuro e excelente profissional em
Engenharia civil, onde o engenheiro, não se limita somente em projectar e dimensionar
através de cálculos, mas também em dominar a complexibilidade da área, quanto na pratica
como na teoria. O engenheiro devera ter aquilo que chamasse a multidisciplinaridade e esta
pode-se ganhar não apenas no momento da sua formação teórica mas também na diversidade
de conhecimento pela oportunidade de compreender a variação das actividades nos demais
sectores activos a área de construção civil.

Enfim foi possível concluir que a obra é um local de aprendizado constante, onde tanto os
Engenheiros, estudantes, técnicos, encarregados de obra e mais, trazem um aprendizado que
directamente influencia no processo de tomada de decisão, e neste contexto, o estágio pré
profissionalizante foi uma oportunidade única e inesquecível onde aprendeu-se, desenvolveu-
se e partilhou-se experiencias e habilidades únicas e oportunas.
10. Referencias Bibliográficas
Azeredo, Hélio Alves de. (1977). O Edifício Até sua Cobertura. São Paulo. Ed. Edgar Blucher
Ltda..

Batista, José (2011). “Aspectos Práticos do Projecto e Execução de Cofragens”, Curso de


Formação Profissional CPP 501, LNEC.

Bastos, P. K. (2019). Construção de edifícios. São Paulo: Editora Rios Ltda.

Branco, A. Silva (2011) “Cofragens para Betão à Vista”, Curso de Formação Profissional
CPP 501, LNEC.

Brazão, C. (1972). Apostila de Fundações: Técnicas Construtivas Edificações. IFECT.

Brito, José Luís Wey de.(1987) Fundações do edifício. São Paulo, EPUSP.

Farinha, J. Brazão (1972) “A Moldagem do Betão e a Organização do Estaleiro da


Construção”, LNEC.

Franco da Costa, J. C. (1972) “Defeitos nas Superfícies de Betão”, Curso de Formação


Profissional 501 sobre Cofragens, LNEC, Lisboa.

Filipe, Tomás (2000) “O Emprego da Madeira de Pinho em Obras Provisórias (Cimbres,


Cofragens, etc.) ”, Curso de Formação Profissional CPP 501, LNEC.

Wollet, Rodriguez (1993). Fundações e infra-estruturas-palestras. São Paulo, Estacas Franki


Ltda.
Anexos

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