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UNIVERSIDADE POLITÉCNICA - A POLITÉCNICA

Instituto Superior de Humanidades, Ciência e Tecnologia

Curso: Engenharia Civil


2º Ano 3º Semestre

Donald Teodósio de Jesus


Mack Armando Chimpota
Roberto Valentino Segredo

Quelimane
2021
Donald Teodósio de Jesus
Mack Armando Chimpota
Roberto Valentino Segredo

Tema: Implantação da obra no terreno

Projecto de Pesquisa a ser avaliado na


disciplina de Topografia I como requisito
parcial para a obtenção do Grau de
Licenciado em Engenharia Civil

Docente: Nascimento Celestino Nihara

Quelimane
2021
ÍNDICE
1. Introdução.................................................................................................................. 6
1.1. Objetivo geral .................................................................................................... 6
1.1.1. Objectivos específico .................................................................................. 6
2. Implantação da obra .................................................................................................. 7
3. Planos de trabalho ..................................................................................................... 8
3.1. Gestão do factor tempo ...................................................................................... 8
3.2. Execução do plano de trabalho .......................................................................... 9
3.3. Controlo e o acompanhamento do plano de trabalho......................................... 9
4. Fases de implantação de uma obra .......................................................................... 10
4.1. Projecto arquitectónico .................................................................................... 10
4.2. Itens importantes a não esquecer ..................................................................... 10
4.3. Serviços preliminares ....................................................................................... 11
4.4. Topografia do terreno ...................................................................................... 11
4.5. Sondagem do terreno ....................................................................................... 12
4.6. Limpeza do terreno .......................................................................................... 13
4.7. Terraplanagem ................................................................................................. 14
4.7.1. Tipos de movimento de terra .................................................................... 14
4.8. Níveis e cortes .................................................................................................. 15
4.9. Equipamentos utilizados na escavação ............................................................ 15
5. Locação do canteiro de obras .................................................................................. 17
5.1. Elementos de infraestrutura do canteiro .......................................................... 18
5.1.1. Instalações sanitárias: ............................................................................... 18
5.1.2. Vestiários .................................................................................................. 19
5.1.3. Alojamento ............................................................................................... 19
5.1.4. Local para refeições .................................................................................. 19
5.1.5. Lavandaria ................................................................................................ 19
5.1.6. Área de lazer ............................................................................................. 20
5.1.7. Ambulatório .............................................................................................. 20
5.1.8. Portaria ..................................................................................................... 20
5.1.9. Almoxarifado ............................................................................................ 20
5.2. Armazenamento de materiais........................................................................... 21
5.2.1. Materiais perecíveis: ................................................................................. 21
5.2.2. Materiais não perecíveis: .......................................................................... 21
5.3. Verificação da disponibilidade de instalações provisórias .............................. 21
5.4. Instalações de força e luz ................................................................................. 21
5.5. Instalações hidrosanitárias do canteiro ............................................................ 22
5.6. Verificação das condições de vizinhança ........................................................ 22
5.6.1. Vistoria preventiva ................................................................................... 23
6. Locação da obra ...................................................................................................... 24
6.1. Passos para a locação da obra .......................................................................... 24
6.2. Execução dos elementos da obra ..................................................................... 25
6.2.1. Fundações ................................................................................................. 25
6.2.2. Estruturas ou super estruturas ................................................................... 27
6.2.3. Paredes e vedações ................................................................................... 27
6.2.4. Cobertura .................................................................................................. 28
6.2.5. Instalações hidrosanitárias ........................................................................ 28
6.2.6. Instalações elétricas .................................................................................. 28
6.2.7. Instalações complementares ..................................................................... 29
6.2.8. Acabamentos e revestimentos .................................................................. 29
6.2.9. Esquadrias – portas e janelas .................................................................... 29
6.2.10. Pinturas e texturas..................................................................................... 29
6.2.11. Louças e metais ........................................................................................ 30
6.2.12. Área externa e paisagismo ........................................................................ 30
6.2.13. Limpeza final da obra ............................................................................... 30
7. Conclusão ................................................................................................................ 31
8. Referências bibliográficas ....................................................................................... 32
ÍNDICE DE FIGURAS
Figura 1: Problemas que podem ocorrer sem sondage..........................................................13

Figura 2: Escavo-carregadeira............................................................................................16

Figura 3: Retroscravadeira.................................................................................................16

Figura 4: Clam-Shell.......................................................................................................16

Figura 5: Pá escavadora de pequeno porte......................................................................17

Figura 6: Verificação das condicoes de vizinhança..............................................................23

Figura 7: Tipos de sapatas directas ...................................................................................27

Figura 8: Levantamento de paredes.......................................................................................28


1. INTRODUÇÃO
Uma construção exige um conhecimento mínimo do proprietário para não ficar
perdido em meio as muitas etapas do planejamento de obras. O serviço de implantação
de obra faz parte do planejamento de um empreendimento de construção civil e preparo
do terreno.

A implantação de obra é a realização de marcações no terreno para guiar a


construção, com máxima precisão, delimitando a localização exata de fundações, paredes,
colunas e demais detalhes do projeto de engenharia e arquitetura.

Esse trabalho é desenvolvido em fases. Através de instrumentos topográficos,


realiza-se o levantamento topográfico do terreno, o que exibe os relevos, acidentes
geográficos e todos os tipos de elementos presentes no terreno. Essas são informações
importantes para o projetista criar a planta da construção.

1.1. Objetivo Geral

Este trabalho tem como objectivo geral, apresentar as etapas de implantação


de uma obra no terreno.

1.1.1. Objectivos específico

Descrever detalhadamente todos procedimentos necessários para a


implantação da obra no terreno, desde a fase do projecto arquitectónico até a
fase final da construção da obra.

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2. IMPLANTAÇÃO DA OBRA
A organização da produção começa a ser definida pelo empreiteiro geral através
da nomeação dos elementos que irão formar a equipa de gestão da obra. São designados
então os diversos elementos: Diretor de Obra (responsável ou coordenador do trabalho);
encarregados; pessoal do escritório (preparador, administrativo), em função das
necessidades específicas de cada obra.

Cabe então ao Diretor de Obra e à sua equipa decidir qual a melhor forma de
executar a obra, por forma a realizar a mesma com o adequado nível de qualidade,
segurança e dentro do prazo previsto, minimizando o seu custo e respeitando os
condicionalismos ambientais que possam existir.

Segundo o Diretor de Obra e a respetiva equipa de gestão devem realizar os


seguintes procedimentos antes de se iniciarem os trabalhos:

• Compilar toda a documentação do projeto, pormenores de execução, estudá-la e


completar qualquer elemento cuja falta não tenha sido relevante na fase de
preparação da proposta.
• Organizar e definir os diversos planos de execução;
• Rever cuidadosamente as medições e a proposta de preços entregue. Proceder a
eventuais retificações em função dos resultados obtidos na fase de apreciação.
• Efetuar o planeamento da obra, no que se refere a instalações do estaleiro,
equipamento de acordo com as disponibilidades do empreiteiro geral, programas
de execução, etc., representando-os numa forma gráfica.

A organização da produção tem como objetivo controlar de forma eficiente os


principais recursos, isto é, os meios de produção básicos: mão de obra; equipamentos;
subempreitadas; custos.

A organização da produção parte do planeamento definido e da designação da


equipa de gestão da obra, do recrutamento e distribuição da mão de obra, da utilização
das máquinas, viaturas e restantes equipamentos, da aquisição, armazenamento e
distribuição dos materiais a aplicar.

Deve ficar ainda definido nesta fase quais as responsabilidades e tarefas de cada
um dos intervenientes na obra, ou seja, quais os limites do seu campo de ação e

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responsabilidades por forma a concentrar o seu trabalho, obtendo assim o máximo
rendimento.

3. PLANOS DE TRABALHO
De acordo com o artigo 361º do Decreto-Lei nº 18/2008 de 29/01 (Portugal), o
plano de trabalhos destina-se, com respeito pelo prazo de execução da obra, à fixação da
sequência e dos prazos parciais de execução de cada uma das espécies de trabalhos
previstas e especificação dos meios com que o empreiteiro se propõe executá-los, bem
como à definição do correspondente plano de trabalhos.

O plano de trabalhos deve ser desenvolvido com objetivo de responder aos


seguintes aspetos:

• Que materiais são necessários adquirir, quantidades e datas;


• Tipo e quantidade de mão de obra e equipamentos necessários nas diferentes fases
de execução;
• Que outros recursos de ordem técnica e administrativa necessários na execução
dos trabalhos deverão ser mobilizados e quando;
• Quais as atividades que só podem começar depois da conclusão das precedentes;
• Quais as atividades que se podem iniciar simultaneamente com a execução de
outras e em que fase destas se poderão processar;
• Quais as folgas de início e de fim das diferentes atividades, tendo como objetivo
o cumprimento dos prazos;
• Quais os cronogramas financeiros;
• Quais os diagramas recurso-tempo;
• Quais os gráficos custos-tempo.

3.1. Gestão do factor tempo

A gestão do fator tempo tem como finalidade planear e controlar os tempos


associados à execução das diversas tarefas que fazem parte da obra. Numa primeira fase
este fator deve ser planeado, sendo efetuado um controlo sobre o mesmo na fase de
execução da obra.

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3.2. Execução do plano de trabalho

O planeamento do tempo consiste no desenvolvimento de um conjunto de ações,


cuja finalidade é obter uma aproximação àquilo que se pretende executar em obra. Deste
planeamento resultam as durações, os custos e os recursos necessários à execução das
tarefas (dados-base), que servem como base de referência na comparação com o que está
a ser realizado na fase de execução da obra.

Os dados-base a determinar em qualquer planeamento são os seguinte:

• Listagem das tarefas;


• Duração das tarefas;
• Encadeamento das tarefas;

E para cada tarefa:

• Mão de obra necessária;


• Equipamentos necessários;
• Custos ou faturação associados

3.3. Controlo e o acompanhamento do plano de trabalho

O controlo e o acompanhamento do plano de trabalhos são realizados na fase de


execução da obra. Nesta fase torna-se obrigatório a comparação do plano de trabalhos
que foi elaborado na fase de planeamento com aquilo que está a ser realmente executado
em obra, por forma a evitar o surgimento de atrasos comprometedores na execução da
obra e que poderá resultar em multas para o empreiteiro geral.

Para o controlo e o acompanhamento serem eficazes deve ser criado um


procedimento que disponibilize aos responsáveis em obra a informação, qualitativa e
quantitativa (mais importante), sobre a evolução dos trabalhos. Este procedimento deve
possuir também informação sobre medidas corretivas a implementar atempadamente por
forma a combater possíveis atrasos na execução das tarefas.

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4. FASES DE IMPLANTAÇÃO DE UMA OBRA
4.1. Projecto Arquitectónico

Primeiramente, o Projeto Arquitetônico nada mais é do que o seu sonho desenhado


em um papel agregando forma e função. Então nele deve conter a planta baixa do imóvel
detalhada, cortes, cobertura, fachadas e especificações das aberturas (portas e janelas).
Mas para que o projeto seja feito da melhor maneira e sem dores de cabeça, é necessário
procurar por um profissional competente, seja ele, Arquiteto ou Engenheiro Civil.

Então além da estética ao projeto, o profissional também fará com que os espaços
sejam bem aproveitados, tenham uma boa circulação, ergonomia, conforto térmico e
funcionais. Dentre outros fatores importantes que muitas pessoas esquecem na hora de
construir.

Após a elaboração do projeto arquitectónico, deve ser apresentado ao município


da cidade onde será construído a obra para a regulamentação de todos os documentos para
a construção. Assim que for emitido o Alvará de construção, já podemos começar a
executar as etapas do planejamento de obras.

Outra informação importante e que faz toda diferença na hora de construir, é o


planejamento de obras. Por isso, é necessário planejar com o profissional responsável
solicitando um orçamento aproximado da obra.

4.2. Itens importantes a não esquecer

Antes do começo da construção são necessários garantir os seguintes itens:


• Verificar o tempo necessário para obter as licenças junto aos órgãos públicos;
• Regularizar todos os procedimentos; Faça a matrícula do imóvel e solicite alvará
de construção;
• Verificar se há rede elétrica e infraestrutura de água e esgoto;
• Instalação uma placa indicando o responsável técnico para garantir uma gestão
de canteiro de obras;
• Definição de um espaço para guardar os materiais;
• Analisar as possibilidades para contratação de funcionários e a capacidade
técnica deles;

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• Respeitar os direitos trabalhistas;
• Definir o que será feito com os resíduos da obra;
• Organizar o fluxo de caixa para manter as contas em dia;
• Realização do gerenciamento de obra para se certificar de que a entrega será
feita dentro do prazo estabelecido.

4.3. Serviços preliminares

São caracterizados como serviços preliminares, a preparação para o inicio da obra,


incluindo a limpeza do terreno, terraplanagem e/ou corte do terreno e compactação do
solo

Mas é com a implantação de obra que cada parte da construção é localizada


fisicamente no terreno, a partir da planta feita pelo projetista. Por isso, é uma fase
fundamental para que todo tipo de construção civil, das menores até as maiores, tenha
segurança e economize tempo e dinheiro. Esses processos fornecem segurança para a
realização dos serviços de construção, pois guia o trabalho a ser realizado em cada espaço,
organizando a construção.

De uma maneira geral, os serviços preliminares são divididos em: Topografia do


terreno; Sondagem; Limpeza do terreno; Movimento de terra, necessário para a obtenção
do nível de terreno desejado para o edifício; Verificação da disponibilidade de instalações
provisórias; Verificação das condições de vizinhança; As demolições, quando existem
construções remanescentes no local em que será construído o edifício; A retirada de
resíduos da demolição.

4.4. Topografia do terreno

Este levantamento será utilizado para melhor posicionamento da obra, irá definir
uma melhor conformação da obra em relação ao terreno. Distribuição, pavimentos,
estrutura, etc. A topografia é que garante o conhecimento adequado do terreno, para assim
determinar que tipo de obra será implantada no local.

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Levantamento topográfico pode ser definido como conjunto de operações de
medida de distâncias, ângulos e alturas, necessárias à preparação de uma planta
topográfica.

Os levantamentos topográficos podem ser determinados por 3 situações:

• Altimétrico: relevo, desníveis;


• Planimétrico: forma e dimensões planas
• Planialtimétrico: forma e dimensões planas e relevo em um mesmo levantamento.

No levantamento topográfico (plantas curvas de níveis e outros) constarão todos


os detalhes do terreno como angulações horizontais e verticais e é a partir deste que serão
tomadas as decisões a respeito de serviços de movimento de terra como cortes, aterros e
outros.

O levantamento topográfico deve retratar a conformação da superfície do terreno,


bem como as dimensões dos lotes, com a precisão necessária e suficiente proporcionando
dados confiáveis que, interpretados e manipulados corretamente, podem contribuir no
desenvolvimento do projeto arquitetônico e de implantação.

No caso de obras de grande porte geralmente se contrata uma empresa de


topografia a ou um topógrafo para realização desses serviços, que por intermédio de
aparelhos modernos chamados de níveis, teodolitos ou estação total, todos os
levantamentos necessários para a execução da obra serão executados como os acima
mencionados.

No caso de pequenas obras, o levantamento é feito pelo próprio pessoal da obra


com auxílio de instrumentos como: Trena, Nível de mão, Nível de borracha (mangueira
transparente), Lápis de carpinteiro, Prumo de centro, Prumo de face, Fio de nylon ou
arame recozido.

4.5. Sondagem do terreno

Depois de definido o terreno e o projeto, deverá ser feita a sondagem do terreno.


Esta sondagem irá identificar a resistência do solo, a existência de lençóis freáticos e

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outras características. Deverão ser indicados os pontos (pelo profissional habilitado) para
serem realizados os testes ao longo do terreno e quantos furos serão necessários.

A sondagem proporciona valiosos subsídios sobre a natureza do terreno que irá


receber a edificação, como: características do solo; espessuras das camadas; posição do
nível da água. Além de prover informações sobre o tipo dos equipamentos a serem
utilizados para a escavação e para retirada do solo, bem como, ajuda a definir qual o tipo
de fundação que melhor.

Figura 1: Problemas que podem ocorrer sem sondagem

Se adaptará ao terreno, de acordo com as características da estrutura. Além disso,


através dos dados da sondagem é possível identificar, quando necessário, o tipo de
contenção mais adequada. Sem esta avaliação não há como realizar os cálculos
estruturais. Sem os cálculos estruturais a estrutura da obra poderá custar mais que o
necessário, ou ficar comprometida.

4.6. Limpeza do terreno

Com o projeto aprovado e com as autorizações em mãos, é possível começar


efetivamente a obra. A limpeza do terreno irá prepará-lo para a chegada das máquinas e
do pessoal da obra. Durante esta limpeza poderá ocorrer a necessidade de supressão
vegetal (retirada de árvores).

Nem sempre, é técnica ou economicamente viável a utilização de construções


existentes no terreno para aproveitamento, sendo muitas vezes necessária a sua completa

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remoção, antes mesmo da implantação do canteiro, caracterizando uma etapa de serviços
de demolição.

A demolição é um serviço perigoso na obra, pois é comum mexer-se com edifícios


bastante deteriorados e com perigo de desmoronamento. E não é só isto, pois neste serviço
"as coisas caem, desabam".

O resíduo originado de uma demolição pode ser bastante significativo exigindo o


seu manuseio com equipamentos de grande porte e quando não for possível sua utilização
dentro do próprio terreno deverá se retirado.

4.7. Terraplanagem

Com base na planta e levantamento topográfico marcam-se os níveis da obra.


Nesta fase são feitos os cortes no terreno e a movimentação de terra. Assim, é feita a
marcação do dimensionamento e níveis adequados ao projeto. É muito importante a
definição correta dos níveis.

Durante este processo são utilizados diversos equipamentos topográficos como:


Teodolito, Estação Total, nível óptico, mira, estacas, piquetes, entre outros

4.7.1. Tipos de Movimento de Terra

Quando for necessário um movimento de terra é possível que se tenha uma das
seguintes situações:

• Corte
• Aterro
• Corte e aterro

A situação de corte geralmente é a mais desejável uma vez que minimiza os


possíveis problemas de recalque que o edifício possa vir a sofrer. Por outro lado, quando
se tem a situação corte e aterro, não se faz necessária a retirada do solo para regiões
distantes, minimizando as atividades de transporte, uma vez que poderá haver a
compensação do corte com o aterro necessário.

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4.8. Níveis e cortes

Nesta fase geralmente utiliza-se um trator para o trabalho pesado. Na


movimentação de terra o ideal é que haja uma compensação entre aterro e desaterro,
tirando terra de um lado e passando para outro, para que não haja necessidade de retirar
ou colocar terra extra no terreno. A área de aterro formada deverá ser compactada. A
utilização do trator geralmente é computada por hora e deve-se planejar muito bem a
atuação do tratorista para minimizar o tempo e o trabalho.

4.9. Equipamentos utilizados na escavação

Podem-se empregar equipamentos manuais ou mecânicos. Os manuais


constituídos, sobretudo pelas pás, enxadas e picaretas, são empregados quando se tem
pequeno volume de solo a ser movimentado (até 100m³).

Para volumes superiores, recomenda-se a utilização de equipamentos mecânicos


que permitem maior produtividade, dentre os quais destacam-se, para uso em escavações
de edifícios:

• Pá-carregadeira (sobre pneus, sobre esteiras);


• Escavo-carregadeira;
• Retro-escavadeira;
• Clam-shell;
• Pá-carregadeira de pequeno porte.

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Figura 2: Escavo-carregadeira

Figura 3: Retroscravadeira

Figura 4: Clam-Shell

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Figura 5: Pá escavadora de pequeno porte

5. LOCAÇÃO DO CANTEIRO DE OBRAS


O canteiro de obras deve conter as instalações necessárias de maneira planejada e
organizada, no sentido de ordenar a produção correta dos trabalhos conforme definido no
projeto de execução.

Sua definição segundo a NR (Norma Regulamentadora) canteiro de obras é a área


de trabalho fixa e temporária, onde se desenvolvem operações de apoio e execução de
uma obra.

Na implantação de um canteiro de obras, busca-se em primeiro lugar evitar ao


máximo, o deslocamento das instalações durante a execução da obra, evitando gastos de
tempo e material para esta operação. Em terrenos com pouca área, em geral nas áreas
urbanas das cidades, deve-se condicionar as instalações do canteiro em local o mais
protegido possível, sendo necessário em outras fases da obra a mudança das instalações
provisórias.

A organização do canteiro consiste, no uso racional do terreno não ocupado pela


edificação para instalação provisória do canteiro de obras, seguindo um planejamento
específico

São fatores condicionantes do planejamento e organização do canteiro:

• O tipo, natureza e complexidade da obra;

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• Topografia e condições ambientais;
• As características dos materiais empregados;
• Os processos e métodos construtivos empregados;
• Os tipos de equipamentos empregados;
• Os prazos de execução de cada etapa e da obra total;
• A quantificação e tipificação da mão-de-obra a ser utilizada em cada etapa.

A obra de construção de edifícios tem seu início propriamente dito, com a


implantação do canteiro de obras. Esta implantação requer um projeto específico que deve
ser cuidadosamente elaborado a partir das necessidades da obra e das condições do local.
Porém, antes mesmo do início da implantação do canteiro, algumas atividades prévias,
comumente necessárias, podem estar a cargo do engenheiro de obras.

Tipos de serviços que interferem na implantação do canteiro: Demolições;


Movimentos de terra; Obras de contenção; Obras de drenagem; Fundações.

5.1. Elementos de infraestrutura do canteiro

5.1.1. Instalações sanitárias:


As instalações sanitárias devem:
a) Ter portas de acesso que impeçam o seu devassamento e ser construídas de modo
a manter o resguardo conveniente.

b) Estar situadas em locais de fácil e seguro acesso e no máximo a 150m de distância


do posto de trabalho.
c) Ser constituídas de:
• Um conjunto composto de lavatório, vaso sanitário e mictório, para cada
grupo de 20 (vinte) trabalhadores ou fração.
• Um chuveiro, para cada grupo de 10 (dez) trabalhadores ou fração.

A fim de estimar a área necessária para as instalações sanitárias, devem ser


considerados:

• Número máximo de trabalhadores na obra.


• Para cada vaso sanitário: 1,00m2

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• Para cada chuveiro: 0,80m2
• Para lavatório, espaçamento: 0,60m2
• Para mictório, espaçamento: 0,60m2

5.1.2. Vestiários

Todo Canteiro de Obras deve possuir vestiário para troca de roupa dos
trabalhadores que não residam no local.

5.1.3. Alojamento

É necessário garantir um bom alojamento para os trabalhadores, com camas,


lençóis, e aramareos, no qual o alojamento deve ter uma área mínima de 3m². É
obrigatório o fornecimento de água potável, filtrada e fresca no alojamento, na proporção
de 1 (um) bebedouro para cada grupo de 25 (vinte e cinco) trabalhadores ou fração.

5.1.4. Local para refeições

É obrigatória a existência de local adequado para as refeições, que deve: Ter


capacidade para garantir o atendimento de todos os trabalhadores no horário das refeições
e com assentos em número suficiente para atender os usuários; Ter lavatório instalado em
suas proximidades ou no seu interior.

Independentemente do número de trabalhadores e da existência ou não da cozinha,


deve haver local exclusivo para o aquecimento das refeições.

5.1.5. Lavandaria

Deve haver um local próprio, coberto, ventilado e iluminado, para que o


trabalhador alojado possa lavar, secar e passar suas roupas de uso pessoal. Este local deve
ter tanques individuais ou coletivos em número adequado.

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5.1.6. Área de lazer

Devem ser previstos locais para recreação dos trabalhadores alojados, podendo
ser usado o local de refeições para este fim.

5.1.7. Ambulatório

As frentes de trabalho com 50 (cinqüenta) ou mais trabalhadores devem ter um


ambulatório. Neste ambulatório, deve haver o material necessário à prestação de
primeiros socorros, conforme as características da atividade desenvolvida. Este material
deve ser mantido guardado e aos cuidados de pessoa treinada para esse fim.

5.1.8. Portaria

A Portaria da Obra deve ficar junto à porta de acesso do pessoal e ser


suficientemente ampla para manter um estoque de EPI, a ser fornecido aos visitantes. A
guarita deve ser localizada de modo que o vigia possa controlar os acessos da Obra. O
Encarregado ou Chefe da Portaria, além de anotar o nome e a identidade dos visitantes,
não deve permitir a sua entrada na Obra, sem os equipamentos de Proteção Individuais
determinados pelas normas da empresa, e deve consultar a administração ou gerência da
Obra, para autorização do acesso aos visitantes.

5.1.9. Almoxarifado

O almoxarifado deve ser construído, de preferência, separado dos escritórios,


porém nas suas proximidades e mantido limpo e arrumado. Deve também ficar próximo
das entradas e ser localizado de modo a permitir uma fácil distribuição dos materiais pelo
canteiro.

Os depósitos são locais destinados a estocagem de materiais volumosos ou de uso


corrente, podendo ser a céu aberto ou cercados, para possibilitar o controle.

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5.2. Armazenamento de materiais

5.2.1. Materiais perecíveis:

• Cimento/Cal/Gesso: deve ter depósito específico, isento e umidade, ventilado,


empilhado sobre tablado de madeira elevado do solo. Em construções de grande
porte, são armazenados em silos.
• Materiais especiais: deterioram com facilidade, e são caros (tintas, ferragens,
fiação, canalização, madeira) armazenagem específica.
• Materiais de acabamento: azulejos e peças sanitárias, podem ser armazenadas
posteriormente (após a vedação) em local apropriado.

5.2.2. Materiais não perecíveis:

• Pedra e areia: armazená-los em locais próprios, evitando evasão, desperdício.


Localizar próximos à betoneira e ao preparo das argamassas.
• Tijolos: empilhados por meio de amarração (fiadas), área de 0,25m² para 250
unidades, altura de 1,65m.
• Madeira: para fôrmas e telhado, classificada por bitolas (área de 6m de
comprimento por 1m para cada m³ de madeira).
• Armaduras (barras de aço): área de 15m x 0,50m para cada tonelada (prever área
para bancada para dobragem)

5.3. Verificação da disponibilidade de instalações provisórias

Para o início e desenvolvimento das atividades de obra é necessário que o canteiro


seja provido de instalações elétricas e de instalações hidrosanitárias, sem as quais, o
trabalho a ser iniciado fica bastante prejudicado.

5.4. Instalações de Força e Luz

São muitos os equipamentos necessários para o início e o desenvolvimento das


atividades de obra como, por exemplo, betoneiras, serras elétricas, guincho para
funcionamento do elevador de obra, entre outros.
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No caso de não existir rede no local, deve-se fazer um pedido de estudo junto à
concessionária, para verificar a viabilidade de extensão da rede existente até a obra. Este
procedimento, de modo geral, demora cerca de dois meses. Esta demora, na maioria das
vezes, pode comprometer o início da obra. Neste caso, é possível adotar-se uma solução
temporária e extrema como, por exemplo, optar-se pela energia gerada a diesel, na própria
obra, a qual, no entanto, apresenta-se mais cara que a energia elétrica.

Durante a implantação do canteiro, cuidado especial deve ser dado à montagem


do quadro provisório de distribuição de energia, pois uma instalação mal realizada pode
ser fonte de muitos riscos aos operários.

5.5. Instalações Hidrosanitárias do canteiro

São relativas às instalações de água fria e esgoto. A água, além de ser necessária
para a higiene pessoal dos operários, é a matéria prima para alguns materiais como betão
e argamassas. Assim, é necessário que se tenha quantidade suficiente e que a mesma
apresente qualidade compatível com as necessidades. Tanto para a higiene pessoal quanto
para o uso no preparo dos materiais básicos no canteiro, recomenda-se uso de água da
rede pública, a qual apresenta qualidade garantida.

No caso de inexistência da rede pública de água no local da obra, caso pouco


comum, deve-se verificar a possibilidade de expansão da rede junto à concessionária.Em
casos onde não existe a rede e nem mesmo plano para a expansão da existente, tem-se
como alternativa a perfuração de poços no local da obra ou ainda a compra da água, que
comumente é entregue através de caminhões.

Vale observar que nos casos de obras de grande porte e longa duração, a água de
poço, desde que adequada às condições de uso, pode tornar-se uma alternativa
economicamente mais viável, ainda que exista a rede local.

5.6. Verificação das condições de vizinhança

Uma importante etapa do início da obra é o “registro das condições das edificações
vizinhas”. Esta etapa, antigamente relegada a segundo plano, vem ganhando cada vez

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mais importância, uma vez que permite maior segurança à empresa que constrói. A
verificação prévia das condições da vizinhança permite que a empresa não tenha surpresa
desagradável durante a produção do empreendimento, seja com a ocorrência de patologias
diversas como trincas excessivas ou mesmo chegando-se a situações de desabamentos de
residências vizinhas.

Por outro lado, permite, ainda, que se previna quanto às reclamações infundadas
de vizinhos.O registro deve ser feito em relatório técnico específico contendo “croqui”
com indicação das ocorrências, relacionados a fotos devidamente datadas e relatos das
observações realizadas. O relatório realizado deverá ser registrado em Cartório.

Figura 6: Verificação das condicoes de vizinhança

5.6.1. Vistoria preventiva

O relatório ou laudo de vizinhança apura estado de conservação de imóveis


próximos ao canteiro de obras e atua como garantia a reclamações por danos e prejuízos
indevidos.

Não existe padronização quanto à abrangência de imóveis a serem vistoriados e


anexados no laudo exceto num aspecto: que se realize a vistoria em todos os confrontantes
diretos do terreno, não apenas uma, mas todas as edificações próximas. O profissional
deve descrever e registrar todas as características e indícios encontrados, mas o laudo não
é perícia, logo, não apura causas ou responsabilidades dos problemas.

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6. LOCAÇÃO DA OBRA
Locação de obra é o processo de transferência dos elementos da planta baixa de
uma edificação para o terreno em que será realizada a obra. Essa transferência é realizada
por meio de marcações no terreno com o auxílio de pontaletes e linhas de nylon.

6.1. Passos para a locação da obra

Passo 1: Limpeza do terreno

O terreno deve estar limpo e escavado até a proximidade das cotas definidas no
projeto de implantação da obra.

Passo 2: Acompanhamento profissional de topografia

É recomendado o uso de serviços topográficos especializados para


acompanhamento da locação da obra.

Passo 3: Definir as referências

Fazer a definição da referência de nível (RN) e da referência pela qual será feita a
locação da obra. Conferir os eixos, divisas do terreno e alinhamento da rua, verificando
estas distâncias.

Passo 4: Marcação do gabarito

A partir da referência escolhida no terreno, deve-se marcar uma das faces do


gabarito com uma trena metálica e uma linha de nylon, obedecendo a uma distância de
pelo menos 1 metro da face da edificação.

As demais faces do gabarito podem ser marcadas a partir da primeira face e do


projeto de locação, verificando o esquadro de todos os cantos por meio do processo do
triangulo retângulo.

Passo 5: Execução do gabarito

O gabarito deve ser executado por meio da cravação dos pontaletes ou peças
roliças, que devem estar aprumados e alinhados, faceando sempre o mesmo lado da linha
de nylon, procurando manter uma distância de aproximadamente 1,5m um do outro.
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Passo 6: Execução das tabeiras

Após a cravação dos pontaletes, seus topos devem ser arrematados, de maneira
que formem uma linha horizontal perfeitamente nivelada, a uma altura média do solo de
cerca de 1,5m. Na face interna dos pontaletes pregar tábuas também niveladas, formando
a chamada “tabeira”.

Passo 7: Marcar os elementos no gabarito

Marcar todos os pilares, estacas e outros elementos de acordo com as definições


do projeto utilizando trena metálica, esquadro, lápis de carpinteiro e pregos.

Passo 8: Identificar os elementos

Identificar na tabeira os nomes dos elementos com tinta, de preferência na cor


vermelha para dar maior destaque e aumentar a visibilidade das marcações.

Passo 9: Definição dos eixos

Esticar um arame pelos dois eixos do elemento estrutural a ser locado (pilar,
sapata, tubulão, estaca, etc). O cruzamento dos arames de cada eixo definirá a posição do
elemento estrutural no terreno, por meio de um prumo de centro. Para elementos de seção
circular, descer um prumo pelo centro do elemento.

Passo 10: Locar as formas

Para elementos com seção não circular como triangulares, retangulares ou


poligonais, descer um prumo em cada lateral para definição da posição das faces. Cravar
um piquete nos pontos definidos pelo prumo e locar as formas

6.2. Execução dos elementos da obra

Após a execução de todos os passos referidos anteriormente, é começada as


escavações para o assentamento da obra, ou seja as fundações.

6.2.1. Fundações

Primeiramente, elas são as responsáveis por distribuir a carga da construção para


o solo, as fundações tem a função de evitar problemas como trincas e rachaduras. Então,

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para isso, o tipo de fundação deve ser feito e escolhido de maneira correta e por um
arquiteto ou engenheiro capacitado.

As fundações podem ser:

Rasas ou diretas: Essas transmitem as cargas diretamente para o solo por suas
bases, com profundidade igual ou inferior a 3 metros e geralmente são executadas
manualmente. Elas são construídas de betão armado (betão e aço), elas possuem um ótimo
custo benefício.

As mais comuns são:

• As sapatas isoladas (recomendado para solos firmes e de boa resistência);


• A viga baldrame (localizada abaixo do nível do solo, percorre todo perímetro das
paredes, conectando com às sapatas isoladas, para um melhor travamento das
colunas ou pilares);
• Os radiers (recomendada para solos com baixa resistência e ficando em contato
direto com o solo. É uma placa de betão armado ou protendido);
• E a sapata corrida (é uma fundação superficial contínua de betão armado, e se
assemelha a viga baldrame muito utilizada na construção de casas com vãos
pequenos, muros, paredes de reservatórios e piscinas, onde o peso da construção
é transferido para as colunas e depois distribuído linearmente para o solo).

Em todos os casos, é muito importante fazer a impermeabilização das fundações.


A impermeabilização ressalva as paredes de terem infiltração, esse é um problema que
ocorre com frequência e causa uma tremenda dor de cabeça, pois a tinta não para na
parede e fica juntando mofo devido a infiltração.
A impermeabilização geralmente é feita com neutrol, um liquido preto que após
sua secagem fica parecido com uma borracha.

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Figura 7: Tipos de sapatas directas

Indirectas ou profundas: Utilizadas em solos com baixa resistência, as estacas


tipo brocas (cilindros de concreto e aço que enterrados conectam as fundações rasas
com solos mais firmes), são as fundações indiretas mais comuns utilizadas em casas.
As fundações com estacas são indicadas para solos com pouca resistência.
Em caso de solos com aterros, é necessário cavar muito para conseguir achar um
solo firme, e geralmente as estacas tem mais de três metros de profundidade.

6.2.2. Estruturas ou super estruturas

São as construções que estão acima do nível do solo, sendo elas as partes
estruturais, que sustentam a edificação. São compostas pelos pilares, as vigas e lajes.
Digamos que a estrutura e superestrutura são os esqueletos da construção, que devem ser
fechadas com alvenaria.

6.2.3. Paredes e vedações

Uma das Etapas do Planejamento de Obras, é o fechamento das estruturas, existem


vários sistemas construtivos de vedação, os mais comuns são as alvenarias de tijolos e
argamassa, com acabamento de chapisco, emboço ou reboco.

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Figura 8: Levantamento de paredes

Também existe também o sistema de drywall, gesso acartonado com perfis


metálicos fazendo a sustentação dessas placas. Apesar de parecer frágil, esse é um sistema
super resistente.

6.2.4. Cobertura

A construção pode ser de cobertura em laje, que nada mais é que uma cobertura
de betão armado, isso claro dependendo da planta arquitectónica.

A cobertura pode ser também de telhados. A construção do telhado é dividida em


duas etapas: estrutura (engradamento) e cobertura (telhas). As telhas podem ser: Cerâmicas,
Concreto, Metálicas, Fibrocimento e vários outros modelos.

6.2.5. Instalações Hidrosanitárias

As instalações hidrossanitárias são: Instalação de água fria; Instalação de esgoto;


Instalação de água quente; Instalação de água de reuso (se houver);

6.2.6. Instalações elétricas

É a passagem de eletrodutos, fios e cabos, seguida da instalação de tomadas e


interruptores. Então, toda a instalação é dividida em circuitos protegidos por disjuntor.

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Esse é um projeto complementar que deve ser realizado para que não falte tomadas ou
pontos de iluminação em sua casa.

6.2.7. Instalações complementares

Essa etapa tem relação com as instalações elétricas, pois é no projeto


complementar elétrico que serão definidos os pontos de energia da residência. Mas nas
instalações complementares estão inclusas: TV, internet, gás, ar condicionado, chuveiro,
banheiras, hidromassagem e outros equipamentos.

6.2.8. Acabamentos e revestimentos

O assentamento de pisos cerâmicos, porcelanatos, pisos laminados, azulejos,


granitos fazem parte de uma das Etapas do Planejamento de Obras.

Então a escolha desses revestimentos são importantes tanto para a estética do


ambiente, quanto para a segurança. Por isso, é necessário a ajuda de um profissional para
fazer a escolha dos mesmos.

6.2.9. Esquadrias – portas e janelas

As esquadrias são as portas e janelas. Existem vários tipos de esquadrias no


mercado. Elas podem ser em material Metálico, Alumínio, Madeira, PVC e Vidro
temperado.

Mas a instalação deve ser bem feita para evitar problemas na abertura, além disso,
é recomendado fazer a impermeabilização dos esquadros que irão receber as esquadrias,
pelo mesmo fato de evitar infiltrações e aborrecimentos ao longo do tempo.

6.2.10. Pinturas e texturas

Etapa de pintura interna, externa e texturas. A pintura interna em paredes de


alvenaria se divide em:

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• Preparar as paredes, pisos e tetos;
• Aplicar selador;
• Aplicar massa corrida;
• Pintura com tinta acrílica em duas ou três demãos.

6.2.11. Louças e metais

Etapa de instalação de lavatórios, sanitários, bancadas, box de banheiro, torneiras


e outros equipamentos relacionados.

6.2.12. Área externa e paisagismo

Finalmente, essa etapa é o acabamento externo da obra, ela que dará vida e beleza
para o visual da construção. Piscina, quadra, área para churrasqueira, gradil, plantio de
grama e cultivo do jardim, etc. Dependendo claro do tipo de construção ou opção do
proprietário da obra.

6.2.13. Limpeza final da obra

Então, a última das Etapas do Planejamento de Obras, é a limpeza! É importante


olhar todos os detalhes para que fique tudo muito limpo e bonito para receber o
proprietário. Também é nessa etapa que é testado o funcionamento de todas as instalações

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7. CONCLUSÃO
A implantação de obra é uma das etapas mais importantes para a garantia da
funcionalidade e da qualidade de toda a construção. Como já mencionado ao longo do
trabalho a implantação de obra é o processo de transferência dos elementos da planta
baixa de uma edificação para o terreno em que será realizada a obra. Qualquer erro
durante o seu procedimento, pode causar danos a elementos estruturais gerando trincas,
fissuras e até mesmo o colapso.

A falta de conhecimento em construção só traz transtornos, problemas, atrasos,


mal gosto e prejuízo. Por isso, fazer tudo sozinho é uma opção não adequada. É de
extrema importância a contratação de profissionais especializados da área para elaborar
os projetos, planejar, orçar e executar a obra de um jeito seguro e adequado. Assim feito,
ocasionará uma boa economia de tempo e dinheiro, qualidade, segurança e bom gosto.

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8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
PEREIRA, Caio. Locação de obra: o que é e como fazer passo a passo. 2019.
Escola Engenharia. Disponível em: <https://www.escolaengenharia.com.br/locacao-de-
obra/amp/> Acesso a 9 de Junho de 2021

Entendantes. Etapas do planejamento de obra, quais são elas?. 2019. Entenda


antes. Disponível em: <https://entendaantes.com.br/etapas-do-planejamento-de-
obras/#Projeto%20Arquitetônico> Acesso a 9 de Junho de 2021

Colunista - Portal Educação. O canteiro de obras. Disponível em


<https://siteantigo.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/educacao/o-canteiro-de-
obras/40767#> Acesso a 9 de Junho de 2021

SOUSA. Ângela A. Tecnologia dos processos construtivos residenciais.


Disponível em:
<https://www.google.com/url?sa=t&source=web&rct=j&url=https://docente.ifrn.edu.br/
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preliminares&ved=2ahUKEwistYX6zozxAhXLTcAKHT5FDxYQFjAAegQIBBAC&u
sg=AOvVaw2aKWXnzZbTUMCyf3mV_zcW> Acesso a 9 de Junho de 2021

MENDES, Décio José Teles. Construção de edifícios – preparação inicial da obra


– Estudo de casos. Faculdade de Engenharia Universidade do Porto. Disponível em:
<https://www.google.com/url?sa=t&source=web&rct=j&url=https://paginas.fe.up.pt/~j
mfaria/TesesOrientadas/MIEC/Teses20121s/DecioMendes/DecioMendes2011_2012.pd
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w01iEauTlOz1EPV2gxBX7Wy> Acesso a 9 de Junho de 2021

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