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Ordem dos Engenheiros - Região Norte - Colégio de Engenharia Civil Relatório de Estágio Formal

Índice

1. Introdução ................................................................................................................... 4

1.1. Apresentação do Candidato................................................................................. 5

1.2. Apresentação da Entidade Empregadora ............................................................ 6

1.3. Descrição do Estágio ........................................................................................... 6

1.3.1. Objectivos ...................................................................................................... 6

1.3.2. Prazos ........................................................................................................... 7

1.3.3. Meios ............................................................................................................. 7

1.3.4. Inserção na Equipa de Fiscalização .............................................................. 7

2. Aplicação de Conhecimentos ..................................................................................... 8

2.1. Componente Académica ...................................................................................... 8

2.2. Conhecimentos Complementares sobre Fiscalização de Empreitadas ............... 8

2.2.1. Análise do Planeamento da Construção ..................................................... 10

2.2.2. Preparação e Condução de Reuniões ........................................................ 12

2.2.3. Elaboração de Pareceres ............................................................................ 14

2.2.4. Relatórios Mensais ao Dono de Obra ......................................................... 16

2.2.5. Aprovação de Materiais ............................................................................... 17

2.2.6. Cumprimento de Prazos Legais .................................................................. 17

2.2.7. Autos de Medição ........................................................................................ 21

3. Trabalho Desenvolvido no Âmbito do Estágio .......................................................... 22

3.1. Atribuições e Autoridades Inerentes à Função Desempenhada ........................ 22

3.2. ”Empreitada de Construção da Urbanização São Pedro” .................................. 24

3.2.1. Execução da Estrutura ................................................................................ 26

3.2.1.1. Fundações ............................................................................................ 26

3.2.1.2. Elementos Verticais .............................................................................. 27

3.2.1.3. Elementos Horizontais .......................................................................... 28

3.2.2. Execução das Alvenarias ............................................................................ 29

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3.2.3. Execução dos Revestimentos ..................................................................... 31

3.2.3.1. Pavimentos ........................................................................................... 31

3.2.3.1.1. Regularização dos Pavimentos ...................................................... 31

3.2.3.1.2. Revestimento dos Pavimentos ....................................................... 31

3.2.3.2. Paredes Interiores................................................................................. 33

3.2.3.2.1. Revestimento de Paredes com Gesso Projectado......................... 33

3.2.3.2.2. Revestimento de Paredes com Azulejo ......................................... 34

3.2.3.2.3. Revestimento de Paredes em Pedra Natural ................................. 34

3.2.3.3. Tectos ................................................................................................... 35

3.2.3.3.1. Revestimento de Tectos com Gesso Projectado ........................... 35

3.2.3.3.2. Revestimento de Tectos com Placas de Gesso Cartonado ........... 35

3.2.3.3.3. Revestimento de Tectos com Painéis de Madeira ......................... 36

3.2.4. Execução de Cantarias ............................................................................... 37

3.2.5. Execução de Carpintarias ........................................................................... 37

3.2.6. Execução de Serralharias ........................................................................... 38

3.2.7. Execução de Pinturas Interiores.................................................................. 39

3.2.8. Especialidades ............................................................................................ 39

3.2.9. Descrição dos Ensaios Efectuados ............................................................. 39

3.2.9.1. Ensaio de Abaixamento ........................................................................ 39

3.2.9.2. Ensaio do Betão à Compressão ........................................................... 41

3.2.10. Implementação de um Sistema de Gestão da Qualidade ......................... 42

3.2.10.1. Fluxograma do Processo .................................................................... 43

3.2.10.2. Procedimentos do Processo ............................................................... 44

3.2.10.3. Entradas e Saídas do Processo ......................................................... 44

3.2.11. Condições de Segurança e Saúde no Trabalho - Decreto-Lei 273/2003 .. 46

4. Conclusões ............................................................................................................... 48

5. Bibliografia ................................................................................................................ 49

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Índice de Figuras

Figura 1 – Planta de Arquitectura tipo do Lote 1 .......................................................... 25

Figura 2 – Planta de Arquitectura tipo do Lote 2, 3 e 4 ................................................ 25

Figura 3 – Sapatas e Vigas de Equilíbrio do Lote 1 ..................................................... 27

Figura 4 – Pilares e Muro de Suporte do Lote 4 ........................................................... 28

Figura 5 – Armadura da laje de piso do Piso 0 do Lote 1............................................. 29

Figura 6 – Pano Exterior das alvenarias exteriores ...................................................... 29

Figura 7 – Pano Interior das alvenarias exteriores ....................................................... 30

Figura 8 – Alvenarias Exteriores concluídas ................................................................ 30

Figura 9 – Implantação das Alvenarias Interiores ........................................................ 30

Figura 10 – Pavimento das cozinhas em Granito “Amarelo Imperial” .......................... 31

Figura 11 – Pavimento dos quartos em tacos de Madeira maciça, tom “Garapa” ....... 32

Figura 12 – Pavimento das arrecadações e zonas de circulação do desvão da


cobertura em mosaico “Dominó” cor branca ................................................................ 32

Figura 13 – Aplicação da rede de fibra de vidro ........................................................... 33

Figura 14 – Revestimento paredes gesso projectado .................................................. 33

Figura 15 – Revestimento da parede das cozinhas com azulejo ................................. 34

Figura 16 – Revestimento das paredes das Instalações Sanitárias com Pedra


“Moleanos” .................................................................................................................... 35

Figura 17 – Revestimento de tectos das instalações sanitárias ................................... 36

Figura 18 – Revestimento de tectos do hall de entrada e zonas de circulação ........... 36

Figura 19 – Cantarias ................................................................................................... 37

Figura 20 – Armário roupeiro ........................................................................................ 38

Figura 21 – Caixilharia Exterior .................................................................................... 38

Figura 22 – Cone de Abrams........................................................................................ 40

Figura 23 - Fluxograma ................................................................................................ 43

Índice de Quadros

Quadro 1 – Classificação do Abaixamento (NP EN 206-1) .......................................... 40

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1. Introdução

O presente relatório respeita ao estágio formal para admissão na Ordem dos


Engenheiros como membro efectivo.

O estágio realizou-se na empresa GQA – Sistemas Integrados de Gestão, Qualidade e


Ambiente, Lda., durante os meses de Maio de 2008 a Novembro de 2008, na área da
Fiscalização.

Sendo o tema do relatório “Fiscalização e Coordenação da Execução de uma Obra


de Edifícios Habitacionais com Implementação de um Sistema de Gestão da
Qualidade”, pretende-se expôr de forma sucinta e explicita no presente relatório as
actividades e funções desempenhadas pelo estagiário no seio da equipa técnica
responsável pela Fiscalização e Coordenação em que foi inserido.

A boa integração na equipa foi de extrema importância para a realização deste estágio
na empresa, onde foram desempenhadas as funções de Engenheira Civil, o que
permitiu acompanhar diária e directamente o desenrolar dos trabalhos e contactar com
a obra em geral. Sempre que surgiram algumas dúvidas durante o decorrer dos
trabalhos, estas foram sendo esclarecidas e dissipadas pelos restantes elementos da
equipa, mais experientes.

Com a finalização da licenciatura, tornou-se imperioso a ambientação com o mercado


de trabalho e o consolidar das bases teóricas que ao longo do curso se adquiriram.

A exposição que a seguir se apresenta resume toda a análise e reflexão sobre as


tarefas executadas durante o período a que o mesmo se refere. Propõe-se, ao longo
deste relatório, transmitir as situações mais relevantes neste período que envolveu o
estágio, sobretudo as funções e actividades desempenhadas pelo estagiário.

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1.1. Apresentação do Candidato

Nome: Joana Lírio da Silva

Data de Nascimento: 26 de Abril de 1981

Bilhete de Identidade: 11901192 emitido em 22/09/2006, pelo arquivo de identificação


de Viana do Castelo

Nacionalidade: Portuguesa

Habilitações: Licenciatura em Engenharia Civil, pela Universidade de Aveiro,


terminando com média final de 12 valores em Julho de 2007.

Cédula Profissional: Membro Estagiário da Ordem dos Engenheiros - Região Norte -


N.º 007155

As funções desempenhadas na empresa GQA – Sistemas Integrados de Gestão,


Qualidade e Ambiente, Lda., tiveram início em Maio de 2008.

A admissão como membro estagiário da Ordem dos Engenheiros da Região Norte


ocorreu em Maio de 2008.

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1.2. Apresentação da Entidade Empregadora

A GQA – Sistemas Integrados de Gestão, Qualidade e Ambiente, Lda., é uma


empresa de consultoria na área da Qualidade e do Ambiente, que também actua na
área da Gestão de Empreendimentos / Construção.

A GQA – Sistemas Integrados de Gestão, Qualidade e Ambiente, Lda., é uma


empresa versátil, possui meios informáticos, técnicos e humanos suficientes, que lhe
permitem actuar nas áreas de Consultoria, Fiscalização e Coordenação de Obras,
sendo os seus principais sectores de intervenção os edifícios de habitação.

A GQA – Sistemas Integrados de Gestão, Qualidade e Ambiente, Lda. presta serviços


nas áreas de consultoria da gestão da construção de empreendimentos imobiliários,
destacando-se nomeadamente a Coordenação e Fiscalização da Construção, visando
este serviço o controlo das vertentes custo/qualidade/prazo de um empreendimento,
incluindo as áreas de: Coordenação e Fiscalização de Obras; controlo de qualidade;
controlo de custos; controlo de prazos; ensaios e inspecções com vista às recepções
provisórias e definitivas; assistência técnica na manutenção.

1.3. Descrição do Estágio

1.3.1. Objectivos

No âmbito do estágio decorrido na empresa GQA – Sistemas Integrados de Gestão,


Qualidade e Ambiente, Lda. foi proposto o acompanhamento de uma obra de
construção de um conjunto de edifícios habitacionais, tendo como coordenador o
Eng.º Luís Filipe Patrocínio Álvaro. As funções a desempenhar tem por base as
actividades inerentes à Fiscalização, Coordenação e Controlo de Planeamento da
Empreitada.

A área da Fiscalização inseriu-se nos seguintes âmbitos:

• Execução dos trabalhos;

• Controlo da facturação;

• Controlo da qualidade e da segurança;

• Planeamento e controlo dos trabalhos.

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1.3.2. Prazos

O Estágio Formal para admissão na Ordem dos Engenheiros como membro efectivo
realizou-se na Empresa GQA – Sistemas Integrados de Gestão, Qualidade e
Ambiente, Lda., com início a 30 de Maio de 2008. Cumprido o período de estágio,
apresenta-se o presente relatório com o objectivo de admissão à Ordem dos
Engenheiros como membro efectivo.

1.3.3. Meios

Os meios utilizados como fonte de informação no decorrer do estágio foram


essencialmente a consulta de legislação em vigor aplicável, referências bibliográficas,
documentação interna da empresa e meios informáticos facultados pela empresa.

1.3.4. Inserção na Equipa de Fiscalização

A equipa responsável pela Fiscalização da Empreitada “Urbanização São Pedro” já se


encontrava previamente organizada e preparada para integrar o estagiário. As
principais funções atribuídas ao estagiário foram controlar de forma directa, tanto
quanto possível, a boa execução e a correcta organização dos trabalhos envolvidos,
sendo que todas estas actividades foram acompanhadas e supervisionadas pelos
restantes elementos da equipa.

A equipa técnica destacada para a execução da obra em questão era constituída por:

• 1 Coordenador de Fiscalização;

• 1 Chefe de Fiscalização;

• 1 Engenheiro Fiscal;

• 1 Coordenador de Segurança.

A equipa de Fiscalização dispunha de instalações adequadas, implantadas na


proximidade do local de desenvolvimento dos trabalhos, permitindo uma monitorização
constante da evolução dos mesmos. Dispunha ainda de meios informáticos e de
comunicação necessários para desempenhar de forma adequada as suas funções.

Todos os intervenientes da equipa proporcionaram uma rápida integração, existindo


sempre um ambiente saudável, tanto no plano profissional, como pessoal, contribuindo
desta forma para um bom desempenho profissional.

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2. Aplicação de Conhecimentos

2.1. Componente Académica

Durante a realização deste estágio foram aplicados conhecimentos e conceitos


adquiridos durante a licenciatura.

De acordo com a função desempenhada, foram aplicados conhecimentos relativos às


disciplinas de Estruturas de Betão, Estruturas de Edifícios, Materiais de Construção,
Tecnologia das Construções, Legislação e Direcção de Obras, Fundações, Projecto,
Física dos Edifícios, embora todas as disciplinas sejam importantes, cedendo
conhecimentos em diversas áreas que, de uma forma ou de outra, são necessários no
decorrer da actividade profissional.

2.2. Conhecimentos Complementares sobre Fiscalização de Empreitadas

A Fiscalização de Empreitadas tem por objectivo:

• Representar legal, administrativa e tecnicamente o Dono de Obra;

• Informar e propor à decisão do Dono de Obra os elementos preparatórios e


de planeamento elaborados pelo Empreiteiro, nomeadamente o Plano de
Estaleiro, o Plano de Trabalhos e outros planos ou documentos que o
Caderno de Encargos exija;

• Inspecção às instalações e à organização do estaleiro, verificando as suas


acessibilidades, os perigos inerentes ao local, e os potenciais impactes no
ambiente envolvente;

• Comprovar a qualidade dos materiais aprovisionados, processos e métodos


de execução dos trabalhos e equipamentos utilizados;

• Elaborar actas, relatórios eventuais e/ou periódicos (normalmente mensais)


ao Dono de Obra sobre o desenvolvimento da obra;

• Elaboração de pareceres que apoiem as decisões quando estas pertenceram


ao Dono de Obra e comunicação das respectivas decisões ao Empreiteiro,
dentro dos prazos legais;

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• Verificação, em conformidade com os requisitos contratualmente


estabelecidos, do planeamento, operação e controlo dos processos seguidos
pelo empreiteiro;

• Promoção, preparação e condução das reuniões de obra. Secretariar ou


presidir (na ausência do Dono de Obra) as reuniões de obra e outras
envolvendo Empreiteiros, Projectistas, Fiscais e Dono de Obra;

• Dar parecer sobre as propostas de revisão de preços originadas pelo


Empreiteiro, com base nos termos contratuais;

• Dar parecer sobre os laboratórios que o Empreiteiro pretende utilizar no


controlo da qualidade dos materiais;

• Dar parecer sobre propostas de alteração apresentadas pelo Empreiteiro;

• Zelar pelo cumprimento das disposições legais (segurança no trabalho,


ambiente, legislação laboral, regulamentos técnicos);

• Assegurar que o Empreiteiro implementa as medidas de minimização de


impactes ambientais negativos estabelecidas;

• Efectuar medições periódicas (mensais) dos trabalhos executados e


aprovados (aceites pela Fiscalização), com vista à quantificação dos
pagamentos ao Empreiteiro, incluindo descontos, retenções para garantia,
reposição de adiantamentos e eventuais aplicações de multas;

• Preparação e acompanhamento (realização de vistorias) das recepções


provisórias e definitivas na obra;

• Elaborar a conta final da Empreitada;

• Informar o Empreiteiro das decisões do Dono de Obra;

• Dar parecer sobre reclamações do Empreiteiro;

• Informar o Empreiteiro da existência de deficiências ou defeitos que se


evidenciem durante o prazo de garantia da obra e verificar a sua correcção
(quando atribuíveis ao Empreiteiro);

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• Acompanhar a capacidade do Empreiteiro em termos de organização do


trabalho com vista ao cumprimento de prazos e dos requisitos de qualidade
de execução previstos;

• Elaborar o relatório final / fecho do contrato.

A Fiscalização pode ser realizada por um ou mais Fiscais, existindo neste caso, uma
função de coordenação formalmente estabelecida, sendo o coordenador a estabelecer
a comunicação da equipa de Fiscalização com o Empreiteiro, o Dono de Obra e outras
entidades envolvidas.

2.2.1. Análise do Planeamento da Construção

No decorrer da análise ao Plano Geral de Trabalhos da Empreitada apresentado pelo


Empreiteiro, a Fiscalização verifica as actividades, suas durações e sequência lógica,
a mão-de-obra e equipamentos afectos à obra e ainda o correspondente ao plano de
pagamentos.

O planeamento da Empreitada consiste na gestão dos aprovisionamentos, dos


processos e dos meios necessários à execução da obra com a qualidade requerida e
dentro dos prazos previstos.

O plano de aprovisionamento visa a garantia da disponibilidade das matérias-primas,


máquinas e equipamentos que são destinados à obra e também daqueles que se
necessitem para a execução dos trabalhos, pelo que, por vezes, há que providenciar a
solicitação de serviços laboratoriais ou mão-de-obra especializada.

Não sendo habitual a apresentação deste plano ao Dono de Obra, tem a Fiscalização
que se manter atenta ao facto de que os aprovisionamentos tardios dificultam,
podendo mesmo inviabilizar, o cumprimento dos prazos, e que aprovisionamentos
prematuros podem prejudicar o bom funcionamento do estaleiro, impedindo a
circulação e pôr em causa a preservação dos materiais.

Assim, porque a falta de correspondência entre os aprovisionamentos e o desenrolar


dos trabalhos causará, no mínimo, problemas de coordenação das actividades a
desenvolver na obra, a elaboração do plano de aprovisionamentos tem que ser feita
em estreita correspondência com o plano de trabalhos e vice-versa, pois o
aprovisionamento é um dos processos essenciais à obra.

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O planeamento de processos e de atribuição de meios para execução da obra é


documentado no plano de trabalhos, habitualmente sob a forma de gráfico de Gantt,
no qual cada actividade é feita corresponder a uma barra horizontal, cujos extremos
marcam as datas de início e de conclusão, e cujo desenvolvimento indica a duração.

É muito importante que no plano de trabalhos constem todas as actividades em que os


vários processos se decompõem, os meios humanos e materiais para as realizar e se
evidencie a sequência lógica de execução das actividades dependentes, isto é,
daquelas que não podem ser iniciadas antes que as outras estejam concluídas ou,
pelo menos, hajam atingido determinada fase. Esta sequência impõe que haja
correspondência entre a data de conclusão da actividade precedente e a data de início
da actividade dependente, correspondência que não pressupõe coincidência, porque
em muitos casos há que considerar folgas necessárias, ou a actividade compreender
diversas sub-actividades.

Entre os documentos que, no processo de adjudicação, instruíram a proposta do


Empreiteiro, figura um plano de trabalhos que, embora considerado provisório, fica
aprovado com a assinatura do título contratual. A lei permite e obriga que o
Empreiteiro o reveja, pormenorizando-o e melhorando-o (sem alterar pontos
essenciais, normalmente prazos), e concedendo-lhe um determinado tempo para esse
efeito num máximo de 44 dias após a data da consignação, se outro menor não estiver
estabelecido no caderno de encargos ou no título contratual. Se o Dono de Obra, ou
em seu nome, a Fiscalização não se pronunciar dentro do período máximo de 22 dias
após a recepção do novo plano, este fica automaticamente aprovado. Embora se
denomine definitivo, o novo plano de trabalhos pode ser alterado sempre que o
Empreiteiro deseje introduzir modificações que não acarretem prejuízo para a obra
nem prorrogação de prazos de execução ou quando tenha que fazer face a situações
que não lhe sejam imputáveis. Por iniciativa do Dono de Obra, o plano de trabalhos
pode ser modificado sempre que isso convier à obra ou quando verificar que o
Empreiteiro retardou os trabalhos não cumprindo o plano, caso em que poderá ser
notificado o mesmo para apresentar nova versão no prazo de 11 dias, e, por
incumprimento ou insatisfação da notificação, pode o Dono de Obra, impor um plano
viável ao Empreiteiro, caso em que o incumprimento por parte do Empreiteiro levará à
rescisão contratual.

Sempre que o Dono de Obra se pronunciar sobre nova versão do plano de trabalhos,
compete à Fiscalização elaborar um parecer em que, prevendo possíveis implicações
decorrentes da aceitação do plano (qualidade na construção, cumprimento de prazos

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e segurança no trabalho), habilite o Dono de Obra a decidir com fundamento. Pode


também acentuar que a Fiscalização seja incumbida de elaborar ou modificar o plano
de trabalhos com vista a impô-lo ao Empreiteiro quando persistir o incumprimento dos
prazos que lhe são atribuídos para apresentar a nova versão deste documento.

Quando se elabora ou analisa o plano de trabalhos é preciso verificar que todas as


actividades foram consideradas, recorrendo-se ao orçamento detalhado, e que a sua
sequência e oportunidade de execução estão correctas.

A duração de cada actividade vai depender dos meios humanos e materiais


disponibilizados e pode ser estimada com base em tabelas de produtividade como, por
exemplo, as constantes da publicação “Rendimentos de mão-de-obra, Materiais e
Equipamento em Edificação e Obras Públicas”.

É também importante calcular a duração total de cada uma das progressões que
foram identificadas. Para tal, far-se-á coincidir o início de cada actividade, dependente
com a conclusão da antecedente. A progressão de maior duração constitui o caminho
crítico e dá a conhecer a mais curta duração possível da obra. O termo crítico reflecte
o facto de que qualquer contingência que atrase o início ou aumente a duração duma
destas actividades irá protelar a conclusão da obra por igual período, o que só poderá
ser colmatável na medida em que se puderem reforçar os meios de execução ou
alterar a metodologia de trabalho. De igual modo, somente contraindo a duração das
actividades que estão no caminho crítico se poderá encurtar o prazo da obra. Deverá
ter-se em atenção que uma acentuada contracção das actividades críticas irá, muito
provavelmente, deslocar o caminho crítico para outra progressão de actividades.

2.2.2. Preparação e Condução de Reuniões

Ao longo da prestação de um serviço de Fiscalização técnica tornam-se necessárias


diversas reuniões em que estão representadas entidades, como o Dono de Obra,
Autor do Projecto, Empreiteiro, entre outras, pelo que são conduzidas de modo formal.
São presididas pelo representante do Dono de Obra, sempre que nelas participe, e
podem ser dirigidas por ele ou pelo Coordenador da equipa Autor de Projecto (fase de
projecto) ou Coordenador de Fiscalização (fase de obra).

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As reuniões podem distinguir-se em:

• Reuniões programadas, quando resultam do planeamento feito e decorrem


em períodos ou perante situações previamente definidas. São exemplos as
reuniões de coordenação de obra;
• Reuniões extraordinárias, motivadas pela ocorrência de algum facto
superveniente que requeira estudo conjunto para fundamentar uma decisão.

A organização das reuniões deverá limitar o número de participantes ao mínimo


indispensável e a sua duração ao estritamente necessário. O seu objectivo deve visar
a coordenação dos trabalhos e não o trabalho conjunto, pelo que os assuntos devem
ser estudados antecipadamente por todos os participantes, apresentando-se na
reunião propostas de solução com vista à decisão mais adequada.

Compete em geral ao Coordenador da equipa de Fiscalização, ou a um dos seus


colaboradores previamente designado, a preparação das reuniões.

Os assuntos estudados são convenientemente analisados pela equipa, sob várias


perspectivas, para se preverem as possíveis implicações e consequências.

É conveniente que os colaboradores da equipa de Fiscalização evitem empenhar-se


na resolução dos assuntos sem uma ponderação cuidada, pois deverão ter em conta
eventuais implicações inesperadas. A sua conduta deverá pautar-se pela serenidade,
e abster-se de emitir opiniões extemporâneas.

Para terminar a reunião, o participante a quem competir a elaboração da acta lerá os


apontamentos que foi tomando sobre os diversos assuntos, os quais podem ser
completados pelos presentes, se necessário. É conveniente que essas minutas sejam
rubricadas por todos e distribuídas fotocópias, mesmo quando houver muito bom
entendimento entre todos os participantes.

A reunião encerrará com o pedido de assuntos a colocar em próxima reunião e com a


indicação do dia (do mês e da semana), hora e local em que terá lugar, mesmo
quando a realização esteja rotinada, pois há que contar com feriados existentes ou
outras indisponibilidades.

As actas de reunião de obra têm uma estrutura constante, mencionando sempre os


mesmos capítulos, o que permite recordar todos os pontos importantes da obra. Estas
são numeradas sequencialmente, em correspondência com a ordem das reuniões do
mesmo tipo que se vão realizando.

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Entre os capítulos essenciais a constar em acta temos:

• Estaleiro e segurança;

• Projecto;

• Construção e Qualidade (aprovação de materiais);

• Planeamento e programação;

• Materiais e equipamentos;

• Trabalhos em aprovação pelo Dono de Obra.

Na identificação dos participantes constam as funções (Dono de Obra, Coordenador


de Fiscalização, Empreiteiro), o nome e espaço destinado à assinatura.

Cada assunto é descrito, de modo sucinto e objectivo, as principais posições


assumidas pelos participantes e as deliberações tomadas, inscrevendo-se a entidade
a quem compete realizar as acções acordadas e a data limite para o fazer.

2.2.3. Elaboração de Pareceres

Os pareceres resultam da ocorrência de factos imprevistos ou supervenientes, ou da


formulação, por outrem, de propostas ou de reclamações.

Os pareceres destinam-se a fornecer ao cliente todos os elementos necessários à


tomada de decisões ponderadas e atempadas que, em cada momento, se tornem
necessárias.

Consideram-se decisões ponderadas aquelas que são tomadas com pleno


conhecimento das suas implicações e consequências, nos aspectos administrativo,
jurídico e técnico.

Consideram-se decisões atempadas, aquelas que são tomadas nos prazos para tal
estipulados e permitem formar uma actuação consequente em tempo útil.

Quando, pela sua urgência, a informação seja verbal deve, logo que viável, ser posta
por escrito, sem modificação da proposta ainda que esta venha, entretanto, a revelar-
se menos adequada. A equipa prestadora do serviço, nomeadamente o seu
coordenador, assume as suas responsabilidades pelos pareceres que elabora e pelas

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informações que presta em conformidade com as circunstâncias, os meios e os


elementos de que dispõe para fundamentar as suas propostas.

Todas as informações são endereçadas ao Dono de Obra, numeradas, datadas,


mencionam o assunto e as referências dos intervenientes.

São referidas as razões que dão origem ao parecer (ocorrência, proposta ou


reclamação) e definidos os pressupostos (condicionalismos e legislação aplicável) que
delimitam a flexibilidade das soluções admissíveis.

Em análise é estudado o assunto em relação aos pressupostos e a possíveis


alternativas, tendo como objectivo o destaque de implicações e consequências em
termos de sobrecustos, qualidade técnica e legalidade.

Em conclusões resumem-se as possíveis opções a tomar, dando-lhes prioridades, ou


ponderações, nos aspectos económico (sobre custo) e funcional (qualidade).

Em proposta indica-se a solução que, no entender do signatário, parece a mais


equilibrada, e define-se a estratégia para decisão que deverá ser seguida pelo Dono
de Obra.

Caso, face à legislação, exista um prazo para resposta, será aditada uma nota à
proposta indicando a data limite de resposta e as disposições aplicáveis.

O Dono de Obra optará pela decisão que melhor lhe convier, a qual pode ser distinta
da constante em proposta. A equipa tomará como sua a decisão do Dono de Obra e
agirá em conformidade, dentro das limitações e obrigações deontológicas, legais e
técnicas a que está obrigada.

A data limite de resposta será indicada no parecer, com referência ao item de


legislação aplicável, no sentido de que a ausência de resposta pode pressupor a tácita
aceitação dos seus argumentos e implicações.

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2.2.4. Relatórios Mensais ao Dono de Obra

Estes relatórios visam dar a conhecer ao Dono de Obra o andamento dos trabalhos,
com uma análise ao plano de trabalhos e controlo de custos.

O índice tipo para o relatório mensal de obra deverá ser:

I. Introdução
II. Controlo da Produção
Descrição geral dos trabalhos no período
Comentários ao andamento dos trabalhos
Meios utilizados
Mapas com cargas médias mensais
Equipamentos
Meios humanos
Registo fotográfico
III. Controlo do Planeamento
Seguimento do plano de trabalhos aprovado
Curvas do progresso físico
Mapas de controlo
Pessoal previsto / existente
Quantidades de trabalho / materiais previstos e reais
IV. Controlo da Qualidade
Materiais aprovados
Inspecção e ensaios (registos)
Notificações de não conformidade
Indicações de anomalias e não conformidades que hajam sido
detectadas no mês em causa, e também listagem das notificações relativas a
meses anteriores que ainda estejam por resolver
V. Controlo Financeiro
Mapa de saldos contratual
Cronograma financeiro
Mapa de controlo de trabalhos a mais
Previsão de custo final
VI. Higiene e Segurança
Medidas a adoptar e a adaptar, relatórios de inspecções realizadas, eventuais
acidentes / incidentes, comentários ao grau de implementação do Plano de Segurança
e Saúde.

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2.2.5. Aprovação de Materiais

O pedido de aprovação de materiais é apresentado pelo Empreiteiro, sendo que a


Fiscalização deverá verificar se estes são acompanhados da respectiva amostra e/ou
certificado de homologação, sempre que exigido no caderno de encargos, para análise
e verificação da amostra.

A Fiscalização deverá ainda verificar se o material em causa está obrigado legalmente


a ter marcação CE.

Quando o material proposto cumpre todas as especificações do caderno de encargos


e não suscite dúvidas à Fiscalização, ele poderá ser aprovado; caso contrário, deve o
Empreiteiro justificar a diferença e ser pedida opinião ao Projectista, para posterior
aprovação pelo Dono de Obra.

Caso se confirme que o material necessita ter marcação CE, dever-se-á fazer menção
desta condição no pedido de aprovação de materiais e alertar o Empreiteiro, o
Projectista e o Dono de Obra de tal facto.

Após decisão de aprovação do material proposto, a Fiscalização identificará a amostra


que será colocada em local apropriado para comparação por parte de todas as
entidades intervenientes.

2.2.6. Cumprimento de Prazos Legais

Reclamação sobre Erros e Omissões de Projecto

A apreciação desta reclamação não compete à Fiscalização. Há, no entanto, que


verificar o cumprimento dos prazos por parte do Empreiteiro e alertar o Dono da Obra
para os prazos de que dispõe. No decurso da obra podem surgir reclamações nos
termos do previsto na alínea a) do n.º 1 do Art.º 14º do DL 59, as quais terão que
respeitar o prazo estabelecido no n.º 2 do referido Art.º 14º. Sobre as reclamações
apresentadas nos termos do n.º 2 do Art.º 14º, a Fiscalização deve prestar
informações ao Dono de Obra.

O Empreiteiro dispõe do prazo estabelecido no caderno de encargos ou de 66 dias. O


Dono de Obra dispõe de 44 dias para responder.

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Preços Novos para Trabalhos a Mais

O Empreiteiro deverá apresentar a sua lista de preços para os trabalhos de espécie


diversa dos que constam do contrato, no prazo de 15 dias a contar da data de
recepção da ordem de execução dos trabalhos. Após recebida a proposta, o Dono de
Obra dispõe de 15 dias para responder, ou o preço é considerado aprovado.

Seguro do Trabalho

Verificar a existência de apólice de seguro de trabalho, o mais tardar na data da


consignação.

Consignação da Obra

Logo que haja conhecimento da assinatura do contrato, informar o Dono de Obra de


que dispõe de prazo para efectuar a consignação, 22 dias após assinatura do contrato.

Plano de Trabalhos

Após análise do plano de trabalhos elaborar uma informação para submeter a


despacho do Dono da Obra, contendo as propostas consideradas convenientes.

O Empreiteiro dispõe do prazo estabelecido no caderno de encargos. Na ausência


deste dispõe de 44 dias. O despacho deve ser-lhe transmitido no máximo até 22 dias.

Alteração do Plano de Trabalhos

Após análise do plano de trabalhos elaborar uma informação para submeter a


despacho do Dono da Obra, contendo as propostas consideradas convenientes.

O despacho deve ser transmitido ao Empreiteiro no máximo até 22 dias.

Atrasos no Cumprimento do Plano de Trabalhos

Logo que se verifiquem atrasos no cumprimento do plano de trabalhos que ponham


em risco a data de conclusão da obra, deve notificar-se o Empreiteiro para apresentar
novo plano de trabalhos.

O Empreiteiro dispõe de 11 dias para apresentar o novo plano.

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Atraso no Início dos Trabalhos

Caso o Empreiteiro não inicie os trabalhos na data prevista, sem que exista
prorrogação desse prazo, deve informar-se o Dono da Obra sobre as opções que a
legislação dispõe.

Aprovação de Materiais

Após análise dos pedidos de aprovação de materiais, e obtido o parecer do


Projectista, a Fiscalização aprovará os materiais.

Se não dada resposta ao Empreiteiro no prazo de 8 dias, os materiais são


considerados aprovados.

Reclamação Contra a Não Aprovação de Materiais

Se for negada a aprovação e o Empreiteiro entender que deveria ter sido concedida, o
Empreiteiro dispõe de 5 dias para reclamar. A Fiscalização tem 5 dias para responder,
ou a reclamação é considerada aceite.

Reclamação Contra Ordens Recebidas

Caso o Empreiteiro reclame contra alguma ordem recebida há que verificar se foi
cumprido o prazo para tal definido. Caso o prazo tenha sido excedido, não é dado
provimento por intempestividade do acto. Caso o prazo tenha sido cumprido há que
estudar a questão e agir em conformidade dentro do prazo disponível (para o
Empreiteiro 5 dias, para a Fiscalização 11 dias).

Verificação de Caso de Força Maior

Caso o Empreiteiro apresente requerimento para apuramento do facto há que verificar


se cumpriu o prazo estabelecido. Em caso negativo informar o Dono de Obra para a
decisão de indeferimento. Caso afirmativo proceder de imediato ao levantamento do
auto. Caso o Empreiteiro requeira o ressarcimento de danos, verificar se for cumprido
o prazo e caso afirmativo estudar a questão e informar o Dono de Obra para decisão
no prazo disponível.

O Empreiteiro tem 8 dias para pedir a verificação do evento e mais 8 dias após o auto
para pedir indemnização. A Fiscalização tem 15 dias após pedido de indemnização.

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Revisão de Preços

Quando o contrato não estabeleça que a revisão de preços é efectuada pelo


Empreiteiro, deverá a Fiscalização proceder ao seu cálculo. Poderá sempre o
Empreiteiro apresentar os seus cálculos ainda que tal não conste do contrato, mas
deve ter-se em atenção que se estas não forem pagas no prazo previsto, há lugar a
juros de mora.

O pagamento deve ser efectuado no prazo de 60 dias a contar das datas indicadas na
legislação.

Multa Contratual por Violação dos Prazos Contratuais

O auto de multa contratual por violação dos Prazos Contratuais deve ser lavrado e
entregue ao Dono da Obra de imediato após constatação do facto. O Empreiteiro pode
reclamar até 8 dias após recepção do auto.

Situação dos Trabalhos

Feita a medição é elaborada a respectiva conta corrente, no prazo de 11 dias.

Reclamação do Empreiteiro sobre Medições

Verificar se a reclamação é pertinente e analisar a reclamação num prazo de 15 dias.

Vistoria para Recepção Provisória

Caso a recepção seja solicitada pelo Empreiteiro há cumprir o prazo estabelecido. Se


a iniciativa é do Dono de Obra, a convocação deve ser feita com 5 dias de
antecedência. A Fiscalização tem 22 dias para realizar a vistoria.

Conta Final da Obra

Há que fornecer ao Dono de Obra os elementos necessários para este enviar a conta
final ao Empreiteiro dentro do prazo previsto. O Dono de Obra tem 44 dias após o auto
de recepção provisória.

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2.2.7. Autos de Medição

Considerando as relações entre o Dono da Obra e o Empreiteiro, há que referir um


certo número de formalidades a preencher, que se traduzem fundamentalmente no
seguinte:

Apresentação mensal dos mapas de situação de obra, a que se segue o auto de


medição dos trabalhos realizados e respectivo pagamento;

• Situações de trabalhos: provisórias e definitivas;


• Medição de todos os trabalhos independentemente de se saber se devem ou
não serem pagos;
• Auto de medição e vistoria efectuado pela Fiscalização, acompanhado por
mapa da situação de trabalhos;
• Na última situação de trabalhos, o Empreiteiro deverá declarar quais as
reclamações que mantém.

Os autos de medição deverão ser organizados consoante a natureza dos trabalhos:

• Trabalhos previstos: trabalhos cuja natureza e quantidades serviram de base


ao concurso;
• Trabalhos referentes a erros do projecto: trabalhos da mesma espécie dos
previstos cujas quantidades a mais e a menos resultaram de erros do projecto
reclamados pelo Empreiteiro nos prazos legais;
• Trabalhos referentes a omissões do projecto: trabalhos de espécie diferente
dos previstos resultantes de omissões do projecto reclamados pelo
Empreiteiro da obra;
• Trabalhos a mais e a menos da mesma espécie dos previstos: trabalhos da
mesma natureza dos previstos ou das omissões e a executar nas mesmas
condições, cujas quantidades diferem das previstas;
• Trabalhos a mais e a menos de espécie diferente dos previstos: trabalhos de
natureza diferente dos previstos e das omissões ou a executar em condições
diferentes das previstas. Estes trabalhos devem ainda ser subdivididos em
trabalhos com preços já contratados e trabalhos com preços por acordar.
Nestes casos, todos os trabalhos deverão ser discriminados em função das
datas em que os preços foram acordados. Esta discriminação dos trabalhos
permite efectuar a revisão de preços tendo em consideração os índices base
correspondentes às datas em que foram aceites.

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3. Trabalho Desenvolvido no Âmbito do Estágio

3.1. Atribuições e Autoridades Inerentes à Função Desempenhada

A função desempenhada pelo estagiário no decorrer da Empreitada foi a de Engª.


Fiscal de Construção Civil.

Foram designadas as seguintes funções:

Monitorização da Empreitada

• Realizar visitas diárias à obra, inteirando todas as dificuldades e problemas;

• Elaboração de relatórios diários após recolha de informação referente a


cargas de mão-de-obra, materiais de construção, equipamentos, estado
meteorológico e trabalhos decorridos;

• Elaboração de relatórios fotográficos do desenvolvimento da obra;

• Responsabilização pelo tratamento estatístico dos dados recolhidos


diariamente, do controlo de facturação e do planeamento, de modo a serem
incluídos no relatório mensal a entregar ao Dono de Obra;

• Participar em reuniões com o Empreiteiro, Projectista, ou outras entidades


directamente ligadas à obra, para análise dos trabalhos em curso,
esclarecimentos de dúvidas e estudo de alterações;

• Dar consultoria ao Empreiteiro relativamente ao projecto de execução e


trabalhos a realizar ou a decorrer;

• Assumir as atribuições delegadas pelo Engenheiro responsável pela


Fiscalização;

• Substituição do Engenheiro responsável pela Fiscalização na ausência deste.

Plano de Qualidade

• Garantir a implementação do Plano de Qualidade e o cumprimento dos


respectivos procedimentos;

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• Fiscalização de operações executadas pelo Empreiteiro e verificação dos


processos de construção envolvidos;

• Análise da qualidade de materiais, equipamentos e processos utilizados pelo


Empreiteiro na obra;

• Aprovação de materiais e equipamentos propostos a incorporar na obra;

• Acompanhar a realização de ensaios de controlo de qualidade;

• Zelar pelo cumprimento das normas de segurança;

• Controlar o nível da qualificação profissional e do comportamento dos meios


humanos intervenientes na execução da Empreitada.

Controlo de quantidades e custos dos trabalhos executados

• Recolher diariamente informação em obra referente a medições de trabalhos;

• Elaborar as medições dos trabalhos com vista à emissão dos autos mensais
de medição;

• Preparar o fecho de contas no final da Empreitada;

• Controlar o orçamento da obra, mantendo actualizada a quantidade de


trabalhos contratuais;

• Elaboração de relatórios contendo análise da evolução da facturação, bem


como a evolução prevista dos pagamentos a efectuar ao Empreiteiro.

Planeamento da obra

• Recolha de informações diárias relativas ao programa de trabalhos e preparar


esta informação para integração no planeamento da Empreitada;

• Realização de relatórios mensais, descrevendo os desvios ao programa de


trabalhos aprovado, tendo em conta os desvios verificados entre as
actividades programadas e as efectivamente realizadas, assim como a
reprogramação dos trabalhos, em termos de plano de actividades, recursos
humanos, equipamentos, materiais de construção e pagamentos.

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3.2. ”Empreitada de Construção da Urbanização São Pedro”

Dados Gerais:

Localização: Pêro Pinheiro, Sintra

Dono de Obra: Cooperativa Nova Urbe – Construção e Habitação, CRL.

Tipo de Empreitada: Construção, por Preço Global

Fiscalização: GQA – Sistemas Integrados de Gestão, Qualidade e Ambiente, Lda.

Adjudicatário: Super Portal – Construção e Promoção Imobiliária, Lda.

Duração da Obra: 12 meses

Valor Aproximado da Obra: 1.600.000,00 €

Esta Empreitada consiste na construção de um conjunto de edifícios de habitação


colectiva e garagem, correspondente ao Lote 1, 2, 3 e 4 da “Urbanização São Pedro”,
perfazendo um total de 2 T3, 22 T2 e 2 T1.

Os Lotes 1, 2, 3 e 4 com área bruta total de 4225 m2, são compostos por um nível de
garagem em semi-cave, e a um nível superior surgem três pisos para habitação, um
piso de arrumos e uma cobertura não acessível.

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Figura 1 – Planta de Arquitectura tipo do Lote 1

Figura 2 – Planta de Arquitectura tipo do Lote 2, 3 e 4

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3.2.1. Execução da Estrutura

O edifício é constituído por uma estrutura porticada pilar e viga. Para desenvolver esta
fase de obra tive que fazer uma análise cuidada ao projecto de Arquitectura bem como
aos projectos de especialidades de forma a garantir uma compatibilização entre todos
eles.

3.2.1.1. Fundações

Quando a Fiscalização entrou oficialmente em obra já se encontravam praticamente


concluídos os trabalhos relativos à desmatação e escavação do terreno.

Os equipamentos mecânicos utilizados foram a giratória, retroescavadora e “bobcat”,


não sendo necessário o recurso a explosivos. Não foi encontrada água nascente, o
que permitiu o decorrer dos trabalhos sem problemas adicionais. Verificou-se que o
terreno apresentava boas condições resistentes, o que permitiu avançar com as
fundações directas admitidas em projecto.

Após a realização de todos os Movimentos de Terras referentes a Fundações,


procedeu-se à regularização do fundo com uma camada de 5cm de betão de limpeza.
À medida que decorriam estes trabalhos já estavam a ser executadas em estaleiro as
armaduras das sapatas, vigas de equilíbrio e muros de suporte. Nesta fase
verificaram-se principalmente os diâmetros das armaduras utilizadas, os afastamentos
e os comprimentos de amarração.

A betonagem de cada elemento do muro, apenas foi iniciada quando completamente


montada a sua armadura e colocada a cofragem. As armaduras foram colocadas com
a disposição e rigor indicados nos desenhos de construção. Foram convenientemente
posicionadas, e só depois se colocaram as cofragens a toda a altura da betonagem,
devidamente escoradas.

Todo o processo de implantação das armaduras para a sua posição definitiva foi
acompanhado pela Fiscalização, de forma a garantir que ficassem correctamente
implantadas.

Em seguida cofraram-se as sapatas e as vigas de equilíbrio, tendo sido dada especial


atenção ao recobrimento. A betonagem ocorre após as verificações necessárias e
autorização por parte da Fiscalização.

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Para além destes aspectos deve-se garantir a entrega necessária dentro das sapatas
dos arranques das armaduras dos elementos verticais.

Figura 3 – Sapatas e Vigas de Equilíbrio do Lote 1

3.2.1.2. Elementos Verticais

Os elementos estruturais verticais existentes na obra são os pilares e os muros de


suporte.

Nesta fase foi tida em atenção as armaduras de arranque dos pilares, de forma a
terem o comprimento suficiente para fazer o empalme, tendo especial atenção para a
relação entre a quantidade de armadura /secção do elemento.

Outros aspectos que se devem analisar com cuidado, prendem-se com a


perpendicularidade dos estribos relativamente à armadura vertical, bem como ao
cumprimento do espaçamento de recobrimento. Após a inspecção visual de todos os
elementos verticais é colocada a cofragem. Nesta fase é verificado se as cofragens
estão correctamente escoradas. Após cada utilização dos painéis de cofragem
recuperável é necessário verificar que os mesmos são limpos e oleados, para uma
nova utilização.

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Figura 4 – Pilares e Muro de Suporte do Lote 4

3.2.1.3. Elementos Horizontais

Todas as lajes previstas em projecto e executadas em Obra se referiam a lajes


maciças, sendo a maior dimensão da laje 8x7,5 m com uma espessura de 0,15 m.

Na disposição das armaduras era dada especial atenção aos diâmetros dos varões
indicados no projecto, comprimento de amarração, espaçamento entre os varões,
empalmes, recobrimentos, pormenores da armadura para aberturas em lajes, reforço
de armaduras e ao espaçamento dos estribos.

Nesta fase, a compatibilização de projectos prendia-se fundamentalmente com a


localização e correcta dimensão a dar aos negativos deixados na laje (“courettes”).

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Figura 5 – Armadura da laje de piso do Piso 0 do Lote 1

3.2.2. Execução das Alvenarias

Nesta fase foi tida especial atenção aos alinhamentos, verticalidade e à correcta
localização dos vãos de portas e janelas, travamentos entre panos, bem como às
dosagens da argamassa e correcta implantação e assentamento das fiadas de tijolo
(verificar que, antes de se proceder à aplicação de nova fiada de tijolo, tem que se
humedecer a fiada anterior e as juntas não devem ter mais do que um centímetro).

Durante o espaço temporal entre a conclusão do pano interior e exterior da parede


exterior, o Empreiteiro prosseguiu com os trabalhos no interior dos edifícios.

Figura 6 – Pano Exterior das alvenarias exteriores

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Figura 7 – Pano Interior das alvenarias exteriores

Figura 8 – Alvenarias Exteriores concluídas

Figura 9 – Implantação das Alvenarias Interiores

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3.2.3. Execução dos Revestimentos

3.2.3.1. Pavimentos

3.2.3.1.1. Regularização dos Pavimentos

Foi executada a regularização de todos os pavimentos com argamassa de cimento e


areia. Nesta fase foi tida em atenção a composição da argamassa e a horizontalidade.

3.2.3.1.2. Revestimento dos Pavimentos

Foi aplicado Pedra “Moleanos” no hall de entrada, salas, circulação dos quartos,
instalações sanitárias, hall dos pisos e escadas; Granito “Amarelo Imperial” nas
cozinhas; Madeira maciça tom “Garapa” nos quartos, e mosaico “Dominó” cor branca
nas arrecadações e zonas de circulação do desvão da cobertura.

Nesta fase foi analisada a dosagem do cimento cola no caso da pedra, e a cola no
caso da madeira, a horizontalidade e a estereotomia do pavimento definida no
projecto.

Figura 10 – Pavimento das cozinhas em Granito “Amarelo Imperial”

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Figura 11 – Pavimento dos quartos em tacos de Madeira maciça, tom “Garapa”

Figura 12 – Pavimento das arrecadações e zonas de circulação do desvão da cobertura em mosaico


“Dominó” cor branca

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3.2.3.2. Paredes Interiores

3.2.3.2.1. Revestimento de Paredes com Gesso Projectado

Foi aplicado gesso projectado nas paredes dos quartos, hall de entrada, circulação
dos quartos, salas, em grande parte das paredes das cozinhas e nas caixas de
escadas. Nesta fase foi acompanhada a colocação de rede de fibra de vidro em todas
as ligações das alvenarias e elementos estruturais, a regularização de ombreiras e
padieiras de vãos.

Figura 13 – Aplicação da rede de fibra de vidro

Figura 14 – Revestimento paredes gesso projectado

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3.2.3.2.2. Revestimento de Paredes com Azulejo

Foi aplicado azulejo unicamente na área da parede que se situa por cima da bancada
da cozinha. Nesta fase foi acompanhada a aplicação de emboço e reboco de forma a
verificar-se a isenção de irregularidade. Posteriormente colocou-se o azulejo com
cimento cola tendo em atenção a estereotomia definida em projecto.

Figura 15 – Revestimento da parede das cozinhas com azulejo

3.2.3.2.3. Revestimento de Paredes em Pedra Natural

Foi aplicada Pedra “Moleanos” Polida em todas as paredes das instalações sanitárias.
Nesta fase foi acompanhada a aplicação de emboço e reboco de forma a verificar-se a
isenção de irregularidade. Posteriormente colocou-se a Pedra com colagem
apropriada, tendo em atenção a estereotomia definida em projecto.

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Figura 16 – Revestimento das paredes das Instalações Sanitárias com Pedra “Moleanos”

3.2.3.3. Tectos

3.2.3.3.1. Revestimento de Tectos com Gesso Projectado

Esta actividade antecedeu o revestimento das paredes interiores.

Com excepção das instalações sanitárias, zonas de circulação e hall de entrada, foi
aplicado gesso projectado em todos os tectos.

3.2.3.3.2. Revestimento de Tectos com Placas de Gesso Cartonado

Após a conclusão do revestimento das paredes das instalações sanitárias, foram


aplicados painéis de gesso cartonado hidrófugo. Nesta fase foi tida em conta a altura
dos tectos definida em projecto, acompanhados os recortes (instalação de armaduras
de iluminação) e remates nas paredes. Posteriormente foi acompanhado o barramento
das juntas e dado o acabamento estanhado.

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Figura 17 – Revestimento de tectos das instalações sanitárias

3.2.3.3.3. Revestimento de Tectos com Painéis de Madeira

Após a conclusão do revestimento das paredes das zonas de circulação e hall de


entrada com gesso projectado, foram aplicados painéis de madeira. Nesta fase foi tida
em conta a altura dos tectos definida em projecto, acompanhados os recortes
(instalação de armaduras de iluminação) e remates nas paredes.

Figura 18 – Revestimento de tectos do hall de entrada e zonas de circulação

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3.2.4. Execução de Cantarias

Após a conclusão da alvenaria exterior foram aplicadas as soleiras, os peitoris, as


ombreiras e vergas em Pedra “Moleanos” Amaciado, de acordo com o estipulado em
projecto.

Figura 19 – Cantarias

3.2.5. Execução de Carpintarias

O Empreiteiro executou uma amostra tipo de uma porta, de um armário roupeiro, de


um armário de cozinha e de um rodapé, que foi submetida para aprovação pelo
Arquitecto e Dono de Obra. Após análise das amostras foram feitas algumas
observações, tendo a partir desta data o Empreiteiro dado inicio à produção das
peças.

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Figura 20 – Armário roupeiro

3.2.6. Execução de Serralharias

Após a aplicação das cantarias, deu-se início à aplicação de caixilharias em alumínio


termolacado nos vão exteriores.

Após serem aplicadas todas as caixilharias exteriores, foram aplicadas as guardas das
varandas e janelas.

Logo após a colocação das soleiras em Pedra “Moleanos” amaciado, colocaram-se as


portas exteriores em vidro temperado.

Figura 21 – Caixilharia Exterior


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3.2.7. Execução de Pinturas Interiores

Foram executadas as pinturas a tinta plástica nas paredes e tectos interiores de toda a
obra.

3.2.8. Especialidades

Na altura devida foram realizadas análises ao projecto de cada uma das


especialidades.

Esta análise permitiu, com a colaboração dos Engenheiros de cada uma das
especialidades, a coordenação de execução dos projectos, modos de execução e sua
distribuição temporal. Por outro lado foram ao mesmo tempo detectadas algumas
irregularidades que foram colocadas à consideração dos projectistas.

Durante o decorrer da obra foram realizadas visitas à obra por parte de cada um dos
Engenheiros das especialidades. Estas visitas tiveram como objectivo controlar o
desenvolvimento e execução de cada uma das actividades, contribuindo para a
melhoria da qualidade geral da obra.

3.2.9. Descrição dos Ensaios Efectuados

3.2.9.1. Ensaio de Abaixamento

De forma a aferir a trabalhabilidade do betão, recorreu-se à realização do ensaio de


abaixamento a todas as auto-betoneiras que transportavam betão-pronto a aplicar em
obra.

Neste ensaio, uma amostra representativa do betão fresco é compactada no interior


de um molde com uma forma tronco-cónica em três camadas, apiloadas com 25
pancadas e regularização superficial da 3ª camada. Após o levantamento do molde,
mede-se a diferença de altura entre o ponto mais alto da amostra com a altura do
molde, que se arredonda aos 10mm.

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Figura 22 – Cone de Abrams

No decorrer da Empreitada foi utilizado betão de classe de abaixamento S3 para a


execução da estrutura.

Classe Abaixamento em mm
S1 10 a 40
S2 50 a 90
S3 100 a 150
S4 160 a 210
S5 ≥ 210
Quadro 1 – Classificação do Abaixamento (NP EN 206-1)

Procedimento

O primeiro ensaio efectuado ao betão consiste num ensaio de recepção em que se


determina o seu abaixamento com o auxílio do cone de Abrams.

Sempre que o abaixamento seja superior ao previsto no Quadro 1, a aplicação do


betão em obra pode ser rejeitada. A estes valores de abaixamento, podem ser
admitidas tolerâncias conforme o preconizado pela Norma NP EN 206-1.

Quando rejeitado, o mesmo betão pode ser utilizado em zonas onde não seja
necessário colocar betão controlado, como por exemplo, betão de limpeza.

Caso o abaixamento seja inferior ao mínimo previsto no estudo de composição do


betão aprovado, este poderá ser corrigido por adição de plastificante.

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3.2.9.2. Ensaio do Betão à Compressão

Durante a betonagem deverão ser realizados ensaios de controlo das características


mecânicas dos betões através da colheita de amostras representativas da
amassadura.

Os cubos são feitos com betão de uma amassadura destinada a ser aplicada em obra
e designada pela Fiscalização. São executados, transportados, curados e
conservados de acordo com a Especificação EN 12390-3.

Foi organizado um registo de todos os ensaios de cubos, a fim de, em qualquer


momento, se verificar o cumprimento das características estabelecidas.

Os cubos eram transportados para o laboratório de ensaio, devidamente


acondicionados de modo a não se deteriorem.

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3.2.10. Implementação de um Sistema de Gestão da Qualidade

A GQA – Sistemas Integrados de Gestão, Qualidade e Ambiente, Lda., é uma


empresa que actua na área da Consultoria, tendo como principais actividades a
Concepção e Desenvolvimento de Sistemas de Gestão, de acordo com as normas NP
EN ISO 9001:2000, NP EN ISO 14001:2004 e NP 4397:2001; Estudos e Projectos e
Gestão de Empreendimentos de Construção.

No final do ano de 2007 a empresa iniciou o processo de implementação e


desenvolvimento de um Sistema de Gestão da Qualidade de acordo com a norma NP
EN ISO 9001:2000. O âmbito de Certificação da actividade da GQA – Sistemas
Integrados de Gestão, Qualidade e Ambiente, Lda. é a prestação de serviços de
Consultoria e Formação nas áreas de Qualidade, Ambiente, Segurança e Gestão de
Empreendimentos de Construção.

Assim, embora ainda não estando certificada, a GQA – Sistemas Integrados de


Gestão, Qualidade e Ambiente, Lda. tem um sistema da qualidade devidamente
implementado e em funcionamento. Esse sistema é caracterizado por um conjunto de
procedimentos e impressos divididos pelos vários processos da empresa, entre eles, e
o mais relevante neste relatório, o processo de Gestão e Fiscalização de
Empreendimentos.

As principais linhas orientadoras do Processo de Gestão e Fiscalização de


Empreendimentos implementado na GQA – Sistemas Integrados de Gestão,
Qualidade e Ambiente, Lda., são as seguintes:

• Definição do Responsável da empresa pela Gestão e Fiscalização da Obra;

• Fluxograma do processo (demonstra como as actividades se encontram


interligadas entre si);

• Procedimentos das actividades desenvolvidas;

• Entradas e Saídas do processo.

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3.2.10.1. Fluxograma do Processo

As actividades desenvolvidas no âmbito do processo de Gestão e Fiscalização, para


qualquer obra desenvolvida pela empresa, estão sequenciadas e interligadas entre si
de acordo com a seguinte organograma:

Figura 23 - Fluxograma

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3.2.10.2. Procedimentos do Processo

Estão associados quatro procedimentos ao processo de Gestão e Fiscalização. Esses


procedimentos são:

• Procedimento Geral de Gestão e Fiscalização de Empreendimentos (PG GF


01): Este procedimento tem como objectivo estabelecer a metodologia de
Gestão e Fiscalização de Empreendimentos de modo a assegurar a sua
conformidade com os requisitos do Cliente e com os requisitos legais e
regulamentares;

• Procedimento Geral de Elaboração dos Planos da Qualidade da Gestão e


Fiscalização (PG GF 02): Este procedimento tem como objectivo estabelecer
as linhas orientadoras para elaboração de Planos de Qualidade da Gestão e
Fiscalização;

• Procedimento Geral de Controlo de Dispositivos de Monitorização e Medição


(PG GF 03): Este procedimento tem como objectivo estabelecer a
metodologia a seguir no controlo dos Dispositivos de Monitorização e
Medição utilizados pela empresa;

• Procedimento Geral de Preparação de Planos de Monitorização e Medição


(PG GF 04): Este procedimento tem como objectivo definir a metodologia a
ser seguida na elaboração dos Planos de Monitorização e Medição.

3.2.10.3. Entradas e Saídas do Processo

As entradas e saídas do processo são todos os impressos que são preenchidos no


âmbito da actividade de Gestão e Fiscalização da Obra, dando origem aos registos,
que permitem o controlo da actividade desenvolvida pelo Empreiteiro ao longo da
execução da obra.

A lista dos impressos utilizados pela empresa é apresentada seguidamente:

• PG GF 01:Plano de Gestão e Fiscalização; Mapa de Avaliação de Empresas;


Auto de Consignação; Auto de Recepção Provisória/Definitiva; Aprovação de
Materiais e Equipamento; Relatório de Visita do Fiscal; Boletins de Controlo;
Carga de Mão-de-obra Semanal; Carga de Equipamento Semanal; Ficha de
Controlo Financeiro; Mapa de Trabalhos Extra; Relatório de Fiscalização.

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• PG GF 02: Plano da Qualidade da Gestão e Fiscalização; Carga de Mão-de-


obra Semanal; Carga de Equipamento Semanal; Aprovação de Materiais e
Equipamento; Fax Convite; Mapa de Trabalhos Extra; Relatório de
Fiscalização; Não Conformidade do Empreiteiro; Registo de Não
Conformidade do Empreiteiro; Plano de Monitorização; Boletins de Controlo;
Relatório de Visita do Fiscal; Ficha de Controlo Financeiro.

• PG GF 03: A empresa não possui Dispositivos de Monitorização e Medição,


recorrendo a serviços subcontratados nesta área. Como tal, não possui
impressos associados a este procedimento.

• PG GF 04: Plano de Monitorização e Medição; Boletins de Controlo.

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3.2.11. Condições de Segurança e Saúde no Trabalho - Decreto-Lei 273/2003

O Decreto-Lei n.º 273/2003, de 29 de Outubro procedeu à revisão da regulamentação


das condições de segurança e saúde no trabalho em estaleiros temporários ou
móveis, constante do Decreto-Lei n.º 155/95, de 1 de Julho, mantendo as prescrições
mínimas de segurança e saúde no trabalho estabelecidas pela Directiva n.º
92/57/CEE, do Conselho, de 24 de Junho.

Este diploma estabelece regras gerais de planeamento, organização e coordenação


para promover a segurança, higiene e saúde no trabalho em estaleiros, temporários ou
móveis, de construção.

Actualmente, ainda não é dada a devida importância à Segurança, Higiene e Saúde no


Trabalho, pois esta é vista como uma actividade dissociada, quando deveria constituir
parte integrante do processo construtivo.

Este tema merece a devida importância pois a construção envolve trabalhos com
riscos especiais, pondo em risco a vida de todos os trabalhadores que fazem desta
actividade o seu sustento.

A actividade da construção continua a ter altos índices de sinistralidade, quer no que


respeita à frequência, quer no que respeita à gravidade dos acidentes.

A adopção de medidas de prevenção e protecção permite reduzir ou eliminar o perigo


de uma determinada situação ou acção, reduzindo assim a probabilidade de
ocorrência de acidentes e consequentemente o risco.

O estudo deste diploma teve grande importância para posterior elaboração de Planos
de Segurança e Saúde em Fase de Projecto e acompanhamento da coordenação de
segurança em obra.

Os Coordenadores de Segurança e Saúde em projecto e em obra, desempenham um


papel fundamental de aconselhamento e apoio técnico aos processo de decisão do
Dono de Obra e de dinamização da acção dos diversos intervenientes no que refere à
observância dos princípios gerais da prevenção nas fases de elaboração de projecto,
de contratualização das Empreitadas, de execução dos trabalhos da construção e, até,
quanto à consideração das intervenções subsequentes à conclusão da edificação.

Ao elaborar os Planos de Segurança e Saúde, o objectivo é contribuir para eliminar ou


reduzir, para níveis aceitáveis, os riscos para a segurança e saúde da nossa

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Joana Lírio da Silva – Membro Estagiário Nº 007155 / 061064 46/49
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população activa, estando a preservar a saúde e a integridade física dos


trabalhadores, reduzindo igualmente os custos sociais e económicos da doença e dos
acidentes de trabalho.

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4. Conclusões

O período de estágio na empresa GQA – Sistemas Integrados de Gestão, Qualidade e


Ambiente, Lda., constituiu uma componente muito importante na minha qualificação
profissional, por ter tido a oportunidade de aplicar os conhecimentos adquiridos na
Universidade, pela informação e formação que me foi transmitida na empresa e pelo
contacto com o mundo do trabalho.

As dificuldades surgidas em algumas situações foram ultrapassadas com o apoio da


equipa em que fui inserida e com os esclarecimentos prestados pelos colegas da
empresa.

Atendendo a todos os aspectos técnicos e práticos abordados e às relações humanas


estabelecidas no contacto diário com os diversos intervenientes em cada actividade,
no decurso do estágio, este período foi muito rico em experiências profissionais e
humanas.

O contacto com profissionais que, pelos seus conhecimentos, experiência e dedicação


me mereceram o maior respeito e a possibilidade de colaboração com actividades tais
como participação em reuniões, acompanhamento de visitas à obra, acompanhamento
de ensaios, registo fotográfico dos trabalhos e organização documental, (que apesar
de menos técnicos são de grande importância), foram também essenciais ao longo do
crescimento da minha maturidade profissional.

Considero ter contribuído com profissionalismo, dedicação, disponibilidade e empenho


para levar a bom termo, com a qualidade exigida à execução da obra em que estive
envolvida. No futuro pretendo por em prática e desenvolver com maturidade e o
máximo de profissionalismo, todos os conhecimentos práticos e teóricos adquiridos.

Deste modo, o tempo de estágio foi um período em que procurei observar, partilhar e
aprender, contribuindo de uma forma útil e positiva para a consolidação da minha
formação técnica como Engenheira Civil.

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Joana Lírio da Silva – Membro Estagiário Nº 007155 / 061064 48/49
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5. Bibliografia

O presente relatório teve como referência teórica o Caderno de Encargos e os


Projectos de Execução da Empreitada, bem como a seguinte bibliografia:

[1] TABELAS TÉCNICAS – Brazão Farinha, J. S. e Correia dos Reis, A., Lisboa,
2003;

[2] APONTAMENTOS E SEBENTAS DA UNIVERSIDADE (Legislação e Direcção


de Obras, Estruturas de Betão; Tecnologia das Construções; Materiais de
Construção, Física dos Edifícios);

[3] REIS, A. Correia dos; “Organização e Gestão de Obras”; Edições Técnicas


E.T.L., Lda.; 2006;

[4] Eurocódigo 2, EN 1992-1-1:2004;

[5] “Regulamento de Estruturas de Betão Armado e Pré-Esforçado”; Decreto-Lei n.º


349-C/83, de 30 de Julho, Porto Editora; 2003;

[6] DECRETO-LEI nº 59/99 de 2 de Março;

[7] DECRETO-LEI nº 273/2003 de 29 de Outubro;

[8] Norma NP EN 206-1 2007.

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Joana Lírio da Silva – Membro Estagiário Nº 007155 / 061064 49/49

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