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MANUAL DE OPERAÇÃO

MO 5010-00101- OPERAÇÃO DE CALDEIRAS

Nº Revisão: 2.0| Data: 24/08/2021


MANUAL DE OPERAÇÃO
MO 5010-00101- OPERAÇÃO DE CALDEIRAS

1. INTRODUÇÃO....................................................................................................................................................... 3

2. PRINCÍPIOS DO PROCESSO................................................................................................................................... 3

2.1 EXCESSO DE AR................................................................................................................................................ 6

2.2 PODER CALORÍFICO DOS COMBUSTÍVEIS.......................................................................................................... 9

2.3 GERADORES DE VAPOR.................................................................................................................................... 9

2.4 COMPONENTES CLÁSSICOS............................................................................................................................ 11

2.5 CALDEIRAS AQUOTUBULARES........................................................................................................................ 13

2.6 CIRCULAÇÃO DA ÁGUA EM CALDEIRAS AQUOTUBULARES..............................................................................15

2.7 FUNCIONAMENTO DE UMA CALDEIRA............................................................................................................ 16

3. VARIÁVEIS DO PROCESSO................................................................................................................................... 17

4. FLUXO................................................................................................................................................................ 23

4.1 FLUXO DE PROCESSO...................................................................................................................................... 23

4.1.1 ARMAZENAMENTO E ENVIO DE TW................................................................................................................ 23

4.1.2 DESAERAÇÃO................................................................................................................................................. 23

4.1.3 ENVIO DE ÁGUA PARA CALDEIRAS E FORNOS.................................................................................................24

4.1.4 CALDEIRAS..................................................................................................................................................... 25

4.1.5 VENTILAÇÃO FORÇADA DE CALDEIRAS........................................................................................................... 25

4.1.6 VASOS DE CONDENSADO............................................................................................................................... 25

4.1.7 TRANSFÊNCIA DE CONDENSADO.................................................................................................................... 26

4.1.8 CONDENSADORES.......................................................................................................................................... 26

5. CONTROLE DO PROCESSO.................................................................................................................................. 26

5.1 MALHA DE NÍVEL DA CALDEIRA...................................................................................................................... 26

5.1.1 MALHA DE CONTROLE EM TRÊS ELEMENTOS.................................................................................................. 27

5.2 MALHA DE COMBUSTÃO................................................................................................................................ 27

5.2.1 DESCRIÇÃO DE MALHA – EXEMPLICANDO PELA BF-1900.................................................................................29

5.2.2 ABERTURA DOS "DAMPERS" DOS VENTILADORES.......................................................................................... 31

5.2.3 ANALISADOR DE O2....................................................................................................................................... 31

5.2.4 RELAÇÃO AR/COMBUSTÍVEL:......................................................................................................................... 32

5.2.5 CHAVE DE "BY PASS" DA MALHA DE ANÁLISE DE EXCESSO DE 02:...................................................................33

5.2.6 CONTROLES DISPONÍVEIS AO OPERADOR....................................................................................................... 33

5.3 CONTROLE AVANÇADO DE PROCESSO............................................................................................................ 33

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5.3.1 OTIMIZAÇÃO AUTOMÁTICA DE SETPOINT DO CONSUMO DE GG....................................................................34

5.3.2 MALHA DE CONSUMO DE UNILEVE (ÓLEO)..................................................................................................... 35

5.3.1 AJUSTE DE CARGA.......................................................................................................................................... 35

6. CARACTERIZAÇÃO DAS CORRENTES PRINCIPAIS.................................................................................................. 37

6.1 VAPOR........................................................................................................................................................... 37

6.2 COMBUSTÍVEIS.............................................................................................................................................. 37

6.3 ÁGUA DE ALIMENTAÇÃO DE CALDEIRAS (BFW)............................................................................................... 39

6.4 ÁGUA DE RECIRCULANTE NAS CALDEIRAS....................................................................................................... 39

7. PLANO ANALÍTICO.............................................................................................................................................. 39

8. PERAÇÃO NORMAL............................................................................................................................................ 43

9. CORREÇÃO DE NÃO-CONFORMIDADES (TROUBLESHOOTING).............................................................................49

9.1 APAGAMENTO DE GÁS................................................................................................................................... 49

9.2 APAGAMENTO DE ÓLEO................................................................................................................................. 49

9.3 INDICAÇÃO DE NÍVEL INCORENTE OU ERRA.................................................................................................... 50

9.4 ANALISADORES DE CAMPO COM INDICAÇÕES ACIMA DO CONTROLE.............................................................50

9.5 QUEDA DA PRESSÃO DE HS............................................................................................................................ 50

10. PARTIDA NORMAL DA UNIDADE.................................................................................................................... 50

10.1 AÇÕES PRELIMINARES DE ACENDIMENTO DE CALDEIRAS................................................................................50

10.2 PARTIDA DA CALDEIRA STEIN......................................................................................................................... 51

10.3 PARTIDA DA CALDEIRA CBCS.......................................................................................................................... 52

10.4 ACENDIMENTO COM UNILEVE........................................................................................................................ 52

10.5 ACENDIMENTO COM GÁS............................................................................................................................... 53

10.6 PROCEDIMENTO DE APOIA A PARTIDA........................................................................................................... 53

11. PARADA NORMAL DA UNIDADE..................................................................................................................... 53

12. PROCEDIMENTOS ESPECÍFICOS....................................................................................................................... 53

13. PARADAS DE EMERGÊNCIA............................................................................................................................ 53

14. PARTIDA APÓS EMERGÊNCIAS........................................................................................................................ 54

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1. INTRODUÇÃO

A geração de vapor é feita em caldeiras, às quais são vasos de pressão, onde a água é alimentada e
pela aplicação de uma fonte de calor, ela se transforma em vapor. No caso da UNIB 03 CK, a
capacidade instalada para produção de vapor é de 620 toneladas por hora e por projeto 535
toneladas por hora é consumo normal.
Uma caldeira é um equipamento estacionário com o objetivo de transferir calor para água
desmineralizada usando a combustão como fonte quente sem permitir a mistura ou contato dos
gases de combustão com a corrente de água.
Combustíveis e Combustão
A forma mais empregada para assegurar o fornecimento do calor necessário à produção de vapor é
por meio da queima de algum combustível, como gás combustível ou lenha. Interessa, portanto,
apresentar os combustíveis e seu processo de fornecimento de calor, do ponto de vista das reações
envolvidas e da geração de energia térmica, que se associam diretamente ao impacto ambiental e à
eficiência energética na produção de vapor. No próximo tópico serão apresentados também
elementos das tecnologias de combustão empregadas em caldeiras.

2. PRINCÍPIOS DO PROCESSO

A combustão pode ser definida como uma reação química exotérmica rápida entre duas
substâncias, um combustível e um comburente. As reações exotérmicas são aquelas que liberam
energia térmica. O combustível é a substância que queima, que se oxida, contendo em sua
composição, principalmente, carbono e hidrogênio, e, eventualmente e em menores teores, outros
elementos reagentes, como oxigênio e enxofre, ou ainda outros elementos ou compostos que não
participam da reação de combustão, como a água.
Comburente é o componente da reação de combustão que fornece o oxigênio. Em geral, é usado o
ar atmosférico, que apresenta a grande vantagem de não ter custo de fornecimento. Entretanto, o
ar contém relativamente pouco oxigênio, existindo 3,76 volumes de nitrogênio por volume de
oxigênio (21% em percentagem volumétrica ou 23% em percentagem por peso atômico), além de
trazer sempre alguma umidade.
Os produtos da combustão são tipicamente gasosos. Contudo, os elementos do combustível que
não se oxidam, ou já estão oxidados, vão constituir as cinzas. Os combustíveis podem ser
classificados de acordo com seu estado físico nas condições ambientes em:
Sólidos: madeira, bagaço de cana, turfa, carvão mineral, carvão vegetal, coque de carvão, coque de
petróleo, etc.
Líquidos: líquidos derivados de petróleo, óleo de xisto, alcatrão, licor negro (lixívia celulósica),
álcool, óleos vegetais, etc.;
Gasosos: metano, hidrogênio, gases siderúrgicos, gás de madeira, biogás, etc.

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Alguns combustíveis podem situar-se em uma ou outra classificação, dependendo da pressão. Por
exemplo, o gás liquefeito de petróleo, ou GLP, uma mistura de butano e propano, sob o efeito de
pressões relativamente baixas, pode estar no estado líquido.
O conhecimento básico das reações de combustão permite estimar o requerimento de ar teórico e
as condições reais de sistemas utilizando combustíveis. Na Tabela 2.1 estão resumidas as reações
elementares para o estudo da combustão, correspondentes respectivamente, à oxidação completa
e incompleta do carbono, à oxidação do hidrogênio e à oxidação do enxofre. É apresentado também
o calor liberado em cada reação, por unidade de massa do combustível.

Tabela 1. Reações básicas de combustão


Reagentes Produtos Energia liberada
C + O2 CO2 + 8.100 kcal/kg C
C + 1/2 O2 CO + 2.400 kcal/kg C
2 H2 + O2 2 H2O (L) + 34.100 kcal/kg H2
S + O2 SO2 + 2.200 kcal/kg S

Deve ser observado que para cada caso existe uma quantidade determinada de oxigênio; portanto,
de ar a ser fornecido. A combustão completa quando todos os elementos combustíveis contidos no
combustível (C, H, S, etc.) combinam com o oxigênio do ar, fornecendo os produtos finais
correspondentes estáveis quimicamente. Neste sentido, a segunda reação apresentada para o
carbono, com a formação do monóxido de carbono (CO), não é completa. Fica ainda evidente que a
queima parcial do carbono libera bem menos energia que sua total oxidação. Na queima do
hidrogênio, a água formada pode estar como líquido ou como vapor, sendo apresentada nessa
tabela a energia liberada quando está na forma líquida.
A proporção exata de ar e combustível para uma combustão completa é conhecida como relação
ar/combustível estequiométrica, uma propriedade característica de cada combustível. Por exemplo,
a maioria dos derivados de petróleo requer da ordem de 14 kg de ar por kg de combustível,
enquanto a lenha seca requer cerca de 6 kg de ar por kg. Dependendo da temperatura e da pressão,
esta quantidade de ar corresponderá a um determinado volume. Em termos volumétricos, de
interesse para combustíveis gasosos, a relação ar/combustível, em m3 de ar/m³ de gás combustível)
pode ser estimada pela equação seguinte:

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em que:
a/c - relação ar/combustível estequiométrica;
x - teor molar de carbono;
y - teor molar de hidrogênio;
z - teor molar de oxigênio;
k - teor molar de enxofre.

Para combustíveis sólidos e líquidos, a quantidade teórica de ar necessária à combustão de um


combustível é usualmente apresentada em base mássica (kg de ar/ kg de combustível), podendo ser
calculada pela fórmula a seguir, valendo a mesma simbologia da expressão anterior.

Sendo conhecida a composição em massa do combustível, os teores molares (x, y, z e k) podem ser
determinados dividindo-se, respectivamente, os teores mássicos ou em peso por 12, 1, 16 e 32, ou
seja, pelos pesos molares destes elementos. Quando existirem inertes, como cinzas ou nitrogênio, a
quantidade de ar requerida, determinada pelas expressões anteriores, deverá ser ajustada
proporcionalmente.
As Tabelas 2 e 3 fornecem os coeficientes molares indicativos para serem utilizados nessas
expressões e a relação ar/combustível estequiométrica, para os combustíveis usualmente
empregados na produção de vapor. Como os combustíveis são quase sempre produtos naturais, os
valores apresentados são indicativos.

Tabela 2. Coeficientes Molares Para Alguns Combustíveis


Coeficiente molar
Combustível Observação
x y z k
Óleo combustível 7,2 12 0 0,06 tipo B1, 2% de enxofre
Gás natural (típico) 1,15 4 0,2 0 85% CH4, 10% C2H6 e 10% CO2
GLP 3,5 9 0 0 50% C3H8 e 50% C4H10

Tabela 3. Relações Ar/Combustível Estequiométricas Em Base Úmida


Relação ar/combustível
Combustível Umidade típica
Estequiométrica
Óleo combustível B1 13,5:1 kg/kg ~ 0%
Gás natural (típico) 9,76 m3/ m3 0%
GLP 15,1:1 kg/kg ; 26,2 m3/ m3 0%

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É interessante notar que a umidade e o teor de cinzas afetam diretamente a relação ar/combustível
estequiométrica, já que a parcela do combustível que efetivamente reage é menor quando uma
parte de seu peso corresponde à água ou a outros materiais que não vão reagir com o oxigênio.
Como um exemplo, um kg de bagaço de cana com 50% de umidade consome apenas a metade do
ar requerido pela mesma massa de bagaço seco. A expressão a seguir pode ser utilizada para avaliar
a relação ar/combustível em base úmida.

Em que:
Umidade referida à massa seca do combustível (%)
No presente Livro, as expressões anteriores para cálculo da relação ar/combustível em base seca,
em função da composição do combustível.

2.1 EXCESSO DE AR

Como a reação de combustão deve ocorrer de forma rápida e em um volume limitado, para
assegurar que todo o combustível se oxide, é necessário colocar sempre algum ar em excesso,
senão aparecerá combustível sem queimar, com evidentes implicações econômicas e ambientais.
De outro lado, o excesso de ar para combustão deve ser sempre o menor possível, pois o ar, além
do oxigênio, sempre traz consigo uma massa elevada de nitrogênio, gás inerte e que arrasta para a
chaminé parte do calor gerado na reação, resultando em uma perda de desempenho da utilização
do calor do combustível. Ou seja, se a correta proporção entre o ar e o combustível não for
mantida, haverá insuficiência ou excesso de ar, além do mínimo recomendável e,
consequentemente, perda de eficiência no processo, como representado na figura abaixo:

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Figura 1. Efeito do excesso de


ar sobre as perdas em sistemas de combustão

O excesso mínimo de ar a ser adotado depende tanto do tipo de combustível como do sistema de
combustão, já que se trata de buscar uma mistura adequada entre o combustível e o comburente.
Em geral, gases combustíveis permitem uma mistura adequada sem dificuldade, e os excessos de ar
situam-se usualmente entre 5 a 10%.
Para um combustível líquido, em função de sua viscosidade e do sistema de atomização empregado
no queimador, pode ser requerido menos de 10% de excesso de ar ou mais de 30%. No caso dos
combustíveis sólidos o excesso de ar depende muito da granulometria e da forma de alimentação
do combustível. Um combustível bem moído e alimentado em suspensão pode comportar-se como
um óleo pesado, enquanto lenha em pedaços grandes sobre uma grelha fixa pode requerer de 60 a
120% de excesso de ar.
A determinação prática do excesso de ar é usualmente realizada por meio de medidas de
composição dos gases de combustão em base seca; isto é, sem serem afetadas pelo teor de
umidade eventual do combustível queimado. As medidas mais importantes são os teores de dióxido
de carbono (CO2) e oxigênio (O2). Tradicionalmente, estas medidas eram realizadas utilizando
métodos químicos de absorção seletiva, mediante instrumentos do tipo aparelho de Orsat, mas
atualmente são também largamente empregados sistemas eletrônicos, que trabalham com células
sensoras aos produtos de combustão.
As expressões a seguir, também disponibilizadas no disquete anexo, permitem conhecer o excesso
de ar a partir de medidas dos teores de CO2 e O2. Adicionalmente, alguns instrumentos fornecem
medidas de outros componentes nos gases de combustão, de pouco interesse para fins de
determinação do excesso de ar e úteis para avaliar a homogeneidade da mistura ar/combustível e a
formação de poluentes gasosos, como o monóxido de carbono (CO) e os óxidos de enxofre (SOx) e
nitrogênio (NOx).

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% CO2 - teor de dióxido de carbono nos produtos de combustão;


% O2 - teor de oxigênio nos produtos de combustão; e x, y, z e k - teores molares respectivamente
do carbono, hidrogênio, oxigênio e enxofre do combustível (como nas expressões anteriores).
A relação entre a composição dos gases de combustão, usualmente amostrados na base da
chaminé, e o excesso de ar é exemplificada no Gráfico 2.2, com valores válidos para o óleo
combustível tipo B1 (BPF). Para quaisquer outros combustíveis pode ser utilizada a planilha Cálculos
de Combustão, que configura numérica e graficamente o excesso de ar como função dos teores de
CO2 e O2, de efetiva aplicação no estudo do desempenho de sistemas de produção de vapor.

Figura 2. Relação entre excesso de ar e teores de dióxido de carbono e oxigênio para óleo combustível
típico B1.
A seguir, são resumidas as principais exigências de um eficiente processo de combustão, do ponto
de vista das proporções entre o ar e o combustível:
 O comburente deve estar em quantidade suficiente em relação ao combustível para que a
reação química da combustão seja completa. Deve-se trabalhar com o mínimo de excesso de
ar, suficiente para a total oxidação do combustível, sem indícios significativos de monóxido
de carbono e fuligem. O comburente deve formar com o combustível uma mistura
homogênea. O uso de queimadores corretos para o combustível, bem operados, assegura
que o ar é fornecido à reação de combustão sem existirem zonas de mistura muito rica ou
muito pobre e garantindo completa oxidação do combustível.
 No caso de combustíveis líquidos, a adequada viscosidade é um fator essencial para uma
queima correta. Quanto menor a viscosidade do combustível, melhor será a sua
pulverização; ou seja, mais fácil será a sua divisão em gotículas e, portanto, melhor sua
mistura com o ar. Como a viscosidade varia com a temperatura, o preaquecimento do
combustível é fundamental para se atingirem os limites de viscosidade necessários para uma
boa pulverização. A viscosidade de um óleo combustível pode variar por outros motivos,

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como sua
composição, e a temperatura de aquecimento deve ser ajustada, quando necessário.

 Entretanto, por uma questão de segurança, esta temperatura não deve aproximar-se muito
do ponto de fulgor do óleo combustível.
 No caso de combustíveis sólidos, por idênticas razões, sua granulometria é de extrema
importância para obterem-se as condições adequadas de queima. Quanto mais reduzido o
tamanho de uma partícula, maior será a área de contato com o comburente e melhores
serão as condições para a reação de combustão.

2.2 PODER CALORÍFICO DOS COMBUSTÍVEIS

A energia térmica fornecida durante a queima dos combustíveis pode ser avaliada por seu poder
calorífico, em geral, apresentado para sólidos e líquidos por unidade de massa e para gases por
unidade de volume, referidas neste caso a pressão atmosférica e a temperatura de 0ºC. Como
comentado, a água, usualmente presente nos produtos de combustão, resultante da oxidação do
hidrogênio, pode apresentar-se em diferentes estados (líquido e vapor). São definidos dois tipos de
poder calorífico: o Poder Calorífico Superior (PCs), quando a água está na forma liquida, estado
típico nas condições de ensaio de combustíveis, pouco aplicado em situações práticas; e Poder
Calorífico Inferior (PCi), quando a água apresenta-se como vapor, situação que efetivamente ocorre
nos produtos de combustão nas chaminés. Naturalmente, dependendo do teor de hidrogênio do
combustível, o Poder Calorífico Superior é cerca de 10% maior que o Poder Calorífico Inferior.
A tabela a seguir apresenta valores de PCI de alguns combustíveis, em sua condição típica de
utilização em caldeiras, parâmetro de interesse para determinar a eficiência na geração de vapor

Combustível Poder calorifico inferior Densidade


Óleo combustível B1 9.590 kcal/kg 1000 kg/m3
Gás natural (típico) 8.800 kcal/m3 -
GLP 11.100 kcal/kg -

2.3 GERADORES DE VAPOR

Atualmente, devido a todos os aperfeiçoamentos e intensificação da produção industrial, os


geradores de vapor fornecem o vapor indispensável a muitas atividades, não só para movimentar
máquinas, mas também para limpeza, esterilização, aquecimento e participação direta no processo
produtivo, como matéria-prima. Além da indústria, outras empresas utilizam cada vez mais vapor
gerado pelas caldeiras, como restaurantes, hotéis, hospitais e frigoríficos.
O mais importante gerador de vapor é a caldeira, que é, basicamente um trocador de calor que
trabalha com pressão superior à pressão atmosférica, produzindo vapor a partir da energia térmica
fornecida por uma fonte qualquer.

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É constituída por diversos


equipamentos integrados para permitir a obtenção do maior rendimento térmico possível e maior
segurança.

Esta definição abrange todos os tipos de caldeiras, sejam as que vaporizam água, mercúrio ou
outros fluídos e que utilizam qualquer tipo de energia: térmica ou elétrica. Quase sempre a fonte de
calor é um combustível especificamente utilizado com esta finalidade, mas podem ser aproveitados
também calores residuais de processos industriais, escape de motor diesel ou turbina a gás, dando
ênfase à racionalização energética de sistemas complexos. Neste caso, o equipamento é chamado
caldeira de recuperação. Algumas vezes, o fluido permanece no estado líquido, apenas com
temperatura elevada para ser aproveitado nos processos de aquecimento (calefação), formando
caldeiras de água quente ou aquecedores de água. Para produzir o vapor d'água, é necessário que
haja a combustão na caldeira.

Definições iniciais:
Capacidade do gerador de vapor
É o quanto a caldeira produz de vapor, podendo ser representada por:
a) Quilo de vapor ou tonelada de vapor por hora kg/h ou t/h;
b) BHP - “Boiler Horse-Power”, onde 1 BHP ~15,65 kg/h; ou
c) Quilo de vapor por metro quadrado kg/m2 de superfície de aquecimento.

Superfície de aquecimento
É a área de tubulação (metálica) que recebe o calor dos gases quentes, responsável por vaporizar a
água (m2).

Calor útil
É a parcela de calor produzida pelo combustível que se transferiu para a água, formando vapor.

Eficiência térmica
É a relação entre o calor útil e o conteúdo térmico total do combustível queimado.

Em que:
Vazão em massa de vapor fornecido e de combustível [kg/h], respectivamente;
hvs, hve - entalpia do vapor de saída, entrada [kJ/kg]; e
PCI - poder calorífico inferior do combustível queimado [kJ/kg].

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2.4 COMPONENTES CLÁSSICOS

Atualmente, os geradores de vapor de grande porte são constituídos de uma associação de


componentes, de maneira a constituírem um aparelho complexo. São o exemplo mais completo que
se pode indicar, principalmente quando destinados à queima de combustível sólidos, conforme
descrito no quadro abaixo e mostrado na figura abaixo.

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igura 3. Componentes de uma caldeira

Tomando por base uma unidade mais complexa, a figura abaixo permite identificar os componentes
clássicos e o princípio de funcionamento da instalação. A seguir segue descrição de componentes de
uma caldeira completa.

Figura 4. Detalhes construtivos de uma caldeira.

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2.5 CALDEIRAS AQUOTUBULARES

Somente foi possível a obtenção de maiores produções de vapor a pressões elevadas e altas
temperaturas com o aparecimento deste tipo de caldeira (tubos de água). A figura 6 representa
uma seção transversal de uma caldeira aquotubular com dois tambores (tubulão de vapor e tubo de
lama).
Um feixe tubular de água compõe a parte principal de absorção de calor, sendo que no interior dos
tubos circula a água e por fora os gases quentes através do caminho formado pela alvenaria e
chicanas internas. A água é vaporizada nos tubos que constituem a parede mais interna. Recebendo
calor primeiro, vaporiza e sobe até o tambor superior, dando lugar à nova quantidade de água fria
que será vaporizada, e assim sucessivamente. Este tipo de circulação de água, provocada apenas
pela diferença de peso específico entre a água ascendente e descendente, é característica das
chamadas caldeiras com circulação natural.

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À medida que a caldeira


aquotubular aumenta sua capacidade, aumentam também seu tamanho, a quantidade de tubos e,
por consequência, as perdas de cargas no circuito hidráulico, tornando a circulação por meio de
bombas necessária. São as chamadas caldeiras de circulação forçada.

A produção de vapor nestes tipos de caldeira pode atingir capacidades de 600 até 750 t/h com
pressões de 150 a 200 kgf/cm² temperaturas de 450 a 500°C, existindo unidades com pressões
críticas e supercríticas.
A flexibilidade permitida pelo arranjo dos tubos que constituem os feixes possibilita uma vasta
variedade de tipos construtivos, conforme a classificação a seguir:
 Caldeiras aquotubulares de tubos retos, podendo os tambores estarem colocados no sentido
longitudinal ou transversal; e
 Caldeiras aquotubulares de tubos curvos, que podem apresentar de um a mais de quatro
tambores, no sentido longitudinal ou transversal.

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igura 6. Detalhes construtivos de uma caldeira Aquotubular

2.6 CIRCULAÇÃO DA ÁGUA EM CALDEIRAS AQUOTUBULARES

Os aços aplicados na construção das caldeiras expostas aos gases quentes precisam ser
continuamente resfriados por água ou mistura água-vapor para conservarem suas qualidades de
resistência, pois até a temperatura limite de 450ºC para os aços carbonos comuns, 590ºC para os
aços martensíticos e 650ºC para outras ligas martensíticas estes materiais conservam suas
propriedades mecânicas. Ultrapassando estes limites, as propriedades destes materiais utilizados na
construção de caldeiras começam a diminuir sua resistência mecânica. Assim, o resfriamento da
superfície metálica que é submetida a tais temperaturas é vital para a segurança do equipamento.
Numa unidade convencional, a circulação da água se processa livremente, graças à tendência
natural provocada pela diferença de pesos específicos entre a água situada nas partes mais frias da
caldeira e aquela contida nas zonas de alta temperatura dos gases.
A figura abaixo apresenta um esquema, esclarecendo como se processa a circulação natural da água
no interior dos tubos, que fica mais comprometida à medida que a pressão se eleva. Daí conclui-se
que a circulação controlada por meios forçados é fundamental nas caldeiras de altas pressões.

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Figura 4. Circulação de água


em caldeira.

2.7 FUNCIONAMENTO DE UMA CALDEIRA

O ar, na temperatura ambiente, é insuflado pelo ventilador de ar forçado e levado por intermédio
dos dutos de ar até a caixa de ar do queimador da caldeira para alimentar a combustão. Os gases
combustíveis (ou líquidos) são levados através das tubulações até o queimador onde é feita a
mistura com o ar de combustão e, através da ignição, obtém-se finalmente a chama.
A ignição é obtida automaticamente pelo sistema elétrico, com ignitor alimentado com gás natural
ou gás combustível e excepcionalmente com gás GLP em caso de emergência. A fornalha é
circundada por tubos que constituem a conhecida "parede d’água". A chama de combustão irradia
calor que é absorvido pelas paredes d’água.
Os gases resultantes da combustão são forçados a passar sobre os tubos do “superaquecedor” e do
"boiler bank" onde é absorvida uma parte de calor neles contido; e após saírem da caldeira, passam
pelo economizador onde é absorvida mais uma parte desse calor, antes dos mesmos serem
conduzidos à chaminé.
No corpo (tubulão) inferior temos água saturada e, no superior, água e vapor saturados. O vapor
gerado no tubulão superior passa através dos filtros nele existentes e vai para o superaquecedor
com pequeno teor de umidade. Sendo então fornecido p/ a tubulação de vapor principal.
A fumaça muito escura dos gases na saída da chaminé significa falta de ar de combustão. Já a
branca significa excesso no caso de queima exclusiva com combustíveis líquidos, para queima de
gás, devemos atentar para o aspecto visual da chama, considerando uma boa queima aquela que
estiver bem formatada. Para uma combustão satisfatória, é necessário que a relação ar/combustível
seja constante para certo excesso de ar, e que a mistura ar/combustível seja perfeita.
Um fator importante na confiabilidade da caldeira é a qualidade da água de alimentação, que
deverá ser submetida a um tratamento especial. Para tal, o CLIENTE deverá sempre procurar uma
empresa especializada, assim como seguir os limites recomendáveis informados pela normatização
vigente.
O teor da umidade do vapor e o teor dos sólidos arrastados dependem da quantidade e da
qualidade da água de alimentação. O nível d'água no tubulão de vapor da caldeira deve ser mantido
ao nível normal e quando possível constante. O nível alto provoca o que denominamos "Priming",
isto é, o arrastamento de partículas d’água para o processo. É natural, entretanto, que o nível
d’água sofra variações em função das flutuações da carga.

Nº Revisão: 2.0| Data: 24/08/2021 16


MANUAL DE OPERAÇÃO
MO 5010-00101- OPERAÇÃO DE CALDEIRAS

Uma concentração elevada


de sais e impurezas na água da caldeira provoca o que denominamos "Foaming", que ocasiona
também o arrastamento de partículas d’água para o processo.
Qualquer operação da caldeira além desses limites de produção de vapor e pressão de operação
poderá provocar sérios danos e/ou acidentes. A temperatura final dos gases de combustão, bem
como sua análise são fatores importantes para manter perfeita a queima e conseguir o rendimento
ideal.
Esses dados poderão ser obtidos através dos instrumentos existentes instalados em vários pontos
do circuito dos gases. Em determinadas condições de operação a temperatura final dos gases e a
resistência imposta ao seu fluxo, são constantes, desde que as superfícies de aquecimento da
caldeira e do economizador estejam limpas, com as partes internas em perfeito estado.

O funcionamento satisfatório, a disponibilidade de vapor e o tempo de utilização da caldeira


dependem da diligência e habilidade do operador que deve estar ciente de sua responsabilidade,
contribuindo assim, para o bom funcionamento da unidade geradora de vapor.
Por outro lado, este deve estar capacitado a intervir em qualquer caso de emergência que surgir.

3. VARIÁVEIS DO PROCESSO

Tag Função Ponto de Atuação Faixa de Trabalho


Indica o total de vapor gerado Soma das vazões
GERCALD Máximo 620 t/h
nas caldeiras individuais de cada caldeira
Indica a vazão de vapor gerado
FR-9036 Vazão coletor de SS Máximo 300 t/h
nos fornos de Olefinas
Indica a vazão de vapor na
FR-9039 saída da BH-902, quando opera Vazão saída da BH-902 Máximo 300 t/h
GE- 901
Indica a vazão de SS para
FRI-9042 Entrada do GE-901 Máximo 237 t/h
GE-901
Indica a vazão de MS pela
FR-9040 Saída da BH-903 Máximo 150 t/h
BH-903
Indica a vazão de US pela
FR-9034 Saída da BH-904 Máximo 90 t/h
BH-904
Indica a vazão de condensado
FI-9054 Saída do EA-907 Máximo 40 t/h
do EA-907
Indica a vazão de condensado
FI-9432 Saída do EA-907 A Máximo 60 t/h
do EA-907 A
Indica a vazão de condensado
FR-9179 Linha de 6”- LC Máximo 100 t/h
da linha de LC
Indica a vazão vapor exausto
FR-2413 Saída de vapor da GT-201 Máximo 83,6 t/h
GB-201
Indica a vazão vapor exausto
FR-2451 Saída de vapor da GT-203 Máximo 83 t/h
GB-203

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Tag Função Ponto de Atuação Faixa de Trabalho


Indica a vazão de make-up de Linha de TW do FB-98 para
FRQ-9081 Máximo 205,7 t/h
TW para o EG-901 EG-901
FI-19201 Make-up de TW para EG-1901 Entrada do EG-1901 Máximo 80 t/h
Make-up de condensado p/
FIC-19204 Entrada do EG-1901 Máximo 150 t/h
EG- 1901
Garantir vazão de BW pelas BFs Coletor de BW das
FFIC-9385 1,2 a 2,4 vezes
904 caldeiras
Controla vazão de BW nas BFs
FIC-9121 Saída das BFs-904 45 a 260 t/h
904
Controla a pressão do header Controle de combustão das
PRC-9227 48 a 54,5 kgf/cm²
de HS caldeiras
Controla a pressão do header
PIC-011 Coletor de SS 90 a 120 kgf/cm²
de SS
PRC-9261 A Controlar a pressão do header
Coletor de SS 90 a 120 kgf/cm²
eB de SS
PRC-9262 A Controlar a pressão do header
Coletor de HS para MS 19 a 22 kgf/cm²
eB de MS, quando há falta de MS
PRC-9262 C Controlar a pressão do header Coletor de MS para US 19 a 22 kgf/cm²
de MS, quando há excesso de
MS
Controlar a pressão do header
PRC-9264 Coletor de MS para US 3,5 a 4,1 kgf/cm²
de US, suprir o coletor de US
PIC-9087 Controlar a pressão do header Coletor de US 3,8 a 4,2 kgf/cm²
de US, condensando o
excedente no EA-907
PIC-9087 A Controlar a pressão do header Coletor de US 3,8 a 4,2 kgf/cm²
de US, condensando o
excedente no EA-907A
Indica a pressão de BW que Coletor de descarga das
PIA-9111 60 a 90 kgf/cm²
alimenta as caldeiras da A-900A GAs-905
Indica a pressão de BW que Coletor de descarga das
PI-19215 60 a 100 kgf/cm²
alimenta a BF-1900 GAs-1905
Indica a pressão de HW que Coletor de descarga das
PIA-9312 135 a 170 kgf/cm²
alimenta os fornos GAs-906
Controla pressão de vapor US Linha de vapor para EG-
PIC-9041 1,4 a 2,2 kgf/cm²
para EG-901 901
Controla pressão de vapor US Linha de vapor para EG-
PIC-19213 1,4 a 2,2 kgf/cm²
para EG-1901 1901
Controla a pressão de vapor US
PRC-9877 Coletor de US 4,25 kgf/cm²
aliviando para atmosfera
Controla a pressão de vapor HS 1,5 kgf/cm² acima do
PRC-9127 Coletor de HS
aliviando para atmosfera set da PRC-9227
LIC-9031 Controla o nível do EG-901 Linha de make-up de TW 40 a 60%

LIC-19203 Controla o nível do EG-1901 Linha de make-up de TW 50 a 90%

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Tag Função Ponto de Atuação Faixa de Trabalho


Controla a temperatura de
TRC-9048 Saída da BF-904 A 480 a 520 ºC
vapor SS
Controla a temperatura de
TRC-9049 Saída da BF-904 B 480 a 520 ºC
vapor SS
Controla a temperatura de Saída de HS da planta GE-
TV-18 400 a 430 ºC
vapor HS 902
Controla a temperatura de
TIC-9081 BH-902 390 a 410 ºC
vapor HS
Controla a temperatura de
TIC-19507 Saída da BF-1900 400 a 480 ºC
vapor HS
Controla a temperatura de
TIC-9082 BH-903 300 a 320 ºC
vapor MS
Controla a temperatura de
TIC-9083 BH-904 155 a 220 ºC
vapor US
Indica a temperatura de água
T4-9001 Saída do EG-901 Máximo 150 ºC
na saída do EG-901
Indica a temperatura de água Coletor de descarga das
TR-19202 Máximo 150 ºC
na saída do EG-1901 GAs-1905
Indica o teor de sílica na água
AR-9007 Saída do EG-901 Máximo 20 ppb
para geração de vapor

Indica o teor de sílica na água


AI-19203 Saída do EG-1901 Máximo 20 ppb
para geração de vapor

Indica o pH na água para


AR-9004 Saída do EG-901 8,5 a 10,5
geração de vapor

Indica o pH na água para


AI-19202 Saída do EG-1901 8,5 a 10,5
geração de vapor

Indica a condutividade na água


AI-19201 Saída do EG-1901 Máximo 300 µS/cm
para geração de vapor

Indica a condutividade no
AR-9015 condensado de baixa pressão Linha de 6”- LC Máximo 10
da A-200 para EG-901

Indica a condutividade no
AR-9009 condensado do EA-907 para Saída do EA-907 Máximo 10
EG-901
AR-9021 Indica a condutividade no Saída do EA-918 Máximo 10
condensado do FA-918 para
EG-901
AR-9022 Indica a condutividade no Saída do EA-919 Máximo 10

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Tag Função Ponto de Atuação Faixa de Trabalho


condensado do FA-919 para
EG-901
Admissão de vapor para Necessidade, ajuste
HIC-90070 Linha de US para EA-990
EA-990 A/B balanço de vapor

Monitoração Caldeiras Tag Ponto de Atuação Faixa de Trabalho

BF-900 FI-9124 Saída da caldeira Máximo 80 t/h

BF-901 FR-9125 Saída da caldeira Máximo 80 t/h

BF-902 FR-9126 Saída da caldeira Máximo 80 t/h


Indicação de
vazão de vapor
BF-903 FR-9127 Saída da caldeira Máximo 80 t/h

BF-905 FR-9128 Saída da caldeira Máximo 150 t/h

BF-1900 FR-19101 Saída da caldeira Máximo 150 t/h

BF-900 LIC-9050 Válvula de água 30 a 70%

BF-901 LRC-9051 Válvula de água 30 a 70%

BF-902 LRC-9052 Válvula de água 30 a 70%


Controle de
nível
BF-903 LRC-9053 Válvula de água 30 a 70%

BF-905 LRC-9054 Válvula de água 30 a 70%

BF-1900 LRC-19502 Válvula de água 30 a 70%

BF-900 FIC-9129 Alimentação de água Máximo 100 t/h

BF-901 FRC-9130 Alimentação de água Máximo 100 t/h

BF-902 FRC-9131 Alimentação de água Máximo 100 t/h


Controle de
vazão de água BF-903 FRC-9132 Alimentação de água Máximo 100 t/h

BF-905 FRC-9133 Alimentação de água Máximo 180 t/h

BF-1900 FRC-19203 Alimentação de água Máximo 180 t/h


Maçaricos de gás
BF-900 PI-91257 0,04 a 1,5 kgf/cm²
Indicação de (Baixo)
pressão de gás
BF-900 PI-91258 Maçaricos de gás (Alto) 0,04 a 1,5 kgf/cm²

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Monitoração Caldeiras Tag Ponto de Atuação Faixa de Trabalho

BF-901 PI-9510 Maçaricos de gás 0,05 a 1,0 kgf/cm²

BF-902 PI-9511 Maçaricos de gás 0,05 a 1,0 kgf/cm²

BF-903 PI-9512 Maçaricos de gás 0,05 a 1,0 kgf/cm²

BF-905 PI 9719 Maçaricos de gás 0,05 a 1,5 kgf/cm²

BF-1900 PI 19535 Maçaricos de gás 0,05 a 1,5 kgf/cm²

BF-900 FIC-9193 Alimentação de gás Máximo 6 t/h

BF-901 FRC-9116 Alimentação de gás Máximo 6 t/h

BF-902 FRC-9145 Alimentação de gás Máximo 6 t/h


Controle de
vazão de gás
BF-903 FRC-9146 Alimentação de gás Máximo 6 t/h

BF-905 FRC-9241 Alimentação de gás Máximo 12 t/h

BF-1900 FIC 19103 Alimentação de gás Máximo 12 t/h

BF-900 PI-9272 Caixão de ar 50 a 700 mmH2O

BF-901 PI-9273 Caixão de ar 50 a 700 mmH2O

BF-902 PI-9274 Caixão de ar 50 a 700 mmH2O


Indicação de
pressão de ar
BF-903 PI-9275 Caixão de ar 50 a 700 mmH2O

BF-905 PI-9281 Caixão de ar 50 a 1000 mmH2O

BF-1900 PI-19544 Caixão de ar 100 a 600 mmH2O

BF-900 FIC-9139 Vazão de ar Acima de 30 %

BF-901 FRC-9140 Vazão de ar Acima de 30 %

BF-902 FRC-9141 Vazão de ar Acima de 30 %


Controle de
vazão de ar
BF-903 FRC-9142 Vazão de ar Acima de 30 %

BF-905 FRC-9143 Vazão de ar Acima de 30 %

BF-1900 FIC-19501 Vazão de ar Acima de 30 %

BF-900 AI- 9008 A Água do balão 50 a 200 μs/cm


Condutividade
BF-901 AR-9008 B Água do balão 50 a 200 μs/cm

Nº Revisão: 2.0| Data: 24/08/2021 21


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Monitoração Caldeiras Tag Ponto de Atuação Faixa de Trabalho

BF-902 AR-9008 C Água do balão 50 a 200 μs/cm

BF-903 AR-9008 D Água do balão 50 a 200 μs/cm

BF-905 AR-9008 E Água do balão 50 a 200 μs/cm

BF-900 AIC-9016 Combustão 1,0 a 2,0%

BF-901 ARC-9017 Combustão 1,0 a 2,0%

BF-902 ARC-9018 Combustão 1,0 a 2,0%


Analisador de
oxigênio
BF-903 ARC-9019 Combustão 1,0 a 2,0%

BF-905 ARC-9020 Combustão 1,0 a 2,0%

BF-1900 AIC-19502 Combustão 1,0 a 2,0%

BF-900 BI-9001 Sensor de chama 1 a 5 volts

BF-901 BI-9002 Sensor de chama 1 a 5 volts

BF-902 BI-9003 Sensor de chama 1 a 5 volts

Sensor de BF-903 BI-9004 Sensor de chama 1 a 5 volts


chama
(fire-eye) BI-9005 Sensor de chama 1 a 5 volts

BI-9006 Sensor de chama 1 a 5 volts


BF-905
BI-9007 Sensor de chama 1 a 5 volts

BI-9008 Sensor de chama 1 a 5 volts

BA-19051 Sensor de chama 1 a 5 volts

BA-19052 Sensor de chama 1 a 5 volts


BF-1900
BA-19053 Sensor de chama 1 a 5 volts

BA-19054 Sensor de chama 1 a 5 volts

Nº Revisão: 2.0| Data: 24/08/2021 22


MANUAL DE OPERAÇÃO
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4. FLUXO

4.1 FLUXO DE PROCESSO

4.1.1 Armazenamento e envio de TW


FB-98 - Tanque de água de água desmineralizada.
FB-1998 - Tanque de água de água desmineralizada.
GA-903 - Bomba de reposição de água desmineralizada. Bombeia água desmineralizada para
repor nível do EG-901, acionada por turbina.
GA-903 B - Bomba de reposição de água desmineralizada. Bombeia água desmineralizada para
repor nível do EG-901, acionada por motor.
GA-903 S - Bomba de reposição de água desmineralizada. Bombeia água desmineralizada para
repor nível do EG-901, acionada por motor.
GA-1903 A - Bomba de reposição de água desmineralizada. Bombeia água desmineralizada
para repor nível do EG-901, acionada por motor.
GA-1903 B - Bomba de reposição de água desmineralizada. Bombeia água desmineralizada
para repor nível do EG-901, acionada por motor.
GA-1903 S - Bomba de reposição de água desmineralizada. Bombeia água desmineralizada
para repor nível do EG-1901, acionada por turbina.

4.1.2 Desaeração
EG-901 (Desaerador da A-900A) - A função primária de um desaerador é remover gases não
condensáveis (oxigênio e dióxido de carbono livre) da água de make-up utilizada para
alimentar caldeiras e de retorno de condensado. A remoção desses gases protege tubulações
e bombas, assim como as caldeiras e as linhas de retorno de condensado desses gases
corrosivos.
A água fria de reposição, primeiro entra no desaerador através da LIC-9031, bombeada pela
GA-903 e levemente pré-aquecida no EA-2001, onde válvulas spray de aço inoxidável
direcionam o fluxo de água formando um "chuveiro" através da ventilação condensadora de
contato direto em seu interior, na atmosfera de vapor da seção de pré-aquecimento. É
incorporada a esta corrente o retorno de 10” TW, 8” e 14” LC provenientes de outras áreas
do processo. A água desaerada apresenta residual de gases em torno de 7 ppb. Daí vai para o

Nº Revisão: 2.0| Data: 24/08/2021 23


MANUAL DE OPERAÇÃO
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reservatório de sucção
das GAs-905/906 onde é injetado DEHA para anular qualquer residual de oxigênio dissolvido
no TW. O EG-901 também alimenta a (LW) GA-258 em Olefinas.
O vapor de US é introduzido uniformemente através da PIC-9041 a um distribuidor dentro do
desaerador. Lá o vapor colide em alta velocidade com a água aquecida e parcialmente
desaerada que entra na seção vinda do compartimento de pré-aquecimento. Uma violenta
ação de lavagem e mistura aí acontece. Esta ação remove mecanicamente os traços
remanescentes de gases não condensáveis para fora da água pré-aquecida.

Portanto, a água desaerada descarregada do topo da seção de lavagem a vapor está livre de
todos os gases não condensáveis mensuráveis, onde carrega para a atmosfera os gases não
condensáveis assim liberados.
EG-9101 (Desaerador da A-1900) - O principio de funcionamento do EG-1901 é semelhante ao
EG-901. Recebe água desmineralizada (TW) proveniente do FB-1998 via GA-1903. É efetuado
controle de nível através da LIC-19203.
Recebe corrente de condensado da linha de 10”CC via GA-9203/S com controle de vazão pela
FIC-19204. O controle de pressão é efetuado através da PIC-19213 com US.

4.1.3 Envio de água para Caldeiras e Fornos


GA-905 A - Bomba de água de caldeira. Bombas de múltiplos estágios que alimentam as
caldeiras a pressão de 80 kgf/cm², movida a turbina.
GA-905 B - Bomba de água de caldeira. Bombas de múltiplos estágios que alimentam as
caldeiras a pressão de 80 kgf/cm², movida por motor elétrico, podendo ser alimentada pelo
gerador.
GA-905 C - Bomba de água de caldeira.
Bombas de múltiplos estágios que alimentam as caldeiras a pressão de 80 kgf/cm², movida
por motor elétrico alimentado pela concessionária.
GA-905 S - Bomba de água de caldeira. Bombas de múltiplos estágios que alimentam as
caldeiras a pressão de 80 kgf/cm², movida a turbina.
GA-1905 A - Bomba de água de caldeira. Alimenta o coletor de BW da BF-1900 a uma pressão
de 80 kgf/cm², movida por motor elétrico alimentado pela concessionária.
GA-1905 B - Bomba de água de caldeira. Alimenta o coletor de BW da BF-1900 a uma pressão
de 80 kgf/cm², movida por motor elétrico, podendo ser alimentada pelo gerador.
GA-1905 S - Bomba de água de caldeira. Alimenta o coletor de BW da BF-1900 a uma pressão
de 80 kgf/cm², movida a turbina.
GA-906 A - Bomba de água de fornos. Bomba de múltiplos estágios que alimentam o coletor
de água de fornos a pressão de 160 kgf/cm², movida a turbina.
GA-906 B - Bomba de água de fornos. Bomba de múltiplos estágios que alimentam o coletor
de água de fornos a pressão de 160 kgf/cm², movida por motor elétrico, podendo ser

Nº Revisão: 2.0| Data: 24/08/2021 24


MANUAL DE OPERAÇÃO
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alimentada pelo
gerador.
GA-906 C - Bomba de água de fornos. Bomba de múltiplos estágios que alimentam o coletor
de água de fornos a pressão de 160 kgf/cm², movida por motor elétrico alimentado pela
concessionária.
GA-906 D - Bomba de água de fornos. Bomba de múltiplos estágios que alimentam o coletor
de água de fornos a pressão de 160 kgf/cm², movida por motor elétrico alimentado pela
concessionária.
GA-906 S - Bomba de água de fornos. Bomba de múltiplos estágios que alimentam o coletor
de água de fornos a pressão de 160 kgf/cm², movida à turbina.

4.1.4 Caldeiras
BF-900 - Caldeira. Caldeira aquotubular fabricação Stein com capacidade para 80 t/h de
produção de vapor superaquecido a pressão de 53 kgf/cm² e 420° de temperatura.
BF-901 - Caldeira aquotubular fabricação Stein com capacidade para 80 t/h de produção de
vapor superaquecido a pressão de 53 kgf/cm² e 420° de temperatura.
BF-902 - Caldeira aquotubular fabricação Stein com capacidade para 80 t/h de produção de
vapor superaquecido a pressão de 53 kgf/cm² e 420° de temperatura.
BF-903 - Caldeira aquotubular fabricação Stein com capacidade para 80 t/h de produção de
vapor superaquecido a pressão de 53 kgf/cm² e 420° de temperatura.
BF-905 - Caldeira aquotubular fabricação CBC com capacidade para 150 t/h de produção de
vapor superaquecido a pressão de 53 kgf/cm² e 420° de temperatura.
BF-1900 - Caldeira aquotubular fabricação CBC com capacidade para 150 t/h de produção de
vapor superaquecido a pressão de 60 kgf/cm² e 420° de temperatura.

4.1.5 Ventilação Forçada de Caldeiras


GB-963 - Insuflador de ar para BF-900. Duplo acionamento por turbina e motor elétrico.
GB-964 - Insuflador de ar para BF-901. Duplo acionamento por turbina e motor elétrico.
GB-965 - Insuflador de ar para BF-902. Duplo acionamento por turbina e motor elétrico.
GB-966 - Insuflador de ar para BF-903. Duplo acionamento por turbina e motor elétrico.
GB-967 A - Insuflador de ar para BF-905. Acionado por turbina.
GB-967 B - Insuflador de ar para BF-905. Acionado por turbina.
GB-1963 A - Insuflador de ar para BF-1900. Duplo acionamento por turbina e motor elétrico.
GB-1963 B - Insuflador de ar para BF-1900. Duplo acionamento por turbina e motor elétrico.

4.1.6 Vasos de Condensado


FA-920 (Vaso de expansão) - Recebe a descarga continua das caldeiras BF-900/1/2/3/5.
Gera vapor de MS. Controla nível de fundo pela LIC-9028 enviando a corrente para o FA-921.

Nº Revisão: 2.0| Data: 24/08/2021 25


MANUAL DE OPERAÇÃO
MO 5010-00101- OPERAÇÃO DE CALDEIRAS

FA-921 (Vaso de
expansão) - Vaso de expansão para blow down de caldeiras. Recebe a corrente de fundo do
FA-920. O fundo é enviado por gravidade para a AD-9125 que acumula condensado o qual é
enviado para o sistema de RW da EF-1901 através da GA-9251.
FA-917 (Vaso de flash de condensado) - Vaso de flash de condensados que recebe as
correntes de 12’’-MC (condensado de média), 8’’-HC (condensado de alta), 2’’-SC (condensado
de fornos). O condensado do fundo é controlado pela LIC-9287 e enviado para FA-918. O
vapor do topo é controlado pela PIC-9515/A até a pressão de 10 kgf/cm² gerando vapor de AS
(FI-3571) e o excedente vai para o FA-918 em forma de vapor de IS.

FA-918 (Vaso de flash de condensado) - Vaso de flash de condensados que recebe as


correntes de 6’’-IC (condensado AS), 4’’-HC (condensado alta), 3’’-SC (condensado fornos),
fundo do FA-917. O condensado do fundo é controlado pela LIC-9006 e enviado para o EG-901
e medido a condutividade no AI-9021. Gera vapor de US no topo controlado pela PIC-9064 em
6 kgf/cm²; medido a vazão no FI-9082 e temperatura no TI-9251.
FA-919 (Vaso de flash de condensado) - Recebe as correntes de 2’’-LC (condensado do vapor
de baixa), 4’’-LC (condensado de vapor de baixa), opera aberto para atmosfera resfriando
excedente de vapor com TW proveniente da GA-903. O fundo é enviado para o EG-901
através da GA-907/S controlando nível pela LIC-9005, medido a vazão no FI-9184 e
condutividade no AI-9022.

4.1.7 Transfência de Condensado


GA-907 - Bombeia condensado do FA-919 para o EG-901.
GA-907 S - Bomba de condensado - Bombeia condensado do FA-919 para o EG-901.
GA-910 - Bomba de condensado - Bombeia condensado de vácuo do EA-907 para o EG-901.
GA-910 S- Bomba de condensado - Bombeia condensado de vácuo do EA-907 para o EG-901.
GA-9203 - Bomba de condensado - Bombeia condensado para o EG-1901.
GA-9203 S- Bomba de condensado - Bombeia condensado para o EG-1901.
GA-9242 - Bomba de condensado - Bombeia condensado de vácuo do EA-907 A para o EG-
901.

4.1.8 Condensadores
EA-907 - Condensador de vapor excedente de US. Indica pressão do casco no PI-9120. O fundo
é enviado para o EG-901 através da GA-910/S controlando nível pela LIC-9009, medido a vazão
no FI-9154 e condutividade no AI-9009.
EA-907 A - Condensador de vapor excedente de US. O fundo é enviado para o EG-901 através
da GA-9242 controlando nível pela LIC-9496.

Nº Revisão: 2.0| Data: 24/08/2021 26


MANUAL DE OPERAÇÃO
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5. CONTROLE DO PROCESSO

5.1 MALHA DE NÍVEL DA CALDEIRA

Ressaltamos que é muito importante manter constante o nível de água do tubulão superior de uma
caldeira, sobre a condição de carga pré-determinada, necessária para assegurar a operação segura.
O nível de água excessivamente alto causa a projeção de água (priming) para o sistema, enquanto
que com o nível de água excessivamente baixo interfere na circulação de água e poderá causar
avarias nos tubos da caldeira por deformação. O nível de água no tubulão de separação de vapor é
definido pela quantidade de bolhas no tubulão de água.

O aumento súbito da demanda de vapor, diminuirá a pressão do tubulão, causando evaporação, e


como resultado aumenta a razão da bolha na água do tubulão. Dessa forma, a medição de nível de
água no tubulão uma vez aumenta transitoriamente para então diminuir na proporção da diferença
entre o fluxo de água e o fluxo de vapor. Esta variação é denominada de Reação Inversa do nível de
água do tubulão.
geral há ser considerado é que malha complexa trata-se de estratégia de controle que não é
plenamente representada ou entendida pelo P&ID.

5.1.1 Malha de Controle em três elementos.


O objetivo desta malha de controle é manter estável o nível de água no tubulão superior da
caldeira, mesmo quando ocorrer oscilações de carga. A malha de controle utilizada é chamada
“controle de nível de três elementos”, ou seja, nível do tubulão, vazão de vapor e vazão de
água. Foi desenvolvido visando um melhor controle de nível e a eliminação dos problemas de
controle, causados pelas variações na pressão da água de alimentação.
Esta malha utiliza controle antecipativo com realimentação, combinado com controle em
cascata. Neste caso, a correção antecipada do nível será feita pela vazão do vapor e a
realimentação será feita pelo transmissor e pelo controlador de nível, enquanto a vazão de
água será mantida malha de controle de água (FIC), em função do ponto de ajuste recebido do
somador (FY).
O sistema de proteção das caldeiras e realizado pelo TMR (Triple Modular Redundant). A
arquitetura TMR emprega três sistemas isolados, paralelos e com diagnósticos abrangentes
integrados em um sistema. O sistema utiliza votação dois de três para fornecer operação de
processo ininterrupta de alta integridade e livre de erros com nenhum ponto de falha simples.
Neste sistema entra toda a instrumentação de segurança das caldeiras, ou seja, todas as
variáveis que causam o apagamento da caldeira ao atingir um valor que poderia causar algum
acidente ou dano físico.

Nº Revisão: 2.0| Data: 24/08/2021 27


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5.2 MALHA DE COMBUSTÃO

Essa malha de controle ajusta a vazão de combustíveis (óleo e gás) a serem queimados na caldeira,
em função da demanda (vazão) de vapor gerado da mesma. É também esta malha que gera o "set
point" para a malha de controle de ar de combustão, via aumento da demanda da caldeira. O valor
da vazão de ar de combustão também é realimentado à malha de combustão para comandar o
aumento da vazão de combustíveis. O principio utilizado para essa malha de controle é conhecido
por limites cruzados, onde sempre no aumento de carga da caldeira o ar de combustão é
aumentado antes dos combustíveis, e no caso de redução de carga, sempre são reduzidos primeiro
os combustíveis, e, posteriormente, o ar de combustão.

A malha também prevê que uma necessidade de aumento de geração sempre aumente os dois
combustíveis, retirando o excesso de óleo para o valor mínimo pré-estabelecido, ap6s estabilizada a
operação. A malha a ser descrita a seguir contempla a queima de óleo combustível e gás
combustível simultaneamente.
A demanda de vapor do "header" geral de vapor de alta pressão (HS) é sentida no PRC-9227
(existente próximo das caldeiras da Área 900), sendo seu sinal enviado a estação de controle
manual HIC da caldeira. Essa estação é equivalente a das caldeiras existentes, onde é efetuada a
divisão da demanda requerida da fábrica entre as caldeiras que estão em operação. Essa divisão é
válida para uma condição estacionária, onde cada caldeira assume a capacidade de geração definida
pela estação HIC correspondente. Em caso de queda da pressão no "header" e necessidade no
aumento de geração de vapor pelas caldeiras, cada uma responderá em função de sua velocidade
de resposta própria, sendo necessário, após a estabilização da pressão no coletor geral, um novo
ajuste na partição de geração de vapor entre as caldeiras.
Para melhor entendimento da operação da malha de controle de combustíveis ela é descrita numa
situação em que há um aumento na demanda de vapor, ou seja, uma queda de pressão sentida no
PRC-9227. Nessa situação, o sinal proveniente desse PRC é enviado a dois seletores de sinal. Em
primeiro lugar será descrita a ação do FY (seletor de sinal alto). Esse seletor compara o sinal da
pressão de vapor do "header" com a demanda geral de combustíveis da caldeira. Nessa situação, a
queda de pressão no "header" provoca um aumento de sinal de saída do PRC 9227 que passará pelo
seletor de sinal (o consumo de combustíveis ainda não aumentou) e irá incrementar o "set point"
do controlador de vazão total de ar da FIC.
Simultaneamente, o sinal do PRC-9227 passa por um seletor de sinal baixo (FY), onde é comparado
o sinal de demanda de vapor do "header" com a vazão de ar de combustão medida. No primeiro
instante da situação descrita, o menor sinal entre ambos será o da vazão de ar, uma vez que ainda
não houve ajuste da mesma. Logo em seguida esta vazão é aumentada e o menor sinal entre
ambos (vazão de ar versus pressão no "header" de vapor) será o sinal de demanda de vapor do
"header", sendo esse sinal que passará pelo (FY). Nesse instante, o sinal de salda do seletor de baixa
(FY) representa o equivalente A demanda total de combustíveis para a caldeira. Para que esse sinal
comande corretamente o "set point" do controlador de vazão de gás combustível e do controlador

Nº Revisão: 2.0| Data: 24/08/2021 28


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de vazão de óleo
combustível, ele recebe o seguinte tratamento:
 Desse sinal é subtraído o valor mínimo para a vazão de óleo combustível no subtrator (o
valor de vazão mínima de óleo combustível está fixado em principio em 25%, não devendo
ser variado pelo operador por ação no HIC).
Para a fixação do "set point" remoto (RSP) do gás combustível utiliza-se esse sinal (FY), que
comparado com o valor máximo desejado de gás combustível a ser queimado na caldeira no
comparador de sinal (o valor da vazão máxima de gás- combustível pode ser variado pelo operador
através do HIC, sendo atualmente limitado em 75%). Dessa forma o sinal que saí do controlador
representa a vazão de gás que deve ser queimada na caldeira, ou seja, o "set point" remoto (RSP) a
ser utilizado na malha de controle de vazão de gás combustível (FIC);

Para a fixação do "set point" remoto (RSP) da malha de controle de vazão de óleo combustível
utiliza-se o sinal de salda do FY-19501 G (demanda total de combustíveis para a caldeira). Desse
sinal é subtraída a vazão medida de gás combustível para a caldeira no FY sendo esse valor enviado
com o "set point" remoto (RSP) do controlador de vazão de óleo.
Para computar a vazão total de combustíveis nessa caldeira para uso tanto de registro como na
própria malha é feita uma conversão para óleo combustível equivalente. A vazão de gás
combustível é transformada no equivalente em óleo combustível multiplicando-se o sinal de vazão
de gás combustível medida pela relação de poder calorífico entre o do óleo combustível e o do gás
combustível selecionado. Essa relação atualmente está fixada em 1,4 para a queima de gás
combustível ou em 1,1 para a queima de GLP; há ainda uma terceira possibilidade que é a de o
operador entrar com um valor de relação pelo console (posição ESCOLHA da HS). O sinal de vazão
de gás combustível equivalente é então somado com a vazão real de óleo combustível medida,
sendo essa operação efetuada no somador. O sinal representa então a vazão total de óleo
combustível equivalente, sendo esse valor utilizado para comparação com a demanda de vapor. O
valor de vazão mínima de óleo combustível a ser queimado está fixado em 25%, não devendo ser
alterado.
O valor da vazão máxima de gás combustível a ser queimado está fixado em 75%, podendo ser
variado. Alguns motivos que podem motivar essa alteração são:
 Disponibilidade de gás na rede;
 Composição de gás na rede;
 Não utilização de gás combustível na caldeira.
O operador deve estar ciente de que os valores fixados no mínimo de óleo e no máximo de gás)
estão sempre referidos como um percentual sobre a faixa do IVP do controlador correspondente.
Dessa forma, em estando a malha de combustível em RSP, a menor vazão de óleo possível será
sempre aquela ajustada no HIC. Caso se precise colocar a caldeira em produção menor que esse
valor, o operador pode ou alterar o valor do HIC (via bias) ou passar a malha para MANUAL, ou
ainda apagar uma das lanças de óleo.

Nº Revisão: 2.0| Data: 24/08/2021 29


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5.2.1 Descrição de
Malha – Exemplicando pela BF-1900
Essa malha tem a finalidade de promover o ajuste da vazão do ar de combustão em função da
vazão total de combustíveis (óleo e gás) que estão sendo queimados na caldeira. A vazão total
de combustíveis é modulada em função da pressão controlada no "header" de vapor HS, na
área 900 (PRC-9227).
Além dessa função básica, essa malha conta com um refinamento adicional que permite o
controle do excesso de ar necessário para a combustão. Esse controle de excesso de ar é
importante, pois permite manter constante esse valor, mesmo quando há variações na
composição dos combustíveis, no seu teor de umidade, na temperatura do ar de combustão,
etc.

NOTA: Excesso de ar é todo aquele adicionado além da quantidade estequiométrica (teórica)


necessária à combustão.
A fim de facilitar a análise dessa malha, foi incluída nesta Seção a Malha de Controle de Vazão
de Ar de Combustão, onde se encontra representada, de forma simplificada, a malha de ar de
combustão, em separado da malha de combustíveis.
A fim de tornar mais fácil a compreensão da operação dessa malha, a mesma é descrita
inicialmente sem o controle de excesso de ar, integrando-se a malha no fim. Na malha
convencional de ar de combustão, a vazão de ar medida (FT19501), é multiplicada por um
valor denominado "Relação Ar/Combustível" indo alimentar como variável medida o
controlador de vazão de ar (FIC-19501). Esse mesmo sinal é enviado para a malha de controle
de combustíveis, a fim de ser comparado com o sinal de demanda da caldeira. O "set-point"
desse controlador (FIC-19501) é remoto (RSP), vindo da malha de controle de combustível . O
sinal de saída desse controlador passa por um conversar I/P e ajusta a abertura dos "dampers"
dos ventiladores. O ajuste dos "dampers" é efetuado igualmente em ambos os ventiladores.
Na malha de excesso de ar, a concentração de oxigênio é medida nos gases de combustão via
um analisador de O2, dele sendo o sinal enviado como variável medida para o controlador de
excesso de O2 (AIC-19502). Em condição normal de operação, o "set-point" desse controlador
é remoto (RSP), sendo gerado a partir do processamento (FY19502) do sinal de demanda de
vapor (vazão do vapor gerado, medida no FT-19101). o sinal de salda do controlador é então
processado no sentido de atenuar o mesmo (saída do controlador de 0-100% é dividida por
10, resultando faixa 0-10%) e convertê-lo a uma faixa de parâmetros compatíveis com o ajuste
fino da vazão de ar (do sinal com faixa 0-10% é subtraído 5, ficando o sinal final com faixa -5 a
+5% invertido, ou seja, quando há falta de O2 o sinal é negativo e vice-versa). Esse sinal é
então enviado para realimentar a malha de ar de combustão, através do somador FY-19501 B.
Considerando agora a malha completa, o sinal de vazão de ar depois de corrigido pela relação
Ar/Combustível é enviado ao somador (FY-19501 B), onde é efetuada a correção do excesso
de ar. Nesse somador é acrescentado ou subtraído o valor do excesso de ar desejado, indo

Nº Revisão: 2.0| Data: 24/08/2021 30


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como sinal medido


para o FIC-19501.
Relação Ar/Combustível: Esse valor fixa o ajuste grosso entre a vazão de ar de combustão e a
vazão de combustíveis, na caldeira. A forma que o operador deverá utilizar para ajustar esse
valor durante a operação, devido às alterações de carga da caldeira, alterações da composição
dos combustíveis, alterações do "mix" de queima (relação óleo/gás), etc. é descrita a seguir:
 Verificar o valor de excesso de ar requerido, conforme salda do instrumento FY-19101
(gerador de função excesso de O2 versus vapor gerado);
 Comparar com o valor de excesso O2, conforme medido no analisador (saída do AT-
19502);
 Alterar relação ar/combustível (HR-19501) e aguardar resposta do analisador de O2;
 O valor ideal de relação será encontrado quando o sinal do gerador de função FY-
19101;
for igual ao do analisador AT-19502, e a IVP do controlador de O2 estiver em 50%;

 "Set Point" Remoto do Controlador de Ar de Combustão (FIC-19501): Esse controlador


tem a possibilidade de operar com "set point" nas seguintes condições:
REMOTO (RSP): "Set" vindo através da malha de combustíveis (ver item 3);
AUTOMÁTICO: Conforme configurado, é igual ao RSP;
MANUAL: O operador varia diretamente o sinal de saída do FIC (IVP), ou seja, o "set" traqueia
(faz variar junto) o sinal de salda do controlador.

5.2.2 Abertura dos "Dampers" dos Ventiladores


Esses "dampers", além da atuação por controle automático, possuem também a possibilidade
de atuação individual de forma MANUAL REMOTA (CCC e CCO). Essa atuação é possível
através da mudança de "status" da chave HS da caldeira, via teclado do SDCD. As principais
necessidades de uso dessa chave AUTO/MANUAL serão:
 Quando da operação da caldeira em carga reduzida e se quiser tirar um dos ventiladores
de operação;
 Quando houver um "trip" em um dos ventiladores, para fechamento imediato do seu
"damper" correspondente, para evitar o fluxo contrário de ar pelo ventilador que parou, o que
acarretaria a parada da caldeira por atuação do sensor de chama;
 Quando for necessário parar um dos ventiladores, para manutenção do mesmo ou de
um de seus acionadores.

5.2.3 Analisador de O2
O valor do "set point" do analisador é gerado a partir de uma correlação existente entre o
excesso ideal (para efeito de eficiência térmica) de ar de combustão e a carga da caldeira. A

Nº Revisão: 2.0| Data: 24/08/2021 31


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partir dessa correlação,


desenvolveu-se um algorítimo para representá-la e que está implementado no gerador de
função FY-19101 (na BF-1900) como sendo:

Onde,
Y = Sinal de' salda do gerador de função: % de O2 nos gases de combustão (equivale ao
excesso de O 2 no ar de combustão).
X = Sinal de salda do medidor de vazão: (Vazão de vapor em t/h de vapor gerado pela
caldeira).
Essa correlação é utilizada para vazões de vapor até 112,5 t/h. Para valores superiores a esse,
o valor de Y torna-se constante e igual a 1.
Dessa forma, o "set point" para o controlador AIC-19502 (BF-1900) é gerado a partir da carga
da caldeira gerando um valor que varia entre 1 e 5% de excesso de ar. Esse sinal pode ou não
ser aplicado ao controlador, dependendo da seleção de "set point" escolhida, ou seja:

 RSP: “Set" gerado via gerador de função excesso de O2 versus carga da caldeira;
 AUTOMÁTICO: Conforme configurado, é igual ao MANUAL;
 MANUAL: O operador age diretamente sobre o sinal de salda do FIC (IVP), ou seja, o
"set" traqueia (faz variar junto) o sinal de salda do controlador.
O operador sempre poderá operar com a malha de controle de ar da forma convencional, sem
a interferência da compensação automática de excesso de O2 posicionando a chave seletora
HS-19501 na posição "by pass".

Nº Revisão: 2.0| Data: 24/08/2021 32


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Figura 5. Curva do Gerador de


Função FY-19101

5.2.4 Relação ar/combustível:


O operador poderá acertar a razão ar de combustão versus combustível. Em operação normal
(analisador de excesso de O2 esteja em operação), essa relação deverá ser a estequiométrica;
com o analisador fora de operação, esse valor deverá equivaler a um excesso mínimo para a
operação segura da caldeira.

5.2.5 Chave de "by pass" da malha de análise de excesso de 02:


O operador poderá seletar na posição normal, onde a malha de excesso de O2 está ajustando
a vazão de ar de combustão total, ou seletar na posição de "by pass", onde esse ajuste deverá
ser compensado pelo operador através da ação na relação ar/combustível.

5.2.6 Controles Disponíveis ao Operador


Na malha de controle de combustíveis são disponíveis os seguintes acessos ao operador para
alteração de valores previamente estabelecidos:
 HIC que ajusta, via bias ou no sinal (em manual), a participação da caldeira no vapor
necessário. A rede de vapor de alta pressão (HS) da Q 3 ABC;
 Minímo de óleo - onde se define a vazão mínima de óleo combustível a ser queimado na
caldeira;
 Máximo de gás - onde se define a vazão máxima do gás combustível a ser queimado na
caldeira;
 Controlador da vazão de gás combustível - onde o operador poderá seletar o tipo de
"set point" entre RSP ou MANUAL.
 Controlador de vazão de óleo combustível - onde o operador poderá seletar o tipo de
"set point" entre RSP ou MANUAL.

5.3 CONTROLE AVANÇADO DE PROCESSO

A missão do Controle Avançado de Processo é gerar valor para Q 3 ABC, por meio do aumento da
eficiência da matriz energética, maximizando o consumo de unileve e minimizando o consumo de

Nº Revisão: 2.0| Data: 24/08/2021 33


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gás natural. Entregando uma


solução de alta tecnologia e garantir que existam usuários capacitados para operá-la
adequadamente
A tecnologia empregada de controle avançado de processos é o LEAF, que trata-se de uma tipo APC
o qual deve seguir o valor entrada de meta do consumo de gás natural, otimizar a queima de
combustíveis de acordo com a eficiência das caldeiras e evitarmos alívios de gás para flare em
operação normal.

5.3.1 Otimização automática de setpoint do consumo de GG


1. O LEAF monitora a pressão do header de FG e verifica se ela se encontra dentro das
especificação;
2. O LEAF gradualmente otimiza o valor do set point para valores mais altos de pressão;
3. Em pressões mais altas do header de FG, o consumo de gás natural tende a diminuir;

Nº Revisão: 2.0| Data: 24/08/2021 34


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4. Um limite será

estabelecido considerando o Flare.

5.3.2 Malha de Consumo de Unileve (ÓLEO)


PV: Pressão do header de FG (kg/cm²)
DV: Nível do tanque de unileve (m)
DV: Soma da vazões de unileve
DV: Consumo horário de GG – COMGÁS
SP: Pressão de admissão GG e de abertura do flare
MV: Limite máximo de vazão de Unileve de cada caldeira (t/h)

Nº Revisão: 2.0| Data: 24/08/2021 35


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A distribuição dos limites


de unileve é feita em ordem crescente de eficiência, de forma que o valor de vazão
total de unileve calculado pelo LEAF seja sempre capaz de ser atendido:

5.3.1 Ajuste de Carga


PV: Eficiência das caldeiras (%)
DV: Vazão de vapor das caldeiras (t/h)
DV: Vazão de gás das caldeiras (t/h)
DV: Vazão de Unileve (t/h)
MV: Ajuste de carga de cada caldeiras (%)

O LEAF selecionará para cada caldeira, o menor valor entre o limite máximo global e o
limite máximo de vapor definido no supervisório. Caso a vazão de vapor de uma
caldeira fique próxima ao seu limite máximo de vapor, a mesma será removida da fila
do LEAF.

Nº Revisão: 2.0| Data: 24/08/2021 36


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6. CARACTERIZAÇÃO DAS CORRENTES PRINCIPAIS

6.1 VAPOR
VAPOR Pressão (kgf/cm²) Temperatura (°C)
ES 123 500
SS 114 500
HS 53 410
MS 21 310
DS 6,5 200
OS 21 275
IS 11 250
AS 9 220
US 4 210

6.2 COMBUSTÍVEIS

Nº Revisão: 2.0| Data: 24/08/2021 37


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Nº Revisão: 2.0| Data: 24/08/2021 38


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6.3 ÁGUA DE ALIMENTAÇÃO


DE CALDEIRAS (BFW)

Item Faixa Unidade


pH 8,5-9,5 -
SiO2 0,02 Ppm
Fe 0,02 Ppm
Cu 0,001 Ppm
DEHA 0,08 - 0,12 Ppm
Cond 10 mS/cm
DT 0,02 Ppm
O2 0,007 Ppm

6.4 ÁGUA DE RECIRCULANTE NAS CALDEIRAS

Item Faixa Unidade


pH 9,6 - 10,1 -
Cond 150 mS/cm
SiO2 5 ppm
PO4 10-20 ppm
Fe 0,3 ppm
Cu 0,01 ppm
CC 50 -

7. PLANO ANALÍTICO

Área Tipo Descrição TAG Braskem


Água Desmineralizada FB-1998 S-19015
Água de Alimentação de
BFW S-19021
A-1900 Caldeira
BF-1900 S-19031
Água de Caldeira
SATHEL N/C
Água Desmineralizada FB-98 S-9015
Água de Alimentação de
BFW S-9021
Caldeira
A-900
BF-900 S-9031
Água de Caldeira BF-901 S-9033
BF-902 S-9035

Nº Revisão: 2.0| Data: 24/08/2021 39


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Área Tipo Descrição TAG Braskem


BF-903 S-9037
BF-905 S-9039
HC
MC S-9063
LC
Condensado FA-918 N/C
FA-919 N/C
EA-907 S-9064
FA-264 N/C
Vapor GE-902 N/C

Análise
Tipo/Ponto Frequência Controle Unidade Ação
s

Verificar pH de saída da Osmose.


pH 8,5 a 9,5 adm
Ajustar bomba de amina.
Seg. a Sex.
FB-1998 e 98

Verificar condutividade de saída da


Cond < 10 uS/cm
Osmose.

Alc. P >0 ppm


Ter. e Qui. Verificar pH
Alc.M > Alc. P ppm

SiO2 Seg., Qua. e Sex. < 0,020 ppm


Verificar pureza da água na saída da
Osmose
DULR Ter. e Qui. < 0,1 ppm

Fe Seg. e Sex < 0,02 ppm Verificar pH

Tipo/Ponto Análises Frequência Controle Unidade Ação

Verificar o pH dos
Água de alimentação de Caldeira

tanques de água
pH 8,5 a 9,5 adm desmineralizada e pH
das linhas de
Seg. a Sex. condensado
Verificar a condutividade
dos tanques de água
Cond < 10 uS/cm
desmineralizada e das
linhas de condensado
Alc. P >0 ppm Verificar pH
Alc.M > Alc. P ppm Verificar pH
Ter. e Qui.
Verificar possíveis
Cl 0 ppm
contaminações via

Nº Revisão: 2.0| Data: 24/08/2021 40


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Tipo/Ponto Análises Frequência Controle Unidade Ação


sistema de condensado.
Verificar pureza da água
SiO2 Seg., Qua. e Sex. < 0,020 ppm na saída da Osmose e
linhas de condensados.
Verificar pureza e pH da
água na saída da
Fe Seg. e Qui. < 0,020 ppm
Osmose e linhas de
condensados.
Verificar pureza da água
DULR Seg., Qua. e Sex. < 0,020 ppm na saída da Osmose e
linhas de condensados.
Verificar oxigênio na
saída do desaerador e
DEHA Seg. a Sex. 80 a 120 ppm
eficiência da bomba
dosadora.
Verificar pH e cobre do
Cu T Ter. e Qui. < 0,005 ppm
sistema de condensado

Tipo/Ponto Análises Frequência Controle Unidade Ação

Verificar residual de
pH Seg. a Sex. 9,6 a 10,1 adm fosfato. Verificar
purga.
Verificar purga.
Verificar possíveis
Cond Seg. a Sex. < 150 uS/cm
contaminações via
água de alimentação.
Alc. P 10 a 20 ppm Verificar pH. Verificar
possíveis
Água de Caldeira

Alc.M 20 a 40 ppm contaminações de


cloretos e sulfatos.
Ter. e Qui.
Verificar possíveis
contaminações via
Cl 0 ppm
sistema de
condensado.
Verificar purga da
SiO2 Seg., Qua. e Sex. <5 ppm caldeira; Verificar água
de alimentação.
Verificar purga.
PO4 Seg. a Sex. 10 a 20 ppm Verificar bomba
dosadora.
Verificar entrada de
Fe Seg. e Qui. 0,3 ppm
Ferro no sistema.

Nº Revisão: 2.0| Data: 24/08/2021 41


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Tipo/Ponto Análises Frequência Controle Unidade Ação


Verificar bomba
dosadora de amina.
pH 8,9 a 9,3 adm Verificar vazamentos de
AGR para o sistema de
Seg. a Sex. condensado.
Verificar pH, verificar
Cond < 10 uS/cm bomba dosadora de
Condensado

amina.
Verificar se há algum
vazamento via AGR ou
SiO2 Seg., Qua. e Sex. < 0,020 ppm
se há arraste de sílica do
sistema de caldeiras.
Fe Ter. e Sex. < 0,02 ppm Verificar pH do sistema

Verificar se há algum
DULR Ter. e Qui. 0 ppm
vazamento via AGR

Cu T Ter. e Qui. < 0,005 ppm Verificar pH do sistema

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8. PERAÇÃO NORMAL

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Nº Quem Como Porque


Remoção de
O EG-901 e EG-1901 recebem as correntes de condensado
Oxigênio da
que retornam do processo e água de reposição dos FBs 98
1 Operador água para
e 1998. Na atividade 2 estão indicados os principais
geração de
instrumentos de monitoração.
vapor
Remoção de O2 com US em contracorrente com o fluxo de
condensado e TW que abastecem os EGs-901 e 1901.
Monitorando conforme citados na tabela 2, os seguintes
instrumentos de painel:
FI- 9081 Vazão de TW para EG-901
FI-19201 Vazão de TW para EG-1901
FIC-19204 Vazão de condensado para EG-1901
FI-9054 Vazão de condensado do EA-907 p/ EG-901
Para atender
FI-9432 Vazão de condensado do EA 907A p/ EG-901
2 Operador necessidades
FR-9179 Vazão de condensado da linha 6”- LC
do processo
AI-9015 Condutividade do condensado 6”- LC
AI-9009 Condutividade do condensado do EA-907
AI-9021 Condutividade do condensado do FA-918
AI-9022 Condutividade do condensado do FA-919
LIC-9031 Controle de nível do EG-901
LIC-19203 Controle de nível do EG-1901
PIC-9041 Controle de pressão do EG-901
PIC-19213 Controle de pressão do EG-1901
Monitorando conforme citados na tabela 2, os seguintes
instrumentos de painel:
AI-9007 Indicação de Sílica na saída do EG-901
AI-19203 Indicação de Sílica na saída do EG-1901
AI-9004 Indicação do pH na saída do EG-901
AI-19202 Indicação do pH na saída do EG-1901
Garantir a
AI-19201 Condutividade na saída do EG-1901
qualidade de
T4-9001 Temperatura na saída do EG-901
água
TR 19202 Temperatura na saída do EG-1901
3 Operador desaerada
No campo são retiradas amostras na linha de saída dos
dentro dos
EGs-901 e 1901 e analisados Sílica, pH e DEHA e,
parâmetros
conforme Programa de análise de utilidades, também são
de controle
analisados Ferro e Dureza.
Caso algum dos parâmetros analisados não esteja
especificado, deverá ser enviada amostra extra ao
laboratório para confirmação.
Obs. Solicitar análise apenas do parâmetro não
especificado.
Especificação de Sílica, Dureza total, Ferro, pH e DEHA,
4 - -
citados na tabela 3
5 Operador Se ocorrer contaminação, deverá ser rastreado através de Garantir a
análises, todas as correntes que abastecem os qualidade de
desaeradores e retirando de operação o equipamento que água
gerou a contaminação. Se a fonte geradora estiver em desaerada

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outro núcleo, este deverá providenciara retirada do
equipamento. Se os parâmetros de Sílica, Dureza total,
Ferro, pH e DEHA, estiverem fora de especificação,
executar ajustes. dentro dos
Após ajustes para correção, retirar amostras extras para parâmetros
acompanhar a efetividade das ações. Comunicar de controle
consumidores, quando Sílica ou pH saírem fora de
especificação.
Registrar no relatório de Caldeiras.
Monitorando conforme citados na tabela 2, o seguinte
Fornecer
instrumento de painel: PIA-9312 Pressão do coletor de
HW para
7 Operador HW. GAs-906 enviam HW para geração de SS nos fornos
consumidore
da A-200.
s
Utilizar como referência a IT 5010-02034.
8 - Pressão de HW acima de 130 kgf/cm². -
Manobras operacionais com GAs-906, para restabelecer
pressão no Header de HW, conforme requerido pelo
Garantir
processo. Comunicar núcleo de Olefinas, quando o
9 Operador fornecimento
fornecimento de HW não atender a pressão acima de
de HW
130 kgf/cm².
Registrar no relatório de Caldeiras.
Monitorando instrumentos de controle no núcleo de
Olefinas. No núcleo de Utilidades é acompanhado pelo
Refrigerar
painel, conforme citados na tabela 2, os seguintes
gás de carga
instrumentos:
e
TRC-9048 - Temperatura de SS na saída da BF-904 A.
consequente
TRC-9049 - Temperatura de SS na saída da BF-904B.
mente
10 Equipe de FR-9039 - Vazão de vapor saída da BH-902.
geração de
11 Olefinas FR-9042 - Vazão de SS para GE-901.
vapor para
FR-9036 - Vazão de SS para Turbos Geradores.
suprir Turbos
PIC-011 - Controla a pressão de SS.
geradores de
PRC-9261 A/B- Controla a pressão de SS quando opera o
energia
GE-901.
elétrica
FR-23572 - Vazão de SS do BA-223.
FR-23612 – Vazão de SS do BA-224.
Monitorando conforme citados na tabela 2, os seguintes
instrumentos de painel:
PIA-9111 Pressão do coletor de BW,
Fornecer BW
PI-19215 Pressão coletor GAs-1905,
para
13 Operador FFIC-9385 Vazão mínima de BW pelas BFs-904,
consumidore
FIC-9121 Vazão de BW pelas BFs-904,
s
As GAs-905 pressurizam o coletor de BW na A-900 A e as
GAs-1905 envia BW apenas para BF-1900.
Utilizar a IT 5010-02034.
14 - Pressão de BW acima de 60 kgf/cm² -
15 Operador Manobras operacionais com GAs-905 e 1905, para Garantir

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restabelecer pressão no Header de BW, conforme
requerido pelo processo. Comunicar consumidores, quando
o fornecimento de BW não atender a pressão acima de 60
fornecimento
kgf/cm².
de BW
Registrar no relatório de Caldeiras (para GAs-905),
relatório do CAV (para GAs-1905).
Atender
Pressurização do Header de BW, disponibilizando para demais
16 Operador
consumidores. consumidore
s de BW
Monitorar instrumentos de caldeiras conforme citados na
Tabela 2, no item “Caldeiras”.
A geração de vapor HS ocorre nas BFs-900, 901, 902, 903, Atender
17 Operador 905 e 1900. O header de HS é suprido também pelo vapor consumidore
exausto das turbinas do GE-901/902. s de vapor
Para manobras de caldeiras, utilizar como referência as
instruções: IT 5010-02034 e IT 5010-02096.
Coletando amostras e enviando ao laboratório para análise
de Sílica e Fosfato. Conforme Programa de análises de Garantir que
utilidades também é analisado pH, condutividade, a água de
alcalinidade P e M. caldeira
18 Operador Os ajustes para correção serão avaliados nas análises esteja dentro
seguintes, não havendo necessidade de fazer amostragens dos padrões
extras. de
As análises são registradas em planilha eletrônica para especificação
acompanhamento.
Especificação de Sílica, Fosfato, Condutividade, pH,
19 - -
alcalinidade P e M, citados na tabela 3.
Atuando na dosagem de fosfato, amina e DEHA, na
regulagem de descarga contínua e efetuando descarga de Ajustar água
20 Operador
fundo das caldeiras, conforme resultados de amostras de caldeira
(Tabela 3).
Monitorando conforme citados na tabela 2, os seguintes
instrumentos de painel:
PRC-9227 Master de HS.
PRC-9127 Alivio de HS. Atender
21 Operador GERCALD Somatória de carga das caldeiras. consumidore
TV-18 Temperatura de HS saída do GE-902. s de HS
TIC-9081 Temperatura de HS saída da BH 902.
TIC-19507 Temperatura de HS saída da BF 1900.
Instrumentos de caldeiras citados, no item “Caldeiras”.
Vapor HS com pressão acima de 48 kgf/cm² e temperatura
22 - -
acima de 380ºC.

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Nº Quem Como Porque

Ajustando o balanço de vapor, com reversão de


equipamentos acionados a turbina ou atuando em
Condensação de vapor das grandes máquinas, tendo como
referencial os instrumentos abaixo, citados na tabela 2:
PRC-9227 Master de HS
Fornecer
PRC-9262 A/B Controla a falta de MS
Vapor HS
PRC-9262 C Controla o excesso de MS
para
PIC-9087 Condensa US no EA-907
23 Operador consumidore
PIC-9087 A Condensa US no EA-907 A
s dentro dos
FR-2413 Extração de MS do GB-201
parâmetros
FR-2451 Extração de MS do GB-203
de controle
FR-9040 Vazão de MS pela BH-903
FR-9034 Vazão de US pela BH-904
Comunicar consumidores, quando o fornecimento de vapor
HS não atender níveis de pressão e temperatura.
Registros no Relatório do ROI e no Relatório de Caldeiras.

Monitorando conforme citados na tabela 2, os seguintes


instrumentos de painel:
PRC-9227 Master de HS
PRC-9262 A/B Controla a falta de MS
PRC-9262 C Controla o excesso de MS
Atender
TIC-9082 Controla a temperatura do Header de MS
24 Operador consumidore
PIC-9087 Condensa US no EA-907
s de MS
PIC-9087 A Condensa US no EA-907 A
FR-2413 Extração de MS do GB-201
FR-2451 Extração de MS do GB-203
FR-9040 Vazão de MS pela BH-903
FR-9034 Vazão de US pela BH-904
Vapor MS com pressão acima de 19 kgf/cm² e
25 - -
Temperatura de acima de 280ºC
Ajustando o balanço de vapor, com reversão de Fornecer
equipamentos acionados a turbina ou atuando em Vapor MS
extração de vapor das grandes máquinas, tendo como para
26 Operador referencial os instrumentos citados na atividade 24. consumidore
Comunicar consumidores, quando o fornecimento de vapor s dentro dos
MS não atender níveis de pressão e temperatura. parâmetros
Registros no Relatório do ROI e no Relatório de Caldeiras. de controle
27 Operador Monitorando conforme citados na tabela 2, os seguintes Atender
instrumentos de painel: consumidore
PRC-9262 C Controla o excesso de MS s de US
PRC-9264Controla a falta de US

Nº Revisão: 2.0| Data: 24/08/2021 48


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Nº Quem Como Porque


PRC-9877 Alívio de US para atmosfera
PIC-9087 Condensa US no EA-907
PIC-9087 A Condensa US no EA-907A
TIC-9083 Controla a temperatura do Header de US
FR-2413 Extração de MS do GB-201
FR-2451 Extração de MS do GB-203
FR-9040 Vazão de MS pela BH-903
FR-9034 Vazão de US pela BH-904
HIC-90070 Vapor para EAs-990

Vapor US com pressão acima de 3,5 kgf/cm² e


28 - -
Temperatura de acima de 155ºC

Ajustando balanço de vapor, com reversão de Fornecer


equipamentos acionados a turbina ou atuando no consumo Vapor US
de US nos EAs-990, tendo como referencial os para
29 Operador instrumentos citados na atividade 27. consumidore
Comunicar consumidores, quando o fornecimento de vapor s dentro dos
US não atender níveis de pressão e temperatura. parâmetros
Registros no Relatório do ROI e no Relatório de Caldeiras. de controle
Monitorando conforme citados na tabela 2, os seguintes
instrumentos de painel:
Controlar o
PIC-9087 Condensa US no EA-907.
30 Operador excedente da
PIC-9087 A Condensa US no EA-907 A.
rede de US
FI-9054 Vazão de condensado do EA-907.
FI-9432 Vazão de condensado do EA-907 A.
Ajustando balanço de vapor, com reversão de
equipamentos acionados a turbina ou atuando no consumo Racionalizar
32 Operador de US nos EAs-990, tendo como referencial os o a geração
instrumentos citados na atividade 30, a fim de manter de vapor
condensação no mínimo possível.

9. CORREÇÃO DE NÃO-CONFORMIDADES (TROUBLESHOOTING)

9.1 APAGAMENTO DE GÁS

Efetuar o fechamento manual das válulas de gás pelo painel e campo.

9.2 APAGAMENTO DE ÓLEO

Efetuar fechamento manual das válulas de óleo pelo painel e campo.

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9.3 INDICAÇÃO DE NÍVEL


INCORENTE OU ERRA

O operador de painel deve solicitar ao operador de campo para verificar o nível na indicação de
campo (LG).

9.4 ANALISADORES DE CAMPO COM INDICAÇÕES ACIMA DO CONTROLE

Efetuar uma coleta no ponto de amostragem e confirmar o resultado em laboratório. Comunicar o


desvio para a empresa.

9.5 QUEDA DA PRESSÃO DE HS

O ROI de Utilidades deve solicitar o corte de consumidores.

10. PARTIDA NORMAL DA UNIDADE

10.1 AÇÕES PRELIMINARES DE ACENDIMENTO DE CALDEIRAS

 Verificar a existência de material estranho no interior dos balões, da fornalha e dutos da


caldeira e solicitar a remoção.
 Solicitar e acompanhar o fechamento das BVs da caldeira.
 Acompanhar aprovação do teste hidrostático.
 Solicitar a remoção das raquetes instaladas para a realização do teste hidrostático e para o
confinamento do ambiente da caldeira.
 Condicionar o ventilador da caldeira.
 Encher a caldeira com TW até o nível normal de partida (50%) e durante o enchimento
adicionar 10 litros de DEHA e 10 litros de Amina.
 Abrir o “vent” na linha de BW na entrada do economizador, caso o economizador tenha sido
drenado, e inventariá-lo com mangueira através do dreno do economizador
 Solicitar a limpeza na região adjacente da caldeira e certificar que a área da esteja limpa.
 Confirmar que o “vent” do superaquecedor esteja com abafador de ruído instalado, caso
contrário, solicitar a instalação.
 Efetuar o “check list” - FMG 5010-01518 - ACENDIMENTO DAS CALDEIRAS, visando o
acendimento da caldeira.
 Verificar se os purgadores da linha de saída HS/BS estão isolados com os drenos para
atmosfera abertos.
 Fazer o isolamento da área da caldeira envolvida na manobra

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10.2 PARTIDA DA CALDEIRA STEIN


 Comunicar ao operador que estiver no painel sobre o início das manobras.
Nota: A caldeira não pode ser acesa, em hipótese alguma, com qualquer inibição temporária
de intertravamento, controle ou proteção.
 Colocar um dos ventiladores para operar.
 Abrir totalmente os reguladores de ar para o maçarico.
 Abrir o “damper” do ventilador até atingir vazão acima de 60%, liberando o ciclo de purga.
 Depois de concluído o ciclo de purga, ajustar registro de ar para 6 / 2 / 4 e reduzir a
admissão de ar para o mínimo possível, mantendo a atenção para evitar trip de ar, que leva
a necessidade de novo ciclo de purga.
Nota: Para BF 900, antes de reduzir a vazão de ar de purga deverá ser rearmado o relé MFT.
 Reduzir vazão de ar.
 Alinhar gás para acendimento do piloto com GG.
 Alinhar bloqueio para gás do piloto no frontal da BF.
 Premer o botão de ignição para acender piloto.
 Apagar o piloto, quando a caldeira estiver com o combustível principal aceso.
 Alterar a regulagem de ar para 1/2/1 e tentar novamente, se o piloto não acender.
 Efetuar nova tentativa, se não detectar chama, mudar alinhamento para o outro tipo de gás
e se a falha persistir, acionar instrumentista para efetuar verificação do sistema.
 Acender a caldeira preferencialmente com Unileve, porém na impossibilidade do
acendimento com esse combustível, poderá ser acesa com gás (conforme descrito nos itens
abaixo), mediante consentimento do ROI.
 Fechar o “vent” do saturado quando a pressão de HS da caldeira atingir 2 kgf/cm²
 Atentar para o nível de ruído e drenagem dos pontos baixos
 Alinhar a saída de HS da caldeira para o coletor quando a caldeira atingir 40 kgf/cm² de
pressão
 Alinhar o cavalete de BW e passar a malha de controle de nível para automático quando a
caldeira entrar em linha
 Fechar o “vent” do superaquecedor quando a caldeira atingir 25 t/h de vazão
 Alinhar e partir a bomba de fosfato para caldeira
 Alinhar a descarga contínua, tomadas de amostra e analisadores on-line
 Automatizar controle de combustão manter analisadores de O2 na faixa de 1,0 a 2,0 %,
conforme curva de controle de oxigênio
 Retirar o isolamento da área da caldeira envolvida na manobra

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10.3 PARTIDA DA CALDEIRA CBCS


 Comunicar ao operador que estiver no painel sobre o início das manobras.
Nota: A caldeira não pode ser acesa, em hipótese alguma, com qualquer inibição temporária
de intertravamento, controle ou proteção.
 Colocar um dos ventiladores para operar.
 Abrir os registros de ar de combustão para os maçaricos.
 Abrir “damper” do ventilador até início de purga da fornalha.
Nota: Na BF 1900 é necessário acionar início de purga no campo.
 Rearmar o relé MFT, no campo depois de concluída a purga.
 Reduzir vazão de ar.
 Selecionar que combustível a caldeira deve ser acesa, se Unileve ou Gás.

10.4 ACENDIMENTO COM UNILEVE

 Preparar lança com bico para acendimento e elevação de pressão conforme estado da
caldeira (fria ou pressurizada quente).
 Inserir lança na fornalha utilizando juntas novas.
Nota: Não reutilizar juntas usadas.
 Caso a caldeira esteja fria – acender o maçarico de Unileve com bico de partida 3.9.
 Caso esteja aquecida, utilizar bico 7.6
Nota: Obedecer à curva de aquecimento e elevação de pressão e temperatura (55 ºC por
hora). Curva de aquecimento e elevação de pressão.
 Alinhar ar de atomização e abrir interligação de purga de maçarico para verificação de
vazamentos pelas juntas (trocar junta se necessário).
 Normalizar sistema de ar de atomização.
 Acender o piloto do maçarico.
 Acionar abertura de ROV principal de óleo com a FV de óleo descolada
Nota: A abertura da FV de óleo pode variar e deve ser ajustada a cada tentativa de
acendimento de acordo com a pressão e vazão de unileve
 Com o bloqueio manual previamente descolado, continuar abrindo até obter chama.
Nota 1: Caso ocorra “trip” por pressão de óleo ou não detecção de chama por falta de
combustível repetir tentativa de acendimento com outra abertura da FV de óleo.
Nota 2: Na perda de purga, reiniciar purga
 Abrir o “vent” do superaquecedor
 Ajustar vazão de combustível desejada
 Acender demais maçaricos conforme necessidade, obedecendo à curva de elevação de
pressão da caldeira.

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10.5 ACENDIMENTO COM GÁS

 Fazer alinhamento do cavalete de gás optando por queimar GG ou FG.


 Descolar a FV de gás e a válvula individual do maçarico a ser aceso.
Nota: Estas aberturas podem variar e devem ser ajustadas a cada tentativa de acendimento
de acordo com a pressão de gás no maçarico.
 Acender piloto do maçarico.
 Acionar abertura de ROV principal de gás.
 Acionar abertura de ROV individual do maçarico.
 Abrir “vent” do superaquecedor ao apresentar chama.
 Ajustar vazão de combustível desejada.
 Ajustar ar de atomização.
 Acender demais maçaricos conforme necessidade obedecendo à curva de elevação de
pressão da caldeira).

10.6 PROCEDIMENTO DE APOIA A PARTIDA

IT 5010-02035 - OPERAÇÃO, PARADA E PARTIDA DOS DESAERADOR


IT 5010-02122 - AQUECIMENTO DE TURBINAS
IT 5010-04345 - AQUECIMENTO E OPERAÇÃO DE LGS DAS CALDEIRAS

11. PARADA NORMAL DA UNIDADE

IT 5010-02035 - OPERAÇÃO, PARADA E PARTIDA DOS DESAERADOR


IT 5010-01981 - FA 920 - LIBERAÇÃO E CONDICIONAMENTO
IT 5010-02016 - MANOBRAS COM A LINHA AUXILIAR DE VAPOR

12. PROCEDIMENTOS ESPECÍFICOS

IT 5010-01989 - RECEBIMENTO E QUEIMA DE GÁS NATURAL DA COMGÁS


IT 5010-01983 - FA 972 - LIBERAÇÃO, CONDICIONAMENTO E PARADA
IT 5010-01935 - COLETOR GG - LIBERAÇÃO E CONDICIONAMENTO

13. PARADAS DE EMERGÊNCIA

IT 5010-04136 - SIMULAÇÃO DE EMERGÊNCIAS OPERACIONAIS

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14. PARTIDA APÓS EMERGÊNCIAS


A partida após emergência devemos seguir os mesmos procedimentos para partida normal da
unidade.

Ivete Silva de Jesus

Nº Revisão: 2.0| Data: 24/08/2021 54


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G
erente de Olefinas & Utilidades

Nº Revisão: 2.0| Data: 24/08/2021 55

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