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Projeto Estrutural 1

Conteúdo
PARTE 01 – LANÇAMENTO DA ESTRUTURA ................................................................................. 3
1. INICIANDO O PROJETO .......................................................................................................... 4
1.1. CRIANDO UM NOVO PROJETO .............................................................................................. 4
1.2. JANELA DO PROJETO ............................................................................................................. 5
2. PREPARANDO AS ARQUITETURAS ......................................................................................... 6
2.1. GRAVANDO A PLANTADO PAVIMENTO BALDRAME ............................................................. 7
2.2. GRAVANDO A PLANTA DO PAVIMENTO TIPO E COBERTURA ............................................. 10
2.3. CONFERINDO A PREPARAÇÃO DO DESENHO ...................................................................... 11
3. LANÇAMENTO DOS PILARES DO PAVIMENTO TÉRREO ....................................................... 12
3.1. INSERINDO O PRIMEIRO PILAR............................................................................................ 12
3.2. INSERINDO OS PILARES P2 À P13 ........................................................................................ 14
3.3. INSERINDO O PILARP14 NO CHANFRO DA SACADA ............................................................ 16
3.4. INSERINDO OS PILARES P15 À P20 ...................................................................................... 17
3.5. EXPLICANDO O LANÇAMENTO DOS PILARES ...................................................................... 18
4. LANÇAMENTO DAS VIGAS DO PAVIMENTO TÉRREO .......................................................... 19
4.1. A PRIMEIRA VIGA ................................................................................................................ 19
4.2. DEMAIS VIGAS QUE SE APOIAM EM PILARES ..................................................................... 21
4.3. VIGAS QUE SE APOIAM EM PILAR E VIGA ........................................................................... 22
4.4. VIGA QUE SEGUEM O ALINHAMENTO DAS PAREDES ......................................................... 22
4.5. VIGAS DA SACADA ............................................................................................................... 23
4.6. FINALIZANDO AS VIGAS....................................................................................................... 25
5. LANÇAMENTO DAS LAJES DO PAVIMENTO TÉRREO ........................................................... 27
5.1. “NÃO FOI POSSÍVEL DEFINIR O CONTORNO DA LAJE” ........................................................ 28
5.2. DEFININDO CONTINUIDADE ENTRE AS LAJES ..................................................................... 29
6. CARGAS DE PAREDES E AJUSTES FINAIS .............................................................................. 30
6.1. CARGAS DE PAREDES SOBRE VIGAS .................................................................................... 30
6.2. CARGAS DE PAREDES SOBRE LAJES ..................................................................................... 32
6.3. AJUSTANDO OS PILARES...................................................................................................... 33
7. LANÇAMENTO DO PAVIMENTO BALDRAME ....................................................................... 34
7.1. CONVERTER PILARES PARA FUNDAÇÃO.............................................................................. 35

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7.2. LANÇAMENTO DAS VIGAS ................................................................................................... 36


7.3. CARGAS DE PAREDES SOBRE VIGAS .................................................................................... 36
7.4. INSERINDO VAGAS DE GARAGEM ....................................................................................... 37
8. LANÇAMENTO DO PAVIMENTO TIPO .................................................................................. 37
8.1. ALTERANDO PILARES ........................................................................................................... 38
8.2. ALTERANDO VIGAS .............................................................................................................. 38
8.3. ALTERANDO LAJES ............................................................................................................... 40
8.4. PAVIMENTO TIPO 2 E 3 ....................................................................................................... 41
9. LANÇAMENTO DO PAVIMENTO COBERTURA ..................................................................... 41
9.1. LANÇAMENTO DAS VIGAS ................................................................................................... 41
9.2. LANÇAMENTO DAS LAJES .................................................................................................... 42
10. LANÇAMENTO DAS ESCADAS .............................................................................................. 43
10.1. CRIANDO O NÍVEL INTERMEDIÁRIO ............................................................................ 43
10.2. LANÇAMENTO DO PATAMAR DA ESCADA .................................................................. 44
10.3. LANÇAMENTO DOS LANCES DA ESCADA..................................................................... 46
10.4. CARGAS DE PAREDE E VINCULAÇÃO ........................................................................... 48
10.5. LANÇAMENTO DA SEGUNTA E TERCEIRA ESCADA ...................................................... 49
10.6. LANÇAMENTO DA QUARTA ESCADA ........................................................................... 49
PARTE 02 – ANÁLISE DA ESTRUTURA......................................................................................... 50
1. CONFIGURAÇÕES DO PROGRAMA ...................................................................................... 50
1.1. PROCESSOS DE CÁLCULO: ................................................................................................... 50
1.2. CONFIGURAÇÕES “AÇÕES”: ................................................................................................ 50
1.3. CONFIGURAÇÕES DE VENTO: .............................................................................................. 51
1.4. PARAMETROS DE MATERIAIS E DURABILIDADE.................................................................. 52
2. ANÁLISE DA ESTRUTURA ..................................................................................................... 54
2.1. CÁLCULO DA ESTRUTURA.................................................................................................... 55
2.2. ANÁLISE DE RESULTADOS.................................................................................................... 58
2.3. PÓRTICO UNIFILAR .............................................................................................................. 61
2.4. PÓRTICO 3D ......................................................................................................................... 62
1. DIMENSIONAMENTO DAS LAJES ......................................................................................... 63
1.1. DIMENSIONANDO: .............................................................................................................. 64
1.2. REDIMENSIONANDO: .......................................................................................................... 65

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1.3. SAÍDA DE RESULTADOS ....................................................................................................... 66


2. DIMENSIONAMENTO DAS VIGAS ........................................................................................ 72
2.1. DIMENSIONANDO ............................................................................................................... 74
2.2. ANÁLISE DE RESULTADOS.................................................................................................... 76
2.3. DETALHAMENTO ................................................................................................................. 79
2.4. VIGAS DO TÉRREO ............................................................................................................... 80
3. DIMENSIONAMENTO DOS PILARES ..................................................................................... 86
3.1. DIMENSIONANDO OS PILARES EM PRUMADA .................................................................... 87
3.2. ALTERNATIVA PARA SOLUÇÃO DE ERROS ........................................................................... 89
3.3. PILARES NÃO RETANGULARES ............................................................................................ 89
3.4. SAÍDA DE RESULTADOS ....................................................................................................... 91
3.5. SEÇÃO FINAL DOS PILARES .................................................................................................. 94
4. DIMENSIONAMENTO DAS FUNDAÇÕES .............................................................................. 95
4.1. DEFININDO AS ESTACAS ...................................................................................................... 95
4.2. DEFININDO OS BLOCOS ....................................................................................................... 97
4.3. DIMENSINANDO OS BLOCOS ............................................................................................. 100
4.4. PLANTA DE LOCAÇÃO ........................................................................................................ 103
5. DIMENSIONAMENTO DAS ESCADAS ................................................................................. 104
5.1. ANÁLISE DE ESFORÇOS ...................................................................................................... 104
5.2. VERIFICANDO O DIMENSIONAMENTO .............................................................................. 106
5.3. SAÍDA DE RESULTADOS ..................................................................................................... 106
6. ANÁLISE APÓS O DIMENSIONAMENTO............................................................................. 106
7. DETALHAMENTO FINAL ..................................................................................................... 107
7.1. CONFIGURANDO AS PRANCHAS........................................................................................ 108
7.2. DETALHAMENTO DOS BLOCOS DE FUNDAÇÃO ................................................................ 113
7.3. DETALHAMENTO DOS PILARES ......................................................................................... 114
7.4. DETALHAMENTO DAS VIGAS ............................................................................................. 116
7.5. PLANTA DE FORMAS ......................................................................................................... 122
7.6. CORTES .............................................................................................................................. 128

PARTE 01 – LANÇAMENTO DA ESTRUTURA

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1. INICIANDO O PROJETO

1.1. CRIANDO UM NOVO PROJETO

O passo inicial para a criação do


projeto é a definição da estrutura dos
pavimentos, como indicado na figura a
seguir. Pode-se criar cada pavimento à
medida que se deseja fazer a entrada de
dados, ou criar inicialmente todos os
pavimentos e depois informar os dados de
cada um.

Caso seja inserido ou retirado um


pavimento após a estrutura ter sido
montada, todos os resultados serão
automaticamente apagados, sendo
necessário processar a estrutura novamente.

A sequência de passos a para montagem dos pavimentos é:

 Informe para o primeiro pavimento, o nome "Baldrame" e a altura 80 cm;


 Pressione o botão "Insere acima";
 Informe para o segundo pavimento, o nome "Térreo" e a altura 280 cm. Desta
vez, a altura representa a distância entre este pavimento e o pavimento
imediatamente abaixo dele (no caso, o Baldrame);
 Pressione novamente o botão "Insere acima";
 Informe para o próximo pavimento o nome "Tipo" e a altura 280 cm. Na
coluna "Repetições", informe 2;
 Pressione novamente o botão "Insere acima" e informe o nome "Cobertura"
para o último pavimento, com altura também de 280 cm.

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1.2. JANELA DO PROJETO

A Janela do Projeto é a mais


importante do programa, a partir dela temos
acesso a todas outras, sejam elas janelas de
entrada de dados CAD para cada pavimento,
planilhas alfanuméricas de detalhamento dos
elementos estruturais (vigas, lajes, pilares, ...),
janelas CAD de detalhamento, pranchas para
plotagem e o que mais houver no sistema.

Caso a janela de projeto seja fechada,


considera-se que o projeto está sendo fechado
e, portanto, todas as demais janelas ativas
serão fechadas.

Além disso, a janela de projeto tem a


função de gerenciar a estrutura de pavimentos
e fornecer rápido acesso às configurações.

A qualquer instante e a partir de


qualquer janela do programa, pode-se tornar ativa a janela de projeto, simplesmente

pressionando-se o botão na barra de ferramentas.

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Notam-se os seguintes itens nesta janela:

 Pavimentos: Lista contendo os pavimentos presentes no projeto. Inicialmente,


pode-se acessar, para cada pavimento, a entrada de dados gráfica ("Croqui"),
a planta arquitetônica associada ao pavimento ("Arquitetura") e a planta de
forma correspondente.
 Arquivos e Pranchas: permite acesso a arquivos gravados externamente.
 Configurações de desenho e Configurações do projeto: são relativas ao
projeto corrente e, portanto, são gravadas ao mesmo tempo que o projeto.
São configurações Cad, Corte, Corte esquemático, Cota, Entrada gráfica,
Forma, Níveis de desenho, Níveis padrão, Perfis de níveis, Pranchas e RA,
Relatórios, Ações, Análise, Materiais e durabilidade, Detalhamento,
Dimensionamento e Vento.
 Configurações do sistema: são gravadas em arquivo separado e são válidas
para todos os projetos ao mesmo tempo. São essas as configurações
Biblioteca de símbolos, Espessuras de linha, Sistema e Teclas de atalho.

É possível tanto salvar um arquivo como modelo de configuração quanto


importar um modelo de configuração para um projeto já em elaboração. Para isso,
utilizam-se os comandos Configurações-Salvar modelo e Configurações-Importar
modelo.

2. PREPARANDO AS ARQUITETURAS

Todo projeto estrutural é feito sobre uma planta de arquitetura.


Normalmente, tem-se a planta arquitetônica previamente desenhada em ambiente
CAD e podemos importá-la para efetuar o projeto.

Os arquivos contendo as plantas arquitetônicas raramente vêm prontos para


utilização direta no lançamento de elementos. O princípio básico que rege a entrada
de dados é o de que os elementos (pilares, vigas, etc.) serão lançados de acordo com
suas coordenadas. Desta forma, qualquer equívoco no desenho arquitetônico original
pode acarretar erros no lançamento da estrutura.

O problema se agrava no caso de se lerem diversas plantas arquitetônicas,


correspondentes a diversos pavimentos. Caso as coordenadas destes desenhos não

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sejam exatamente coincidentes haverá, com certeza, problemas no lançamento da


estrutura. Além disto, os desenhos importados via arquivo DXF não possuem
informação de escala.

Para este exemplo, foi escolhida uma planta arquitetônica simples, desenhada
em uma escala qualquer (suposta desconhecida) na qual todos os pavimentos
encontram-se desenhados.

Inicialmente, as plantas devem ser preparadas no CAD para que possam ser
utilizadas para o lançamento da estrutura. A ideia é que as plantas possam ser
sobrepostas de forma exata. Para isto, cada pavimento deve compor um arquivo DXF
separado.

2.1. GRAVANDO A PLANTADO PAVIMENTO BALDRAME

No Eberick, a preparação das plantas arquitetônicas do projeto pode ser


realizada na janela Arquitetura. Para acessá-la ative a Janela de Projeto, expandindo o
item Baldrame e execute um duplo clique sobre o item Arquitetura.

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Com a janela Arquitetura aberta,


acesse o comando Ferramentas-Ler
DWG/DXF, na pasta do curso selecione o
arquivo ARQUITETURAS.DXF. Neste ponto, o
programa exibirá um diálogo que permite
definir a forma como a planta será lida.

A função principal deste diálogo é


definir a forma como serão inseridos os
elementos de desenho, incluída pelo
programa para facilitar o gerenciamento dos
níveis de desenho, garantindo sua correta
separação mesmo quando um desenho
complexo é inserido. Pode-se definir também
como será lida a escala do desenho, pois o
arquivo DXF não possui informações de
escala, enquanto que todos os desenhos no
programa sempre têm uma escala atual.

As seguintes opções estão presentes no diálogo:

Grupo Escala:

 Não converter: Com esta opção selecionada o arquivo é importado e


convertido para a escala atual do croqui.
 Converter logo após a leitura: Esta opção permite que seja executado o
comando “Converter para escala” logo após a leitura do arquivo DXF.
 Converter automaticamente: Utilizado quando se sabe a escala do desenho
no CAD, convertendo automaticamente para a escala do croqui.

Grupo Níveis de desenho:

 Manter do desenho original: Mantém os layers originais do desenho no CAD,


aqui chamados de Nível.
 Inserir todos no nível: Converte todo o desenho para um único layer (nível).

Para este projeto, deve-se marcar no diálogo a opção "Não converter", pois a
manipulação da escala será o próximo passo a ser realizado. Em relação ao nível de

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desenho, opta-se pela segunda metodologia, inserindo todos os elementos em um


único nível, no caso, o nível pré-configurado com o nome "Arquitetura".

Como vamos utilizar apenas a arquitetura da garagem, apagamos as demais.

As arquiteturas de cada pavimento devem estar situadas exatamente na


mesma posição e escala, garantindo o alinhamento vertical da estrutura. Para isso, o
usuário deve escolher um ponto da estrutura que seja comum a todas as plantas (um
canto, caixa de elevador, escada, etc).

Neste caso, optou-se pelo canto superior esquerdo, que está na mesma
posição em ambas as plantas. Utiliza-se o comando Posicionar Origem, seguindo os
passos:

 Acessar o comando Ferramentas-Posicionar origem;


 Selecionar o ponto superior direito com o mouse;
 Enquadrar o desenho, pressionando o botão .

Ao final, o desenho estará aparentemente igual, mas posicionado de tal forma


que o vértice superior direito esteja exatamente nas coordenadas (0,0). Pode-se
confirmar isto executando um duplo clique sobre as linhas horizontal e vertical que

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passam sobre o ponto de origem, serão mostrado as coordenadas X e Y dos pontos


inicial e final, um deles deve ser (0,0).

O próximo passo é definir a escala do desenho, normalmente utiliza-se a


escala padrão 1:50. Sabendo ao menos uma dimensão do desenho, conseguimos
converter sua escala para a desejada.

Para isso deve-se Acessar o comando Ferramentas –Converter para a escala e


selecionar com o mouse, os dois pontos que definem o comprimento total da
edificação. A linha de comando passa a indicar “Converter Escala-Distância”, deve-se
digitar a distância desejada, neste caso de 1367 (sempre em cm).

Após converter a escala, deve-se verificar se esta operação foi feita


corretamente. Caso contrário, ao utilizar uma planta com medidas incorretas, terá
todas as posições de pilares e vãos geradas de forma também incorreta.

Uma maneira de conferir a conversão da escala é medir outras distâncias no


desenho para verificar se estas estão corretas. Para isto:

 Acesse o comando Ferramentas-Medir;


 Escolha uma distância a ser medida. Por exemplo, pode ser a largura de uma
parede. Todas as paredes utilizadas neste exemplo têm 15 cm;
 Informe os dois pontos que definem a distância;
 O programa continua solicitando outro ponto, para medida de perímetros.
Pressione <Enter> para encerrar o comando.

2.2. GRAVANDO A PLANTA DO PAVIMENTO TIPO E COBERTURA

Para preparação das plantas arquitetônicas do projeto nos Pavimentos Tipo e


Cobertura, deve-se seguir os mesmos passos feitos para o Pavimento Baldrame.

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 Importar Arquitetura;
 Separar a Planta Arquitetônica do pavimento adequado, apagando as demais;
 Posicionar origem;
 Converter escala (quando necessário);
 Conferir conversão de escala.

2.3. CONFERINDO A PREPARAÇÃO DO DESENHO

Neste ponto, temos as três plantas arquitetônicas posicionadas e com escalas


definidas e devemos conferir se as plantas gravadas estão corretas. A forma de fazer
isto é colocando uma sobre a outra para verificar se a sobreposição é perfeita.

 Abra o croqui de um dos pavimentos (por exemplo, o croqui do pavimento


Baldrame);
 Note que a arquitetura do Baldrame pode ser visualizada no croqui. Para
visualizar neste croqui as demais arquiteturas basta selecionar, no combo box
presente na barra de ferramentas CAD, o pavimento com a arquitetura
desejada. Como desejamos visualizar também a arquitetura do pavimento
Tipo e do pavimento Cobertura, basta selecionar a opção "Personalizada";
 Com isso, clique no botão ao lado direito do combo box para selecionar as
plantas desejadas;

 Com a tecla <Ctrl> pressionada, selecione os pavimentos Baldrame, Térreo e


Cobertura;
 Pressionando OK, os desenhos serão sobrepostos, devendo-se ser um
alinhamento perfeito, caso contrário, volte ao ponto inicial e refaça o
processo.

Outra forma de verificar diferentes plantas arquitetônicas em um mesmo


croqui, a fim de conferir o posicionamento das arquiteturas, é selecionando a opção
"Todas" no combo box.

OBS: Neste ponto, o conteúdo do arquivo sendo elaborado deve coincidir


exatamente com o do arquivo “Tutorial_passo_1.prj”.

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3. LANÇAMENTO DOS PILARES DO PAVIMENTO TÉRREO

O processo de criação da estrutura não possui uma ordem fixa, pode-se iniciar
o lançamento do projeto na ordem que for mais conveniente. Neste caso, optou-se por
lançar primeiro o pavimento Térreo.

Para acessar o pavimento ative a Janela de Projeto e, execute um duplo clique


sobre o pavimento Térreo na lista de pavimentos, ou clique no botão , existente ao
lado do nome do pavimento, e execute um duplo clique sobre o item "Croqui".

Esta é uma janela especial, chamada de croqui. Nela, estão disponíveis os


comandos que visam inserir e manipular os elementos que definem a estrutura.

O lançamento da estrutura é feito através da inclusão de elementos gráficos


que representam vigas, pilares e lajes. Estes podem ser acessados através do menu
Elementos ou através da barra de ferramentas "Elementos". O quadro a seguir mostra
os elementos disponíveis:

3.1. INSERINDO O PRIMEIRO PILAR

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A inserção no croqui de um elemento que representa um pilar ou uma


fundação, é realizada através da escolha de um ponto de referência, que resultará na
sua posição final em relação à arquitetura, tendo sido definidos nesta etapa o vértice
fixo, o ângulo de rotação e seu cobrimento.

Uma vez que se iniciou o trabalho pelo pavimento Térreo, o usuário deve usar
a ferramenta "Pilar" (se estivesse trabalhando no Baldrame, utilizaria a ferramenta
"Fundação"). O primeiro pilar inserido será o P1, no canto superior esquerdo da planta,
na seguinte posição de desenho:

Para o exemplo deste curso, será adotado um revestimento de 1,5 cm,


conforme ilustrado na figura acima, porém esta definição fica a cargo do projetista,
que poderá adotar valores diferentes de acordo com seus critérios.

Para inserir este pilar, deve-se proceder da seguinte forma:

 Pressione o botão na barra de ferramenta "Elementos" (observe que a


caixa de seleção de níveis altera-se automaticamente para o nível selecionado
na configuração Níveis Padrão, pasta "Croqui", item "Pilares". Quando o pilar
for desenhado, note que a cor do texto será adotada segundo o item "Textos
dos elementos").
 A seção inicial que será
adotada para os pilares será
de 15x40 cm, devendo
informar tais medidas nos
campos "b" e "h" do diálogo
"Pilar". Com isso, preencha
estes e os demais dados no
diálogo "Pilar" conforme
ilustrado na figura a seguir:
 Todos os pilares do
pavimento Térreo serão
considerados com ambiente
"Externo";
 Pressione OK;
 Selecione o canto superior
esquerdo do desenho;
 Em seguida será solicitado o ângulo de inserção do pilar. Digite "0" ou
selecione o alinhamento do pilar utilizando a arquitetura;

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 Pode-se notar, movendo o mouse em


torno do ponto selecionado, que a seção
do pilar pode ser inserida em qualquer
direção. Para definir o vértice fixo
selecione qualquer ponto à direita e abaixo
do ponto fixo do pilar;

 O programa solicitará o deslocamento do


ponto fixo em relação à arquitetura, que é a distância correspondente ao
revestimento. Neste exemplo, informa-se o valor de 1,5 cm, já adotado por
default pelo programa. Pressione <Enter> ou o botão direito do mouse para
finalizar o comando.

OBS: O ponto fixo é utilizado


para delimitar a seção do elemento em
relação à arquitetura. Na posição
definida para inserção do pilar, é
indicado seu ponto fixo, e qualquer
alteração de dimensões serão realizadas
em relação a este ponto.

3.2. INSERINDO OS PILARES P2 À P13

Neste ponto, é interessante verificar se a captura de pontos ligada é a correta.


Para os próximos lançamentos utiliza-se a captura Personalizada. Para isso, o botão

, na barra de ferramentas do CAD, deve estar pressionado e configurado.

Após o primeiro pilar ter sido inserido, o programa irá solicitar um novo
ponto. Com isso, podem ser inseridos os demais pilares em sequência. O programa irá
utilizar os mesmos dados (seção, altura, etc) do pilar inicial, gerando os demais nomes
automaticamente.

Para o lançando o pilar P2, deve-se proceder da seguinte forma:

 Pressione o botão na barra de ferramentas "Captura";


 O programa agora solicita a primeira linha a ser utilizada para esta captura.
Selecione as linhas exibidas na figura a seguir;

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Por fim, seguir os mesmos procedimentos de lançamento do P1. Com isto, os


pilares P1 e P2 estarão corretamente alinhados.

Os pilares P3 e P4 serão inseridos com a mesma ferramenta de captura


utilizada no pilar P2, No caso do pilar P4, a única diferença no lançamento é que será
selecionada a linha vertical direita. Com isso, para definir a posição deste pilar deve-se
clicar em um ponto abaixo e à esquerda do ponto fixo.

Na sequência serão inseridos mais alguns pilares (ver na figura a seguir) que
podem ser definidos por um canto de parede, não sendo mais necessária a utilização
da ferramenta de captura ponto na intersecção, será obtido o seguinte lançamento
com seus respectivos vértices de seleção:

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3.3. INSERINDO O PILARP14 NO CHANFRO DA SACADA

O próximo pilar a ser inserido


fica próximo ao canto inferior esquerdo
do desenho, que vai ser inserido da
mesma forma que os demais, sendo
necessário apenas garantir o seu correto
posicionamento, alinhando-o
corretamente aos pilares P11, P12 e
P13.

Não se preocupe com a


sequência dos pilares agora, eles serão
renumerados automaticamente em
outra etapa.

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3.4. INSERINDO OS PILARES P15 À P20

A posição dos demais pilares pode ser definida simplesmente por paredes
utilizando a ferramenta de captura ponto de intersecção.

Posicionar os pilares P15 à P20 conforme a figura a seguir:

Após inserir todos os pilares, é possível renumerá-los automaticamente pelo


programa. Para isto, acesse o menu Elementos-Pilares-Renumerar. Com isso, os pilares
serão automaticamente renumerados, segundo o critério mais usual, que é fazer a
numeração da esquerda para a direita e de cima para baixo (sentido de leitura).

A disposição final dos pilares deve estar exatamente como a figura a seguir:

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3.5. EXPLICANDO O LANÇAMENTO DOS PILARES

O lançamento dos pilares nessa posição pode ser entendido observando um


corte esquemático mostrando uma transição, onde os pilares P7 e P13 veem da
fundação e morrem no pavimento térreo, e o pilar P11 nasce em uma viga de transição
no pavimento térreo.

OBS: Neste ponto, o conteúdo do arquivo sendo elaborado deve coincidir


exatamente com o do arquivo “Tutorial_passo_2.prj”.

Por fim, podemos configurar a entrada gráfica dos pilares em Configurações-

Entrada gráfica (botão ).

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4. LANÇAMENTO DAS VIGAS DO PAVIMENTO TÉRREO

A inserção de uma viga no croqui é realizada através da escolha de dois


pontos que irão definir uma reta. Posteriormente se define se esta reta representará o
eixo ou uma das faces da viga, tornando-a fixa. Isto significa que esta face será mantida
quando alterada a largura da seção, delimitando a seção em relação à arquitetura.

4.1. A PRIMEIRA VIGA

A primeira viga inserida estará ligando os pilares P1 ao P5, na parte superior


da planta. O procedimento a ser adotado é o seguinte:

 Desligue a ferramenta de captura ponto na intersecção, se ainda não tiver


feito isto;

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 Caso a opção "Seção" na aba vigas em Configurações-Entrada gráfica (botão

) esteja desligada, habilite-a;

 Pressione o botão na
barra de ferramentas
"Elementos".
 Inicialmente a seção adotada
para as vigas será de 12x35
cm. Preencha estes e os
demais dados no diálogo para
definir as características da
viga;
 Assim como foi definido para
os pilares, todas as vigas do
pavimento térreo serão
consideradas com ambiente
"Externo";
 Pressione OK;
 Selecione o pilar P1 como sendo o ponto inicial da viga. Para isto, você pode
selecionar o nome do pilar, facilitando que a captura seja a correta, ou ainda
os pontos indicados na figura a seguir;
 Selecione o nome do pilar P5 para definir os segmentos restantes da viga;
 Clique em algum ponto abaixo da seção lançada para informar o lado que a
viga será inserida;

 Pressione <Enter> a primeira viga. Note que o programa irá solicitar o ponto
inicial da próxima viga.

Para facilitar o lançamento das vigas, pode-se utilizar a ferramenta “Travar


Arquiteturas” (botão ), que exibe a arquitetura sem permitir sua captura, sendo
possível selecionar apenas os elementos estruturais.

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4.2. DEMAIS VIGAS QUE SE APOIAM EM PILARES

Faça o lançamento das vigas, com a seguinte sequência de pilares:

Vigas Sequência de Pilares Alinhamento


V1 P01 – P05 Abaixo
V2 P17 – P20 Acima
V3 P07 – P08 Acima
V4 P13 – P15 Abaixo
V5 P16 – P01 Direita
V6 P17 – P02 Direita
V7 P19 – P04 Esquerda
V8 P20 – P05 Esquerda

É importante notar alguns detalhes que indicam o correto lançamento de uma


estrutura, quanto às conectividades:

 Uma viga é composta por diversos trechos. Exatamente no centro de cada


segmento, é exibido o nome da viga;

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 Quando se insere a viga sobre os pilares, estes serão destacados (cor amarela,
tracejado) quando selecionados. Se isto não ocorrer, os pilares não foram
capturados corretamente;
 Se o pilar não for selecionado corretamente no lançamento de uma viga, o
programa provavelmente exibirá a mensagem "O nó adicionado não se apóia
em nenhuma barra do pavimento". Responda "Não" e tente novamente.

Como neste pavimento ocorrerá a transição do pilar P11 para os pilares P7 e


P13. Nesta situação específica, o lançamento da viga de transição com seção de 12x35
cm faria com que houvesse um grande deslocamento da viga, resultando em esforços
muito diferentes do que se espera. Com o aumento da seção da viga, haverá uma
grande diferença nos esforços calculados. O mesmo não ocorre se, por exemplo, fosse
preciso aumentar a V1 para 12x50 cm.

Por isso, decide-se desde já por definir uma seção transversal mais
compatível, estimando-a inicialmente em 20x60 cm. Esta viga será apoiada entre os
pilares P13 e P03.

4.3. VIGAS QUE SE APOIAM EM PILAR E VIGA

Fazer o lançamento das vigas V10 e


V11 (12x35cm), capturando o vétice do pilar
e o centro da viga de apoio, em seguida
definir sua direção, como demonstrado na
figura a seguir:

4.4. VIGA QUE SEGUEM O ALINHAMENTO DAS PAREDES

As próximas três vigas a serem lançadas não se apoiam sobre nenhum pilar,
mas diretamente sobre vigas, seguindo o alinhamento das paredes.

Utilizar o comando “Linha” (botão ) utilizando o batente da porta como


referência do centro da parede onde será lançada a viga V12. Em seguida terminar o
lançamento das Vigas V12, V13 e V14 como na figura abaixo.

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Projeto Estrutural 23

4.5. VIGAS DA SACADA

A sacada será estruturada com vigas em balanço, estendendo as vigas V6 e V7


até a ponta da arquitetura utilizando o comando Elementos-Vigas-Adicionar trechos
(ou o botão na barra de ferramentas);

 Selecione a viga desejada (selecionar um ponto próximo à extremidade


inferior da V7);
 Habilite a ferramenta relativo (botão );
 Selecione como ponto base a linha inferior da arquitetura da sacada e indique
como valor de deslocamento o suficiente para a viga terminar no centro da
parede (7,5cm);

A viga V5 também servirá de suporte para uma parte da sacada, por isso será
estendida até a primeira parede, sendo esta lançada como um balanço com mudança
de direção em planta (inclinado). Para estender esta viga realize os procedimentos
indicados a seguir:

 Desabilite a ferramenta relativo (botão );


 Acesse o comando Elementos-Vigas-Adicionar trechos (botão )
 Selecione a extremidade inferior da V5;

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 Ative a captura ponto médio (botão );


 Selecione como pontos bases as
arquiteturas conforme ilustrado na figura a
seguir. Responda "Sim" para a inserção do
nó;
 Pressione <Esc> para encerrar o comando;
 Desative a ferramenta ponto médio (botão
);
 Acesse o comando Elementos-Reposicionar
nó;
 Selecione o novo trecho da viga V5;
 Clique sobre o nó superior
do trecho (no eixo da viga),
que está em contato com a
face lateral do pilar P16;
 Como nó final, selecione o
ponto central da face
inferior do pilar P16;
 Tecle <Esc> para finalizar o
comando.

Para finalizar, serão lançadas as vigas de arremate da sacada, como mostrado


na figura a seguir:

Ao invés do restante da sacada se apoiar em vigas, será formado apenas por


lajes em balanço. Para modelar os bordos livres, o programa dispõe de um outro
elemento chamado "barra", que tem justamente a função de definir um contorno de
laje sem que sejam criadas vigas.

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 Acesse o comando Elementos-Barras-Adicionar barra (ou o botão na barra


de ferramentas "Elementos");
 Informe a largura da barra como sendo "0" e tecle <Enter>;
 Selecione como ponto inicial a extremidade da V5;
 Selecione como ponto final a extremidade inferior da linha de arquitetura
inclinada;
 O comando para inserção da barra continua ativo. Assim, para definir a barra
horizontal de fechamento da sacada clique sobre a extremidade da viga V6..

As barras não possuem função estrutural, são utilizadas apenas para definir
contorno de lajes.

4.6. FINALIZANDO AS VIGAS

Após a inserção das vigas, vamos renumerá-las automaticamente. Para isto,


acesse o menu Elementos-Vigas-Renumerar e pressione <Enter>.

Com isto, as vigas serão renumeradas segundo o critério mais usual, primeiro
vigas horizontais em planta de cima para baixo e depois vigas verticais em planta da
esquerda para a direita.

A disposição final das vigas, após renumeração, fica a seguinte:

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Recomenda-se o uso das ferramentas de alinhamento logo após o lançamento


das vigas de um pavimento.

Para verificar o lançamento das barras, execute o comando Elementos-


Alinhamento-Verificar alinhamento (botão ) e tecle <Enter>. O programa deve
emitir uma mensagem "Não foi detectada nenhuma barra com problemas de
alinhamento". Caso contrário, pode-se usar os comandos Elementos-Alinhamento-
Alinhar elementos na horizontal (botão ) e Elementos-Alinhamento-Alinhar
elementos na vertical (botão ) para corrigir o lançamento.

OBS: Neste ponto, o conteúdo do arquivo sendo elaborado deve coincidir


exatamente com o do arquivo “Tutorial_passo_3.prj”.

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Projeto Estrutural 27

5. LANÇAMENTO DAS LAJES DO PAVIMENTO TÉRREO

No Eberick uma laje é representada por um polígono fechado, cujos lados


podem ser compostos por trechos de vigas ou por bordos livres (definidos por barra ou
por viga sem rigidez). No caso deste pavimento serão colocadas lajes em todos os
painéis, com exceção da região da escada e da caixa do elevador.

Acesse o comando Ferramentas-Filtros de desenho-Esconder (ou o botão


na barra de ferramentas). Este filtro de arquitetura tem por principal objetivo ativar ou
desativar a exibição dos elementos de arquitetura, quando está ligado, apenas os
elementos estruturais passam a estar visíveis.

 Pressione o botão na
barra de ferramentas
"Elementos";
 Preencha os dados das
lajes. Para este exemplo,
serão adotadas lajes
maciças de 12 cm de
espessura;
 Será adotada uma carga
acidental de 150 kgf/m2,
conforme indicado na
tabela 2 da NBR 6120:1980
para este tipo de
edificação, e uma carga de
revestimento de 100
kgf/m2 (Ver Norma);
 Para inserir as lajes,
selecione um ponto
qualquer no interior de
cada contorno.

Seguindo os critérios do programa, as lajes são lançadas com o sentido da


grelha na menor direção.

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Neste projeto será adotada a orientação da grelha de todas as lajes a "0 grau".
Desse modo, para as lajes cuja indicação for exibida 90 graus o sentido da grelha será
alterado. Para isso siga os procedimentos abaixo:

 Execute um duplo-clique sobre a L1, por exemplo;


 No diálogo da laje, clique no botão "Grelha";
 Altere o "Ângulo" para "0";
 Clique em OK no diálogo "Grelha" e em OK no diálogo "Laje", confirmando a
alteração.

Pode-se utilizar também a renumeração para as lajes, acessando o comando


Elementos-Lajes-Renumerar.

As lajes L3, L4 e L5, por se tratarem de uma despensa, área de serviço e


corredor deverão ter suas cargas acidentais alteradas para 200 kgf/m2, conforme
indicado na tabela 2 da NBR 6120:1980.

5.1. “NÃO FOI POSSÍVEL DEFINIR O CONTORNO DA LAJE”

Caso um contorno de laje não possa ser definido, isto significa que a
conectividade entre as barras que formam seu contorno está incorreta. Isto pode ser
causado, por exemplo, caso a captura de pontos estivesse desligada no momento em
que as vigas foram inseridas. Com isto, algum nó de viga estaria desconectado do pilar.

Para encontrar este erro, devem ser verificados todos os nós (pilares e
encontros de vigas) para tentar localizar alguma situação incorreta. Para facilitar, o
programa possui um comando que procura automaticamente nós muito próximos (ou

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Projeto Estrutural 29

seja, provavelmente incorretos). Este comando é acessado no menu Elementos-


Detectar proximidade.

O comando pode apresentar dois resultados:

 Uma mensagem avisando que não foi encontrada nenhuma situação de erro;
 Um diálogo apresentando os erros encontrados, com facilidade para
navegação e zoom automático entre elementos.

Este comando representa apenas uma ferramenta de auxílio e não uma


correção automática. Certos casos especiais podem ser analisados de forma diferente,
pois proximidades informadas nem sempre significam erros de lançamento das vigas,
sendo que podem existir situações detectadas em que realmente devam existir nós
próximos, cuja distância seja inferior ao valor configurado em Configurações - Entrada
gráfica.

5.2. DEFININDO CONTINUIDADE ENTRE AS LAJES

Neste projeto exemplo vamos definir continuidade (engastamento) entre


algumas lajes. A continuidade é definida para cada barra do contorno de uma laje. Não
é possível engastar uma laje em um bordo livre.

Todas as lajes serão engastadas, com exceção de dois segmentos, por serem
muito pequenos. Para isto, proceda da seguinte forma:

 Acesse o comando Elementos-Lajes-Engastar todas. Com isto, todas as linhas


tracejadas que definiam o contorno das lajes são substituídas por linhas
contínuas, que indicam o engastamento;
 Acesse o comando Elementos-Lajes-Liberar (será removido o engastamento
de alguns pontos);
 Selecione os dois primeiros segmentos da V11;
 Selecione o segundo segmento da V2;
 Pressione <Enter> para confirmar e encerrar o comando.

Após informados todos os dados de engastamento, os bordos engastados são


representados por uma linha contínua e os simplesmente apoiados por uma linha do
tipo traço-ponto, obtendo-se a seguinte configuração:

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6. CARGAS DE PAREDES E AJUSTES FINAIS

A última etapa de informação dos dados necessários para o cálculo da


estrutura é inserir os carregamentos, normalmente cargas de paredes sobre as vigas e
sobre as lajes.

6.1. CARGAS DE PAREDES SOBRE VIGAS

Primeiramente, serão inseridas as cargas sobre as vigas. Para facilitar a


visualização, será religado o nível correspondente à arquitetura.

Existem duas formas de inserir as cargas de parede sobre as vigas. Uma delas
é editar os trechos da viga isoladamente e a outra é utilizar um comando específico
para este lançamento.

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Para informar as cargas das paredes utilizando a primeira opção, proceda da


seguinte forma:

 Execute um duplo-clique do mouse sobre o primeiro trecho da V1. Será


aberto o mesmo diálogo da inserção da viga;
 Pressione o botão "Lançar" ao lado da opção "Carga de parede";
 Informe os dados da parede como na figura a seguir:

Foi considerado 2,45m de


altura da parede, pois temos uma
viga de 35cm a ser descontado da
altura total do pavimento (2,80m).

 Pressione o botão "Inserir" e informe uma abertura de 130x120;


 Clique em OK e pressione novamente o botão "Inserir";
 Informe uma abertura de 80x60;
 Pressione "OK" em cada um dos diálogos abertos.

OBS: As cargas de parede são "diluídas" sobre o trecho, gerando uma carga
uniformemente distribuída. Neste caso, aparecerá logo abaixo do nome do trecho, a
carga de 431 kgf/m. Caso se deseje diferenciar cargas no mesmo trecho (apontar
exatamente o trecho onde se encontra a abertura), pode-se usar o comando
Elementos-Adicionar nó para dividir o trecho da viga em dois, procedendo em ambos
os casos como o descrito acima.

Para informar as cargas das paredes utilizando a segunda opção, vamos


considerar todas as paredes com 2,45m de altura, 17cm de espessura para paredes
externas e 15cm para paredes internas, desprezando as aberturas.

 Acesse o comando Elementos-Cargas-Lineares e o botão “Editar”;

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 Utilize os dados de dimensões de parede mencionados anteriormente e


selecione a opção “selecionando barras”;
 Selecione as vigas com paredes externas ou internas, de acordo com os dados
inseridos;
 Pressione <Enter> para encerrar o comando.

Para a sacada, será considerada parede de 1,00m de altura e 15cm de


espessura, e repetido o processo anterior.

6.2. CARGAS DE PAREDES SOBRE LAJES

A primeira parede inserida será colocada sobre a L1 (no canto superior


esquerdo da planta), no sentido vertical:

 Acesse o comando Elementos-Cargas-Lineares;


 Clique no botão "Editar"
e defina a altura da
parede como sendo 268
cm (altura do pavimento
- espessura da laje) e a
espessura de 15 cm;
 Clique no botão OK e em
"Lançar" defina a opção
"Definindo dois pontos";
 Clique em OK e ative a
ferramenta ponto médio
(botão na barra de
ferramentas "Captura");

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 Selecione como pontos base o canto superior esquerdo e direito das paredes,
conforme figura abaixo;
 Repita este procedimento para o outro ponto;
 Efetue o lançamento das demais paredes do pavimento da mesma forma.
 Pressione <Esc> para encerrar o comando.

6.3. AJUSTANDO OS PILARES

A primeira modificação a ser efetuada no lançamento dos pilares é a rotação


do pilar P3, que deve estar na posição horizontal na planta.

 Acesse o menu Elementos-Pilares-Fixar seção (botão );


 Selecione o pilar P3;
 Pressione o botão <Backspace>. Isto irá fazer com que o pilar seja
rotacionado;
 Selecione o vértice superior esquerdo do pilar;
 Defina como ponto fixo o mesmo local que já está indicado como ponto fixo.

O pilar P11 nasce sobre a viga V12, portanto devemos alinhar o pilar com a
viga. Para corrigir sua posição, será utilizado o comando Fixar seção:

 Acesse o menu Elementos-Pilares-Fixar seção (botão );


 Selecione o pilar P11;
 Selecione o ponto de cruzamento entre face direita da viga V12 e a parede
superior da arquitetura.

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Os pilares P7 e P13 estão deslocados em relação à posição da viga V12. Para


corrigir, alteram-se suas dimensões, dando um duplo clique para visualizar os dados do
pilar e alterar sua seção para 20x20.

O resultado final do lançamento deste pavimento é o seguinte:

OBS: Neste ponto, o conteúdo do arquivo sendo elaborado deve coincidir


exatamente com o do arquivo “Tutorial_passo_4.prj”.

7. LANÇAMENTO DO PAVIMENTO BALDRAME

Para o lançamento do pavimento Baldrame serão aproveitados alguns dados


já informados para o Térreo, copiando o lançamento efetuado do pavimento Térreo,
assim aproveitando todo o lançamento já feito anteriormente.

 Execute o comando Estrutura-Copiar croqui;


 Defina o pavimento origem como sendo o Térreo;

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 Defina o pavimento destino como sendo o Baldrame;


 Selecione a opção "Pilares" e pressione OK;
 Na mensagem que for exibida, informando que os elementos do pavimento
Baldrame serão apagados ao efetuar a cópia do pavimento, clique em "Sim".

7.1. CONVERTER PILARES PARA FUNDAÇÃO

Os elementos "fundações" são


exatamente iguais aos pilares, com exceção
de terem como apoio o solo, enquanto que
elementos pilares tem como apoio a própria
estrutura.

 Acesse o comando Elementos-


Pilares-Converter para fundação;
 Selecione todos os pilares do
pavimento (a linha de comando
deve exibir "20 sel.") e pressione
<Enter>;
 Preencha os dados do diálogo
conforme imagem e pressione OK;
 Mantenha visível somente a arquitetura do pavimento Baldrame.

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Neste pavimento, serão necessárias poucas modificações nos pilares, uma vez
que todos os dados já foram informados no Térreo, uma delas é apagar o pilar P11 que
deve nascer somente o pavimento térreo.

7.2. LANÇAMENTO DAS VIGAS

Para as vigas do pavimento Baldrame, utilizaremos seção 12x35, que devem


ser lançadas e renumeradas, conforma imagem a seguir.

7.3. CARGAS DE PAREDES SOBRE VIGAS

Seguindo o mesmo procedimento de lançamento de cargas lineares sobre


vigas, vamos definir altura de parede como sendo 2,45m, espessura de parede externa
17cm e espessura de parede interna 15cm.

Observar que não são todas as vigas que tem paredes.

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7.4. INSERINDO VAGAS DE GARAGEM

No AltoQi Eberick existe um recurso para o lançamento de garagem,


delimitando uma região onde não se pode ter pilares.

Caso seja lançado algum pilar cuja posição se sobreponha à área da vaga, o
programa acusará esse problema quando a estrutura for processada. O mesmo
ocorrerá caso o usuário aumente a seção do pilar diretamente na janela de
dimensionamento.

 Execute o comando Elementos-Vaga de garagem;


 No diálogo selecione a opção "Definindo pontos" e defina aa tolerância como
sendo 0;
 Clique em OK e defina os pontos como na figura abaixo, delimitando as duas
vagas de garagem;
 Tecle <Esc> para finalizar o comando.

8. LANÇAMENTO DO PAVIMENTO TIPO

O próximo pavimento (Tipo 1) terá estrutura quase igual ao do Térreo,


variando apenas na transição dos pilares, que não mais existirá. Portanto, a melhor
opção é copiar toda a estrutura do Térreo e fazer as modificações necessárias.

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 Acesse o comando Estrutura-Copiar croqui;


 Defina o pavimento origem como sendo o Térreo;
 Defina o pavimento destino como sendo o Tipo 1;
 Selecione a opção "Toda a estrutura" e clique em OK.

Com isto, toda a estrutura do Térreo será copiada para este pavimento.

Como a planta arquitetônica deste pavimento é exatamente igual a do


pavimento "Térreo", não será necessário preparar a arquitetura novamente para este
pavimento, pois será utilizada a mesma.

Para visualizar esta arquitetura selecione na barra de ferramentas de CAD a


arquitetura do pavimento Térreo.

8.1. ALTERANDO PILARES

Neste pavimento não existirão os pilares P7 e P13 que “morrem” no térreo,


portanto devemos excluí-los.

 Acesse o comando Elementos-Pilares-Converter para nó;


 Selecione os pilares P7 e P13;
 Pressione <Enter> para encerrar o comando.

8.2. ALTERANDO VIGAS

No AltoQi Eberick não é possível excluir apenas um trecho de uma viga, visto
que esta é um elemento único, o programa excluirá a viga inteira.

VIGAS V6 E V12

Devemos excluir apenas o trecho das vigas V6 e V12 que estão entre os pilares
P11 e P14, para isso será necessário primeiro dividi-las.

 Acesse o comando Elementos-Vigas-Dividir (botão );


 Selecione a viga V6 para dividi-la;
 A linha de comando indica a seleção de um nó em que a viga será dividida,
assim selecione o P14. A viga será dividida em duas outras (V6 e V17);

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 O comando continua ativo. Assim, selecione agora a viga V12;


 Selecione o P11, que é o nó em que a viga será dividida (V12 e V18);
 Pressione <Enter> para encerrar o comando.

Agora que os trechos foram isolados, é possível excluí-los sem apagar o


restante das vigas, mas para isso precisamos apagar as lajes que apoiam nesses
trechos.

VIGA V4

Como em princípio não há necessidade de manter no projeto a viga V4, esta


será convertida em uma carga de parede.

 Apague as lajes que se apoiam na viga V4;


 Acesse o comando Elementos-Vigas-Converter para carga linear;
 Selecione a viga V4;
 Pressione <Enter> para encerrar o comando.

VIGA V18

A V18, lançada originalmente como sendo de transição, será diferente neste


pavimento, Portanto sua seção será alterada para 12x35 cm como as demais vigas.

Para finalizar, renumere as vigas.

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8.3. ALTERANDO LAJES

Como já foram corrigidas todas as vigas, é possível reinserir as lajes que foram
excluídas, em seguida renumere-as.

Em seguida vamos alterar as vinculações das lajes, neste pavimento considere


que todos os segmentos de laje estão engastados com exceção do segmento entre as
lajes L9 e L10 e entre L8 e L9. Para isto:

 Acesse o comando Elementos-Lajes-Engastar todas.


 Acesse o comando Elementos-Lajes-Liberar (será removido o engastamento
de apenas uma laje por vez);
 Selecione o primeiro e o segundo segmento da V10;
 Pressione <Enter> para confirmar e encerrar o comando.

Assim, temos a seguinte disposição do pavimento:

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Ativando a exibição da arquitetura, vemos que falta inserir uma carga de


parede sobre laje. Vamos definir altura de parede como sendo 2,68m e espessura de
15cm.

8.4. PAVIMENTO TIPO 2 E 3

Os próximos pavimentos (Tipo 2 e Tipo 3) terão estrutura exatamente igual a


do Tipo 1, portanto vamos copiar a estrutura utilizando a Janela de Projeto.

9. LANÇAMENTO DO PAVIMENTO COBERTURA

No lançamento do pavimento cobertura, vamos aproveitar o lançamento do


pavimento Tipo utilizando o comando Copiar Croqui, selecionando a opção de copiar
apenas os pilares.

9.1. LANÇAMENTO DAS VIGAS

Utilizando seção 12x35, vamos inserir as vigas do pavimento Cobertura, após


sua renumeração, teremos a seguinte configuração:

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9.2. LANÇAMENTO DAS LAJES

Para as lajes do pavimento Cobertura, utilizaremos 12cm de espessura, carga


acidental de 150 kgf/m2 e carga de revestimento de 100 kgf/m2. Verifique a orientação
das lajes, e se necessário, altere seu valor para “0 grau”.

Em seguida, vamos definir todas as lajes como sendo engastadas (com


continuidade entre si). Com isto, todas as linhas tracejadas, que definiam o contorno
das lajes, são substituídas por linhas contínuas, que indicam o engastamento.

OBS: Neste ponto, o conteúdo do arquivo sendo elaborado deve coincidir


exatamente com o do arquivo “Tutorial_passo_5.prj”.

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10. LANÇAMENTO DAS ESCADAS

A primeira escada liga o pavimento Tipo 1 ao pavimento Térreo, passando por


um nível intermediário que possui um patamar de apoio. Para isso, vamos criar o nível
intermediário.

10.1. CRIANDO O NÍVEL INTERMEDIÁRIO

O nível intermediário do pavimento Tipo 1 conterá o patamar da escada que


da acesso ao pavimento ao Térreo. O nível será inserido na metade da altura do Tipo 1,
ou seja, em uma cota de 140 cm acima do piso do pavimento Térreo. Para isto, o
primeiro passo é, portanto, criar este nível intermediário:

 Feche o croqui do pavimento Tipo 1;


 Na Janela de Projeto selecione o pavimento Tipo 1;
 Acesse o comando Pavimento-Inserir nível intermediário (ou clicando com o
botão direito do mouse sobre o pavimento);
 No diálogo, informe o campo "Altura" como sendo 140 cm e marque a opção
"Pilares";
 Clique em OK e veja que foi adicionado ao pavimento Tipo 1 um nível
intermediário.

OBS: A altura do pavimento intermediário, não é necessariamente a metade


da altura do pavimento, em alguns casos ela pode ser diferente. Como mostra o
diagrama abaixo, o nível intermediário do pav. Superior, tem sua altura medida a partir
do pav. Térreo.

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10.2. LANÇAMENTO DO PATAMAR DA ESCADA

O lançamento da escada se inicia pelo nível intermediário, definindo o


contorno dos lances e patamares com barras, barras inclinadas (bordos livres) e vigas
(apoios da escada).

Executando um duplo-clique sobre qualquer pilar no nível intermediário,


nota-se que estão definidos como pilares de mezanino, ou seja, estão com a
propriedade "Detalhamento contínuo no lance" marcada, evitando que seu
detalhamento seja dividido neste nível intermediário criado.

 Acesse o comando Elementos-Barras-Adicionar barra (ou o botão na barra


de ferramentas "Elementos");

Na linha de comando será solicitada a largura da barra. Devemos informar a largura com a
dimensão da parede, para delimitar que a escada inicie junto à face da alvenaria.

 Para a primeira barra informe a largura com a dimensão da parede (que neste
caso é 15 cm) e confirme pressionando <Enter> ou o botão direito do mouse;
 Lance a barra conforme a figura a seguir;
 Tecle <Esc> para encerrar o comando e acesse-o novamente;

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 Para a segunda barra informe a largura como sendo 17 cm, que é a espessura
das paredes externas do projeto;
 Lance a barra conforme a figura a seguir;

 Encerre o comando pressionando <Esc>;


 Para lançar a última barra do contorno do patamar, informe a largura da barra
como sendo zero (0), ligando o ponto 2 e o ponto 4 da figura.

Para finalizar a definição do contorno do patamar lance uma viga com seção
12x35 cm entre os pilares P19 e P20, alinhada pelo lado externo da edificação. Com
isso, voltando ao pavimento Tipo 1, deve-se deletar o trecho da viga V7, e também no
pavimento Térreo o trecho da V8, ambos que estão sobre a escada.

Para lançar a laje que servirá


de patamar para a escada realize os
seguintes procedimentos:

 Acesse o comando Elementos-


Escadas-Adicionar patamar de
escada ( );
 Preencha o diálogo do patamar
conforme a figura:
 Insira o patamar clicando na
região formada pelas barras e
vigas;

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10.3. LANÇAMENTO DOS LANCES DA ESCADA

O lançamento dos lances de escadas é realizado de cima para baixo. Assim o


primeiro lance da escada será iniciado no nível intermediário do Tipo 1 e terminar no
nível Térreo.

Tendo lançado o patamar da escada, pode-se inserir o lance. Para isto:

 Acesse o comando
Elementos-Escadas-
Adicionar lance de escada (

);
 Preencha o diálogo do
lance conforme a figura:
 O campo "Revestimento"
será informado no diálogo
"Carga revestimento",
podendo acessá-lo através
de um clique no botão
indicado na figura;
 Defina os seguintes dados
para as cargas de
revestimento:

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 Será solicitado informar as barras de contorno do lance, devendo selecionar


as barras conforme a figura a seguir;

 Tendo definido os três primeiros pontos de contorno do lance, o programa


alterna o croqui deste pavimento, mostrando temporariamente o croqui do
pavimento Térreo. A linha de comando exibe o texto "Selecione um ponto",
podendo-se clicar no eixo da viga V6, para que o comando seja concluído;
 Em seguida, o diálogo Ajustar Degraus será exibido, onde o campo "1º Face"
deve ser alterado para 1.50 cm.

Quando o programa pedir a largura da barra, colocamos o valor de 15 cm


referente a espessura da parede interna.

Já o lado direito do lance não precisa dessa espessura de barra, visto que sua
posição de lançamento já é a posição real da escada, por isso de um duplo clique sobre
a barra e altere sua largura pra zero.

Para o lançamento do 2° lance da escada, repita o mesmo procedimento,


lembrando que deve ser feito de baixo para cima. Informar as barras de contorno
conforme a figura a seguir:

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Quando o programa pedir a largura da barra, colocamos o valor de 17 cm


referente a espessura da parede externa.

Já o lado esquerdo do lance não precisa dessa espessura de barra, visto que
sua posição de lançamento já é a posição real da escada, por isso de um duplo clique
sobre a barra e altere sua largura pra zero.

Caso algum lance de escada fique “torto”, é porque o nó superior da barra


inclinada está desalinhado com o nó inferior. Para corrigir essa situação acesse no
menu o comando Elementos-Alinhamento.

10.4. CARGAS DE PAREDE E VINCULAÇÃO

Lançar cargas de parede sobre a viga criada no nível intermediário com altura
2,70 m e espessura 17 cm.

Os lances da escada deverão ser engastados no patamar, para isso acesse o


comando Elementos-Lajes-Engastar e selecione as barras que fazem divisa ente os
laces e o patamar.

OBS: Neste ponto, o conteúdo do arquivo sendo elaborado deve coincidir


exatamente com o do arquivo “Tutorial_passo_6.prj”.

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10.5. LANÇAMENTO DA SEGUNTA E TERCEIRA ESCADA

A escada do Tipo 1 é igual as escadas do Tipo 2 e do Tipo 3, assim basta copiar


todo o lançamento já feito no Tipo 1. Os níveis intermediários também serão copiados.

Visualize o pórtico 3D da estrutura através do botão :

10.6. LANÇAMENTO DA QUARTA ESCADA

Como o pavimento Tipo 1 difere bastante do pavimento Térreo, convém


copiar apenas o nível intermediário.

 Acesse o comando Estrutura-Copiar níveis intermediários;


 No diálogo que abriu, selecione como origem o Tipo1 e destino o Térreo;
 Mantenha marcada a opção “Toda a estrutura” e tecle OK para confirmar.

Em seguida, deve-se corrigir o lançamento dos pilares no nível intermediário


do pavimento Térreo, adicionando P7 e P13, e removendo o P11.

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PARTE 02 – ANÁLISE DA ESTRUTURA

1. CONFIGURAÇÕES DO PROGRAMA

1.1. PROCESSOS DE CÁLCULO:

Dependendo do tipo de projeto a ser calculado, é possível escolher um


método diferente de cálculo.

Com relação ao pórtico, pode-se optar por dois modelos de cálculo no menu
Configurações-Análise. Para este projeto, será utilizado o modelo de cálculo de Pórtico
Espacial:

 Pórtico Espacial;
 Pavimentos isolados.

Com relação ao cálculo dos painéis de lajes, dispomos do processo de análise


de grelha, em Configurações-Análise-Painéis de lajes:

 Analogia de grelha

Com relação às escadas, é possível optar entre calcula-las em conjunto ou


separadas. Como as escadas do projeto estão isoladas umas das outras e se apóiam em
vigas, será escolhida a opção "Pavimentos independentes" para o modelo de análise
da escada. Veja como proceder:

 Acesse o menu Configurações-Análise-Painéis de lajes, marque a opção


"Pavimentos independentes".

1.2. CONFIGURAÇÕES “AÇÕES”:

No AltoQi Eberick é possível criar novos casos de carregamento à edificação,


além dos já existentes no programa. Para isso, basta acessar o menu Configurações-
Ações e clicar no botão + (Adicionar grupo).

Neste exemplo não serão adicionadas novas ações, utilizando as


considerações default do programa.

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1.3. CONFIGURAÇÕES DE VENTO:

As configurações do vento são acessadas através do menu Configurações-


Vento e deverão ser preenchidas conforme o diálogo a seguir:

O botão “Mapa” permite o acesso a um diagrama que reproduz o item 5.1 da


NBR 6123, apresentando o gráfico das isopletas da velocidade básica no Brasil.

O botão “Forças...” permite editar o coeficiente de arrasto nas direções X e Y


da edificação. O usuário poderá definir manualmente o valor destes coeficientes ou
ainda optar pelo cálculo automático realizado pelo programa. Para este projeto, os
coeficientes de arrasto serão obtidos conforme os dados a seguir:

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1.4. PARAMETROS DE MATERIAIS E DURABILIDADE

Inicialmente será adotado um diâmetro de agregado de 19 mm e considerada


a construção do edifício em região urbana, com classe de agressividade ambiental
(CAA) II, o que irá definir os cobrimentos para os elementos estruturais e o fck a ser
utilizado.

 Acesse o menu Configurações-Materiais e durabilidade;


 Defina a aplicação das propriedades para o projeto inteiro;
 Altere o valor da classe de agressividade para II (moderada).

Conforme indicado no item 7.4.7 da NBR 6118:2014, Tabela 7.2, a partir da


classe de agressividade configurada, adota-se um cobrimento externo de 3.0 cm para
os pilares e vigas do projeto, e de 2.5 cm para as lajes. Na mesma tabela são indicados
os cobrimentos para os elementos em contato com o solo (fundações e pilares juntos à
fundação), que no caso da classe de agressividade II devem ser de 4.5 cm. Já as lajes
em contato com o solo devem ter cobrimento de 3.0 cm.

 Altere o cobrimento externo das vigas e pilares para 3.0 cm;


 Altere o cobrimento interno das vigas e pilares para 2.5 cm;
 Altere o cobrimento externo das lajes para 2.5 cm;
 Altere o cobrimento das fundações e dos pilares em contato com o solo para
4.5 cm;

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Segundo o mesmo capítulo da norma, na tabela 7.1, a resistência


característica do concreto também é definida em função da classe de agressividade
ambiental configurada. Neste caso, para a CAA II, deve-se adotar no mínimo 25 MPa,
que corresponde a classe C25. Dessa forma, mantenha a definição default do
programa para este dado.

Caso os parâmetros dos materiais não estejam de acordo com a NBR


6118:2014, será emitida uma mensagem indicando que existem problemas na
definição destes dados. Com isso, o programa irá informar ao usuário quais elementos
estão com problemas, qual é o problema e qual a indicação da norma para que este
seja corrigido. Com isso, temos a opção de corrigir os problemas automaticamente
pelo programa ou manter os dados informados originalmente. No caso dos problemas
não serem corrigidos a mensagem continuará a ser emitida, porém o programa não
impossibilitará o cálculo dos elementos estruturais.

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2. ANÁLISE DA ESTRUTURA

O processamento da estrutura é feito pressionando-se o botão na barra


de ferramentas principal ou acessando o menu Estrutura-Processar estrutura.

ANÁLISE ESTÁTICA LINEAR: A “Análise estática linear” visa obter os esforços


para dimensionamento das peças no Estado Limite Último. A rigidez das peças é
definida unicamente pela seção bruta de concreto dos elementos estruturais,
desprezando-se a presença da armadura e o efeito da fissuração. Como resultado
obtém também deslocamentos elásticos que, se corretamente interpretados,
fornecem um parâmetro para a avaliação dos deslocamentos reais.

A “Análise estática linear” realiza:

 Construção do modelo estrutural: montagem dos elementos estruturais. Caso


ocorra algum erro, este é listado (um pilar sem continuidade, por exemplo);
 Cálculo do painel das lajes: calcula os pavimentos de lajes conforme o método
de cálculo adotado na configuração Análise-Painel de lajes.
 Cálculo do pórtico: calcula o pórtico conforme o modelo de cálculo adotado
no menu Configurações-Análise.

DETERMINAÇÃO DAS FLECHAS NAS LAJES: A flecha a ser determinada nos


elementos depende do valor do momento fletor na seção considerada. Uma vez
comparado ao momento de fissuração, define a rigidez da peça no Estádio I, no Estádio
II ou em um valor intermediário. Esta caracterização da peça define o valor da inércia a
ser considerada na determinação da rigidez. Em vista disso, existem três tipos de
flechas:

- Flechas elásticas: A avaliação aproximada da flecha é feita considerando a


seção bruta do concreto (inércia não-fissurada) em que os elementos possam ter as
deformações específicas determinadas no estádio I.

- Flechas imediatas: As flechas imediatas são aquelas que surgem em


decorrência da ação de cargas de curta duração ou, no caso das ações de longa
duração, logo após sua aplicação. É calculada uma rigidez equivalente (EIeq) em função
do momento de fissuração (Mr) e do momento de inércia da seção fissurada (III) de
concreto no estádio II. Portanto, é a flecha considerando o concreto fissurado.

- Flechas diferidas: As flechas diferidas são aquelas que surgem ao longo do


tempo, sob a ação de cargas de longa duração, decorrentes dos efeitos de retração e

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fluência, e somam-se às flechas imediatas. Estes são, teoricamente, os deslocamentos


finais a serem analisados pelo calculista.

A opção “Determinação das flechas nas lajes” calcula as flechas considerando


a inércia da seção fissurada das lajes e vigas, obtendo deslocamentos mais expressivos
que se aproximam do modelo real.

DETERMINAÇÃO DAS FLECHAS NO PÓRTICO: Calcula as flechas no pórtico


espacial considerando a inércia da seção fissurada das vigas, obtendo deslocamentos
mais expressivos que se aproximam do modelo real. A “Determinação das flechas no
pórtico” é análoga a “Determinação das flechas nas lajes”, ou seja, podem-se analisar
os deslocamentos em vigas e pilares no modelo elástico e no modelo fissurado.

DIMENSIONAMENTO DOS ELEMENTOS: O item “Dimensionamento dos


elementos” não está diretamente ligado à análise da estrutura, sendo colocado apenas
por conveniência para o usuário. Uma vez que foi efetuada a análise estática linear, o
primeiro procedimento no projeto é o dimensionamento de todas as peças para
verificação de suas seções transversais. Assim, este item pode ser ativado para evitar
que o dimensionamento tenha que ser feito acessando-se cada uma das janelas de
dimensionamento. Ao optar por esta opção, pode-se definir se deverão ser calculados
todos os elementos estruturais ou somente os que forem selecionados.

2.1. CÁLCULO DA ESTRUTURA

Para iniciar o cálculo d estrutura, proceda conforme segue:

 Pressione o botão ;
 A opção “Análise estática linear” já estará habilitada. Por enquanto, deixe
ativada somente esta opção.
 Pressione o botão OK.

Veja que a estrutura foi processada com avisos. Para verificá-los, basta clicar
no botão "Resultados" do diálogo de processamento.

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Nesta janela é possível verificar uma série de informações referentes à


estrutura, citando-se os deslocamentos horizontais, o parâmetro Gama-Z e a análise
de 2ª ordem da estrutura.

O parâmetro Gama-Z verifica se a estrutura será considerada de nós fixos ou


de nós deslocáveis. Os esforços solicitantes (forças normais e cortantes, e momentos
fletores) são calculados com a estrutura indeformada e produzem esforços de 1ª
ordem. Quando na análise de 1ª ordem são somados os efeitos de 2ª ordem, a análise
do equilíbrio passa a ser efetuada considerando a configuração deformada.

As estruturas de nós fixos são aquelas cujos efeitos globais de 2ª ordem são
desprezíveis e podem ser desconsiderados (inferiores a 10% dos respectivos esforços
de 1ª ordem). As estruturas de nós móveis são aquelas cujos efeitos globais de 2ª
ordem são importantes (superiores a 10% dos respectivos esforços de 1ª ordem).

Neste Tutorial exemplo, note que o parâmetro Gama-Z ultrapassou o limite de


10% na direção X e Y. Para este caso, ou seja, estruturas de nós móveis, o cálculo do P-
Delta torna-se indispensável, uma vez que os esforços de 2ª ordem passam a ser
significativos na análise global da estrutura e na obtenção dos esforços finais nos
elementos. Acessando o menu Configurações-Análise, note que ele está habilitado.

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Observa-se logo abaixo do parâmetro Gama-Z, a análise de 2ª ordem através


do processo P-Delta. Maiores informações podem ser obtidas no relatório da análise P-
Delta, que será explicado a seguir.

Segundo os resultados apresentados no diálogo, a estrutura apresentou


deslocamentos horizontais excessivos, uma vez que ultrapassou o limite imposto pela
Tabela 13.3 da NBR 6118:2014. Apesar do aviso e também devido ao fato dos
deslocamentos não estarem tão acima do limite, por enquanto a concepção estrutural
adotada originalmente ainda não será alterada. A estrutura será analisada novamente
após o dimensionamento dos elementos estruturais, sendo que possíveis alterações
necessárias em decorrência deste dimensionamento já poderão resolver o problema
dos deslocamentos horizontais excessivos.

Para verificar os demais resultados do processamento pode-se acessar a aba


"Mensagens" do diálogo da figura acima, ou caso já o tenha fechado, pode-se
pressionar o botão "Mensagens" ( ) na barra de ferramentas.

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2.2. ANÁLISE DE RESULTADOS

Entre os resultados apresentados pelo Eberick citam-se os relatórios dos itens


calculados durante o processamento da estrutura que podem ser analisados pelo
calculista.

Os relatórios podem ser gerados nos seguintes formatos: Interno (abre uma
janela dentro do programa e pode ser salvo em formato TXT), HTML (pode ser aberto
em qualquer navegador) e RTF (formato aberto por editores de texto). Nos formatos
HTML e RTF será incluído automaticamente um cabeçalho para cada relatório
contendo dados como nome do usuário, empresa, data de geração, além de um
logotipo que poderá ser personalizado pelo usuário. O nome do usuário e da empresa
serão obtidos através do registro do programa, que podem ser editados no menu
"Ajuda", item "Usuário".

Os relatórios gerados por esses dois últimos formatos serão salvos em uma
pasta chamada "Memória", criada automaticamente no diretório no qual estiver o
arquivo de projeto.

A configuração do tipo de formato para geração de relatórios, configurações


de página e das fontes utilizadas nos mesmos, podem ser definidas no menu
Configurações-Relatórios. Para este caso, utiliza-se o formato “Interno”.

O programa permite gerar uma série de relatórios com os resultados da


análise da estrutura, bem como do dimensionamento dos elementos estruturais e
carregamentos, entre outros. Os relatórios referentes à análise podem ser acessados
clicando-se no botão "Relatórios" na janela da análise estática linear ou ainda através
do menu "Estrutura", opção "Relatórios".

Neste projeto, os relatórios emitidos são:

DESLOCAMENTOS HORIZONTAIS: O Eberick realiza a verificação do


deslocamento horizontal da estrutura recomendada pelo item 13.3 da NBR 6118:2014.
É comparado o deslocamento horizontal causado pela força do vento para a
combinação frequente (multiplicado por 1) nas direções X e Y, com limites em função
da altura da edificação e dos desníveis entre dois pavimentos vizinhos.

São efetuadas duas verificações durante o processamento:

 O deslocamento frequente causado pelo vento no topo da estrutura não pode


ultrapassar 1/1700 da altura da edificação;

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 o deslocamento freqüente causado pelo vento entre um pavimento e outro


não pode ultrapassar 1/850 da altura do pavimento considerado.

ESTABILIDADE GLOBAL: O relatório apresenta os dados de referência para


cálculo do coeficiente Gama-Z, conforme item 15.5.3 da NBR 6118:2014, necessário
para verificar a possibilidade de dispensa da consideração dos esforços globais de 2ª
ordem na estrutura.

São apresentadas duas tabelas:

 Tabela 1 - Análise de 1ª ordem: Apresenta-se uma tabela contendo as


principais informações relevantes à análise de 1a ordem da estrutura.
 Tabela 2 - Coeficiente Gama-Z: Apresentam-se os principais valores utilizados
no cálculo do coeficiente Gama-Z, para cada uma das direções principais X e Y.

ANÁLISE P-DELTA: O relatório apresenta os deslocamentos médios e esforços


horizontais em cada pavimento, decorrentes tanto da análise de 1ª ordem como da
análise de 2ª ordem, permitindo ao usuário a visualização dos acréscimos de esforços
obtidos através do processo P-Delta.

Este relatório contém 10 tabelas semelhantes, uma para cada caso de


carregamento (acidental, vento nas quatro direções, desaprumo nas quatro direções e
a carga extra criada na configuração “Ações”). Em cada tabela, são informados os
seguintes dados:

Deslocamentos horizontais médios:

 1ª ordem: deslocamentos iniciais em cada pavimento, obtidos da análise de


1ª ordem;
 1ª + 2ª ordem: deslocamentos finais em cada pavimento, obtidos após todas
as iterações da análise de 2ª ordem.

Esforço aplicado:

 1ª ordem: esforços horizontais aplicados em cada pavimento, obtidos da


análise de 1ª ordem;
 1ª + 2ª ordem: esforços horizontais finais aplicados em cada pavimento,
obtidos após todas as iterações da análise de 2ª ordem.

O relatório mostra a variação no deslocamento do topo da edificação para


cada caso de carregamento. No caso de variações superiores a 30%, mesmo utilizando
o processo P-Delta, como recomendação prática, aconselha-se o enrijecimento da

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estrutura através do aumento da seção dos pilares, criação de um núcleo central


rígido, giro de alguns pilares que possua sua maior seção na direção de menor inércia
do edifício, uso de contraventamentos ou qualquer outra medida que minimize os
deslocamentos da estrutura.

IMPERFEIÇÕES GLOBAIS: O relatório apresenta os dados de referência para


cálculo dos carregamentos horizontais provenientes do desaprumo da estrutura,
conforme item 11.3.3.4.1 da NBR 6118:2014. Neste relatório são apresentadas
também a carga vertical total do pavimento e a carga horizontal total aplicada neste
pavimento. Os carregamentos horizontais obtidos desta análise das imperfeições
geométricas globais serão aplicados na análise de pórtico espacial da estrutura, como
casos de carregamentos (Desaprumo X+, X-, Y+ e Y-) inseridos nas combinações a
serem geradas.

CARGAS NAS FUNDAÇÕES: O relatório apresenta as cargas verticais atuantes


em cada fundação da estrutura, separadas em cada caso de carregamento existente na
configuração de ações. Estas cargas são calculadas com base nas combinações de
utilização. Os itens apresentados para cada fundação são:

Fundação

 Nome: indicação do pilar;


 Seção: seção transversal do pilar.

Carga: apresenta as cargas verticais referentes a cada caso de carregamento.

Carga máxima

 Positiva: carga vertical máxima ocorrida;


 Negativa: tração máxima ocorrida (se houver).

Possíveis erros de lançamento da estrutura podem ocasionar erros na análise


em qualquer uma das etapas de processamento. A solução destes erros requer a
verificação do lançamento ou do modelo estrutural adotado, sendo que existem
comandos e procedimentos a serem realizados com a função de auxiliar o usuário a
corrigir tais situações.

Alguns comandos de auxílio na busca de erros de lançamento são:

 Elementos-Detectar proximidades.
 Elementos-Verificar Lançamento.
 Elementos-Alinhamento-Verificar alinhamento.

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 Elementos-Pilares-Verificar todas as prumadas.

2.3. PÓRTICO UNIFILAR

Uma vez que a estrutura já esteja calculada, é possível visualizar o pórtico


unifilar da mesma, que consiste em um modelo espacial (3D) de barras que
representam as vigas e pilares da estrutura. A sua principal finalidade é a de conferir
visualmente o comportamento da estrutura.

Para acessar a visualização do pórtico unifilar, basta pressionar o botão ou


acessar o menu Estrutura-Pórtico a partir da Janela de Projeto.

Para visualizar os esforços nas barras do pórtico de uma forma mais clara
pode-se alterar a escala de visualização. Neste caso, adotaremos uma escala de 20% e
um fator de 150 cm, visualizam-se os seguintes diagramas de momentos fletores:

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2.4. PÓRTICO 3D

Podemos visualizar a representação da estrutura em 3D, com seu correto


posicionamento e volume. O comando é acessado pelo botão na barra de
ferramentas.

Não é necessário processar a estrutura para acessar a visualização 3D. Isto


pode ser feito a qualquer instante durante o lançamento da estrutura. Apenas as
fundações serão visíveis no pórtico só quando a estrutura for processada, pois estes
elementos são os únicos que o usuário não define uma dimensão inicial, sendo esta
definida no dimensionamento do elemento.

Com um duplo click sobre algum elemento, é possível alterar suas


propriedades. Com um duplo click sobre a tela de fundo, é possível alterar as
configurações do desenho 3D.

Acessando a opção "Exportar" no menu "Visualizar", pode-se exportar o


Pórtico 3D para:

 Bitmap: gera um arquivo nos formatos BMP, JPG ou PNG, não sendo possível
editar o pórtico como um desenho em 3D. Os arquivos são gerados com a
mesma resolução da tela. São adequados para exibição no vídeo, mas não
permitem uma impressão com qualidade.
 DXF 3D: gera um arquivo em formato DXF 3D, com as características de um
desenho em 3D. O arquivo DXF gerado contém o modelo 3D em si. No
programa utilizado como destino, será necessário definir as opções de
visualização, cores, texturas, etc, antes de proceder a impressão
propriamente dita. Dependendo do programa escolhido, pode-se obter
impressões de qualidade mesmo em formatos maiores.

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PARTE 03 – DIMENSIONAMENTO E DETALHAMENTO DA ESTRUTURA

1. DIMENSIONAMENTO DAS LAJES

Vamos iniciar o dimensionamento das lajes pelo pavimento Térreo. A janela


de dimensionamento de lajes tem a seguinte apresentação:

Observe que foram lançados carregamento de peso próprio, carga acidental,


revestimento e cargas localizadas (paredes).

Altere para a aba seção, e verifique se todas as lajes são do tipo maciça e com
12cm de espessura.

Na parte inferior da tabela, à esquerda das guias de seleção da tabela


corrente, estão os botões de dimensionamento e de função:

Botão Nome Tecla Função


Calcular <Alt>+Q Recalcula o elemento corrente, retornando as bitolas
das armaduras à escolha inicial feita pelo programa.
Detalhar <Alt>+W Apresenta o detalhamento gráfico do painel de lajes do
pavimento, agrupando todos os seus elementos.
Gravar <Alt>+A Grava a bitola atual em todas as armaduras do
bitola elemento corrente. O nome do elemento passa ser
colocado em negrito.
Resultados <Alt>+Z Abre uma janela contendo o resultado calculado para
da cada bitola configurada, para a armadura selecionada.
armadura Indica os erros de dimensionamento ocorridos nas

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bitolas que não estão disponíveis para seleção.


Calcular <Alt>+T Recalcula todas as lajes do pavimento, retornando as
todos bitolas das armaduras à escolha inicial feita pelo
programa.
Pranchas <Alt>+H Gera as pranchas das lajes.
Reações <Alt>+O Gera um diagrama contendo graficamente as
informações de reações de apoio para cada barra do
pavimento (reações das lajes).
Flechas <Alt>+X Gera um diagrama contendo as flechas (deslocamentos
verticais) nas lajes.
Grelha 3D <Alt>+G Abre a janela de grelha 3D contendo informações de
esforços e deslocamentos para as barras do modelo
que discretizam as lajes.
Relatórios - Abre o menu Relatórios, onde é possível selecionar um
dos relatórios a serem exibidos: Dados, Cálculos,
Resultados, Vigotas pré-moldadas, Vigotas
protendidas, Lajes alveolares ou Resumo do aço.

1.1. DIMENSIONANDO:

Para calcular as lajes, deve-se verificar seus resultados de cálculo na planilha


de dimensionamento das lajes. Estes resultados estão divididos pelas guias "Positivo",
"Continuidade" e "Regiões".

Você pode analisar os dados e resultados do cálculo das lajes acessando as


guias "Positivo" e "Continuidade". Depois de calculadas as armaduras positivas e de
continuidade, acessa-se a guia "Regiões" para o cálculo das armaduras por regiões.

Ao verificar as armaduras na aba “Positivo”, nota-se que as lajes L2 e L8


apresentam o erro de dimensionamento D32 (erro no cálculo da armadura secundária
- direção Y), que ocorre devido a todas as bitolas configuradas para as lajes
apresentarem algum erro de dimensionamento nesta direção. Pressionando o botão
"Resultados da armadura" ( ), pode-se verificar exatamente qual o problema
ocorrido. Neste caso, todas as bitolas apresentam o erro A11 (largura do apoio
insuficiente).

Neste caso, a solução adotada será a de alterar um dos critérios do projeto.


Para isso:

 Acesse o menu Configurações-Dimensionamento;


 Selecione a aba “Lajes”;

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 No grupo “Ancoragem”, ative a opção “Permitir ancoragem na laje


adjacente”.

Após pressionar "OK" e voltar à janela de lajes, pode-se recalcular a estrutura


e verificar os resultados desta modificação no dimensionamento.

Verificando as armaduras positivas, de continuidade e de regiões calculadas


para cada laje, através do acesso às tabelas "Positivo", "Continuidade” e "Regiões",
nota-se que agora não ocorre erro em nenhuma delas, ou seja, a espessura de 12 cm
adotada para todas as lajes foi suficiente.

1.2. REDIMENSIONANDO:

Conforme mencionado anteriormente, após verificar todas as armaduras


positivas e de continuidade calculadas para cada laje pode-se observar que não houve
erro em nenhuma delas, ou seja, a espessura adotada foi suficiente.

O que se pode alterar, neste caso, é a escolha de bitolas efetuadas pelo


programa. A forma mais fácil de fazer isto é configurar apenas as bitolas que se deseja
que sejam consideradas no dimensionamento. Para isto:

 Acesse o menuConfigurações-Materiais e durabilidade;


 Mantenha o item "Aplicação" (das configurações) definida para o projeto
inteiro;
 Clique no botão "Bitolas" ao lado do elemento "Lajes";
 Mantenha selecionadas como demonstrado na figura a seguir:

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Após esta alteração será necessário calcular todas as lajes, podendo-se

pressionar o botão na janela de lajes.

Com base nas bitolas configuradas para o pavimento, o programa irá escolher
uma bitola final levando em conta fatores como economia, mão-de-obra, etc. Esta
escolha é baseada em coeficientes determinados pelo usuário (Configurações-
Dimensionamento-Lajes-Coeficientes). Ainda assim, é possível escolher uma
configuração de bitolas diferente da gerada pelo programa, alterando-se
manualmente.

Após esta modificações manuais nas armaduras, note que o status da


armadura passa para "bit grav", significa que a bitola está gravada, ou seja, mesmo que
se altere um dado da laje (como sua espessura) o programa irá refazer o cálculo
adotando a mesma bitola previamente escolhida pelo usuário, mesmo que em outra
quantidade. O programa irá tentar adotar outra bitola apenas no caso desta resultar
em erro, retornando o status para "calculado".

Esta condição de bitola gravada é bastante útil e, na maioria dos casos, é


interessante gravar a própria bitola escolhida pelo programa, para evitar qualquer
novo cálculo. Para isto, basta selecionar o item desejado na tabela e pressionar o
botão . Com isso, o status será também alterado para "bit grav". Quando a laje for
calculada isoladamente através do botão , o status retornará para "calculado". Se

for solicitado calcular todas as lajes através do botão , o programa emitirá uma
mensagem de aviso, alertando que existem elementos com o status "bit grav" que
serão alterados para "calculado".

É possível verificar o detalhamento gráfico pressionando o botão . Com


isto, será aberta uma janela de CAD, contendo o detalhamento do painel das lajes.

1.3. SAÍDA DE RESULTADOS

O Eberick possui uma série de resultados que podem ser apresentados além
do detalhamento gráfico. Em todo o sistema, existem tanto relatórios alfanuméricos
(onde aplicável) como diagramas CAD.

A configuração do formato em que serão gerados os relatórios (configurações


de página e das fontes utilizadas nos mesmos) pode ser definida em
menuConfigurações-Relatórios. Para este caso, utiliza-se o formato RTF.

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Abaixo estão listados os resultados que podem ser exibidos a partir deste
painel de lajes:

RELATÓRIO DE DADOS

Acessado nomenuRelatórios-Dados, um relatório alfanumérico contendo os


dados informados para cada laje do painel. Este relatório abrange:

 Os tipos das lajes;


 As seções transversais utilizadas;
 Os carregamentos distribuídos por metro quadrado sobre as lajes.

RELATÓRIO DE CÁLCULO

Acessado nomenuRelatórios-Cálculo, um relatório alfanumérico apresentando


os dados utilizados nos procedimentos de cálculo do elemento, bem como os
resultados de armadura. O relatório de cálculo é gerado para todos os elementos
relacionados no pavimento.

As armaduras longitudinais são divididas em armaduras positivas, obtidas


através dos momentos máximos positivos no vão e negativo no interior das lajes (que
podem resultar em armadura superior), e armaduras negativas, obtidas através dos
momentos negativos nas ligações entre elementos de placa. O relatório apresenta as
seguintes verificações:

 Cálculo à flexão e armadura obtida;


 Verificação à flexo-compressão reta, existente quando o elemento está
submetido à força axial de compressão (rampa);
 Verificação à flexo-tração reta, existente quando o elemento está submetido à
força axial de tração (rampa);
 Armaduras finais obtidas.

RELATÓRIO DE RESULTADOS

Acessado nomenuRelatórios-Resultados, um relatório alfanumérico contendo


os esforços e os resultados finais obtidos no dimensionamento do elemento. O

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relatório de resultados é gerado para todas as lajes do pavimento corrente, sendo


apresentados:

 Espessura da laje;
 Carregamento total atuante;
 Esforços atuantes utilizados para dimensionamento;
 Armaduras longitudinais positivas e negativas obtidas do cálculo e armaduras
efetivas;
 Flecha máxima da laje.

RESUMO DO AÇO

Acessado nomenuRelatórios-Resumo do aço, um relatório alfanumérico


quantificando as armaduras do painel. No processo de montagem do relatório, cada
laje é calculada e detalhada. No caso de alguma delas resultar em condição de erro,
será aberta uma janela de mensagens e esta laje não será incluída no resumo.Este
relatório abrange:

 Comprimentos e pesos especificados para cada bitola;


 Peso total de aço, volume de concreto total e área de forma total.

REAÇÕES DE APOIO

Para visualizar as reações de apoio calculadas para cada laje, basta pressionar
o botão . Assim, será possível visualizar ao mesmo tempo todas as reações do
painel, em um diagrama em planta.

Neste diagrama, são apresentadas as reações linearmente distribuídas sobre


as vigas, considerando-se a carga total de cada laje. Além disto, é exibida, em cada
trecho, a carga distribuída na viga.

MOMENTOS FLETORES

Para visualização dos diagramas de momentos fletores finais de


dimensionamento, acesse o menuLajes-Momentos.Neste diagrama, são apresentados
os momentos fletores positivos máximos ocorridos em cada laje e os momentos
fletores negativos ocorridos em cada barra engastada.

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FLECHAS

Existe a possibilidade de visualizar um diagrama, em planta, indicando as


flechas máximas ocorridas em cada painel de laje. A determinação das flechas das lajes
é feita de acordo com as combinações de utilização recomendadas pela NBR
6118:2014, item 11.8.3.1, acessadas no menuConfigurações-Ações. Pode-se optar
pelas combinações:

 Combinações quase permanentes (CQP);


 Combinações freqüentes (CF);
 Combinações raras (CR).

Neste exemplo, foi adotado o tipo de combinação freqüente (CF). Na


determinação da flecha em cada laje, serão verificados os valores obtidos em cada
uma das combinações de carregamento e adotado o valor mais crítico.

A Tabela 13.3 da NBR 6118:2014 informa os deslocamentos limites permitidos


para os tipos de efeitos ocorridos nos projetos. Para este Tutorial será adotado o limite
de l/250, conforme recomendado na tabela da norma referente aos deslocamentos
visíveis em elementos estruturais.

 Acesse o menuConfigurações-Dimensionamento-Lajes-Limites;
 Altere o item “Avisar para flecha >L/” para "250";
 Pressione o botão OK nos diálogos para fechá-los.

As flechas diferidas somente serão calculadas se a opção “Determinação das


flechas nas lajes” estiver habilitada no processamento da estrutura. Caso contrário,
serão calculados e apresentados no diagrama somente os deslocamentos elásticos.

Na determinação das flechas diferidas nas lajes só é possível determinar a


rigidez considerando a fissuração nos elementos cujas armaduras estiverem
calculadas. Os elementos que apresentarem erro de dimensionamento serão incluídos
no modelo com a sua rigidez elástica.

Para calcular as flechas diferidas, realize os seguintes procedimentos:

 Pressione o botão ;
 Habilite as opções “Análise estática linear” e a “Determinação das flechas nas
lajes”;
 Pressione o botão OK;

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 Clique no ícone que está na janela de dimensionamento de lajes, para


abrir o diagrama de flechas.

É apresentado um diagrama com os deslocamentos das lajes do pavimento


corrente. O programa irá calcular as flechas elásticas, imediatas e diferidas e
apresentará no diagrama somente as flechas diferidas. É apresentada também, ao lado
do diagrama, uma tabela com os valores dos deslocamentos elásticos, imediatos e
diferidos.

Deve-se notar que existe um valor de "Erro estimado". Isto acontece porque a
rigidez de cada barra é função de sua armadura e também do nível de momento fletor
(que determina o grau de fissuração) ao qual está submetida. Ao final da análise, como
a rigidez adotada para as barras é diferente da rigidez elástica inicial, tem-se
momentos fletores diferentes. Com isso, obtém-se novos valores de rigidez
equivalente. A coluna "Erro estimado" apresenta a maior diferença percentual entre a
rigidez utilizada na análise do modelo e aquela que seria calculada com os momentos
resultantes desse próprio modelo, verificando a necessidade ou não de um novo
processamento.

Os valores do erro estimado acima de 10% serão exibidos em amarelo na


tabela de deslocamentos do pavimento corrente. Deve-se lembrar que uma diferença
estimada na rigidez não significa necessariamente uma diferença nos deslocamentos,
uma vez que os mesmos são resultado da análise do modelo completo, em que apenas
algumas barras estão apresentando essa diferença na rigidez e as demais usualmente
não.

Antes de analisar os deslocamentos das lajes, será processada a estrutura


somente com a opção “Determinação das flechas nas lajes” habilitada, com o intuito
de diminuir o erro estimado das mesmas. Para tanto:

 Feche o diálogo de mensagens de flechas excessivas e o diagrama de flechas


do pavimento corrente;
 Pressione o botão ;
 Habilite somente a opção “Determinação das flechas nas lajes”;
 Pressione o botão OK;
 Repita o passo acima mais uma vez;
 Clique no ícone na janela de dimensionamento de lajes.

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Verifique que os valores


apresentados para o erro estimado na tabela
de deslocamentos serão inferiores ao limite
de 10%, evidenciando um refinamento da
iteração anterior. É emitido junto com o
diagrama de flechas do pavimento, um
diálogo com os deslocamentos excessivos,
conforme a figura:

Para as lajes que apresentarem


deformação superior ao limite estabelecido
na configuração de dimensionamento das
lajes (menu Configurações –
Dimensionamento – Lajes – Limites) item
“Avisar para flecha > L/”, o programa emitirá
o aviso de flechas excessivas.

O objetivo do cálculo de uma estrutura em concreto armado é garantir a


segurança contra a ruptura provocada pelas solicitações, a limitação das deformações
oriundas das solicitações atuantes e a adoção de providências que evitem a corrosão e
garantam sua durabilidade. Em um projeto real, estas situações devem ser verificadas
pelo engenheiro responsável, utilizando artifícios que minimizem seu efeito
(aumentando a inércia da laje, o valor do fck, etc), de modo que o estado limite de
utilização da edificação seja atendido.

GRELHA 3D

A partir da “Janela de dimensionamento de lajes” existe uma opção de

visualização do modelo de grelha 3D, que é acessado através do botão . É


apresentada uma representação da grelha que utiliza características semelhantes à
visualização tridimensional utilizada pelo pórtico 3D. Esta representação procura
apresentar os esforços ocorridos nas barras da grelha.

Quando a estrutura é processada com a opção "Determinação das flechas nas


lajes" ativa é permitido verificar, além da análise elástica, os painéis de lajes no modelo
fissurado. Este possibilita analisar os diagramas a seguir:

 Fletores: momentos fletores utilizados para a determinação da rigidez;


 Deslocamentos: flecha imediata;

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 Redução rigidez: diferença entre a rigidez fissurada e a rigidez elástica.

Vale frisar que os esforços calculados no modelo fissurado não são


considerados para efeitos de dimensionamento dos elementos estruturais, que adota
os valores obtidos no modelo elástico (Estado limite último).

Neste ponto, o conteúdo do arquivo sendo elaborado deve coincidir


exatamente com aquele do arquivo "Tutorial_passo_8.prj".

2. DIMENSIONAMENTO DAS VIGAS

Vamos iniciar o dimensionamento das vigas pelo pavimento baldrame. A


janela de dimensionamento de vigas tem a seguinte apresentação:

DIAGRAMAS:

Os diagramas de esforços internos das vigas são apresentados na área de


CAD. A cada vez que a viga corrente for alterada, o gráfico é automaticamente
atualizado.

Acessando o ícone é exibido na área de CAD o diagrama de esforços


cortantes para a envoltória de esforços, calculado para todos os casos de

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carregamentos que solicitam o elemento, sendo exibidos em cada ponto os valores


máximo e mínimo encontrados. O mesmo ocorre para os demais diagramas.

É possível configurar os casos de carregamentos que serão exibidos no


diagrama, retirando ou não a envoltória. Para tanto:

 Acesse o menu Vigas-


Diagramas-Configurar para
exibir o diálogo a seguir:
 Selecione as combinações
última e de utilização
selecionadas na figura;
 Desabilite a opção “Incluir
envoltória”;
 Pressione o botão OK;
 Acesse o menu Vigas-
Diagramas-Abrir.

Verifique que os diagramas


apresentam somente um valor para
cada ponto, calculado a partir da
combinação adotada acima.

Para efeitos de dimensionamento, o Eberick adotará a envoltória de esforços


das combinações últimas, independente da combinação adotada na visualização dos
diagramas.

Para visualizar a envoltória dos esforços novamente, execute os


procedimentos abaixo:

 Feche o diagrama de vigas, caso esteja aberto;


 Na janela de dimensionamento de vigas, acesse o menuVigas-Diagramas-
Configurar;
 Pressione a tecla <Ctrl>, e clique sobre as combinações selecionadas, para
desmarcar a seleção;
 Habilite novamente a opção “Incluir envoltória”;
 Pressione o botão OK.

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2.1. DIMENSIONANDO

Antes de iniciar o dimensionamento das vigas do projeto, configura-se as


bitolas que serão consideradas no dimensionamento. Para tanto:

 Acesse o menuConfigurações-Materiais e durabilidade;


 Mantenha habilitada a opção "Projeto inteiro" para a configuração
"Aplicação";
 Clique no botão "Bitolas" ao lado do elemento "Vigas";
 Desabilite as bitolas longitudinais de 16,0 mm e 20,0 mm e as transversais de
10,0mm;
 Pressione o botão OK duas vezes para fechar os diálogos.

VERIFICANDO ERROS

Constata-se que ao clicar no botão para qualquer viga do pavimento


Baldrame que foi calculada aparecerá o aviso 26 - Possibilidade de instabilidade lateral.
De acordo com a NBR6118:2014, a segurança à instabilidade lateral de vigas deve ser
garantida.

O Eberick verifica como condição de flambagem lateral as seguintes


condições:

 b maior ou igual lo/50 e b maior ou igual a 0,40 x h.

Com isso, o ideal seria utilizar métodos mais precisos de verificação à


estabilidade lateral da viga, e caso a seção fosse adequada para os vãos e esforços
atuantes, podemos ignorar o aviso e continuar o detalhamento.

Neste exemplo utilizaremos as recomendações da norma. Para as vigas de


baldrame, cujo pavimento não possui lajes, é apropriado ter vigas com uma largura
mínima b > que 0,40 x 35 = 14 cm, para garantir a estabilidade lateral.

Assim, para garantir esta condição altere todas as vigas do Baldrame para
15x35 cm. Para isso:

 Selecione o ícone na janela de dimensionamento de vigas;


 Altere o valor de bw da V1 para 15;
 Utilize a tecla <F5> e copie esse mesmo dado para os outros elementos;
 Clique no ícone e novamente no ícone para atualizar o cálculo.

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Constata-se que com a alteração acima o aviso foi eliminado para as vigas,
bem como os erros de dimensionamento.

Apesar dos erros terem sido eliminados, será adotada uma recomendação
bastante usual em projetos estruturais, que é a utilização de rótulas na ligação de viga
com viga. Com isso tais ligações são flexibilizadas, sendo eliminadas as torções de
compatibilidade que ocorrem devido às ligações rígidas adotadas originalmente. Para
isso:

 Acesse o croqui do pavimento;


 Acesse o comando para esconder as arquiteturas;
 Acesse o comando Elementos-Vigas-Rotular;
 Selecione a viga V5;
 Selecione a extremidade esquerda, junto à V8;
 Repita o mesmo procedimento para a viga V4, que também se apóia na V8;
 Pressione <Enter> para encerrar o comando.

Finalizadas as alterações acima, processe novamente a estrutura


pressionando o botão . Habilite somente a "Análise estática linear".

Acesse novamente a janela de dimensionamento de vigas e observe que todas


as vigas foram dimensionadas para este pavimento.

VERIFICANDO FLECHAS

Além de garantir que todas as vigas sejam dimensionadas sem erro, deve-se
verificar se estas não apresentam flechas excessivas, pressionando o botão .

Podemos ver a flecha de todas as vigas de uma só vez, através do menuVigas-


Flechas ou diretamente o ícone .

Da mesma forma como nas lajes, as flechas imediatas e diferidas das vigas
somente serão calculadas se a opção “Determinação das flechas no pórtico” estiver
habilitada.

Na determinação das flechas diferidas no pórtico, só é possível determinar a


rigidez considerando a fissuração nos elementos cujas armaduras estejam calculadas.
Os elementos que apresentarem erro de dimensionamento serão incluídos no modelo
com a sua rigidez elástica.

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Para calcular as flechas nas vigas, execute os passos abaixo:

 Pressione o botão ;
 Ative somente a “Análise estática linear” e a “Determinação das flechas no
pórtico”;
 Pressione o botão OK.

Nenhuma mensagem com relação às flechas das vigas será exibida, o que
significa que o programa apenas refinou a iteração anterior, convergindo a variação
entre a rigidez imediata e a rigidez imediata recalculada.

O mais interessante é verificar as flechas após a definição de todas as seções e


armaduras das vigas do projeto, pois os valores do momento de fissuração e de inércia
equivalente vão depender destas duas variáveis.

2.2. ANÁLISE DE RESULTADOS

DIAGRAMAS DE DESLOCAMENTO

NoEberickpodemos gerar um diagrama com os deslocamentos das flechas


elásticas, imediatas e diferidas. Tal recurso pode ser acessado através do menuVigas-
Diagrama de deslocamentos. Como exemplo abaixo o diagrama da viga V1:

Além dos gráficos apresentados para cada tipo de flecha, o diagrama de


deslocamentos apresenta uma tabela com os valores máximos encontrados para cada
tramo da viga, bem como a posição, tomando como referência o apoio da esquerda do
vão.

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Em outra tabela são apresentados também os valores da inércia da seção


bruta, inércia fissurada, momento de fissuração, momento em serviço e comprimento
do sub-trecho, para cada tramo da viga no nó inicial, no meio do vão e no nó final. Para
cada vão é apresentado ainda o valor da inércia equivalente e o multiplicador da flecha
diferida no tempo.

A diferença entre a flecha imediata e a flecha imediata recalculada será maior


na medida em que a variação entre a rigidez imediata e a rigidez imediata recalculada
também será.

Para as vigas que não apresentarem variação excessiva entre a rigidez


imediata e a rigidez imediata recalculada, o diagrama da flecha imediata ficará
sobreposto ao diagrama da flecha imediata recalculada.

O Eberick apresenta os valores para os deslocamentos considerando a


envoltória de esforços. Na barra de ferramentas “Carregamentos” é possível verificar a
linha elástica para as demais combinações de serviço.

REAÇÕES

A partir do menuVigas-Reações(botão ), tem-se acesso a um diagrama


indicando as reações de apoio das viga. Com isso pode-se obter um entendimento
mais completo do comportamento do pavimento lançado dentro do modelo de pórtico
espacial, verificando qual é a reação efetivamente transmitida de uma viga para outra,
além de compor mais um elemento para a memória de cálculo do projeto.

RELATÓRIO DE ESFORÇOS

A partir do menuRelatórios-Esforços, pode ser acessado um relatório


alfanumérico gerado para a viga corrente da janela de dimensionamento, sendo
apresentados:

 Indicação dos apoios e trechos existentes na viga;


 Comprimento dos apoios e vãos;
 Cargas distribuídas;
 Esforços axiais, cortantes e momentos fletores;
 Reações máximas sobre os apoios;
 Flechas dos vãos.

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RELATÓRIO DE CÁLCULO

A partir do menuRelatórios-Cálculo pode ser acessado um relatório


apresentando os dados utilizados nos procedimentos de cálculo, tanto para armaduras
longitudinais quanto para transversais, e seus respectivos resultados finais.

O relatório de cálculo é gerado para a viga corrente da janela de


dimensionamento. As armaduras longitudinais nas vigas são divididas em positivas e
negativas. As armaduras transversais são constituídas de estribos.

RELATÓRIO DE RESULTADOS

NomenuRelatórios-Resultadosé acessado um relatório apresentando os


resultados finais obtidos no dimensionamento do elemento. O relatório de resultados
é gerado para a viga corrente da janela de dimensionamento, sendo apresentados:

 Indicação dos apoios e vãos existentes na viga;


 Comprimento dos apoios e vãos;
 Seção de cada vão;
 Armaduras longitudinais calculadas e efetivas;
 Armaduras transversais efetivas;
 Abertura das fissuras;
 Flechas máximas dos vãos.

RELATÓRIO DE SEÇÕES SUBARMADAS

NomenuRelatórios-Seções subarmadas, é acessado um relatório que


apresenta, a partir das dimensões bw e h, as seções mínimas das peças para poderem
ser dimensionadas como subarmadas. O relatório é gerado para todas as vigas do
pavimento corrente.

Estas seções subarmadas serão dimensionadas no Domínio 3, no qual a


deformação da armadura tracionada é igual ou maior à deformação de início de
escoamento (s≥yd). Com isto o processo de ruptura do concreto ocorre
simultaneamente com o escoamento da armadura, sendo a situação desejável, pois os
dois materiais são aproveitados inteiramente. Além disso, ocorrerá um aviso prévio da

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estrutura antes da ruína devido ao alongamento excessivo da armadura tracionada,


implicando grandes acréscimos de deformações e fissuras.

RESUMO DO AÇO

NomenuRelatórios-Resumo do açoé acessado um relatório apresentando um


resumo da quantidade dos materiais a serem utilizados no detalhamento de todas as
vigas do pavimento. Neste relatório são apresentados:

 Comprimentos e pesos especificados para cada bitola;


 Peso total de aço, volume de concreto total e área de forma total;
 Resistência característica do concreto definida para as vigas.

IMPRIMINDO TODOS

Com exceção do Resumo do


Aço e do diagrama de reações, todos
os relatórios e diagramas descritos
acima permitem obter resultados para
a viga corrente. Desta forma, se você
quiser verificar todas as vigas, deve
visualizá-las uma a uma. No caso da
necessidade de imprimir os relatórios
de todas as vigas, para fins de
memorial, por exemplo, pode-se
acessar o menu Relatórios-Imprimir
todos.

2.3. DETALHAMENTO

O cálculo feito até o momento para as vigas baseia-se simplesmente na


verificação de sua seção transversal com base nos esforços internos resultantes do
cálculo do pórtico. Para o detalhamento final da viga, deve-se atentar para outros
detalhes referentes à correta disposição das barras transversais e otimização dos
estribos.

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Uma informação a ser sempre verificada é a dimensão real da viga


considerando a largura de seus apoios, que é diferente dos eixos gerados no croqui.
Cada nó da viga, apesar de ser modelado como um ponto, possui uma dimensão real,
que pode ser tanto uma dimensão de pilar como uma largura de viga, que deve ser
informada ao programa no campo "Largura" da guia "Nó". A partir destes valores, cada
trecho da viga possui um comprimento livre, que é considerado entre as faces internas
dos nós que o delimitam. Estes são obtidos no campo "Compr. Livre" da guia "Barra".

Os valores de comprimento livre do trecho e largura dos apoios são


automaticamente calculados pelo programa. Mas, estes levam sempre em conta o
trecho apoiado em relação ao eixo da viga. Por esta simplificação, em alguns casos
você pode desejar editar estes valores. Lembre-se que qualquer alteração será
sobrescrita quando a estrutura for recalculada ou os elementos da janela forem
atualizados.

Outra questão importante para o detalhamento das vigas refere-se às


otimizações de barras feitas durante o detalhamento. A maioria destas otimizações é
configurável, podendo ser acessada através do menuConfigurações-Detalhamento-
Vigas.

Para detalhar a viga V2, por exemplo, deve-se selecionar a linha 2 e pressionar
o botão .

Neste ponto não interessa gerar detalhamentos finais, uma vez que estão
sendo ainda definidas as seções transversais de cada elemento estrutural e se está
sujeito a alterar o lançamento da estrutura.

2.4. VIGAS DO TÉRREO

É recomendado, antes de proceder com o detalhamento das vigas do Térreo,


rotular algumas ligações viga-viga, como demonstrado na figura a seguir:

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Processe novamente a estrutura e volte à janela de vigas para calculá-las.


Verifique novamente que algumas vigas apresentam erro Erro D16 - Erro na armadura
negativa (nó ***). Para tanto:

 Selecione a viga V1;


 Clique no botão e observe que o nó 3 está apresentando problemas;
 Clique no botão ;
 Clique no ícone , para as bitolas configuradas será apresentado Erro A04 -
CG da armadura muito alto.

Procedendo de forma análoga para as demais vigas com erro D16, verifica-se
que para algumas destas o erro nas bitolas também está relacionado ao CG da
armadura muito alto. A NBR 6118:2014, no item 17.2.4.1, permite utilizar o valor
máximo igual a 10% da altura da peça.

A configuração inicial do programa já considera o valor máximo de 10%


permitido por norma. No entanto, a primeira sugestão para resolver problemas de CG
elevado é verificar esta configuração no programa e alterá-la caso tenha sido adotado
um valor diferente de 10%. Para acessar esta configuração acesse o menu
Configurações-Dimensionamento-Vigas, item “Relação máxima entre altura e CG da
armadura”.

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Para corrigir este erro, a largura das vigas será alterada de 12 cm para 15 cm,
conforme já realizado para o pavimento Baldrame. Com isso, o erro foi eliminado para
algumas vigas, a seguir vamos verificar os demais erros.

 Selecione, por exemplo, a viga V12;


 Clique no botão e observe que será exibida a mensagem Erro D15 - Erro na
armadura positiva (vão 1);
 Clicando-se no botão pode-se verificar os erros que ocorreram para as
armaduras selecionadas;
 Verifique que um dos erros indicados é o Erro A11 - Largura de apoio
insuficiente.

A NBR 6118:2014 define no item 9.4.2.4 o comprimento mínimo de


ancoragem "lb" das barras positivas tracionadas dentro dos apoios extremos das vigas.
Caso a largura do apoio na tabela seja insuficiente, ocorrerá este erro. É possível
verificar a situação da viga analisando a largura dos apoios, acessando a tabela "Nó".
Para resolver o problema, há duas alternativas:

 aumentar a largura dos apoios correspondentes no croqui do pavimento. Ao


acessar o campo largura dos apoios, na tabela "Nó", percebe-se que os apoios
(pilares) não oferecem o comprimento de ancoragem mínimo suficiente para
a armadura longitudinal da viga;
 permitir ancoragem integral através de grampos.

Vamos utilizar a ancoragem através de grampos, executando os seguintes


procedimentos:

 Acesse o menuConfigurações-Dimensionamento-Vigas;
 Clique no botão "Ancoragem";
 Habilite a opção "Permitir ancoragem integral". Com esta opção habilitada, a
ancoragem da viga poderá ser realizada exclusivamente pelos grampos;
 Defina para o item "Número máximo de camadas" o valor 8, permitindo
adotar até 8 camadas de grampos;
 Clique no botão OK nos dois diálogos para fechar as janelas;
 Processe novamente a estrutura clicando no botão (ative somente a
"Análise estática linear");
 Clique no botão . O programa então recalcula todas as vigas, podendo-se
notar que a viga V17 passou no dimensionamento.

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Com isso, somente as vigas V8, V11 e V16 permanecem com erro.Repetindo
os procedimentos para verificação do erro de armadura para estas vigas nota-se que
todas continuam com o Erro A04 - CG da armadura muito alto. Por isso, para estas
vigas será adotada uma altura de 50 cm, ao invés dos 35 cm definidos inicialmente.

Neste ponto, já foram realizadas as alterações necessárias nas seções e


vinculações das vigas para que não apresentem mais erros, mas estas modificações
foram verificadas para os esforços encontrados no primeiro processamento. Ao alterar
a rigidez e a vinculação dos elementos, há uma redistribuição de esforços na estrutura
e possíveis novos erros.

VERIFICANDO FLECHAS

Além de garantir que todas as vigas podem ser dimensionadas sem erro
(verificação ao Estado Limite Último), deve-se verificar se estas não apresentam
flechas excessivas (verificação ao Estado Limite de Serviço).

A Tabela 13.3 da NBR 6118:2014 informa os deslocamentos limites permitidos


para os tipos de efeitos ocorridos nos projetos. Para este Tutorial será adotado o limite
de l/250, conforme recomendado na tabela da norma referente aos deslocamentos
visíveis em elementos estruturais.

Para definir este valor, realize os seguintes procedimentos:

 Acesse o menu Configurações-Dimensionamento-Vigas;


 Altere o item “Avisar para flecha >L/” para 250;
 Pressione o botão OK.

Antes de pressionar o botão deve-se processar a estrutura habilitando,


além da Análise estática linear, a Determinação das flechas no pórtico, para que sejam
calculadas as flechas diferidas no pavimento.

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Após o processamento da estrutura, pressione o botão para abrir o


diagrame de flechas nas vigas.

Neste diagrama, são apresentadas as flechas nodais e as flechas diferidas


ocorridas em cada trecho (quando aplicável) que são, teoricamente, os deslocamentos
máximos finais calculados para as vigas. Ao lado, o programa exibe uma tabela com as
flechas elásticas, imediatas, imediatas recalculadas, diferidas e a variação do EI
imediato para todos os vãos das vigas do pavimento.

Conforme ocorrido no pavimento Baldrame, será exibida uma janela de


mensagem (figura a seguir) mostrando quais vigas apresentam flechas excessivas:

Durante o dimensionamento ou mesmo no detalhamento da viga, não é


emitido qualquer aviso sobre esta verificação de flechas. Isto porque estes valores são
apenas comparativos, ficando a critério do usuário permitir a flecha ou não.

CORRIGINDO VIGAS COM FLECHAS EXCESSIVAS

Analisando a posição dos vãos das vigas que apresentaram flechas excessivas,
verifica-se que se tratam de trechos em balanço. Conforme definido na Tabela 13.3 da
NBR 6118:2014, no caso de balanços o vão equivalente a ser considerado deve ser
igual ao dobro do comprimento do balanço. Isto significa que o limite a considerar para
flechas excessivas é igual a metade do valor configurado no item “Avisar para flecha
>L/”. Neste caso, este valor seria igual a l/125.

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Em um projeto real cabe ao usuário analisar os valores apresentados de


flechas e se há necessidade de diminuí-los. Neste caso, desconsidere essa mensagem,
clicando em fechar. Caso se deseje diminuir ainda mais a flecha, poderíamos:

 aumentar a seção;
 aumentar o fck do pavimento;
 remodelar a estrutura diminuindo o vão da viga.

Com isso, consideramos as vigas deste pavimento dimensionadas.

CORRIGINDO VIGAS COM VARIAÇÃO EXCESSIVA DE EI IMEDIATO

A rigidez imediata recalculada é a multiplicação da flecha imediata pela razão


entre a rigidez do modelo processado e a nova rigidez calculada, conforme o item
17.3.2.1.1 da NBR 6118:2014.

Conforme explicado para as vigas do Baldrame, esta situação é solucionada


reprocessando a estrutura somente com a opção “Determinação das flechas no
pórtico” habilitada. Quando a “Análise estática linear” não for realizada, os parâmetros
necessários para o cálculo da nova flecha não serão atualizados. Dessa maneira, o
programa apenas refinará a iteração anterior.

Antes de reprocessar a estrutura, memorize na tabela de deslocamentos


alguns valores de flechas diferidas para as vigas com variação excessiva entre a rigidez
imediata e a rigidez imediata recalculada. Habilite somente a opção “Determinação
das flechas no pórtico”, reprocesse a estrutura e verifique novamente as flechas.

Note que o programa refinou a iteração anterior, sendo que todas as vigas do
pavimento Térreo apresentaram pequena variação entre a rigidez imediata e a rigidez
imediata recalculada, conforme pode ser visualizado na tabela de deslocamentos.

SAÍDA DE RESULTADOS

Da mesma forma como para o pavimento anterior, é possível ter acesso a


uma série de resultados para cada viga:

 Relatório de esforços;
 Relatório de combinações;
 Relatório de cálculo;

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 Relatório de resultados;
 Relatório de seções subarmadas;
 Resumo do aço;
 Imprimir todos.
 Reações das vigas;
 Diagrama de deslocamentos.

3. DIMENSIONAMENTO DOS PILARES

No dimensionamento de pilares, pode ser interessante, em certos casos,


utilizar seções diferentes para cada pavimento, o que não foi feito neste projeto.

É importante destacar que os pilares são dimensionados a esforços de flexo-


compressão reta ou oblíqua, portanto, não se consideram apenas os esforços axiais,
mas também os momentos gerados pela continuidade entre os elementos e pelos
esforços horizontais. Desta forma, não significa necessariamente que um pavimento
inferior, por ter maior carga normal, terá maior armadura, pois além da distribuição de
vigas variar nos pavimentos, a área de aço pode ser maior quando se tem momentos
fletores relativamente elevados e carregamentos axiais baixos.

A janela de pilares possui a seguinte aparência:

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3.1. DIMENSIONANDO OS PILARES EM PRUMADA

Inicialmente, abrimos a janela Pilares em prumada, a fim de se dimensionar


cada pilar, com todos os seus lances dos projeto.

Para calcular os pilares é suficiente selecionar a guia "Resultado" na janela de


pilares. Isto irá tornar corrente a tabela de resultados e, ao mesmo tempo, recalcular
os pilares quando for necessário.

Na parte inferior da janela de pilares existe uma área de CAD que exibe a
seção do pilar corrente. Se o pilar já tiver sido calculado sem erro, é exibida também a
disposição das barras transversais na seção (ícone ). Outra informação fundamental
está na área de mensagens, que mostra o erro no dimensionamento (caso ocorra) e os
resultados, entre os quais se destaca a taxa de armadura do pilar.

A primeira modificação a ser feita diz respeito à solução dos pilares que
geraram erro no dimensionamento. A solução usual é sempre a verificação do modelo
estrutural adotado (especialmente no que se refere à posição dos pilares e vinculações
adotadas, entre outros) e a alteração da seção. Neste exemplo, resultaram em erro
alguns pilares do Térreo, todos com Erro D09 - Nenhuma bitola configurada pode ser
usada. Isto significa que para todas as bitolas configuradas ocorreu algum erro de
dimensionamento. Você pode saber o erro ocorrido para cada bitola selecionando o
pilar na planilha e pressionando o botão (Erros).

O processo de cálculo dos pilares está indiretamente relacionado às


possibilidades que a arquitetura apresenta, sendo realizado normalmente por
tentativas. No caso deste Tutorial, serão estipuladas novas seções (maiores) e
recalculados os pilares.

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Para verificar o resultado com as alterações é necessário reprocessar a


estrutura, escolhendo somente a opção “Análise estática linear”. Em seguida, voltar ao
dimensionamento dos pilares.

PILARES BALDRAME

Os pilares do pavimento Baldrame representam as nos blocos de fundação,


devendo ser dimensionadas normalmente como Pilar.

As esperas provêm dos elementos de fundação criados durante a entrada


gráfica, quando converteu-se os pilares copiados do pavimento Térreo, com o
comando Elementos-Pilares-Converter para fundação. Durante a informação dos dados
destes elementos, foi estimada uma altura de 80 cm. Esta altura refere-se à altura do
pilar de fundação e pode ser considerada como sendo a distância aproximada entre o
topo da viga de baldrame e a cota de arrasamento (ou assentamento) das fundações,
que é o comprimento da barra que será colocada como espera.

A altura dos pilares no pavimento baldrame influencia diretamente nos


valores dos esforços horizontais nas fundações.

As seções dos pilares do pavimento Baldrame, serão iguais às do pavimento


logo acima, que é o Térreo.

Para o cálculo do pavimento Baldrame verifica-se normalmente que os pilares


possuem a mesma seção do pavimento Térreo (regra geral) e cargas semelhantes a
estes, uma vez que não há lajes no Baldrame e a contribuição de cargas refere-se
apenas às cargas de paredes. Todavia, como a altura do pilar é menor e
consequentemente o seu comprimento de flambagem, a sua armadura resultante será
provavelmente menor. Entretanto, é usual adotar-se sempre a mesma armadura
utilizada para o pavimento Térreo nas esperas do Baldrame.

Esta verificação de barras nas esperas pode ser feita automaticamente pelo
programa, desde que isto seja configurado pelo usuário. Para isto:

 Acesse o menu Configurações-Dimensionamento-Pilares;


 Habilite a opção "Adotar espera da fundação igual ao pilar superior";
 Pressione o botão OK para confirmar.

ACRECENTANDO BARRAS AO PILAR

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Em algumas situações, por algum motivo qualquer o usuário pode desejar


aumentar a quantidade de barras calculada pelo programa (compatibilização de
esperas, por exemplo). O sistema permite que se coloquem novas barras de forma
independente para as faces B e H do pilar no caso de seções retangulares, ou de forma
global para as demais seções.

Para aumentar a quantidade de barras basta selecionar o campo "Armadura


B" ou "Armadura H" do pilar na tabela e pressionar o botão . Com isso, o programa
irá adotar uma barra a mais apenas na face escolhida e recalculará o pilar para
atualizar todos os seus dados. No caso de outros tipos de seções, o programa poderá
colocar mais de uma barra de cada vez, dependendo da disposição das barras.

3.2. ALTERNATIVA PARA SOLUÇÃO DE ERROS

Uma outra forma de resolver os erros de dimensionamento de pilares é


através da análise do modelo lançado e de possíveis alterações neste modelo que
busquem a redução dos esforços nos pilares.

Uma forma de reduzir os momentos fletores nestes elementos, por exemplo,


é através da adoção de nós semirrígidos na ligação com as vigas, que tende a reduzir
os momentos fletores transmitidos pelas vigas aos pilares, através de uma
redistibuição destes esforços.

Por questões didáticas, no exemplo deste curso não serão abordadas


questões relacionadas à concepção estrutural e otimização de resultados. No entanto,
é aconselhável que antes de alterar a seção dos elementos o usuário verifique os
esforços na estrutura e busque um modelo que resulte no equilíbrio da mesma, em
que os esforços estão bem distribuídos.

3.3. PILARES NÃO RETANGULARES

A fim de exemplificar a utilização de pilares não retangulares, vamos alterar o


P5 para sessão L no pavimento Térreo, com os valores b = 40, h = 40, b1 = 15 e h1 = 15.

Alterado o tipo de seção do pilar, devemos reposicioná-lo. Para isso,


primeiramente ligue a "Arquitetura" do pavimento, desativando o filtro "Esconder".

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Projeto Estrutural 90

Para este projeto, adota-se a mesma seção de pilar “L” para o pavimento
Tipo1 e para o pavimento Baldrame.

 Acesse o comando Elementos-Pilares-Editar prumada;


 Selecione o pilar P5 e tecle <Enter>. Será aberto um diálogo em que podem
ser vistos todos os lances deste pilar;
 Na lista "Pavimentos", selecione o Térreo (que é o pavimento atual, já
corrigido, que servirá como modelo para os outros);
 Pressione o botão "Copiar seção";
 Selecione os pavimentos Tipo 1 e Baldrame e pressione OK.

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Projeto Estrutural 91

Após estas modificações é necessário reprocessar a estrutura utilizando


somente a opção “Análise estática linear”. Em seguida verificamos o dimensionamento
do pilar P5.

3.4. SAÍDA DE RESULTADOS

O Eberick possui uma série de resultados que podem ser apresentados além
do detalhamento gráfico. Em todo o sistema, existem tanto relatórios alfanuméricos.
Abaixo estão listados os resultados que podem ser exibidos a partir deste pavimento
de pilares:

RELATÓRIO DE CARGAS

A partir do menuRelatórios-Cargas (Relatório-Cargas e seções), pode ser


acessado um relatório alfanumérico referente não apenas a este pavimento, mas ao
projeto como um todo.

 Pilares: indicação do nome do elemento;


 NPos: carga normal de compressão máxima de cálculo obtida da envoltória
das combinações últimas de carregamentos.
 NNeg: carga normal de tração máxima de cálculo obtida da envoltória das
combinações últimas de carregamentos (caso tal esforço exista, o pilar estará
atuando como tirante no modelo estrutural para pelo menos uma
combinação de carregamento).

RELATÓRIO DE CÁLCULO

A partir do menu Relatórios-Cálculo, pode ser acessado um relatório


alfanumérico, um pouco mais detalhado, contendo os valores calculados para cada
pilar, além dos dados dos pilares.

 cálculo à torção e acréscimo necessário na armadura longitudinal.


 verificação da seção transversal para a armadura longitudinal adotada e para
os esforços atuantes através do processo da Linha neutra.

RELATÓRIO DE CÁLCULO DETALHADO

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A partir do menuRelatórios-Cálculo detalhado são apresentados os dados


utilizados nos procedimentos de cálculo do elemento, tanto para armaduras
longitudinais quanto para as transversais e seus respectivos resultados finais.

As armaduras longitudinais são obtidas através dos esforços axiais de


compressão ou tração, momentos fletores e torsores atuantes nos pilares.

 cálculo à torção e acréscimo necessário na armadura longitudinal.


 verificação da seção transversal para a armadura longitudinal adotada e para
os esforços atuantes através do processo da linha neutra.

As armaduras transversais são constituídas de estribos e possuem as


seguintes etapas de dimensionamento para cada elemento:

 verificação dos esforços limites de cisalhamento, torção e da ação conjunta


destes dois esforços;
 cálculo das armaduras necessárias para os esforços de cisalhamento atuantes;
 cálculo da armadura necessária para os esforços de torção atuantes;
 cálculo da armadura necessária de reforço para os esforços de fretagem.

RELATÓRIO DE COMBINAÇÕES

A partir do menu Relatórios-Combinações são apresentados os valores dos


esforços internos para cada combinação ou casos de carregamento em particular.

 casos e combinações de
carregamentos gerados no
relatório;
 carga aplicada sobre cada pilar
para o caso ou combinação de
carregamento;
 esforços cortantes, momentos
torsores e fletores para o caso
ou combinação de
carregamento.

Acessando o menu, é aberto


um diálogo no qual podem ser
selecionados:

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 Elementos: pilares a serem incluídos no relatório.


 Casos de carregamento: casos a serem incluídos no relatório, para cada pilar
selecionado.
 Combinações: combinações últimas a serem incluídas no relatório, também
para cada pilar selecionado.

RELATÓRIO DE RESULTADOS

A partir do menuRelatórios-Resultados pode ser acessado um relatório


alfanumérico contendo os resultados finais obtidos no dimensionamento dos pilares.

 seção do pilar;
 dados relativos a esbeltez do pilar;
 esforços atuantes;
 armaduras longitudinais calculadas e efetivas;
 armaduras transversais efetivas.

RESUMO DO AÇO

A partir do menuRelatórios-Resumo do aço pode ser acessado um relatório


alfanumérico contendo a totalidade das armaduras do painel. No caso de algum dos
pilaresestar em condição de erro, será aberta uma janela de mensagens e este pilar
não será incluído no resumo.

 comprimentos e pesos especificados para cada bitola;


 peso total de aço, volume de concreto total e área de forma total;
 resistência característica do concreto definida para os pilares.

DESLOCAMENTOS

Em um modelo de pórtico espacial, os pilares são supostos deslocáveis. Desta


forma, estes irão sofrer deslocamentos tanto horizontais como verticais. Para acessar
o diagrama de deslocamentos dos pilares, utilize o menuPilares-Deslocamentos.

O cálculo dos deslocamentos, diferentemente do dimensionamento, deve ser


feito utilizando as combinações de utilização.

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Projeto Estrutural 94

Os deslocamentos são exibidos no


diagrama de acordo com a combinação de
esforços considerada, sendo esta definida através
de uma caixa de seleção na barra de ferramentas
do CAD. Ao alterar a combinação o conteúdo da
janela é atualizado automaticamente. Além das
combinações, pode ser selecionado o item
“Envoltória”, a partir do qual serão exibidos os
deslocamentos máximos ocorridos.

Se o cálculo da estrutura for realizado


com a opção “Determinação das flechas do
pórtico” habilitada serão apresentados os
deslocamentos do modelo fissurado, ou seja, levando em consideração a inércia
fissurada dos elementos. Caso contrário, serão apresentados os deslocamentos
elásticos. Cabe ao calculista definir qual modelo deseja analisar.

3.5. SEÇÃO FINAL DOS PILARES

Por fim, teremos a seção final dos pilares:

 P1, P2, P3, P4, P8, P9, P10, P15, P16 e P20

L6, L5 e L4: 15x40

L3, L2 e L1: 20x40

 P5

L6, L5 e L4: 15x40

L3, L2 e L1: seção “L” 40x40x15x15

 P6, P12 e P17

L6, L5 e L4: 15x40

L3, L2 e L1: 20x60

 P7

L2 e L1: 20x25

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 P11

L6, L5 e L4: 15x40

L3: 15x50

 P13

L2 e L1: 20x20

 P14, P18 e P19

L6, L5 e L4: 15x40

L3, L2 e L1: 20x50

4. DIMENSIONAMENTO DAS FUNDAÇÕES

Antes de efetivamente iniciar o dimensionamento dos blocos, é necessário


informar ao programa quais estacas serão utilizadas no projeto e também a
capacidade de cargas destas.

A análise da interação solo-estrutura no Eberick é realizada para sapatas e


tubulões. No caso dos blocos sobre estacas esta interação não é contemplada, sendo
objetivo do programa quantificar o número de estacas e prover o dimensionamento
estrutural dos blocos.

4.1. DEFININDO AS ESTACAS

Para este exemplo haverá dois tipos de estacas: uma de 15.0 cm com carga
de 15 tf e uma de 20.0 cm com carga de 20 tf, ambas quadradas.

 Acesse o menuConfigurações-Dimensionamento-Blocos;
 Pressione o botão Propriedades;
 Estando com a estaca padrão selecionada, clique no botão “Alterar”;

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 Mantenha o campo “Resistência à compressão” como sendo 20 tf e o campo


"Momento máximo" como sendo 100 kgf.m e altere o campo “Carga
horizontal máxima” para 0.8 tf;
 Pressione o botão OK;
 Clique no botão “Incluir”;
 Informe as características da estaca com diâmetro de 15 cm conforme
ilustrado na figura:

 Pressione o botão OK confirmando


a inclusão da nova estaca;
 Para ativar a estaca clique no
campo "Ativo" ao lado da nova
estaca cadastrada, permitindo
assim que esta estaca esteja
disponível para utilização no
projeto;
 Pressione OK do diálogo de
cadastro das estacas;
 Habilite a opção "Altura útil maior
que a espera do pilar" no diálogo
com as configurações de
dimensionamento dos blocos;

Quando o item "Altura útil maior que a espera do pilar" está ligado, a altura
útil do bloco será adotada como sendo no mínimo igual ao valor de comprimento de
ancoragem dos ferros de espera do pilar.

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O valor adotado para a carga admissível das estacas é apenas didático. O


usuário deve obter estes valores de um estudo geotécnico conveniente e de
informações fornecidas pelo fabricante.

4.2. DEFININDO OS BLOCOS

Para acessar a janela de blocos, entre na Janela de Projeto (botão )


selecione o pavimento Baldrame e de um duplo-clique sobre o item "Blocos" ou
simplesmente pressione o botão na barra de ferramentas principal.

A janela de dimensionamento de blocos tem a seguinte aparência:

Ao abrir a janela de dimensionamento dos blocos é exibida a guia "Carga".


Nesta guia pode-se ter acesso aos esforços nos elementos obtidos a partir da
superestrutura.

Selecionando a guia "Seção" o programa calculará as dimensões dos blocos,


que podem ser visualizadas nas colunas LB e LH. Na coluna "Tipo do bloco" é possível
escolher o tipo de bloco a ser utilizado. Como exemplo, será alterada a quantidade de
estacas do bloco B6.

 Selecione o bloco B6 e na coluna "Tipo de bloco", clique na "seta" ao lado do


tipo definido;

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 O programa exibe uma lista com os blocos disponíveis para utilização no


projeto;
 Clique sobre o bloco de 6 estacas retangular.

Seguindo o exemplo acima, o usuário pode alterar para cada bloco a


quantidade de estacas e o respectivo tipo em conformidade com os esforços
solicitantes. Essa é uma prática muito usual no caso em que o estaqueamento já
estiver predefinido por um projeto geotécnico.

Mas em um projeto em que se deseja conhecer a quantidade de estacas sob


cada bloco, existe uma maneira mais prática do que alterar cada bloco manualmente.
Pressione diretamente na planilha de dimensionamento de blocos o botão para
escolher automaticamente a quantidade de estacas necessária para cada bloco,
desligando a opção "Fixar", caso tenha sido inicialmente ativada. O critério utilizado
para a escolha das estacas pode ser por área ou por custo, dependendo da opção
definida no menu Configurações-Dimensionamento-Blocos.

Temos pré-definida a quantidade máxima de 10 estacas por bloco. Para que o


programa possa adotar uma quantidade maior de estacas o usuário deverá cadastrar
um novo formato de bloco através do menu Configurações-Dimensionamento-Blocos,
botão "Formatos".

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ALTURA DO “ARRANQUE” (ha)

Antes de dimensionar os
blocos, devemos preencher o valor de
"ha" na guia "Altura", que define a
distância entre a face superior do bloco
e a face superior da viga.

O campo "ha" irá definir o nível


de assentamento do bloco e das estacas
como também a altura do pilar
associado para fins do comprimento
correto das barras.

Para este exemplo, optou-se por adotar o valor de "ha" igual a 50 cm.

 Selecione a guia "Altura";


 Altere o valor de "ha" do bloco B1 para 50 cm e pressione a tecla <F5>;

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 No diálogo que aparecer pressione "Sim", confirmando a cópia este valor para
os demais blocos.

Também é possível alterar o valor da coluna "ha" acessando o menu


Configurações-Dimensionamento-Blocos e alterando o item "Arranque".

A coluna "hb" indica a altura total do bloco, calculada automaticamente pelo


Eberick, sempre respeitando a condição de elementos rígidos.

Para visualizar as dimensões dos blocos em planta, pode-se pressionar o


botão na área de CAD.

Para visualizar as dimensões dos blocos em corte, pode-se pressionar o botão


na área de CAD.

4.3. DIMENSINANDO OS BLOCOS

Após calcular a quantidade de estacas e


as dimensões dos blocos, é necessário verificar a
situação de cada elemento, observando as
armaduras calculadas ou os códigos de erro
emitidos pelo programa.

Deve-se, inicialmente, configurar as


bitolas a serem utilizadas para os blocos, conforme
a figura a seguir:

O Eberick possui uma configuração específica para as armaduras dos blocos


que pode ser acessada através do menu Configurações-Dimensionamento-Blocos-
Armadura.

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Conforme exibido na figura acima, pode-se configurar diversas opções


relacionadas às armaduras dos blocos, sendo elas referentes à armadura principal, de
distribuição, estribos horizontais e blocos com estacas em linha.

O último item "Disposição


das armaduras" permite ao usuário
utilizar outras disposições de
armaduras para blocos de 1 estaca
("diagonal" ou "vertical e horizontal"),
3 e 4 estacas ("par aos lados" e "com a
medianas").

Para verificar a armadura calculada para cada bloco, selecione a guia


"Resultado".

Além de mostrar a armadura dos blocos, ao acessar a guia "Resultado", o


Eberick informa também que blocos possuem erro de dimensionamento e
consequentemente não os dimensiona, destacando-os em vermelho.

Neste exemplo, todos os blocos resultaram no Erro D55 - Altura do bloco


maior que a altura do pilar. Este erro é emitido caso o valor calculado para a altura útil
do bloco mais a altura do pilar de arranque (hb - cbe + ha) for maior que a altura
configurada para o pilar ("Altura barra" definida no diálogo de edição do pilar).

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Como o arranque das fundações foi alterado para 50 cm no passo anterior,


tem-se que esta altura somada à altura útil dos blocos calculada pelo programa é
maior que os 80 cm da altura da barra, causando assim o erro.

Assim, para eliminar o erro é necessário compatibilizar a altura da barra dos


blocos considerando a altura útil calculada para cada bloco.

Tomando como exemplo o bloco B12, cuja altura é a maior dentre os demais
blocos do projeto deste Tutorial (95 cm), tem-se que a altura da barra deve ser:

 hb - ceb + ha = 95 - 15 + 50 = 130 cm.

A verificação acima deve ser realizada para cada bloco do projeto. No


entanto, por questões didáticas a altura da barra calculada para o bloco B12 será
adotada para todos os blocos do projeto. Para realizar esta alteração siga os passos
abaixo:

 Acesse o croqui do pavimento Baldrame;


 Execute um duplo-clique sobre o pilar de fundação P1 e altere a altura da
barra para 130 cm;
 Para copiar este dado para os demais elementos, execute o comando
Elementos-Copiar dados;
 Como elemento de referência selecione o pilar P1;

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 Na lista de dados a serem copiados,


mantenha selecionado somente o item
"Altura";
 Tecle <Enter>;
 Selecione o pavimento Baldrame no
diálogo "Aplicar para" e tecle OK.

Com isso, a altura da barra de 130 cm foi


definida para todos os blocos de fundação do
projeto.

Para verificar o dimensionamento dos


blocos após a alteração acima, volte à janela de
dimensionamento de blocos e clique no botão
"Calcular todos" ( ). Clique também no botão
para calcular as estacas ( ), finalizando assim o
dimensionamento dos blocos e o cálculo das estacas.

4.4. PLANTA DE LOCAÇÃO

A partir do menu Blocos-Gerar planta de locação, é possível acessar uma


planta de locação contendo a disposição dos blocos calculados na edificação.

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Caso alguma fundação esteja com erro de dimensionamento o programa


exibe apenas o pilar associado à fundação.

Através do menu "Blocos" pode-se gerar, além da planta de locação, a planta


de cargas e a planta de locação das estacas.

5. DIMENSIONAMENTO DAS ESCADAS

Na janela de dimensionamento das escadas pode-se verificar os dados


presentes na tabela, e uma série de informações adicionais, incluindo uma pequena
área de CAD auxiliar em que pode-se analisar os esforços das escadas ou os erros de
dimensionamento, caso a escada esteja em situação de erro.

5.1. ANÁLISE DE ESFORÇOS

Inicialmente serão analisados os esforços nas escadas, que são apresentados


na guia "Cargas". Os carregamentos são expressos em projeção vertical.

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As reações de apoio da escada podem ser visualizadas através do botão


"Reações" (botão ). No diagrama pode-se visualizar as reações dos lances sobre a
viga V5 e V6 e do patamar LE1 sobre a viga V17. Entre parênteses é exibida a carga
total inserida nas vigas.

Em seguida, execute o comando Escadas-Momentos para gerar o diagrama


gráfico dos momentos fletores finais para cada barra do pavimento.No diagrama
observa-se os momentos fletores nas duas direções principais, além dos momentos de
continuidade junto às barras.

Os resultados exibidos nos diagramas também podem ser visualizados na


janela de dimensionamento de escadas, na guia "Esforços".

O diagrama completo de todos os esforços pode ser visto através da grelha 3D


da escada, que é acessada clicando no botão . A grelha apresenta um modelo de
barras 3D que exibe informações de esforços e deslocamentos da escada.

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Para acessar os esforços axiais na grelha, por exemplo, selecione a opção


"Axiais" na caixa de controle "Elástico-Axiais". Para verificar o esforço em cada barra
da grelha basta clicar sobre a mesma.

5.2. VERIFICANDO O DIMENSIONAMENTO

Acesse a guia "Positivo", que exibe as armaduras calculadas para as faces


inferior e superior do elemento, nas direções X e Y. Ao selecionar esta guia são
recalculadas todas as armaduras necessárias;

Acessando a tabela "Continuidade" são exibidos os valores dos momentos


negativos e as armaduras correspondentes.

Além de verificar os elementos ao Estado Limite Último, também é


importante verificá-los para o Estado Limite de Utilização. O programa oferece um
resultado gráfico das flechas nos elementos da escada no comando Escadas-Flechas.

Como o programa não emitiu avisos de flechas excessivas, consideramos que


as deformações estão OK no projeto.

5.3. SAÍDA DE RESULTADOS

Além dos diagramas apresentados no item anterior (reações, momentos


fletores, grelha 3D e flechas), o Eberick possui uma série de resultados que podem ser
apresentados em relatórios alfanuméricos, além do detalhamento gráfico. Os
relatórios disponíveis para as escadas são os mesmos que os apresentados para lajes:

 Relatório de dados;
 Relatório de cálculos;
 Relatório de resultados;
 Resumo do aço.

6. ANÁLISE APÓS O DIMENSIONAMENTO

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Logo após o lançamento realizado neste edifício a estrutura foi processada e


foi realizada uma análise no pórtico da estrutura, tendo sido verificada a estabilidade
da mesma, bem como os deslocamentos horizontais atuantes. Inicialmente a estrutura
apresentou deslocamentos horizontais excessivos, uma vez que ultrapassou os limites
de deslocamentos estipulados na Tabela 13.3 da NBR 6118:2014.

Com as alterações realizadas no projeto durante o dimensionamento dos


elementos estruturais será necessário reprocessar a estrutura, pois agora temos um
novo modelo, cuja rigidez foi alterada devido à modificação da seção de alguns
elementos estruturais e vinculações. Assim, devemos reprocessar a estrutura.

Como a verificação das flechas e o


dimensionamento dos elementos já foram
realizados, basta reprocessar a estrutura com a
opção "Análise estática linear". O programa
passou a indicar que a estrutura foi calculada
com sucesso.

Com isso, além dos elementos


estruturais estarem todos dimensionados, tem-
se que a estrutura está OK do ponto de vista de
estabilidade global, podendo-se prosseguir com
o detalhamento dos elementos, para posterior
envio à obra.

É possível que ao realizar a análise global da estrutura após as alterações


realizadas no projeto alguns elementos passem a apresentar problemas de
dimensionamento. Isso pode ocorrer devido à redistribuição de esforços gerada a
partir destas alterações. Assim, ao reprocessar a estrutura na etapa final do projeto é
aconselhável que o dimensionamento dos elementos seja revisado, certificando-se de
que todos são dimensionados normalmente.

7. DETALHAMENTO FINAL

Uma vez dimensionados os elementos da estrutura e verificada a estabilidade


global da mesma, pode-se gerar, finalmente, os detalhamentos gráficos finais.

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O Eberick possui recursos para geração de detalhamentos de três formas:

 Geração de pranchas de detalhamento: (por exemplo, em formato A1) A


geração das pranchas é realizada conforme um tamanho de folha, margens e
selo previamente definidos. Neste tipo de detalhamento deve sempre ser
inserido um arquivo contendo as margens e o selo, assim os desenhos das
margens devem estar compatíveis às dimensões da prancha gerada;
 Detalhamentos em caderno: (normalmente um detalhamento por folha)
Assim como no caso de pranchas, a geração deste tipo de detalhamento
também é realizada de acordo com um tamanho de folha previamente
definida, devendo-se inserir um arquivo com margens e selo;
 Detalhamentos rápidos:São gerados para cada elementos individualmente, a
partir da janela de dimensionamento dos elementos, não estando vinculados
a nenhum tamanho de folha, margem e selo;

7.1. CONFIGURANDO AS PRANCHAS

O primeiro passo para a geração das pranchas é a definição das dimensões a


serem utilizadas. Para isto, acesse o menu Configurações-Pranchas e RA.

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Observe que neste diálogo podem ser definidas diversas opções referentes ao
tamanho da prancha, do selo, ordem das pranchas, exibição da relação e resumo do
aço, entre outros.

INSERINDO AS PRANCHAS

As pranchas podem ser geradas a partir das janelas de dimensionamento dos


elementos (vigas, pilares, lajes, blocos, escadas, etc), a partir do botão "Pranchas" ( )
na barra de ferramentas principal ou ainda através do menuEstrutura-Gerar-Pranchas.
Caso a prancha seja gerada através destes dois últimos procedimentos serão geradas
pranchas do projeto como um todo, sendo misturados os tipos de elementos e
pavimentos.

Para gerar as pranchas para o projeto como um todo, por exemplo, realize os
seguintes procedimentos:

 Execute o comando Estrutura-Gerar-Pranchas. Com isso, é aberta uma janela


em que o usuário deverá marcar os elementos e os pavimentos cujas
pranchas serão geradas;
 Marque a opção "Todos" para gerar a prancha de todos os elementos
estruturais de todos os pavimentos;

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Caso os elementos estruturais do projeto não estejam dimensionados o


programa irá primeiramente dimensioná-los, para em seguida gerar os desenhos com
as pranchas.

 Serão geradas em torno de 28 folhas de pranchas.

Por configurações padrões, ao gerar as pranchas são exibidos os layouts dos


detalhes, conforme exibido na figura acima. Para exibir os detalhamentos basta
acessar o menu "Prancha" e desmarcar a opção "Mostrar somente layout".

No menu "Pranchas" estão contidas as seguintes funções específicas para a


manipulação dos detalhamentos na janela de pranchas:

 Reordenar pranchas;
 Reordenar prancha corrente;
 Mover para outra prancha;
 Mostrar somente layout;
 Incluir prancha;
 Excluir prancha.

A edição de qualquer elemento na prancha através do Editor de ferros é feita


executando um duplo clique de mouse sobre ele. No diálogo que abrir, deve-se
pressionar o botão "Editar". Ao final da edição, é necessário apenas fechar a janela,
retornado à prancha. A relação de aço já estará atualizada conforme as alterações
realizadas.

 Feche a janela de pranchas, retornando à janela de projeto.

Para gerar as pranchas a partir das janelas de dimensionamento basta abrir


tais janelas e executar o comando correspondente. Para exemplificar este
procedimento serão geradas as pranchas das vigas Baldrame do projeto.

Caso haja elementos com erro de dimensionamento ao gerar pranchas será


aberto um diálogo contendo elementos com problemas, estes não serão incluídos na
prancha, sendo necessário verificar o erro emitido e resolvê-lo, dimensionando o
elemento. Caso o elemento apresente apenas um aviso, o mesmo será detalhado
normalmente, sendo aconselhável que o usuário verifique o aviso e defina se irá
ignorá-lo ou se realizará modificações no projeto a fim de eliminá-lo. Para obter mais
informações sobre a mensagem emitida basta executar um duplo-clique sobre a
mesma na janela de mensagens.

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INSERINDO MARGENS E CARIMBO

Faltam ainda ser incluídas a margem, o carimbo e outras informações que o


usuário desejar acrescentar à folha. Uma vez que estes dados são particulares a cada
usuário, você deve definir sua margem e desenhar seu selo padrão no próprio Eberick
ou em algum programa de CAD, armazenando isto em um arquivo com formato DWG
ou DXF.

Na instalação do programa são fornecidos arquivos DXF contendo modelos


com sugestões para as margens e selo. Neste projeto será utilizado um destes arquivos
(o arquivo A1.DXF) para ilustrar os procedimentos de importação do arquivo. Assim,
para inseri-lo na folha proceda conforme segue:

 Acesse o comando Ferramentas-Ler DWG/DXF;


 No diálogo de seleção de arquivos, localize o diretório de instalação do
programa (normalmente em C:\Program Files\AltoQi\AltoQiEberick), entre
os formatos de arquivos a
serem abertos defina a opção
"Arquivos DXF (*.dxf)" e abra o
arquivo A1.DXF;
 No diálogo de opções
selecione no grupo "Escala" a
opção "Não converter" e
defina no grupo "Níveis de
desenho" a opção "Manter do
desenho original";
 Clique em OK e observe que
foi inserido o carimbo e as
margens na primeira prancha
gerada.

DETALHAMENTOS EM CADERNO

Além da opção de geração das pranchas pode-se também gerar os


detalhamentos dos elementos por folha (detalhamentos em caderno com, por
exemplo, folhas no tamanho A4). Assim como no caso das pranchas, o tamanho da
folha pode ser configurado no menu Configurações-Pranchas e RA.

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Para exemplificar a geração deste tipo de detalhamento, serão utilizadas as


vigas do pavimento Tipo 1.

Os detalhamentos em caderno são gerados


a partir do mesmo comando para a geração das
pranchas, funcionando de forma análoga para os
diferentes tipos de elementos estruturais. Assim,
prossiga conforme indicado abaixo:

 Execute o comando Vigas-Gerar pranchas;


 Na janela de seleção dos elementos todos
já estarão selecionados, bastando apenas
definir o formato do detalhamento como
sendo "Caderno";

DETALHAMENTOS RÁPIDOS

Permite gerar detalhamentos rápidos de cada elemento isoladamente.


Estando o elemento calculado, o programa detalhará o elemento sem vincular à este
um tamanho de folha, margem ou selo. Como exemplo, vamos detalhar a viga V7 do
pavimento Tipo 1 clicando no botão "Detalhar" ( ).

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7.2. DETALHAMENTO DOS BLOCOS DE FUNDAÇÃO

As configurações de detalhamento de blocos são acessadas através do menu


Configurações-Detalhamentos-Blocos.

Normalmente nos blocos é detalhada sua armação junto das esperas dos
pilares (que consiste no detalhamento do pilar do Baldrame). Desta forma, o
detalhamento de um bloco engloba também o de seu pilar associado. Caso necessário,
podemos excluir o detalhamento das esperas desabilitando o item "Incluir
detalhamento do pilar".

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Dois blocos iguais podem estar associados à pilares diferentes. Por isso, entre
as opções de detalhamento de blocos tem-se a opção "Agrupar pilares diferentes na
mesma fundação". Quando esta opção estiver habilitada, o programa irá detalhar
apenas um bloco e, ao seu lado, inserir os detalhamentos diferentes de pilares.

7.3. DETALHAMENTO DOS PILARES

No detalhamento de pilares o programa sempre agrupa os elementos iguais,


gerando um detalhamento único.

Para visualizar as igualdades de pilares, primeiramente abra a janela de


dimensionamento de pilares do pavimento Baldrame e acesse a guia "Resultados".
Observe o campo "Igual", logo ao lado do nome do pilar: por exemplo, ao lado do P12
tem-se a indicação "*P6", o que significa que este pilar foi considerado igual ao P6.

Quando é gerada uma prancha de pilares, a verificação de igualdades é


efetuada automaticamente, de forma a economizar espaço de desenho.

Assim como no caso dos blocos, vamos configurar parâmetros de


detalhamento dos pilares, de forma a adequar o detalhamento aos critérios do usuário
e diminuir a necessidade de alterações manuais. Tais parâmetros são acessados
através do menu Configurações-Detalhamentos-Pilares.

CONFIGURANDO FUNDAÇÕES

No grupo "Fundações", vamos definir as configurações conforme a figura


abaixo, e em seguida verificar o pilar P1.

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Em seguida, feche o detalhamento e altere novamente as configurações.

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CONFIGURANDO ESPERAS

O detalhamento das esperas dos pilares em vigas e lajes com altura menor
que o comprimento de ancoragem. Podem ser definidas as três opções abaixo:

 Não detalhar as esperas dos pilares, sendo emitido, neste caso, um aviso
(Aviso 13);
 Detalhar as esperas dos pilares, sendo emitido também um aviso (Aviso 13)
para que o usuário verifique se a armadura é suficiente para a ancoragem do
pilar;
 Detalhar aumentando a quantidade, sendo que neste caso o programa
detalha as esperas para o pilar com um aumento na armadura e emite um
aviso informando sobre este acréscimo (Aviso 14). O cálculo deste aumento é
baseado no item 4.1.6.2B da NBR6118 e a armadura efetiva é encontrada
igualando-se o comprimento de ancoragem à altura da viga. Nos casos em
que a altura da viga é inferior a 60% do comprimento de ancoragem, o
detalhamento não é realizado, conforme limita a NBR 6118. Nestas situações
o aviso emitido é Aviso 13.

7.4. DETALHAMENTO DAS VIGAS

Dentre as configurações disponíveis para o detalhamento de vigas, vamos


destacar algumas principais.

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OTIMIZAÇÃO...

Esta opção é acessada através do


menu Configurações-Detalhamento-Vigas,
clicando-se no botão "Otimização".

No grupo Geral temos as seguintes


configurações:

 Espaçamento máximo para igualar


barras: este item permite definir a
diferença máxima no comprimento
das barras para considerá-las iguais;
 Defina este valor como 10 cm;
 Abra o detalhamento da viga V5 do
pavimento Térreo:

Note que as barras negativas N4 e N5 são justapostas e possuem


comprimentos diferentes, sendo esta diferença igual a 40 cm (250 cm - 210 cm). Como
esta diferença é maior que os 10 cm configurados para o item "Espaçamento máximo
para igualar barras", estas barras não foram igualadas.

Para igualar as barras altere a configuração para 40 cm e detalhe a viga.

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 Indicar camadas individualmente: Habilitando este item, as informações da


camada na qual a barra se encontra serão feitas individualmente para cada
ferro detalhado, a partir da segunda camada. Esta configuração é válida para
todas as armaduras de vigas, exceto as construtivas;
 Indicar 1a camada: permite que as informações de camada que já são feitas
individualmente, visto que a configuração "Indicar camadas individualmente"
deve estar habilitada, sejam iniciadas na primeira camada. Caso contrário,
seriam iniciadas somente a partir da segunda camada;
 Habilite os dois itens;
 Abra o detalhamento da viga V3 do pavimento Badrame.

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No caso das configurações para indicação das camadas individualmente


estarem desmarcadas, tem-se o seguinte detalhamento para a mesma viga:

No grupo Negativas temos as seguintes configurações:

 Distância máxima para unir: configura a distância máxima para unir barras
negativas, o que normalmente gera otimizações referentes à união de barras
da armadura negativa entre apoios adjacentes. Para isto, é levado em conta a
distância entre estas barras e o diâmetro das mesmas.
 Defina este item como sendo 200 cm;
 Abra o detalhamento da viga V7 do pavimento Badrame.

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Alterando esta configuração para 233 cm, as barras serão unidas e teremos o
seguinte detalhamento:

Da mesma forma, podemos unir, ou não, as barras inferiores (grupo


Positivas).

ANCORAGEM...

As configurações de ancoragem das barras das vigas que podem ser acessadas
no menu Configurações-Detalhamento-Vigas, clicando-se no botão "Ancoragem".

Dentre as opções disponíveis serão listadas as mais utilizadas no


detalhamento:

 Tipo de ancoragem: reta, com gancho 90 ou com gancho 180;


 Ponta reta mínima das barras ancoradas na extremidade: comprimento
mínimo da ponta reta com gancho;
 Ancorar dentro da viga sobre pilares extremos: no caso de se utilizar a
armadura mínima em um apoio extremo, o Eberick permite, caso esta
configuração esteja marcada, ancorar a barra negativa diretamente na viga,
sem entrar no pilar.
 Comprimento mínimo da armadura no apoio: permite definir o comprimento
mínimo das armaduras positivas e negativas da viga dentro de apoios
extremos, não sendo inferior aos comprimentos de ancoragem das barras.

Caso o valor configurado seja superior a largura do apoio da viga, a armadura


será detalhada até a face do apoio (descontando cobrimento).

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Detalhar armadura até a face do apoio quando distância menor que: permite
definir uma distância mínima entre a face do apoio e a extremidade das armaduras
positivas e negativas.

Caso não seja atendida, o detalhamento da armadura será feito


automaticamente até a face do apoio.

Com exceção do "Tipo de ancoragem" (aplicável para apoios extremos e


intermediários) as demais configurações valem apenas para os apoios extremos de
vigas.

APOIOS INTERMEDIÁRIOS

Comprimento mínimo: Define a extensão mínima da armadura positiva da


viga dentro de apoios intermediários, não sendo inferior à 10 vezes o diâmetro da
barra.

Segundo a NBR 611:2014 no item 18.3.2.4.1, em apoios intermediários o


comprimento de ancoragem pode ser igual a 10 Ø, desde que não haja qualquer
possibilidade da ocorrência de momentos positivos nessa região.

 Acesse o menu Configurações-Detalhamento-Vigas, clique no botão


"Otimização" e desmarque a opção "Unir barras entre vãos";
 Acesse o menu Configurações-Detalhamento-Vigas, botão "Ancoragem" e
defina para o item "Comprimento mínimo" do grupo "Apoios intermediários"
o valor de 15 cm;
 Abra o detalhamento da viga V7 do pavimento Cobertura.

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7.5. PLANTA DE FORMAS

Para acessar a planta de formas, clique no botão . Na primeira vez que a


janela de formas é aberta o seu conteúdo é automaticamente atualizado a partir do
croqui correspondente, e qualquer alteração no Croqui, deve-se atualizar a forma com
o botão .

As configurações de forma são acessadas no menu Configurações-Forma.

GUIA PILARES

Dentre as opções para pilares pode-se listar:

 Desenhar ponto fixo: permite definir a exibição do ponto fixo dos pilares na
forma;
 Hachurar diferenças na prumada: habilita a representação de hachuras para
pilares que nascem, morrem e que nascem. Ao optar pela exibição das
hachuras poderá ser gerada também uma tabela com a legenda
representando as mesmas;
 Gerar tabela: desenha uma tabela ao lado da planta de forma, contendo
informações relativas aos pilares do pavimento, com indicações de nomes,
seções, elevações e níveis.

A seguir, abra a forma do pavimento Térreo.

Além das opções já apresentadas podemos também optar por:

 Desenhar a seção das fundações;

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 Desenhar as estacas, no caso de blocos de fundação;


 Tratar a representação das fundações com as vigas. Neste caso será realizado
o tratamento dos trechos das vigas ligados ao pilar com a seção da fundação
(sapatas, blocos e
tubulões), interrompendo
a representação da seção
da fundação nas faces das
vigas.

Em relação aos textos dos pilares, temos as seguintes opções:

 Indicar continuidade ao lado do nome: indicação "Nasce" ou "Morre" ao lado


dos pilares que se enquadram nestes casos;
 Indicar a seção do pilar superior (para casos em que há mudança de seção do
pilar): representação da seção do pilar superior entre parênteses;
 Indicar a elevação do pilar;
 Otimizar a posição dos textos: esta configuração tem como objetivo obter
uma posição sem interferência para os textos dos pilares nas situações onde a
disposição definida no croqui apresente sobreposição com outros elementos
de desenho.

Por fim, podemos incluir os eixos de locação na planta de forma que os


gerados no croqui através do menu Elementos-Eixos de locação-Exibir. Os eixos
poderão ser representados em todos os pavimentos ou somente nos pavimentos com
fundação (marcando, neste caso, o item "Apenas se houver fundações").

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BOTÃO “PLANTA”

Através do botão "Planta" controla-se a geração da forma do pavimento, bem


como as características dos materiais a serem exibidas na Planta de forma.

 Usar escala do croqui: caso seja da


preferência do usuário é permitido
gerar a planta de forma com a
mesma escala do croqui ou com
uma escala diferente, definindo a
nova escala neste diálogo;
 Separar planta de forma do
pavimento: permite separar a
planta de forma do nível principal
do pavimento de seus níveis
intermediários. Para gerar a planta
de forma individual para cada nível
intermediário do pavimento deve-
se habilitar a opção "Separar níveis
intermediários". No caso das
plantas estarem separadas na janela de projeto será listada cada forma de
cada nível do projeto:
 Gerar tabela: através desta opção é inserida a tabela de materias na planta de
forma, incluindo os itens marcados na lista. Habilitando todos os itens
disponíveis é obtida a seguinte tabela, para o caso do projeto deste Tutorial:

GUIA VIGAS

 Indicar verificando elevações diferentes: Define se o programa irá diferenciar


vigas com alturas diferentes no desenho das intersecções entre as vigas;

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 Diferenciar viga chata ou invertida, através da representação destas vigas com


um tipo de linha diferente das demais;
 Exibir corte: indica cortes transversais que apresentam a seção da viga e as
mesas das lajes. Ao habilitar a visualização de tais cortes o usuário poderá
definir a hachura destes e a inclusão ou não de cotas;

Para que os cortes nas vigas sejam representados na forma, estes devem ter
sido inseridos no croqui através do comando Elementos-Vigas-Adicionar corte na
forma.

 Incluir linhas de eixo;


 Gerar tabela: permite incluir uma tabela ao lado da planta de forma, contendo
informações relativas às vigas do pavimento, com indicações de nomes,
seções, elevações e níveis.

Em relação aos textos das vigas, pode-se:

 Definir um trecho mínimo a partir do qual a seção da viga será indicada (no
caso de vigas contínuas com seção constante);
 Indicar a seção em todos os trechos, no caso de vigas com seção variável;
 Definir o tipo de indicação;
 Indicar seção como retangular (mesmo que seja uma seção de seção
composta);
 Indicar elevação;

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 Otimizar posição dos textos. Assim como no caso dos pilares, esta
configuração tem como objetivo reposicionar os textos de identificação de
vigas quando houver interferência destes com outros elementos de desenho
da planta de formas.

GUIA LAJES

 Hachurar lajes com desnível: permite definir tipos de hachuras diferentes para
lajes com nível maior que zero (acima do pavimento) ou menor que zero
(rebaixadas), diferenciando-as das lajes sem desnível;
 Indicar desníveis;
 Indicar cargas localizadas: permite desenhar na forma as cargas por área,
lineares e localizadas, previamente lançadas nas lajes no croqui;
 Omitizar posição da indicação: recurso idêntico ao dos pilares e vigas, em que
a indicação das lajes é reposicionada no caso de haver sobreposição com os
demais elementos da forma.

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COTAS DE FORMAS

O Eberick permite a geração de cotas a partir do lançamento da estrutura que


serão visualizadas também nas plantas de forma. A filosofia adotada é a de definir
diretamente no croqui do pavimento a posição na qual será feita a cota ou linha de
cota, para fins de geração de planta de forma.

Um elemento cota da forma possui dois pontos que definem sua geometria:

 Dois pontos para definir a linha de cota;


 Um ponto para definir a posição da linha de cota. Apenas os elementos
cortados pela linha de cota serão representados.

Para exemplificar a utilização do recurso de cota da forma será inserida uma


linha de cota horizontal no croqui do pavimento Tipo 2.

Para isso, estando com o croqui deste pavimento aberto, execute o comando
Elementos-Cota da forma-Horizontal.

 Defina o ponto inicial como sendo um ponto qualquer à esquerda da viga V15;
 Defina o ponto final como sendo qualquer ponto à direita da viga V14;
 Defina o ponto limite como sendo um ponto acima da viga V11, em que será
posicionada a linha de cota.

Com isso, será criada a seguinte linha de cota no croqui.

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Para não exibir os eixos das vigas basta acessar o menu Configurações-Forma-
Vigas e desabilitar a opção "Incluir linhas de eixo". Em seguida, abrimos a planta de
formas deste pavimento.

7.6. CORTES
 Acesse o comando Elementos-Cortes-
Adicionar;
 Defina as propriedades do corte
conforme ilustrado na figura:
 Clique em OK;
 Defina o ponto inicial e final conforme
figura;
 O ponto limite será um ponto qualquer
à direita da viga V14;

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Para abrir o corte execute um duplo-clique sobre o elemento "Corte" e clique


no botão "Abrir".

GERANDO PRANCHAS

A geração de prancha de formas e de cortes é realizada através do menu


Estrutura-Gerar-Pranchas de forma. É aberta uma janela onde o usuário deverá
selecionar as plantas e cortes a partir dos quais serão geradas as pranchas.

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