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Campeonato Embraer de Miniplanadores

Regulamento
(Revisão 01)

São José dos Campos, 10 de Maio de 2012

Apoio

a
Campeonato Embraer de Miniplanadores

Índice
PARTE I ........................................................................................ 4
1. Introdução ............................................................................... 5
2. Motivação e Objetivos............................................................ 5
3. Público Alvo e Máximo de Participantes ............................. 5
4. Ajuda externa e Consultores Embraer ................................. 6
5. Pré-Inscrições ......................................................................... 6
6. Calendário ............................................................................... 7
7. Regras de Projeto ................................................................... 8
7.1. Dimensões do Planador (Intervalo Dimensional) (1)....................................................8
7.2. Materiais Proibidos ....................................................................................................8
7.3. Materiais Permitidos ..................................................................................................9
7.4. Dispositivos Proibidos ................................................................................................9
8. Regras de Relatório e Desenhos .......................................... 9
8.1. Formato do relatório e limitações ...............................................................................9
8.2. Assuntos a serem abordados no Relatório ..............................................................11
8.3. Entrega do Relatório ................................................................................................13
9. Pontuação ............................................................................. 13
9.1. Pontuação de Projeto ..............................................................................................13
9.2. Pontuação de Voo ...................................................................................................13
9.3. Bônus pelo Planador de Menor Peso.......................................................................14
9.4. Bônus por Fotos e Vídeos. ......................................................................................14
9.5. Pontuação Final .......................................................................................................15
9.5.1. Pontuação Geral ..................................................................................................15
9.5.2. Critérios de Desempate........................................................................................15
9.6. Penalidades (Perda de Pontos) ...............................................................................16
PARTE II ..................................................................................... 17
10. Regras Iniciais .................................................................... 18
10.1. Regras para participação e Configuração do Miniplanador ......................................18
10.1.1. Condições para participação. ...............................................................................18
10.2. Identificação do Miniplanador ..................................................................................18
10.2.1. Número da Equipe ...............................................................................................18
10.2.2. Nome da Equipe e da Escola ...............................................................................18
10.3. Sugestões................................................................................................................19
10.4. Comentários e Observações ...................................................................................19
11. Regras de Voo .................................................................... 20
11.1. Competição de Voo .................................................................................................20
11.1.1. Condições de Tempo para o Voo .........................................................................20
11.1.2. Inspeções de Segurança......................................................................................20
11.2. O Lançamento .........................................................................................................21
11.2.1. Introdução ............................................................................................................21
11.2.2. Plataforma de lançamento ...................................................................................21
11.2.3. Voo Padrão (Voo Totalmente Válido) ...................................................................22
11.2.4. Superfícies de Comando (ou para ajuste do voo).................................................22
11.2.5. Vôos em curva .....................................................................................................23

b
Campeonato Embraer de Miniplanadores

11.2.6. Vôos fora dos limites da pista demarcados. .........................................................23


11.2.7. O Pouso ...............................................................................................................24
11.2.8. Condição do Planador após o Pouso – Voo Válido ..............................................24
11.2.9. Casos especiais ...................................................................................................24
11.2.10. Avaliação da Distância, do Tempo de Voo ...........................................................25
11.2.11. Verificação Dimensional .......................................................................................26
11.2.12. Pesagem do Miniplanador vazio ..........................................................................28
11.2.13. Alterações e Reparos ...........................................................................................28
11.2.14. Considerações Adicionais de Voo ........................................................................28
11.2.14.1. Ordem de Voo ...............................................................................................28
11.2.14.2. Tempo máximo para o lançamento ...............................................................28
11.2.14.3. Voos de Teste ...............................................................................................29
11.2.14.4. O Lançamento e o Voo .................................................................................29
11.2.15. Número de Baterias e Bateria Final......................................................................30
APÊNDICE 3.1A: SOBRE AS CONFIGURAÇÕES. ...............................................................32
APÊNDICE 3.1B: O PROCESSO DE MEDIÇÃO DOS PLANADORES .................................35
APÊNDICE 3.1C: SOBRE O PROCESSO DE CONSTRUÇÃO DOS PLANADORES ...........36
APÊNDICE 3.2: DESENHOS de TRÊS VISTAS ....................................................................37
APÊNDICE 3.3: EXEMPLOS DE PLANTAS ..........................................................................39
APÊNDICE 3.4: ÁREA DA COMPETIÇÃO DE VOO - LAYOUT ............................................43
APÊNDICE 3.5: RESPONSABILIDADES ..............................................................................44
APÊNDICE 3.6: PROCEDIMENTOS OPERACIONAIS (RESUMO) .......................................46
APÊNDICE 3.7: RECOMENDAÇÕES GERAIS .....................................................................48
1. Introdução ............................................................................................................ 48
2. Objetivos da Competição ..................................................................................... 48
3. Papel do Professor Orientador ............................................................................ 49
4. Orientações Gerais .............................................................................................. 50
4.1.1. Configuração da aeronave. ..................................................................................51
APÊNDICE 3.8: BIBLIOGRAFIA RECOMENDADA ..............................................................53

c
Campeonato Embraer de Miniplanadores

PARTE I

4
Campeonato Embraer de Miniplanadores

1. Introdução
O Campeonato Embraer de Miniplanadores é uma iniciativa do Instituto Embraer, em
parceria com a Embraer e seus empregados voluntários, que pretende levar a todos os
participantes desafios reais que envolvem desde a elaboração de um Relatório de Projeto,
com desenhos, esquemas e explicações relacionados às soluções usadas para o
desenvolvimento do miniplanador até a construção e teste visando avaliar, na prática, o
desempenho deste durante a Competição de Voo.

2. Motivação e Objetivos
O Campeonato Embraer de Miniplanadores criado e organizado por consultores Embraer
com o apoio do Instituto Embraer de Educação e Pesquisa, é uma atividade que tem o
potencial de despertar nos alunos das escolas públicas e particulares, das cidades onde a
Embraer está presente, o gosto e o entusiasmo pela aviação através da execução de um
projeto completo (projeto, construção e testes) de uma aeronave que voe sem o uso de
motorização, denominado aqui de miniplanador.

A principal motivação ao se criar uma atividade com estas características é levar aos
alunos os conhecimentos iniciais sobre os princípios de voo e despertar nestes mesmos
alunos o interesse pela aviação demonstrando não somente que os conceitos que regem
os princípios de voo podem ser compreendidos, mas principalmente testados de uma
forma prática, através da construção de modelos (planadores) a serem lançados à mão.
Os alunos deverão, ao participar desta atividade, tomar contato de forma similar, porém
bem mais simplificada, com o processo que é usado para se desenvolver um projeto
aeronáutico real (especificamente de planadores).

Na competição do ano passado, ou Terceiro Campeonato Embraer de Miniplanadores o


recorde oficial foi de 123m(1)! Valor superior ao inicialmente imaginado para esta classe de
miniplanadores. A meta de todos (organizadores, alunos e professores) pode ser, sem
dúvida alguma, obter marcas ainda melhores de tempo e/ou distância. Porque não?
(1)
:lançados de uma altura de aproximadamente 4,5 metros (base da plataforma).

3. Público Alvo e Máximo de Participantes


O Campeonato é dirigido aos alunos das três últimas séries do Ensino Fundamental (do
7º ao 9º ano) que estejam regularmente matriculados em escolas da rede pública e
particular, de São José dos Campos, Jacareí, Taubaté e região, Botucatu e Gavião
Peixoto.

Cada escola pode ter no máximo duas equipes. A formação das equipes fica a cargo da
Escola e esta deve respeitar as seguintes regras:

 No mínimo seis (6) e no máximo dez (10) alunos por equipe;

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Campeonato Embraer de Miniplanadores

 No máximo um (1) professor orientador por equipe. Se for opção da escola, esta
poderá ter até dois (2) professores orientadores, porém, cada um deve
corresponder a uma equipe distinta. Se necessário a Escola poderá optar também
por ter um único professor orientador para as duas equipes.

 No máximo dois (2) consultores por equipe. Estes consultores podem ser da
Embraer das unidades Faria Lima, Eugênio de Melo, Taubaté, ELEB, Gavião
Peixoto ou Botucatu, com contrato de trabalho por tempo indeterminado ou podem
ser também consultores externos.

Devido a limitações operacionais, logísticas, de tempo e espaço, o Campeonato terá o


seu número de participantes limitados em 50 equipes.

4. Ajuda externa e Consultores Embraer


A equipe, composta única e exclusivamente por alunos, poderá contar com apoio de
profissionais externos para orientação das pesquisas.

A participação de profissionais da Embraer ou outros especialistas terá por objetivo apoiar


os alunos na busca de soluções e instigar a pesquisa e a experimentação.

Caso a equipe não tenha conseguido um consultor Embraer o trabalho pode ser iniciado
sem problemas, basta informar a Comissão Técnica sobre a ausência do consultor que a
mesma Comissão fará o possível para auxiliar e orientar os alunos conforme solicitação
esclarecendo dúvidas, dando dicas e apoiando via orientações por e-mail e durante as
oficinas. Será feito também um esforço dedicado e especial na busca de um consultor
Embraer ou externo para apoiar a equipe.

Os alunos devem utilizar-se de qualquer bibliografia ou conhecimento relacionado ao


projeto e construção de modelos de voo livre (ou lançados à mão) ou tema pertinente, bem
como informações vindas de profissionais ou de professores desde que sejam nas
discussões de alternativas com seus prós e contras e sendo estas decisões mencionadas
no relatório a título de justificativa. Contudo, os profissionais não podem tomar parte nas
decisões do projeto, contribuir com desenhos, relatórios ou construção dos modelos.

5. Pré-Inscrições
A pré-inscrição para o Campeonato Embraer de Miniplanadores deverá ser feita através do
e-mail com o Instituto Embraer institutoembraer@embraer.com.br e deverá conter:
 Nome da Escola, endereço e telefones de contato;
 Nome da Equipe;
 Nome dos integrantes da equipe junto com o respectivo ano que está cursando;
 Nome do professor orientador e disciplina(s) que ministra, e-mail e telefones de
contato;
 Nome(s) do(s) consultor(es) Embraer ou externos, se houver.

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Campeonato Embraer de Miniplanadores

A pré-inscrição é necessária para o início da participação no Campeonato, mas não


garante participação na Competição de Voo, que dependerá do número de equipes
participantes e do desempenho no Relatório.

6. Calendário
Por se tratar de evento onde as atividades devem ser feitas respeitando-se alguns prazos,
recomendamos às equipes o uso extensivo de listas de verificação (checklists), para que
as datas limites de entrega de relatório bem como o envio de fotos e/ou vídeos dos testes
sejam atendidas a contento. Tais datas poderão ser modificadas se necessário, porém
todos os participantes serão informados com antecedência.

Atividade Data e local Observações Importantes


Nessa oficina serão abordados
conceitos teóricos que contribuirão
para a elaboração do relatório bem
1ª Oficina Tira Dúvidas 14 de Abril como para o projeto inicial do
(professores, consultores e Local: Colégio Embraer miniplanador. No local serão
equipes) Juarez Wanderley disponibilizados Internet e espaço
para pesquisa e desenvolvimento do
projeto, com orientação da Comissão
Técnica.
Poderão ser desenvolvidas atividades
2ª Oficina Tira Dúvidas
12 de Maio de orientação de construção do
(professores, consultores e
Local: a definir miniplanador ou teóricas visando a
equipes)
finalização do relatório.
Poderão ser desenvolvidas atividades
3ª Oficina Tira Dúvidas
16 de Junho de orientação de construção do
(professores, consultores e
Local: a definir miniplanador ou teóricas visando a
equipes)
finalização do relatório.
Poderão ser desenvolvidas atividades
4ª Oficina Tira Dúvidas
11 de Agosto de orientação de construção do
(professores, consultores e
Local: a definir miniplanador ou teóricas visando a
equipes)
finalização do relatório.
20 de Agosto
Instituto Embraer – F56
Entrega do Relatório de
(térreo), Av. Brigadeiro Em caso de dúvidas entrar em
Projeto com desenhos,
Faria Lima, 2170, São contato com Instituto Embraer.
plantas e fotos
José dos Campos, CEP
12.227-901
5ª Oficina Tira Dúvidas
15 de Setembro Oficina com foco em técnicas de
(professores, consultores e
Local: a definir construção de miniplanadores.
equipes)
6ª Oficina Tira Dúvidas
20 de Outubro Oficina com foco em técnicas de
(professores, consultores e
Local: a definir construção de miniplanadores.
equipes)
Nessa oficina as equipes poderão
7ª Oficina Tira Dúvidas 17 de Novembro
fazer os Testes de voo utilizando a
(professores, consultores e Local: Parque da Cidade
mesma plataforma de lançamento do
equipes) de S.J. dos Campos
dia da Competição.
24 de Novembro
O grande dia.
Competição de Voo Local: Parque da Cidade
Boa Sorte!
de S. J. dos Campos

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Campeonato Embraer de Miniplanadores

7. Regras de Projeto
7.1. Dimensões do Planador (Intervalo Dimensional) (1)

Os planadores deverão ser projetados de tal forma que, estando completamente montados
(ou seja na mesma configuração do “lançamento”(2)), a seguinte limitação de tamanho (ou
intervalo dimensional) seja respeitada.
3.2 ≤ C + E ≤ 4,5m (ou C + E deve ser entre 3200mm a 4500mm)
Onde:
‘C’ = é o comprimento máximo ou a máxima dimensão encontrada do ponto mais dianteiro
ao ponto mais traseiro da aeronave. Esta medida é tomada paralelamente à linha central
da fuselagem e de forma a se ter o máximo o comprimento do planador. Veja as figuras no
Apêndice pág. 35.

‘E’ = envergadura máxima (ou largura máxima) da(s) asa(s). A envergadura será medida
tomando-se a distância de uma ponta a outra da asa. No caso de aeronaves com mais de
uma asa (asa em tandem) será considerada durante a medição a asa de maior
envergadura. Veja as figuras no Apêndice pág. 35.

Aeronaves que excederem o intervalo acima definido estarão sujeitas às penalidades


definidas na Seção 9.6, pág 16, ou conforme o caso, poderão até não ser autorizadas a
participar da Competição de Voo até que suas medidas sejam corrigidas para se
adequarem ao intervalo dimensional acima definido.

(1)
: A razão de se exigir restrições geométricas para o planador existe principalmente para se
garantir uma homogeneidade mínima entre as dimensões das aeronaves.
(2)
: Entende-se como configuração de “lançamento” aquela em que a aeronave está montada e
pronta para o lançamento e voo.

7.2. Materiais Proibidos


Para garantir os desafios propostos pelo Regulamento e estimular a criatividade dos
alunos no uso de materiais recicláveis, alguns materiais não poderão ser utilizados para a
construção do planador. Um motivo adicional para a proibição do uso destes materiais é
fazer com que as equipes realmente tenham que desenvolver seus próprios métodos de
fabricação do planador, os quais no geral acabarão por ser diferentes daqueles utilizados
por aeromodelistas experientes.
Os materiais utilizados na construção da aeronave podem ser de qualquer espécie,
exceto:
 Aqueles utilizados em aeromodelismo (madeira balsa, fibra de vidro ou carbono
com resina epoxi ou similar, Monokote e contraplacado Aeronáutico);
 Tubos de varas de pesca de qualquer espécie (exceto varas de bambu).

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Campeonato Embraer de Miniplanadores

 Quaisquer elementos feitos de material composto, i.e., fibra de vidro, fibra de


carbono ou similar.
 Isopores de alta elasticidade (Elapor®, ou similar).

7.3. Materiais Permitidos


Pode ser utilizado, entretanto, todo e qualquer tipo de material que não se enquadre na
descrição acima, tais como: papelão, isopor® ou depron® (utilizado em “embalagens de
frios ou carnes”), placas de isopor® em geral, PVC em filme (utilizado em plásticos de
sanduíche natural), bambu, tubo de alumínio (de antenas ou similares), papel de seda,
papel sulfite, etc.
Serão permitidos em 2012 os seguintes materiais:
 Poliestireno (Isopor® ou Estiropor®) de qualquer densidade. Recomenda-se que
este isopores sejam provenientes de embalagens ou materiais de reciclagem.
 Uso de colas tipo ‘cianocrilato’ (ou Super Bonder®), Araldite® (ou resina epóxi)) ou
qualquer outro tipo de adesivo químico é permitido para colagem de partes do
planador ou junção de componentes.
Quaisquer dúvidas referentes aos materiais permitidos ou não permitidos, é obrigatório
consultar a Comissão Técnica para o esclarecimento a dúvida.

7.4. Dispositivos Proibidos


São proibidos:

 Dispositivos ou mecanismos de lançamento;


 Uso de hélices movidas a elásticos ou qualquer outro tipo de propulsão.
 Dispositivos ou mecanismos de ajuste durante o voo, tipo superfícies controladas
via rádio ou qualquer outro dispositivo de acionamento embarcado no planador
(tipo timer de acionamento de profundor, etc).

8. Regras de Relatório e Desenhos


8.1. Formato do relatório e limitações
O relatório deverá:
 ser escrito à mão, com letra legível e em papel;
 conter entre 5 e 10 páginas, excluindo capa, índice, apêndices e desenhos.
Contam como páginas do relatório aquelas usadas para inserção das fotos
referente ao bônus citado na Seção 9.4, pagina 14.
 a capa deverá conter:
o Nome da Escola
o Nome da Equipe

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Campeonato Embraer de Miniplanadores

o Nome dos integrantes da equipe junto com o respectivo ano que está
cursando;
o Nome do professor-orientador
o Nome(s) do(s) consultor(es) Embraer
 no máximo cinco páginas de desenhos feitos à mão, em papel A3 (420 x
297mm) branco, quadriculado ou milimetrado (o papel fica a escolha da equipe).
A equipe pode fazer quantos desenhos quiser, mostrando as características
detalhadas do miniplanador. As folhas usadas para o desenho devem ter margens
de pelo menos 1,5cm de cada lado. Ver Seção 8.2, item 7 e 8.
 todas as medidas lineares deverão estar em milímetros (mm), os ângulos em
graus (o) e as áreas em centímetros quadrados (cm2).

Um exemplo de capa (ou folha de rosto) do Relatório é mostrado no desenho abaixo. Este
padrão não é obrigatório, mas apenas uma recomendação. Pede-se uma atenção
especial ao posicionamento do nome e número da equipe. A inserção do desenho do
planador projetado pela equipe na capa não é obrigatória, mas enriquece bastante a
apresentação do trabalho.

Ao inserir o nome da escola deve-se especificar se está é uma instituição pública


ou particular. Exemplo de capa (o ano de 2009 é somente um exemplo).

Campeonato Embraer de Mini Planadores

Nome da Escola

Nome da Equipe

Componentes da Equipe
Professor Orientador

Cidade
mês / 2009

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8.2. Assuntos a serem abordados no Relatório


O relatório deve conter:
1. Estudos e avaliações realizadas pela equipe exclusivamente em temas
correlacionados à escolha da configuração, projeto e fabricação do miniplanador ou
protótipos.
2. Descrição da aeronave conforme a configuração escolhida pela equipe, ou seja, quais
a razões que levaram a equipe a definir por aquele projeto.
 Porque o planador tem a forma (ou configuração) escolhida?
 Esta configuração foi definida com base em quais critérios: pesquisa de planadores
reais, pesquisa sobre aeromodelismo, ou por outros critérios?
3. Descrição das justificativas para o emprego dos materiais escolhidos pela equipe na
construção do planador.
4. Experiências realizadas pela equipe para testar o planador ou algum conceito (ou
solução de projeto) utilizado.
5. Qualquer técnica ou idéia inovadora ou original do projeto.
6. As seguintes Especificações Técnicas do Miniplanador, obrigatoriamente
acompanhadas dos respectivos cálculos:
a. Peso [PV]: peso do miniplanador expresso em gramas (g).
b. Envergadura [E]: é a distância de uma ponta a outra da asa .
c. Comprimento [C]: é a distância do ponto mais dianteiro (ou nariz) do planador
ao ponto mais traseiro (ou cauda) do planador. É medida de forma paralela a
linha de centro do planador.
d. Soma das medidas da Envergadura (E) e Comprimento(C), ou seja, (ou C + E).
e. Relação entre a Envergadura [E] e o comprimento total do planador [C], ou seja
a equipe deve obter as seguintes relações (ou divisão):
1) REC = E/C (em valores ‘absolutos’ (ex.: 1,500) ou em % (150%))
2) RCE = C/E (em valores ‘absolutos’ (ex.: 0,667) ou em % (67%))
Exemplos para um miniplanador com E=2700mm e C=1800mm.
f. Envergadura do Estabilizador Horizontal (EH) [eEH]: é a distância de uma
ponta a outra da cauda horizontal do planador.
g. Altura do Estabilizador Vertical (EV) [eEV]: é a altura da cauda vertical do
planador.
h. Área da Asa [AA]: é a área da asa na vista de cima (ou vista em planta) do
planador. Se a asa for retangular a área será a envergadura vezes a largura da
asa (ou corda da asa).
i. Alongamento da asa [Al]: Este número representa o quão esbelta é a asa, ou
seja, o quanto ela tem a mais de envergadura em relação a sua largura. Para se
calcular este número basta dividir o quadrado da envergadura pela área da asa
ou: Al = b2 / AA
j. Diedro [d]: é o ângulo formado entre a asa e o plano de uma mesa em que se
apoia o miniplanador. Ver desenho no Apêndice 3.2, página 37.

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Campeonato Embraer de Miniplanadores

k. Área do Estabilizador Horizontal [AEH]: é a área da cauda horizontal do


miniplanador. Pode ser a área de um trapézio, um retângulo ou qualquer outra
dependendo de como é a estabilizador horizontal do planador.
l. Área do Estabilizador Vertical [AEV]: é a área da cauda vertical do
miniplanador.
m. Relação (ou divisão) entre as áreas da estabilizador horizontal e a área da asa
[AEH/AA] e área da estabilizador vertical e a área da asa [AEV/AA ].
n. Relação aproximada entre a posição do CG em relação ao comprimento total da
fuselagem [PosCG]. As distâncias devem ser tomadas em relação a ponta do
miniplanador, ou seja, caso o comprimento máximo da fuselagem do
miniplanador seja de 1700mm e o CG esteja posicionado a 600mm da ponta, a
relação neste caso seria de PosCG = 600/1700 = 0,353. Este valor pode ser
expresso em valores absolutos ou em porcentagem (%) do comprimento total da
fuselagem.
7. Desenhos que mostrem, da melhor forma possível, como é o planador e como ele
será fabricado, através da quantidade e qualidade das informações gráficas contidas
em cada desenho, tais como: dimensões, detalhes de construção e montagem,
materiais utilizados, peças do planador, dentre outros.

8. Como última folha, uma planta para inspeção dimensional, com as 3 vistas do
miniplanador (ver desenho abaixo). Outros exemplos no Apêndice 3.2, pag. 37 e 38.

Não contarão pontos na avaliação do relatório:


1. Pesquisas e materiais bibliográficos sobre assuntos gerais relacionados a
aeromodelismo ou aviação, pesquisas no campo da história da aviação, entre outros
assuntos.

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Campeonato Embraer de Miniplanadores

2. Especificações Técnicas do Miniplanador desacompanhadas dos respectivos cálculos


ou explicações que justificam o projeto.
3. Soluções inovadoras sem explicação ou embasamento.

8.3. Entrega do Relatório


Cada equipe deve enviar o relatório em papel, junto com os desenhos e planta, mais CD
com fotos de construção e vídeo de apresentação até a data prevista no calendário,
pessoalmente, por correio (carta registrada) ou através de seu consultor empregado
Embraer para o Instituto Embraer – F56 (térreo), Av. Brigadeiro Faria Lima, 2170, São
José dos Campos, CEP 12227-901.

9. Pontuação
9.1. Pontuação de Projeto
Será considerada na pontuação de projeto a nota final obtida pela equipe no Relatório de
Projeto, acrescidas de eventuais penalidades conforme descrito na Seção 9.6, pág 16.
O Relatório deve ser enviado até a data prevista no calendário e no caso de serem
recebidos mais de 50 relatórios, esta nota será usada para selecionar as equipe finalistas
que participarão da Competição de Voo.
O valor máximo de pontos a serem atribuídos ao Relatório de Projeto será de 500
pontos.

9.2. Pontuação de Voo


A pontuação na Competição de Voo será feita utilizando-se a média dos três melhores
voos da equipe, ou seja, soma-se a pontuação dos três melhores voos e divide este
resultado por três (3).

Pontos Competição de Voo = [Melhor Vôo 1 + Melhor Vôo 2 + Melhor Vôo 3] / 3

Cada equipe deve impreterivelmente executar três vôos válidos.

Cada vôo será pontuado da seguinte forma.

Pontos Voo = [Distância de Voo (m) X Tempo de Voo (s)]

Onde:
Distância de Voo: será a distância medida da base da plataforma até o ponto onde o
planador PAROU TOTALMENTE. Ver Seção 11.2.10.
Tempo de Voo: é o tempo contabilizado pelo planador no momento em que este deixou a
mão do piloto (ou lançador) até a parada completa deste no solo. Ver Seção 11.2.10.

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Campeonato Embraer de Miniplanadores

Exemplo de pontuação de voo


Por exemplo, um planador que consiga em seu melhor voo (Melhor Voo 1) a marca de 50
metros de distância em 8 segundos e meio (8,5 seg), obterá uma pontuação de: 50 x 8,5
= 425 pontos.
Suponhamos que os outros dois melhores vôos do planador a pontuação obtida tenha
sido de:
Melhor Voo 2: 32 metros e 5,5 segundos = 176 pontos
Melhor Voo 3: 40 metros e 6 segundos = 240 pontos
A pontuação de Vôo final da equipe será portanto:

Pontos Competição de Voo = [Melhor Vôo 1 + Melhor Vôo 2 + Melhor Vôo 3] / 3


Pontos Competição de Voo = [425 + 176 + 240] / 3 = 280.3 pontos
Caso a equipe tenha feito somente dois voos válidos, por exemplo se esta não validou o
Melhor Vôo 2 (este voo não foi pontuado, ou seja, ficou em zero), o resultado final fica
igual a 221.67 pontos.
Pontos Competição de Voo = [425 + 0 + 240] / 3 = 221.67 pontos

9.3. Bônus pelo Planador de Menor Peso


Para estimular as equipes a pensar em planadores leves, bem como, exercitar a
criatividade dos alunos no uso de materiais resistentes e de baixo peso, serão
adicionados pontos na forma de bônus aos planadores da seguinte forma:
O planador que, após a pesagem, apresentar o menor peso, ganhará a pontuação
máxima desta bonificação, ou seja, 50 pontos. O segundo planador mais leve ganhará os
pontos de bônus conforme a equação (ou fórmula) abaixo e assim por diante para o
terceiro, quarto, quinto, etc.

Pontos ‘Menor Peso’ = 51 - (colocação de peso)

Onde: Colocação é a posição, em ordem crescente na lista das 50 equipes com menor
peso vazio, ou seja, do 1º ao 50º planador.

9.4. Bônus por Fotos e Vídeos.


Por ocasião da entrega dos relatórios, as equipes poderão anexar um CD ou DVD com o
seguinte conteúdo:
1) Fotos da construção do miniplanador, indicando claramente como os alunos da equipe
trabalharam, cortaram e colaram as diversas partes, as ferramentas utilizadas e o
processo de montagem dos protótipos e/ou da versão final = até 50 pontos.
2) Vídeos de voo, onde seja possível identificar a participação da equipe e ter clara noção
das distâncias e tempos voados, preferencialmente ao ar livre = até 50 pontos.

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Campeonato Embraer de Miniplanadores

Atenção: As fotos e vídeos enviados, não garantem o valor máximo da bonificação. A


atribuição da nota ficará a cargo dos mesmos juízes que avaliarão os relatórios e a nota
será final e não poderá ser modificada.
No caso de envio de vídeos, sugere-se que os mesmo sejam enviados no formato:
*.wmv (ou Windows Media Player)

9.5. Pontuação Final


A divulgação da pontuação será feita na ocasião da cerimônia de premiação, no final da
Competição de Voo.

9.5.1. Pontuação Geral


A pontuação geral será calculada como segue:
Total de Pontos do Campeonato = Pontuação de Projeto + Bônus de Fotos
e Vídeos + Bônus de Peso + Pontos Competição de Voo – Penalidades
Penalidades: No caso da aplicação de alguma penalidade, pontos poderão ser
subtraídos da nota final da equipe dependendo da penalidade aplicada. Ver Seção 9.6 a
seguir.

9.5.2. Critérios de Desempate


Em caso de empate no resultado final, a seqüência de itens abaixo definirá o vencedor,
ou seja, para duas ou mais equipes que obtiveram a mesma nota final, aquela que for
vitoriosa em um dos critérios abaixo e na ordem em que estes estão apresentados será
considerada vencedora:
1. Competição de Voo
2. Competição de Projeto
3. Bonificação por Menor Peso
4. Bonificações por Fotos e Vídeos.

15
Campeonato Embraer de Miniplanadores

9.6. Penalidades (Perda de Pontos)


Algumas penalidades previstas são apresentadas na tabela abaixo, porém conforme o
caso, outras penalidades poderão ocorrer a critério da Comissão Julgadora.
As penalidades estão divididas por assunto:

1 – Não conformidade da Aeronave


Descrição Penalidade
Planador que exceda o tamanho máximo ou mínimo em mais de 100 mm no
De 10 a 20 pontos
total.
Até 50 pontos (sujeitos à
Planador fabricado com materiais não permitidos
desclassificação)
Não permissão de voo até
Planador sem proteção na parte dianteira da fuselagem para o caso de
que a proteção seja
fuselagens rígidas. Ver Seção 11.1.2.
instalada.
Outros casos Avaliado conforme o caso.

2 – Relatório
Descrição Penalidade
Atraso no envio do relatório (atraso máximo de uma semana) Até 20 pontos
Relatório com mais de 10 páginas (exceto capa, páginas de desenho e
Até 20 pontos
plantas)
Outros casos Avaliado conforme o caso.

3 – Itens Operacionais
Descrição Penalidade
Realizar o primeiro voo na competição Não permitido
Passível de
Desrespeito ao espaço aéreo da pista de voo oficial
desclassificação
Avaliado conforme o caso,
Desrespeito / desobediência aos juízes e fiscais.
sujeito à desclassificação.

Outros casos Avaliado conforme o caso.

Observação: Não é intenção da organização aplicar penalidades a nenhuma


equipe como forma de punição, entretanto para se manter a máxima justiça, caso
alguma equipe não atenda a alguns dos itens obrigatórios nas datas previamente
definidas, alguma(s) penalidade(s) eventualmente poderá(rão) ser aplicada(s).

16
Campeonato Embraer de Miniplanadores

PARTE II

17
Campeonato Embraer de Miniplanadores

10. Regras Iniciais


10.1. Regras para participação e Configuração do Miniplanador

10.1.1. Condições para participação.


Somente aeronaves de asas fixas têm permissão de competir.
Poderão participar SOMENTE os Miniplanadores (ou equipes) que:
1. Tenham enviado o relatório até a data limite conforme mostrado na Seção 6.
2. Estejam dentro dos limites dimensionais (ou tamanho máximo e mínimo) descritos
na Seção 7.1, página 8.
3. Utilizem materiais permitidos conforme definidos na Seção 7.2, página 8.
4. Seja resultado de um projeto original desenvolvido pelos alunos da equipe.
5. Tenham sido construídos dentro dos requisitos mínimos de construção, conforme
Apêndice 3.1C, página 36.
6. Sejam SOMENTE lançadas à mão. Os Miniplanadores NÃO poderão ter qualquer
tipo de propulsão ou dispositivo de lançamento que auxilie no voo, tipo hélices,
elásticos, entre outros conforme citado na Seção 7.4, página 9.

10.2. Identificação do Miniplanador


Todo Miniplanador deve vir identificado de forma clara com o número da equipe e se
possível com o nome da escola.
A correta identificação do planador é de extrema importância, pois auxilia e agiliza os
procedimentos durante a Competição de Voo garantindo um bom andamento da mesma.
A identificação do Miniplanador deve ser feita da seguinte forma:

10.2.1. Número da Equipe


O número da equipe deve ser colado na aeronave nos seguintes locais:
 Em cima (ou extradorso) de uma das asas.
 Ambos os lados do estabilizador vertical (ou cauda).
Os números demarcados nas asas de cada Miniplanador deverão ter no mínimo 5 cm de
altura e ser feitos em letras legíveis e indeléveis.
Na cauda do planador (estabilizador vertical) tais números poderão ser proporcionais à
área usada para colagem.
Caso o número não seja visível e dificulte a identificação rápida da aeronave, a equipe
poderá ser solicitada a providenciar tal identificação durante a Competição de Voo. A não
observância desta solicitação poderá incorrer em advertência a equipe ou até a uma
penalidade definida conforme o caso.
O número da equipe será definido pela organização e após o processo de seleção descrito
na Seção 5, pagina 6.

10.2.2. Nome da Equipe e da Escola


O nome da equipe e da escola deve ser claramente mostrado:

18
Campeonato Embraer de Miniplanadores

 Na parte superior de pelo menos uma das asas (direita ou esquerda).


 Na cauda do planador (ou estabilizador vertical).
O nome de escola deve vir escrito por extenso e em letra legível com pelo menos 2 cm de
altura
A identificação da escola não exclui a necessidade de identificação da equipe (número),
como acima especificado.
10.3. Sugestões.
Toda e qualquer sugestão observação ou dica, por escrito ou via e-mail, é muito bem vinda
e ajudará a Comissão na organização do Campeonato.
É sempre importante ter em mente que o sucesso do Campeonato depende da
colaboração de todos: Escolas, professores orientadores, alunos e consultores.

10.4. Comentários e Observações


Qualquer comentário ou dúvida a respeito das regras poderá ser encaminhado à
Organização o mais rápido possível, para evitar erros de compreensão a respeito dos
propósitos e intenções da mesma.
Neste sentido, contatos deverão ser efetuados com o Instituto Embraer, por meio do email
institutoembraer@embraer.com.br.
As situações não previstas no Regulamento do Campeonato serão analisadas e decididas
pela Comissão Organizadora.

19
Campeonato Embraer de Miniplanadores

11. Regras de Voo


11.1. Competição de Voo
Para participar da Competição de Voo, a equipe deve ter enviado o Relatório de Projeto,
ter sido selecionada conforme citado na Seção 10.1, pág. 18, e deve também estar com
seu miniplanador COMPLETO e já TESTADO EM VOO.

11.1.1. Condições de Tempo para o Voo

O voo se dará com chuva (desde que branda) ou sol, por isso as equipes deverão se
precaver em relação a impermeabilidade de seus planadores.
No caso de chuva mais intensa a competição poderá ser suspensa até que as condições
se tornem minimamente aceitáveis para os lançamentos oficiais. Sobre o número de voos
oficiais (ou baterias de voo) ver Seção 11.2.15, pág. 30.
Condições de vento logicamente não são controladas, portanto os planadores devem estar
aptos a voar com ventos alinhados ou não à direção de voo, ou seja, estes devem possuir,
depois de construídos e devidamente testados, uma estabilidade natural a ventos
moderados (como referência, ventos de até 12km/h). Uma parte do desafio consiste e
desenvolver um planador que apresente boas características de voo nestas condições, isto
é, este deve voar preferencialmente em linha reta.

11.1.2. Inspeções de Segurança


Cada miniplanador deverá passar por uma rápida inspeção de segurança antes de cada
voo. A inspeção de segurança não penaliza em pontos, mas pode impedir a equipe de
voar naquela bateria.
A avaliação de segurança constituirá:
 Verificação da correta instalação (ou fabricação) da ponta de proteção de
fuselagens caso estas tenham sido feitas em tubo de alumínio, bambu ou similar.
Este item é extremamente importante para se prevenir qualquer incidente em caso
de impacto do miniplanador com uma pessoa.
 Verificação da ausência de pontas ou partes que podem causar qualquer tipo de
incidente.
 Verificação da integridade estrutural da asa e fixação desta na fuselagem.
 Verificação rápida da posição do CG (centro de gravidade) do planador.

É proibido:
o Miniplanadores sem proteção na ponta da fuselagem caso esta seja feita de tubo
de alumínio, bambu ou algo similar (que contenham alguma ponta rígida).
o Miniplanadores que contenham chapas de alumínio ou qualquer superfície cortante
que não esteja devidamente protegida.
o Miniplanadores com partes danificadas ou quebradas em voos anteriores e que
não tenham sido adequadamente reparadas.

20
Campeonato Embraer de Miniplanadores

Correções referentes à segurança são permitidas, porém é importante que as equipes


fiquem atentas para não perder nenhuma bateria de voo oficial. As equipes devem ficar
próximas à área de voos oficiais para que, ao serem chamadas pelo sistema de som,
estas estejam com seu planador pronto para voo.

11.2. O Lançamento

11.2.1. Introdução
Um dos objetivos da Competição (ou missão a ser cumprida pelas equipes) é desenvolver
planadores fabricados em material reciclável, que lançados à mão, percorram a maior
distância possível no maior tempo possível. Para que esta missão seja bem sucedida,
uma parte importante é a fase de lançamento do planador.
Por esta razão, os lançamentos serão feitos sobre uma plataforma a ser montada para
este fim, em local adequado, durante o dia da Competição de Voo.

11.2.2. Plataforma de lançamento


A plataforma de lançamento será uma estrutura semelhante a que é mostrada na figura
abaixo. Este consistirá em uma espécie de escada com uma plataforma protegida na sua
parte superior de tal forma que os alunos possam subir para fazer o lançamento de seus
miniplanadores.
Caso o local de lançamento apresente alguma irregularidade a plataforma poderá ser
diferente da mostrada abaixo.

1,80m 1,80m

Esta plataforma terá uma altura entre 4m e 5m e comportará no máximo dois alunos de
uma mesma equipe (o lançador e um auxiliar). Uma equipe de cada vez fará o
lançamento de seu planador do alto da plataforma, enquanto as demais aguardam na fila
de voo na base da plataforma.
É proibido subir mais de cinco pessoas ao mesmo tempo na plataforma pois esta possui
um limite máximo de carga e por questões de segurança, este DEVE SER RESPEITADO.

21
Campeonato Embraer de Miniplanadores

Para se evitar congestionamentos, recomenda-se que a próxima equipe aguarde na base


da plataforma e não no centro da escada como mostrado na figura acima. Ficar na
escada impede o correto deslocamento das pessoas e pode ocasionar acidentes ou
danos aos miniplanadores caso alguém esteja descendo a escada e outra pessoa
subindo carregando o seu miniplanador.
É importante que logo após o lançamento, a equipe ceda lugar para que a próxima equipe
faça o seu lançamento. Caso a equipe demore a liberar a plataforma um Juiz irá solicitar
que a mesma seja rapidamente desocupada.
Para maiores detalhes sobre os Procedimentos, ver Apêndice 3.6, página 46.
Os miniplanadores SOMENTE poderão ser lançados com a autorização dos Juízes
da Plataforma. A pista e os Fiscais de Pista devem estar prontos antes do lançamento e
por esta razão o trabalho dos Juízes de Pista e de Plataforma deve ser muito bem
coordenado.

11.2.3. Voo Padrão (Voo Totalmente Válido)


Para que o voo seja considerado válido, o planador somente poderá ser lançado com a
autorização dos Fiscais de Pista (fiscais que farão a medição de distância) e do Juiz de
Lançamento (aquele que ficará na plataforma junto à equipe).
Sobre a plataforma, SOMENTE serão permitidos lançamentos de planadores durante os
voos oficiais e SOMENTE após a autorização do juiz.
Lançamentos que resultarem em voos curtos serão também considerados voos
válidos, portanto a equipe naquela bateria, terá somente uma chance para o lançamento.
Recomenda-se que a equipe (o lançador) treine bastante para que as características do
planador sejam bem conhecidas e o lançamento seja bem executado garantindo assim o
melhor voo possível. É importante também assegurar que o planador esteja bem
construído e bem equilibrado (posição do CG) para garantir um bom voo.
O planador, após o lançamento deverá alçar voo percorrendo a maior distância possível e
no maior intervalo de tempo possível.
Para que o voo seja EFETIVAMENTE CONSIDERADO VÁLIDO as condições do
planador após o pouso deverão estar de acordo com a Seção 11.2.8, ou seja, este não
poderá estar totalmente quebrado ou com partes que tenham se soltado por completo
exceto superfícies de cauda. Ver Seção 11.2.8.

11.2.4. Superfícies de Comando (ou para ajuste do voo)


As superfícies de comando para ajuste do voo no caso de miniplanadores poderão ser
utilizadas desde que sejam ajustadas manualmente no solo, ou seja, quando a aeronave
não estiver em voo. Estas superfícies são também denominadas “tabs fixos” e
normalmente são instaladas na cauda (no leme e profundor) e nas asas (nos ailerons).

Tais superfícies permitem ajustar ligeiramente a trajetória de voo dos planadores. Caso
algum pequeno defeito de construção seja constatado, tais superfícies podem também
auxiliar na manutenção do equilíbrio e do voo retilíneo quando necessário.

22
Campeonato Embraer de Miniplanadores

O planador IDEAL é aquele que não necessita de tais superfícies. Estas são usadas para
eventuais correções. Veja figura a seguir, na próxima página.

Sistemas ajustáveis em voo, via rádio ou qualquer outro sistema mecânico ou eletrônico
não são permitidos, conforme citado na Seção 7.4, página 9 .

11.2.5. Vôos em curva


Vôos em curva também são considerados voos oficiais e não poderão ser repetidos. Caso
o planador voe em curva e se voltando para trás e ultrapassando o limite lateral do ponto
de lançamento (plataforma) e pousando no solo, o voo não será considerado válido, pois
nestes casos a medição da distância não é possível de ser feita.
Caso o miniplanador em voo execute uma curva para trás da plataforma de lançamento
porém retorne voando para a pista de voo, este voo será considerado válido e a distância
será medida do ponto de lançamento até o ponto de parada total do miniplanador no solo.

11.2.6. Vôos fora dos limites da pista demarcados.


A pista de voo (ou área demarcada para voo) será um retângulo de medidas ainda a
serem definidas e similar a que foi montada em 2011. Ver Apêndice 3.4, pág 43.
Em alguns casos o planador poderá voar e pousar fora desta área porém nestas
condições o voo ainda pode ser considerado válido caso o planador ultrapasse os limites
laterais e final da pista. Neste caso a distância é medida até a linha (ou grade) lateral ou
final de demarcação da área de voo, no mesmo ponto que foi sobrevoado pelo
miniplanador. Não serão medidas as distâncias para fora da área de voo. O tempo de voo
neste caso é medido normalmente, do momento que o miniplanador foi lançado até a
parada total deste independente do local (solo, árvore, pessoas, etc.).

23
Campeonato Embraer de Miniplanadores

Como citado, o único limite da pista que efetivamente invalida um voo é o limite lateral
atrás do plano da plataforma. Conforme citado caso a planador sobrevoe esta região,
porém volte para a pista, o voo poderá ser considerado válido.

11.2.7. O Pouso
O pouso poderá ser de qualquer forma: alinhado com o solo (ou pouso ideal), “como uma
lança” ou de ponta (o que não é ideal), de cauda, de cabeça para baixo, em estrela, etc...
Não existe regra que defina a posição que o planador deve estar após a parada total.
Todavia, as condições do planador deverão estar de acordo com o que é descrito a seguir
na Seção 11.2.8.

11.2.8. Condição do Planador após o Pouso – Voo Válido


Para que o voo seja EFETIVAMENTE CONSIDERADO VÁLIDO as condições do
planador após o pouso (ou a parada total) deverão ser perfeitamente atendidas. São
estas:
O Planador deve estar com a asa e a fuselagem intactos, isto é, nenhuma parte da asa ou
fuselagem (corpo do planador) poderá estar quebrada e separada da aeronave.
Quebras que eventualmente ocorram na asa ou fuselagem e que não acarretarem em
desprendimento de nenhuma parte destes componentes, não invalidam o voo, ou seja,
este voo poderá ser considerado válido.
A quebra de partes da superfície de cauda também não invalidam o voo. Ver, figura
abaixo.

11.2.9. Casos especiais


Alguns casos especiais poderão ocorrer tais como choque do planador com algum Fiscal
de Pista, planadores que atinjam algum obstáculo pertencente ao layout montado na área
da Competição entre outros. Nestes casos a Comissão Organizadora poderá, logo após o

24
Campeonato Embraer de Miniplanadores

ocorrido, deliberar para permitir um segundo lançamento em uma mesma bateria ou ainda
validar (ou não) o voo.

11.2.10. Avaliação da Distância, do Tempo de Voo


Distância
A distância máxima alcançada pelo planador será medida em LINHA RETA do ponto de
lançamento ao ponto em que houve a parada TOTAL do planador. A distância será
medida em metros (m) e inserida no quadro (com giz) a ser usado pelo Fiscal de Pista
para que os fiscais de plataforma e o público possam ver a distância atingida pelo
planador. Ver Apêndice 3.6, página 46.
Após a parada completa do planador, o ponto a ser considerado para o posicionamento
da trena será aquele que for mais próximo ao centro da asa, ou seja, o ponto em que o
centro da asa se cruza com a linha de centro da fuselagem.
Se o planador executar um voo em curva e por ventura voltar para trás (ou seja, reduzir a
distância) o ponto considerado para se medir a distância será o ponto de pouso ou parada
total do mesmo. Nos casos de voo em curva ou “voo para trás”, não será considerado
como ponto mais distante aquele que foi somente sobrevoado pelo miniplanador.
Não serão considerados, por exemplo, pontas de asa ou da cauda, ou qualquer outro
ponto mais a frente para a definição da distância máxima, somente o ponto central do
planador de acordo com o parágrafo anterior.

25
Campeonato Embraer de Miniplanadores

Tempo
A medição do tempo será feita do instante em que o planador deixar a mão do lançador
até a sua parada total no solo. Ver Apêndice 3.6, página 46.
Dois (ou mais) Fiscais de Tempo serão posicionados no campo de voo ou na plataforma
para que os tempos médios sejam considerados. Isso evitará eventuais incertezas ou
dificuldades nos momentos de disparo e parada dos cronômetros.
O tempo será medido em segundos (s) e anotado na planilha de pontuação.

11.2.11. Verificação Dimensional


A inspeção dimensional em 2012 será feita antes do lançamento somente na 1ª bateria.
A partir da 2ª bateria esta medição será feita somente após os voos válidos. A verificação
dimensional e consiste basicamente na medição do comprimento máximo do planador, ou
comprimento máximo da fuselagem incluindo a cauda (ou estabilizador vertical) e da
envergadura da asa, ou da maior asa no caso de aeronaves com mais de uma asa.
Observação: Conforme o número de equipes e os procedimentos adotados para os voos esta
medição pode ser feita antes de cada voo em todas as baterias.

Esta inspeção é para verificar se o planador foi construído dentro dos limites
estabelecidos na Seção 7.1. Caso o planador esteja fora deste intervalo dimensional a
equipe será penalizada conforme Seção 9.6., ou seja, de 10 a 20 pontos para os
planadores que excederem em mais de 100mm o tamanho máximo ou mínimo permitido.
Medida do Comprimento
O comprimento será medido com uma trena (em milímetros) do ponto mais à frente do
planador ou nariz da aeronave até o ponto mais traseiro deste. Este ponto pode ser o final
da fuselagem ou a ponta do estabilizador vertical (ou cauda da aeronave). Esta medida
será tomada de forma paralela à linha central da fuselagem ou o mais próximo disto. Veja
figura abaixo:

26
Campeonato Embraer de Miniplanadores

Se caso o planador for do tipo asa voadora, o comprimento máximo será do ponto mais
extremo dianteiro ao ponto mais extremo traseiro, medido de forma paralela à linha de
centro da fuselagem. Veja figura abaixo:

Medida da Envergadura Máxima


A envergadura máxima ou distância de uma ponta a outra da asa será medida também
com uma trena (em milímetros). Nas aeronaves convencionais, somente a asa terá sua
medida determinada, porém no caso das aeronaves com duas asas a maior asa será
considerada para o processo de medição. Veja figura abaixo:

27
Campeonato Embraer de Miniplanadores

11.2.12. Pesagem do Miniplanador vazio


Na 1ª bateria todos os miniplanadores serão pesados antes dos voos. A partir da 2ª
bateria e somente após cada voo válido o miniplanador será levado para a tenda de
pesagem onde o mesmo terá o seu peso determinado. O peso será dado em gramas (g).

11.2.13. Alterações e Reparos


Após os ensaios em voo com o planador e se houver necessidade, o projeto original
poderá ser eventualmente modificado visando melhorar o desempenho deste planador.
Caso tais modificações sejam feitas antes do envio do relatório recomenda-se que estas
sejam inseridas no Relatório (como uma descrição ou como um novo desenho, ou
desenho adicional). Caso tais alterações tenham sido feitas após a data de envio do
relatório, este NÃO precisa ser alterado em função destas modificações, entretanto é
extremamente interessante que a equipe informe aos juizes quais foram estas alterações
no dia da Competição de Voo.
Caso uma aeronave, durante a Competição de Voo, sofra uma avaria (ou quebra) esta
poderá ser reparada no próprio ambiente da Competição. É interessante que o reparo não
modifique as características originais do planador.
Recomenda-se que cada equipe leve a sua “oficina portátil” para o ambiente da
competição, a fim de garantir eventuais reparos em sua aeronave. A “oficina portátil” pode
conter materiais similares àqueles usados para a construção do planador e até partes
sobressalentes do mesmo, de maneira que o conseto de uma eventual avaria seja uma
tarefa relativamente mais fácil.

Cada equipe poderá levar além do planador oficial, no máximo 2 planadores


reserva. Serão permitidos no máximo três (3) planadores por equipe.
Os planadores devem ser iguais, ou seja, devem corresponder a um mesmo
projeto.

11.2.14. Considerações Adicionais de Voo


11.2.14.1. Ordem de Voo
A ordem de voo para a competição será, a princípio, baseada no número da equipe o qual
será definido pela Organização da Competição. Ver Seção 10.2.1, pág. 18.
A ordem de voo poderá ser alterada em caso de necessidade, porém esta deve ser
controlada e verificada pela Organização da Competição de Voo.

11.2.14.2. Tempo máximo para o lançamento


Após a chamada pelo sistema de som e o posicionamento da equipe na plataforma, esta
tem até 1 minuto (como referência) para executar o lançamento de seu planador. O
lançamento somente será feito após autorização do Juiz de Lançamento, que ficará na
plataforma ao lado das equipes durante o lançamento.

28
Campeonato Embraer de Miniplanadores

No caso de ventos excessivos, a equipe poderá aguardar no máximo por 3 minutos até
que a intensidade do vento se torne menor. Caso não ocorra a redução dos ventos o
planador deverá ser lançado nestas condições ou a equipe poderá escolher perder a
bateria e voar na próxima.

11.2.14.3. Voos de Teste


Voos de teste durante a competição serão permitidos desde que feitos em local
apropriado, ou seja, não serão permitidos voos de teste dentro da pista oficial uma vez
que tais voos poderão acarretar possíveis atrasos ou dificultar na organização dos voos
oficiais.
Algumas áreas para testes dos planadores, mesmo durante a Competição de Vôo, serão
definidas pela organização do evento e informadas no início da competição.
Pede-se a colaboração de todos para que a área de voo fique reservada SOMENTE para
os voos oficiais. NÃO SERÃO PERMITIDOS voos de teste de qualquer natureza, duração
ou distância, dentro da pista de voos oficiais.

11.2.14.4. O Lançamento e o Voo


O lançamento do planador é uma das fases mais importantes do voo. Cada planador
possui uma velocidade natural de operação, lançamentos feitos de forma errada ou que
imprimam velocidades além ou abaixo da velocidade ideal poderão fazer com que o voo
não seja tão bem sucedido.
Em geral as características de voo dos planadores são afetadas não somente pela a
velocidade e inclinação em que o planador é lançado, mas principalmente pela posição do
“centro de peso” (ou centro de gravidade - CG) do planador. Esta é uma das
características mais importantes e será detalhadamente explicada durante as ‘Oficinas
Tira Dúvidas’.
Por exemplo, na figura seguinte podem ser vistos, digamos, três tipos de voos:
Voo baixo (e): voo em que o lançador soltou o planador muito para baixo e/ou com pouca
velocidade acarretando assim menor distância e tempo percorrido. Em geral este voo
ocorre também quando o CG está muito dianteiro em ralação à posição da asa.
Voo plano (f): é o voo em que o planador está com seu CG corretamente posicionado e
foi lançado no ângulo e na velocidade correta. Neste voo o planador alcança a melhor
distância de voo, pois voa de forma mais natural e dentro da velocidade para qual ele foi
projetado. Neste tipo de lançamento o lançador impulsiona o planador na sua velocidade
correta, nem mais nem menos. Esta velocidade e ângulo podem variar de planador para
planador.
Voo oscilante ou “em onda” (g): voo em que o planador foi lançado com velocidade
acima da ideal, o que causa uma subida repentina, uma consequente perda de
velocidade e redução brusca da altura o que, conforme o planador, pode gerar um voo em
ondas. Este voo geralmente acontece também quando o CG encontra-se muito recuado
(ou traseiro) em relação à posição da asa. Voos deste tipo não alcançam distâncias muito
grandes e em geral ocorrem somente uma ou duas oscilações até o solo.

29
Campeonato Embraer de Miniplanadores

Exemplos de trajetórias observadas do planador. Esta figura é uma ilustração feita por um
dos precursores da aeronáutica: Otto Lilienthal (por volta do ano de 1890).

11.2.15. Número de Baterias e Bateria Final


Uma bateria é definida como o período de tempo em que cada equipe fez um lançamento
oficial. Após todas as equipes terem lançado os seus planadores e as planilhas de notas
serem contabilizadas, a bateria seguinte poderá ser iniciada. O tempo estimado para cada
bateria deve ser de aproximadamente 1,5 a 3,0 horas.

A Organização do Campeonato tem como objetivo desenvolver um número de baterias de


considerado coerente e satisfatório para que todas as equipes tenham várias chances de
voo. Como planejamento inicial serão feitas seis (6) baterias de lançamentos oficiais.

Dependendo do tempo de duração de cada bateria, ao final da Competição poderá não


ser possível a execução de uma bateria completa, ou seja, com todas as equipes. Desta
forma para se garantir a máxima competitividade entre as equipes que se encontram na
liderança, poderá haver uma bateria entre os finalistas.

O número de equipes admitidas nesta bateria será determinado pelos organizadores da


competição baseado na posição de cada equipe até a bateria anterior.

Para um maior detalhamento acerca dos Procedimentos Operacionais da Competição de


Voo veja o Apêndice 3.6, página 46.

30
Campeonato Embraer de Miniplanadores

APÊNDICES

3.1. Configurações e processo de verificação dimensional


3.1.A Sobre as configurações ............................................................................. 32
3.1.B O processo de medição dos planadores ......................................... 35
3.1.C Construção permitida e não permitida .............................................. 36

3.2. Desenho em Três Vistas .............................................................................. 37

3.3. Exemplos de Plantas (ou Desenhos) .............................................. 39

3.4. Área da Competição de Vôo – Layout ........................................... 43

3.5. Responsabilidades ............................................................................................ 44

3.6. Procedimentos Operacionais (Resumo) ..................................... 46

3.7. Recomendações Gerais ................................................................................ 47

3.8. Bibliografia Recomendada ........................................................................ 52

31
Campeonato Embraer de Miniplanadores

APÊNDICE 3.1A: SOBRE AS CONFIGURAÇÕES.

Planadores reais na configuração convencional

32
Campeonato Embraer de Miniplanadores

Planadores reais na configuração “canard”

33
Campeonato Embraer de Miniplanadores

Planadores reais na configuração “asa voadora”

Planador real de teste na configuração “asa em tandem”.

34
Campeonato Embraer de Miniplanadores

APÊNDICE 3.1B: O PROCESSO DE MEDIÇÃO DOS PLANADORES

35
Campeonato Embraer de Miniplanadores

APÊNDICE 3.1C: SOBRE O PROCESSO DE CONSTRUÇÃO DOS


PLANADORES

36
Campeonato Embraer de Miniplanadores

APÊNDICE 3.2: DESENHOS de TRÊS VISTAS


(utilizar as dimensões sempre em milímetros (mm))

Exemplo 1
300
Exemplo de Planador
Planta para inspeção dimensional

85
Envergadura (L) = 2000mm (ou 2,0m)
Empenagem Horizontal (EH) Comprimento (C) = 1050mm (ou 1,05m)
L + C = 2000 + 1050 = 3050 mm (ou 3,05m)
20
Vista em planta Proporções de Empenagens,
Asa, Fuselagem e posição do CG apenas sugeridas

100
Centro de Gravidade (CG)
Linha de centro do planador
Vista lateral
2000 1050

Vista frontal

230

190
Empenagem Vertical (EV)

Exemplo 2

460

Exemplo de Planador
123

65

Envergadura (L) = 1500mm (ou 1,5m)


Empenagem Horizontal (EH)
Comprimento (C) = 1350mm (ou 1,35m)
20 L + C = 1500 + 1350 = 2850 mm (ou 2,85m)
Vista em planta
356
115

Proporções de Empenagens,
Asa, Fuselagem e posição do CG apenas sugeridas
66
100

Centro de Gravidade (CG)

1500 Vista lateral


1350

Vista frontal
26

Ângulos de diedro

19
Empenagem Vertical (EV)

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Campeonato Embraer de Miniplanadores

Exemplo 3

Exemplo 4 (Planador real)

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Campeonato Embraer de Miniplanadores

APÊNDICE 3.3: EXEMPLOS DE PLANTAS

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Campeonato Embraer de Miniplanadores

Exemplo de uma planta (mais detalhada) de uma asa voadora real. O voo deste tipo de
aeronave é ligeiramente difícil.

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Campeonato Embraer de Miniplanadores

Planta detalhada de um planador usado para aeromodelismo.

41
Campeonato Embraer de Miniplanadores

Esboço de um planador para um Campeonato similar.

Esboço de outro planador em voo (planador real).

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Campeonato Embraer de Miniplanadores

APÊNDICE 3.4: ÁREA DA COMPETIÇÃO DE VOO - LAYOUT

Layout preliminar.
A área da Competição de Vôo que será montada ainda está em estudo

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Campeonato Embraer de Miniplanadores

APÊNDICE 3.5: RESPONSABILIDADES

3.5.1. O Instituto Embraer será responsável por:


a. Definir a composição da Comissão Organizadora do Campeonato Embraer de
Miniplanadores.
b. Estabelecer parcerias para realização do evento.
c. Providenciar a infraestrutura necessária para realização do evento.
d. Executar o plano de divulgação.
e. Ser o canal de comunicação entre as escolas participantes e a Comissão
Organizadora.
f. Apoiar a Comissão Organizadora.

3.5.2. A Comissão Organizadora será responsável por:


g.Elaborar o Regulamento do Campeonato.
h.Coordenar todo o Campeonato Embraer de Miniplanadores.
i.Oferecer as Oficinas Tira Dúvidas.
j.Elucidar quaisquer dúvidas do Campeonato, que deverão ser enviadas
eletronicamente para institutoembraer@embraer.com.br
k. Avaliar os relatórios.

3.5.3. A escola participante será responsável por:


l. Conhecer o Regulamento do Campeonato em detalhes e estar de acordo com as
condições nele estabelecidas.
m. Divulgar o Campeonato junto aos alunos.
n. Formar a equipe de alunos que participará do Campeonato.
o. Indicar um professor orientador para a equipe e apoiá-lo nas atividades relativas à
participação da equipe no Campeonato.

3.5.4. O professor orientador será responsável por:


p. Conhecer o Regulamento do Campeonato em detalhes e aplicá-las com a equipe de
alunos.
q. Visar o máximo aprendizado dos alunos membros da equipe, fomentando que a
equipe busque as alternativas e soluções necessárias ao projeto.
r. Promover uma oportunidade singular de desenvolvimento das capacidades técnicas
e pessoais dos alunos de forma a despertar neles o gosto e o entusiasmo por
atividades similares e em qualquer campo de atuação.
s. Enviar o relatório no prazo estipulado.
t. Acompanhar a execução dos projetos e fabricação dos miniplanadores.
u. Participar das oficinas Tira Dúvidas.
v. Acompanhar os alunos no dia de realização da Competição de Vôo, até o final da
competição.

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Campeonato Embraer de Miniplanadores

3.5.5. O consultor Embraer será responsável por:


w. Conhecer o Regulamento do Campeonato em detalhes e aplicá-lo com a equipe e
professor orientador.
x. Incentivar o interesse dos alunos e propiciar a difusão e intercâmbio de técnicas e
conhecimentos das ciências aeronáuticas.
y. Acompanhar a execução dos projetos e fabricação dos miniplanadores.
z. Apoiar a equipe em todas as questões técnicas do projeto e ajustes necessários
para o voo.
aa. Fornecer informações adicionais sobre o projeto, a equipe ou a fabricação do
miniplanador sempre que solicitado.

3.5.6. A equipe de alunos será responsável por:


bb. Conhecer o Regulamento do Campeonato em detalhes.
cc. Elaborar o relatório.
dd. Participar das Oficinas Tira Dúvidas.
ee. Conceber o projeto, sob orientação do professor orientador e do consultor Embraer.
ff. Realizar todas as tarefas de fabricação do miniplanador.
gg. Seguir rigorosamente as instruções e orientações dos fiscais e juízes no dia da
Competição de Voo.

A Comissão Organizadora, por meio da equipe do Instituto Embraer, estará disponível


durante todo o período do campeonato para prestar esclarecimentos pelo email
institutoembraer@embraer.com.br, ou pelos telefones (12) 3927-5701, 3927-2766 e 3927-
3611.

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Campeonato Embraer de Miniplanadores

APÊNDICE 3.6: PROCEDIMENTOS OPERACIONAIS (RESUMO)


No dia da competição de vôo, o Campeonato Embraer de Miniplanadores seguirá as
etapas abaixo:
 Chamada da Equipe (ver primeiro item abaixo).
 Inspeção pré vôo dos Miniplanadores (ver Seção 11.1.2).
 Inspeção Dimensional dos Miniplanadores (1º bateria), após a primeira estes
serão medidos depois do vôo (Ver Seção 11.2.11)
 Lançamento dos Miniplanadores (Ver Seção 11.2).
 Medição da Distância e Tempo de vôo (Ver Seção 11.2.10).
 Recolhimento do Miniplanador.
 Medição do peso vazio do miniplanador (ver Seção11.2.12).

Descrição das Fases da Competição de Vôo

Chamada da equipe:
As equipes serão chamadas para se apresentar à inspeção dimensional seguindo a
seqüência de numero de inscrição, em ordem crescente. O numero de inscrição de cada
equipe será atribuído pela Comissão Organizadora de acordo com a ordem alfabética dos
nomes das instituições de ensino.
A chamada das equipes será realizada através do equipamento de som presente no local
do evento, e as equipes terão 5 minutos para se apresentar para a inspeção após terem
sido chamadas. Serão realizadas três chamadas: a 1ª chamada marcará o início dos 5
minutos, a 2ª chamada será realizada após dois minutos, e a 3ª quando faltar apenas um
minuto.
O quarto aviso será realizado após os 5 minutos, comunicando a equipe que ela não
poderá participar da bateria em questão, tendo assim que esperar até a próxima bateria.

Inspeção Dimensional:
Após a chamada, a equipe será encaminhada ao local destinado à inspeção dimensional.
Somente na primeira bateria a inspeção dimensional será feita antes dos vôos, após a
segunda baterias, esta inspeção será feita somente após os vôos válidos.
Neste local, onde é permitida a presença de até três integrantes da equipe, o miniplanador
será colocado sobre uma superfície (uma placa de madeira no chão ou sobre uma mesa) e
terão suas dimensões medidas e anotadas, e então a somatória será verificada. Caso a
somatória do miniplanador não esteja de acordo com o limite imposto no Regulamento, a
equipe poderá não participar da bateria em questão, e poderá adequar o planador à regra
para a bateria seguinte ou escolher pela penalidade explicitado na Seção 9.6, pág 16.
Após a inspeção dimensional será realizada uma pequena inspeção de segurança,
checando a integridade do planador, o correto posicionamento do CG, a presença de
proteção em pontas ou qualquer superfície que possa trazer algum perigo aos
participantes, entre outros itens segurança. A inspeção de segurança também pode levar a
equipe a não poder participar da bateria.

46
Campeonato Embraer de Miniplanadores

Lançamento dos Miniplanadores:


Após a equipe ser aprovada nas inspeções dimensional e de segurança, o miniplanador
deve ser levado por até dois componentes da equipe, sempre acompanhados de um fiscal,
para a plataforma de lançamento.
O juiz de lançamento comunica a equipe quando a plataforma está livre, e então o
lançador se posiciona no local do lançamento. Depois de posicionado, o lançador tem 1
minuto (como referência) para executar o lançamento de seu planador. O lançamento
somente poderá ser feito após autorização do juiz de lançamento que ficará na plataforma
ao lado das equipes durante o lançamento.
No caso de ventos excessivos a equipe poderá aguardar no máximo por 3 minutos até que
a intensidade do vento se torne menor. Caso não ocorra a redução dos ventos o planador
deverá ser lançado nestas condições ou a equipe poderá escolher perder a bateria e voar
na próxima.

Medição da Distancia e Tempo de Vôo:


O miniplanador deverá pousar de acordo com a Seção 11.2.7, e então sua distância será
medida pelo fiscal de pista. A
medição será realizada de acordo
com a figura ao lado, onde, após a
parada total do mesmo, o ponto 20

central do miniplanador será usado Distância medida do


ponto de lançamento até
para a medição. Ver Seção 11.2.9, o centro do planador

pág. 24.
20

A distância (em metros) é sempre


tomada em linha reta, do ponto onde
o miniplanador foi lançado ao ponto Distância
onde este parou totalmente. O valor
da distância medida será anotado
em uma lousa (quadro com giz) para
que o valor medido pelos fiscais de
pista possa ser anotado na ficha de
pontuação da equipe, pelos fiscais
da plataforma.
O tempo será medido em segundos
a partir do momento do lançamento
Lançador
até a parada total do miniplanador
no solo. Dois fiscais efetuarão a medição, para reduzir eventuais incertezas ou dificuldades
na medição.
Após o pouso e parada total do miniplanador, os integrantes da equipe devem permanecer
distantes do mesmo até a chegada de um fiscal.

Recolhimento do Miniplanador:
Depois de realizadas todas as medições o planador deve ser removido rapidamente da
pista, por membros da equipe, para que se possa dar continuidade aos lançamentos.
Após concluídas todas as etapas a equipe deve se preparar, e aguardar a chamada para a
próxima bateria.

47
Campeonato Embraer de Miniplanadores

APÊNDICE 3.7: RECOMENDAÇÕES GERAIS

1. Introdução

Ao longo da história da aviação e do desenvolvimento da Engenharia Aeronáutica como


ciência especializada é notável o uso de modelos ou experimentos desenvolvidos que
fizeram uso de modelos em escala reduzida das aeronaves. Exatamente pensando em
aproveitar o potencial educacional que a atividade centrada no projeto e construção de
modelos pode proporcionar, foi idealizado em 2009 e em comemoração aos 40 anos da
Embraer (Empresa Brasileira de Aeronáutica) o Campeonato Embraer de
Miniplanadores.
É uma atividade planejada para levar a todos os alunos dos três últimos anos do Ensino
Fundamental (7º ao 9º ano), desafios reais que envolvem desde a elaboração de um
Relatório de Projeto (semelhante ao que é feito pelos engenheiros) com desenhos,
esquemas e explicações relacionados às soluções usadas para o desenvolvimento do
planador até a construção e teste deste mesmo planador visando avaliar, na prática, o
desempenho deste durante a Competição de Voo.
A competição contará com duas fases, a Competição de Projeto e a Competição de Voo.
Apesar de serem duas fases aparentemente distintas estas deverão ocorrer praticamente
em paralelo uma vez que a parte experimental, ou a construção do planador será feita em
conjunto com a parte teórica ou de desenvolvimento dos relatórios e desenhos.

2. Objetivos da Competição
O Campeonato Embraer de Miniplanadores tem como principais objetivos:
 O principal objetivo do projeto é educacional, ou seja, este deve fazer com que os
alunos participantes tenham contato com a aviação de uma forma extremamente
didática e lúdica. É extremamente importante, fazer com que os alunos aprendam
naturalmente, através de atividades que proporcionem aquisição de conhecimento e
prazer.
 Incentivar e difundir a todos os alunos envolvidos os conhecimentos básicos de projeto
e construção de aeronaves através de uma atividade que, mesmo sendo introdutória,
mostra com uma boa aproximação os princípios físicos do voo e de funcionamento de
aeronaves reais similares.
 Incentivar a todos os alunos a buscar os conhecimentos voltados aos princípios físicos
do voo e do desenvolvimento (ou projeto) de aeronaves. Promover uma oportunidade
única de aprendizado na área aeronáutica através de um projeto multidisciplinar
empolgante e desafiador.
 Integrar os alunos em uma atividade multidisciplinar, que envolva desenho, cálculos
básicos das características geométricas dos planadores, leitura e interpretação de
textos, trabalho em equipe e o desenvolvimento de pesquisas.

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Campeonato Embraer de Miniplanadores

3. Papel do Professor Orientador


“Tudo o que sabemos fazer, aprendemos fazendo” (Aristóteles)
Esta seção visa ressaltar o papel do professor orientador de cada equipe participante do
Campeonato Embraer de Miniplanadores.
Deve-se ter o aprendizado como uma das grandes metas de cada projeto destinado ao
Campeonato. O desenvolvimento de um projeto desta natureza é uma experiência
consideravelmente realista onde os alunos e eventualmente os futuros engenheiros,
através do trabalho no campo da Engenharia Aeronáutica, terão a oportunidade de, dentro
de um time dedicado, desenvolver um projeto que engloba os diversos aspectos técnicos e
interpessoais necessários ao dia-a-dia em qualquer atividade ou carreira a ser escolhida
pelos alunos.
Os alunos são desafiados a usar sua criatividade, habilidade, capacidade, imaginação e
conhecimento neste projeto. O trabalho em equipe é uma parte extremamente positiva do
projeto para os alunos, principalmente para aqueles que se sentem normalmente mais
inibidos em sua capacidade criativa e empreendedora.

Um dos objetivos do projeto é estimular os alunos a pensar e a formular suas próprias


questões. Um dos grandes papéis do Professor Orientador é auxiliar os alunos a
desenvolverem a confiança na busca das melhores respostas através de pesquisas, de
modo que façam as suas próprias escolhas, e do porque chegaram a determinadas
conclusões.
O Professor orientador deve antes de tudo orientar na busca da resposta ao invés de
produzir por ele mesmo, a resposta.
Ao orientador cabe também desenvolver a capacidade dos alunos em expor suas idéias,
mesmo que estas soem absurdas ou apontem para uma direção que potencialmente não é
a mais otimizada.
O orientador, portanto deve ajudar a garantir:
 A proibição de pessoas com excepcional habilidade relativa à competição que, por
alguma razão, não seja elegível como membro da equipe. Por exemplo: um
aeromodelista profissional e, portanto não elegível como participante da equipe.
 Que qualquer conhecimento ou informação fornecida por profissionais ou
especialistas, seja tratada como uma alternativa a ser discutida. Estes profissionais
não podem (e não devem) tomar parte nas decisões de projeto ou de trabalho. “É a
dúvida que move o pensamento, e não a certeza da resposta”.
 As tarefas de fabricação sejam executadas pelos alunos. É extremamente
interessante que a experiência em manufatura (e no planejamento de manufatura),
faça parte da atividade. O Professor DEVE contudo orientar aos alunos extremo
cuidado no manuseio de ferramentas cortantes, pontiagudas ou similares de forma a
evitar incidentes.
Como educador, o orientador deve se preocupar mais em garantir os aspectos
educacionais propostos pela Organização do Campeonato do que em buscar somente o
primeiro lugar para a escola.

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Campeonato Embraer de Miniplanadores

É muito importante dar um retorno ao aluno em relação ao projeto desenvolvido


proporcionando desta forma o devido reconhecimento pelo seu trabalho.
É também tarefa do orientador manter a equipe unida e sempre direcionada para o
objetivo final. Portanto, conhecer os integrantes é uma boa solução para reconhecer os
pontos fracos ou de conflitos do grupo e formar estratégias para eliminá-los.
Manter o moral elevado, mesmo quando o problema parece insolúvel, deve ser uma
atitude constante do orientador.
O orientador tem um papel extremamente importante durante e após o Campeonato
instigando reflexões sobre o que deu certo e errado no projeto, cobrando avaliações
críticas sobre o projeto em comparação com os outros (visando exclusivamente o
aprendizado e não a competitividade) fazendo os alunos avaliarem onde acertaram e onde
erraram.
A participação ativa dos alunos tem muito mais vantagens que a participação passiva.
Numa abordagem construtivista, os alunos aprendam através da reflexão e compreensão,
na busca de respostas e na iteração com o mundo. A criatividade é desenvolvida, pois
criação envolve pensar.
Para atingir a qualidade de experiência exigida para desenvolver ao máximo o potencial
intelectual, é preciso também a reflexão. Ao invés de receberem do professor um conjunto
de fatos e generalizações, os alunos são confrontados com algo que é problemático -
pouco claro ou enigmático. Este nível de aprendizagem exige uma participação mais ativa,
uma atitude mais crítica em relação ao pensamento convencional, mais imaginação e
criatividade.
“ O pri nc ip al o bj et iv o da e du ca ç ão é c ri ar hom en s c ap az es de f az e r c oi s as
nov a s, n ão s imp l es m ent e de re pet i r o qu e outr as g e ra çõ e s fiz e ra m – ho m en s
cr i ativ o s, inv e nt iv o s e d es co br ido r es . O se gund o ob jet iv o d a e du ca ç ão é
for ma r m ent es q ue p os sa m s e r c rít ic a s, p os sa m v e rif ic a r e , nã o, a ce it ar tu do
o qu e lh e s é of er e ci do. O ma io r p e ri go, hoj e, é o do s ‘ sl og an s’ , op ini õe s
col et iv a s, t en dê nc ia s de p en s am ento ‘ re a d y - m ad e s’ . T emo s q u e e st a r apto s a
re s ist i r indiv idu al me nt e , a cr iti c a r, a di st ingu ir ent re o que es tá p rov ado e o
que n ão e st á . Po rt an t o pr e ci s amo s d e d is cíp ulo s ativ o s, qu e a pr end am c edo
a e nc ont ra r a s co i sa s po r si me sm os , em pa rte po r s ua at iv id ad e e spo ntâ ne a
e, em p ar t e , pe lo m a t e ri al qu e p r epa r am o s pa r a e le s; qu e ap r end am ce do a
diz e r o que é v e r if i c áv e l e o que é , s imp le sm ent e, a p r im ei r a idé i a qu e lh e s
v eio” .
Jean Piaget

4. Orientações Gerais
A competição não objetiva e não incentiva de maneira alguma disputas de superioridade
entre escolas ou cidades. O único objetivo da competição é educacional, incentivando o
interesse e propiciando a difusão e intercâmbio de técnicas e conhecimentos de
engenharia aeronáutica, provendo uma oportunidade singular de desenvolvimento das
capacidades técnicas e pessoais dos alunos de forma a despertar neles o gosto e o
entusiasmo por atividades similares e em qualquer campo de atuação.

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Campeonato Embraer de Miniplanadores

Todo auxílio externo proveniente de um profissional ou professor deve ser de orientação e


estimulo a efetiva participação dos componentes da equipe, pois o aprendizado é o item
mais importante a ser considerado neste Campeonato.
Os planadores deverão ser construídos seguindo limitações de tamanho (dimensões
máximas e mínimas) definidas na Seção 7.1, página 8 e somente poderão ser fabricados
usando materiais recicláveis (ou sucata) conforma definidos na Seção 7.2, página 8.
O processo de construção dos planadores será explicado parcialmente neste documento e
em maiores detalhes nas “Oficinas Tira Dúvidas”. As “Oficinas Tira Dúvidas” ocorrerão na
data e locais conforme mostrado na tabela da Seção 6.

4.1.1. Configuração da aeronave.


Com relação a configuração do avião esta poderá ser qualquer uma desde que se respeite
o critério dimensional estabelecido na Seção 7.1 (entre 320 cm e 450 cm ) e que em sua
construção tenham sido utilizados SOMENTE materiais PERMITIDOS (ver Seção 7.2,
página 8).
Alguns exemplos de configuração podem ser vistos a seguir. Cada uma possui as suas
particularidades, suas vantagens e desvantagens. Cabe a cada equipe definir qual é a
melhor configuração e o porque esta foi escolhida.
Os motivos desta escolha serão inclusive um dos itens mais importantes a serem
avaliados no Relatório de Projeto. É interessante que a equipe faça algumas pesquisas
para entender um pouco as características de cada configuração antes de proceder com a
escolha.
Como exemplo de configuração podemos ter:
a) Configuração Convencional: a cauda da aeronave é montada atrás da fuselagem

Direção de voo

b) Canard: a cauda da aeronave é montada a frente da asa

51
Campeonato Embraer de Miniplanadores

Direção de voo

c) Asas em tandem: as duas asas tem o mesmo tamanho (ou envergadura).

Direção de voo

d) Asa Voadora: as superfícies de estabilização ou cauda fazem parte da asa.

Direção de voo

Variações das configurações acima demonstradas são permitidas e até incentivadas como
por exemplo, cauda em “V”, asa em delta, ou outras possibilidades.
Vejam alguns exemplos de planadores reais que fazem uso de algumas das
configurações acima no Apêndice 3.1, página 32 a 34.

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Campeonato Embraer de Miniplanadores

APÊNDICE 3.8: BIBLIOGRAFIA RECOMENDADA

Em português

Aeromodelismo, Teórico e Prático, José Carlos Rodrigues, 1964


http://www.clubeaerolisboa.pt/livro.htm

A Física do Vôo na Sala de Aula


http://www.sbfisica.org.br/fne/Vol7/Num2/v13a07.pdf

Como os Aviões Voam. Uma descrição Física do Vôo


http://www.sbfisica.org.br/fne/Vol7/Num2/v13a08.pdf

Santos Dumont e a Física do Vôo


http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0102-47442006000200001&script=sci_arttext

Modelos em Depron
http://www.hobbys.com.br/ModelosDepron.htm

Em Inglês

Basics of R/C Model Aircraft Design, Andy Lenon, 1966

See how it flies


http://www.av8n.com/how/#contents

Airfoils and Airflow


http://www.av8n.com/how/htm/airfoils.html#fig-3v

Beginner's Guide to Aerodynamics


http://www.grc.nasa.gov/WWW/K-12/airplane/bga.html

Observações
1) Caso algum dos links acima mostrados não estejam mais funcionando é só avisar a
Comissão Técnica que caso o material esteja disponível o mesmo poderá ser
disponibilizado em uma das ‘Oficinas Tira Dúvidas’.

2) A Comissão Técnica está pesquisando novos links e outras referências as quais


poderão ser disponibilizadas oportunamente.

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