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- EIV -

ESTUDO DE IMPACTO DE VIZ


VIZINHANÇA

Pomerode Fundos
Pomerode

fev-14
SUMÁRIO

1 APRESENTAÇÃO ........................................................................................................................................ 3
1.1 Objetivo ................................................................................................................................. 3
1.2 Justificativa ............................................................................................................................ 3
1.3 Apresentação da empresa .................................................................................................... 4
1.4 Descrição do Empreendimento ............................................................................................. 6
1.5 Identificação da Equipe Técnica responsável pelo EIV ........................................................ 7
2 CARACTERÍSTICAS DO EMPREENDIMENTO .......................................................................................... 8
2.1 Localização ............................................................................................................................ 8
2.1.1 Macrolocalização ........................................................................................................... 8
2.1.2 Microlocalização ............................................................................................................ 9
2.1.3 Dados do terreno ......................................................................................................... 11
2.2 Implantação do Empreendimento ....................................................................................... 12
2.2.1 Implantação ................................................................................................................. 12
2.2.2 Quadro de áreas .......................................................................................................... 13
2.3 Atividades previstas............................................................................................................. 14
2.3.1 Fluxo atual das atividades ........................................................................................... 14
2.3.2 Atividades previstas ..................................................................................................... 14
2.3.3 Cronograma de implantação ....................................................................................... 15
2.4 Levantamento plani-altimétrico ........................................................................................... 16
2.5 Projeto de terraplenagem .................................................................................................... 17
3 CARACTERÍSTICAS DA VIZINHANÇA ..................................................................................................... 18
3.1 Equipamentos públicos de infra-estrutura urbana e capacidade de atendimento .............. 18
3.1.1 Água............................................................................................................................. 18
3.1.2 Esgoto .......................................................................................................................... 19
3.1.3 Drenagem pluvial ......................................................................................................... 20
3.1.4 Energia Elétrica e Iluminação pública ......................................................................... 21
3.1.5 Telefonia ...................................................................................................................... 22
3.2 Condições viárias ................................................................................................................ 22
3.2.1 Sistema viário .............................................................................................................. 22
3.2.2 Transporte coletivo ...................................................................................................... 24
3.2.3 Entradas / Saídas / Geração de viagens / Distribuição ............................................... 25
3.2.4 Compatibilização do sistema viário do empreendimento ............................................ 25
3.3 Equipamentos públicos comunitários .................................................................................. 26
3.3.1 Educação ..................................................................................................................... 27
3.3.2 Cultura ......................................................................................................................... 28
3.3.3 Saúde........................................................................................................................... 30
3.3.4 Esporte e Lazer ........................................................................................................... 30
3.4 Planos, programas e projetos governamentais ................................................................... 32
3.5 Caracterização do Espaço Urbano ..................................................................................... 32
3.5.1 Zoneamento e análise do projeto de implantação ...................................................... 32
3.5.2 Uso e ocupação do solo urbano .................................................................................. 36
3.5.3 Atividade industrial na região da implantação ............................................................. 38
3.6 População ............................................................................................................................ 40
3.6.1 Características populacionais do município ................................................................ 40
3.6.2 Características populacionais no entorno do empreendimento .................................. 45
3.7 Patrimônio Histórico e Áreas de relevância ambiental........................................................ 45
3.7.1 Identificação dos bens tombados ou cadastrados no patrimônio histórico ................. 45
3.7.2 Áreas de relevância ambiental .................................................................................... 48
3.8 Características climáticas e ambientais .............................................................................. 49
3.8.1 Insolação...................................................................................................................... 49
3.8.2 Ventos dominantes ...................................................................................................... 51
3.8.3 Vegetação existente .................................................................................................... 52
3.9 Bacia Hidrográfica e Drenagem Pluvial .............................................................................. 53
3.9.1 Drenagem pluvial ......................................................................................................... 53
3.9.2 Características físicas da sub-bacia ............................................................................ 55
3.9.3 Problemas com cheias ou enxurradas ........................................................................ 56
3.10 Legislação Municipal, Estadual e Federal incidente ........................................................... 56
4 IDENTIFICAÇÃO DOS IMPACTOS DURANTE A OBRA .......................................................................... 58
4.1 Dados das empresas executoras ........................................................................................ 58
4.2 Materiais utilizados .............................................................................................................. 58
4.3 Movimentação de terra ........................................................................................................ 58
4.4 Geração de resíduos da construção civil ............................................................................ 58
4.5 Fluxo dos veículos envolvidos ............................................................................................. 60
4.6 Potencialidades de danos físicos às estruturas públicas .................................................... 60
5 IDENTIFICAÇÃO DOS IMPACTOS APÓS A CONCLUSÃO DA OBRA ................................................... 61
5.1 Sociais / Econômicos .......................................................................................................... 61
5.1.1 Estimativas do aumento do número de pessoas que habitarão/frequentarão a área. 61
5.1.2 Estimativa de veículos ................................................................................................. 61
5.1.3 Demanda de serviços públicos .................................................................................... 61
5.1.3.1 Saúde e Educação ............................................................................................. 61
5.1.3.2 Transporte público ............................................................................................. 62
5.1.3.3 Saneamento / Drenagem ................................................................................... 62
5.1.4 Geração de empregos diretos e indiretos ................................................................... 62
5.1.5 Melhoramentos públicos .............................................................................................. 62
5.2 Paisagísticos / Ambientais .................................................................................................. 63
5.2.1 Estimativa quantitativa e qualitativa dos resíduos sólidos, líquidos e gasosos .......... 63
5.2.2 Níveis de ruídos emitidos ............................................................................................ 63
5.2.3 Modificação do ambiente paisagístico (tipologia / eixos / panorâmicas) .................... 65
5.2.4 Influência da ventilação natural nas edificações vizinhas ........................................... 68
5.2.5 Influência da iluminação natural e sombreamento nas edificações vizinhas .............. 69
5.2.6 Áreas impermeáveis do empreendimento ................................................................... 70
6 AVALIAÇÃO DOS IMPACTOS DO EMPREENDIMENTO E PROPOSTAS DE MEDIDAS MITIGADORAS
.................................................................................................................................................................... 72
6.1 Sociais / Econômicos .......................................................................................................... 72
6.1.1 Expectativa geral da população quanto ao empreendimento ..................................... 72
6.1.2 Alteração do cenário local ........................................................................................... 72
6.1.3 Dinamização do setor econômico ............................................................................... 73
6.1.4 Uso e ocupação do solo .............................................................................................. 73
6.1.5 Adensamento populacional ......................................................................................... 73
6.1.6 Valorização imobiliária ................................................................................................. 74
6.1.7 Pressão sobre o sistema viário e de transporte .......................................................... 74
6.1.8 Deteriorização de via pública....................................................................................... 74
6.1.9 Incremento de segurança ............................................................................................ 75
6.1.10 Pressão sobre o sistema público de saúde e educação ............................................. 75
6.1.11 Aumento da demanda por abastecimento de água .................................................... 75
6.1.12 Pressão sobre o fornecimento de energia elétrica ...................................................... 76
6.1.13 Pressão sobre o sistema de coleta e disposição final dos resíduos ........................... 76
6.2 Paisagísticos/ Ambientais ................................................................................................... 76
6.2.1 Compactação do solo .................................................................................................. 76
6.2.2 Perda de solo por processos erosivos ........................................................................ 77
6.2.3 Alteração no padrão de escoamento da água na superfície do solo .......................... 77
6.2.4 Impermeabilização do solo .......................................................................................... 77
6.2.5 Redução do conforto acústico ..................................................................................... 78
6.2.6 Poluição Atmosférica ................................................................................................... 78
6.2.7 Alteração do padrão de insolação e sombreamento do entorno................................. 78
6.2.8 Alteração do padrão de ventilação do entorno ............................................................ 79
6.2.9 Cobertura Vegetal ........................................................................................................ 79
6.2.10 Distúrbios à fauna terrestre ......................................................................................... 80
7 DISPOSIÇÕES FINAIS .............................................................................................................................. 81
8 CONCLUSÃO ............................................................................................................................................. 83
9 REFERÊNCIAS .......................................................................................................................................... 84
10 ANEXOS ..................................................................................................................................................... 85
10.1 Consulta de Viabilidade ....................................................................................................... 86
10.2 Certidão do Imóvel .............................................................................................................. 88
10.3 Projeto Arquitetônico ........................................................................................................... 91
10.4 Alvará de Licença 1ª Fase................................................................................................... 92
10.5 Atestado dos Bombeiros ..................................................................................................... 93
10.6 Manifestação SAMAE ......................................................................................................... 94
10.7 Manifestação CELESC ........................................................................................................ 95
10.8 Manifestação EMPRESA DE TRANSPORTE COLETIVO ................................................. 96
10.9 Manifestação SECRETARIA DE EDUCAÇÃO (CEIM) ....................................................... 97
10.10 Manifestação SECRETARIA DE EDUCAÇÃO (EEBM) .............................................. 98
10.11 Manifestação SECRETARIA DE SAÚDE .................................................................... 99
10.12 Manifestação SECRETARIA DE OBRAS .................................................................. 100
10.13 Manifestação SECRETARIA DE PLANEJAMENTO ................................................. 101
10.14 Manifestação GERÊNCIA DE TRÂNSITO ................................................................ 102
10.15 Registros/Anotações de Responsabilidade Técnica ................................................. 103
ÍNDICE DE FIGURAS

Figura 1 – Localização da área de estudo. ....................................................................................................... 8


Figura 2 – Localização de Pomerode em relação às principais rodovias de Santa Catarina. .......................... 8
Figura 3 – Esquema de localização do empreendimento em relação às principais vias da área central de
Pomerode. ..................................................................................................................................... 9
Figura 4 – Esquema de localização do empreendimento e principais pontos de referência. ......................... 10
Figura 5 – Implantação do empreendimento ................................................................................................... 12
Figura 6 – Esquema de cronograma de execução da obra ............................................................................ 15
Figura 7 – Modificação do relevo após a terraplanagem. ............................................................................... 16
Figura 8 – Rede de Água Potável ao longo da Rua Leopoldo Blaese com destaque para cavalete existente
em edificação vizinha ao empreendimento................................................................................. 19
Figura 9 – Rede de Drenagem Pluvial ao longo da Rua Leopoldo Blaese com destaque para a caixa
coletora de águas pluviais existente nas proximidades do empreendimento. ........................... 20
Figura 10 – Rede de Energia Elétrica e de telefonia da Rua Leopoldo Blaese destacando a infraestrutura
existente nas proximidades do empreendimento ....................................................................... 21
Figura 11 – Sistema Viário com destaque para abrigos de passageiros nas proximidades do
empreendimento ......................................................................................................................... 23
Figura 12 – Ponto de ônibus nas proximidades do imóvel.............................................................................. 24
Figura 13 – Localização dos equipamentos públicos ...................................................................................... 26
Figura 14 – Escola de Educação Básica Municipal Vidal Ferreira .................................................................. 27
Figura 15 – Centro de Educação Infantil Municipal Nora Krueger Dallmann.................................................. 28
Figura 16 – Casa do Imigrante “Carl Weege” ................................................................................................. 28
Figura 17 – Associação Cultural Esportiva 1º de Maio. .................................................................................. 29
Figura 18 – Igreja Cristo Vive. ......................................................................................................................... 29
Figura 19 – Unidade de Saúde da Família “Carlos Ramthun” ........................................................................ 30
Figura 20 – Academia ao ar livre. .................................................................................................................... 31
Figura 21 – Quadra poliesportiva da Escola de Educação Básica Municipal Vidal Ferreira. ......................... 31
Figura 22 – Zoneamento em que o empreendimento encontra-se inserido. .................................................. 33
Figura 23 – Uso e ocupação do Solo nas proximidades do empreendimento................................................ 37
Figura 24 – Atividade industrial nas proximidades do empreendimento......................................................... 39
Figura 25 – Casa do Imigrante “Carl Weege” – edificação classificada como “P2” no Inventário do Enxaimel.
.................................................................................................................................................... 46
Figura 26 – Residência Kamchen – edificação classificada como “P2” no Inventário do Enxaimel. .............. 47
Figura 27 – Esquema de identificação dos bens tombados ou cadastrados no patrimônio histórico. ........... 47
Figura 28 – Curso d´água (Ribeirão Klaus Segundo) existente no imóvel ..................................................... 48
Figura 29 – Lagoa do Weege. ......................................................................................................................... 49
Figura 30 – Carta Solar de Blumenau como representação para Pomerode. ................................................ 50
Figura 31 – Carta Solar de Pomerode com representação das alturas do sol em diferentes períodos. ........ 50
Figura 32 – Esquema de insolação no local do empreendimento a partir da carta solar. .............................. 51
Figura 33 – Esquema de ventos dominantes no local do empreendimento ................................................... 52
Figura 34 – Bacia de drenagem pluvial na área do empreendimento ............................................................ 54
Figura 35 – Abrangência e localização da Sub-bacia do Ribeirão Pomerode Fundos ................................... 55
Figura 36 – Entorno da unidade atual da Mercotoys. ..................................................................................... 64
Figura 37 – Entorno do novo parque fabril da Mercotoys. .............................................................................. 64
Figura 38 – Vista Frontal do empreendimento. ............................................................................................... 66
Figura 39 – Vista da Rua Fundos Klaus. ......................................................................................................... 67
Figura 40 – Vista da Rua Fundos Klaus. ......................................................................................................... 67
Figura 41 – Vista do terreno limítrofe norte. .................................................................................................... 68
Figura 42 – Esquema de ventos dominantes no local do empreendimento com destaque para as edificações
vizinhas ....................................................................................................................................... 69
Figura 43 – Esquema de insolação no local do empreendimento com destaque para edificações existentes
.................................................................................................................................................... 70
ÍNDICE DE TABELAS e GRÁFICOS

Tabela 1 – Participação do ramo de brinquedos no PIB municipal. ................................................................. 5


Tabela 2 – Quadro de áreas do empreendimento. ......................................................................................... 13
Tabela 3 – Linhas de transporte coletivo disponíveis na região do empreendimento. ................................... 24
Tabela 4 – Índices urbanísticos da macrozona urbana de qualificação - MUQ. ............................................. 34
Tabela 5 – Classificação da População Residente de Pomerode em 2010. .................................................. 40
Gráfico 6 – Pirâmide Etária da população de Pomerode em 2010. ................................................................ 41
Tabela 7 – Variação da População Residente e Percentual de Crescimento dos Municípios da AMMVI entre
2000 – 2010. ............................................................................................................................... 42
Gráfico 8 – Comparação da população segundo local de moradia na AMMVI. ............................................. 42
Tabela 9 – Densidade Demográfica no Município de Pomerode. ................................................................... 43
Tabela 10 – Índice de Desenvolvimento Humano Municipal 1991 a 2010. .................................................... 44
Tabela 11 – Classificação dos resíduos da construção civil. .......................................................................... 59
MERCOTOYS
Estudo de Impacto de Vizinhança

1 APRESENTAÇÃO

1.1 Objetivo
O objetivo do Estudo de Impacto de Vizinhança é identificar e avaliar os impactos
positivos e negativos e conflitos que podem ser causados pela implantação de um
empreendimento de grande impacto para a cidade. A partir deste Estudo pretende-se
prever medidas a serem implantadas que propiciem a redução ou eliminação dos
impactos negativos além criar possibilidades de intermediação entre os interesses dos
empreendedores e da população diretamente impactada.

1.2 Justificativa
De acordo com a Lei nº 10.257/2001, denominada Estatuto da Cidade, o Estudo de
Impacto de Vizinhança é previsto como um instrumento de política urbana Municipal. Esta
Lei regulamenta os artigos 182 e 183 da Constituição Federal, relacionados a política
urbana, e estabelece normas de ordem pública e interesse social que regulam o uso da
propriedade em prol do bem coletivo, da segurança e do bem-estar dos cidadãos, bem
como o equilíbrio ambiental.
A política urbana tem por objetivo ordenar o pleno desenvolvimento das funções
sociais da cidade e da propriedade urbana, mediante diretrizes gerais, das quais
destacam-se: garantia de cidades sustentáveis, entendido como direito a terra urbana, a
moradia, ao saneamento ambiental, a infraestrutura, ao transporte e aos serviços
públicos, ao trabalho e lazer, para as presentes e futuras gerações; Gestão democrática;
cooperação entre governos, principalmente quanto ao atendimento ao interesse social;
Planejamento do desenvolvimento das cidades, da distribuição espacial da população e
das atividades econômicas do Município, de modo a evitar e corrigir as distorções do
crescimento urbano e seus efeitos negativos sobre o meio ambiente.
O Estatuto da Cidade confere ao EIV – Estudo de Impacto de Vizinhança a função
de contemplar os efeitos da implantação de um empreendimento de grande porte. Estes
efeitos podem ser positivos e negativos e devem analisar a qualidade de vida da
população residente na área e suas proximidades, incluindo a análise de questões como
adensamento populacional, equipamentos urbanos e comunitários, uso e ocupação do

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MERCOTOYS
Estudo de Impacto de Vizinhança

solo, valorização imobiliária, geração de tráfego e demanda por transporte público,


ventilação e iluminação e paisagem urbana e patrimônio natural e cultural.
Este instrumento está previsto no Art. 253 da Lei Complementar n° 162/08, a qual
institui o Código Urbanístico do Plano Diretor do Município de Pomerode. De acordo com
este artigo “Os empreendimentos de impacto são aqueles que podem causar danos ou
alterações nos ambientes socioeconômico, natural ou construído, ou sobrecarga na
capacidade de atendimento de infraestrutura básica, quer sejam construções públicas ou
privadas, habitacionais ou não-habitacionais.”
De acordo com o Art. 254 da Lei Complementar 162/08, são considerados
empreendimentos de impacto os empreendimentos industriais e de serviços com área
construída superior a 1.000m² (mil metros quadrados) sendo necessário, portanto, a
apresentação do Estudo de Impacto de Vizinhança do projeto da Mercotoys Indústria de
Brinquedos, com aproximadamente 8.500m².
A partir deste Estudo de Impacto de Vizinhança serão abordadas diversas
questões do entorno da implantação do empreendimento bem como da cidade de
Pomerode. Após estes levantamentos, é realizada a avaliação dos impactos e
identificados aspectos positivos e negativos da implantação do empreendimento. Através
da obtenção destes aspectos podem-se propor medidas potencializadoras e
compensatórias.
Este estudo é democrático, onde as informações provenientes deste estudo serão
apresentadas a comunidade por meio de Audiência Pública, orientando o processo
decisório da comunidade sobre a implantação do empreendimento de impacto.

1.3 Apresentação da empresa


A MERCOTOYS INDÚSTRIA DE BRINQUEDOS LTDA, fundada no dia
01/01/1994, é uma empresa especializada na fabricação de brinquedos de plástico para
crianças de faixa etária inicial (primeira infância).
Os produtos fabricados pela Mercotoys respondem às características educacionais,
empregando formas e cores, juntamente com movimentos, despertando nas crianças a
necessidade de interação com o brinquedo. Desta forma, funcionam como auxiliares na
formação intelectual e no desenvolvimento motor das crianças.

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MERCOTOYS
Estudo de Impacto de Vizinhança

Ano após ano, com investimentos contínuos em produtos novos e acompanhado os


avanços tecnológicos, esta empresa é reconhecida pela grade rotatividade de seus
produtos durante o ano inteiro e destaca-se no seu segmento produtivo.
De acordo com a Secretaria de Estado da Fazenda, que divulga os dados de Valor
Adicionado por Grupo CNAE e por Município utilizado para formação do Índice de Retorno
do ICMS - Ano-base 201, podemos verificar que o segmento “fabricação de brinquedos e
jogos recreativos” ocupa a 5ª colocação. No ano de 2011 o montante de VA do município
de Pomerode alcançou a soma de R$ 1.023.452.175,68.

Tabela 1 – Participação do ramo de brinquedos no PIB municipal.


Descrição da Atividade do grupo da CNAE VA atividade em R$ VA %
1º - Confecção de artigos do vestuário e acessórios 272.008.972,32 26,58%
2º - Fabricação de máquinas e equipamentos de uso 119.644.835,50 11,69%
industrial específico
3º - Representantes comerciais e agentes do comércio, 100.074.005,36 9,78%
exceto de veículos automotores e motocicletas
4º - Fabricação de motores, bombas, compressores e 94.005.351,74 9,19%
equipamentos de transmissão
5º - Fabricação de brinquedos e jogos recreativos 40.688.814,72 3,98%
6º - Geração, transmissão e distribuição de energia 38.080.991,22 3,72%
elétrica
7º - Fabricação de artefatos têxteis, exceto vestuário 32.843.805,75 3,21%
8º - Fabricação de cimento 25.417.374,74 2,48%
9º - Fabricação de produtos de material plástico 22.376.723,97 2,19%
10º - Tecelagem, exceto malha 22.372.879,07 2,19%
Demais atividades CNAE (106) 255.938.421,29 25,01%
VA Total – Pomerode 1.023.452.175,68 100,00%

Fonte: Secretaria de Estado da Fazenda.

No ranking do Movimento Econômico de 2013 – ano-base 2012 – a empresa


MERCOTOYS está posicionada na 32ª colocação entre os diversos segmentos
produtivos. No setor plástico a MERCOTOYS ocupa a 2ª colocação.
Atualmente a empresa está instalada à Rua 15 de Novembro (Rodovia SC-421), nº
1.865, bairro Centro, contando com aproximadamente 2.500 m² de área construída, o que
corresponde a 41 % dos 6.027,33 m² de área total do imóvel.

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O parque fabril não possui capacidade de armazenamento suficiente para estocar


os produtos, pois a comercialização é sazonal ao longo do ano, mas a produção é
constante. Diante disto, a empresa mantém alugados 04 galpões para a finalidade
específica de estoque de produtos acabados, somando 4.000 m², distribuídos nos
seguintes endereços:
• Rua 15 de Novembro (Rodovia SC-421), nº 1269 – Centro
• Rua 15 de Novembro (Rodovia SC-421), nº 6633 – Testo Central
• Rua Hermann Weege, s/n – Centro
• Rua Frederico Weege, nº 1331 – Pomerode Fundos
O aluguel desses 4 galpões gera uma elevada despesa mensal, além de
complicações e inconveniências logísticas durante a estocagem dos produtos acabados e
na preparação dos pedidos para despacho, tarefa que é realizada na sede da empresa.

1.4 Descrição do Empreendimento


O crescimento econômico da empresa gerou a necessidade de ampliação da área
física, de forma a possibilitar a expansão da mesma. A primeira idéia da empresa foi a
aquisição de imóveis lindeiros à sede da empresa, visando aumentar a área do imóvel.
Contudo, nenhuma tentativa teve êxito, tanto em função da ocupação pré-existente dos
imóveis, como pelo abusivo valor postulado pelos proprietários dos imóveis lindeiros.
Diante disso, a única alternativa passou a ser a busca de um imóvel que possuísse
capacidade adequada para a instalação da empresa. Diversos imóveis foram consultados,
e, por fim, a empresa decidiu pela aquisição, em maio de 2010, do imóvel situado na Rua
Leopoldo Blaese, entre as residências nº 425 e 557, na localidade Pomerode Fundos.
Um dos fatores determinantes para a escolha deste imóvel foi à existência de mão-
de-obra na localidade Pomerode Fundos, pois diversos funcionários da empresa lá
residem e, segundo a empresa, existe disponibilidade de mão-de-obra para contratação
pela empresa.
A transferência da sede atual da empresa – Rua 15 de Novembro – para a nova
sede será gradual, de acordo com o cronograma definido no item 2.3.3 deste EIV.
Vale ressaltar que a empresa está buscando, junto a Fundação do Meio Ambiente
– FATMA, o seu devido licenciamento ambiental, por se tratar de atividade listada no
Anexo I da Resolução CONSEMA n° 13/12, cuja exigência de licenciamento encontra-se
no Artigo 29 da Lei Estadual n° 14.675/09 (Código Ambiental de SC).

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1.5 Identificação da Equipe Técnica responsável pelo EIV

 Cláudio Marcos Krueger


Formação: Engenheiro Civil
Endereço: Rua dos Atiradores, n° 6755 – Testo Central - Pomerode
e-mail: cmk260973@gmail.com
Telefones: (47) 33875379 / (47) 91875379
CREA: 042.493-9

 Sandro Lourival Cardoso


Formação: Engenheiro Florestal
Endereço: Rua 15 de Novembro, n° 610 – Sala 05 – Centro – Pomerode
e-mail: sandropomerode@brturbo.com.br
Telefones: (47) 9143-5758 / (47) 3395-1050
CREA: 063.975-9

 Lizziane Mylena Volkmann


Formação: Arquiteta e Urbanista
Endereço: Rua 15 de Novembro, n° 1844 – Sala 02 – Centro – Pomerode.
e-mail: arq.lizziane@gmail.com
Telefones: (47) 33947021 / (47) 99161208
CAU: A68705-7

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2 CARACTERÍSTICAS DO EMPREENDIMENTO

2.1 Localização

2.1.1 Macrolocalização
A área de implantação do empreendimento em questão localiza-se na cidade de
Pomerode, situada no Vale do Itajaí, no Estado de Santa Catarina.

Figura 1 – Localização da área de estudo.

BRASIL SANTA CATARINA POMERODE

Figura 2 – Localização de Pomerode em relação às principais rodovias de Santa Catarina.

Fonte: Google Earth – Editado pelos autores.


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2.1.2 Microlocalização
O empreendimento localiza-se na região centro-oeste da cidade, na localidade
denominada Pomerode Fundos, na Rua Leopoldo Blaese, com principais acessos pelas
Rua Vidal Ferreira e Rua Frederico Weege. É importante destacar que estas são duas
importantes vias de comunicação com as cidades de Timbó e Rio dos Cedros.

Figura 3 – Esquema de localização do empreendimento em


relação às principais vias da área central de Pomerode.

Fonte: Google Earth – Editado pelos autores.

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Figura 4 – Esquema de localização do empreendimento e principais pontos de referência.

Fonte: Google Earth – Editado pelos autores.

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2.1.3 Dados do terreno


Trata-se de um terreno urbano (BCI n° 11.659-9), de relevo suavemente ondulado,
de solo silto-argiloso, desprovido de cobertura florestal e presença de um curso d´água na
porção dos fundos.
O imóvel encontra-se inscrito na matrícula nº12043, do livro nº 2 (Registro Geral),
do Registro de Imóveis da Comarca de Pomerode. Situa-se na Rua Leopoldo Blaese –
Pomerode Fundos – Pomerode, com CEP 89107-000, de propriedade de Mercotoys
Indústria de Brinquedos Ltda, inscrita no CNPJ 86.713.336/0001-17, com sede à Rua 15
de Novembro, 1865 – Centro. Segue abaixo descrição do terreno conforme a referida
matrícula:
“O terreno situado nesta cidade, à Rua Leopoldo Blaese, Pomerode Fundos,
contendo a área de 34.466,02m² (Trinta e quatro mil e quatrocentos e sessenta e seis
metros e dois decímetros quadrados), de forma irregular, fazendo frente (Leste) em trinta
e nove metros e quinze centímetros (39,15m) com o lado ímpar da Rua Leopoldo Blaese;
nos fundos (Oeste) em cinquenta (50,00m) metros com terras de Lourival Drews e sua
esposa Roseli Drews (matrícula nº12042 = parcela “A”); extremando pelo lado direito (Sul)
em duas (2) linhas, sendo a partir da frente: a primeira de quarenta e dois metros e oitenta
centímetros (42,80m), com terras de com terras de Elcina Goede (R.1 – 4659), a segunda
de seiscentos e sessenta metros e vinte e quatro centímetros (660,24m) com terras de
Elcina Goede (R.4-4658) e; extremando pelo lado esquerdo (Norte) em seiscentos e
oitenta e três metros e sessenta centímetros (683,60m) com terras de Wendelin Drews e
sua esposa Elzira Drews (Matrícula nº 11.145). Cujo terreno acha-se cortado por um
córrego e demarcado por uma faixa de Área de Preservação Permanente (A.P.P.) de
quinze (15,00m) metros de largura ao longo das margens do córrego, com área de
1.574,95m² (hum mil e quinhentos e setenta e quatro metros e noventa e cinco
decímetros quadrados), passando o terreno a ter uma Área útil de 32.891,07m² (trinta e
dois mil e oitocentos e noventa e um metros e sete decímetros quadrados). Distando o
lado esquerdo cento e sessenta e seis metros e cinquenta e oito centímetros (166,58m)
da esquina formada pela Rua Leopoldo Blaese com a Rua Fundos Klaus.”

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MERCOTOYS
Estudo de Impacto de Vizinhança

2.2 Implantação do Empreendimento

2.2.1 Implantação

Figura 5 – Implantação do empreendimento

Fonte: Eng. Ademar Kirsten – Autor do projeto.

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2.2.2 Quadro de áreas

Tabela 2 – Quadro de áreas do empreendimento.


Descrição Área
Terreno 34.466,02m²
Área Construída – Pavimento Térreo 1.058,70m²
(Projeto Aprovado)

Área Construída – Torre caixas d´água 83,94m²


(Projeto Aprovado)

Área Térreo 7.158,75m²


(À Construir)

Área Mezanino 278,52m²


(À Construir)

Área Total 7.437,27m²


(Á Construir)

Área Total Térreo 8.217,45m²


(Existente + Á Construir)

Área Total 8.504,54 m²


Área Administrativa 557,04m²
Área de Depósitos 7.947,50m²

Fonte: Acervo dos autores.

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2.3 Atividades previstas

2.3.1 Fluxo atual das atividades


Atualmente a empresa MERCOTOYS está instalada na Rua 15 de Novembro,
1865, conforme descrito anteriormente no item 1.3.
O quadro de colaboradores da empresa é constituído da seguinte forma:

• 56 colaboradores diretos
• 15 colaboradores indiretos
• Total: 71 colaboradores

Os colaboradores indiretos acima citados são contratados por uma empresa


terceirizada, sediada em Blumenau/SC, a qual faz a montagem dos brinquedos.
Entre os meses de Junho e Setembro a MERCOTOYS efetua a contratação de
colaboradores temporários, os quais aumentam a capacidade produtiva da empresa
visando o aumento do fluxo de vendas dos meses seguintes.

2.3.2 Atividades previstas


Após a conclusão da instalação do empreendimento na Rua Leopoldo Blaese, de
acordo com o cronograma que será abordado no item 2.3.3, a expectativa da
MERCOTOYS é de gerar 50 novos postos de trabalho, conforme segue abaixo:

• 56 colaboradores diretos
• 50 novos colaboradores diretos
• Total: 106 colaboradores

Desta forma a MERCOTOYS terá um crescimento de 90% [noventa por cento] em


quantidade de colaboradores e não será necessário manter a contratação dos serviços da
empresa terceirizada descrita no item anterior, o que facilitará a logística da empresa.

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2.3.3 Cronograma de implantação


O cronograma de implantação do empreendimento seguirá o seguinte esquema:

Figura 6 – Esquema de cronograma de execução da obra

ETAPA 3
EXECUÇÃO:
2º SEMESTRE 2014 – 1º SEMESTRE 2015

ETAPA 2
EXECUÇÃO:
2º SEMESTRE 2013 – 1º SEMESTRE 2014

ETAPA1
ALVARÁ DE CONSTRUÇÃO Nº 10.121 DE 24/04/2013
EXECUÇÃO: 2012 - 2013

ETAPA 4
EXECUÇÃO:
2º SEMESTRE 2015 – 2016

Fonte: Eng. Ademar Kirsten – Autor do projeto – Editado pelos autores.

O cronograma acima proposto poderá sofrer variações – antecipações ou atrasos –


em função de diversos fatores, tais como o crescimento da empresa (atualmente 10% ao
ano, considerando a média dos últimos quatro anos), entre outros.

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2.4 Levantamento plani-altimétrico


A figura abaixo demonstra a modificação realizada no relevo do imóvel após a
execução da terraplanagem realizada.

Figura 7 – Modificação do relevo após a terraplanagem.

ANTES DEPOIS
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2.5 Projeto de terraplenagem


A terraplenagem do terreno foi executada entre novembro e dezembro de 2011, na
forma de incentivo econômico concedido pelo Município de Pomerode, aprovado pela Lei
nº 2269, de 30 de novembro de 2010 – “AUTORIZA A CONCESSÃO DE INCENTIVOS
ECONÔMICOS À EMPRESA MERCOTOYS INDÚSTRIA DE BRINQUEDOS LTDA, NOS
TERMOS DA LEI Nº 1225, DE 24 DE MAIO DE 1995” – sendo que a aprovação desta Lei
foi precedida pelo Pareceres prévios do Conselho do Meio Ambiente e da Cidade
[CONCIDADE] e do Conselho de Desenvolvimento Econômico [COMDES].
A Lei nº 2269 autorizou o Município de Pomerode a executar 35.000 metros
cúbicos de aterro, contudo, em decorrência da inundação generalizada ocorrida na cidade
em março de 2011 e das consequências decorrentes deste fenômeno ambiental, que
causou diversos estragos e criando inúmeras demandas para a Secretaria de Obras, o
volume efetivamente executado pelo Município foi de aproximadamente 60% do volume
total aprovado.
Para concluir o serviço de terraplenagem a Mercotoys contratou e custeou serviços
com a empresa Terraplanagem Knopf Ltda.
Vale ressaltar que a área onde a terraplenagem foi executada não atinge a Área de
Preservação Permanente do Ribeirão que corta o imóvel, sendo que a referida APP é
composta por uma faixa com 30,00 metros de largura, de acordo com o Art. 4º, “I”, “a”, da
Lei Federal nº 12.651 – Código Florestal Brasileiro – de 25 de maio de 2012.

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3 CARACTERÍSTICAS DA VIZINHANÇA
O imóvel escolhido para implantar a nova unidade fabril da Mercotoys é cercado
por propriedades que ainda apresentam fortes características rurais, em virtude do uso
predominante voltado às atividades agrosilvipastoris, onde ainda se verifica uma baixa
densidade de edificações.

3.1 Equipamentos públicos de infraestrutura urbana e capacidade de atendimento


Localizada a apenas 4 Km rodoviários do Centro do município de Pomerode, o
imóvel selecionado para implantação da nova unidade fabril da Mercotoys é servida de
excelente infraestrutura, possuindo via de acesso asfaltada e conexão direta com a
Rodovia Estadual SC-110, antiga SC-416, conhecida também como Rodovia “Ralf
Knaesel”.

3.1.1 Água
No município de Pomerode a captação, tratamento e distribuição de água potável a
população é realizada pelo SAMAE - Serviço Autônomo Municipal de Água e Esgoto, uma
autarquia do executivo criada no ano de 1966.
A região do município onde está prevista a nova unidade fabril da Mercotoys é
abrangida pela rede pública de abastecimento de água potável, sendo garantido,
conforme prova em anexo, o fornecimento de água potável para operação da unidade
projetada.
Para corroborar com a afirmação supra, apresentamos abaixo a foto do cavalete
d´água existente na propriedade vizinha (à montante) do imóvel objeto deste estudo
(residência n° 557), onde demonstra a presença do cavalete d´água (registro) na
residência.

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Figura 8 – Rede de Água Potável ao longo da Rua Leopoldo Blaese com destaque para
cavalete existente em edificação vizinha ao empreendimento

Cavale

Fonte: Acervo dos autores.

3.1.2 Esgoto
O Município de Pomerode iniciou o projeto de implantação da sua rede de coleta e
tratamento de esgoto sanitário, que prevê inicialmente uma extensão de 11 Km de rede
de coleta, com estimativa de atendimento de 9.000 habitantes. Atualmente esta rede
atende apenas 65 unidades habitacionais, sendo que o restante das edificações do
município ainda contam com o sistema de fossa séptica e filtro biológico, ligados ao
sistema de drenagem pluvial (quando existente).
A região do município onde está prevista a nova unidade fabril da Mercotoys não
apresenta rede pública de coleta de esgoto sanitário, infraestrutura atualmente sob
responsabilidade do SAMAE – Serviço Autônomo Municipal de Água e Esgoto.
Diante deste fato, o empreendedor já garantiu em seus projetos, o seu próprio
Sistema de Tratamento de Efluentes Sanitários, composto por Caixas de Gordura, Fossa
Séptica e Filtro Biológico, acompanhado de rede de coleta e transporte, que o destina
(após adequado tratamento) ao curso d´água mais próximo (Ribeirão Klaus Segundo).

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3.1.3 Drenagem pluvial


A Secretaria de Obras da Prefeitura Municipal de Pomerode implantou a rede de
drenagem pluvial na margem esquerda da Rua Leopoldo Blaese, no ato da sua
pavimentação asfáltica, ocorrida no ano de 2008, segundo informação repassada pelo Sr.
André Amorim, Engenheiro Civil da SEPLAN – Secretaria de Planejamento da Prefeitura
de Pomerode, cuja constatação foi realizada por esta equipe técnica no ato de uma das
vistorias in-loco realizadas, sendo apresentada na foto abaixo.

Figura 9 – Rede de Drenagem Pluvial ao longo da Rua Leopoldo Blaese com destaque para
a caixa coletora de águas pluviais existente nas proximidades do empreendimento.

Galpão Mercotoys

Caixa Coletora de
Águas Pluviais

Fonte: Acervo dos autores.

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3.1.4 Energia Elétrica e Iluminação pública


Segundo dados da Secretaria de Estado do Planejamento de Santa Catarina, no
ano de 2010, as indústrias representavam 67% do consumo de energia elétrica no
município de Pomerode.
O município de Pomerode é atendido pela CELESC – Centrais Elétricas de Santa
Catarina S.A., através da Gerência Regional de Blumenau, que disponibiliza redes de alta
e baixa tensão para o município, destinadas ao consumo nas indústrias, comércios,
residências e iluminação de vias.
A região do município onde está prevista a nova unidade da Mercotoys, é
abrangida pelas redes públicas de distribuição de energia elétrica, administrada pela
CELESC – Centrais Elétricas de Santa Catarina S.A., e iluminação, administrada pela
Prefeitura Municipal, sendo garantido, conforme prova em anexo, o fornecimento de
energia elétrica para operação da unidade projetada.

Figura 10 – Rede de Energia Elétrica e de telefonia da Rua Leopoldo Blaese destacando a


infraestrutura existente nas proximidades do empreendimento

Energia e
Iluminação

Telefonia

Fonte: Acervo dos autores.

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3.1.5 Telefonia
A região do município onde está prevista a nova unidade da Mercotoys é abrangida
pela rede de telefonia, administrada no Estado de Santa Catarina pela OI Telefonia S/A,
sendo assim garantido o acesso a linha telefônica na operação da unidade projetada.
A comprovação da existência da rede de telefonia na área do empreendimento
pode ser comprovada pela imagem apresentada na Figura 10.
Desta forma, considerando o disposto no §1°, Artigo 11, da Lei Complementar
Municipal n° 162/08 (Código Urbanístico), que trata do conceito de “infraestrutura básica”
na legislação municipal, e o disposto no §1°, Artigo 304, da mesma Lei, que relaciona os
equipamentos públicos considerados urbanos, verificamos que a região do
empreendimento apresenta total condições de suporte para implantação do
empreendimento proposto, mesmo se considerarmos a inexistência de rede de esgoto na
região, uma vez que a empresa apresenta alternativa para tal em seu projeto técnico.

3.2 Condições viárias

3.2.1 Sistema viário


A Rua Leopoldo Blaese é classificada como “via coletora” pelo Anexo II do Código
Urbanístico – Lei Complementar nº 162/2008.
O imóvel onde a Mercotoys está se instalando dista aproximadamente 500 metros
da esquina formada com a Rodovia SC-110 [Rua Vidal Ferreira], sendo que no
cruzamento destas vias existe uma interseção tipo canalizada, popularmente conhecida
como “trevo alemão”.
A Rodovia SC-110 [Rua Vidal Ferreira] é uma importante rodovia estadual que
favorece o escoamento da produção da empresa e serve de acesso para a Rodovia
Federal BR-470 [no Vale do Itajaí] e para a Rodovia Federal BR-280 [no Vale do Itapocú],
sendo que ambas rodovias conectam-se com a Rodovia Federal BR-101, a principal
rodovia de escoamento da produção industrial catarinense.

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Figura 11 – Sistema Viário com destaque para abrigos de passageiros nas proximidades do
empreendimento

Fonte: Google Earth – Editado pelos autores.

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3.2.2 Transporte coletivo


A região Pomerode Fundos é servida de 10 linhas de ônibus circulares, das quais
05 matutinas, 04 vespertinas e 01 noturna, nos seguintes horários:

Tabela 3 – Linhas de transporte coletivo disponíveis na região do empreendimento.


Período Horário
Matutino 06:00 – 06:30 – 06:40 – 11:15 – 11:30
Vespertino 12:00 – 12:15 – 17:00 – 17:05
Noturno 22:00

Fonte: Empresa de Transporte Coletivo Volkmann Ltda.

De acordo com a Declaração recebida do Sr. Peter Stephan Volkmann,


representante da Empresa de Transporte Coletivo Volkmann Ltda, constatamos que as
linhas de ônibus que atuam na região do empreendimento apresentam plenas condições
de absorver um possível aumento na demanda por transporte público naquela região,
uma vez que suas capacidades máximas não foram atingidas.

Figura 12 – Ponto de ônibus nas proximidades do imóvel.

Fonte: Acervo dos autores.

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3.2.3 Entradas / Saídas / Geração de viagens / Distribuição


O fluxo de veículos de carga estará sujeita à sazonalidade de vendas do setor de
brinquedos plásticos, que conta com períodos com “picos” de vendas e, por outro lado,
com momento de vendas reduzidas, quando a atividade da empresa é direcionada para a
produção e geração de estoque. Abaixo seguem estimativas previstas para o fluxo de
caminhões na região do empreendimento:
• 6 a 10 caminhões/dia – entre os meses de agosto a outubro, cuja quantidade
pode variar em função do tipo de caminhão disponibilizado pelas empresas
transportadoras (caminhões pequenos, carretas, etc.).
• 4 caminhões/dia – demais meses.
De acordo com informações do departamento de recursos humanos da Mercotoys,
atualmente transitam diariamente entre 20 e 25 veículos de passeio, tanto para
funcionários como para visitantes.

3.2.4 Compatibilização do sistema viário do empreendimento


Quanto à questão da geração de trânsito, a Gerência de Trânsito [GETRAN] da
Secretaria de Planejamento e Desenvolvimento da Cidade emitiu o Parecer Técnico
favorável para o empreendimento, ressaltando a necessidade de prever vagas de
estacionamento para as pessoas idosas e para as pessoas com necessidades especiais,
na forma da legislação vigente.
Concluindo, a GETRAN recomenda que o empreendimento “seja solidário a toda
intervenção que se possa fazer necessário”, caso alguma intervenção mostre-se
indispensável no futuro.

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3.3 Equipamentos públicos comunitários


São instalações destinadas ao uso da comunidade, relacionadas as áreas de
Educação, Cultura, Saúde, Esporte, Lazer e Assistência Social.

Figura 13 – Localização dos equipamentos públicos

Fonte: Google Earth – Editado pelos autores.

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Estudo de Impacto de Vizinhança

3.3.1 Educação
O Município de Pomerode conta com 12 Escolas Municipais, 3 Escolas Estaduais,
2 Escolas Privadas, além de 6 Centros de Educação Infantil.
A menos de 500 m de distância do local previsto para a nova unidade fabril da
Mercotoys, encontra-se a Escola de Educação Básica Municipal “Prof. Vidal Ferreira”, que
destinada ao Ensino Fundamental.

Figura 14 – Escola de Educação Básica Municipal Vidal Ferreira

Fonte: Acervo dos autores.

Um pouco mais distante, direção Sudoeste, cerca de 4,5 Km rodoviários do ponto


previsto para a nova Unidade Fabril da Mercotoys, mas ainda na mesma região,
encontramos também o Centro de Educação Infantil Municipal Nora Krueger Dallmann. A
unidade é responsável pelo atendimento educacional pré-escolar das famílias residentes
na região de Pomerode Fundos. Com capacidade instalada para atendimento de 50
crianças, atualmente trabalha com sua capacidade máxima.

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MERCOTOYS
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Figura 15 – Centro de Educação Infantil Municipal Nora Krueger Dallmann.

Fonte: Acervo dos autores.

3.3.2 Cultura
Para conservar as tradições dos imigrantes, a região de Pomerode Fundos conta
com uma Casa Cultural, 2 Sociedades Esportivas e uma Igreja.
A Casa do Imigrande “CARL WEEGE”, uma Casa Cultural aberta à visitação
pública, retrata os costumes da imigração. Localizada junto ao trevo de acesso a Rua
Leopoldo Blaese, dista aproximadamente 500 m do imóvel adquirido pela Mercotoys.

Figura 16 – Casa do Imigrante “Carl Weege”

Fonte: Acervo dos autores.


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As sociedades esportivas cultuam as tradições dos imigrantes, reunindo a


comunidade em grandes “bailes” (festas embaladas pelas músicas e danças típicas), local
onde também se praticam inúmeras atividades esportivas da época (Tiro, Bolão, etc.).
A Sociedade 1° de Maio está situada ao longo da margem esquerda da Rua
Frederico Weege e dista aproximadamente 800 m do imóvel adquirido pela Mercotoys.

Figura 17 – Associação Cultural Esportiva 1º de Maio.

Fonte: Acervo dos autores.


A religião sempre se mostrou muito forte nas comunidades do município. Na
comunidade de Pomerode Fundos encontra-se a Igreja Luterana “Cristo Vive”, distante
aproximadamente 350 m do imóvel adquirido pela Mercotoys.

Figura 18 – Igreja Cristo Vive.

Fonte: Acervo dos autores


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3.3.3 Saúde
O Município de Pomerode conta com 09 Unidades de Saúde da Família. Os
atendimentos em caráter de urgência e emergência são realizados pelo Hospital e
Maternidade Rio do Testo, durante 24 horas, sendo os atendimentos de Especialidades
encaminhados ao município de Blumenau.
A menos de 500 m de distância do local previsto para a nova unidade fabril da
Mercotoys, encontra-se a Unidade de Saúde da Família “CARLOS RAMTHUN” (foto
abaixo). Esta unidade é responsável pelo atendimento de saúde das famílias residentes
na região de Pomerode Fundos. Com capacidade instalada para 60 atendimentos/dia,
atualmente a unidade realiza, na média, 40 atendimentos/dia, segundo informações
repassadas pela responsável pela unidade, a Enfermeira Luana Maria Amandio.

Figura 19 – Unidade de Saúde da Família “Carlos Ramthun”

Fonte: Acervo dos autores.

3.3.4 Esporte e Lazer


A comunidade de Pomerode Fundos possui a sua disposição, a qualquer hora do
dia ou da noite, uma área equipada para a prática de exercícios físicos ao ar livre, situada
ao lado da Casa do Imigrante “CARL WEEGE”.

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Figura 20 – Academia ao ar livre.

Fonte: Acervo dos autores

Já para as crianças, a prática de esportes é possível na quadra poliesportiva


existente na Escola de Educação Básica Municipal “Prof. Vidal Ferreira”.

Figura 21 – Quadra poliesportiva da Escola de Educação Básica Municipal Vidal Ferreira.

Fonte: Acervo dos autores.

De acordo com o disposto no §2°, Artigo 304, da Lei Complementar Municipal n°


162/08 (Código Urbanístico), que define os equipamentos públicos considerados
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MERCOTOYS
Estudo de Impacto de Vizinhança

comunitários na legislação municipal, acreditamos que se implantadas as medidas


mitigadoras previstas na operação do empreendimento proposto, não haverá conflitos
com os equipamentos públicos comunitários existentes na região do empreendimento.

3.4 Planos, programas e projetos governamentais


De acordo com o Secretário de Planejamento e Desenvolvimento da Cidade –
SEPLAN, Sr. Maurício Eduardo Gorigoitia Vega, através do Ofício 0308/2013 (Anexo
10.13) a área de implantação do empreendimento não possui nenhum plano, programa ou
projeto governamental.
Já no entorno, é importante destacar a previsão a curto prazo de ampliação da
Escola Vidal Ferreira e o Ginásio de Esportes. A médio prazo está previsto a
pavimentação da continuação da Rua Leopoldo Blaese e a longo prazo não existem
planos, programas ou projetos governamentais previstos.

3.5 Caracterização do Espaço Urbano

3.5.1 Zoneamento e análise do projeto de implantação


De acordo com o Anexo I - Mapa de Zoneamento – do Código Urbanístico – Lei
Complementar 162/08 do Plano diretor do Município de Pomerode, a área onde se
localiza o empreendimento está inserida em grande parte na “Macrozona Urbana de
Qualificação (MUQ)”. De acordo com o Art. 27 da Lei Complementar 162/08, denominada
Código Urbanístico do Plano Diretor do Município de Pomerode, esta Macrozona tem
como objetivos mínimos orientar as políticas públicas no sentido de melhorar as
condições de infraestrutura para servir as futuras necessidades de urbanização e
adensamento populacional, além de proteger a paisagem urbana existente, marcada pela
ocupação horizontal e de baixa densidade.
O terreno também está em parte inserido na Macrozona Rural de Ocupação
Orientada 2 (MROO2). De acordo com o Art. 25 da Lei Complementar 162/08,
denominada Código Urbanístico do Plano Diretor de Pomerode, esta Macrozona tem
como objetivos mínimos orientar as políticas públicas no sentido de desenvolver e
diversificar as atividades econômicas típicas da área rural, fazendo uso racional do solo.
Pode-se perceber que grande parte do terreno encontra-se na Macrozona Urbana
de Qualificação vigorando, portanto, os parâmetros desta Macrozona. Além disto, a área

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MERCOTOYS
Estudo de Impacto de Vizinhança

onde será edificado o empreendimento não encontra-se da porção situada na Macrozona


Rural de Ocupação Orientada 2, a qual tem seu início a aproximadamente 500m
(quinhentos metros) a partir da testada o imóvel com a Rua Leopoldo Blaese
(aproximadamente na localização do córrego).

Figura 22 – Zoneamento em que o empreendimento encontra-se inserido.

Fonte: Trecho retirado do Anexo I – Mapa de Zoneamento do Código Urbanístico (Lei Complementar
162/08) – Editado pelos autores.

LEGENDA:

Para a Macrozona Urbana de Qualificação (MUQ), vigoram os parâmetros de


acordo com o Anexo 10.1 (Consulta de Viabilidade), sendo demonstrados os cálculos na
tabela a seguir. Pode-se concluir que os índices obtidos do projeto do empreendimento
estão dentro dos limites permitidos.

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MERCOTOYS
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Tabela 4 – Índices urbanísticos da macrozona urbana de qualificação - MUQ.


Descrição Índice Permitido Índice Do Projeto
Coeficiente de 8.504,54m²
34.466,02m²
1,0 0,24 (Área total do
aproveitamento (Área total do terreno)
empreendimento)
Taxa de ocupação 50% 17.233,01m² 23,84% 8.217,45m²
Taxa de 26.248,57m²
40% 13.786,40m² 76,16%
permeabilidade (Área permeável)

Fonte: Acervo dos autores.

De acordo com os Art. 193 a 242 do Código Urbanístico – Lei Complementar


162/08 do Plano diretor de Pomerode, foram analisados os padrões de incomodidade a
seguir, conforme Anexo 10.1 (Consulta de Viabilidade):
- Poluição Atmosférica: Não Incômodo
- Resíduos sólidos: Não Incômodo
- Periculosidade: Não Incômodo
- Resíduos líquidos: Não Incômodo
- Vibração: Não Incômodo
Os padrões relacionados anteriormente serão analisados individualmente nos itens
5.2.1 e 5.2.2.
A partir destes padrões de incomodidade, além dos índices urbanísticos
demonstrados anteriormente, a consulta de viabilidade em questão também orienta o
projeto de acordo com os padrões de incomodidade “não incômodo e incômodo 1”,
permitidos para este zoneamento, de acordo com o Anexo IV do Código Urbanístico – Lei
Complementar 162/08 do Plano Diretor de Pomerode, sendo estabelecidos no mínimo os
seguintes parâmetros:
- Recuo frontal: 6,00m (seis metros)
- Recuo lateral: 3,00m (três metros) ou h/5
- Área de Preservação Permanente para curso d´água ou lagoa: 30,00m (trinta
metros)
- Altura máxima permitida (pavimentos): 3 (três) pavimentos
Quanto as vagas de estacionamento, também são especificados padrões mínimos
no Anexo 10.1 (Consulta de Viabilidade), relacionados a seguir:
- 1 vaga de estacionamento para cada 200m²;
- 1 vaga de carga e descarga (mínimo).

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MERCOTOYS
Estudo de Impacto de Vizinhança

Estes parâmetros estão definidos no Anexo IV do Código de Obras – Lei


Complementar 163/08 do Plano Diretor, sendo:
 Categoria: Edificações para indústria;
 Tipo: Indústria em geral;
 Número de vagas de estacionamento ou garagem: 1 vaga de estacionamento
para cada 200m².
Além destes parâmetros, também é necessário prever área de carga e descarga e
vagas de estacionamento para Portadores de Necessidades especiais, atentando para as
especificações contidas na Seção IX do Código de Obras – Lei Complementar 163/08, em
especial ao Art. 102 para os seguintes incisos:
IV – Ter vagas de estacionamento para cada veículo locadas em planta e
numeradas, com largura mínima de 2,40m (dois metros e quarenta centímetros) e
comprimento mínimo de 4,50 (quatro metros e cinquenta centímetros);
V – Ter corredor de circulação com largura mínima de 3,00m (três metros), 3,50m
(três metros e cinquenta centímetros) e 5,00m (cinco metros), quando o local das vagas
de estacionamento formar em relação aos mesmos, ângulos de 30º (trinta graus), 45º
(quarenta e cinco graus) ou 90º (noventa graus), respectivamente;
VI – Nos edifícios de uso público haverá vagas de estacionamento para
pessoas portadoras de deficiências, identificadas para esse fim, com largura
mínima de 3,50m (três metros e cinquenta centímetros), na proporção de uma
vaga para cada 100 vagas totais de estacionamento ou fração, sendo obrigatório
no mínimo uma vaga;
VII – Os estacionamentos poderão ser cobertos ou descobertos. Se
descobertos, deverão ser arborizados na proporção mínima de uma árvore para
cada 3 (três) vagas.
Desta maneira, conforme a implantação, mencionada na Figura 5 do item 2.2.1,
pode-se perceber a presença de:
- 48 vagas de estacionamento nas dimensões 2,50m x 5,00m;
- 05 vagas de carga e descarga nas dimensões 3,50m x 15,00m;
- 12 vagas de estacionamento para motos.
Portanto, a partir das informações obtidas pode-se concluir que os
parâmetros urbanísticos são atendidos pelo empreendimento.

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3.5.2 Uso e ocupação do solo urbano


A partir do levantamento realizado in loco, constatou-se que a área de entorno do
empreendimento possui diversidade de usos com predominância residencial. Foram
constatadas as seguintes situações:
 Edificações industriais: localizam-se ao longo da Rua Frederico Weege, todas de
pequeno e médio porte;
 Edificações comerciais: localizam-se ao longo da Rua Frederico Weege, de
pequeno porte, abastecendo a comunidade local;
 Edificações institucionais: encontram-se ao longo da Rua Frederico Weege e
Rua Leopoldo Blaese;
 Edificações residenciais: encontram-se em todo o entorno com maior
intensidade na Rua Leopoldo Blaese.
A altura das edificações existente varia entre 1 e 2 pavimentos.

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Figura 23 – Uso e ocupação do Solo nas proximidades do empreendimento

Fonte: Google Earth – Editado pelos autores.

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3.5.3 Atividade industrial na região da implantação


Atualmente é possível constatar pouca atividade industrial na região de entorno do
empreendimento, a qual tem localização predominante ao longo da Rua Frederico
Weege. Tratam-se de indústrias de pequeno e médio porte (vestuário, madeira,
alimentícia, etc.), que abastecem principalmente o mercado local.
É importante destacar a presença de uma rodovia importante de comunicação da
cidade com cidades vizinhas, permitindo fluxo de grande número de pessoas e
mercadorias. Esta rodovia permite a comunicação com o oeste do estado e com cidades
vizinhas como Indaial e Timbó, as quais possuem industrialização semelhante a
Pomerode e são responsáveis por abastecimento de mercadorias local. Além disto, as
características culturais das cidades do Médio Vale do Itajaí são semelhantes, refletido no
crescimento das mesmas e na atração de novas indústrias para esta região.
A área do empreendimento localiza-se próxima a Rodovia (aproximadamente
500m), o que é favorável para o escoamento de mercadorias, com interferência na porção
inicial da Rua Leopoldo Blaese, além da ocupação de um vazio urbano em local dotado
de infraestrutura.

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Figura 24 – Atividade industrial nas proximidades do empreendimento

Fonte: Google Earth – Editado pelos autores

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3.6 População

3.6.1 Características populacionais do município


A população de Pomerode é formada em sua maioria por descendentes de
imigrantes alemães, provenientes da região da Pomerânia, no norte da Alemanha.

Tabela 5 – Classificação da População Residente de Pomerode em 2010.

Faixa Etária Pomerode


Masculino Feminino Total
Menor de 1 157 174 331
1a4 671 623 1.294
5a9 870 817 1.687
10 a 14 961 924 1.885
15 a 19 1.080 1.057 2.137
20 a 29 2.601 2.472 5.073
30 a 39 2.459 2.351 4.810
40 a 49 2.090 2.076 4.166
50 a 59 1496 1.504 3.000
60 a 69 910 959 1.869
70 a 79 457 633 1.090
80 e Mais 152 265 417
Total 13.904 13.855 27.759
Fonte: IBGE.

A Tabela acima apresenta uma desaceleração do crescimento populacional, com


um percentual de crianças e adolescentes (população residente com menos de 19 anos),
representando 28,21% de toda população municipal. Observa-se também o grande
percentual de pessoas economicamente ativas, que compreende a faixa dos 20 aos 60
anos, representando 62,13% de toda população do Município de Pomerode,
compreendendo ainda 9,66% de idosos, superior a media estadual.
A pirâmide construída com os dados censitários de 2010 (Gráfico abaixo)
apresenta uma conformação que vai diminuindo na base e alargando-se no meio,
indicando uma presença significativa de adultos jovens, refletindo também, neste caso, a
redução no crescimento populacional. Este Gráfico aponta para o relativo envelhecimento
da população que deve acontecer de maneira gradual e contínua e reflete a melhoria da
qualidade de vida.

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Gráfico 6 – Pirâmide Etária da população de Pomerode em 2010.

80 e Mais 152 265


Masculino
70 a 79 457 633
Faixa Etária (anos)

60 a 69 910 959 Feminino

50 a 59 1.496 1504

40 a 49 2.090 2076

30 a 39 2.459 2351

20 a 29 2.601 2472

10 a 19 2.041 1.981

0a9 1.698 1.614

3.000 2.500 2.000 1.500 1.000 500 0 500 1.000 1.500 2.000 2.500 3.000

Fonte: IBGE.

A progressão e a acentuação deste processo de envelhecimento da população são


esperadas e já acontecem de forma significativa no conjunto da sociedade brasileira, que
por sua vez, segue o comportamento verificado nas populações de países desenvolvidos.
A observação desta tendência no processo de planejamento e definição de políticas
públicas é fundamental para garantir a sua adequação à satisfação das necessidades
básicas da população que são diferentes conforme a idade, dentre outros fatores.
No geral, a região vem apresentando taxas de crescimento elevadas com um
acréscimo populacional médio de 23,59% no período de 2000 e 2010, superiores aos
16,65% de crescimento observado no Estado de Santa Catarina. O Município de
Blumenau teve um crescimento semelhante à média estadual, com uma taxa de
crescimento de 18,03% no período de 2000 a 2010, enquanto que Pomerode apresentou
um crescimento de 25,45% (Tabela abaixo).
Os municípios que mais cresceram no âmbito da AMMVI, entre 2000 e 2010,
foram, pela ordem, Guabiruba (42,03%), Brusque (38,71%), Indaial (36,47%), Pomerode
(25,45%), Gaspar (24,92%), Botuverá (18,95%), Blumenau (18,03%), Doutor Pedrinho
(16,93%), Rio dos Cedros (15,04%), Benedito Novo (13,94%), Apiúna (12,67%), Ascurra
(6,89%) e Rodeio (5,22%).

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Tabela 7 – Variação da População Residente e Percentual de Crescimento dos Municípios


da AMMVI entre 2000 – 2010.
Municípios Habitantes Variação
Contagem 2000 Contagem 2010 2000/2010
Apiúna 8.520 9.600 12,67%
Ascurra 6.934 7.412 6,89%
Benedito Novo 9.071 10.336 13,94%
Blumenau 261.808 309.011 18,03%
Botuverá 3.756 4.468 18,95%
Brusque 76.058 105.503 38,71%
Doutor Pedrinho 3.082 3.604 16,93%
Gaspar 46.414 57.981 24,92%
Guabiruba 12.976 18.430 42,03%
Indaial 40.194 54.854 36,47%
Pomerode 22.127 27.759 25,45%
Rio dos Cedros 8.939 10.284 15,04%
Rodeio 10.380 10.922 5,22%
Timbó 29.358 36.774 25,26%
AMMVI 539.617 666.938 23,59%
Santa Catarina 5.356.360 6.248.436 16,65%
Fonte: IBGE.

No Gráfico abaixo o Município de Blumenau exibe uma taxa de urbanização de


95,39%, semelhante a da região da AMMVI (90,93%) e superior a media catarinense
(83,99%), sendo idêntica aos Municípios de Brusque (96,70%) e Indaial (96,48%). Da
população total de Pomerode, 23.823 habitantes (85,82%) residem na área urbana, e
3.936 (14,18 %) na área rural.

Gráfico 8 – Comparação da população segundo local de moradia na AMMVI.

Urbano Rural

SC 83,99%
AMMVI 90,93%
Timbó 93,26%
Rodeio 86,28%
Rio dos Cedros 49,69%
Pomerode 85,82%
Indaial 96,48%
Guabiruba 92,60%
Gaspar 81,29%
Dr. Pedrinho 56,02%
Brusque 96,70%
Botuverá 29,32%
Blumenau 95,39%
Benedito Novo 56,15%
Ascurra 87,11%
Apiúna 44,66%
0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100%

Fonte: IBGE.
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O significativo crescimento da população urbana na década de oitenta (2,47% a.a.),


com o proporcional decréscimo da população rural (- 0,73% a.a.) no período, deve-se ao
êxodo rural causado pela oferta de empregos industriais na zona urbana, e ao aumento
do perímetro urbano.
Este êxodo rural representa uma inversão da ocupação do espaço territorial de
Pomerode que vem ocorrendo desde 1970, quando 65% da população ocupava a área
rural.

Tabela 9 – Densidade Demográfica no Município de Pomerode.


Censo População Pomerode Densidade Hab./Km2
1960 10.606 49,40
1970 12.070 56,22
1980 14.377 66.53
1991 18.771 86,99
2000 22.127 102,43
2010 27.759 128,57
Fonte: IBGE.

Em 1960, o primeiro recenseamento realizado em Pomerode pelo IBGE, a


população era de 10.606 habitantes. Até a década de 80, o Município cresceu em ritmo
moderado, atingindo 12.070 habitantes em 1970 e 14.371 habitantes em 1980. A partir
daí, o crescimento de Pomerode é acelerado para 2,47% ao ano, atingindo 18.771
habitantes em 1991, 21.200 habitantes em 1996, 22.127 habitantes em 2000 e 27.759
habitantes em 2010.
Considerando a área total do Município (214,7 km²), a densidade demográfica bruta
de Pomerode é de 128,57 habitantes por Km², segundo a contagem de 2010 (Quadro
abaixo).

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Tabela 10 – Índice de Desenvolvimento Humano Municipal 1991 a 2010.


IDH-M - IDH-M - IDH-M - Nível
Município
1991 2000 2010
Apiúna 0,410 0578 0,708 Alto
Ascurra 0,533 0,603 0,742 Alto
Benedito Novo 0,517 0,617 0,740 Alto
Blumenau 0,611 0,727 0,806 Muito Alto
Botuverá 0,460 0,598 0,724 Alto
Brusque 0,591 0,720 0,795 Alto
Doutor Pedrinho 0,507 0,608 0,716 Alto
Gaspar 0,556 0,670 0,765 Alto
Guabiruba 0,525 0,677 0,754 Alto
Indaial 0,537 0,678 0,777 Alto
Pomerode 0550 0708 0,780 Alto
Rio dos Cedros 0,505 0,626 0,729 Alto
Rodeio 0,532 0,675 0,754 Alto
Timbó 0,559 0,690 0,784 Alto
Santa Catarina 0,542 0,664 0,746 Alto

Fonte: Atlas do Desenvolvimento Humano de Santa Catarina.

O Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDH-M) de Pomerode é de 0,780,


considerado de nível alto sendo superior a média estadual (0,746) (Tabela acima).
O Relatório de Desenvolvimento Humano de 2010 o PNUD começou a usar um
novo método de cálculo do IDH. Os três índices seguintes são utilizados: Expectativa de
vida ao nascer (E); Índice de educação (EI) - Índice de Anos Médios de Estudo (IAME) e
Índice de Anos Esperados de Escolaridade (IAEE); Índice de renda (IR). Finalmente, o
IDH é a média geométrica dos três índices anteriores normalizados.
A dinâmica populacional atual da região da AMMVI, da qual o Município de
Pomerode está localizado, relacionada à evolução da ocupação do território, é marcado
pelas altas taxas de crescimento populacional e urbanização que acompanham o
desenvolvimento da região. Tais fatores têm pressionado os municípios quanto à
demanda por saúde, educação, lazer e turismo, entre outros que envolvem a dimensão
social.

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Comparando o período de 1980/1991, na região da AMMVI, houve uma migração


de 10,4% população da área rural para a urbana. Todos os municípios da região da
AMMVI tiveram uma redução da população rural.
Ao comparar as Tabelas 05 e 06, observa-se que Pomerode apresentou uma
manutenção, assim como em outros municípios da região, no índice de crescimento
demográfico. Nas ultimas décadas o Médio Vale também se tornou destino de imigrantes
vindos de outras regiões. Como geralmente acontece, o grande fluxo de migração cria
problemas para cidades despreparadas para recebê-los. Com base neste crescimento
apresentam-se problemas em zonas de migração, como a falta de saneamento básico, a
precariedade de moradia e também de atendimento de Assistência Social.

3.6.2 Características populacionais no entorno do empreendimento


De acordo com as informações do PACS – Programa de Agentes Comunitários
de Saúde – disponibilizadas pela Secretaria de Saúde, a população do bairro Pomerode
Fundos atendida pelo programa totaliza 1.775 pessoas (dados atualizados até
novembro/2013).
Considerando todas as unidades do PACS, a população atendida em Pomerode
atualmente é de 29.469 pessoas, o que mostra uma leve discrepância com o dado
populacional do IBGE.

3.7 Patrimônio Histórico e Áreas de relevância ambiental

3.7.1 Identificação dos bens tombados ou cadastrados no patrimônio histórico


De acordo com o Anexo V do Código Urbanístico – Lei Complementar n° 162/08 do
Plano Diretor de Pomerode, denominado “Inventário do patrimônio socioambiental –
Imóveis de valor histórico, arquitetônico, artístico e cultural”, constata-se a presença de 02
(duas) edificações deste inventário nas proximidades do futuro empreendimento.
Destaca-se a Residência da década de 40-50, denominada “Residência Kamchen”,
classificada como “Imóvel de Grande Valor – P2”. Esta residência encontra-se circunscrita
em um raio de 300m da localização do futuro empreendimento, na Rua Leopoldo Blaese,
n° 379, precisamente no terreno limítrofe sul.
Além desta edificação é importante destacar a proximidade com as edificações do
“Moinho Lauro Guenther & Cia Ltda”, circunscrito em um raio de 500m da localização do

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futuro empreendimento e também classificado como “Imóvel de Grande Valor – P2”.


Atualmente a edificação tem como utilização o Museu Casa do Imigrante “Carl Weege”,
marcando a história deste imigrante pomerano que se fixou na região de Pomerode
Fundos. A edificação foi reconstruída de acordo com as técnicas autênticas do sistema
enxaimel e o local conta com exposição de móveis antigos, roda d´água, rancho com
moenda de cana-de-açúcar, prédio da atafona (moinho de fubá e milho e a Praça Lauro
Guenther). É importante destacar também que se tratam de edificações que trazem
identidade ao local e auxiliam como ponto de referência para a região.

Figura 25 – Casa do Imigrante “Carl Weege” – edificação


classificada como “P2” no Inventário do Enxaimel.

Fonte: Acervo dos autores.

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Figura 26 – Residência Kamchen – edificação classificada


como “P2” no Inventário do Enxaimel.

Fonte: Acervo Roseana Struck Lunghard.

Figura 27 – Esquema de identificação dos bens tombados ou cadastrados no patrimônio


histórico.

Fonte: Google Earth – Editado pelos autores.


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3.7.2 Áreas de relevância ambiental


O imóvel onde será implantada a nova unidade fabril da Mercotoys possui em seu
interior uma área de relevância ambiental, constituída pela área de preservação
permanente do Ribeirão Klaus Segundo que percorre o imóvel, cuja previsão legal para
proteção encontra-se no: a) nível Municipal: Inciso II, Artigo 16, da Lei Complementar
Municipal n° 165/08 (Código Municipal de Meio Ambiente); b) nível Estadual: Item 1,
Alígnea a, Inciso I, Artigo 114, da Lei Estadual n° 14.675/09 (Código Ambiental do Estado
de Santa Catarina); e c) nível Federal: Alígnea a, Inciso I, Artigo 4°, da Lei Federal n°
12.651/12 (Código Florestal Brasileiro), conforme comprovado na foto abaixo.

Figura 28 – Curso d´água (Ribeirão Klaus Segundo) existente no imóvel

Fonte: Acervo dos autores.

Vale ressaltar que trata-se de uma área fortemente antropizada (pastagem), em


virtude do intensivo uso pretérito, praticado pelo antigo proprietário, ter sido focado na
pecuária de subsistência.
Na direção Noroeste, distando aproximadamente 1,3 Km rodoviários do imóvel
objeto do presente Estudo, encontramos outra área de relevante interesse ambiental para
população daquela região do município, constituída de uma acumulação d´água
ocasionada pelo represamento de um curso d´água natural, que acabou por formar um
grande açude, conhecido popularmente como “Lagoa do Weege”. Trata-se de uma área
utilizada pela comunidade local para recreação (pesca, nado, etc.).

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Figura 29 – Lagoa do Weege.

Fonte: Acervo dos autores

3.8 Características climáticas e ambientais

3.8.1 Insolação
A cidade de Pomerode tem um clima mesotérmico úmido, com verões quentes e
temperatura média anual oscilando entre 15,5ºC e 24,5ºC, sendo que no verão a
temperatura oscila entre 30ºC e 40ºC, apresentando temperatura média anual de 20,6ºC.
Apresenta umidade média relativa do ar em torno de 85% e índice pluviométrico anual em
torno de 1.570mm.
Devido à inexistência de dados, utilizou-se para a análise a carta solar da cidade
de Blumenau, devido a sua proximidade e semelhança com Pomerode.
A partir da análise desta carta solar pode-se concluir que o período mais longo de
incidência solar ocorre no verão sendo, portanto, no inverno que ocorre maior
sombreamento. A implantação da edificação apresenta-se com a maior face voltada para
o sentido norte-sul, sendo que a fachada norte apresenta maior incidência solar.
Devido a intensidade da insolação, pode-se considerar que é indesejável e
necessita de elementos de controle solar os períodos entre as 10hrs e 16hrs no solstício
de inverno, entre as 9hrs e 17hrs no equinócio e a partir das 9hrs no solstício de verão,
sendo que a incidência solar é considerada indesejável entre esses períodos.
É importante destacar que a implantação da edificação tem condições ideais para
captação de iluminação natural para o interior da edificação. Esta captação poderia ser a

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partir de aberturas na fachada norte, ou até mesmo iluminação zenital na cobertura, como
claraboias ou shed.

Figura 30 – Carta Solar de Blumenau como representação para Pomerode.

Fonte: Acervo dos autores.

Figura 31 – Carta Solar de Pomerode com representação das alturas do sol em diferentes
períodos.

Fonte: Acervo dos autores.

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Figura 32 – Esquema de insolação no local do empreendimento a partir da carta solar.

Fonte: Google Earth – Editado pelos autores.

3.8.2 Ventos dominantes


No que se refere à direção dos ventos, observa-se na cidade de Pomerode um
predomínio de ventos nordeste durante o verão, início de outono e final da primavera,
predominância de ventos de sudoeste no outono e inverno, e vento leste na primavera e
verão. A velocidade média dos ventos situa-se entre 1 e 2 m/s e, de acordo com a escala
de Beaufort, a velocidade do vento é considerada fraca.
Para a relação clima/conforto, de maneira geral pode-se identificar o vento
nordeste como o mais agradável à ventilação, mesmo nas médias baixas de velocidade
encontradas, e o vento sudoeste como o vento frio a ser barrado no inverno.
Devido a característica climática úmida da cidade de Pomerode, é importante a
presença de ventilação permanente nas edificações, principalmente em indústrias por
questões sanitárias.
No caso da edificação analisada, sua implantação está disposta de modo que
possibilita a ventilação cruzada no seu interior. Isto significa que o partido arquitetônico
prevê construções alongadas no sentido perpendicular ou diagonal ao vento dominante.
Para captação desta ventilação cruzada, o projeto arquitetônico prevê aberturas nas faces
norte e sul, melhorando o conforto térmico no interior dos ambientes.

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Figura 33 – Esquema de ventos dominantes no local do empreendimento

Fonte: Google Earth – Editado pelos autores

3.8.3 Vegetação existente


Embora o município de Pomerode esteja inserido na área de abrangência do
Bioma Mata Atlântica, cuja proteção legal está prevista na Lei Federal n° 11.428/06 (Lei
da Mata Atlântica), o Ecossistema verificado no município é denominado de Floresta
Ombrófila Densa, com predominância da Fitofisionomia Sub-Montana, que pode ser
visualizada por todo o território municipal, principalmente nas encostas dos morros.
Embora o município apresente a maior parte de seu território coberto por floresta
nativa, ainda que em regeneração (Floresta Secundária), o imóvel em questão, adquirido
pela Mercotoys para ampliar seu parque fabril, já não apresentava cobertura florestal
nativa na época da sua aquisição, em virtude do uso pretérito.
Como informado anteriormente, trata-se de uma área fortemente antropizada pela
pecuária de subsistência, que ao longo dos anos foi substituindo a floresta anteriormente
existente, por uma área produtiva.

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3.9 Bacia Hidrográfica e Drenagem Pluvial


Em virtude de seus limites montanhosos, o município de Pomerode apresenta uma
peculiaridade hidrográfica, já que possui uma microbacia própria.
O seu principal curso d´água, o Rio do Testo, nasce em seu território e percorre o
mesmo, na direção norte – sul, sem qualquer contribuição externa, ou seja, não recebe
contribuição de nenhum outro Rio do Vale do Itajaí, formando assim a Microbacia do Rio
do Testo.
Apenas para compreensão, a Microbacia do Rio do Testo é contribuinte da Bacia
Hidrográfica do Rio Itajaí-açú, que possui uma extensão de 15.111 Km², abrangendo 47
municípios do Estado, o que equivale a 16,15% do território catarinense.

3.9.1 Drenagem pluvial


O Rio do Testo possui inúmeros afluentes, que dão nome as diversas regiões do
município (Ribeirão Testo Alto, Ribeirão Testo Rega, Ribeirão Wunderwald, Ribeirão
Areia, etc.).
Na região do Estudo não é diferente, onde o Ribeirão Pomerode Fundos
apresenta-se como principal afluente do Rio do Testo, recebendo contribuições dos
afluentes: Ribeirão do Saco, Ribeirão Klaus Segundo, Ribeirão Fundos Kanies, etc.
Estes três Ribeirões supra citados formam a bacia de drenagem natural na área
onde o imóvel objeto da nova unidade fabril da Mercotoys está localizado, conforme
apresentado na figura abaixo.

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Figura 34 – Bacia de drenagem pluvial na área do empreendimento

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Fonte: CIRAM – Mapas Digitais - Mapa de Uso e Ocupação do Solo (Escala 1:50.000) – Pomerode – Folha
SG-22-Z-B-IV-2 – MI-2881-2. – Editado pelos autores.

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3.9.2 Características físicas da sub-bacia


Pouco se têm de informações das sub-bacias que compõem a Microbacia do Rio
do Testo. O que se sabe é que a sub-bacia do Ribeirão Pomerode Fundos apresenta um
perímetro aproximado de 27 Km, abrangendo uma área de 32,58 Km², o que corresponde
a 14,96 % do território Pomerodense.
Como dito anteriormente, o principal curso d´água desta sub-bacia é o Ribeirão
Pomerode Fundos, cuja extensão aproximada é de 9 Km.
A figura abaixo visa demonstrar a abrangência da sub-bacia do Ribeirão Pomerode
Fundos no território do município de Pomerode.

Figura 35 – Abrangência e localização da Sub-bacia do Ribeirão Pomerode Fundos

Fonte: CIRAM – Mapas Digitais - Mapa de Uso e Ocupação do Solo (Escala 1:50.000) – Pomerode – Folha
SG-22-Z-B-IV-2 – MI-2881-2. – Editado pelos autores.

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3.9.3 Problemas com cheias ou enxurradas


Segundo consta, o imóvel objeto deste estudo não sofre com problemas de
cheias ou enxurradas, mesmo contando com a presença do Ribeirão Klaus Segundo no
seu interior, em virtude de se tratar de um curso d´água de pequeno fluxo e o terreno
estar localizado em cota elevada.
Já no entorno, em distância aproximada de 300 m na direção Sudeste, na altura
da EBM Prof. Vidal Ferreira, já houve registros de inundação ocasionada por enxurradas.
Vale ressaltar que nas imediações do local supra mencionado ocorre o encontro
das águas do Ribeirão Pomerode Fundos com alguns de seus importantes afluentes, em
específico os Ribeirões do Saco, Klaus Segundo e Fundos Kanies. Este fato eleva
significativamente o fluxo d´água neste ponto, podendo ocasionar, em momentos de alta
precipitação, transbordamento da calha do Ribeirão Pomerode Fundos.

3.10 Legislação Municipal, Estadual e Federal incidente


De acordo com o Inciso III, Artigo 254 da Lei Complementar Municipal n° 162/08
(Código Urbanístico), Lei integrante do Plano Diretor do Município de Pomerode, as
edificações destinadas ao uso industrial ou comercial, com área construída superior a
1.000 m², passam a ser consideradas empreendimentos de impacto.
Desta forma, o projeto de implantação do parque fabril da Mercotoys na Rua
Leopoldo Blaese, com área construída de aproximadamente 8.500 m², passa a ser
considerado um empreendimento de impacto, e portanto, deve apresentar o respectivo
EIV – Estudo de Impacto de Vizinhança.
Do ponto de vista da localização, o imóvel selecionado para implantação da nova
unidade fabril da Mercotoys está situado no Macrozoneamento denominado de MUQ –
Macrozona Urbana de Qualificação. Segundo o Artigo 28 da Lei Complementar Municipal
n° 162/08 (Código Urbanístico), esta Macrozona possui a maior parte da área localizada
no perímetro urbano e apresenta características marcadas pela ocupação humana menos
densa e diversificada que a presente na Macrozona de Consolidação - MUCON. Tem os
objetivos mínimos de orientar as políticas públicas para melhorar as condições de
infraestrutura para servir a futuras necessidades de urbanização e adensamento
populacional e proteger a paisagem urbana existente, marcada pela ocupação horizontal
e de baixa densidade.

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MERCOTOYS
Estudo de Impacto de Vizinhança

Quanto ao sistema viário, o imóvel selecionado para implantação da nova unidade


fabril da Mercotoys está situado na Rua Leopoldo Blaese, uma via classificada como
Coletora. O Inciso V, Artigo 63, da Lei Complementar Municipal n° 162/08 (Código
Urbanístico), define que as vias coletoras são responsáveis pela condução do tráfego
entre as vias locais e as demais vias hierarquicamente superiores do sistema viário
urbano.
O imóvel apresenta um curso d´água no seu interior, denominado de Ribeirão
Klaus Segundo, que segundo o Inciso II, Artigo 16, da Lei Complementar Municipal n°
165/08 (Código Municipal de Meio Ambiente) (baseado no Inciso III, Artigo 8°, da Lei
Estadual n° 6.063/82 – Lei do Parcelamento do Solo Urbano) necessita ter as suas
margens preservadas, em uma faixa de 15 m em ambas as margens, de forma a impedir
à ocupação, com o objetivo de reestabelecer as matas-ciliares.
Visando garantir esta preservação, o empreendedor manterá o afastamento de 30
m da margem do referido curso d´água, uma vez que esta previsão está contida na
Alígnea a, Inciso I, Artigo 4°, da Lei Federal n° 12.651/12 (novo Código Florestal).

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MERCOTOYS
Estudo de Impacto de Vizinhança

4 IDENTIFICAÇÃO DOS IMPACTOS DURANTE A OBRA

4.1 Dados das empresas executoras


O projeto arquitetônico e os projetos complementares para a construção foram
desenvolvidos pelo Engenheiro Civil ADEMAR KIRSTEN – Registro CREA-SC 010.014-0.
A obra encontra-se em andamento e sua execução encontra-se sob a
responsabilidade da empresa ESTRUTURAS METÁLICAS KATH LTDA ME, com sede na
Rua Ribeirão Areia, nº 2508, em Pomerode. Os responsáveis técnicos da empresa são a
Engenheira Civil ANDREA FLOHR BURGER – Registro CREA-SC nº 036.701-8 [estrutura
metálica] e o Engenheiro Civil ELOI BELZ – Registro CREA-SC nº 048.549-5 [estrutura
pré-moldada de concreto].

4.2 Materiais utilizados


Conforme descrito no item anterior, as seguintes etapas construtivas estão sendo
executadas com empresas instaladas na cidade de Pomerode:
• Estrutura pré-moldada de concreto – galpão – [Estruturas Metálicas Kath]
• Estrutura e cobertura metálica [Estruturas Metálicas Kath]
• Concreto usinado [OP Beton]
Diversos materiais de construção também foram adquiridos com empresas locais.
Vale ressaltar que o cronograma de instalação do empreendimento prevê as
etapas “3” e “4” que ainda não foram contratadas, mas, de acordo com a MERCOTOYS, a
execução destas etapas será de forma idêntica às etapas anteriores.

4.3 Movimentação de terra


Conforme descrito no item 2.5 deste EIV, a terraplenagem já foi totalmente
executada, sendo que não está prevista outras movimentações de terra no imóvel.

4.4 Geração de resíduos da construção civil


Na fase de implantação do empreendimento são gerados, principalmente, resíduos
de construção civil. Estes resíduos são denominados entulhos e atualmente sua
disposição é considerada um problema urbano, uma vez que são compostos por materiais
inertes, de grandes volumes e difícil reaproveitamento. Vale ressaltar que haverá um
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MERCOTOYS
Estudo de Impacto de Vizinhança

galpão para a triagem dos resíduos sólidos gerados no empreendimento e áreas


adjacentes.
Segundo a Política Nacional de Resíduos Sólidos – Lei Federal nº 12.305, de 2 de
agosto de 2010 – as empresas de construção civil são sujeitas a elaboração de um Plano
de Gerenciamento de Resíduos Sólidos. Para tanto, podem utilizar como consulta a
Resolução CONAMA nº 307, de 5 de julho de 2002, que estabelece as diretrizes, critérios
e procedimentos para a gestão de resíduos da construção civil e classifica os resíduos
sólidos como mostra a tabela abaixo:

Tabela 11 – Classificação dos resíduos da construção civil.


Classe Descrição Destinação Exemplos
A Alvenaria, Reutilização ou • Cerâmicas, porcelanas,
concreto, reciclagem com uso louças, etc.
argamassas e na forma de • Entulhos da construção
solo. agregados, além da civil.
disposição final em
aterros licenciados.
B Madeira, plástico, Reutilização, • Embalagens de grande
vidro, metal e reciclagem ou porte.
papel. armazenamento • Embalagens plásticas,
temporário. plásticos em geral.
• Galões plásticos.
• Vidros em geral.
• Galões metálicos.
• Sucatas de ferro e metal
em geral.
• Madeiras.
C Produtos sem Conforme norma • Isopor.
tecnologia técnica específica. • Telas de proteção
disponível para danificadas.
recuperação. • Gesso.
D Resíduos Conforme norma • Produtos químicos
perigosos como, técnica específica. presentes em embalagens
tintas, óleos, *Conforme plásticas e de metal.
solventes, etc. * classificação da • Instrumentos de aplicação
NBR 10004:2004. como broxas, pincéis,
trinchas e outros.
• Materiais auxiliares como
panos, trapos, estopas etc.
Fonte: Res. CONAMA n° 307/02.

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MERCOTOYS
Estudo de Impacto de Vizinhança

4.5 Fluxo dos veículos envolvidos


Durante a fase de execução da obra a movimentação de veículos será inconstante,
sendo que o fluxo de veículos está diretamente vinculado às etapas da construção que
serão executadas.
Pode-se afirmar que os momentos em que esse fluxo de veículos será maior
nestas etapas:
• No recebimento de peças pré-moldadas de concreto;
• No recebimento de peças da estrutura metálica [cobertura];
• Na concretagem de piso de concreto, quando será utilizado concreto usinado;
• Outras.
Além das etapas construtivas acima descritas, ainda acontecerá o movimento de
veículos empregados no transporte dos equipamentos que serão instalados no
empreendimento, porém, esse fluxo será temporário.

4.6 Potencialidades de danos físicos às estruturas públicas


Os principais danos que as estruturas físicas podem sofrer são mais comuns na
fase de preparação do terreno – terraplenagem – que são o carreamento de solo até as
redes de águas pluviais e a danificação do leito das vias ou da rede de distribuição de
água potável [SAMAE].
Como a etapa de terraplenagem encontra-se concluída e como as redes de
distribuição de água potável e de drenagem pluvial encontram-se operantes, constata-se
que durante a execução de terraplenagem foram adotadas medidas que evitaram os
danos a estas estruturas.
Outro risco possível é a danificação das redes de energia elétrica e de telefonia –
ambas aéreas – sendo que para evitar esse risco é necessário que os veículos de carga
obedeçam às determinações do Código Brasileiro de Trânsito – CTB – no tocante à altura
das cargas.

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MERCOTOYS
Estudo de Impacto de Vizinhança

5 IDENTIFICAÇÃO DOS IMPACTOS APÓS A CONCLUSÃO DA OBRA

5.1 Sociais / Econômicos

5.1.1 Estimativas do aumento do número de pessoas que habitarão/frequentarão a área


O fluxo diário de pessoas no empreendimento será constituído pelos
colaboradores, visitantes e funcionários de transportadoras e de empresas fornecedoras
de matéria-prima.
Assim sendo, conforme descrito nos itens 2.3.2 e 3.2.3, a MERCOTOYS terá um
fluxo diário entre 110 e 130 pessoas/dia, lembrando que a produção da empresa é
realizada em 2 turnos de trabalho, o que dilui o movimento de colaboradores ao longo do
dia.

5.1.2 Estimativa de veículos


Conforme descrito no item 3.2.3, está previsto o fluxo de 04 a 10 caminhões/dia,
com variações ao longo do ano, além de 20 a 25 veículos de colaboradores.

5.1.3 Demanda de serviços públicos

5.1.3.1 Saúde e Educação


De acordo com a Secretária de Educação e Formação Empreendedora – SED, Sra.
Joana Wachholz, através de Declaração (Anexos 10.09 e 10.10), informa que as unidades
de educação da região (CEIM Nora Krueger Dallmann e EEBM Prof. Vidal Ferreira) terão
condições de atender o aumento na demanda gerada por possíveis novos moradores na
região.
Da mesma forma, a Secretária de Saúde – SESA, Sra. Kelly Regina Schwengber
Zimmer Dallmann, através do Ofício n° 264/2013 (Anexo 10.11), informa que a Unidade
de Saúde da Família Dr. Carlos Ramthun está apta para atender as pessoas que
habitarão na localidade, de acordo com os critérios estabelecidos pelo Ministério da
Saúde.

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MERCOTOYS
Estudo de Impacto de Vizinhança

5.1.3.2 Transporte público


De acordo com a Declaração recebida do Sr. Peter Stephan Volkmann,
representante da Empresa de Transporte Coletivo Volkmann Ltda, verificamos que as
linhas de ônibus que atendem a região onde irá se instalar a nova unidade da Mercotoys.,
estão aptas a atender um possível acréscimo na demanda por transporte público.

5.1.3.3 Saneamento / Drenagem


De acordo com a declaração emitida pelo Serviço Autônomo Municipal de Água e
Esgoto – SAMAE – a localidade é desprovida de rede coletora de esgotos, sendo, nesses
casos, que os empreendimentos instalem sistema individuais de tratamento de efluentes,
dimensionados de acordo com o número de contribuintes e o tipo de atividade que será
realizada, na forma estabelecida pela NBR 7229 e NBR 13969, editadas pela Associação
Brasileira de Normas Técnicas (ABNT).
No tocante à drenagem pluvial, a Secretaria de Obras atesta que o leito na Rua
Leopoldo Blaese possui rede coletora de águas pluvias.

5.1.4 Geração de empregos diretos e indiretos


De acordo com o item 2.3.2 deste EIV, a previsão da MERCOTOYS é gerar 50
(cinquenta) novos empregos diretos, o que representará um crescimento de 90% (noventa
por cento) em quantidade de empregos.

5.1.5 Melhoramentos públicos


Acreditamos que a instalação do empreendimento Mercotoys na região,
desencadeará a urbanização desta área atualmente com características rurais, podendo
proporcionar a instalação de novos empreendimentos e equipamentos públicos e
urbanos.

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MERCOTOYS
Estudo de Impacto de Vizinhança

5.2 Paisagísticos / Ambientais

5.2.1 Estimativa quantitativa e qualitativa dos resíduos sólidos, líquidos e gasosos


Resíduos sólidos orgânicos – consiste na geração de resíduos de higiene pessoal,
estimados em 1.080 kg/mês (100 pessoas X 10,8 kg/mês), já que a empresa não
produzirá a alimentação dos seus colaboradores. A coleta desses resíduos será operada
pelo SAMAE. Fonte: http://www.pomerode.sc.gov.br/Noticia.asp?id_Noticia=1268 e Censo IBGE 2010.
Resíduos sólidos recicláveis – os resíduos do processo produtivo são integralmente
reaproveitados pela indústria. Haverá geração de papéis, papelão e sacolas plásticas,
estimada em 180 kg/mês (100 pessoas X 1,8 kg/mês), os quais serão comercializados
para uma empresa que já atende a MERCOTOYS. Fonte: http://www.samaepomerode.com.br/
Menu Institucional => Opção Resíduos Sólidos e Censo IBGE 2010.

Efluentes gasosos – não haverá geração.


Efluentes líquidos – a empresa gerará efluentes na forma de esgoto sanitário, o
qual, dada a ausência de rede coletora de esgotos na localidade Pomerode Fundos,
conforme a declaração fornecida pelo SAMAE, deverá ser tratado pela própria empresa.
Para tanto será instalado um sistema de tratamento de esgoto composto por caixa de
retenção de gorduras, fossa séptica e filtro anaeróbio, todos dimensionados de acordo
com as normas técnicas NBR 7.229 e NBR 13.969, ambas da Associação Brasileira de
Normas Técnicas – ABNT. De acordo com as referidas normas, estima-se a geração
diária de 7.420 litros/dia de esgoto.
Ainda tratando de resíduos gerados, citando o Anexo VI – Tabela de Padrões de
Incomodidade – do Código Urbanístico [LC 162/08], podemos afirmar que a
MERCOTOYS não possuirá a geração de poluição atmosférica e vibração, tão pouco
armazenará produtos perigosos no empreendimento.

5.2.2 Níveis de ruídos emitidos


Atualmente a unidade da Mercotoys está inserida na Macrozona Urbana de
Qualificação - MUQ, mas situada ao longo do Eixo de Serviços (Rua 15 de Novembro),
cujos limites máximos de emissão de ruídos são mais flexíveis: 65 dB diurno e 50 dB
noturno. O local apresenta intensa circulação de veículos e o imóvel é cercado por
inúmeras edificações muito próximas (residências, comércios e indústrias), sendo que
nunca houve reclamações de vizinhos, quanto aos ruídos gerados pela atividade
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MERCOTOYS
Estudo de Impacto de Vizinhança

desenvolvida na empresa, o que nos leva a crer que as emissões de ruídos atendem aos
parâmetros definidos para o zoneamento supra mencionado.

Figura 36 – Entorno da unidade atual da Mercotoys.

Fonte: Acervo dos autores.

Já o novo empreendimento da Mercotoys estará inserido na Macrozona Urbana


de Qualificação – MUQ, mas não será beneficiado pela sobreposição de algum Eixo
definido no Plano Diretor (Animação, Serviços ou Urbano), caracterizando assim
parâmetros mais rigorosos para emissão de ruídos: 45 dB diurno e 40 dB noturno.

Figura 37 – Entorno do novo parque fabril da Mercotoys.

Fonte: Acervo dos autores.

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MERCOTOYS
Estudo de Impacto de Vizinhança

Vale ressaltar que haverá ampliação do parque fabril, mas não alteração da
atividade desenvolvida, sendo que o maquinário não será alterado. Considerando ainda
que o entorno deste novo local apresenta menor adensamento populacional,
caracterizado por propriedades ainda com características rurais, em virtude da
predominância de áreas de cultivo agrosilvipastoril, com relevo levemente-ondulado,
acreditamos que a geração de ruídos na nova unidade fabril não excederá os parâmetros
máximos estabelecidos para o zoneamento e tampouco prejudicará os imóveis lindeiros,
em virtude das barreiras físicas existentes (pequenas elevações e cobertura vegetal) e a
maior distância que separa o empreendimento das demais edificações da região.

5.2.3 Modificação do ambiente paisagístico (tipologia / eixos / panorâmicas)


É possível afirmar que a cidade é um objeto inacabado, onde sempre haverá
constantes mudanças, sejam por razões sociais, econômicas ou políticas. Os
responsáveis por essa dinâmica é a população dessas cidades, que vão recriando
espaços de acordo com as suas necessidades. Assim, pode-se considerar que a cidade é
objeto de percepção de seus habitantes, como a paisagem, sendo a percepção das
formas e do significado de cada objeto importantes na concepção do todo. Assim cada
espaço da cidade pode trazer identidade da população.
A cidade de Pomerode possui como principal fator delimitador de espaços suas
condições ambientais como a topografia acidentada, a qual distribui a cidade ao longo de
um vale, assim como a presença de muitos cursos d´água em toda a extensão do
município. A localidade de Pomerode Fundos apresenta as mesmas características da
cidade de Pomerode, mas com intensa urbanização ao longo da rodovia que corta o local.
No interior das quadras percebe-se a presença do uso residencial e com características
rurais.
A paisagem de Pomerode Fundos é marcada por grandes áreas de pastagem e
plantações de agricultores locais. As edificações são em maioria residenciais como
dormitório dos usuários por não trabalharem nas proximidades da sua edificação, e outras
são residências de agricultores que possuem suas plantações no terreno de sua
edificação. A rodovia também enfatiza o trânsito de passagem no local, principalmente
pela ligação com as cidades vizinhas como Timbó e Rio dos Cedros, as quais são
importantes receptoras de trabalhadores pomerodenses.

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MERCOTOYS
Estudo de Impacto de Vizinhança

O entorno imediato do local de implantação do empreendimento apresenta-se com


características semelhantes as da localidade de Pomerode Fundos. O terreno em
questão, antes das intervenções, também era uma grande área de pastagem e possui
como confrontantes edificações residenciais.
O empreendimento marcará de forma significativa a alteração do cenário local. Ao
longo da Rua Leopoldo Blaese a percepção não é muito impactante devido ao recuo
superior ao das edificações existentes assim como tratar-se de um terreno elevado em
relação ao nível da rua. As edificações foram implantadas de acordo com o formato
retangular do terreno, sendo a menor dimensão da edificação com frente para a Rua
Leopoldo Blaese, conforme Figura 38, e a maior dimensão ao longo da extensão do
terreno.
A partir de um maior afastamento do local do empreendimento, em especial na Rua
Fundos Klaus, conforme as Figuras 39 e 40, é possível obter visão total do
empreendimento e marca uma grande intervenção no espaço. No interior dos lotes dos
terrenos vizinhos, conforme Figura 41, também é possível se obter uma visão mais ampla
do empreendimento e faz uma espécie de ruptura com a paisagem local.

Figura 38 – Vista Frontal do empreendimento.

Fonte: Acervo dos autores

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MERCOTOYS
Estudo de Impacto de Vizinhança

Figura 39 – Vista da Rua Fundos Klaus.

Fonte: Acervo dos Autores

Figura 40 – Vista da Rua Fundos Klaus.

Fonte: Acervo dos Autores

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MERCOTOYS
Estudo de Impacto de Vizinhança

Figura 41 – Vista do terreno limítrofe norte.

Fonte: Acervo dos Autores

5.2.4 Influência da ventilação natural nas edificações vizinhas


A partir da análise das condições de ventilação natural no item 3.8.2 é possível
avaliar a partir da implantação do empreendimento, que a edificação é considerada bem
ventilada já que não existem edifícios altos na vizinhança. Também é possível concluir
que a altura do edifício pouco influencia nas edificações vizinhas, pois estas encontram-se
em recuos frontais diferenciados em relação ao empreendimento e permanecem capazes
de captar a ventilação desejada nordeste. Caso surjam outras edificações ao norte, o
empreendimento não irá influenciar de maneira expressiva, sendo que permanece a
captação de ventilação nordeste (desejável) e reduz a captação de ventilação sudoeste
(indesejável). Para novas edificações ao sul do empreendimento, permanece com o
recebimento de ventilação leste (na maior parte do ano) e é diminuído a passagem de
ventilação nordeste.
É importante destacar que no terreno confrontante sul do empreendimento, a
legislação ambiental nele incidente, principalmente em virtude da área de preservação
permanente, inviabiliza grande parte deste, sendo que as chances de construção ali são
mínimas.

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MERCOTOYS
Estudo de Impacto de Vizinhança

Outra questão importante que influencia no barramento destes ventos é a


topografia do entorno. Devido às características de relevos acidentados, com presença de
morros, estes auxiliam na redução da passagem dos ventos, sejam eles desejáveis ou
indesejáveis. Esta situação é característica de Pomerode, que encontra-se em grande
parte cercada de morros e sendo que a cidade se desenvolve ao longo do Vale formado
por estes. Desta maneira, considera-se que o empreendimento não é responsável por
impactos em grande escala, apenas a áreas próximas e em pequena escala.

Figura 42 – Esquema de ventos dominantes no local do empreendimento com destaque


para as edificações vizinhas

Fonte: Google Earth – Editado pelos autores

5.2.5 Influência da iluminação natural e sombreamento nas edificações vizinhas


A partir da análise das condições de insolação no item 3.8.1 é possível avaliar a
partir da implantação do empreendimento, que a edificação é considerada adequada para
captação de iluminação natural.
De acordo com a implantação da edificação que utiliza um recuo superior ao das
edificações vizinhas, o empreendimento pode provocar pouco sombreamento nas
mesmas. Em relação às residências localizadas a sul, a edificação mais próxima
encontra-se dentro dos limites do recuo frontal do empreendimento, onde recebe
insolação direta leste e norte, sendo que a fachada oeste pode ser parcialmente
sombreada pelo empreendimento. Como esta insolação é indesejável, avalia-se como
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MERCOTOYS
Estudo de Impacto de Vizinhança

positivo este sombreamento provocado pelo empreendimento, aproximadamente a partir


das 16h30minhrs. As outras edificações localizadas a sul não tem a insolação direta
prejudicada pelo empreendimento. É importante ressaltar que o empreendimento não
impede a iluminação natural, e sim existe a possibilidade de sombreamento em certos
períodos no final da tarde – por do sol. Em relação às edificações a norte do
empreendimento, as mesmas não sofrem sombreamento nos períodos de solstício de
inverno e no equinócio, sendo possível sombreamento no solstício de verão, no final da
tarde, a partir das 17h30minhrs, o que é desejável para o local.

Figura 43 – Esquema de insolação no local do empreendimento com destaque para


edificações existentes

Fonte: Google Earth – Editado pelos autores.

5.2.6 Áreas impermeáveis do empreendimento


De acordo com o Anexo III do Código Urbanístico – Lei Complementar 162/08 do
Plano Diretor de Pomerode, que trata dos parâmetros urbanísticos para a ocupação do
solo nas macrozonas, zonas, setores e eixos, para o local de implantação do
empreendimento é definido como taxa de permeabilidade 40% da área do terreno
conforme analisado no item 3.5.1 – Zoneamento e análise dos parâmetros urbanísticos.
Foi possível concluir que, apesar de ser um empreendimento de grande impacto
devido as suas dimensões superiores aos das edificações existentes, o mesmo encontra-
se nos limites permitidos.

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MERCOTOYS
Estudo de Impacto de Vizinhança

Conforme a Tabela 4, percebe-se que o pavimento térreo com área de 8.217,45m²,


utilizada para os cálculos da taxa de ocupação e área impermeável, encontra-se inferior
ao permitido (50%) tendo como índice 23,84%, ou seja, ocupando área inferior a ¼ do
terreno. Em relação à taxa de permeabilidade, pode-se concluir que a área de terreno
restante será computada como permeável, ou seja 26.248,57m² com índice de 76,16% de
área permeável, ou ¾ do terreno permanecem permeáveis.
É importante ressaltar que esta impermeabilização do terreno altera o escoamento
natural das águas pluviais, sendo necessário prever um sistema de drenagem pluvial
eficiente e que não prejudique o lote em questão assim como os lotes vizinhos.

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MERCOTOYS
Estudo de Impacto de Vizinhança

6 AVALIAÇÃO DOS IMPACTOS DO EMPREENDIMENTO E


PROPOSTAS DE MEDIDAS MITIGADORAS

6.1 Sociais / Econômicos

6.1.1 Expectativa geral da população quanto ao empreendimento


O empreendimento executado pela MERCOTOYS na Rua Leopoldo Blaese, em
Pomerode Fundos, causa uma boa expectativa entre a população local. Segundo o Sr.
Rolf Goede, contabilista, será bom ter a empresa como vizinha e a população local será
beneficiada com geração de empregos e de renda. A Sra. Ivone Spranger, empresária,
também acredita nos melhoramentos que os moradores usufruirão e não teme impactos
sociais negativos, tais como o advento de grande quantidade de pessoas de outras
cidades e estados em busca de emprego. Já para o Sr. Marcos Vinicius Wegher, Diretor
da EBM Vidal Ferreira, a principal vantagem será a oferta de empregos para a população
do bairro, sendo desnecessário o seu deslocamento para outras localidades. Além disto, o
Sr. Marcos afirma que a escola está preparada para receber novos alunos, caso
necessário, ratificando a declaração da Secretaria de Educação e Formação
Empreendedora.
• Classificação do impacto gerado: Positivo
• Duração: Permanente
• Magnitude: Alto

6.1.2 Alteração do cenário local


O projeto de implantação do empreendimento privilegiou um grande afastamento
frontal [recuo], muito superior ao mínimo exigido pelo Plano Diretor. Com isso, a
interferência na paisagem é atenuada.
Além disto, o paisagismo e ajardinamento contribuirão para que o empreendimento
se harmonize com as demais edificações existentes no entorno.
• Classificação do impacto gerado: Negativo
• Duração: Permanente
• Magnitude: Baixo

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MERCOTOYS
Estudo de Impacto de Vizinhança

6.1.3 Dinamização do setor econômico


Apesar de o empreendimento ser responsável pela modificação do cenário
paisagístico local, inserindo uma indústria de grande porte em local com agricultura
predominante, o mesmo será responsável pela inserção de uma nova atividade na região
e ocupação de um vazio urbano. É importante ressaltar que incrementará a economia
local com possibilidade de inserção de novas indústrias que podem funcionar de apoio
para a Mercotoys, ou até mesmo outras tipologias de edificações como comerciais e
industriais com diferentes atividades, para suprir as novas necessidades surgidas, como
restaurante, serviços básicos como farmácia, padaria, mercado, etc. Com a atração para
novas atividades nas proximidades do local, abrem diversas possibilidades de emprego e
novos negócios, principalmente para moradores da localidade de Pomerode Fundos e
diminui a necessidade de deslocamentos para outras localidades de Pomerode, bem
como para cidades vizinhas.
• Classificação do impacto gerado: Positivo
• Duração: Permanente
• Magnitude: Alto

6.1.4 Uso e ocupação do solo


A ocupação controlada de áreas antropizadas, por atividades humanas com maior
tecnologia agregada, gera inúmeros benefícios ao meio ambiente, quando reduz a
pressão sobre os ecossistemas naturais. Em resumo, tratava-se de uma área onde se
realizava a pecuária de subsistência, que após a instalação do empreendimento, passará
a gerar emprego e renda para a população, sem a necessidade de suprimir um
ecossistema natural preservado (floresta).
• Classificação do impacto gerado: Positivo
• Duração: Permanente
• Magnitude: Baixo

6.1.5 Adensamento populacional


O adensamento populacional se realizado de forma organizada, atendendo as
diretrizes estabelecidas nos Planos Diretores, tende a trazer benefícios à região onde
ocorre, quando otimiza o uso da infraestrutura pública existente.

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MERCOTOYS
Estudo de Impacto de Vizinhança

• Classificação do impacto gerado: Positivo


• Duração: Permanente
• Magnitude: Baixo

6.1.6 Valorização imobiliária


A instalação de novos negócios em regiões pouco habitadas gera expectativas de
desenvolvimento na população, ocasionando aquecimento do setor imobiliário.
Acreditamos que este fator irá gerar a valorização dos imóveis no entorno do
empreendimento.
• Classificação do impacto gerado: Positivo
• Duração: Permanente
• Magnitude: Médio

6.1.7 Pressão sobre o sistema viário e de transporte


Atualmente os principais polos geradores de tráfego na Rua Leopoldo Blaese são a
EEBM Prof. “Vidal Ferreira” e o PSF CARLOS RAMTHUN. Os horários de funcionamento
destes estabelecimentos – especialmente entradas e saídas – não coincidirão com os
horários da MERCOTOYS, inclusive dos caminhões das transportadoras, que terão
saídas programadas a partir das 18 horas.
• Classificação do impacto gerado: Negativo
• Duração: Permanente
• Magnitude: Baixo

6.1.8 Deterioração de via pública


Os veículos que transitarão diariamente nas vias de acesso ao empreendimento,
tanto de passeio como caminhões, obedecerão aos limites de peso estabelecidos pelo
Código de Trânsito Brasileiro – CTB – sendo que, desta forma, a deterioração da via
pública ocorrerá dentro dos padrões de regularidade previstos nas obras viárias.
• Classificação do impacto gerado: Negativo
• Duração: Permanente
• Magnitude: Baixo

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MERCOTOYS
Estudo de Impacto de Vizinhança

6.1.9 Incremento de segurança


O empreendimento contará com uma guarita, que será localizada próximo do
alinhamento frontal do imóvel, de acordo com a planta de situação. Nesta guarita haverá
um funcionário que controlará os acessos – entradas e saídas – de colaboradores,
fornecedores, prestadores de serviço e visitantes.
A existência de guarita beneficiará as propriedades próximas, em virtude da
sensação de segurança que irá se instalar, pelo fato de existir uma pessoa monitorando
as imediações.
• Classificação do impacto gerado: Positivo
• Duração: Permanente
• Magnitude: Médio

6.1.10 Pressão sobre o sistema público de saúde e educação


Com a implantação do empreendimento é esperado um aumento na demanda de
atendimentos nos estabelecimentos de educação e saúde da localidade, contudo, de
acordo com as declarações emitidas pelas Secretarias de Educação e Formação
Empreendedora e de Saúde do Município, estes estabelecimentos possuem capacidade
de atendimento para absorver essa demanda adicional.
• Classificação do impacto gerado: Negativo
• Duração: Permanente
• Magnitude: Médio

6.1.11 Aumento da demanda por abastecimento de água


O empreendimento da MERCOTOYS utilizará a rede de fornecimento de água
potável do SAMAE, sendo que a Autarquia declarou que possui capacidade de
atendimento da demanda gerada.
Vale destacar que a estimativa de consumo é pouco representativa perante o
consumo da localidade.
• Classificação do impacto gerado: Negativo
• Duração: Permanente
• Magnitude: Baixo

- 75 -
MERCOTOYS
Estudo de Impacto de Vizinhança

6.1.12 Pressão sobre o fornecimento de energia elétrica


Todos os equipamentos que a MERCOTOYS utilizará no seu processo produtivo
são alimentados por energia elétrica, sendo que a Concessionária declarou que possui
condições de atender as demandas geradas pelo empreendimento.
• Classificação do impacto gerado: Negativo
• Duração: Permanente
• Magnitude: Baixo

6.1.13 Pressão sobre o sistema de coleta e disposição final dos resíduos


No tocante a coleta dos resíduos de características orgânicas, conforme abordado
no item 5.2.1, a mesma será realizada pelo SAMAE, sendo que o órgão declarou que
possui capacidade de atendimento da demanda gerada.
• Classificação do impacto gerado: Negativo
• Duração: Permanente
• Magnitude: Baixo
Vide o item 5.2.1 para os demais tipos de resíduos gerados.

6.2 Paisagísticos/ Ambientais

6.2.1 Compactação do solo


A compactação do solo se fez necessária neste empreendimento, em virtude de
questões de engenharia. Ela ocasiona a redução da permeabilidade do solo,
possibilitando o surgimento de processos erosivos ao acelerar o escoamento das águas
superficiais sem qualquer controle (águas das chuvas).
O sistema de drenagem pluvial projetado para a Mercotoys visa minimizar estes
efeitos, quando passa a controlar o escoamento das águas até o curso d´água mais
próximo.
• Classificação do impacto gerado: Negativo
• Duração: Permanente
• Magnitude: Médio

- 76 -
MERCOTOYS
Estudo de Impacto de Vizinhança

6.2.2 Perda de solo por processos erosivos


Embora tenha ocorrido movimentação de solo em virtude da terraplanagem
realizada no terreno, verificamos que a compactação realizada, aliada a implantação de
um sistema de drenagem pluvial e a manutenção da cobertura vegetal na faixa de
preservação permanente existente nas proximidades, minimizaram o surgimento e os
efeitos de possíveis processos erosivos, evitando assim o açoreamento do curso d´água e
possíveis prejuízos aos imóveis lindeiros. Vale ressaltar ainda que será realizada a
proteção dos taludes formados, com auxílio de vegetação, em atendimento aos Artigos 63
e 64 do Código de Obras (LC n° 163/08), fato que contribuirá para o controle da erosão.
• Classificação do impacto gerado: Negativo
• Duração: Permanente
• Magnitude: Baixo

6.2.3 Alteração no padrão de escoamento da água na superfície do solo


Com a ocupação do imóvel criam-se barreiras físicas que muitas vezes dificultam
a circulação das águas, que devem ser compensadas pelo sistema de drenagem pluvial a
implantar, visando o controle do escoamento, evitando assim o surgimento de processos
erosivos.
• Classificação do impacto gerado: Negativo
• Duração: Permanente
• Magnitude: Médio

6.2.4 Impermeabilização do solo


Apesar de se tratar de uma grande área impermeabilizada para os padrões de
construção local, o empreendimento encontra-se dentro dos limites estabelecidos para a
região, contando ainda com grande área permeável (cerca de 75% da área do terreno).
A principal medida mitigadora para reduzir o impacto gerado pela
impermeabilização do solo é um sistema adequado de drenagem pluvial. Haverá
necessidade de escoamento de parte da água para o ribeirão nas proximidades do local e
outra parte para a drenagem pluvial existente na Rua Leopoldo Blaese.
Por se tratar de um grande volume de água que não será infiltrado naturalmente
pelo terreno e que será acumulado no ribeirão e na drenagem pluvial da Rua Leopoldo
Blaese, seria importante a instalação de equipamentos que retardassem o escoamento
das águas pluviais. Estes equipamentos poderiam ser edificados como cisternas, ou que
- 77 -
MERCOTOYS
Estudo de Impacto de Vizinhança

pudessem compor o paisagismo do local como lagoas de retenção, que armazenassem a


água por um período de tempo e aumentassem o tempo de vazão para o ribeirão e a rua.
Assim, em chuvas rápidas e com grande volume de água, principalmente no verão, o que
é uma característica da região, esta água proveniente da cobertura das edificações do
empreendimento, seriam retidas no terreno e escoadas de forma lenta e reduzindo riscos
de alagamento por conta do empreendimento.
• Classificação do impacto gerado: Negativo
• Duração: Permanente
• Magnitude: Médio

6.2.5 Redução do conforto acústico


Considerando o que foi mencionado no item 5.2.2., aliado ao extenso recuo
mantido na edificação, ao relevo ondulado do entorno, a baixa densidade populacional da
região e as barreiras físicas criadas pela vegetação existente e a implantar, acreditamos
que haverá considerável redução na propagação de ruídos pela região do entorno do
empreendimento.
• Classificação do impacto gerado: Negativo
• Duração: Permanente
• Magnitude: Baixo

6.2.6 Poluição Atmosférica


O empreendimento da MERCOTOYS não emitirá poluentes atmosféricos de
qualquer natureza.
• Classificação do impacto gerado: Neutro
• Duração: -
• Magnitude: -

6.2.7 Alteração do padrão de insolação e sombreamento do entorno


A partir da análise das condições de insolação e sombreamento com a inserção
do empreendimento, pode-se concluir que haverá pouca influência nas edificações
vizinhas no entorno imediato.

- 78 -
MERCOTOYS
Estudo de Impacto de Vizinhança

É possível constatar que em períodos curtos durante o dia e em determinadas


épocas do ano que poderá ocorrer sombreamento na orientação oeste e sudoeste das
edificações vizinhas. Como já mencionado, a insolação desta orientação é indesejável
(poente do sol).
A pouca influência na questão de sombreamento das edificações vizinhas
também é resultado da implantação do empreendimento com recuos superiores aos das
residências do entorno assim como altura dos galpões similar a tipologia do local.
• Classificação do impacto gerado: Neutro
• Duração: -
• Magnitude: -

6.2.8 Alteração do padrão de ventilação do entorno


A partir da análise das condições de ventilação do entorno com a inserção do
empreendimento, pode-se concluir que haverá pouca influência nas edificações vizinhas
no entorno imediato.
Foi possível diagnosticar que a ventilação desejável (nordeste e leste) não foi
prejudicada, e a ventilação indesejável (sudoeste) foi parcialmente bloqueada,
contribuindo para as edificações localizadas a norte do empreendimento.
Pode-se concluir que a implantação do empreendimento é favorável para a
ventilação do entorno imediato também devido aos seus recuos superiores aos das
residências do entorno, favorecendo a formação de bolsões de ar na parte frontal. É
necessário enfatizar que devido às condições da topografia local, a região atualmente não
é influenciada por ventos fortes, sendo que, tanto insolação quanto ventilação o
empreendimento não será responsável por alteração das condições dos mesmos.
• Classificação do impacto gerado: Neutro
• Duração: -
• Magnitude: -

6.2.9 Cobertura Vegetal


No tocante à cobertura vegetal, ressaltamos que antes da instalação do
empreendimento o imóvel já se encontrava fortemente antropizado, ocupado por
pastagem, não sendo necessária a supressão de vegetação nativa para sua ocupação.

- 79 -
MERCOTOYS
Estudo de Impacto de Vizinhança

Visando melhorar as condições ambientais, a MERCOTOYS executará as


seguintes atividades de impacto altamente positivo no empreendimento:
• Recuperação da mata ciliar do Ribeirão Klaus Segundo;
• Implantação de um cinturão verde no empreendimento, na forma prevista
pelo Artigo 171, “V”, do Código de Obras;
• Plantio de uma árvore para cada 3 vagas de estacionamento, na forma
prevista pelo Artigo 102, “VII” , do Código de Obras.
Desta forma, quanto à cobertura vegetal, atribui-se um alto impacto positivo ao
empreendimento.
• Classificação do impacto gerado: Positivo
• Duração: Permanente
• Magnitude: Alto

6.2.10 Distúrbios à fauna terrestre


O desenvolvimento urbano infelizmente impacta o meio-ambiente, quando reduz
habitat e dispersa a fauna.
Visando minimizar estes efeitos aliados ao desenvolvimento urbano, a Mercotoys
se compromete a: 1) recompor a mata-ciliar do Ribeirão Klaus Segundo nos limites de seu
imóvel; 2) implantar um cinturão verde nos limites do imóvel; 3) arborizar as vagas de
estacionamento.
Com estas alternativas pretende-se atrair a fauna local novamente ao imóvel, seja
para se fixar, circular ou buscar alimento.
• Classificação do impacto gerado: Negativo
• Duração: Temporário
• Magnitude: Baixo

- 80 -
MERCOTOYS
Estudo de Impacto de Vizinhança

7 DISPOSIÇÕES FINAIS
A seguir apresentamos a Matriz de Impactos, resultado da síntese das análises
dos impactos identificados e suas respectivas medidas mitigadoras, com a instalação e
operação do novo parque fabril da Mercotoys.

- 81 -
MERCOTOYS
Estudo de Impacto de Vizinhança

MATRIZ

- 82 -
MERCOTOYS Indústria de Brinquedos Ltda Estudo de Impacto de Vizinhança (EIV) | Matriz dos Impactos Gerados

Efeito Medida Situação Gráfico de barras Gráfico de barras


Impacto Duração Magnitude
Negativo Neutro Positivo Mitigadora dos impactos gerados da mitigação de impactos
IDENTIFICAÇÃO DOS IMPACTOS DURANTE A OBRA
Empresas executoras (regionais)    Temporário Alto  
Materiais utilizados (regionais)    Temporário Alto  
Movimentação de terra  Temporário Baixo 100% utilizado no imóvel Neutro  
Geração de resíduos da construção civil  Temporário Baixo Destinação para local adequado Neutro  
Aumento no fluxo de veículos envolvidos  Temporário Baixo Respeito a sinalização de trânsito Neutro  
Respeito a sinalização de
Trânsito, Manutenção Preventiva
Potencialidades de danos físicos às estruturas públicas  Temporário Baixo Neutro  
dos Veículos e Impedimento de
Excesso de Carga
IDENTIFICAÇÃO DOS IMPACTOS APÓS A CONCLUSÃO DA OBRA
Sociais/ Econômicos
Expectativa geral da população quanto ao empreendimento    Permanente Alto  
Alteração do cenário local  Permanente Baixo Paisagismo Neutro  
Dinamização do setor econômico    Permanente Alto  
Uso e ocupação do solo  Permanente Baixo  
Adensamento populacional  Permanente Baixo  
Valorização imobiliária   Permanente Médio  
Respeito a sinalização de trânsito
Pressão sobre o sistema viário e de transporte  Permanente Baixo e Limitação de Horários para Neutro  
Circulação (caminhões)
Respeito a sinalização de trânsito,
Manutenção Preventiva de
Deteriorização de via pública  Permanente Baixo Neutro  
veículos e Impedimento do
Excesso de Carga
Incremento de segurança   Permanente Médio  
Pressão sobre o sistema público de saúde e educação   Permanente Médio Capacidade de Atendimento Neutro  
Aumento da demanda por abastecimento de água  Permanente Baixo Capacidade de Atendimento Neutro  
Pressão sobre o fornecimento de energia elétrica  Permanente Baixo Capacidade de Atendimento Neutro  
Pressão sobre o sistema de coleta e disposição final dos resíduos  Permanente Baixo Capacidade de Atendimento Neutro  
Paisagísticos/ Ambientais
Compactação do solo   Permanente Médio Drenagem Pluvial Negativo  
Perda de solo por processos erosivos  Permanente Baixo Drenagem Pluvial Neutro  
Alteração no padrão de escoamento da água na superfície do solo   Permanente Médio Drenagem Pluvial Negativo  
Impermeabilização do solo   Permanente Médio Drenagem Pluvial Negativo  
Redução do conforto acústico  Permanente Baixo Arborização Neutro  
Poluição atmosférica  - -  
Alteração do padrão de insolação e sombreamento do entorno  Permanente Baixo  
Alteração do padrão de ventilação do entorno  - -  
Cobertura vegetal    Permanente Alto Arborização  
Distúrbios à fauna terrestre  Temporário Baixo Arborização Neutro  
Cláudio Marcos Krueger | Engenheiro Civil Legendas:  Baixo impacto  Negativo
Lizziane Mylena Volkmann | Arquiteta e Urbanista   Médio impacto  Neutro
Sandro Lourival Cardoso | Engenheiro Florestal    Alto impacto  Positivo
MERCOTOYS
Estudo de Impacto de Vizinhança

8 CONCLUSÃO
O estudo de impacto de vizinhança da implantação da empresa Mercotoys, que
considerou sua inserção na vizinhança e a avaliação dos impactos decorrentes, aponta a
sua viabilidade, uma vez que os impactos negativos identificados são passíveis de
mitigação e/ou controle. Além disso, a maioria dos impactos negativos se dá na fase de
obras e possui prazo temporário, enquanto a maioria dos positivos se dá na fase de
operação e possuem medidas potencializadoras possíveis.
Por se caracterizar como empreendimento industrial, a Mercotoys poderá ser
responsável por um início de alteração do cenário local com dinamização do setor
econômico de Pomerode Fundos devido ao aumento da geração de empregos e
consequente geração de renda, o que propiciará o consumo e alimentará o comércio da
região. Além disso irá favorecer um processo de urbanização em uma área com
características rurais, ocupando terrenos dotados de infraestrutura e sem utilização.
Deverá também auxiliar para atenção do poder público para a região em termos de
melhoramento de equipamentos públicos e urbanos.
Apesar de haver impactos ambientais, considerados negativos mas de baixa
magnitude, é importante a implantação das medidas mitigadoras propostas para reduzir
os impactos causados e não ocasionar novos problemas.
Assim, considerando que o perfil de implantação respeitará as normas e limites
urbanos definidos para sua área de inserção, o empreendimento da Mercotoys irá ao
encontro do Plano Diretor do Município de Pomerode no sentido de contribuir para a
afirmação do proposto para a região com a melhoria das condições de infraestrutura e
dinamização da localidade de Pomerode Fundos.

- 83 -
MERCOTOYS
Estudo de Impacto de Vizinhança

9 REFERÊNCIAS

1. Sítio da Receita Federal do Brasil.


2. Censo - IBGE@Cidades: http://www.ibge.gov.br/cidadesat/topwindow.htm?1
3. IBGE - Mapas Interativos: http://mapas.ibge.gov.br/
4. Mapa Interativo de Santa Catarina: http://www.mapainterativo.ciasc.gov.br/
5. Mapoteca - Epagri-Ciram: http://ciram.epagri.sc.gov.br:9090/mapoteca/
6. POMERODE, Plano Diretor do Município de Pomerode. Leis Complementares n°
162/08 (Código Urbanístico) e 165/08 (Código de Meio Ambiente).
7. POMERODE, Adequação do Plano Diretor Municipal de Pomerode. Volume 1,
Junho de 2007.
8. BRASIL, Resolução n° 307/02, de 05 de Julho de 2002. Diário Oficial [da]
República Federativa do Brasil, Conselho Nacional de Meio Ambiente, Brasília,
DF, 17 Jul. 2002. Edição n° 136, p. 95-96.
9. BRASIL, Lei n° 10.257, de 10 de Julho de 2001. Diário Oficial [da] República
Federativa do Brasil, Ministério das Cidades, Brasília, DF, 11 Julho 2001.
10. BRASIL, Lei n° 12.651, de 25 de Maio de 2012. Diário Oficial [da] República
Federativa do Brasil, Poder Legislativo, Brasília, DF, 28 Maio 2012. Ed.
102,Seção 1, p. 1.
11. BRASIL, Lei n° 12.727, de 17 de Outubro de 2012. Diário Oficial [da] República
Federativa do Brasil, Poder Legislativo, Brasília, DF, 18 Out. 2012. Ed. 202,
Seção 1, p. 1.
12. BRASIL. Lei n° 11.428, de 22 de Dezembro de 2006. Diário Oficial [da] República
Federativa do Brasil, Poder Legislativo, Brasília, DF, 26 Dez. 2006. Ed. 246,
Seção 1, p. 1.
13. SANTA CATARINA. Bacias Hidrográficas de Santa Catarina: diagnóstico geral.
Florianópolis: Secretaria de Estado do Desenvolvimento Urbano e Meio Ambiente,
1997. 173 p.
14. CARVALHO, Paulo Ernani Ramalho. Espécies Arbóreas Brasileiras / Brasília :
Embrapa Informação Tecnológica : Colombo, PR : Embrapa Florestas, 2003.
15. KLEIN, Roberto Miguel. 1980. Ecologia da flora e vegetação do vale do
itajaí. Itajaí: SELOWIA nº 32.

- 84 -
MERCOTOYS
Estudo de Impacto de Vizinhança

10 ANEXOS

- 85 -
MERCOTOYS
Estudo de Impacto de Vizinhança

10.1 Consulta de Viabilidade

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MERCOTOYS
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MERCOTOYS
Estudo de Impacto de Vizinhança

10.2 Certidão do Imóvel

- 88 -
MERCOTOYS
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- 89 -
MERCOTOYS
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- 90 -
MERCOTOYS
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10.3 Projeto Arquitetônico

- 91 -
LOURIVAL DREWS E
ROSELI DREWS

50,00

30
,00
m

30
,00
m

30
,0
0m
~32,35m

~50,00m
494,45

15,15
50,00

3,50
2,75
3,50

VAGAS
1,50
2,75

CARGA/DESCARGA
15,00
1
3,50
2,75

2
~33,60m
3,50
Plataforma

2,75

3
3,50

-1,30

Boca Lobo Boca Lobo

Boca Lobo
40,15
25,00

A CONSTRUIR
Boca Lobo

40,15

Boca Lobo
25,00

A CONSTRUIR

Boca Lobo

40,15
25,00

Boca Lobo

A CONSTRUIR
683,60

~16,80m

Boca Lobo
40,15
Meio-fio
25,15

Sargeta
660,24
25,00m

Boca Lobo
DREWS

-0,05 3,00
-0,23

40,15
ELZIRA

25,00

TORRE
Boca Lobo
8,15m

RELOCADA
GOEDE

A CONSTRUIR 5,15m

1,00
DREWS /

C.I.
Sargeta
Talude

6,85
ELCINA

Meio-fio

Boca Lobo 40,15


C.I.
25,00
WENDELIN

0,10 5,35 0,90


0,40

C.I.
A CONSTRUIR

C.I.

40,15
25,00

C.I.

A CONSTRUIR

C.I.

Boca Lobo

15,15
C.I.
Boca Lobo 22 23 24 25 26 27 28 29 30
5,00

2,50 2,50 2,50 2,50 2,50 2,50 2,50 2,50 2,50


5,00
~164,15m

Boca Lobo

C.I.
31 32 33 34 35 36 37
5,00

2,50 2,50 2,50 2,50 2,50 2,50 2,50 A CONSTRUIR

38 39 40 41 42 43
18,95

5,00

2,50 2,50 2,50 2,50 2,50 2,50


Boca Lobo
VAZIO C.I.
6,05

25,00

~80,00m ACESSO 5,00 2,00


-0,15 Vagas de
3,50

PNE
1,20
C.I.
3,50

Boca Lobo Vaga


Idoso
2,50

Meio-fio
Sargeta
FUTURO
GERADOR
MURO DIVISA

FUTURA C.I.

DE ENERGIA
JARDIM

VIDE DETALHE FL. S1 250


150 (min)
VIDE DETALHE FL. S1
Sargeta
VAI P/ CLORADOR DE PASTILHA ESTACIONAMENTO
E REDE COLETORA
VIDE DETALHE FL. S1

-1,15
16 17 18 19 20 21 Entrada CELESC
4,80

SSO
ACE MURO
Boca Lobo
44 45 46 47 48
5,00

2,50 2,50 2,50 2,50 2,50


Boca Lobo
MOTOS
1 2

ESTACIONAMENTO ESTACIONAMENTO
3 4

CLIENTES
5 Futura
5 6

-1,5 Portaria -2,10


9

1
13,00

5,00
2
42,8
2,50

MOTOS 3
0

7,60
Esta
2,0

10

4
MU
0

2,50
R

Boca Lobo 5
cion

5,00 Meio-fio
O
O

11

6
SS

ame

2,50
E

2,50
12

2
nto

JARDIM
AC

-2,15
,50

Rampa
2,50
8,0

5,70

13

-2,15
0

12,

GOEDE
2

Esta

Boca Lobo
00

ci
,50
4
14

,4

Faixa de Travessia
ona
2,50 0
2,50

2,50

POSTE C/ TRANSFORMADOR
15

men
5

Rampa
to
2,50
2,0

2,50
0

S E
2,50

15
3

39, -2,25 AE
2,50

ELCINA
2

BL
RO RUA LEOPOLDO BLAESE
2,50

,00m U O
1

~15 M
LD
O
LIX PO
par EO
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Lad
~10

EIO
A
,00

SS o
PA i
io-f
m

M e
RU

N io
io-f
TE Me EIO
RS S S
KA PA ESC. 1:400
LF
RA
D.
RO
P/

LEGENDA
EXISTENTE E APROVADO
Autor do Projeto: Eng. Ademar Kirsten

A EDIFICAR E APROVAR
MERCOTOYS IND. DE BRINQUEDOS LTDA
B
F G H I
-1,35

1515
15 1485 15
500 500 500
130 28 28
Pisos: 28cm (6x)
Espelhos: 17,57m (7x) 7 6 5 4 3 2 1

-0,07 -1,30 PASSEIO


SOBE

15
220x70/140 400x150/ 445 400x150/ 445
1

80x210

92
60x200

92 4
-0,05
60x200

380

92 4
400x150/ 445

400x150/ 445
60x200

625
92 4

395
15
60x200 P. CER. ANTIDER.

314 15

400x150/ 445

400x150/ 445
625
2485
3

PLATAFORMA

exclusivo p/ carga e descarga

400x150/ 445
450x550

625
1

500

exclusivo p/ carga e descarga


P. CIMENTADO ANTIDERRAPANTE

400x150/ 445
-0,05

450x550

4355

625
2
120x250

15
5000

5000
5

exclusivo p/ carga e descarga


-0,07

400x150/ 445
450x550

625
3 -0,05

exclusivo p/ carga e descarga


P. MACADAME COMPACATADO 15,00m

PLATAFORMA

400x150/ 445
450x550

625
4
3,50m

2485
7
P. MACADAME COMPACTADO

exclusivo p/ carga e descarga

400x150/ 445
450x550

625
5

1158 13 160 4 150

80x210

150x60/150
95
198
60x180

95 4
PASSEIO

P. CER. ANTIDER. 0,00


Pisos: 28cm (6x)

13
60x180
Espelhos: 17,57m (7x)
A B C D E -1,35
400x150/ 445

120
632
2500

625
0,00 60x180

92 4
15 2485

250x60/150
500 500 500 500 500 60x180
P. CER. ANTIDER.

408

92 4
170 28 28
-1,30
7 6 5 4 3 2 1 60x180
-1,30
130

92 4
125

PASSEIO -0,07 SOBE

13

15
15

400x150/ 445 400x150/ 445 400x150/ 445 400x150/ 445 80x210 60x180
9 400x150/ 445
13 314

500 500 500


-1,30
120x250

400x150/ 445
625

625
3
28

2
1
DESCE

10

400x150/ 445
625

625

A -0,77 A
3
28

2 P. CIMENTADO ANTIDERRAPANTE
2485

2485

11
DESCE

-0,05
400x150/ 445

-0,23
P. PAVER

625

625

PLATIBANDA

120x250
120x250

12 R.T.I. R.T.I.

328
400x150/ 445

+17,00
400x150/ 445

60x60cm
625

625

Laje piso do tipo

ESCADA MARINHEIRO

500
-0,05
Consumo Consumo
15
15

13
15 3985 15
+12,00
4015 60x60cm

500 500 500 500 500 500 500 500

1050
Laje piso do tipo
400x150/ 445

400x150/ 445

ESCADA MARINHEIRO
625

625

550
14 +6,50

60

60

60

60

60

60

60

60

60

60

106
60 40

60 40
150 Forro de gesso

150

150

150

150

150

150

150

150

150

150

150

150

150

150

150

150

150

150

150

150

150

150

150

150

150

150
ou similar
400x150/ 445

400x150/ 445

210
345

345

150

150
625

625

105

105

105

105

105

105

105

105

105

105
650
+3,35 +3,35

165

13

13

13
MEZANINO

195

195

195

195

195

195
S. MASC. S. FEMIN.
+3,01

655

655

655

655

655

655

655

655

655

655
60

60

60

60

60

60

60

60
595

595

595

595

595

595

595

595

47

47

117

117

117
30

30
60
28
445

445

445

445

445

445

445

445

445

445
12
11
17,5

150

150

60

60
10
9
Guarda-corpo h=1,10m
280

280

280

280

280

280

280

280
P. CIMENTADO ANTIDERRAPANTE

250

250

250

250

250

250

250

250
8
+0,935

215
200

210

210
7
7500

7500
2485
2485

2485

150

150
15 5

110
4

100

100
3
-0,05 -0,05 0,00 -0,05 -0,05 -0,05 -0,05 -0,05 -0,05 0,00 -0,05 -0,05 -0,05 -0,05 2
SANIT. FEMIN. SANIT. MASC. SANIT. FEMIN. SANIT. MASC. (Exist.) S. MASC. S. FEMIN. 1 -0,15
Elevador
-0,05
-1,35
400x150/ 445
P. PAVER

625

625

120x250
120x250

CORTE LONGITUDINAL "BB"


16 ESC. 1:100
PASSEIO

400x150/ 445

400x150/ 445

-0,25
625

625

-0,05
15

15

17
500 500 500 500 500 500 500 500
400x150/ 445

400x150/ 445
625

625

18
400x150/ 445

400x150/ 445
625

625

P. CIMENTADO ANTIDERRAPANTE
2485

2485

19

-0,05
400x150/ 445
625

625

120x250
120x250
TELHA TRAPEZOIDAL - bzm 25
espessura 0,7 mm DO TIPO GALVALUME COM LIGA DE Al - Zn espessura 0,7 mm
DA BIAZAN - espessura 0,7mm
20
PASSEIO

400x150/ 445

60
400x150/ 445

-0,23
150
625

625

130

195
-0,05
445
15

15

400x150/ 445 (a fechar) 400x150/ 445 (a fechar) 400x150/ 445 (a fechar) 400x150/ 445 (a fechar)
21
500 500 500 500 500 500 500 500

250
PISTA ROLAMENTO -0,05
PASSEIO -0,23
400x150/ 445

400x150/ 445

-0,70 -0,77
625

625

4015

22
CORTE TRANSVERSAL "AA"
ESC. 1:100
400x150/ 445

400x150/ 445

ESC. 1:100
625

625

P. CIMENTADO ANTIDERRAPANTE
2485

2485
2515

23
PASSEIO

-0,05
400x150/ 445

400x150/ 445
P. PAVER

625

625

24

130
400x150/ 445

-0,25
625

625

500

-0,05
-0,07
120x250
15

15

120x250
25
500 500 500 500 500 500 500 157,5 13 322 15
B

H I H I
300x120/ 90
400
385

P. CER. ANTIDER. 515 515


400x150/ 445

0,00 15 485 15 15 485 15


625

500 500
15

15

80x210
15

80x210
95

ESCADA MARINHEIRO
CONSUMO R.T.I.
60x180
95 4

375x60/ 150

60x180
400

400

400
392

EXISTENTE
95 4

26 2 CAIXAS 2 CAIXAS
0,00 60x180 CAPAC. 15.000L. CAPAC. 15.000L.

B
P. CIMENTADO LISO
95 4
13

60x180
815

815
785

785

Platibanda
+ 12,00 + 17,00
80x210
400x150/ 445

92

0,00 60x180
P. CIMENTADO LISO
375x60/ 150
92 4
625

80x210

60x180
400

400

400
380

92 4

-0,05 60x180
P. CIMENTADO ANTIDERRAPANTE P. CER. ANTIDER.
92 4

EXISTENTE
-0,05
15

60x180
2485

2485

15

15
2500

27 15 200 13 272
B

B
400x150/ 445
PASSEIO

EXISTENTE
i = 17,6%
675
625

CONSUMO
ESC. 1:75 ESC. 1:75

120x250 EXISTENTE EXISTENTE

28
120x250
A A
400x150/ 445

400x150/ 445
625

625
15

15

29
500 500 500 500 500 500 500 500

i = 17,6%
400x150/ 445

400x150/ 445
625

625

30

Platibanda
400x150/ 445

400x150/ 445
625

625

P. CIMENTADO ANTIDERRAPANTE
2485

2485
2500
7500

31
PASSEIO

-0,05
400x150/ 445

-0,23 i = 17,6%
625

625

120x250

120x250
32
400x150/ 445

400x150/ 445
625

625
15

15

33

500 500 500 500 500 500 500 500

i = 17,6%
400x150/ 445

400x150/ 445
625

625

34
PASSEIO
400x150/ 445

400x150/ 445

P. CIMENTADO ANTIDERRAPANTE
625

625

-0,05
Telha Trapezoidal
400
2485

2485
2500

35

-0,23
400x150/ 445

PLANTA BAIXA DA COBERTURA


625

625

i = 17,6%

ESC. 1:100

120x250
Platibanda

120x250
36
PASSEIO

B
400x150/ 445

400x150/ 445

-0,23
625

625

1515
500 500 500 500 500 500 500 500
15 1485 15
120x210

500 500 500


15

15

15
15

200x150/ 150 200x150/ 150 200x150/ 150


37
400x150/ 445 400x150/ 445 400x150/ 445 400x150/ 445
120x250

400x150/ 100

400x150/ 100

400x150/ 105

400x150/ 105
625

625

-0,23
886
906

P. CIMENTADO ANTIDERRAPANTE
38
-0,05
200x150/ 100

200x150/ 105

+3,35

1191 13 281 1191 13 281


400x150/ 100

400x150/ 105

13
13

80x60/150 80x60/150
625

625
80x60/150 80x60/150

130
130

80x210
80x210

13
13 180 13

111 13 170
200
46

46

13
2485

2515
2500

80x210 80x210
39
120x60/150

120x60/150

60x180 60x210
187

187

60x180 60x210
80x210

13

13

80x210
350x250/ 30

20 19 18 17 16 15 14
+2,16 Pisos (14 a 19): 29cm +2,16
400x150/ 105
120

120

Espelhos (14 a 20): 17,50m (7x) DESCE


ESC. 1:100 164 10 120 29 29 29 29 29 29 120
625

625

13 13
28 28 28 28 28 28

28 28 28 28

12 12
14

11 Pisos (7 a 12): 28cm 11


14

144 144
0x2
0x2

10 10
150

150

Espelhos (7 a 13): 17,50m (7x) P. CER. ANTIDER.


10

9 9
10

8 9
Pisos (1 a 5): 30cm
305

305

7
Espelhos (1 a 6): 16,45m (6x)
1 2 3 4 5 6 Pisos (7 a 12): 28cm
+0,935
Espelhos (7 a 13): 17,50m (7x)
SOBE
30 30 30 30 30 120 Pisos (14 a 19): 29cm
120x250 P. CER. ANTIDER. Guarda-corpo: h= 1,10m Espelhos (14 a 20): 17,50m (7x)
40 Pisos (1 a 5): 30cm
LEGENDA PAREDES Guarda-corpo: h= 1,10m
Espelhos (1 a 6): 16,45m (6x)
Pisos (1 a 5): 30cm Pisos (7 a 12): 28cm
EXISTENTE Espelhos (1 a 6): 16,45m (6x) Espelhos (7 a 13): 17,50m (7x)
Pisos (14 a 19): 29cm
A CONSTRUIR Espelhos (14 a 20): 17,50m (7x)
VAZIO
400x150/ 100

400x250/ 30

400x150/ 445

400x150/ 445
625

625
620

620

500 500 500

41
15

PELE DE VIDRO PELE DE VIDRO PELE DE VIDRO PELE DE VIDRO PELE DE VIDRO
1515
-0,15
Comprimento = 1,25m
1515

ACESSO
B

PLANTA BAIXA MEZANINO


ESC. 1:100

TORRE

EXISTENTE
25,00 25,00 25,00 25,00 25,00 25,00 25,00 25,00 50,00

6,25 6,25 6,25 6,75 4,00 4,00 4,00 6,25 6,25 6,25 6,25 6,25 6,25

DEPOSITO 1 DEPOSITO 2 DEPOSITO 3 DEPOSITO 5 DEPOSITO 6 DEPOSITO 7


RUA LEOPOLDO BLAESE ~40,40m
2,00 8,00 2,00 ~23,00m -0,15 -0,05
-1,15
Muro

-1,35
Passeio -2,25 -2,15 -2,10
Pista

Sargeta Sargeta Passeio

ESC. 1:200

MERCOTOYS IND. DE BRINQUEDOS LTDA


Autor do Projeto: Eng. Ademar Kirsten
MERCOTOYS
Estudo de Impacto de Vizinhança

10.4 Alvará de Licença 1ª Fase

- 92 -
MERCOTOYS
Estudo de Impacto de Vizinhança

10.5 Atestado dos Bombeiros

- 93 -
MERCOTOYS
Estudo de Impacto de Vizinhança

10.6 Manifestação SAMAE

- 94 -
MERCOTOYS
Estudo de Impacto de Vizinhança

10.7 Manifestação CELESC

- 95 -
MERCOTOYS
Estudo de Impacto de Vizinhança

10.8 Manifestação EMPRESA DE TRANSPORTE COLETIVO

- 96 -
MERCOTOYS
Estudo de Impacto de Vizinhança

10.9 Manifestação SECRETARIA DE EDUCAÇÃO (CEIM)

- 97 -
MERCOTOYS
Estudo de Impacto de Vizinhança

10.10 Manifestação SECRETARIA DE EDUCAÇÃO (EEBM)

- 98 -
MERCOTOYS
Estudo de Impacto de Vizinhança

10.11 Manifestação SECRETARIA DE SAÚDE

- 99 -
MERCOTOYS
Estudo de Impacto de Vizinhança

10.12 Manifestação SECRETARIA DE OBRAS

- 100 -
MERCOTOYS
Estudo de Impacto de Vizinhança

10.13 Manifestação SECRETARIA DE PLANEJAMENTO

- 101 -
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Estudo de Impacto de Vizinhança

10.14 Manifestação GERÊNCIA DE TRÂNSITO

- 102 -
MERCOTOYS
Estudo de Impacto de Vizinhança

10.15 Registros/Anotações de Responsabilidade Técnica

- 103 -

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