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Estado da Paraíba

Prefeitura Municipal de Monteiro

PLANO DE GERENCIAMENTO INTEGRADO DE RESÍDUOS SÓLIDOS – PGIRS

MUNICÍPIO DE MONTEIRO PB

MONTEIRO, janeiro de 2015


SUMÁRIO

1 DIAGNÓSTICO TÉCNICO MUNICIPAL ............................................................. 8


1.1 ASPECTOS SOCIOECONÔMICOS E AMBIENTAIS....................................................................... 8

2 MARCO REGULATÓRIO NORMATIVO ........................................................................ 29


2.1 Legislação Federal ................................................................................................................................... 29
2.2 Legislação Estadual – Estado da Paraíba ............................................................................................. 36
2.3 Legislação Municipal .............................................................................................................................. 38
2.4 Normas auxiliares ou instrutivas: Resoluções e Portarias ................................................................. 40
2.5 Normas Técnicas .................................................................................................................................... 42
2.6 Responsabilidades de regulação e Fiscalização ................................................................................... 44
2.7 Sistema de informação sobre os serviços ............................................................................................. 44

3 DIAGNÓSTICO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS E LIMPEZA URBANA............................. 45


3.1 Conceitos e Definições ........................................................................................................................... 45
3.2 Resíduos Domiciliares ............................................................................................................................ 49
3.3 Coleta de Resíduos Recicláveis ............................................................................................................. 50
3.4 Logística Reversa ..................................................................................................................................... 51
3.5 Resíduos da Construção Civil - RCC ................................................................................................... 52
3.6 Caracterização dos Resíduos dos Serviços de Saúde - RSS ............................................................... 53
3.7 Caracterização dos Resíduos de Limpeza Urbana ............................................................................. 54
3.8 Destinação Final ...................................................................................................................................... 61
3.9 Gestão e Governança Institucional ...................................................................................................... 67

4 PROGNÓSTICO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS .................................................................. 70


4.1 Projeção da Geração dos Resíduos Sólidos Domiciliares .................................................................. 70
1.1 Projeção de geração dos Resíduos da saúde ........................................................................................ 72
1.2 Projeção de geração de resíduos da construção civil ......................................................................... 73

5 PROGRAMAS, PROJETOS E AÇÕES ............................................................................... 75


5.1 Programa de Gerenciamento da Coleta Seletiva e Destinação dos Resíduos Sólidos ................... 76
5.2 Programa Educação Ambiental em Coleta Seletiva ........................................................................... 85
5.3 Programa de Encerramento do Lixão Municipal, Concepção de Aterro e Recuperação.. ........... 89
5.4 Programa de Estruturação de uma Unidade de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos
Urbanos (UGIRSU) ........................................................................................................................................................ 97

6 PLANO DE EXECUÇÃO E CUSTOS ESTIMADOS DE INSTALAÇÃO E EXECUÇÃO DO


PGIRS 110
6.1 Estimativa de Investimentos para Aplicação dos Programas do PGIRS....................................... 110
6.2 Estimativa de Custos Fixos .................................................................................................................. 125
6.3 Custos Estimados da Implantação dos Programas do PGIRS ........................................................ 125
7 CRONOGRAMA FÍSICO DE EXECUÇÃO DO PGIRS.................................................. 127
8 CONCLUSÕES .................................................................................................................. 128
9 BIBLIOGRAFIA ................................................................................................................ 129

ANEXOS
Anexo 1 – Projeto da UGIRSU ................................................................................................................................... 132
Anexo 2 – ATA de Reunião ......................................................................................................................................... 136
Anexo 3 – Lista de Presentes ....................................................................................................................................... 139
Anexo 4 – Fotos da Audiência Pública ...................................................................................................................... 147
Anexo 5 – Comprovação da Divulgação ................................................................................................................... 150
LISTA DE FIGURAS

Figura 1. Imagem da Praça São João de Monteiro. Fonte:


http://www.panoramio.com/photo_explorer#view=photo&position=178&with_photo_id=40382971&order=
date_desc&user=2810179 ................................................................................................................................................ 8
Figura 2. Localização do município de Monteiro......................................................................................................... 9
Figura 3. Pluviosidade média do estado da Paraíba. Fonte: AESA, 2006 ................................................................ 11
Figura 4. Série histórica de dados de precipitação de alguns postos pluviométricos próximos a Monteiro.
Fonte: dados AESA, 2013............................................................................................................................................... 11
Figura 5. Série histórica da precipitação nos quatro postos pluviométricos próximos a Monteiro. Fonte: dados
AESA, 2013 ...................................................................................................................................................................... 12
Figura 6. Precipitação mensal média e temperatura mensal média de Monteiro. Fonte: dados DCA (2013)... 13
Figura 7. Bacias hidrográficas do estado da Paraíba .................................................................................................. 14
Figura 8. Açude Velho no centro de Monteiro ........................................................................................................... 16
Figura 9. Açude Poções (esquerda) e açude do Serrote (direita). Fonte: http://www.dnocs.gov.br e
http://g1.globo.com/pb/paraiba .................................................................................................................................... 16
Figura 10. População do município de Monteiro a partir da década de 1970. Fonte: IBGE ................................ 17
Figura 11. Tipologia dos domicílios de Monteiro. Fonte: SIAB, 2013 .................................................................... 18
Figura 12. Taxa de desemprego, população economicamente ativa e desocupada. Fonte: Datasus/MS, 2010 . 19
Figura 13. Pessoas com 10 ou mais anos empregadas por setor de atividade econômica de Monteiro. Fonte:
IBGE, 2010 ....................................................................................................................................................................... 20
Figura 14. Número de empresas no município de Monteiro por tipo de atividade. Fonte: Dados IBGE .......... 20
Figura 15. Renda da população de Monteiro. Fonte: IBGE, 2010 ............................................................................ 21
Figura 16. Imagem da Escola Municipal de Ensino Fundamental Tiradentes em Monteiro. Fonte:
http://www.paraibamix.com/2013/05/prefeitura-de-monteiro-inaugura-sede.html ........................................... 22
Figura 17. Instituto Federal da Paraíba (IF-PB) e Universidade Estadual da Paraíba (UEPB) campus
Monteiro. Fonte: www.ifpb.edu.br e www.deolhonocariri.com.br ......................................................................... 22
Figura 18. Desnutrição infantil no município de Monteiro. Fonte: SIAB, 2013 .................................................... 24
Figura 19. Número de óbitos de no município de Monteiro. Fonte: Dados PNUD, 2014 ................................... 25
Figura 20. Abastecimento de água em Monteiro. Fonte: dados IBGE, 2010 .......................................................... 26
Figura 21. Situação do esgotamento sanitário no município de Monteiro. Fonte: SIAB, 2014 ........................... 27
Figura 22. Destinação dos resíduos sólidos de Monteiro. Fonte: dados IBGE, 2010 ............................................ 27
Figura 23. Acondicionamento de resíduos em contentores (esquerda) e aleatoriamente nas ruas de Monteiro.
........................................................................................................................................................................................... 48
Figura 24. Caminhão compactador utilizado para a coleta dos resíduos sólidos urbanos ................................... 50
Figura 25. Carro utilizado para a coleta de RCC em Monteiro ................................................................................ 53
Figura 26. Funcionários contratados pela prefeitura municipal realizando a poda das árvores em
Monteiro/PB. ................................................................................................................................................................... 57
Figura 27. Método geralmente adotado de acondicionamento dos resíduos oriundos da poda e desbastes
resguardados nas vias de tráfego e calçamento no município de Monteiro/PB. ................................................... 59
Figura 28. Número de domicílios por destino dos resíduos sólidos. Fonte: DATASUS/SIAB, 2014 ................. 61
Figura 29. Vista do Lixão de Monteiro ........................................................................................................................ 63
Figura 30. Resíduos de coleta diferenciada depositados no lixão ............................................................................ 64
Figura 31. Terreno de queima e depósito de resíduos de poda e roçada ................................................................ 64
Figura 32. Ponto de transbordo de RCC ..................................................................................................................... 65
Figura 33. Localização das destinações finais de resíduos em Monteiro ................................................................ 66
Figura 34. Organograma do órgão responsável pela gestão dos resíduos sólidos em Monteiro. Fonte: PMM . 67
Figura 35. Edificações de triagem de materiais localizada anexas ao lixão. ............................................................ 69
Figura 36. Exemplo de carros integrados de coleta de resíduos domiciliares, com caminhão de coleta de
rejeitos/ orgânicos e reboque de coleta seletiva. Fonte: percolado.blogspot.com.br ............................................. 77
Figura 37. Logística de coleta e destinação dos resíduos sólidos domiciliares da zona rural. .............................. 79
Figura 38. Logística de coleta e destinação de resíduos sólidos da saúde. .............................................................. 80
Figura 39. Logística de coleta e destinação dos resíduos sólidos da construção civil. ........................................... 80
Figura 40. Terreno em que o município realiza o destino de seus resíduos de poda por meio de resguardo e
queima a céu aberto. ....................................................................................................................................................... 81
Figura 41. Logística de coleta e destinação de resíduos sólidos de varrição, poda e roçada................................. 81
Figura 42. Logística de coleta e destinação dos resíduos sólidos da feira municipal. ............................................ 82
Figura 43. Local em frente à praça central proposto pela Prefeitura Municipal de Monteiro/PB para alocação
do PEV (ecoponto). ........................................................................................................................................................ 83
Figura 44. Exemplo de ecoponto para resíduos de logística reversa........................................................................ 83
Figura 45. Logística de coleta e destinação dos resíduos volumosos. ...................................................................... 84
Figura 46. Logística de coleta e destinação dos resíduos industriais. ...................................................................... 84
Figura 47. Método de aterro por valas sépticas. Fonte: ambiente.sp.gov.br ........................................................... 90
Figura 48. Pontos aleatórios de acumulo de resíduos no município de Monteiro/PB. ........................................ 91
Figura 49. Potenciais impactos ocasionados pelo acumulo de resíduos em disposição em áreas caracterizadas
como lixões. Fonte: Feam, 2010. ................................................................................................................................... 92
Figura 50. Registro do percolado dos resíduos sólidos (solo contaminado escuro) observado no Lixão de
Monteiro/PB. ................................................................................................................................................................... 92
Figura 51. Registro de impactos como alteração da paisagem natural da área, susceptibilidade a geração de
vetores de doenças. ......................................................................................................................................................... 93
Figura 52. Inicio das intervenções para recuperação da área degradada no lixão municipal de Monteiro/PB. 94
Figura 53. Modelo de central de triagem proposto pelo MMA. Fonte: MMA, 2014 ............................................ 98
Figura 54. Layout da unidade de triagem proposto pelo MMA. Fonte: MMA, 2014 ........................................... 98
Figura 55. Quantificáveis de resíduos orgânicos para compostagem .................................................................... 101
Figura 56. Esquematização do funcionamento da unidade de gerenciamento de resíduos sólidos a ser
instalada no município de Monteiro/PB ................................................................................................................... 103
Figura 57. Exemplo de esquematização de layout durante a etapa de triagem e armazenamento secundário.
......................................................................................................................................................................................... 106
Figura 58. Esquema das fases do processo de compostagem e a temperatura ideal necessária. Fonte: FEAM,
2005 ................................................................................................................................................................................. 107
LISTA DE TABELAS

Tabela 1. Distância entre as sedes municipais dos municípios da região de Monteiro .......................................... 9
Tabela 2. Déficit habitacional em Monteiro. Fonte: PMM, 2011 ............................................................................. 18
Tabela 3. Profissionais de saúde em Monteiro. Fonte: Datasus/MS, 2014 ............................................................. 23
Tabela 4. Responsabilidades e Fiscalização dos serviços de Saneamento no município de Monteiro - PB ....... 44
Tabela 5. Legislação para resíduos perigosos .............................................................................................................. 52
Tabela 6. Serviços na amplitude da limpeza urbana existentes no município de Monteiro. Fonte: PMM, 2013
........................................................................................................................................................................................... 55
Tabela 7. Quadro de funcionários da prefeitura de monteiro por atividade, regime de contratação e número
de funcionários. ............................................................................................................................................................... 56
Tabela 8. Responsabilidades atualmente empregadas no município de Monteiro frente a geração,
acondicionamento, coleta, transporte e destinação de Resíduos de Limpeza Urbana.......................................... 60
Tabela 9. Destinação final dos resíduos gerados na zona urbana do município de Monteiro ............................ 63
Tabela 10. Responsabilidades de coleta e serviços de limpeza urbana. Fonte: PMM ............................................ 67
Tabela 11. Quantidade de trabalhadores lotados nas atividades de manejo de resíduos sólidos ........................ 68
Tabela 12. Veículos utilizados no transporte de resíduos em Monteiro ................................................................. 68
Tabela 13. Projeção de população e geração de resíduos em Monteiro. ................................................................. 71
Tabela 14. Projeção de geração de resíduos de saúde ................................................................................................ 72
Tabela 15. Índices de geração de resíduos da construção civil, população e nível de incidência de
verticalização em diferentes municípios brasileiros separados por região. ............................................................ 74
Tabela 16. Estimativa de geração de resíduos da construção civil (RCC) em Monteiro/PB. ............................... 74
Tabela 17. Logística de coleta e destinação dos resíduos sólidos domiciliares urbanos - RSU ............................ 78
Tabela 18. Frequência de atendimento da coleta de resíduos no município .......................................................... 85
Tabela 19. Temas relevantes a serem abordados pelo programa de educação ambiental de Monteiro. ............ 86
Tabela 20. Cronograma proposto para as atividades de educação ambiental ........................................................ 88
Tabela 21. Dados de referência para dimensionamento de unidade de triagem ................................................... 99
Tabela 22. Dados para o dimensionamento da compostagem ............................................................................... 100
Tabela 23. Dimensionamento de leiras ...................................................................................................................... 101
Tabela 24. Exemplos de resíduos compostáveis e não compostáveis .................................................................... 108
Tabela 25. Metas propostas para a destinação final de resíduos sólidos urbanos ................................................ 109
Tabela 26. Ações e metas a serem executadas no Programa de Gerenciamento da Coleta Seletiva e Destinação
dos Resíduos Sólidos no município de Monteiro/PB. ............................................................................................. 110
Tabela 27. Investimentos para aplicação do Programa de Coleta Seletiva e Destinação dos Resíduos. ........... 114
Tabela 28. Ações e metas a serem executadas no Programa de Encerramento Lixão Municipal, Concepção de
Aterro e Recuperação de Áreas Degradadas ............................................................................................................. 116
Tabela 29. Investimentos para aplicação do Programa de Encerramento do Lixão Municipal, Concepção de
Aterro e Recuperação de Áreas Degradadas. ............................................................................................................ 118
Tabela 30. Ações e metas a serem executadas no Programa de Estruturação de uma Unidade de
Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos. ....................................................................................... 119
Tabela 31. Investimentos para aplicação Programa de Estruturação de uma Unidade de Gerenciamento
Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos. ................................................................................................................... 120
Tabela 32. Planilha de Custos Global para a obra da UGIRSU de Monteiro. ...................................................... 122
Tabela 33. Investimentos totais para implementação de todos os programas ambientais incluindo renovação
parcial da frota de veículos. ......................................................................................................................................... 124
Tabela 34. Despesas estimadas com a gestão de resíduos sólidos no município ................................................. 126
Prefeitura Municipal de Monteiro
Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos - PGIRS
Estado da Paraíba

1 DIAGNÓSTICO TÉCNICO MUNICIPAL


1.1 ASPECTOS SOCIOECONÔMICOS E AMBIENTAIS

1.1.1 Histórico do Município

Segundo a Prefeitura Municipal de Monteiro – PMM, originalmente, o município era


uma área de fazendeiros e criadores de gado. No final do século XVIII, algumas famílias
lá se estabeleceram e, em 1800, Manoel Monteiro do Nascimento desmembrou uma área
de sua fazenda, chamada Lagoa do Peri-Peri, para construir uma capela consagrada a
Nossa Senhora das Dores, distante 300 metros da margem do Rio Paraíba.

A beleza do local foi atraindo habitantes e, em pouco tempo, formou-se um povoado


que, em 1840, deixou de ser Lagoa do Peri-Peri e passou a se chamar Povoação da Lagoa
(havia apenas duas casas de telha na época). Pouco tempo depois, em homenagem ao
seu fundador, o povoado recebeu o nome de Alagoa do Monteiro.

O distrito de Alagoa do Monteiro foi criado pela Lei Provincial nº. 194, de 4 de
setembro de 1865. A cidade foi sendo erguida à margem do Rio Paraíba, que nasce na
Serra do Jabitacá, a 24 quilômetros da cidade. Tornou-se município por meio da Lei nº
457, de 28 de junho de 1872, com território desmembrado de São João do Cariri. A
Figura 1 mostra uma imagem atual da cidade de Monteiro, com destaque para a praça
no centro da cidade.

Figura 1. Imagem da Praça São João de Monteiro. Fonte:


http://www.panoramio.com/photo_explorer#view=photo&position=178&with_photo_id=40382971&order=date
_desc&user=2810179

1.1.2 Inserção Regional

O município de Monteiro pertence ao estado da Paraíba, inserido na porção sudeste


do Estado. Possuindo ainda como limites os municípios de Prata-PB, Sumé-PB,
Camalaú-PB, São Sebastião do Umbuzeiro, Zabelé, Tuparetana – PE, Iguaraci-PE e
Sertânia-PE.

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Estado da Paraíba

Monteiro possui uma área de 986,356 km², com uma altitude média de 599 metros na
sede urbana (CPRM, 2005), sendo esta localizada na porção central do município. A
população do município, segundo projeções IBGE, em 2013 é de 32.211 habitantes.

A principal via de acesso ao município de Monteiro é a rodovia BR-412 que dá o


acesso a BR-230 em direção a capital João Pessoa. Outras vias importantes no
município são a PB-196, PB-196 e BR-110. A Tabela 1 mostra a distância aproximada
entre algumas cidades e a sede municipal de Monteiro.
Tabela 1. Distância entre as sedes municipais dos municípios da região de Monteiro

Município Distância (km)


João Pessoa 302
Sumé 37
Campina Grande 169
Prata 32
Camalaú 42

O município de Monteiro está localizado na microrregião do Cariri Ocidental


pertencente à mesorregião da Borborema, uma das quatro mesorregiões do estado da
Paraíba como mostra a Figura 2. Monteiro integra a bacia hidrográfica do Rio Paraíba,
que drena a região com direção para o Oceano Atlântico.

Figura 2. Localização do município de Monteiro

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1.1.3 Aspectos climatológicos

O Estado da Paraíba, por sua localização dentro da faixa equatorial, é submetido à


incidência de alta radiação solar com um grande número de horas de insolação. Tal
condição determina um clima quente, temperatura média anual de 26°C, pouca variação
interanual e uma distribuição espacial da temperatura altamente dependente do relevo
(PARAIBA, 2006).

Observa-se, no estado da Paraíba, a existência de uma região tropical úmida na faixa


litorânea do Estado assim como na parte ocidental do mesmo. O setor central,
abrangendo a região do planalto da Borborema e do Sertão, assim como a região
localizada a noroeste do Estado, encontra-se inserido em clima seco de tipo estepe,
ocorrendo manchas de clima seco de tipo desértico (PARAIBA, op. cit).

Monteiro apresenta um clima do tipo tropical semiárido com chuvas de verão. A


estação chuvosa se inicia em novembro com término em abril (CPRM, 2005).
De acordo com o Plano Estadual de Recursos Hídricos da Paraíba (PERH-PB), os
processos climáticos geradores de precipitação na região Nordeste do Brasil são
excessivamente complexos, possuindo comportamento de variados sistemas de
circulação atmosférica e aos fatores orográficos e de influência marítima e
continentalidade. Dessa forma, há uma grande variabilidade espacial e temporal da
precipitação na região, que interfere também no seu regime hidrológico (PARAÍBA,
2006).

A Paraíba é o Estado nordestino que apresenta a maior variabilidade espacial da


precipitação. Cabaceiras, localizada no Cariri paraibano, apresenta uma altura
pluviométrica anual em torno dos 300 mm ao passo que João Pessoa, localizada na faixa
litorânea e distante aproximadamente 150 quilômetros, apresenta um total anual de
precipitação média que ultrapassa os 1700 milímetros. Atualmente, o Estado da Paraíba
conta com uma rede de 235 postos pluviométricos e 07 postos pluviográficos. A
pluviosidade média do estado é apresentada na Figura 3.
Quanto ao clima e sua respectiva classificação é possível verificar que a nomenclatura
da classificação de Köppen-Geiger para o município de Monteiro se aplica ao BSh (B –
Clima Árido, S – Clima de Estepes e h – Seco e quente). Sendo esta, caracterizada por
apresentar clima seco com precipitação anual inferior a 760 mm e temperatura média
do ar maior que 18 ºC (PEEL et. al, 2007).

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Figura 3. Pluviosidade média do estado da Paraíba. Fonte: AESA, 2006

Grande parte do estado apresenta-se com uma precipitação média ou baixa. No sertão
paraibano (parte oeste do estado) as precipitações médias giram em torno de 800 a 1.000
mm anuais. Já a porção central da Paraíba, apresenta as precipitações mais baixas do
estado, podendo chegar a um mínimo de 200 mm em algumas regiões. Segundo o
CPRM (2005) Monteiro detém uma precipitação média anual é de 431,8mm. Na
Paraíba, a Agência Executiva de Gestão das Águas do Estado da Paraíba (AESA)
mantém estações pluviométricas em diferentes município, e, apesar de Monteiro não ser
contemplado, é passível de comparação com municípios vizinhos, como mostrados
pelas médias pluviométricas com registros de pelo menos 30 anos de levantamento
(Figura 4).
746,7
665,5
624,9 616,54
584,9
503,2

Camalaú São Sebastião do São João do Sumé São João do Média


Umbuzeiro Tigre I Tigre II

Figura 4. Série histórica de dados de precipitação de alguns postos pluviométricos próximos a Monteiro. Fonte:
dados AESA, 2013

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Da mesma forma, é possível observar, em série histórica de dados da AESA, a variação


sazonal da precipitação ao longo do ano (Figura 5). Os meses mais chuvosos vão de
Fevereiro a Maio (atingindo mais de 80 mm/mês). Já entre Maio a Dezembro,
precipitações menores são observadas (abaixo de 50 mm/mês).

160,0 Média

Camalaú

São Sebastião do
120,0
Umbuzeiro
São João do Tigre
Precipitação (mm)

São João do Tigre/Santa


80,0 Maria da Paraíba

40,0

0,0
Janeiro

Fevereiro

Março

Maio

Julho

Agosto

Setembro

Outubro

Novembro

Dezembro
Abril

Junho

Figura 5. Série histórica da precipitação nos quatro postos pluviométricos próximos a Monteiro. Fonte: dados
AESA, 2013.

Outra fonte de dados meteorológicos e climáticos é fornecida pelo Departamento de


Ciências Atmosféricos (DCA) da Universidade Federal de Campina Grande, que
igualmente possui uma ampla serie de dados históricos que incluem precipitação e
temperaturas médias, mínimas e máximas. A Figura 6 apresenta a série histórica mensal
da distribuição da precipitação e temperaturas máximas e mínimas no município (80
anos de dados, 1911 a 1990). Segundo estes dados, a amplitude térmica de Monteiro
varia de 17 a 33oC em média. Já a precipitação média está na ordem de 609mm/ano
(valor semelhante aos valores médios fornecidos pela AESA).

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Estado da Paraíba

150 32,3 32,9 32,9 35


32,2 31,5 30,9 30,2 30,5
135 28,8 28,9
27,7 27,5 30
120 139,3
120,2
105 25
Precipitação (mm)

Temperatura (ºC)
20,1 19,9 19,9 19,7 19,7 20,0
90 19,0 19,0
18,0 18,1 20
17,1 17,1
75 82,9
75,5
15
60

45 10
49,0
42,2
30
31,7 5
15 22,7
13,6 6,8 11,7 13,7
0 0
Janeiro

Fevereiro

Março

Maio

Julho

Agosto

Setembro

Outubro

Novembro

Dezembro
Abril

Junho

Precipitação Temperatura mínima Temperatura máxima

Figura 6. Precipitação mensal média e temperatura mensal média de Monteiro. Fonte: dados DCA (2013)

A pluviosidade no município de Monteiro é um fator importante para o Plano de


Saneamento principalmente quanto à aplicação de medidas e dimensionamento de
infraestruturas de abastecimento de água além do manejo e drenagem das águas
pluviais. Além disso, é determinante para a recarga de aquíferos e perenidade de corpos
hídricos, para o fornecimento de água para a população e manutenção dos ecossistemas.

1.1.4 Rede Hidrográfica

O município de Monteiro está inserido na Bacia Hidrográfica do rio Paraíba está


localizada a sudeste do Estado da Paraíba, entre as coordenadas geográficas 34º 45’ 54’’ e
37º 21’ 54’’ de longitude oeste de Greenwich e os paralelos de 06º 53’42’’ e 08º 19’ 18’’ de
latitude sul, abrangendo uma área de 20.071,830 Km2, o que representa 35,16% da área
total do Estado. A bacia encontra-se subdividida nas sub-bacias: do Taperoá, Alto,
Médio e Baixo curso do Rio Paraíba (MENINO; CAVALCANTI, 2013).

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Figura 7. Bacias hidrográficas do estado da Paraíba

Xavier et. al. (2013) destaca que o alto curso do rio Paraíba está inserido em uma das
regiões mais áridas do país, o Cariri, com médias anuais pluviométricas em torno de 500
mm e mal distribuídas, concentrando 65% do total anual em até 4 meses. Essa
característica climática confere ao rio o caráter intermitente em grande parte de seu
percurso, o que, associado às demandas hídricas da região, resultou na construção de
inúmeros açudes de pequeno, médio e grande porte.
A análise da qualidade da água superficial do rio Paraíba em Monteiro, realizada por
Vital; Santos (2013) apontou que as amostras de água analisadas não se encontram nos
padrões de potabilidade para o consumo humano em nenhum dos pontos de coleta ao
longo do leito do rio Paraíba, encontrando-se altamente poluída.

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Figura 8. Açude Velho no centro de Monteiro

Figura 9. Açude Poções (esquerda) e açude do Serrote (direita). Fonte: http://www.dnocs.gov.br e


http://g1.globo.com/pb/paraiba

O Ministério da Integração Nacional concluiu a última licitação das obras


complementares do Eixo Leste – Meta 3L – do Projeto de Integração do Rio São
Francisco. O contrato e as ordens de serviços foram assinados em agosto de 2013, em
Monteiro, na Paraíba. Com isso, as atividades do empreendimento que passam por
Sertânia, em Pernambuco, e em Monteiro, na Paraíba, serão intensificadas
(http://www.sertaniananet.com.br/sertania/ministro-da-integracao-assinara-a-orden-
de-servico-para-intensificacao-das-obras-da-transposicao-em-sertania-e-monteiro).

1.1.5 Características da população

A população de Monteiro tem aumentado lentamente como mostram os dados


dos censos do IBGE, passando de 25.396 pessoas em 1970 para 30.852 no ano de 2010. A
população rural, o que representa um incremento populacional de 5.456 pessoas em 40

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anos (21% de aumento). A pesar dessa tendem observando-se os quantitativos


populacionais urbanos e rurais verifica-se uma maior dinâmica (Figura 10).

Na zona urbano o crescimento se deu de forma exponencial, passando de 8.678


habitantes em 1970 para 20.261, ou seja, 133% de aumento. Ao contrario da zona
urbana, a rural sofre com êxodo rural, apresentando uma tendência de decréscimo a
partir da década de 1970, passando de 16.718 habitantes em 1970 para 10.591 em 2010
(37% de diminuição).

36.000

30.852
30.000 27.687
26.852 27.052
25.396
24.000
População (habitantes)

20.261
18.000
16.718 14.655 16.684
15.822

12.000 12.397
11.030 11.003 10.591
8.678
6.000

0
1960 1970 1980 1990 2000 2010

Total Urbana Rural

Figura 10. População do município de Monteiro a partir da década de 1970. Fonte: IBGE

1.1.6 Características dos domicílios

Segundo o IBGE (2010) Monteiro possui 9.760 domicílios, destes, 6.529 são urbanos
(66,9%) e 3.231 rurais (33,1%). Dados do SIAB/Ministério da Saúde apontam as
tipologias construtivas destes, sendo possível verificar uma melhoria significativa nas
condições de habitabilidade em Monteiro.

No ano de 1998, mais de 30% dos domicílios não possuíam padrões adequados de
construção, sendo constituídos de taipa não revestida, além de outras formas, como
barro, ou materiais recicláveis. Já no ano de 2014, menos de 2% dos domicílios são
constituídos de materiais fora dos padrões de habitação Figura 11. Ressalta-se ainda, a
instituição do Plano Local de Habitação e Interesse Social – PLHIS no ano de 2007, que
estabelece diretrizes para a diminuição do déficit habitacional em Monteiro.

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2014 9.173 77
2013 9.112 98
2012 17.942 200
2011 8.787 118
2010 8.576 130
2009 8.484 135
2008 8.253 141
2007 8.223 143
2006 7.882 153
2005 7.866 178
2004 7.843 263
2003 6.763 287
2002 12.264 1.049
2001 11.938 1.150
2000 5.089 715
1999 4.040 638
1998 1.357 651

0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100%
Nº de domicílios

Tijolo Taipa revestida Taipa não revestida Outros

Figura 11. Tipologia dos domicílios de Monteiro. Fonte: SIAB, 2013

Ainda, dados do PLHIS apontam a existência de 1.150 domicílios rústicos


(decorrentes de processos construtivos inadequados, mesmo com alvenaria e telha
cerâmica). Nos conjuntos habitacionais, além do desgaste das moradias pelo tempo de
construção, faltam itens de infraestrutura e serviços. No que se refere à coabitação, o
censo 2010, o número de famílias conviventes secundárias e consequentemente a
coabitação familiar totalizam 1.517 pessoas conviventes com parentesco, excetuando-se
filhos e netos e 178 pessoas residentes sem parentesco, num mesmo domicílio. A Tabela
2 compara dados de déficit habitacional segundo o IBGE e a Fundação João Pinheiro.
Tabela 2. Déficit habitacional em Monteiro. Fonte: PMM, 2011

Fundação João Pinheiro


Componentes IBGE, 2010
Demonstrativo
Inadequação Fundiária 101 2.000
Adensamento Excessivo 205 205
Domicílios sem 672 1.197
banheiros
Carência de 3.043 500
Infraestrutura

Ainda, é relatado que o município de Monteiro tem uma demanda demográfica futura
de 1.499 domicílios, acumulada de 2011 até 2023, o que dá uma média anual de 115,3

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novas moradias/ano. Considerando as possibilidades de parceria com o Governo


Estadual e com os programas do Governo Federal, existem perspectivas positivas de
enfrentamento desse déficit antes de concluído esse período (PMM, 2007). Esta
demanda deve levar em conta, a adoção de infraestruturas de saneamento básico, como
dimensionamento de redes de esgoto, abastecimento de água, drenagem e coleta de
resíduos sólidos.

1.1.7 Economia e renda

Segundo dados do DATASUS/MS Monteiro possui uma População Economicamente


Ativa (PEA) com 16 anos ou mais de 61% (13.242 pessoas) e a população desocupada
2,8% (602 pessoas). População Economicamente Ativa (PEA) refere-se ao contingente
de pessoas com 10 ou mais anos de idade que está trabalhando ou procurando trabalho.
Para este indicador, considerou-se apenas a população com 16 anos ou mais. E
população desocupada é a população residente economicamente ativa de 16 anos e mais
que se encontra sem trabalho na semana de referência, em determinado espaço
geográfico, no ano considerado.

A partir destes dois indicadores obtém-se a taxa de desemprego, que no ano de 2010
fornece o total de 4,5% de desemprego, valor abaixo da média estadual de 8,57%, como
mostra o gráfico da Figura 12.

14000 14
13%
12000 13.242 12
PEA e desocupados (pessoas)

Taxa de desemprego (%)


10000 10.998 10

8000 8.959 8

6000 6
4,5%
4000 4
3,4%
2000 2
301 1.432 602
0 0
1991 2000 2010
População desocupada (16 anos ou mais)
População econom ativa (16 anos ou mais)
Taxa de desemprego (16 anos ou mais)

Figura 12. Taxa de desemprego, população economicamente ativa e desocupada. Fonte: Datasus/MS, 2010

O setor de atividade econômica que mais emprega no município de Monteiro é o setor


terciário, que emprega 6.665 pessoas (51% do total) sendo representado pela prestação
de serviço e atividades comerciais ou turísticas. Já o setor primário absorve 38% da mão

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de obra de Monteiro (4.981 empregados) e o setor secundário com 1.388 pessoas (11%
do total) (Figura 13).

4.981
Primário
Secundário
6.665
Terciário

1388

Figura 13. Pessoas com 10 ou mais anos empregadas por setor de atividade econômica de Monteiro. Fonte: IBGE,
2010

Segundo dado do IBGE, em 2012 Monteiro possuía 449 empresas. Estas estão
concentradas, principalmente, no setor terciário, com 409 empresas (91% do total),
seguido do setor secundário com 39 empresas (9%) e primário com uma empresa (<
1%). As classes de empresas são mostradas na Figura 14. Apesar da queda no número
total de empresas no anos a partir de 2010 e 2011, o PIB municipal tende a crescer,
atingindo cerca de R$ 217mi em 2011.

600 R$ 250 Milhões

500
R$ 200

400
Nº empresas

R$ 150
300 596
507 R$ 100
449
200 399
361 332
387 R$ 50
100

0 R$ -
2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012

Nº de empresas PIB (produto Interno Bruto)

Figura 14. Número de empresas no município de Monteiro por tipo de atividade. Fonte: Dados IBGE

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O PIB no município de Monteiro vem aumentando, o que mostra que a economia e


geração de renda estão sendo fomentadas. Outrossim, Monteiro possui um PIB per
capita relativamente elevado, quando comparado com outros municípios da Paraíba,
com R$ 7.002,36 per capita.

Entretanto o PIB per capita deve ser analisado como indicador suplementar já que este
não reflete a desigualdade de renda da população e nem as condições sociais desta.
Quando observado a renda das pessoas com 15 anos ou mais, por exemplo, nota-se que
mais de 80% destas possuem renda menor/igual a 01 salário mínimo mensal, e que
menos de 2% da população ganha mais de 05 salários mínimos por mês (Figura 15).

364
1023
2584
19220

0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100%
Nº pessoas com 15 ou mais anos (%)

até 01 Salário mínimo de 01 a 02 Salários mínimos de 02 a 05 Salários mínimos Mais de 05 Salários mínimos

Figura 15. Renda da população de Monteiro. Fonte: IBGE, 2010

Estes dados mostram uma renda muito baixa dos trabalhadores no município, o que é
ocasionado, também, pelo baixo nível de instrução da população. Sessenta e quatro por
cento das pessoas com 25 anos ou mais não possuem instrução ou apenas o ensino
fundamental incompleto, e ainda, 25% da população municipal não é alfabetizada.

1.1.8 Agricultura e pecuária

No manejo pecuário destaca-se a produção de leite, responsável produção de ovos e


mel de abelha. Apesar de o município possuir um setor rural consolidado, e representar
a fonte de renda para parcela considerável da população, o PIB gerado por esta atividade
corresponde a apenas 10% do total municipal. Entre as atividades agrícolas no
município, destaca-se as atividade de cultivo da tomate, banana e produção de madeira
para lenha e carvão.

1.1.9 Educação

De acordo com INEP (2014) o município de Monteiro conta com 30 estabelecimentos


educacionais em atividade, sendo 26 públicos e 4 privados. Destas, há uma creche que
atua no ensino infantil e 06 que atuam além do ensino infantil, no fundamental e médio.
A Figura 16 mostra imagens da Escola Municipal Tiradentes inaugurada no ano de
2013. Das trinta escola em Monteiro, 14 localizam-se na zona rural.

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Figura 16. Imagem da Escola Municipal de Ensino Fundamental Tiradentes em Monteiro. Fonte:
http://www.paraibamix.com/2013/05/prefeitura-de-monteiro-inaugura-sede.html

No que se refere ao ensino superior, Monteiro possui instaladas, campus do Instituto


Federal da Paraíba que contam com cursos técnicos e superiores, tais como: Construção
de edifícios, desenvolvimento de sistemas e da Universidade Estadual da Paraíba,
presente no município com o Centro de Ciências Humanas e Exatas, cursos de
Matemática, Ciências Contábeis e Letras (Figura 17).

Figura 17. Instituto Federal da Paraíba (IF-PB) e Universidade Estadual da Paraíba (UEPB) campus Monteiro.
Fonte: www.ifpb.edu.br e www.deolhonocariri.com.br

1.1.10 Saúde

O município de Monteiro possui 58 estabelecimentos de saúde cadastrados no


Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (CNES). Estes estão distribuídos entre
unidades particulares (consultórios, clinicas odontológicas, etc.)e públicas (unidades de
saúde, Estratégias de Saúde da Família - ESF, etc.)

Quanto aos profissionais de saúde, Monteiro conta com 114, distribuídos em 10


especialidades tais como mostra a Tabela 3.

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Tabela 3. Profissionais de saúde em Monteiro. Fonte: Datasus/MS, 2014

Quantidad
Ocupações de Nível Superior em 2014
e
Médico Anestesiologista 2
Assistente Social 5
Farmacêutico 3
Médico Cirurgião Geral/Cínico 21
Enfermeiro 37
Enfermeiro da estratégia de saúde da família 6
Fisioterapeuta geral 8
Fonoaudiólogo 1
Médico da estratégia de Saúde da Família 5
Nutricionista 3
Odontólogo 14
Médico em radiologia e diagnóstico por imagem 2
Outras especialidades médicas 5
Bio Médico 1
Terapeuta ocupacional 1

Desnutrição infantil

A desnutrição infantil refere-se ao percentual de nascidos vivos com peso ao nascer


inferior a 2.500 gramas, compreendo a primeira pesagem do recém-nascido. Medindo,
percentualmente, a frequência de nascidos vivos de baixo peso, em relação ao total de
nascidos vivos.

A ocorrência de baixo peso ao nascer expressa retardo do crescimento intrauterino ou


prematuridade e representa importante fator de risco para a morbimortalidade neonatal
e infantil. Sendo ainda, indicador preditor da sobrevivência infantil: quanto menor o
peso ao nascer, maior a probabilidade de morte precoce (IBGE, 2010, b).

Convenções internacionais, ditadas pela ONU, estabelecem que essa proporção não
deve ultrapassar 10%. Proporções elevadas de nascidos vivos de baixo peso estão
associadas, em geral, a baixos níveis de desenvolvimento socioeconômico e de
assistência materno-infantil.

A proporção de nascidos abaixo do peso em Monteiro vem oscilando ao longo dos


últimos anos, sendo os valores máximos de 10,9% e 10,7% dos nascidos vivos em 2010 e
2012 respectivamente. Para os anos mais recentes, 2013 e 2014 observa-se uma redução
nas proporções, para 8,2% e 8,3%, respectivamente (Figura 18).

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Nas pesagens de crianças no primeiro e no segundo ano de vida são observados


valores relativamente baixos, e em ambos os casos verifica-se uma queda tendencial nos
dados. Entre as crianças menores de um ano de vida, em 1998, 1,7% das crianças eram
desnutridas contra 0,2% em 2014. Semelhante a isso foi observado nas crianças entre 12
e 23 meses de vida, passando de 13,8% em 1998 para 0,2% em 2014.

Para crianças entre 1 e 2 anos de vida observa-se um queda similar, passando de 6,1%
das crianças desnutridas em 2005 para 0,3% no ano de 2012.

15%
Crianças desnutridas entre 12 e 23 meses (%)
Crianças desnutridas < 1 ano (%)
Nascidos vivos abaixo do peso (%)
12%
Crianças desnutridas (%)

9%

6%

3%

0%
1998

1999

2000

2001

2002

2003

2004

2005

2006

2007

2008

2009

2010

2011

2012

2013

2014
Figura 18. Desnutrição infantil no município de Monteiro. Fonte: SIAB, 2013

Mortalidade e Internações

Segundo dados do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento a


mortalidade infantil em Monteiro vem decrescendo nos últimos anos passando de 104,6
para 38,4 mortes por 1.000 nascidos vivos em 1991 e 2010, respectivamente para
crianças até 5 anos de idade, e de 80,6 para 35,6 mortes por mil habitantes menores de
um ano (Figura 19).

Estes dados deixam clara a melhoria das condições de saúde no município, como pode
também, ser constatado pela elevação da expectativa de vida ao nascer que sofreu
aumento de 57,3 anos em 1991 para 67,5 anos em 2010.

A esperança de vida ao nascer diz respeito ao número médio de anos que um


indivíduo viverá a partir do nascimento, considerando o nível e estrutura de
mortalidade por idade observada naquela população.

Para o cálculo da esperança de vida ao nascer leva-se em consideração os riscos de


morte na primeira idade (mortalidade infantil), e todo o histórico de mortalidade de

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crianças, adolescentes, jovens, adultos e idosos. Segundo o Programa das Nações Unidas
para o Desenvolvimento (PNUD) o saneamento deficitário de uma cidade piora os
índices de mortalidade infantil.

120 70
Mortalidade (por 1.000 nascidos vivos)

Esperança de vida ai nascer (anos)


100
66

80
62
60

58
40

20 54
1991 2000 2010
Mortalidade até 1 ano de idade (por mil nascidos vivos)

Mortalidade até 5 anos de idade (por mil nascidos vivos)

Esperança de vida ao nascer (em anos)

Figura 19. Número de óbitos de no município de Monteiro. Fonte: Dados PNUD, 2014

1.1.11 Saneamento Básico

O Plano Diretor de Monteiro – Lei Complementar 007/2006 – introduz o conceito de


Saneamento Ambiental Integrado como sendo conjunto de ações que visam manter o
meio ambiente equilibrado, alcançando níveis crescentes de salubridade ambiental e de
qualidade de vida, por meio do abastecimento de água potável, esgotamento e
tratamento sanitário, manejo dos resíduos sólidos, drenagem e reuso de águas pluviais e
controle dos vetores de doenças transmissíveis, promovendo a sustentabilidade
ambiental do uso e da ocupação do solo. Sendo explicitadas no Art. 54 as diretrizes que
nortearão a execução do conceito.

Cabe ressaltar que será priorizada, no que concerne ao controle de ocupação e serviços
de saneamento básico, a área compreendida pela Bacia da Barragem São José e do Açude
do Serrote, na Sede Municipal.

No que se refere à cobertura dos serviços, Monteiro possui distribuição de água da rede,
que acontece com uma cobertura de 62% dos domicílios (5.832 domicílios). Na área
rural a principal forma de abastecimento de água é feita através de poços ou nascentes
que é utilizada por 22% dos domicílios, e também por outras formas como carro pipa ou
cisternas pluviais que correspondem a 15,6% dos domicílios (Figura 20).

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2014 1.456 2.092 5.832


2013 1.437 2.112 5.801
2012 2.924 4.268 11.242
2011 1.500 2.119 5.503
2010 1.446 2.138 5.362
2009 1.447 2.118 5.297
2008 1.435 2.121 5.150
2007 1.448 2.109 5.135
2006 1.369 2.054 4.949 Outros
2005 1.312 2.194 4.968 Poço/nascente
2004 1.377 2.184 4.997
2003 1.311 2.033 4.172 Rede pública
2002 3.543 4.740 6.623
2001 3.464 4.661 6.548
2000 1.793 1.620 3.087
1999 1.244 943 2.793
1998 1.244 553 540

0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100%
Nº de domicílios (%)

Figura 20. Abastecimento de água em Monteiro. Fonte: dados IBGE, 2010

Quanto ao destino do esgoto, dados do SIAB mostram que em 55,4% dos domicílios
(5.194 domicílios) acontece a coleta de esgotos pela rede municipal. Cabe ressaltar que
esse número pode ser menor em vista de ligações feitas na rede pluvial. Da parcela
restante, 22,3% vai para fossas e 22,3% para céu aberto (Figura 21). Ainda, segundo o
IBGE, dos domicílios com fossa, mais de 91% são fossas rudimentares, sem
impermeabilização e técnicas construtivas adequadas, e somadas com a porção
destinada a céu aberto corresponde ao lançamento inadequado de mais de 4.000
residências.

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2014 2.093 2.093 5.194


2013 2.003 2.117 5.230
2012 3.864 4.324 10.246
2011 1.765 2.342 5.015
2010 1.545 2.462 4.939
2009 1.517 2.467 4.878
2008 1.329 2.584 4.793
2007 1.313 2.604 4.775
2006 1.277 2.477 4.618 Fossa
2005 1.151 2.597 4.726 Céu aberto
2004 1.179 2.730 4.649
2003 1.069 2.636 3.811 Rede de esgotos
2002 2.701 7.024 5.181
2001 2.593 6.875 5.205
2000 1.563 3.005 1.932
1999 1.126 1.945 1.909
1998 367 1.633 337

0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100%
Nº de domicílios (%)

Figura 21. Situação do esgotamento sanitário no município de Monteiro. Fonte: SIAB, 2014

No que se refere aos resíduos sólidos, em cerca de 64% dos domicílios acontece a
coleta domicíliar (Figura 22). Esta, entretanto, está restrita a zona urbana. Segundo o
IBGE, na zona rural o predominío de destinação é a queima de resíduos feito em 85%
dos domicílios rurais, seguido do lançamento a céu aberto.
2014 1.373 1.961 6.046
2013 1.401 1.918 6.031
2012 2.876 3.822 11.736
2011 1.559 1.811 5.752
2010 1.604 1.702 5.640
2009 1.621 1.661 5.580
2008 1.674 1.567 5.465
2007 1.693 1.537 5.462
2006 1.624 1.425 5.323 Céu aberto
2005 1.716 1.393 5.365 Queimado/enterrado
2004 1.786 1.369 5.403
Coletado
2003 1.608 1.345 4.563
2002 4.510 2.966 7.430
2001 4.460 2.817 7.396
2000 2.138 945 3.417
1999 1.331 551 3.098
1998 1.188 544 605

0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100%
Nº de domicílios (%)

Figura 22. Destinação dos resíduos sólidos de Monteiro. Fonte: dados IBGE, 2010

Segundo o PLHIS de Monteiro, a carência de infraestrutura é um problema


identificado em muitos assentamentos de Monteiro, incluindo algumas comunidades

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rurais que têm sistemas de abastecimento de água deficientes e precariedade do


esgotamento, inclusive inexistência de unidades sanitárias.

Na periferia, onde estão às áreas de assentamentos precários há uma grande carência


de infraestrutura, esgotos correm a céu aberto, não existe pavimentação e o padrão
habitacional revela situações de extrema pobreza.

As condições do saneamento básico estão diretamente relacionadas com as condições


de econômicas da população. Em Monteiro, 82% da população com 15 anos ou mais
recebem menos que 01 salário mínimo mensal e mais de 59% da população vivem
abaixo da linha da pobreza. Isso também é reflexo de uma educação defasada no
município, onde 64% das pessoas com 25 anos ou mais não possuem instrução ou
apenas ensino fundamental incompleto e 25% não são alfabetizadas.

Essas informações tornam-se importantes para entender a realidade local, uma vez
que a incidência de problemas de saúde pública relacionados à falta de saneamento é
mais recorrente em famílias com menor poder aquisitivo e nível de instrução. Isso por
sua vez remete para uma menor condição de investimento na infraestrutura de seus
domicílios, e dependem de subsídio do governo para a melhoria das condições.

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2 MARCO REGULATÓRIO NORMATIVO


A seguir são apresentados os principais marcos regulatórios concernentes à política e
gestão dos resíduos sólidos do município de Monteiro. Tais políticas públicas são
tutoras das diretrizes e objetivas do Saneamento Básico incidentes no município.

2.1 Legislação Federal


A Constituição Federal define: (i) é competência exclusiva da União a definição das
diretrizes gerais para a prestação e regulação dos serviços de saneamento; e (ii) a União,
os estados, o Distrito Federal e os municípios devem implementar programas para a
melhoria das condições habitacionais.

A titularidade dos serviços de interesse local está claramente expressa na Constituição,


sendo uma atribuição dos municípios, de acordo com o inciso V do artigo 30. Nesse
caso se enquadram a grande maioria dos municípios brasileiros. Entretanto, onde
predomina o interesse comum na prestação dos serviços, como nas regiões
metropolitanas, nas quais os sistemas são total ou parcialmente integrados, não há clara
definição constitucional.

Essa situação tem gerado intenso debate no país e criado dificuldades para reformas na
prestação e regulação dos serviços. O governo federal, com base no disposto no §1º e no
§3º do artigo 25 da Constituição Federal, tenta clarear essa definição por intermédio do
Projeto de Lei do Senado no 266/96, que define as diretrizes gerais para a prestação, a
regulação e o exercício do poder concedente dos serviços de saneamento.

2.1.1 Lei 6.938/1988 – Política Nacional do Meio Ambiente - PNMA

A politica do Meio Ambiente, em seu Art. 2º estabelece o objetivo a preservação,


melhoria e recuperação da qualidade ambiental propícia à vida, visando assegurar, no
País, condições ao desenvolvimento socioeconômico, aos interesses da segurança
nacional e à proteção da dignidade da vida humana.

Esta inclui ainda, como atividades potencialmente poluidoras e utilizadoras de


recursos ambientais o tratamento e destinação de resíduos industriais líquidos e sólidos
assim como a destinação de resíduos de esgotos sanitários e de resíduos sólidos urbanos,
inclusive aqueles provenientes de fossas; dragagem e derrocamentos em corpos d’água;
recuperação de áreas contaminadas ou degradadas.

2.1.2 Lei no 10.257/2001 – Estatuto da Cidade

A lei do Estatuto das cidades foi criada com o objetivo ordenar o pleno
desenvolvimento das funções sociais da cidade e da propriedade urbana, mediante as
seguintes diretrizes gerais, conforme seu Art. 2:

I. Garantia do direito a cidades sustentáveis, entendido como o direito à terra


urbana, à moradia, ao saneamento ambiental, à infraestrutura urbana, ao

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transporte e aos serviços públicos, ao trabalho e ao lazer, para as presentes e


futuras gerações;
II. Gestão democrática por meio da participação da população e de associações
representativas dos vários segmentos da comunidade na formulação, execução e
acompanhamento de planos, programas e projetos de desenvolvimento urbano;
III. Cooperação entre os governos, a iniciativa privada e os demais setores da
sociedade no processo de urbanização, em atendimento ao interesse social;
IV. Planejamento do desenvolvimento das cidades, da distribuição espacial da
população e das atividades econômicas do Município e do território sob sua área
de influência, de modo a evitar e corrigir as distorções do crescimento urbano e
seus efeitos negativos sobre o meio ambiente;
V. Oferta de equipamentos urbanos e comunitários, transporte e serviços públicos
adequados aos interesses e necessidades da população e às características locais.

A partir destas diretrizes, a lei deixa explícita a questão à preponderância do


saneamento básico para o pleno desenvolvimento da cidade.

2.1.3 Lei 8.080/1990 – Lei Orgânica da Saúde

Segundo a Fundação Nacional da Saúde (FUNASA), as atribuições do setor saúde em


saneamento estão fundamentadas na Constituição Federal de 1988 e na Lei Orgânica da
Saúde (Lei nº 8.080/90), que dispõe sobre as condições para a promoção, a proteção e a
recuperação da saúde, a organização e o funcionamento dos serviços correspondentes, e
na Lei 11.445/2007 que estabelece as Diretrizes Nacionais para o Saneamento Básico
com seu respectivo Decreto regulamentador (Decreto nº 7217/2010).

Estando descrito na Constituição Federal a competência da União de instituir


diretrizes para o desenvolvimento urbano, inclusive habitação, saneamento básico e
transportes urbanos (Art. 21, inciso XX). No Art. 200, regulamentado pela Lei 8080/90,
foi garantida, de forma clara, a participação do Sistema Único de Saúde na formulação
da política e da execução das ações de saneamento básico. (FUNASA, 2012)

A lei orgânica da saúde (Lei 8080/90) dispõe sobre as condições para a promoção,
proteção e recuperação da saúde, a organização e o funcionamento dos serviços
correspondentes. Em seu Art. 3º estabelece os fatores determinantes e condicionantes
para a saúde, a saber: a alimentação, a moradia, o saneamento básico, o meio ambiente,
o trabalho, a renda, a educação, o transporte, o lazer e o acesso aos bens e serviços
essenciais; os níveis de saúde da população expressam a organização social e econômica
do País.
Foi estabelecido ainda o Sistema Único de Saúde como o conjunto das ações e serviços
da saúde, e tem como objetivos a participação na formulação da política e na execução
de ações de saneamento básico. Sendo que a articulação das políticas e programas, a
cargo das comissões inter-setoriais, abrangerá, em especial, as atividades de:

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I - alimentação e nutrição;

II - saneamento e meio ambiente;

III - Vigilância Sanitária e fármaco epidemiologia;

IV - recursos humanos;

V - ciência e tecnologia; e

VI - saúde do trabalhador.

A Lei deixa claro a atribuição da União, Estados, Distrito Federal e os municípios na


participação de formulação da política e da execução das ações de saneamento básico e
colaboração na proteção e recuperação do meio ambiente;

2.1.4 Lei nº 9.433/1997 - Política Nacional de Recursos Hídricos - PNRH

Estabelece a água como um bem de domínio público, um recurso natural limitado,


dotado de valor econômico. Sendo objetivo da política, assegurar à atual e às futuras
gerações a necessária disponibilidade de água, em padrões de qualidade adequados aos
respectivos usos.

Entre as diretrizes da PNRH, citadas em seu Art. 3º, estão:

I. a gestão sistemática dos recursos hídricos, sem dissociação dos aspectos de


quantidade e qualidade;
II. a adequação da gestão de recursos hídricos às diversidades físicas, bióticas,
demográficas, econômicas, sociais e culturais das diversas regiões do País;

IV. a articulação do planejamento de recursos hídricos com o dos setores usuários e


com os planejamentos regional, estadual e nacional;
Ainda, o Art. 31º dita que na implementação da Política Nacional de Recursos
Hídricos, os Poderes Executivos do Distrito Federal e dos municípios promoverão a
integração das políticas locais de saneamento básico, de uso, ocupação e conservação do
solo e de meio ambiente com as políticas federal e estaduais de recursos hídricos.

O que remete a relação entre a PNRH e a PNSB, uma vez que a água é o principal
compartimento afetado com ineficácia do sistema de saneamento básico.

2.1.5 Lei nº 11.445/2007 – Política Nacional do Saneamento Básico - PNSB

Esta Lei implementa a Política Nacional do Saneamento Básico estabelece diretrizes


nacionais para o saneamento básico. A Lei altera as Leis nº 6.766/1979, 8.036/1990,
8.666/1993, 8.987/1995; revoga a Lei nº 6.528/1978; e dá outras providências.

Em seu Art. 3º define Saneamento Básico como o conjunto de serviços, infraestruturas


e instalações operacionais de:

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a) abastecimento de água potável: constituído pelas atividades, infraestruturas e


instalações necessárias ao abastecimento público de água potável, desde a
captação até as ligações prediais e respectivos instrumentos de medição;
b) esgotamento sanitário: constituído pelas atividades, infraestruturas e
instalações operacionais de coleta, transporte, tratamento e disposição final
adequados dos esgotos sanitários, desde as ligações prediais até o seu
lançamento final no meio ambiente;
c) limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos: conjunto de atividades,
infraestruturas e instalações operacionais de coleta, transporte, transbordo,
tratamento e destino final do lixo doméstico e do lixo originário da varrição
e limpeza de logradouros e vias públicas;
d) drenagem e manejo das águas pluviais urbanas: conjunto de atividades,
infraestruturas e instalações operacionais de drenagem urbana de águas
pluviais, de transporte, detenção ou retenção para o amortecimento de
vazões de cheias, tratamento e disposição final das águas pluviais drenadas
nas áreas urbanas;

Conforme Cunto; Arruda (2007), a Lei não aborda diretamente a questão da


titularidade dos serviços de saneamento básico, determinando apenas que o titular deve
prestar os serviços diretamente ou delegar a outros entes da federação através de
consórcios públicos e convênios de cooperação entre os entes federados. Ou ainda,
delegar essas funções a entes que não integrem a administração do titular por meio de
contrato, sendo vedados convênios, termos de parcerias e outros instrumentos de
parcerias precárias.

A lei estabelece ainda, em ser Art. 12º, a criação de uma entidade reguladora, no caso
de mais de um prestador execute atividade interdependente com outra, nos serviços
públicos de saneamento básico. Essa entidade será responsável pela composição de
normas técnicas, econômicas e sociais de prestação de serviços.

Em seu Art. 19º condiciona a prestação de serviços a um plano, o qual poderá ser
elaborado para cada serviço de forma distinta. São apresentados ainda os conteúdos
mínimos de um plano de Saneamento.

De acordo com a Lei, o Plano de Saneamento deverá ser revisado em no máximo a


cada 4 anos, além da necessidade de dar total publicidade do plano sendo prevista
inclusive audiências ou consultas públicas.

A Lei determina ainda a garantia de sustentabilidade econômico-financeira


assegurada, mediante remuneração pela cobrança dos serviços de:
• Limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos urbanos (na forma de tarifas e
outros preços públicos);
• Abastecimento de água e esgotamento sanitários (tarifas e outros preços
públicos)

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• Manejo de águas pluviais (Tributos e taxas)

A instituição destas tarifas tem por diretrizes priorizar o atendimento das


funções essenciais a saúde pública, aplicação dos serviços as comunidades baixa renda,
recursos para investimentos, inibição de desperdícios de recursos naturais, recuperação
dos custos investidos e de manutenção além do estimulo a eficiência e uso de novas
tecnologias no sistema de saneamento.

No Art. 43º é tratado sobre a necessidade dos serviços prestados atenderem a


requisitos mínimos de qualidade, incluindo a regularidade, a continuidade e aqueles
relativos aos produtos oferecidos, ao atendimento dos usuários e às condições
operacionais e de manutenção dos sistemas, de acordo com as normas regulamentares e
contratuais.

É assegurado o controle social dos serviços de saneamento por meio da participação


de órgãos colegiados de caráter consultivo, estaduais, federais, e municipais, a saber:
a) Dos titulares de serviços;
b) De órgãos governamentais relacionados ao saneamento;
c) Prestadores de serviços públicos de saneamento;
d) Dos usuários de serviços de saneamento;
e) Das entidades técnicas, organizações da sociedade civil, e defesa do consumidor.

Define ainda critérios de infraestrutura básica para parcelamentos de solo(Art. 55º,


paragrafo 5º.:

A infraestrutura básica dos parcelamentos é constituída pelos


equipamentos urbanos de escoamento das águas pluviais,
iluminação pública, esgotamento sanitário, abastecimento de
água potável, energia elétrica pública e domiciliar e vias de
circulação.

Assim, conforme a FUNASA (2011) a lei 11.445/2007 configura-se numa


proposta de reversão histórica dos baixos níveis de institucionalização e baixa
efetividade, pois se vislumbra possibilidades concretas de melhor impactar o cenário
social e sanitário e epidemiológico do país.

2.1.6 Lei 12.862 de 17 de setembro de 2013

Esta altera a Lei no 11.445, de 5 de janeiro de 2007, que estabelece diretrizes nacionais
para o saneamento básico, com o objetivo de incentivar a economia no consumo de
água.

2.1.7 Decreto nº 7.217, de 21 de junho de 2010.

Regulamenta a Lei no 11.445/2007, que estabelece diretrizes nacionais para o


saneamento básico, e dá outras providências, estabelecendo as componentes dos:

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• Serviços Públicos de Abastecimento de Água


I - reservação de água bruta;
II - captação;
III - adução de água bruta;
IV - tratamento de água;
V - adução de água tratada; e
VI - reservação de água tratada.
• Serviços Públicos de Esgotamento Sanitário,
I - coleta, inclusive ligação predial, dos esgotos sanitários;
II - transporte dos esgotos sanitários;
III - tratamento dos esgotos sanitários; e
IV - disposição final dos esgotos sanitários e dos lodos de estações
de tratamento
• Serviços Públicos de Manejo de Resíduos Sólidos Urbanos,
• Consideram-se serviços públicos de manejo de resíduos sólidos as
atividades de coleta e transbordo, transporte, triagem para fins de
reutilização ou reciclagem, tratamento, inclusive por compostagem, e
disposição final dos:
resíduos domésticos;
resíduos domésticos;
resíduos originários de atividades comerciais, industriais
resíduos originários dos serviços públicos de limpeza pública
urbana
• Serviços Públicos de Manejo de Águas Pluviais Urbanas
• I - drenagem urbana;
• II - transporte de águas pluviais urbanas;
• III - detenção ou retenção de águas pluviais urbanas para
amortecimento de vazões de cheias, e
• IV - tratamento e disposição final de águas pluviais urbanas.

A Lei estabelece uma relação entre a os serviços de saneamento básico com os recursos
hídricos. Em seu Art. 18º é disposto que a prestação de serviços públicos de saneamento
básico deverá ser realizada com base no uso sustentável dos recursos hídricos.

Ainda, o plano de saneamento básico deverá ser compatível com os planos de recursos
hídricos das bacias hidrográficas em que os Municípios estiverem inseridos. Apesar de
explicitar que os recursos hídricos não integram os serviços públicos de saneamento
básico. Deve atentar-se que:

Art. 20. A utilização de recursos hídricos na prestação de


serviços públicos de saneamento básico, inclusive para disposição
ou diluição de esgotos e outros resíduos líquidos, é sujeita a
outorga de direito de uso.

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2.1.8 Lei 12.305/2010 – Política Nacional dos Resíduos Sólidos - PNRS

A Lei no 12.305 estabelece a Política Nacional de Resíduos Sólidos dispondo sobre seus
princípios, objetivos e instrumentos, bem como sobre as diretrizes relativas à gestão
integrada e ao gerenciamento de resíduos sólidos, incluídos os perigosos, às
responsabilidades dos geradores e do poder público e aos instrumentos econômicos
aplicáveis.

Conforme Nascimento Neto; Moreira (2010) anteriormente à aprovação da Política


Nacional de Resíduos Sólidos, a normatização sobre os resíduos sólidos urbanos (RSU)
se encontrava excessivamente pulverizada em diversas leis, decretos, portarias e
resoluções, sobretudo do CONAMA e ANVISA.

O Art. 7º apresenta os objetivos da Política Nacional de Resíduos Sólidos:

I. proteção da saúde pública e da qualidade ambiental;


II. não geração, redução, reutilização, reciclagem e tratamento dos resíduos sólidos,
bem como disposição final ambientalmente adequada dos rejeitos;
III. estímulo à adoção de padrões sustentáveis de produção e consumo de bens e
serviços;
IV. adoção, desenvolvimento e aprimoramento de tecnologias limpas como forma
de minimizar impactos ambientais;
V. redução do volume e da periculosidade dos resíduos perigosos;
VI. incentivo à indústria da reciclagem, tendo em vista fomentar o uso de matérias-
primas e insumos derivados de materiais recicláveis e reciclados;
VII. gestão integrada de resíduos sólidos;
VIII. articulação entre as diferentes esferas do poder público, e destas com o setor
empresarial, com vistas à cooperação técnica e financeira para a gestão integrada
de resíduos sólidos;
IX. capacitação técnica continuada na área de resíduos sólidos;
X. regularidade, continuidade, funcionalidade e universalização da prestação dos
serviços públicos de limpeza urbana e de manejo de resíduos sólidos, com
adoção de mecanismos gerenciais e econômicos que assegurem a recuperação
dos custos dos serviços prestados, como forma de garantir sua sustentabilidade
operacional e financeira, observada a Lei nº 11.445, de 2007;
XI. prioridade, nas aquisições e contratações governamentais, para:
a) produtos reciclados e recicláveis;
b) bens, serviços e obras que considerem critérios compatíveis com padrões
de consumo social e ambientalmente sustentáveis;
XII. integração dos catadores de materiais reutilizáveis e recicláveis nas ações que
envolvam a responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida dos produtos;
XIII. estímulo à implementação da avaliação do ciclo de vida do produto;

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XIV. incentivo ao desenvolvimento de sistemas de gestão ambiental e empresarial


voltados para a melhoria dos processos produtivos e ao reaproveitamento dos
resíduos sólidos, incluídos a recuperação e o aproveitamento energético;
XV. estímulo à rotulagem ambiental e ao consumo sustentável.

Uma das ferramentas citadas no Plano é a responsabilidade compartilhada entre


governo, empresas e população, a nova legislação impulsiona o retorno dos produtos às
indústrias após o consumo e obriga o poder público a realizar planos para o
gerenciamento dos resíduos sólidos. Entre as novidades, a lei aborda o viés social da
reciclagem, com participação formal dos catadores organizados em cooperativas.

Em seu Art. 33º a lei obriga ainda, a realização da logística reversa mediante retorno
dos produtos após o uso pelo consumidor, de forma independente do serviço público de
limpeza urbana e de manejo dos resíduos sólidos aos fabricantes, importadores,
distribuidores e comerciantes de:

a) agrotóxicos, seus resíduos e embalagens;

b) pilhas e baterias;

c) pneus;

d) óleos lubrificantes, seus resíduos e embalagens;

e) lâmpadas fluorescentes, de vapor de sódio e mercúrio e de luz mista; e

f) produtos eletroeletrônicos e seus componentes.

No Art. 35º é tratado que sempre que estabelecido sistema de coleta seletiva pelo plano
municipal de gestão integrada de resíduos sólidos e na aplicação do art. 33, os
consumidores são obrigados a:

I. Acondicionar adequadamente e de forma diferenciada os resíduos sólidos


gerados;
II. Disponibilizar adequadamente os resíduos sólidos reutilizáveis e recicláveis para
coleta ou devolução.

2.2 Legislação Estadual – Estado da Paraíba

2.2.1 Lei 9.260 de 25 de Novembro de 2010 – Política Estadual de saneamento


Básico

Esta Lei Institui e estabelece os princípios e diretrizes do saneamento básico no estado


da Paraíba. Sendo orientada principalmente pelas leis federais 11.445/2007 (PNSB). Os
princípios desta são:
I. Universalização do acesso aos serviços públicos de saneamento;

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II. Integralidade das atividades e componentes de cada um dos serviços de


saneamento, propiciando a população o acesso a conformidade de suas
necessidades e maximizando a eficácia das ações e resultados;
III. Controle social;
IV. Regionalização, consistente no planejamento, regulação, e fiscalização e
prestação de serviços de saneamento em economia de escala;
V. Fortalecimento dos órgãos estaduais criados para a gestão, execução, regulação e
fiscalização de serviços de saneamento básico;
VI. Outros serviços decorrentes das diretrizes nacionais estabelecidas para o
saneamento básico, priorizando o cumprimento de metas da universalização,
pela maior eficiência e resolutividade.

Em seu Art. 10º estabelece a Companhia de Água e esgotos da Paraíba – CAGEPA


como titular, designada pelo Estado da Paraíba para prestar os serviços públicos de
abastecimento de água e esgotamento sanitário.
Estabelece que o Estado deve cooperar com os municípios com o apoio ao
planejamento da universalização dos serviços, na prestação de serviços, por meio da
CAGEPA, na execução de obras e ações que viabilizem o acesso a agua potável e a
outros serviços de saneamento básico, além de um Sistema Estadual de Informações em
Saneamento Básico.

Estabelece o conteúdo de abrangência do Plano Estadual, Regionais e Municipais


de Saneamento Básico. São Estes: Diagnóstico da situação do saneamento e seus
impactos; Objetivos e metas a curto, médio e longo prazo; Programas, projetos e ações
necessárias para atingir objetivos e metas; Ações de emergência e contingência e;
Mecanismos de avaliação sistêmica da eficiência das ações programadas.
A lei garante ainda, em seu Art. 17º, inciso I, o apoio técnico a elaboração dos
Planos Municipais de Saneamento Básico além da prestação de conta e acesso a
informação dos prestadores do serviço público de saneamento para com a comunidade.

2.2.2 Lei n° 6.308, de 02 de julho de 1996 – Política Estadual dos Recursos Hídricos
- PERH

Esta Lei institui a Política Estadual de Recursos Hídricos, suas diretrizes e dá


outras providências. Esta visa assegurar o uso integrado e racional destes recursos, para
a promoção do desenvolvimento e do bem estar da população do Estado da Paraíba,
baseada nos seguintes princípios:

I. O acesso aos Recursos Hídricos é direito de todos e objetiva atender às


necessidades essenciais da sobrevivência humana.
II. Os Recursos Hídricos são um bem público, de valor econômico, cuja
utilização deve ser tarifada.

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III. A bacia hidrográfica é uma unidade básica físico-territorial de


planejamento e gerenciamento dos Recursos Hídricos.
IV. O gerenciamento dos Recursos Hídricos far-se-á de forma participativa e
integrada, considerando os aspectos quantitativos e qualitativos desses
Recursos e as diferentes fases do ciclo hidrológico.
V. O aproveitamento dos Recursos Hídricos deverá ser feito racionalmente
de forma a garantir o desenvolvimento e a preservação do meio -
ambiente.
VI. O aproveitamento e o gerenciamento dos Recursos Hídricos serão
utilizados como instrumento de combate aos efeitos adversos da
poluição, da seca, de inundações, do desmatamento indiscriminado, de
queimadas, da erosão e do assoreamento.

De acordo com a Lei, os Planos das Bacias Hidrográficas, serão elaborados


através do Sistema Integrado de Planejamento e Gerenciamento de Recursos Hídricos
considerando as diretrizes gerais a nível regional capazes de orientar Planos Diretores
Municipais, notadamente nos setores de crescimento urbano, localização industrial,
proteção dos mananciais, exploração mineral, irrigação, saneamento, pesca e
piscicultura, segundo as necessidades de recuperação, proteção e conservação dos
Recursos Hídricos das bacias ou regiões, bem como do Meio Ambiente.

No Art. 14º é disposto que o Estado promoverá programas conjuntos com outros
níveis de Governo, federal, estadual e municipal a fim de estabelecer convênios, entre os
quais, contemplem o tratamento de águas residuárias, efluentes e esgotos urbanos,
industriais e outros, antes do lançamento nos corpos de água.

2.3 Legislação Municipal


O Plano Diretor de Monteiro entrou em vigor no ano de 2006, instituído pela Lei
complementar nº 01/2006. Em seu Art. 8º esta cita as funções sociais da cidade, as quais
correspondem ao direito à cidade para todos os habitantes, o que compreende os
direitos à terra urbanizada, à moradia, ao saneamento ambiental, à infraestrutura e
serviços públicos, ao transporte coletivo, à mobilidade urbana e acessibilidade, ao
trabalho, à cultura e ao lazer.

O plano introduz também, o conceito de Saneamento Ambiental Integrado. Este é


descrito como sendo o conjunto de ações que visam manter o meio ambiente
equilibrado, alcançando níveis crescentes de salubridade ambiental e de qualidade de
vida, por meio do abastecimento de água potável, esgotamento e tratamento sanitário,
manejo dos resíduos sólidos, drenagem e reuso de águas pluviais e controle dos vetores
de doenças transmissíveis, promovendo a sustentabilidade ambiental do uso e da
ocupação do solo.
No Art. 54 são descritas as diretrizes para a execução da Política de Saneamento
Ambiental Integrado, sendo estas:

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I – promover:

a) a educação ambiental como instrumento para sustentação das políticas públicas


ambientais, buscando a articulação com as demais políticas setoriais;

b) a qualidade ambiental e o uso sustentável dos recursos naturais, por meio do


planejamento e do controle ambiental;

II - incorporar às políticas setoriais o conceito da sustentabilidade e as abordagens


ambientais;

III - criar mecanismos de informação à população sobre os resultados dos serviços de


saneamento oferecidos, sejam os resultados satisfatórios ou não;

IV – garantir:

a) a proteção da cobertura vegetal existente no Município;

b) a proteção das áreas de interesse ambiental e a diversidade biológica natural;

c) a permeabilidade do solo urbano e rural;

d) a conservação dos solos como forma de proteção dos lençóis subterrâneos;

e) a participação efetiva da comunidade visando o combate e erradicação dos despejos


indevidos e acumulados de resíduos em terrenos baldios, logradouros públicos, pontos
turísticos, rios, canais, valas e outros locais;

V - entender a paisagem urbana e os elementos naturais como referências para a


estruturação do território;

VI - assegurar à população do Município oferta domiciliar de água para consumo


residencial e outros usos, em quantidade suficiente para atender as necessidades básicas
e qualidade compatível com os padrões de potabilidade;

VII - fomentar estudos hidrogeológicos no Município;


VIII - controlar a ocupação do solo nas áreas próximas aos poços de captação de água
subterrânea;

IX - conscientizar a população quanto à correta utilização da água;

X - proteger os cursos e corpos d’água do Município, suas nascentes e matas ciliares;


XI - desassorear e manter limpos os cursos d’água, os canais e galerias do sistema de
drenagem;

XII - complementar o sistema de coleta de águas pluviais nas áreas urbanizadas;

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XIII - elaborar e implementar sistema eficiente de gestão de resíduos sólidos,


garantindo a ampliação da coleta seletiva de lixo e da reciclagem, bem como a redução
da geração de resíduos sólidos;

XIV - modernizar e ampliar o sistema de coleta de lixo, com reorganização especial


das bases do serviço e racionalização dos roteiros de coleta;

XV - melhorar as atividades desenvolvidas na usina de reciclagem de resíduos;

XVI - aprimorar as técnicas utilizadas em todo processo de coleta e disposição final de


resíduos sólidos urbanos;

XVII - eliminar os efeitos negativos provenientes da inadequação dos sistemas de


coleta e disposição final dos resíduos coletados.

§ 2° Na Sede Municipal, a área compreendida pela Bacia da Barragem São José e do


Açude do Serrote será priorizada no que concerne ao controle de ocupação e serviços de
saneamento básico.

§ 2° A educação ambiental será objeto de parcerias entre a Administração Municipal,


os governos federal e estadual, entidades privadas e a sociedade civil organizada.

2.4 Normas auxiliares ou instrutivas: Resoluções e Portarias


Tipos de Resíduos Regulamentação Relação com Resíduos Sólidos

Decreto nº 7.405 de 23 de
Institui o Programa Pró-Catador.
dezembro de 2010.
Institui a separação dos resíduos recicláveis descartados pelos órgãos e
Decreto nº 5.940 de 25 de
entidades da administração pública federal direta e indireta, na fonte
outubro de 2006.
geradora, e a sua destinação às cooperativas.
Dispõe sobre critérios e valores orientadores de qualidade do solo quanto à
Resolução CONAMA nº 420 presença de substâncias químicas e estabelece diretrizes para o
de 28 de dezembro de 2009. gerenciamento ambiental de áreas contaminadas por essas substâncias em
Resíduos Sólidos
decorrência de atividades antrópicas.
Domiciliares RSD
(secos, úmidos, Resolução CONAMA nº 404 Estabelece critérios e diretrizes para o licenciamento ambiental de aterro
indifernciados) de 11 de novembro de 2008. sanitário de pequeno porte de resíduos sólidos urbanos.
Resolução CONAMA nº 386 Altera o art. 18 da Resolução CONAMA nº 316, de 29 de outubro de 2002
de 27 de dezembro de 2006 que versa sobre tratamento térmico de resíduos.
Dispõe sobre procedimentos e critérios para o funcionamento de sistemas
Resolução CONAMA nº 316
de tratamento térmico de resíduos. Alterada pela Resolução nº 386 de 27 de
de 29 de outubro de 2002
dezembro de 2006.
Resolução CONAMA nº 275 Estabelece código de cores para diferentes tipos de resíduos na coleta
de 25 de abril de 2001 seletiva.
Resolução CONAMA nº 431 Altera o art. 3º da Resolução nº 307, de 05 de julho de 2002, do CONAMA,
de 24 de maio de 2011. estabelecendo nova classificação para o gesso.

Construção e Resolução CONAMA nº 348 Altera a Resolução CONAMA nº 307, de 05 de julho de 2002, incluindo o
demolição - RCC de 16 de agosto de 2004 amianto na classe de resíduos perigosos.
Estabelece diretrizes, critérios e procedimentos para a gestão dos resíduos
Resolução CONAMA nº 307
da construção civil. Alterada pelas Resoluções 348, de 16 de agosto de 2004,
de 05 de julho de 2002
e nº 431, de 24 de maio de 2011.
Resolução CONAMA nº 358 Dispõe sobre o tratamento e a disposição final dos resíduos dos serviços de
Serviços de Saúde
de 29 de abril de 2005 saúde e dá outras providências.

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Tipos de Resíduos Regulamentação Relação com Resíduos Sólidos

Institui a Câmara Técnica de Saúde, Saneamento Ambiental e Gestão de


Resolução CONAMA nº 330
Resíduos. Alterada pelas Resoluções nº 360, de 17 de maio 2005 e nº 376, de
de 25 de abril de 2003
24 de outubro de 2006.
Dispõe sobre procedimentos e critérios para o funcionamento de sistemas
Resolução CONAMA nº 316
de tratamento térmico de resíduos. Alterada pela Resolução nº 386, de 27
de 29 de outubro de 2002.
de dezembro de 2006.
Resolução CONAMA nº 006 Dispõe sobre a incineração de resíduos sólidos provenientes de
de 19 de setembro de 1991 estabelecimentos de saúde, portos e aeroportos.
Resolução ANVISA nº 306 de Dispõe sobre o Regulamento Técnico para o gerenciamento de resíduos de
07 de dezembro de 2004. serviços de saúde.
Dispõe sobre critérios e valores orientadores de qualidade do solo quanto à
Resolução CONAMA nº 420 presença de substâncias químicas e estabelece diretrizes para o
de 28 de dezembro de 2009 gerenciamento ambiental de áreas contaminadas por essas substâncias em
decorrência de atividades antrópicas.
Estabelece os limites máximos de chumbo, cádmio e mercúrio para pilhas e
Resolução CONAMA nº 401 baterias comercializadas no território nacional e os critérios e padrões para
Equipamentos
de 04 de novembro de 2008 o seu gerenciamento ambientalmente adequado, e dá outras providências.
eletroeletrônicos
Alterada pela Resolução nº 424, de 22 de abril de 2010.
Regulamenta a importação e uso de resíduos perigosos. Alterada pelas
Resolução CONAMA nº 023
Resoluções nº 235, de 07 de janeiro 1998, e nº 244, de 16 de outubro de
de 12 de dezembro de 1996
1998.
Resolução CONAMA nº 228 Dispõe sobre a importação de desperdícios e resíduos de acumuladores
de 20 de agosto de 1997. elétricos de chumbo.
Dispõe sobre critérios e valores orientadores de qualidade do solo quanto à
Resolução CONAMA nº 420 presença de substâncias químicas e estabelece diretrizes para o
de 28 de dezembro de 2009. gerenciamento ambiental de áreas contaminadas por essas substâncias em
decorrência de atividades antrópicas.
Estabelece os limites máximos de chumbo, cádmio e mercúrio para pilhas e
Resolução CONAMA nº 401 baterias comercializadas no território nacional e os critérios e padrões para
Pilhas e baterias de 04 de novembro de 2008 o seu gerenciamento ambientalmente adequado, e dá outras providências.
Alterada pela Resolução nº 424, de 22 de abril de 2010.
Regulamenta a importação e uso de resíduos perigosos. Alterada pelas
Resolução CONAMA nº 023
Resoluções nº 235, de 07 de janeiro de 1998, e nº 244, de 16 de outubro de
de 12 de dezembro de 1996.
1998.
Resolução CONAMA nº 228 Dispõe sobre a importação de desperdícios e resíduos de acumuladores
de 20 de agosto de 1997 elétricos de chumbo.
Dispõe sobre critérios e valores orientadores de qualidade do solo quanto à
Resolução CONAMA nº 420 presença de substâncias químicas e estabelece diretrizes para o
Lâmpadas
de 28 de dezembro de 2009 gerenciamento ambiental de áreas contaminadas por essas substâncias em
decorrência de atividades antrópicas.
Dispõe sobre critérios e valores orientadores de qualidade do solo quanto à
Resolução CONAMA nº 420 presença de substâncias químicas e estabelece diretrizes para o
de 28 de dezembro de 2009. gerenciamento ambiental de áreas contaminadas por essas substâncias em
decorrência de atividades antrópicas.
Pneus Dispõe sobre a prevenção à degradação ambiental causada por pneus
Resolução CONAMA nº 416
inservíveis e sua destinação ambientalmente adequada, e dá outras
de 30 de setembro de 2009.
providências.
Resolução CONAMA nº 008
Dispõe sobre a entrada no país de materiais residuais.
de 19 de setembro de 1991
Óleos lubrificantes Resolução CONAMA nº 362 Dispõe sobre o recolhimento, coleta e destinação final de óleo lubrificante
e embalagens de 23 de junho de 2005. usado ou contaminado.
Dispõe sobre os procedimentos de licenciamento ambiental de
Resolução CONAMA nº 334
Agrotóxicos estabelecimentos destinados ao recebimento de embalagens vazias de
de 03 de abril de 2003.
agrotóxicos.

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Tipos de Resíduos Regulamentação Relação com Resíduos Sólidos

Altera dispositivos da Resolução nº 335, de 03 de abril de 2003, que dispõe


Resolução CONAMA nº 368
Sólidos cemiteriais sobre o licenciamento ambiental de cemitérios. Alterada pela Resolução nº
de 28 de março de 2006.
402, de 17 de novembro de 2008.
Dispõe sobre condições e padrões de lançamento de efluentes,
Resolução CONAMA nº 430
complementa e altera a Resolução nº 357, de 17 de março de 2005, do
de 13 de maio de 2011.
Conselho Nacional do Meio Ambiente - CONAMA.
Dispõe sobre critérios e valores orientadores de qualidade do solo quanto à
Resolução CONAMA nº 420 presença de substâncias químicas e estabelece diretrizes para o
de 28 de dezembro de 2009. gerenciamento ambiental de áreas contaminadas por essas substâncias em
decorrência de atividades antrópicas.
Dispõe sobre o gerenciamento de resíduos sólidos gerados nos portos,
Resolução CONAMA nº 005
Serviços públicos aeroportos, terminais ferroviários e rodoviários. Alterada pela Resolução nº
de 05 de agosto de 1993
de saneamento 358, de 29 de abril de 2005.
básico Resolução CONAMA nº 005
Dispõe sobre o licenciamento de obras de saneamento básico.
de 15 de junho de 1988
Dispõe sobre critérios e valores orientadores de qualidade do solo quanto à
Resolução CONAMA nº 420 presença de substâncias químicas e estabelece diretrizes para o
de 28 de dezembro de 2009. gerenciamento ambiental de áreas contaminadas por essas substâncias em
decorrência de atividades antrópicas.
Dispõe sobre o gerenciamento de resíduos sólidos gerados nos portos,
Resolução CONAMA nº 005
aeroportos, terminais ferroviários e rodoviários. Alterada pela Resolução nº
de 05 de agosto de 1993.
358, de 29 de abril de 2005.
Resolução CONAMA no 237, Considera atividades sujeitas ao licenciamento ambiental incluindo
Óleos comestíveis
de 19.12.97 indústrias que utilizam gorduras/óleos comestíveis
Dispõe sobre critérios e valores orientadores de qualidade do solo quanto à
Resolução CONAMA nº 420 presença de substâncias químicas e estabelece diretrizes para o
de 28 de dezembro de 2009. gerenciamento ambiental de áreas contaminadas por essas substâncias em
decorrência de atividades antrópicas.
Estabelece os limites máximos de chumbo, cádmio e mercúrio para pilhas e
Resolução CONAMA nº 401 baterias comercializadas no território nacional e os critérios e padrões para
de 04 de novembro de 2008. o seu gerenciamento ambientalmente adequado, e dá outras providências.
Alterada pela Resolução nº 424, de 22 de abril de 2010.
Industriais
Resolução CONAMA nº 362 Dispõe sobre o recolhimento, coleta e destinação final de óleo lubrificante
de 23 de junho de 2005 usado ou contaminado.
Resolução CONAMA nº Dispõe sobre a importação de desperdícios e resíduos de acumuladores
228/1997 elétricos de chumbo.
Regulamenta a importação e uso de resíduos perigosos. Alterada pelas
Resolução CONAMA nº 023
Resoluções nº 235, de 07 de janeiro de 1998, e nº 244, de 16 de outubro de
de 12 de dezembro de 1996
1998.
Dispõe sobre os procedimentos de licenciamento ambiental de
Resolução CONAMA nº 334
Agrosilvopastoris estabelecimentos destinados ao recebimento de embalagens vazias de
de 03 de abril de 2003
agrotóxicos.

2.5 Normas Técnicas

• Resíduos Sólidos

Tipos de Resíduos Norma Técnica Descrição


Aterros sanitários de pequeno porte – Diretrizes para localização,
Resíduos Sólidos ABNT NBR 15849/2010
projeto, implantação, operação e encerramento.
Domiciliares RSD
ABNT NBR 13221/2010 Transporte terrestre de resíduos.
(secos, úmidos,
indifernciados) Contentor metálico de 0,80 m³, 1,2 m³ e 1,6 m³ para coleta de resíduos
ABNT NBR 13334/2007
sólidos por coletores-compactadores de carregamento traseiro –

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Tipos de Resíduos Norma Técnica Descrição


Requisitos.

ABNT NBR 10005/2004 Procedimento para obtenção de extrato lixiviado de resíduos sólido.
ABNT NBR 10006/2004 Procedimento para obtenção de extrato solubilizado de resíduos sólidos.

ABNT NBR 10007/2004 Amostragem de resíduos sólidos.


Papel, cartão, pastas celulósicas e madeira - Determinação do resíduo
ABNT NBR 13999/2003
(cinza) após a incineração a 525°C.
Requisitos de segurança para coletores-compactadores de carregamento
ABNT NBR 14599/2003
traseiro e lateral.
Apresentação de projetos de aterros controlados de resíduos sólidos
ABNT NBR 8849/1985
urbanos – Procedimento.
Resíduos em solos - Determinação da biodegradação pelo método
ABNT NBR 14283/1999
respirométrico.
ABNT NBR 13591/1996 Compostagem – Terminologia.
ABNT NBR 13463/1995 Coleta de resíduos sólidos.
ABNT NBR 13463/1995 Coleta de resíduos sólidos.
Limpeza Pública Coleta, varrição e acondicionamento de resíduos sólidos urbanos –
ABNT NBR 1299/1993
Terminologia.
ABNT NBR 13221/2010 Transporte terrestre de resíduos.
Agregados reciclados de resíduos sólidos da construção civil - Utilização
ABNT NBR 15116/2004 em pavimentação e preparo de concreto sem função estrutural –
Requisitos.
Construção e Resíduos sólidos da construção civil e resíduos inertes - Aterros -
ABNT NBR 15113/2004
demolição - RCC Diretrizes para projeto, implantação e operação
Resíduos sólidos da Construção civil - Áreas de reciclagem - Diretrizes
ABNT NBR 15114/2004
para projeto, implantação e operação.
Agregados reciclados de resíduos sólidos da construção civil - Execução
ABNT NBR 15115/2004
de camadas de pavimentação – Procedimentos.
Resíduos da construção civil e resíduos volumosos - Áreas de transbordo
ABNT NBR 15112/2004
e triagem - Diretrizes para projeto, implantação e operação.
Volumosos ABNT NBR 10004/2004 Resíduos sólidos – Classificação.
Aterros de resíduos não perigosos - Critérios para projeto, implantação e
ABNT NBR 13896/1997
operação.
Papel, cartão, pastas celulósicas e madeira - Determinação do resíduo
Verdes ABNT NBR 13999/2003
(cinza) após a incineração a 525°C.
ABNT NBR 13221/2010 Transporte terrestre de resíduos.
Coletor-transportador rodoviário de resíduos de serviços de saúde -
ABNT NBR 14652/2001
Requisitos de construção e inspeção - Resíduos do grupo A.
Apresentação de projetos de aterros de resíduos industriais perigosos -
ABNT NBR 8418/1984
Procedimento.
Serviços de Saúde
ABNT NBR 12808/1993 Resíduos de serviço de saúde – Classificação.
ABNT NBR 12810/1993 Coleta de resíduos de serviços de saúde – Procedimento.
ABNT NBR 12807/1993 Resíduos de serviços de saúde – Terminologia.
ABNT NBR 15051/2004 Laboratórios clínicos - Gerenciamento de resíduos.
Apresentação de projetos de aterros de resíduos industriais perigosos -
ABNT NBR 8418/1984
Procedimento.
Equipamentos Aterros de resíduos perigosos - Critérios para projeto, construção e
ABNT NBR 10157/1987
eletroeletrônicos operação – Procedimento.
Incineração de resíduos sólidos perigosos - Padrões de desempenho –
ABNT NBR 11175/1990
Procedimento.
Apresentação de projetos de aterros de resíduos industriais perigosos -
Pilhas e baterias ABNT NBR 8418/1984
Procedimento.

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Tipos de Resíduos Norma Técnica Descrição


Aterros de resíduos perigosos - Critérios para projeto, construção e
ABNT NBR 10157/1987
operação – Procedimento.
Incineração de resíduos sólidos perigosos - Padrões de desempenho –
ABNT NBR 11175/1990
Procedimento.
Apresentação de projetos de aterros de resíduos industriais perigosos -
ABNT NBR 8418/1984
Procedimento.
Lâmpadas
Aterros de resíduos perigosos - Critérios para projeto, construção e
ABNT NBR 10157/1987
operação – Procedimento.
Apresentação de projetos de aterros de resíduos industriais perigosos -
ABNT NBR 8418/1984.
Procedimento.
Pneus Aterros de resíduos perigosos - Critérios para projeto, construção e
ABNT NBR 10157/1987.
operação – Procedimento.
ABNT NBR 12235/1992. Armazenamento de resíduos sólidos perigosos – Procedimento.
ABNT NBR 12235/1992. Armazenamento de resíduos sólidos perigosos – Procedimento.
Apresentação de projetos de aterros de resíduos industriais perigosos -
Industriais ABNT NBR 8418/1984
Procedimento.
Incineração de resíduos sólidos perigosos - Padrões de desempenho –
ABNT NBR 11175/1990
Procedimento.

Serviços de transporte ABNT NBR 13221/2010 Transporte terrestre de resíduos.

2.6 Responsabilidades de regulação e Fiscalização


Atualmente, as responsabilidades identificadas na gestão do saneamento básico em
Monteiro são realizadas pela prefeitura (Tabela 4).
Tabela 4. Responsabilidades e Fiscalização dos serviços de Saneamento no município de Monteiro - PB

Situação do
Serviço Responsabilidade Fiscalização
serviço
Resíduos
Em operação Prefeitura Municipal Prefeitura Municipal
Sólidos

A melhoria dos serviços de saneamento deve ser alvo das estratégias de ações, assim
como a definição clara das atribuições, responsabilidades e fiscalização dos serviços de
saneamento no município para que os recursos sejam eficientemente alocados e as
demandas eficazmente sanadas.

2.7 Sistema de informação sobre os serviços


Os bancos de dados disponíveis sobre o saneamento básico do município de Monteiro
são os disponibilizados por instrumentos do governo federal Federais. Estes referem-se à
Pesquisa de Saneamento Básico realizada pelo IBGE, e Informações do Saneamento
disponibilizado pelo Sistema de Informação da Atenção Básica (SIAB) que apresentam
dados periódicos coletados pelos Agentes Comunitários de Saúde (ACS) coordenado
pelo Ministério da Saúde.

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Um dos principais bancos de dados do Saneamento refere-se ao Sistema Nacional de


Informação do Saneamento (SNIS). Sistema nacional que deve ser alimentado pelos
prestadores de serviços e/ou prefeituras municipais de todo o País.

Nome: Sistema de Informação da Atenção Básica


Instituição de domínio: Ministério da Saúde
Desagregação geográfica máxima: Municipal
Dados: Situação do Saneamento básico no município
por família, características dos domicílios
Nome: Sistema Nacional de Informações de
Saneamento
Instituição de domínio: Ministério das Cidades
Desagregação geográfica máxima: Municipal
Dados: Fornece informações estatísticas e indicadores
sobre os eixos do Saneamento básico no município
Nome: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
Instituição de domínio: Ministério do Planejamento,
Orçamento e Gestão
Desagregação geográfica máxima: Setores censitários,
bairros, zona rural e urbana
Dados: Situação do Saneamento básico no município
por família, características dos domicílios e do entorno.

Merece destaque ainda, a não existência de um Sistema de Informações, ou banco de


dados sistematizados sobre Saneamento em Monteiro, devendo ser alvo das estratégias
de ação.
PROGNÓSTICO

3 DIAGNÓSTICO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS E LIMPEZA URBANA


3.1 Conceitos e Definições
Resíduos são os restos gerados das atividades humanas que, segundo seus geradores,
sejam inúteis, indesejáveis ou inservíveis. Geralmente em estado sólidos ou semi-
sólidos, pode ser caracterizado de acordo com sua natureza corporal (molhado ou seco),
natureza química (orgânico ou inorgânico) ou ainda pelos riscos ao meio ambiente
(inerte ou não inerte).

O Manual de Saneamento Básico da Funasa apresenta ainda outra classificação,


conforme for constituído o resíduo sólido: facilmente degradável (restos de comidas,
animais mortos); moderadamente degradável (papel, plástico, papelão); dificilmente
degradável (couro, pano, borracha) e não degradável (cinza, areia, pedras).

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No Brasil, a NBR 10004:2004 classifica os resíduos sólidos conforme o processo ou


atividade que lhe deu origem e de seus constituintes ou características, como matéria
prima, insumos e processos que lhe deram origem. A classificação dos resíduos está
descrita conforme tabela abaixo:
Tabela 1 - Classificação dos resíduos. Fonte: adaptado de NBR 10004/2004

Classificação Definição Exemplos


Aqueles que apresentam periculosidade como
Borra de tinta, lata de
serem inflamáveis, corrosivos, serem reativos,
Classe I – Perigoso tinta, óleos
toxicidade e patogênicos, apresentando riscos à
lubrificantes
saúde pública ou ao meio ambiente.
Resíduos que tenham características de
Classe II A Material orgânico da
biodegradabilidade, combustibilidade ou
Não Inerte indústria alimentícia
solubilidade em água.
Classe II
Qualquer resíduo que em contato com água
Não Perigoso
Classe II B destilada ou deionizada, não tiverem nenhum Entulho, sucata de ferro
Inerte de seus constituintes solubilizados, ou seja, não e aço
sofre alterações com a ação do tempo.

O resíduo sólido pode ainda ser classificado conforme sua origem onde:

• Resíduo domiciliar: é aquele gerado nas residências, provenientes das suas


atividades diárias e pode conter todo tipo de resíduo como o orgânico (restos
de comidas), recicláveis (garrafas PET, vidros e latas), entre outros. É motivo
de grande interesse e preocupação devido a sua variedade de tipos de
resíduos além de sua quantidade gerada diariamente;
• Resíduo comercial: oriundo das atividades do comércio possui elevada
quantidade de papel, papelão e plásticos em geral;
• Resíduo de varrição: oriundo das atividades de limpeza urbana diária,
incluindo restos de feiras, material da poda de árvores e corte de raízes.
Possui elevada quantidade de material orgânico (galhos e folhas) e elevada
quantidade de material inerte (areia da varrição);
• Resíduo de serviços da saúde: oriundo das atividades diárias dos serviços de
saúde como Pronto Atendimentos, Hospitais, Postos de Saúde, Clínicas
Veterinárias, Farmácias, entre outros. Contem resíduos patogênicos, agulhas,
seringas, tecidos removidos, entre outros.
• Resíduo da Construção Civil (entulho): oriundo de demolições e restos de
obras, geralmente composto de material inerte como areia e de materiais
perigosos como restos de tintas e solventes.

3.1.1 Geração de resíduos

Estudos da Associação Brasileira de Empresa de Limpezas Públicas e Resíduos


(ABRELPE) foram geradas em 2011 quase 62 milhões de toneladas de lixo no Brasil,
onde 23 milhões de toneladas (quase 40%) foram encaminhas a lixões ou aterros

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controlados e outras 6,4 milhões de toneladas (10%) sequer foram coletadas. Segundo o
IBGE, no Nordeste do país, onde se localiza a cidade de Monteiro, 89,3% das cidades
fazem uso destes lixões.

A CEMPRE estima que são gerados no mundo entre 2 e 3 bilhões de toneladas de lixo
por ano, onde a composição e a quantidade de lixo urbano gerado depende diretamente
do nível de desenvolvimento daquele país.

O gerenciamento dos resíduos sólidos começa no conhecimento da população


atendida, seus hábitos, renda per capta e tipo de economia local, pois o
dimensionamento da coleta e da limpeza das vias está diretamente ligado a estes fatores.
A massa de resíduo sólido produzido por uma pessoa em um dia dá-se o nome de
geração per capta, que está estimada em Volume (kg/hab./dia).

Estudos indicam que no Brasil a taxa média nacional de geração de resíduos fique em
torno de 0,6kg/hab./dia e mais 0,3kg/hab./dia de resíduos de varrição, limpeza de
logradouros e entulhos (fonte: Gestão Integrada dos Resíduos Sólidos – Manual
Gerenciamento Integrado dos Resíduos Sólidos).

O Manual de Saneamento Básico da Funasa estima que, para cidades com menos de
100 mil habitantes, a geração per capta está na ordem de 0,4kg/hab./dia e a média
nacional dos resíduos da saúde seja de 2,6kg/leito/dia.

Com o crescimento acelerado do processo de urbanização e o crescente consumo de


produtos industrializados, há um sensível aumento na quantificação de resíduos, assim
como na sua diversificação, o que torna a tarefa de gerenciar os resíduos sólidos um
projeto com demandas diferenciadas e articuladas.

3.1.2 Disposição

A maneira como acondicionamos nossos resíduos sólidos pode agravar ou não a


proliferação de animais roedores e organismos patogênicos em nossas casas. Exemplo
disso pode-se citar a disposição de material reciclável de forma inadequada onde,
quando contém restos de matéria orgânica (comidas), este vira fonte de proliferação de
animais, gerando mau cheiro e causando mal-estar com a comunidade vizinha.
O acondicionamento dos resíduos (orgânicos ou recicláveis) deve ser feito em material
próprio como sacos de lixo reforçados, recipientes hermeticamente fechados,
contêineres estacionários ou cestos de coletores em calçadas, com qualidade e
produtividade, além de ser a mínimo custo.

A Figura 23 mostra exemplos de acondicionamento de resíduos no município. Apesar


da existência de alguns contentores públicos ao longo das vias, estão são precários e
insuficientes para o acondicionamento adequado de resíduos.

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Figura 23. Acondicionamento de resíduos em contentores (esquerda) e aleatoriamente nas ruas de Monteiro.

3.1.3 Coleta

O serviço de coleta dos resíduos nos municípios brasileiros costuma ser de forma
unificada quanto à sua origem (doméstica ou comercial) e, nas cidades que possuem
coleta de resíduos recicláveis, essa costuma ser realizada em dias e horários diferentes da
coleta orgânica.

Segundo o Manual do Saneamento Básico da Funasa, a coleta deve garantir os


seguintes requisitos: universalidade do serviço prestado, ou seja, atender a 100% do
município; regularidade na coleta onde a coleta seja feita sempre nos mesmos dias
(periodicidade), com o menor intervalo possível, de preferência todo dia (frequência) e
nos mesmos horários, sempre de dia ou sempre de noite (horário).

Para se fazer a estimativa de quantidade de garis, caminhões necessários e valores a


serem cobrados pela coleta e tratamento, fazem-se necessário conhecer características
ou parâmetros sobre o material coletado, tipo de equipamentos disponíveis, nível de
serviço desejado, peso, volume e densidade média do resíduo.
Já para a roteirização das equipes de coleta dos resíduos sólidos é necessário estimar a
quantidade de resíduos que será coletado, definirem a frequência e horário da coleta,
dividir a cidade em setores para definição do itinerário e dimensionar a frota necessária.

3.1.4 Transporte
O veículo/meio de transporte destes resíduos é extremamente importante e eficaz para
o bom andamento do serviço. Conforme o volume e o tipo de material coletado fazem-
se uso de um tipo de transporte. Por exemplo: varrição manual (lutocar); capina
mecanizada (caçambas estacionárias); coleta de resíduo orgânico (caminhão
compactador); coleta de resíduo reciclável (caminhão caçamba).

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3.1.5 Custos

Os serviços de coleta e transporte geram custos diretos e indiretos, onde os diretos


estão relacionados à depreciação e manutenção da frota, remuneração da equipe de
coleta além dos riscos embutidos na atividade. Os custos indiretos estão relacionados as
despesas com a operação e produção, administração da empresa e do pessoal. Do custo
total dessa atividade, 85% está relacionado a custo direto, enquanto que 15% está
relacionado a custos indiretos, e ainda, com relação ao orçamento municipal, essa
atividade compreende de 7 a 15% dos recursos disponíveis, segundo o Manual de
Gerenciamento Integrado.
Um bom gerenciamento dessa atividade irá apresentar uma preocupação com o meio
ambiente, já que a tendência mundial é o aproveitamento de todos os resíduos visando o
desenvolvimento econômico sustentável, além de apresentar uma preocupação com a
administração pública, pois pode ser uma fonte de economia significativa dos recursos
públicos.

3.2 Resíduos Domiciliares


Com uma população de 32 mil habitantes, o município coleta cerca de 25 t/dia de
resíduo sólido (domiciliar e público), segundo dados da Prefeitura Municipal de
Monteiros (PMM). Como a coleta é diária, a PMM estima que faça coleta de 750
toneladas mensais de resíduos sólidos na área urbana.

Atualmente a PMM, através da Secretaria Municipal de Infraestrutura, é o órgão


responsável pela coleta e destinação final dos resíduos sólidos domésticos e pela limpeza
urbana na área urbana (Figura 24).

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Figura 24. Caminhão compactador utilizado para a coleta dos resíduos sólidos urbanos

Atendimento à população

No município, aproximadamente 64% da população mora em área urbana, sendo que


essa área atendida diariamente pela coleta de resíduos sólidos, nos turnos diurnos e
noturnos. A área rural do município não possui coleta de resíduos sólidos e, segunda
dados da PMM, o material é queimado em terrenos próprios e baldios.

Para realização da atividade de coleta dos resíduos sólidos na área urbana a PMM
conta com um quadro de 12 coletores e 3 motoristas, além de uma frota de 5 caminhões,
sendo 3 caminhões coletor/compactador.

Todo o resíduo coletado na área urbana é encaminhado ao lixão municipal que está
instalado em terreno próprio da PMM. Esta relata que há 04 situações anuais em que
ocorrem variação na quantidade de resíduos que são:

• Feiras abertas (que ocorrem semanalmente) – variação de 10%;


• Festa de São João (junho) – variação de 20%;
• Festas Populares (setembro) – variação de 10%;
• Eleições (outubro) – variação de 20%.

3.3 Coleta de Resíduos Recicláveis


A segregação do material na fonte tem como objetivo principal o aproveitamento dos
resíduos para a reciclagem, que consiste em processamento dos resíduos como matéria
prima na manufatura de novos produtos. A reciclagem traz vários benefícios como a
diminuição do lixo aterrado, aumentando consequentemente a vida útil do aterro;

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preservação dos recursos naturais e economia de energia na manufatura de novos


produtos; geração de empregos diretos e indiretos, movimentando a economia.

A Cempre, 2010, apresenta, como detalhe relevante, a necessidade do conhecimento


do mercado comercializador desses produtos, pois de nada vale a segregação se não
houver mercado para esse material. Sendo assim, o mercado de recicláveis é que dirá
quais produtos poderão ser reciclados, e quando serão comercializados, de acordo com
o valor de venda de cada material.

A coleta desses resíduos pode ser feita porta a porta, como a coleta orgânica, ou
através de Pontos de Entrega Voluntários - PEV, conhecido como ecopontos. A coleta
desses resíduos deve ser realizada por equipe própria, com caminhão não compactador e
em horários e dias diferentes da coleta orgânica.

No Brasil os material mais comumente reciclados são os papeis, vidros, metal e


plástico, sendo que todos retornam ao ciclo de produção, diminuindo a pressão exercida
sobre o meio ambiente relativo à extração de matéria prima.

No município de Monteiro não há coleta segregada dos resíduos recicláveis, porém há


uma Associação de Catadores (AMAS) além da presença de catadores informais.

3.4 Logística Reversa


Além da geração de resíduos orgânicos e recicláveis, há nos munícipios a geração em
menor taxa de resíduos que não se encaixam nessas classificações, são os resíduos
especiais como pilhas, lâmpadas e pneus. Esses resíduos devem retornar ao ciclo
produtivo e a lei da logística reversa auxilia nessa transição.

A PNRS diz que a logística reversa é de obrigação do fabricante, importador,


distribuidor e comerciante de agrotóxico, independente do serviço público de limpeza
urbana e da coleta dos resíduos sólidos.
As empresas que fabricam e/ou comercializam agrotóxicos são responsáveis pela
destinação das embalagens vazias dos produtos, após a devolução pelo usuário, ou da
reutilização de materiais advindos de apreensão em ações de fiscalização. As pilhas e
baterias devem ser segregadas dos outros resíduos na fonte geradora para posterior
transporte a uma unidade de triagem, onde será realizada a reciclagem, recuperação,
tratamento e/ou disposição final.

Os pneus devem ser segregados também na fonte geradora que precisa conter uma
estrutura mínima para armazenamento deste resíduo, principalmente com relação ao
acondicionamento que deve ser feito em local coberto e protegido das intempéries,
evitando ao máximo o acúmulo de água nestes resíduos, devendo então retornar ao
fabricante para inclusão no ciclo produtivo.

O manejo das lâmpadas deve obedecer ao previsto na NBR 12.235/1992, assim como
as pilhas e baterias. Cada tipo de lâmpada necessita de um cuidado especial, conforme

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especificações do fabricante e da legislação vigente. Neste caso deve-se tomar o máximo


de cuidado para não quebrar este tipo de resíduo, sendo que cada tipo de lâmpada
(conforme a forma e material componente) deverá ser tratada de maneira especial, para
posterior encaminhamento a uma unidade de triagem, que dará o correto destino final.

No município de Monteiro não há qualquer tipo de coleta especial e todo esse tipo de
resíduo é encaminhado ao lixão municipal. A tabela abaixo apresenta a legislação
específica para cada tipo de resíduo.
Tabela 5. Legislação para resíduos perigosos

Procedimento Norma Resíduo


Pilhas e baterias; óleos e graxas;
NBR 12.235/1992
agrotóxicos; lâmpadas fluorescentes
Armazenamento
NBR 11.174/1989 Pneus
NBR 13.968 Agrotóxicos
NBR 13.221/1994 Pilhas e baterias; óleos e graxas;
Transporte
NBR 7.500 agrotóxicos; lâmpadas fluorescentes

3.5 Resíduos da Construção Civil - RCC


A construção civil é um importante segmento da indústria brasileira, se demonstrando
fator fundamental ao desenvolvimento do crescimento econômico e social do país.
Contudo, a respectiva atividade, se caracteriza por se enquadrar como uma das
indústrias que mais utiliza recursos naturais, assim como, a maior geradora de resíduos.
Este fato está associado diretamente aos métodos tecnológicos construtivos adotados no
Brasil, os quais favorecem o desperdício em forma abrupta de materiais (MARIANO,
2008).
Segundo a Política Nacional de Resíduos Sólidos (Lei 12.305/2012), resíduos da
construção civil se caracterizam por aqueles gerados nas construções, reformas, reparos
e demolições de obras de construção civis incluídas os resultantes da preparação e
escavação de terrenos para obras civis. A resolução CONAMA 307/2002, também
apresenta concernência a respectiva definição em seu Art. 2º:

“Resíduos da construção civil: são os provenientes de


construções, reformas, reparos e demolições de obras de
construção civil, e os resultantes da preparação e da
escavação de terrenos, tais como: tijolos, blocos
cerâmicos, concreto em geral, solos, rochas, metais,
resinas, colas tintas, madeiras e compensados, forros,
argamassa, gesso, telhas, pavimento asfáltico, vidros,
plásticos, tubulações, fiação elétrica etc., comumente
chamados de entulhos de obras, caliça ou metralha”.

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No município de Monteiro/PB, os resíduos oriundos da construção são


predominantemente gerados pelas construções habitacionais e obras de infraestrutura
municipal realizadas pela prefeitura. Isto se associa principalmente pela inexistência de
empreendimentos de grande magnitude vertical, resultando assim em uma tipologia de
resíduos gerados, que contemplam prioritariamente os materiais básicos construtivos,
tais como tijolos, concreto, argamassa e telhas cerâmicas.

A Prefeitura indica recolher cerca de 100m³ de resíduos da construção civil por dia,
isso é disposto em 20 caçambas estacionárias de 5m³ cada, em veículo próprio (Figura
25). O material coletado é encaminhado para o lixão municipal quando não há
possibilidade de reuso, ou para um equipamento conhecido como metralha, que serve
para triturar esse material que servirá então para uso de terrenos para aterramento.

Para esse serviço são lotados 10 coletores e 05 motoristas que trabalham com 05
retroescavadeiras, todos os dias da semana, conforme demanda.

Figura 25. Carro utilizado para a coleta de RCC em Monteiro

3.6 Caracterização dos Resíduos dos Serviços de Saúde - RSS


Os resíduos provenientes dos estabelecimentos da saúde contém ou podem conter
germes patogênicos e são constituídos por agulhas, seringas, gazes, bandagens, algodões,
órgãos e tecidos removidos, etc. São os resíduos gerados nos estabelecimentos de saúde
com atenção humana e animal, além de farmácias, drogarias e afins.
Os resíduos de papéis, restos de comida, resíduos de limpeza geral, são considerados
resíduos assépticos e portanto são segregados junto aos resíduos sólidos comuns.

Os resíduos de saúde podem ser separados em:

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• Infectantes: são os resíduos gerados durante o processo de atendimento de


saúde, como o diagnóstico, contendo agente patogênico. Conforme o grau de
exposição ao organismo patogênico, esses resíduos apresentam níveis
diferentes de perigo potencial. Esse resíduos não podem ser dispostos
diretamente em aterros sanitários, devendo passar previamente por algum tipo
de tratamento como autoclavagem, incineração.
• Especiais: os rejeitos radioativos, rejeitos farmacêuticos e resíduos químicos
perigosos são considerados especiais e podem conter agentes patogênicos,
serem corrosivos, possuírem radioatividade, entre outros. Esses resíduos
também necessitam de um tratamento antes de ser disposto no aterro
sanitário.
• Comuns: são os resíduos gerados das atividades administrativos, sem contato
com agentes patogênicos.

O gerenciamento desses resíduos envolve tanto o estabelecimento quanto a empresa


responsável pela coleta, transporte e tratamento. No que diz respeito ao
estabelecimento, a segregação é parte fundamental do processo, consistindo na
separação e seleção apropriada para cada tipo de resíduo. Os resíduos infectantes das
alas cirúrgicas, de internação, de cozinha e banheiro, não devem entrar em contato com
material não contaminado, reduzindo o risco para a saúde e o meio ambiente. Nos
estabelecimentos de saúde há a necessidade de três tipos de lixeiras, sendo uma para os
resíduos orgânicos comuns, uma para recicláveis e a outra para os resíduos infectantes,
sendo que esses últimos devem ser acondicionados em sacos brancos identificados.

A coleta precisa ser feita por empresa especializada e licenciada para tal atividade, que
irá coletar de forma rápida e segura os resíduos na fonte de geração, encaminhando-os
para local adequado. Os resíduos passarão por tratamento prévio para que depois seja
depositado em local apropriado, conforme cada tipo de resíduo.

No município de Monteiro, os resíduos de serviços da saúde são coletados por


empresa terceirizada, onde o contrato é feito pela própria fonte geradora. A Prefeitura
informa que o material coletado é encaminhado para o lixão municipal onde é
queimado a céu aberto. A coleta é realizada diariamente por uma equipe própria com 01
motorista e 02 coletores, com um trator com caçamba acoplada de 02 m³ de capacidade.

3.7 Caracterização dos Resíduos de Limpeza Urbana


A Lei 11.445/2007 caracteriza como limpeza urbana e seu manejo de resíduos sólidos,
o conjunto de atividades, infraestruturas e instalações operacionais de coleta, transporte,
transbordo, tratamento e destino final do lixo originário da varrição e limpeza de
logradouros e vias públicas. Os resíduos destas atividades são constituídos na sua
maioria por areia, galhos e folhas de árvores, pedaços de madeiras entre outros.

Nesta amplitude se torna necessário explanar em diagnóstico que o respectivo serviço


público de limpeza urbana e de manejo contempla as seguintes características:

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• Coleta, transbordo e transporte dos resíduos oriundos das atividades


supracitadas;
• Triagem para fins de reuso ou reciclagem, de tratamento, inclusive por
compostagem, e de disposição final;
• Varrição, capina e poda de árvores em vias e logradouros públicos e outros
eventuais serviços pertinentes à limpeza pública urbana.

Segundo o Art. 30, Inciso V, da Constituição Brasileira de 1988, os serviços de


Limpeza Pública no Brasil são de responsabilidade do município, já que confere como
sua competência:

“Organizar e prestar, diretamente ou sobre regime de concessão


ou permissão, os serviços públicos de interesse local, incluindo o
transporte coletivo, que tem caráter essencial.”

Os resíduos coletados oriundos desta atividade não são segregados e têm, na maioria
das cidades brasileiras, o mesmo destino dos resíduos orgânicos domésticos. A gestão da
limpeza pública deve se basear, quando possível em:

• Preservar o meio ambiente;


• Zelar pela qualidade de vida da população;
• Gerir de forma economicamente sustentável a atividade;
• Contribuir de forma a solucionar os aspectos sociais da questão.

Em Monteiro a limpeza urbana atualmente se encontra sendo realizada pela Prefeitura


Municipal (PMM) bem como por empresa terceirizada, em determinadas áreas do
município.

Na abrangência dos serviços da PMM, a mesma realiza os serviços de varrição, roçada,


capina manual, poda manual, limpeza de bocas de lobo, limpeza em feiras municipais,
limpeza em datas comemorativas, limpeza cemitérios e limpeza de pontos de acúmulo
de resíduos em forma esporádica.

Por parte da terceirizada, o serviço realizado se classifica pelo transporte dos


respectivos resíduos oriundos das diversas formas de limpeza urbana (Tabela 6Tabela
1).
Tabela 6. Serviços na amplitude da limpeza urbana existentes no município de Monteiro. Fonte: PMM, 2013

Serviço Frequência Acondicionamento Turno

Varrição Diária Lixeiras Diurno

Poda e capina não Nas ruas e posteriormente caminhão


Diária Diurno
mecanizada caçamba

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Nas ruas e posteriormente caminhão


Roçagem Diária Diurno
caçamba

Limpeza das bocas de lobo Mensal Sacolões Diurno


Diurno e
Limpeza das feiras Semanal Sacolões
Noturno
Limpeza de eventos Lixeiras, caminhão compactador e
Quatro vezes/ano Diurno
comemorativos caminhão caçamba
Pintura das guias (meio-
Não existente N/A N/A
fio)
Limpeza de pontos de Conforme
Caminhão caçamba Diurno
acúmulo necessidade

A coordenação dos respectivos serviços de limpeza urbana na abrangência das


diferentes secretárias fica a encargo da Secretária Municipal de Infraestrutura e Serviços
Públicos - SMISP, apresentando cobrança ao munícipe pela execução deste serviço em
forma conjunta ao IPTU.

Atualmente, no município de Monteiro existem diversificadas equipes para a execução


de cada serviço associado à limpeza urbana. Desta forma, a Secretária Municipal de
Infraestrutura e Serviços Públicos conta com um total de 111 funcionários alocados nos
diferentes tipos de atividade (Tabela 7).
Tabela 7. Quadro de funcionários da prefeitura de monteiro por atividade, regime de contratação e número de
funcionários.

Número de Regime de
Atividade Cargo
Funcionários contratação
Varredor 35 Efetivo
Varrição
Cabo de turma 01 Efetivo
Ajudantes 06 Efetivo

Poda, capina e roçagem Operador de


01 Efetivo
roçadeira
Cabo de turma 01 Efetivo
Coveiros ou
Manutenção cemitério 05 Efetivo
jardineiro
Atividades temporárias em serviços diversificados, os
quais podem incluir: limpeza das bocas de lobo, Trabalhadores Temporário
41
limpeza das feiras e limpeza de eventos temporários (12 meses)
comemorativos
Coleta dos resíduos nas diferentes amplitudes de Temporário
Motoristas 03
serviços/atividades (12 meses)

A. Varrição, Capina e Roçada

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O serviço de varrição, capina e roçada das ruas é importante para retirada do acúmulo
de vegetação nos meios fios, controle do crescimento das espécies arbóreas existentes no
município, melhora paisagística, retirada da areia de meio fios, além da coleta de
material considerado como “lixo humano”, caracterizado por papel, plásticos, orgânicos,
metais, vidros e rejeitos.

Os resíduos das respectivas atividades atualmente coletas no município de Monteiro se


classificam em Classe II (não perigoso e não inerte), conforme NBR 10004:2002. Esse
trabalho é executado pelo quadro de funcionários já mencionado na Tabela 7, munidos
de carro de varrição (lutocar), vassoura, pá, enxada e saco de lixo.

É notável descrever que conforme a FUNASA, um varredor realiza a varrição média


de 1 a 2 km/dia, enquanto que a capina mecanizada apresenta uma média de trabalho de
150m²/homem/dia e a roçada 300m²/homem/dia.

Segundo dados da Prefeitura há varrição diária das ruas, de segunda a sábado,


realizadas por 35 funcionários, comandados por um cabo de turma, os quais devem em
estimativa realizarem a varrição total de 50 km/dia, coletando cerca de três toneladas de
resíduo/dia. O material coletado é encaminhado ao lixão com ajuda dos caminhões
caçambas.

É notável destacar que o quadro de funcionários de varrição pode ser ampliado


conforme demanda sendo ocupado pelos trabalhadores temporários, quando em
períodos comemorativos ou eleitorais.

O serviço de poda de árvores e roçada (Figura 26) é realizado também de forma diária
por uma equipe de 06 funcionários, 01 operador de roçadeira, 01 cabo de turma, assim
como, com auxilio dos caminhões caçamba.

Figura 26. Funcionários contratados pela prefeitura municipal realizando a poda das árvores em Monteiro/PB.

O serviço de poda de árvore se dá quando as copas estão muito altas, podendo entrar
em contato com a rede de fiação elétrica, o que pode causar transtornos e perigo na

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rede. Esse serviço deve ser feito em contato com a operadora da rede elétrica para
aumentar a eficiência e segurança dessa atividade.

A atividade de poda das raízes se dá quando, em função da sua profundidade,


tamanho ou força, essas raízes entram em contato com a tubulação de drenagem,
podendo danificá-las ou até mesmo entupi-las. Além da poda das raízes quando a
quebra dos passeios pavimentados, impedindo a movimentação dos pedestres.

Limpeza das Bocas de Lobo

A limpeza das bocas-de-lobo realizadas na cidade de Monteiro apresentam como sua


funcionalidade principal, a manutenção do sistema de drenagem urbana. Desta forma,
segundo dados da prefeitura, o respectivo serviço é realizado com periodicidade mensal
e se utiliza do quadro de funcionários temporários para a realização do respectivo
serviço.

Os resíduos retirados destas bocas de lobo também se configuram como não perigosos
e não inertes e inertes (Classe II-A e Classe II-B), conforme NBR 10004:2002. Entre seus
constituintes é possível destacar restos orgânicos, areias, restos de embalagens plásticas,
latas de alumínio, papel, restos de animas, vidros, garras plásticas entre outros.

Limpeza das feiras municipais


As feiras municipais ocorrem semanalmente, assim como sua coleta, e também
contam com o quadro de funcionários temporários para a realização da varrição e coleta
dos resíduos acumulados durante estes períodos.

Os resíduos de maior predominância gerados nestas feiras se caracterizam por


orgânicos, constituídos por restos de frutas e legumes. Além disto, nestas feiras são
descartados resíduos inertes como plásticos, vidros, papelões e metais.

Limpeza em datas comemorativas


Os eventos e datas comemorativas de relevância no município de Monteiro
normalmente ocorrem durante um dia, podendo se estender a uma semana ou até
mesmo um mês, tais esforços necessitam de uma grande demanda de funcionários para
sua gestão, pois geram uma quantidade notável de resíduos.

Tais eventos na localidade se configuram principalmente pelas festas tradicionais de


São João, assim como feriados comemorativos ao decorrer do ano. Os resíduos
comumente gerados nestas sazonalidades possuem em sua constituição vidros em
grande proporcionalidade em peso, plásticos em volume, papeis em números de
unidades e metais com volume e massa considerável.

Segundo Silveira (2013), um evento com duração aproximada de 08 horas para 3.500
pessoas gera aproximadamente 750 kg de resíduos sólidos, isto, quando considerados

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apenas latas, garrafas plásticas, garras de vidro, embalagens plásticas de bebidas, sacos de
gelo e material promocional.

Desta forma, para fins e quantificação se torna pertinente englobar em eventos na


cidade de Monteiro, conforme adaptação de indicadores descritos por Silveira (2013), a
geração de 0,27 kg de resíduo por folião em duração de 08 horas. Neste sentido,
supondo que uma festa comemorativa abranja 10.000 pessoas em um período de 08
horas serão gerados 2,7 toneladas de resíduos.

Outro evento de geração expressiva, segundo a Prefeitura, são as eleições, gerando


grande quantidade de materiais publicitários, sobretudo de papel, que são
irregularmente destinados às ruas de Monteiro.

Limpeza em pontos de acumulo de lixo esporádicos

No município também se realiza a limpeza de resíduos sólidos de pontos de acúmulo


de resíduos em forma esporádica, conforme demanda dos munícipes. Estas, por sua vez
se apresentam em localizações diversificadas, tais como a coleta de terra em
propriedades, resíduos de diferentes amplitudes em terrenos baldios, que
irregularmente foram depositados e causem transtornos aos moradores vizinhos.

Em referência as características qualitativas destes resíduos, geralmente os mesmos se


configuram por resíduos orgânicos (galhos, terra, pedregulhos e etc.), resíduos da
construção civil (tijolos quebrados, cerâmicas, madeiras e etc.), assim como resíduos de
grande volume como fogões inservíveis, geladeiras sem funcionamento e televisores
antigos.

Os resíduos de limpeza urbana no município de Monteiro, principalmente aqueles


provenientes da poda e desbastes, são comumente resguardados na lateral das vias, nos
calçamentos e nas sarjetas e ficam em aguardo pela coleta e transporte dos mesmos para
o lixão municipal (Figura 27).

Figura 27. Método geralmente adotado de acondicionamento dos resíduos oriundos da poda e desbastes
resguardados nas vias de tráfego e calçamento no município de Monteiro/PB.

Este tipo de acondicionamento no município não ocorre de maneira adequada, isto se


avalia, devido ao fato em que durante as visitas técnicas realizadas, tais pontos de

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acumulo de resíduos já aparentavam estarem acondicionados há dias nas mesmas


localizações.

Em referência aos resíduos de varrição, ao fim do dia estes são acumulados e


posicionados em ponto de encontro para que assim sejam carregados para o lixão
municipal.

Os resíduos provenientes das feiras semanais são acondicionados em sacolões, os quais


posteriormente são recolhidos e direcionados a coleta e transporte. Muitos destes
resíduos orgânicos são separados pelos próprios feirantes, devido ao fato em que tais
restos de alimentos podem ser utilizados para alimentação de animais na zona rural do
município.

As bocas de lobo quando limpas geram resíduos que também são armazenados em
sacolões, os quais posteriormente são direcionados aos caminhões caçambas para
transporte.
Durante as datas comemorativas, o trabalho de limpeza urbana se intensifica,
geralmente tais resíduos se encontram acondicionados em contentores espalhados pelos
eventos, além disto, após o evento a varrição se torna ocorrente acumulando resíduos
que são acondicionados em sacos em proximidade ao local de geração e ficam em
aguardo pelo caminhão de transporte.

A coleta e transporte dos resíduos sólidos oriundos da limpeza urbana nas suas
diferentes abrangências de serviços se encontram sendo transportados por caminhões
caçamba os quais são munidos de motorista e ajudante.

Em alguns casos também são utilizados os caminhões compactadores para a coleta dos
resíduos de limpeza urbana, contudo os mesmos são prioritariamente destinados à
realização da coleta dos resíduos domiciliares e apenas são utilizados quando a demanda
se apresenta excessiva.

A responsabilidade atualmente ocorrente no município se encontra explanada na


respectiva matriz de responsabilidades constado na Tabela 8.
Tabela 8. Responsabilidades atualmente empregadas no município de Monteiro frente a geração,
acondicionamento, coleta, transporte e destinação de Resíduos de Limpeza Urbana.

Responsabilidades Atualmente Empregadas no Município


Gerador de
Acondicionamento Destinação Final
Resíduos de Coleta Transporte Destinação
Inicial (Disposição)
Limp. Urbana
Responsabilidade

Prefeitura Prefeitura
Municipal e Empresa Municipal e
Sociedade Prefeitura Municipal Prefeitura Municipal
Empresa Terceirizada Empresa
Terceirizada Terceirizada

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Responsabilidades Atualmente Empregadas no Município


Gerador de
Acondicionamento Destinação Final
Resíduos de Coleta Transporte Destinação
Inicial (Disposição)
Limp. Urbana

Transporte
Situação Observada

Terceirizada
Resguardado em realizado até o
Os principais realiza a coleta
montes nas lixão pela Único destino
geradores se de forma Caminhão
sarjetas/vias, empresa existente se trata do
caracterizam pelos periódica em caçamba
contentores e sacos terceirizada lixão Municipal
munícipes auxilio a
plásticos e sacolões em contrato
prefeitura
com a PMM

3.8 Destinação Final


Dados do DATASUS/SIAB apontam que a coleta de resíduos acontece em cerca de
64% dos domicílios do município (Figura 28), os quais são encaminhados na totalidade
para o lixão municipal, não havendo assim qualquer forma de destinação que apresente
um fim nobre aos respectivos resíduos, tendo apenas como exceção a destinação dos
resíduos orgânicos das feiras para a alimentação de animas na zona rural, contudo tal
processo de destinação não se apresenta formalizado ou com auxilio da gestão
municipal.

Ainda, muitos moradores se utilizam da queima ou enterro dos resíduos, sendo esta
efetuada em 21% dos domicílios e disposição a céu aberto em 15%.

2014
2013
2012
2011
2010
2009
2008
2007
2006
2005
2004
2003
2002
2001
2000
1999
1998

0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100%
Nº de domicílios (%)

Céu aberto Queimado/enterrado Coletado

Figura 28. Número de domicílios por destino dos resíduos sólidos. Fonte: DATASUS/SIAB, 2014

Dados do IBGE (2010) mostram ainda que na zona urbana a coleta apresenta uma
cobertura próxima a 100%. Na zona rural, entretanto, quase 85% dos domicílios
queimam seus resíduos e outros 15% lançam a céu aberto.

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490
Rural 2.715
15

10
Urbano 16
6.503

0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100%
Domicílios (%)
Coletado Queimado (na propriedade) Enterrado (na propriedade) Céu aberto

Os resíduos coletados são destinados de todos resíduos é realizada em lixão. As


condições de disposição dos resíduos se dão de forma aleatória no solo sem
impermeabilização ou cobertura do material.

No local há a presença de catadores de materiais que coletam resíduos para a


comercialização.

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Figura 29. Vista do Lixão de Monteiro

A Tabela 9 mostra a destinação final dos resíduos produzidos no município, sendo que
a grande maioria destes são encaminhados para o lixão do município. Resíduos da saúde
(RSS) são coletados por carro específicos, acondicionados no hospital municipal para a
coleta e tratamento feito por empresa terceirizada.
Tabela 9. Destinação final dos resíduos gerados na zona urbana do município de Monteiro

Tipo de resíduo Destinação final


RSD Lixão
Comerciais e industriais Lixão
RSS Coleta e tratamento empresa terceirizada
Logística reversa Lixão
Lixão e aterros urbanos e pavimentação
RCC
rural
Poda/capina Queima em terreno independente

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Varrição Lixão
Matadouro Lixão

A seguir são apresentados as fotos dos locais de destinação final dos resíduos de coleta
diferenciada (Figura 30), resíduos de poda e roçada (Figura 31) e Resíduos da
Construção Civil (Figura 32).

Figura 30. Resíduos de coleta diferenciada depositados no lixão

Figura 31. Terreno de queima e depósito de resíduos de poda e roçada

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Figura 32. Ponto de transbordo de RCC

A Figura 33 mostra os locais de destinação dos resíduos sólidos na área urbana de


Monteiro. Destaca-se a presença de pontos de acúmulo viciados de resíduos na área
urbana tanto de RSD como RCC e resíduos de poda.

Outro fator que foi constatado é a ausência de contentores adequados ao longo das
vias urbanas, sem um espaçamento adequado, o que dificulta a criação de habito por
parte da população em armazenar seus resíduos em lixeiras. Seria adequados, além da
implantação de lixeiras, a criação e pontos de entrega voluntário, a fim de estabelecer a
coleta diferenciada de resíduos, como por exemplo: resíduos de logística reversa,
recicláveis, orgânicos.

Ressalta-se que o acumulo de resíduos, em especial o acúmulo de pneus a céu aberto,


pode acarretar em vetores de doenças, como é o caso dos mosquitos transmissores de
dengue.

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Figura 33. Localização das destinações finais de resíduos em Monteiro

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3.9 Gestão e Governança Institucional


Atualmente, a gestão do saneamento básico acontece por meio da Secretaria
Municipal de Infraestrutura e Serviços Públicos, tal como apresentado no organograma
da Figura 34.
Prefeitura Municipal de Monteiro

Secretaria Municipal de Infraestrutura e Serviços


Públicos

Coleta, Varrição e Fiscalização, outros serviços de


manejo de resíduos
Figura 34. Organograma do órgão responsável pela gestão dos resíduos sólidos em Monteiro. Fonte: PMM

Parte dos serviços, entretanto, é terceirizada, como é o caso da coleta de resíduos


domiciliares, comerciais, resíduos da saúde, indústrias, RCC e volumosos, tais como
especificado na Tabela 10.

Foi relatada a coleta diferenciada de parte dos resíduos sólidos e a triagem de materiais
recicláveis. Esta, entretanto, ocorre devido a presença de catadores, que coletam parte
dos resíduos e efetuam a triagem no lixão municipal.
Tabela 10. Responsabilidades de coleta e serviços de limpeza urbana. Fonte: PMM

Serviço Prefeitura ou SLU Serviço Terceirizado


Coleta X 30% X 70%
RSD X 30% X 70%
Resíduos comerciais e prestadores de serviço X 100%
Áreas de urbanização precária X 100%
RSS X 100%
Grandes geradores X 100%
RCC X 70% x 30%
Volumosos X 70% X 30%
RSI N/A
Remoção de animais mortos X 100%
Coleta diferenciada X 10%
Agrossilvopastoris X 20%
Resíduos de transporte N/A
Resíduos de mineração N/A
Coleta Seletiva N/A
Varrição de vias e logradouros X 100%
Serviços congêneres X 100%
Capinação/roçada terrenos áreas públicas X 100%
Poda de Árvores X 100%
Sacheamento (retirada de mato da sarjeta) X 100%
Limpeza de feiras livres X 100%
Limpeza de córregos e canais de drenagem X 100%
Pintura de meio-fios X 100%
Triagem de materiais recicláveis X 20%

67
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Serviço Prefeitura ou SLU Serviço Terceirizado


Tratamento/ Destinação Final X 80%

A Tabela 11 mostra a quantidade de trabalhadores associadas aos serviços de manejo


de resíduos sólidos, incluindo pessoal administrativo, coleta, varrição, capina e poda,
destinação final e outros serviços de limpeza, o que totalizam 126 colaboradores, sendo
108 da prefeitura, 3 terceirizados e 15 de cooperativas.
Tabela 11. Quantidade de trabalhadores lotados nas atividades de manejo de resíduos sólidos

Quantidade de trabalhadores
Serviços
Prefeitura Terceirizado Cooperativa Total
Gerenciais e administrativos 5 5
Coletores 12
Coleta 15
Motoristas 3
Varredores 35
Varrição 36
Cabos de turma 1
Ajudantes 6
Serviços congêneres
Operador de roçadeira 1 8
(capina, poda, etc)
Cabos de turma 1
Unidade de Ajudantes 1 15
tratamento/ Operador de máquina 16
destinação Balanceiros
Outros serviços de limpeza 5 5
Trabalhadores temporários 41 41
Total 108 3 15 126

Os veículos disponíveis pela Prefeitura e terceirizadas, para o transporte de resíduos,


são apresentados na Tabela 12, totalizando 13 veículos além de 20 carrinhos de mão.
Tabela 12. Veículos utilizados no transporte de resíduos em Monteiro

Tipo Quantidade Estado conservação


Caminhão compactador 3 Bom
Trator 1 Bom
Caminhão carroceria madeira 2 Regular
Retroescavadeira 1 Bom
Trator esteira 1 Ótimo
Carrinho de mão 20 Ótimo
Caminhão basculante 4 Bom
Veículo coleta RSS 1 Bom
Total 33

68
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3.9.1 Catadores de materiais recicláveis

Segundo dados da Prefeitur a há a existência de 15 catadores no município que atuam


diretamente no lixão, com a coleta de materiais recicláveis e comercialização destes Há a
presença de Associação de catadores com aproximadamente 25 membros e ainda 10
catadores que atuam informalmente.

Na área do lixão existem antigos galpões de triagem que foram abandonados há anos.
Atualmente estes são utilizados para a armazenagem de resíduos triados pelos catadores
que atuam no lixão, além de utilizaram para como local de refeitório (Figura 35).

Figura 35. Edificações de triagem de materiais localizada anexas ao lixão.

69
Plano de Gerenciamento dos Resíduos Sólidos
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4 PROGNÓSTICO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS


Para alcançar os objetivos do plano é preciso definir programas e ações casadas com os
planos de governo, como os planos de ações plurianuais. Logo, a fase do prognóstico irá
envolver a definição destas ações e o estabelecimento de metas de acordo com os dados
levantados na fase do diagnóstico, através dos cenários obtidos nesse. Esta fase irá então,
definir metas e objetivos para a criação ou ajustamento da estrutura existente no
município.

Na fase do prognóstico fazem-se cenários alternativos aos encontrados na fase de


diagnóstico, através de medidas de mitigação, melhoria, ampliação e adequação da
infraestrutura existente no município.

Conforme a projeção da população no município, Monteiro terá um aumento de


22,62% da sua população num panorama de 20 anos de estudo. Esse crescimento será
equivalente para a geração de resíduos sólidos, assim como haverá crescimento na
demanda dos serviços de limpeza urbana. A Tabela 13 apresenta esse crescimento
populacional, assim como a demanda de coleta desses resíduos.

No município de Monteiro há uma geração de 28,12 toneladas/dia de resíduos sólidos,


sendo destes, aproximadamente 19 toneladas/dia da população urbana e 09
toneladas/dia da população rural em 2014.

Independente da projeção de crescimento populacional a atual situação, onde os


resíduos sólidos são encaminhados a um lixão, não poderá continuar, visto todos os
problemas legais que isto acarretará, assim como os problemas ambientais gerados.

A Política Nacional dos Resíduos Sólidos, Lei 12.305/12, obriga a eliminação dos lixões
até 2014, assim como a implantação da coleta seletiva e a logística reversa. Com a
eliminação dos lixões, os municípios deverão implantar o aterro sanitário, seja na forma
de administração municipal, concessão do serviço ou até mesmo na forma de consórcio
intermunicipal.
Para municípios de pequeno porte, com baixa geração de resíduos sólidos, foi
instituído um tipo de aterro sanitário simplificado, através de valas sépticas. Essa
alternativa é a mais viável nesse momento para o município de Monteiro, ficando a
instalação de um aterro sanitário como sugestão de implantação a médio e longo prazo.

4.1 Projeção da Geração dos Resíduos Sólidos Domiciliares


No presente item será estimada a geração de resíduos diários e anualmente por classe
de resíduo para que se tenha parâmetro de dimensionamento das infraestruturas que
regem o manejo de resíduos sólidos e limpeza urbana em subsídio a coleta seletiva e
implantação de Unidade de Gerenciamento de Resíduos Sólidos. Ainda, servirá de base
para estimativas de custos.

70
Plano de Gerenciamento dos Resíduos Sólidos
Prefeitura de Monteiro | Estado da Paraíba

Cabe ressaltar ainda a importância da prospectiva da evolução da população, a qual


tende a ser incrementada ao longo dos anos, e assim, não correr o risco de
subdimensionar o sistema.

Para tal foi utilizado uma taxa de geração de resíduos domiciliares da Paraíba de 0,87
kg/dia/habitante (ABRELPE, 2013). Utilizando a população municipal, foi possível
estimar a quantidade gerada, sendo atualmente de 28,12 toneladas/dia, conforme Tabela
13.
Tabela 13. Projeção de população e geração de resíduos em Monteiro.

Habitantes Geração total (kg/dia)


Meta Ano
Urbana Rural Total Urbana Rural Total
2014 21.876 10.442 32.318 19.033 9.084 28.117
Imediato/
2015 22.298 10.405 32.704 19.400 9.053 28.452
Emergencial
2016 22.728 10.370 33.097 19.773 9.022 28.795
2017 23.164 10.335 33.499 20.153 8.991 29.144
2018 23.609 10.300 33.909 20.540 8.961 29.501
Curto prazo
2019 24.061 10.266 34.327 20.933 8.931 29.865
2020 24.522 10.232 34.754 21.334 8.902 30.236
2021 24.990 10.199 35.189 21.742 8.873 30.615
2022 25.467 10.166 35.634 22.156 8.845 31.001
Médio Prazo
2023 25.952 10.134 36.086 22.579 8.817 31.395
2024 26.446 10.102 36.548 23.008 8.789 31.797
2025 26.949 10.071 37.019 23.445 8.762 32.207
2026 27.460 10.040 37.500 23.890 8.735 32.625
2027 27.980 10.009 37.990 24.343 8.708 33.051
2028 28.510 9.979 38.489 24.804 8.682 33.485
2029 29.049 9.949 38.998 25.273 8.656 33.928
Longo prazo
2030 29.597 9.920 39.517 25.750 8.630 34.380
2031 30.155 9.891 40.047 26.235 8.605 34.840
2032 30.723 9.863 40.586 26.729 8.580 35.310
2033 31.301 9.834 41.136 27.232 8.556 35.788
2034 31.890 9.807 41.696 27.744 8.532 36.276

Utilizando as classes de resíduos recicláveis, rejeitos e orgânicos, os valores de geração


diária são mostrados na Erro! Fonte de referência não encontrada.. Cabe ressaltar que
com a quantidade de geração de 4,5 ton/dia de rejeitos há a possibilidade de instalação
de aterro sanitário simplificado (até 20 ton/dia), entretanto, isso fica condicionado à
efetivação da coleta seletiva, já que a geração total de resíduos ultrapassa 20 ton/dia.
Geração por tipo de resíduo (kg/dia)
Meta Ano Orgânico Recicláveis Rejeitos
Urbana Rural Total Urbana Rural Total Urbana Rural Total
Imediato/ 2014 9.516 4.542 14.058 6.661 3.179 9.841 2.855 1.363 4.217
Emergencial 2015 9.700 4.526 14.226 6.790 3.168 9.958 2.910 1.358 4.268

71
Plano de Gerenciamento dos Resíduos Sólidos
Prefeitura de Monteiro | Estado da Paraíba

2016 9.887 4.511 14.397 6.921 3.158 10.078 2.966 1.353 4.319
2017 10.077 4.496 14.572 7.054 3.147 10.201 3.023 1.349 4.372
2018 10.270 4.481 14.750 7.189 3.136 10.325 3.081 1.344 4.425
Curto prazo
2019 10.467 4.466 14.932 7.327 3.126 10.453 3.140 1.340 4.480
2020 10.667 4.451 15.118 7.467 3.116 10.583 3.200 1.335 4.535
2021 10.871 4.437 15.307 7.610 3.106 10.715 3.261 1.331 4.592
Médio 2022 11.078 4.422 15.501 7.755 3.096 10.850 3.323 1.327 4.650
Prazo 2023 11.289 4.408 15.698 7.903 3.086 10.988 3.387 1.322 4.709
2024 11.504 4.394 15.899 8.053 3.076 11.129 3.451 1.318 4.770
2025 11.723 4.381 16.103 8.206 3.067 11.272 3.517 1.314 4.831
2026 11.945 4.367 16.312 8.362 3.057 11.419 3.584 1.310 4.894
2027 12.171 4.354 16.525 8.520 3.048 11.568 3.651 1.306 4.958
2028 12.402 4.341 16.743 8.681 3.039 11.720 3.721 1.302 5.023
Longo 2029 12.636 4.328 16.964 8.845 3.030 11.875 3.791 1.298 5.089
prazo 2030 12.875 4.315 17.190 9.012 3.021 12.033 3.862 1.295 5.157
2031 13.118 4.303 17.420 9.182 3.012 12.194 3.935 1.291 5.226
2032 13.365 4.290 17.655 9.355 3.003 12.358 4.009 1.287 5.296
2033 13.616 4.278 17.894 9.531 2.995 12.526 4.085 1.283 5.368
2034 13.872 4.266 18.138 9.710 2.986 12.697 4.162 1.280 5.441

1.1 Projeção de geração dos Resíduos da saúde

A Prefeitura Municipal de Monteiro informa que realiza a coleta diária de RSS por
meio de caminhão com caçamba de 02 m², as quais são destinadas de forma direta ao
lixão municipal e queimados a céu aberto, contudo não há pesagem oficial desse
material. Para fins de estudos de projeção, decidiu-se por utilizar o pior cenário de
geração, então, segundo dados do Panorama dos Resíduos Sólidos no Brasil,
apresentado pela Abrelpe em 2013, onde indica que no estado da Paraíba há a geração
de 0,632 kg.hab/ano de Resíduos de serviços da saúde. Os dados da Tabela 6 são
referentes à geração desse tipo de resíduo ao longo das metas previstas.
Tabela 14. Projeção de geração de resíduos de saúde

Geração total (kg/dia)


Meta Ano
Urbana Rural Total
2014 37,9 18,1 56,0
Imediato/ Emergencial 2015 38,6 18,0 56,6
2016 39,4 18,0 57,3
2017 40,1 17,9 58,0
2018 40,9 17,8 58,7
Curto prazo
2019 41,7 17,8 59,4
2020 42,5 17,7 60,2
Médio Prazo 2021 43,3 17,7 60,9

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Plano de Gerenciamento dos Resíduos Sólidos
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2022 44,1 17,6 61,7


2023 44,9 17,5 62,5
2024 45,8 17,5 63,3
2025 46,7 17,4 64,1
2026 47,5 17,4 64,9
2027 48,4 17,3 65,8
2028 49,4 17,3 66,6
2029 50,3 17,2 67,5
Longo prazo
2030 51,2 17,2 68,4
2031 52,2 17,1 69,3
2032 53,2 17,1 70,3
2033 54,2 17,0 71,2
2034 55,2 17,0 72,2

O município informa que não tem controle sobre os resíduos da saúde, visto que o
material privado é de responsabilidade do gerador. Desta forma, a presente projeção se
caracteriza pela média das gerações provenientes dos equipamentos de saúde públicos
do município. Entretanto é notável destacar a necessidade do acompanhamento do
destino final dos resíduos de saúde, assim como precaver soluções em caso de origem
privada dos mesmos. Neste sentido, fica responsável pelo monitoramento desta
atividade a vigilância sanitária municipal, a fim de controlar o correto armazenamento,
tratamento e disposição final destes.

1.2 Projeção de geração de resíduos da construção civil

O adequado método a ser empregado para a quantificação dos resíduos da construção


civil gerados no município Monteiro/PB deve partir de pressuposto da máxima
utilização de dados medidos diretamente. Contudo, a prefeitura do município não
apresenta registros que proporcionem tais dados, assim como, não apresenta controle
do cadastro de licenças para a construção e certidão de Habite-se.

O controle dos respectivos cadastros, caso existentes, proporcionaria um valor


aproximado da área construída (m²) do município em um respectivo espaço de tempo,
sendo assim possível a caracterização por metodologias indiretas comumente utilizadas.
Entretanto, a inexistência destes dados medidos e de controle, dificultam ainda mais o
processo de formulação de indicadores que visem tal estimativa de geração de RCC para
o município.
Neste sentido, foi elaborada uma busca em diversas fontes de informações com o
intuito de buscar valores de geração para o respectivo município. Após a busca, o único
dado encontrado consta no Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS),
o qual descreve que para o ano de 2012 a coleta anual de RCC por Monteiro/PB se
encontra na magnitude de 2.200 toneladas.

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Plano de Gerenciamento dos Resíduos Sólidos
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Desta forma, a solução encontrada foi baseada em um método comparativo com


auxílio da literatura. O qual foi baseado na busca de índices em diferentes municípios,
verificando o padrão de geração da região nordeste (Tabela 15).
Tabela 15. Índices de geração de resíduos da construção civil, população e nível de incidência de verticalização em
diferentes municípios brasileiros separados por região.

Incidência de
Taxa de Geração População
Região Município Verticalização Fonte
(ton. hab./ ano) (hab.)
Urbana
João Pessoa - PB 0,495 Baixa 723.515 Fonseca et al. (2007)
Nordeste

Maceió - AL 0,330 Baixa 932.748 Ruberg (1999) apud Violin (2009)

Salvador - BA 0,230 Baixa 2.675.656 Limpurb, (1999) apud (Pinto 1999)

Vitória da Conquista - BA 0,400 Baixa 306.866 Pinto (1999)

Fonte: Adaptado Fonseca et al. (2007); Ruberg (1999) apud Violin (2009); Limpurb (1999); Pinto (1999);

Em análise aos respectivos índices encontrados é possível verificar que o padrão de


geração nordestino de resíduos da construção civil (RCC) apresenta uma média 0,364
ton.hab./ano.

Na avaliação do número populacional existente em Monteiro/PB e em aplicabilidade


do índice encontrado para a região Nordeste conforme os dados constados na Tabela 15,
o padrão de geração encontrado no município se encontra na escala de 11.764 toneladas
para o ano inicial estimado (2014) e 15.178 toneladas para o horizonte final levado em
consideração (2034).

A respectiva estimativa de geração de resíduos sólidos durante o período total


compreendido de estudo se encontra demonstrado na Tabela 16.
Tabela 16. Estimativa de geração de resíduos da construção civil (RCC) em Monteiro/PB.

Geração total (ton. /ano)


Meta Ano
Urbana Rural Total

2014 7.963 3.801 11.764

Imediato/ Emergencial 2015 8.116 3.787 11.904

2016 8.273 3.775 12.048

2017 8.432 3.762 12.194

2018 8.594 3.749 12.343


Curto prazo
2019 8.758 3.737 12.495

2020 8.926 3.724 12.650

2021 9.096 3.712 12.809

2022 9.270 3.700 12.970


Médio Prazo
2023 9.447 3.689 13.135

2024 9.626 3.677 13.303

2025 9.809 3.666 13.475


Longo prazo
2026 9.995 3.655 13.650

74
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2027 10.185 3.643 13.828

2028 10.378 3.632 14.010

2029 10.574 3.621 14.195

2030 10.773 3.611 14.384

2031 10.976 3.600 14.577

2032 11.183 3.590 14.773

2033 11.394 3.580 14.973

2034 11.608 3.570 15.178

Parte desta quantidade pode ser reutilizada para aterramento de terreno sem fins
nobres (Resíduos classe A), e não deve ser encaminhado ao aterro sanitário devido ao
alto volume que ocupa, além de que não é material biodegradável.

A resolução do Conama 307 de 17/07/2002 que estabelece as diretrizes, critérios e


procedimentos para a gestão dos resíduos da construção civil, apresenta a classificação
dos resíduos, conforme segue:
• Classe A: resíduos reutilizáveis ou recicláveis como agregados;

• Classe B: resíduos recicláveis para outras destinações, como: plástico, papel,

papelão, metal, vidros, madeira e gesso;

• Classe C: resíduos que não foram desenvolvidas tecnologias ou aplicações

economicamente viáveis que permitam sua reciclagem ou sua recuperação;

• Classe D: são resíduos perigosos oriundos da construção, como tintas,

solventes, óleos e outros.

Sendo assim, cada Classe apresenta um tipo de destinação final correta, que deverá ser
estudado conforme legislações específicas. Poderá ainda ser verificada a viabilidade
econômica para a instalação de usina de beneficiamento destes resíduos, que poderão
contribuir para a destinação correta, além da reinserção econômica destes resíduos.

5 PROGRAMAS, PROJETOS E AÇÕES


Programas, Projetos e ações referem-se a estratégias propostas de forma integrada
para suprir as carências e conflitos identificados na fase de diagnóstico e dos cenários e
demandas identificadas pelo prognóstico.

Nesta seção serão abordados os programas relativos aos serviços de gerenciamento de


resíduos sólidos de Monteiro: implementação da coleta seletiva, adequação dos métodos
de destinação, inserção de unidade de triagem de resíduos sólidos, assim como,
encerramento do lixão municipal e recuperação das áreas degradadas, no intuito de se
atingir a universalização destes serviços.

75
Plano de Gerenciamento dos Resíduos Sólidos
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5.1 Programa de Gerenciamento da Coleta Seletiva e Destinação dos


Resíduos Sólidos
O respectivo programa devera se respaldar em proporcionar a inserção da coleta
seletiva e adequada destinação dos resíduos sólidos no município de Monteiro/PB,
regularizando e atualizando o atual sistema e infraestrutura para uma forma eficiente e
adequada as diretrizes da Politica Nacional de Resíduos Sólidos.

5.1.1 Resíduos Domiciliares Urbanos

Os resíduos gerados pelos domicílios de Monteiro deverão ser coletados em cada


residência aproveitando a atual roteirização existente. A mesma apresenta uma
frequência diária, em que os caminhões da prefeitura percorrem os setores da cidade
coletando os resíduos dos munícipes.

A adequada coleta seletiva dos resíduos domiciliares no município e aplicável a


realidade/contexto que se insere o Estado da Paraíba, deverá se desenvolver na
separação de três classes distintas de resíduos:
• Orgânicos (Bagaços e cascas de frutas e legumes provenientes do

processamento de alimentos; cinzas de madeira, restos de alimentos

provenientes de restaurantes, supermercados, resíduos verdes de jardins);

• Rejeitos (como guardanapos, papel higiênico, fraldas descartáveis, etc);

• Recicláveis (materiais de vidro, plástico, papel e metal).

Para que esta coleta ocorra no município de Monteiro algumas adaptações nos
veículos de coleta da prefeitura deverão ser realizadas. A ideia proposta consiste na
adoção de um contentor reboque, o qual deverá apresentar compartimentos para a
coleta de recicláveis e rejeitos, e no caso da caçamba ou caminhão compactador, os
resíduos orgânicos deverão ser destinados ao compartimento de maior volume.
Tais medidas estão baseadas nos dados de composição gravimétrica do município de
Pedras de Fogo (NÓBREGA et al., 2007), utilizado como referência para o presente
estudo, apresentando um valor de cerca de 70% de resíduos orgânicos dentro do total de
resíduos gerados na zona urbana do município.

Nesta coleta o caminhão recolherá os resíduos orgânicos, rejeitos e recicláveis


simultaneamente, para isso serão necessários três trabalhadores para auxílio na coleta
dos mesmos, além de um motorista. O reboque de coleta seletiva terá compartimento de
resíduos orgânicos independente para que não ocorra a contaminação dos recicláveis. A
Figura 36 ilustra alguns exemplos de coleta de rejeitos, recicláveis e orgânicos no mesmo
veículo.

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Plano de Gerenciamento dos Resíduos Sólidos
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A presença de compartimentos separados para os resíduos recicláveis e rejeitos é


muito importante, podendo ser realizada, através de estrutura metálica acoplada em
extremidade do reboque ou mesmo através de conjunto de tambores, buscando sempre
proporcionar que o resíduo de maior volume se mantenha na caçamba com maior
capacidade.

Figura 36. Exemplo de carros integrados de coleta de resíduos domiciliares, com caminhão de coleta de rejeitos/
orgânicos e reboque de coleta seletiva. Fonte: percolado.blogspot.com.br

Ressalta-se que para a plena efetivação da gestão de resíduos sólidos é imprescindível à


participação ativa da população e um amplo programa de sensibilização social e
mudança de hábitos.

Ainda, os catadores de materiais exercem papel fundamental no processo, uma vez


que será a principal mão de obra que atuará na unidade de triagem e compostagem.
Com uma coleta seletiva eficiente ocorrerão ganhos no setor econômico, gerando
renda para famílias carentes, além de um ganho ambiental por este tipo de resíduo não
ser mais encaminhado ao lixão municipal.

Um trabalho eficiente com os catadores deve ser realizado, no sentido de


capacitação para o fortalecimento da associação. Além disso, o programa de Educação
Ambiental precisa trabalhar de maneira intensa com a população para criar o hábito nos
munícipes de separar os materiais, higienizá-los e bem acondicioná-los.

A princípio, o programa de coleta seletiva será dividido em coleta de resíduos


orgânicos, rejeitos, e resíduos recicláveis. Conforme o amadurecimento da população o
programa pode migrar para a separação em outras classes, como papel, plástico e vidro,
tornando a coleta mais eficiente e aumentando a renda dos cooperados.

77
Plano de Gerenciamento dos Resíduos Sólidos
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Como o atendimento a estas soluções é extremamente vinculado à cultura da


comunidade em segregar o resíduo na fonte geradora, a adesão ocorrerá de forma
gradativa, e a cada ano a coleta deve ser mais efetiva onde incidirá numa maior geração
de renda e aumentará a vida útil do aterro sanitário municipal.

A coleta, de responsabilidade da Prefeitura Municipal deverá ocorrer de acordo


com o PGIRS, três vezes por semana, imprescindivelmente. Deverá ser atentado à
manutenção dos veículos para não haver falhas, e em caso dessas manifestarem-se,
veículos substitutos serão empregados (tratores e carroças do município).

A seguir é apresentado como será realizado o acondicionamento, coleta e a


destinação dos RSU (Tabela 17). Os resíduos que não podem ser encaminhados à
compostagem, nem tampouco recicláveis, são considerados rejeitos, como guardanapos,
papel higiênico, fraldas descartáveis, entre outros. Os rejeitos terão como destino final o
futuro aterro, onde serão compactados e acondicionados em valas sépticas (aterro
sustentável de rejeito).

Os resíduos orgânicos de restos de comida serão encaminhados às leiras para


tratamento através da compostagem, gerando adubo orgânico. Os resíduos recicláveis
serão encaminhados à unidade que integrará os catadores de materiais da Associação.
Os materiais serão separados e armazenados para posterior venda, conforme demandas
de mercado.
Tabela 17. Logística de coleta e destinação dos resíduos sólidos domiciliares urbanos - RSU

Processo de destinação dos RSU


Acondicionamento
Resíduos Coleta Destinação/Disposição
feito pelo morador
Caminhão da coleta
Orgânico Sacolas plásticas UGIRS (compostagem)
orgânica/rejeitos/recicláveis
Caminhão da coleta
Recicláveis Sacolas plásticas/caixas UGISRS (triagem)
orgânica/rejeitos/recicláveis
Caminhão da coleta
Rejeitos Sacolas plásticas UGIRS (Aterro)
orgânica/rejeitos/recicláveis

5.1.2 Resíduos na Zona Rural

Atualmente, não acontece à coleta de resíduos na zona rural, sendo os resíduos


queimados a céu aberto pela população em terrenos próprios ou desocupados. Esta
estrutura deverá sofrer alterações, sendo adotada como método a obtenção de recursos
como toneis/contentores e/ou estruturas reaproveitadas que sirvam como recipientes e
sejam também adequadas para a realização da coleta seletiva, reorganização dos recursos
existentes e elaboração de logística para o recebimento assim como retirada dos resíduos
recicláveis e de logística reversa nos equipamentos educacionais estabelecidos na região
rural do município de Monteiro/PB.

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Plano de Gerenciamento dos Resíduos Sólidos
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É notável destacar que para os locais que vierem a receber os resíduos de logística
reversa uma adequada estrutura deverá ser mantida que previna o acesso dos eventuais
jovens a respectivas áreas, uma vez que muito dos resíduos desta magnitude são
caracterizados como perigosos e podem ser altamente prejudiciais a saúde.

Já os locais que deverão servir como ponto de entrega de resíduos recicláveis devem
ser estabelecidos em áreas de fácil acesso e sinalizados/diferenciados em orgânicos,
recicláveis e rejeitos.

Outro fator de importância se caracteriza pela aplicação conjunta de medidas de


educação ambiental para a mobilização da comunidade rural, proporcionando a
participação ativa na separação e transporte dos materiais até os equipamentos
educacionais definidos pela equipe gestora de resíduos do município. As crianças
exercem papel fundamental neste processo, podendo realizar a entrega de materiais, e
serem catalizadores da separação de resíduos para suas famílias (Figura 37).

Figura 37. Logística de coleta e destinação dos resíduos sólidos domiciliares da zona rural.

É relevante constar que para a zona rural, em um cenário futuro posterior a


implantação do plano, se torna pertinente à disponibilização de contentores de baixo
custo para a realização da coleta seletiva, distribuídos de forma estratégica e em
proximidade aos aglomerados populacionais da zona rural.

5.1.3 Resíduos Sólidos da Saúde

Os resíduos sólidos da saúde gerados nos hospitais municipais são de responsabilidade


do município, cabendo a este encontrar soluções adequadas de coleta e descarte destes
resíduos. Em Monteiro, os RSS são atualmente coletados por uma empresa terceirizada,
contratada pela própria fonte geradora. A Prefeitura informa que o material coletado é
encaminhado para o lixão municipal onde é queimado a céu aberto. A coleta é realizada
diariamente por uma equipe própria com 01 motorista e 02 coletores, utilizando para
tal, um trator com caçamba acoplada de 2 m³ de capacidade.

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Como sugestão, recomenda-se o prosseguimento dos serviços realizados pela empresa


terceiriza para a coleta deste tipo de material, porém com uma disposição final mais
adequada que a realizada atualmente. Para isto, pode ser utilizado um sistema de auto
clave para a descontaminação dos RSS, e posterior disposição final destes em uma vala
séptica adequada. Outra sugestão se refere a uma emissão mensal de relatórios
referentes as coletas, por parte da empresa contratada, para que sirvam de controle
municipal deste tipo de resíduo (Figura 38).

Figura 38. Logística de coleta e destinação de resíduos sólidos da saúde.

5.1.4 Resíduos da Construção Civil

No município de Monteiro os resíduos oriundos da construção civil são


predominantemente gerados pelas construções habitacionais e obras de infraestrutura
municipal realizadas pela prefeitura. Isto se associa principalmente pela inexistência de
grandes empreendimentos, resultando em uma tipologia de resíduos gerados, os quais
contemplam materiais básicos de construção.

A atual coleta de RCC se dá por meio de serviços realizados pela prefeitura municipal
através de caminhões e são posteriormente destinados ao lixão municipal, ou triturados
para posterior uso em aterramentos (Figura 39).

Figura 39. Logística de coleta e destinação dos resíduos sólidos da construção civil.

5.1.5 Resíduos de Varrição, poda, e feira municipal

Os resíduos provenientes da poda de árvores e varrição são atualmente coletados por


caminhões caçamba e posteriormente destinados a um terreno especifico de posse da
Prefeitura Municipal de Monteiro, conforme demonstrado na Figura 40.

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Plano de Gerenciamento dos Resíduos Sólidos
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Neste local os resíduos são incinerados a céu aberto buscando diminuir o seu volume
conforme dados explanados pela PMM. Entretanto o adequado manejo dos resíduos de
poda deverá contemplar como seu destino fundamental a compostagem,
proporcionando assim os ganhos financeiros e evitando danos ao meio ambiente.

Figura 40. Terreno em que o município realiza o destino de seus resíduos de poda por meio de resguardo e
queima a céu aberto.

Já os resíduos de varrição coletados no município são classificados como rejeitos e,


portanto devem ser encaminhados ao futuro aterro simplificado em valas.

Figura 41. Logística de coleta e destinação de resíduos sólidos de varrição, poda e roçada.

A coleta e destinação dos resíduos originários da Feira municipal atualmente


acontecem um dia na semana, após a realização das feiras. Este padrão poderá ser
mantido, entretanto, a partir da operação da UGIRSU os resíduos orgânicos podem ser
encaminhados para a compostagem. Lembrando que muitos destes resíduos, já são
culturalmente destinados à alimentação de animais na zona rural do município,
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abrangendo também uma solução ideal de destinação desta tipologia de resíduo, e que
deve ser incentivada.

Figura 42. Logística de coleta e destinação dos resíduos sólidos da feira municipal.

5.1.6 Resíduos de Logística Reversa

A PNRS em seu Art. 33º a obriga ainda, a realização da logística reversa mediante
retorno dos produtos após o uso pelo consumidor, de forma independente do serviço
público de limpeza urbana e de manejo dos resíduos sólidos aos fabricantes,
importadores, distribuidores e comerciantes de:

a) agrotóxicos, seus resíduos e embalagens;

b) pilhas e baterias;

c) pneus;

d) óleos lubrificantes, seus resíduos e embalagens;

e) lâmpadas fluorescentes, de vapor de sódio e mercúrio e de luz mista;


f) produtos eletroeletrônicos e seus componentes.

Para que a logística reversa seja operacionalizada é necessário que se crie pontos de
entrega onde o munícipe possa descartar essa tipologia de resíduo. Para tal, pode ser
implantado um PEV (ecoponto) na zona central da cidade de Monteiro conforme a
Figura 43.

É notável destacar que a Figura 43 denota o local proposto e não a estrutura que
deverá ainda ser elaborada para a coleta dos resíduos de logística reversa no município,
devendo estes coletores de resíduos da construção civil ser alocados de forma conjunta
ou em um novo ponto a ser definido.

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Figura 43. Local em frente à praça central proposto pela Prefeitura Municipal de Monteiro/PB para alocação do
PEV (ecoponto).

A Figura 44 mostra exemplos de ecopontos para resíduos pouco volumosos. Para o


caso da recepção de pneus, ou equipamentos eletrônicos de volumes maiores, é
recomendável que o morador entregue estes materiais diretamente no pátio da UGIRS.

O ecoponto não terá trabalhador diretamente relacionado, entretanto é de


responsabilidade da prefeitura efetuar manutenções necessárias além de coletar e
transportar os resíduos quando os recipientes estiverem próximos à lotação máxima.

Figura 44. Exemplo de ecoponto para resíduos de logística reversa.

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5.1.7 Resíduos Volumosos

A coleta de resíduos volumosos é uma operação que visa recolher móveis,


eletrodomésticos entre outros tipos de materiais que não são mais úteis para os
munícipes, evitando assim que estes materiais sejam dispostos de forma irregular em
pontos de resíduos viciados, que provocam uma série de transtornos para grande parte
da população.

A logística de coleta será a mesma dos RCC, o morador ao solicitar à prefeitura, terá
seu resíduo volumoso coletado por um caminhão e destinado para a UGIRS, para
acondicionamento um espaço para triagem, e aproveitamento de frações passíveis de
reciclagem e comercialização (Figura 45).

Figura 45. Logística de coleta e destinação dos resíduos volumosos.

5.1.8 Resíduos Industriais

Segundo a PNRS, resíduos industriais não recicláveis devem ser destinados a um


aterro específico, denominados aterros industriais. Este processo é de responsabilidade
do gerador, onde usualmente contrata empresa especializada para o transporte e
encaminhamento dos resíduos aos aterros industriais. Estes não devem ser
encaminhados para a unidade de triagem.

Para que essa tratativa seja cumprida é necessário que haja fiscalização. Para tal a
prefeitura deverá formar um comitê que estabeleça rotinas de fiscalização nas indústrias
de Monteiro, periodicamente reunindo-se e realizando vistorias. A comprovação da
destinação final será por meio das notas fiscais de transporte e destinação dos resíduos.
A SUDEMA deverá ser imediatamente acionada na presença de irregularidades na
indústria para que tome medidas cabíveis (Figura 46).

Figura 46. Logística de coleta e destinação dos resíduos industriais.

84
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5.1.9 Resíduos do Matadouro

Os resíduos dos matadouros (ou frigoríficos), como chifres e ossos, são de


responsabilidade do gerador que devem ser tratados como industriais, encaminhar a um
aterro industrial ou a alguma fábrica de subproduto não podendo ir diretamente ao
aterro.

5.1.10 Compilação da Estrutura de Destinação Proposta

A frequência desses serviços pode ser visualizada na tabela abaixo, onde a coleta de
resíduos domiciliares acontecerá três vezes por semana, conforme logística já instalada
no município.
Tabela 18. Frequência de atendimento da coleta de resíduos no município

Tipo de coleta Frequência Local de atendimento Destino


Conforme logística instalada
UGIRSU - Valas
Resíduos sólidos comum 3x por semana seguindo a divisão em área
sépticas
norte e sul
Conforme logística instalada
UGIRSU -
Resíduo orgânico 3x por semana seguindo a divisão em área
Compostagem
norte e sul
Conforme logística instalada UGIRSU -
Resíduos recicláveis 3x por semana seguindo a divisão em área Unidade de
norte e sul triagem
Conforme UGIRSU -
Resíduos da Construção Civil Todo o município
demanda Aterro de inertes
Responsabilidade
Resíduos dos Serviços de Saúde Semanal Todo o município
do contratante
Ecoponto e posterior Retorno ao
Resíduos da Logística Reversa Voluntária encaminhamento para fabricante e/ou
armazenamento na UGIRSU fornecedor
UGIRSU -
Resíduos de poda e desbaste 5x por semana Vias urbanas de Monteiro
Compostagem
Logradouros da área urbana UGIRSU –
Resíduos de varrição 6x por semana
de Monteiro Aterro
UGIRSU -
Resíduos da feira municipal 3x por semana Feira municipal
compostagem

5.2 Programa Educação Ambiental em Coleta Seletiva


O Programa de educação ambiental tem o objetivo de mobilizar a população de
Monteiro a adquirir o hábito, paulatinamente, a partir da geração de resíduos de como
de acondicionar, segregar, e destinar seus resíduos. Operacionalmente, a proposta de
separação de resíduos envolve o acondicionamento de três classes de resíduos:
recicláveis, orgânico e rejeitos.

O programa visa criar instâncias de participação popular com o objetivo de envolver a


comunidade no processo de controle social, não apenas para aspectos vinculados aos
serviços de saneamento básico, mas também para estimular a sensibilização e o

85
Plano de Gerenciamento dos Resíduos Sólidos
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comprometimento dos populares no processo de transformação de sua realidade,


alcançando os níveis mais altos de participação social.

Dessa forma, serão realizadas campanhas de sensibilização sobre a correta gestão dos
resíduos no município. Esta sensibilização será realizada através de educação informal e
formal.

A sensibilização informal consiste em campanhas de promoção de saúde, palestras


com a comunidade, realizadas periodicamente, sobre a separação de resíduos, classes de
resíduos, orientações gerais, estruturas para a entrega voluntária de resíduos,
importância da gestão de resíduos sólidos, etc.

A educação formal refere-se ao trabalho realizado junto às escolas municipais, tendo


os professores como foco possui uma importância determinante dentro das atividades
de educação ambiental. Sendo estes, os transmissores do conhecimento para as crianças
e adolescentes, que contribuirão diretamente para a interdisciplinaridade do
saneamento básico, expondo os alunos de forma criativa e pedagógica a atividades
ambientais educacionais. A capacitação deverá abordar além de conceitos teóricos sobre
saneamento e meio ambiente, atividades instigadoras às práticas sustentáveis de gestão
de resíduos sólidos, resíduos recicláveis, resíduos orgânicos, etc. A Tabela 19 mostra
temas relevantes a serem abordados no programa de educação ambiental de Monteiro.

Ressalta-se ainda a importância da realização de capacitação de lideranças municipais,


para que o conhecimento sobre as práticas adequadas de gestão de resíduos no
município estejam sintonizadas com os objetivos do PGIRS e estes possam difundir a
informação de forma precisa e fundamentada. Devem fazer parte deste grupo os
funcionários públicos e professores, imprescindivelmente.
Tabela 19. Temas relevantes a serem abordados pelo programa de educação ambiental de Monteiro.

Público Alvo do Projeto


de Educação em Saúde e Sugestões de atividades práticas
Saneamento

• Proposição de jornal estudantil elaborado pelos alunos sobre meio ambiente e


resíduos sólidos
• Princípios dos 3R’s
Professores/ Escolas • Atividades de Planejamento Territorial Municipal
• Reciclagem e técnicas; Proposição de ecopontos nas escolas
• Compostagem e técnicas
• Tipos de resíduos que podem ser reciclados
• Compostagem de resíduos orgânicos
• Princípios dos 3R’s
• Setorização da cidade e estruturas que compõe a gestão de resíduos sólidos urbanos
Comunidade no município
• Oficinas de culinária de reaproveitamento e alimentação saudável e
desenvolvimento de hortas comunitárias
• Criação de Associações e fóruns de discussão comunitários;
• Geração de emprego e renda e Arranjos Produtivos Locais – APL;

86
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Público Alvo do Projeto


de Educação em Saúde e Sugestões de atividades práticas
Saneamento

• O papel do catador de materiais na economia municipal


• Associações entre catadores, agregação de valor e aumento de renda
• Vetores de doenças e a gestão de resíduos sólidos
• Riscos ocupacionais para os catadores de materiais

Para a realização de palestras/oficinas poderão ser convidados gestores municipais,


técnicos e pesquisadores de universidades, professores que possuam envolvimento com
a temática, o que propicia uma agregação de conhecimento, dinâmica de sensibilização,
fazendo que a comunidade participe de forma mais ativa e engajada. É importante
ressaltar a necessidade de estratégias para engajar os catadores de materiais recicláveis
para que estes sejam parte da central de triagem, aprimorando as condições de trabalho,
rendimentos e reconhecimento de seu papel na sociedade.

As tratativas com a população devem reforçar a separação de resíduos sólidos


conforme as diretrizes do PGIRS, além de explicar a finalidade do PEV, e das formas de
acondicionamento de resíduos.

Execução das atividades de educação ambiental

Um detalhe maior das atividades a serem desenvolvidas está no cronograma de


atividades apresentado na Tabela 20, com ações previstas para um horizonte de três
anos.

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Estado da Paraíba PGIRS

Tabela 20. Cronograma proposto para as atividades de educação ambiental

Mês
Atividade
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18
Definição de atores X X
Identidade visual, material educativo e panfletagem X X X
Instalação de estruturas de publicidade (cartazes, lixeiras, adesivos, etc) X X
Capacitação de catadores de resíduos X X X X X X
Formalização de cooperativa X
Mobilização social na mídia X X X X X X X X X X X X X X X X
Capacitação de gestores X X
Palestras de educação ambiental X X X X X X X X
Educação ambiental com alunos X X X X X X X X X X X X X X X
Mês
Atividade
19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34 35 36
Definição de atores
Identidade visual, material educativo e panfletagem
Instalação de estruturas de publicidade (cartazes, lixeiras, adesivos, etc)
Capacitação de catadores de resíduos
Formalização de cooperativa
Mobilização social na mídia X X X X X X X X
Capacitação de gestores
Palestras de educação ambiental X X X X X X X X X
Educação ambiental com alunos X X X X X X X X X X X X X X X X X X

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5.3 Programa de Encerramento do Lixão Municipal, Concepção de Aterro e


Recuperação de Áreas Degradadas

1.2.1 Concepção e Implantação de Aterro Sanitário

Os resíduos sólidos coletados e classificados como rejeito, deverão ser encaminhados


primeiramente a um novo local de disposição, sendo este, segundo a PNRS um aterro
sanitário previamente licenciado para tal atividade. Este aterro poderá ser de
administração pública ou privada, na área do município ou próxima a esta em esfera
particular ou de consórcio, conforme cenário mais favorável. Pode-se ainda ser do tipo
convencional, ou seja, aterro sanitário, ou do tipo simplificado, através de valas sépticas.

Em qualquer cenário escolhido, o material classificado como rejeito será depositado na


área de descarte, onde o solo já foi pré-preparado para recebimento deste material, e
receberá por cima uma camada de argila para aterramento do material, evitando assim
os atuais impactos que se configuram no lixão municipal de Monteiro/PB.

Desta forma, a ideia fundamental é que o material reciclável e orgânico recolhido nas
residências municipais será encaminhado a uma Unidade de Gerenciamento Integrado
de Resíduos Sólidos Urbanos (UGIRSU), onde passará por processo de pré-seleção e
classificação deste material, o qual posteriormente será preparado e/ou triado e/ou
beneficiado para armazenamento e venda, gerando emprego e renda no município (ver
5.4). Após o respectivo processamento, apenas o que for considerado rejeito será
disposto no respectivo aterro adequado.

Entre as diferentes alternativas e metodologias de aterros para a disposição dos


resíduos, em conversa com a PMM avaliou-se a adoção de Aterros em Valas Sépticas
(Figura 47) como o melhor método, por apresentar o melhor custo beneficio e agilidade
a ser adotada como medida imediata, viabilizando assim que o município se adeque as
diretrizes da Politica Nacional de Resíduos Sólidos da maneira mais breve o possível.

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Prefeitura Municipal de Monteiro Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos
Estado da Paraíba PGIRS

Figura 47. Método de aterro por valas sépticas. Fonte: ambiente.sp.gov.br

Na sequencia a estas ações se poderá então em um cenário futuro em longo prazo,


adotar o método de aterro sanitário controlado para a disposição dos seus rejeitos de
Monteiro/PB.

5.3.1 Áreas Degradadas no Município

No município de Monteiro/PB existe uma área crítica de destaque que se apresenta


substancialmente degradada pela disposição irregular de resíduos sólidos, caracterizada
pela área utilizada como lixão municipal.
Ainda, no município são encontrados diversificados pontos de acumulo de resíduos
espalhados tanto em áreas urbanas quanto em áreas rurais (Figura 48), estando estas
localizadas muitas vezes próximas a áreas ambientais vulneráveis.

90
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Figura 48. Pontos aleatórios de acumulo de resíduos no município de Monteiro/PB.

Nestas áreas são diagnosticados diversos potenciais impactos negativos, tais como a
poluição via contaminação do lençol freático, dos recursos hídricos superficiais, do solo,
emissões atmosféricas intensificadas, odores desagradáveis, desenvolvimento de vetores
de doença por meio de animais e insetos e alteração da paisagem natural da área (Figura
49).

91
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Figura 49. Potenciais impactos ocasionados pelo acumulo de resíduos em disposição em áreas caracterizadas
como lixões. Fonte: Feam, 2010.

O Lixão de Monteiro/PB apresenta potenciais impactos similares aos demonstrados na


Figura 49, caracterizados principalmente pelo percolado que acarreta em infiltração no
solo e consequentemente poderá contaminar o lençol freático da localidade (Figura 50).

Figura 50. Registro do percolado dos resíduos sólidos (solo contaminado escuro) observado no Lixão de
Monteiro/PB.

92
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A alteração da paisagem natural, a geração de gases metanos e gases sulfídricos


ocasionados pela decomposição dos resíduos (odores desagradáveis), assim como a
geração de vetores de doenças na área são impactos também evidenciados (Figura 51).

Figura 51. Registro de impactos como alteração da paisagem natural da área, susceptibilidade a geração de
vetores de doenças.

Em outra abordagem os lixões também respaldam em impactos negativos nas questões


sociais, tais como servindo de abrigo para catadores em condições não humanitárias,
pois os mesmos, ocupam a respectiva localidade em busca de comida para a
alimentação, assim como a coleta de materiais descartados para a venda, tornando-os
assim suscetíveis a problemas de saúde.

Em uma contextualização geral, são diversas as áreas degradadas e impactadas no


município pelos resíduos incorretamente dispostos, devendo estas previamente a sua
recuperação, serem reavaliadas durante as etapas de reabilitação, buscando
compreender as suscetíveis interações impactantes e diagnosticar assim a extensão de
possíveis novas áreas degradadas.

5.3.2 Encerramento do Lixão e Propostas de Recuperação da Área Degradada

A recuperação das áreas degradadas por resíduos sólidos no município deverá ser
realizada em duas amplitudes, sendo a primeira, em forma de reabilitação da área que
contempla o lixão municipal de Monteiro /PB e a limpeza dos pontos de acumulo de
resíduos que se encontram espalhados por todo o município, mitigando também
eventuais impactos que tenham sido ocasionados pelo respectivo
acondicionamento/disposição irregulares.

Os esforços iniciais do município se configuram pela contratação de profissional


técnico especifico (Eng. Ambiental) para a execução do encerramento e recuperação da
área degradada, algumas medidas já se encontram sendo realizadas conforme
demonstrado na Figura 52, onde a limpeza do terreno já se encontra em processo de
execução.

93
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Estado da Paraíba PGIRS

Figura 52. Inicio das intervenções para recuperação da área degradada no lixão municipal de Monteiro/PB.

A continuidade da recuperação da área se dará por meio da restituição física e


biológica do ecossistema degradado a uma condição não degradada, podendo esta ser
diferente de sua condição original como é definida pela Lei Federal 9985/2000 (SNUC).
Trata-se de retornar às condições de funcionamento, pois objetiva recuperar a estrutura
(composição em espécies e complexidade) e as funções ecológicas (ciclagem de
nutrientes e biomassa) do ecossistema.

É notável constar que a limpeza no município deverá ser realizada posteriormente a


instalação da proposta de aterro controlado, destinando e dispondo assim os resíduos da
maneira adequada e proporcionando assim a sua disposição ambientalmente adequada.

5.3.2.1 Projeto de Recuperação de Área Degradada e Encerramento do Lixão


Municipal

Para se garantir que a respectiva área degradada pelo lixão se encontre adequadamente
reabilitada, se torna pertinente à adoção de conteúdo mínimo para a execução do
projeto de recuperação, visando assim resguardar e preparar as futuras empresas frente
às exigências mínimas ambientais esperadas, realizando que a antiga área de lixão, seja
encerrada de maneira adequada, mitigando os impactos acima listados no item 5.3.1.
Neste sentido, a continuidade do projeto do Projeto de Recuperação de Área
Degradada (PRAD) deverá conter ao menos os seguintes itens:

A. Informações Preliminares

As informações preliminares deverão contemplar dados referentes às respectivas áreas


a serem recuperadas, assim como os responsáveis pelo projeto de recuperação e
responsáveis pela execução física do PRAD.

B. Caracterização Ambiental

A caracterização deverá contemplar os principais dados que tangem os aspectos


climáticos, hídricos, geológicos, bióticos da área e aqueles que forem pertinentes para o
caso de estudo.

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C. Dimensionamento de Impactos

A realização do dimensionamento dos impactos deverá ser realizada como ferramenta


fundamental e preparatória, visando assim caracterizar e constatar os impactos
existentes na área do lixão do município de Monteiro/PB, provendo informações
norteadoras para a adequada tomada de decisões durante a realização do projeto de
recuperação.

As análises aprofundadas deverão buscar as seguintes amplitudes:


a. Levantamento Geotécnico
b. Levantamento Planialtimétrico
c. Análise das Águas Superficiais
d. Análise das Águas Subterrâneas
e. Análise do Solo
f. Análise Atmosférica
g. Impactos Constatados

D. Planejamento

O planejamento da recuperação das áreas degradadas deverá contemplar todas as


informações que se demonstrarem pertinentes quanto as diferentes etapas de projeto,
buscando descritivamente explanar as medidas a serem adotadas e como as mesmas
serão executadas.

No respectivo item se torna apropriado abordar as seguintes características:

Preparação da Área

• Plano de Remoção e Ressocialização dos Catadores


• Adequação/Inserção de Acessos para Trabalho
• Isolamento e Segurança da Área
• Controle de Pragas
Projeto Físico por Recuperação Simples do Lixão

• Delimitação da Área do Lixão a ser Recuperada


• Projeto de Realocação/Reconformação dos Resíduos (Temporário)
• Projeto de Distribuição dos Resíduos em Acordo com Metodologia Definida
(Rampa/Valas/Taludes)
• Projeto de Drenagem de Lixiviado
• Técnicas de Compactação dos Resíduos com Terra
• Projeto de Realocação/Reconformação dos Resíduos em acordo com as
Técnicas Definidas
• Projeto de Recobrimento Inicial da Área por Argila
• Projeto de Inserção de Drenos Verticais de Gases

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• Projeto de Recobrimento Final (Terra e Gramíneas)


• Possíveis Usos Futuros da Área

E. Monitoramento e Controle de Fatores Ambientais

O monitoramento da área deverá ser realizado periodicamente até que o ambiente se


apresente recuperado e livre de riscos ambientais que respaldem na saúde humana. A
amplitude das análises deverá estar em consonância com os itens descritos no
dimensionamento de impactos do PRAD, buscando assim observar como se encontra o
andamento da recuperação via avaliação das características físico químicas das variáveis
previamente selecionadas.

Desta forma, a respectiva fase de monitoramento deverá abordar medidas corretivas


em caso de não recuperação dos impactos levantados, buscando assim solucionar
eventuais problemas detectados.

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5.4 Programa de Estruturação de uma Unidade de Gerenciamento Integrado


de Resíduos Sólidos Urbanos (UGIRSU)
No município de Monteiro/PB, conforme as diretrizes constadas no Apoio Técnico e
Metodológico aos Municípios Paraibanos, expedido pela Procuradoria do Ministério
Publico de Defesa do Meio Ambiente e do Patrimônio Social, instiga que os municípios
do Estado da PB, estruturem uma Unidade de Gerenciamento Integrado de Resíduos
Sólidos Urbanos (UGIRSU), conforme o seu modelo. Conforme o documento, a
respectiva usina deverá contemplar a separação dos resíduos recicláveis junto à
associação de catadores do município quando existentes, os resíduos orgânicos para
compostagem e rejeitos para o respectivo aterro regularizado municipal.

As diretrizes e estratégias deverão respeitar as exigências da Lei 12.305/2010 e da Lei


11.445/2007, enfatizando a questão da sustentabilidade econômica e ambiental, com
atenção no encerramento dos lixões existentes.

A atenção deverá ser central para a questão da inclusão social dos catadores de
materiais recicláveis. As ações programadas deverão estar em harmonia com as ações
para a redução da degradação da qualidade ambiental e da saúde humana,
compatibilizando-se com os objetivos da Política Nacional sobre Mudanças do Clima
(MMA; ICLEI, 2012).

Mediante isso, os catadores de materiais recicláveis devem ser integrados em uma


cooperativa para que sua fonte de renda seja mantida e que as condições de trabalho
sejam melhoradas. Atualmente em Monteiro se encontra a Associação de Catadores –
AMAS, além da presença de catadores informais.

5.4.1 Modelo de Projeto da Central de Triagem

O Ministério do Meio Ambiente propõe um modelo de projeto de Unidade de


Triagem de resíduos sólidos originados de coleta seletiva em municípios. A organização
desta unidade pode se dar conforme a Figura 53.

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Figura 53. Modelo de central de triagem proposto pelo MMA. Fonte: MMA, 2014

O esquema produtivo da atividade pode ser organizado seguindo o layout abaixo


(Figura 54). Ressalta-se que neste modelo não está inserido o local para a realização de
compostagem.

Figura 54. Layout da unidade de triagem proposto pelo MMA. Fonte: MMA, 2014

Já conforme as diretrizes constadas no Apoio Técnico e Metodológico aos Municípios


Paraibanos, expedido pela Procuradoria do Ministério Publico de Defesa do Meio

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Ambiente e do Patrimônio Social a respetiva UGIRSU deverá contemplar os seguintes


itens:

a. Unidade de recicláveis: galpão que recebe dos caminhões de coleta a


matéria orgânica (resíduo molhado) e a fração reciclável. Esta última,
separada e classificada por tipo, sendo armazenada para posterior
venda ou repasse. A parte molhada será transportada para o pátio de
compostagem para se transformar em composto orgânico;
b. Unidade de composto orgânico: galpão que recebe a fração da matéria
orgânica transformada no pátio de compostagem, armazenando-o para
venda ou repasse;
c. Pátio de compostagem: área livre utilizada para transformação da
matéria orgânica em composto orgânico;
d. Aterro de rejeitos: aterro sanitário que recebe rejeitos provenientes da
coleta seletiva, dos rejeitos produzidos pela triagem dos recicláveis e
dos rejeitos da matéria orgânica.

Edificações acessórias

a) Guarita: edificação que controla a entrada e saída de caminhões,


funcionários da unidade e visitantes, além de possuir área para
pesagem de todo material que ingressa na unidade;
b) Área de convivência: edificação composta por salão de refeição,
banheiros, área de apoio e enfermaria;

Entretanto, a adoção de aterro de rejeitos de forma conjunta à respectiva unidade de


gerenciamento se caracteriza como uma ideia de facilitação logística e econômica,
porém, diversos autores ressaltam a importância em se separar às comunidades destas
áreas, pois uma vez que as mesmas se encontrem trabalhando na localidade, muitas
vezes se torna um incentivo aos trabalhadores da unidade de triagem a estabelecerem
suas moradias junto a áreas insalubres próximas aos aterros sanitários, caracterizando
um grave problema social a médio e longo prazo.

5.4.1.1 Dimensionamento de Recursos Humanos

Para o dimensionamento da central pode ser utilizado os valores de referência do


Ministério do Meio Ambiente (MMA, 2014), conforme a Tabela 21.
Tabela 21. Dados de referência para dimensionamento de unidade de triagem

Funções Dimensionamento
Coletores de rua Coletores, com carrinhos manuais conseguem recolher 160 kg/dia
Triadores internos Conseguem triar 200 kg/dia
Deslocadores de tambores 1 a cada 5 triadores

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Retriadores de plástico 1 a cada 5 triadores


Retriadores de metal 1 a cada 15 triadores
Enfardadores Conseguem enfardar 600 kg/dia
Administradores 1 a cada 20 pessoas na produção

Para a organização das funções durante a triagem da central pode ser utilizado os
valores de referência do Ministério do Meio Ambiente (MMA, 2014), o qual descreve
que para a cada 05 triadores são necessários 01 deslocador de tambores, 01 retriador
conforme cada tipologia de resíduo.

Com base nesses parâmetros é possível avaliar que a geração diária de resíduos do
município de Monteiro alcança 25 ton./dia, e segundo o estudo gravimétrico referência
(NÓBREGA, 2007), cerca de 10% destes são recicláveis, portanto, em estimativa são
necessários um mínimo de 13 triadores, 03 deslocadores de tambor e 06 retriadores,
além de 02 pessoas para a operação da prensa, totalizando uma demanda de 24 pessoas
excluindo-se os gestores administrativos.

5.4.1.2 Dimensionamento do Pátio de Compostagem

É realizado o dimensionamento da unidade de compostagem tendo por base a


projeção da população para um cenário de 20 anos, considerando uma população
urbana ao redor de 31 mil habitantes para 2034,e uma geração de 50% de resíduos
orgânicos (Tabela 22). Para as seguintes quantificações foi adotado o Termo de
Referencia de Gerencimento Integrado de Resíduos Sólidos disponibilizado pelo Estado
da Paraíba.
Tabela 22. Dados para o dimensionamento da compostagem

BALANÇO DE MASSA
Pop. Urbana ano 2030 31.000 habitantes
Contribuição per capita 1 Kg/hab./dia
Quant. de resíduo diária 31.000 Kg/dia
Densidade da MO 800 Kg/m³ Reciclável 0,35
Densidade do Resíduo 350 Kg/m³ Orgânico 0,5
Densidade outros materiais 500 Kg/m³ Rejeitos 0,15
Rejeito de reciclagem 0,08 Materiais Recicláveis
Rejeito na compostagem 0,1 Matéria Orgânica
Perdas na compostagem 0,4 Matéria Orgânica

O fluxograma com as massas de resíduos geradas é mostrado na Figura 55, onde


considera as perdas de matéria orgânica devido à presença de rejeitos e também perda
massa associada à desidratação da matéria orgânica em cerca de 40%.

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Figura 55. Quantificáveis de resíduos orgânicos para compostagem

Para o dimensionamento das leiras foi utilizado as seguintes especificações (tabela 23).
Tabela 23. Dimensionamento de leiras

Vol. MO.
Leiras MO diária MO diária nº dias
diária
Volume (dia de
D (m) h (m) Área (m²) (kg) (m³/dia)
(m³) comp.)
3 1,5 7,07 3,53 13.500,00 16,88 90
nº de Esp. Área
Vol. total Área c/Esp. Área Pátio
Leiras Leiras Leira
(m³) em 90
(un.) (m) (m²) (m²) (m²)
dias
1.518,75 430 0,5 9,62 12,25 5.264,05

5.4.2 Instruções Sintetizadas de Operacionalização

A operacionalização das unidades de gerenciamento em síntese deverão abordar as


condições para que o respectivo resíduo recebido seja triado assim como tratado e
condicionado a venda. Para isto, são necessárias diversas etapas que contemplam desde
o recebimento, armazenamento inicial, triagem, armazenamento secundário, prensagem
e armazenamento final. Lembrando que este fluxo operacional explanado geralmente é
realizado para a gestão dos resíduos secos, ou seja, recicláveis.

Em outra amplitude são tratados também paralelamente os resíduos orgânicos, por


meio do método de compostagem natural a qual proporciona que tais resíduos se
tornem adubo (composto rico em nutrientes) para utilização posterior na agricultura.

Portanto, foi elaborado um fluxograma que deverá sintetizar todas as interações


existentes na futura unidade de gerenciamento de Monteiro, demonstrando de forma

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lógica e sequencial os passos previamente descritos (Figura 56). Além disto,


posteriormente, cada etapa será detalhada de maneira separada, buscando preparar o
futuro gestor da unidade frente às questões operacionais.

5.4.2.1 Equipe Gestora e Administrativa da Unidade

A prefeitura municipal deverá prover que a usina apresente um setor administrativo,


que por sua vez irá controlar as interações financeiras, a divisão dos lucros aos
associados/cooperados, e pagamento dos custos operacionais (alimentação e EPI), além
de articular o funcionamento da usina.

Esta equipe gestora também desenvolverá o papel de capacitação dos


cooperados/associados, e monitoramento do relacionamento interpessoal dos mesmos.
É recomendável que ao menos um membro desta equipe apresente conhecimento
técnico na área de meio ambiente e/ou gerenciamento de resíduos.

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Figura 56. Esquematização do funcionamento da unidade de gerenciamento de resíduos sólidos a ser instalada no município de Monteiro/PB

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5.4.2.2 Sensibilização, Funções e Capacitação dos Cooperados ou Associados

Em um primeiro momento se torna necessário à sensibilização dos catadores bem


como a união dos mesmos no município, fortalecendo o setor em por meio de uma
cooperativa/associação unificada. Para tal, o gestor deve buscar desenvolver e
demonstrar as questões positivas das futuras mudanças passíveis de ocorrer, tanto nas
condições de trabalho, quanto na melhora da qualidade de vida.

É relevante que os gestores municipais encarregados consigam desenvolver esta


conscientização interpessoal dos catadores, e enfatizar a importância que os mesmos
possuem em desempenhar esta atividade tão essencial ao desenvolvimento das
populações.

Na sequência destas medidas de unificação se dá início a capacitação dos mesmos e


avaliação das características físicas de cada associado/cooperado, realizando também a
distinção por sexo e idade, ou seja, a distribuição de funções na unidade deverá
contemplar que aqueles que se apresentarem mais “fracos”, e/ou em maior idade e/ou
serem do sexo feminino, apresentarem preferência para trabalhos que não desenvolvam
muita exigência de força.

Neste entendimento, cada cooperado/associado deverá ser capacitado para


desempenho de sua respectiva função, sem deixar de compreender todo o ciclo de
funcionamento da unidade.

5.4.2.3 Recepção dos Resíduos

A recepção dos resíduos deverá ser realizada com auxílio de uma equipe definida dos
cooperados/associados, buscando a organização e diferenciação das sacolas das três
tipologias de coleta de resíduos realizadas no município, o orgânico, reciclado e rejeito.
Desta forma, nesta etapa de recebimento, as sacolas preenchidas com lixos de banheiro,
guardanapos, e outros rejeitos não deverão ser descarregados, mas mantidos no
caminhão de coleta para disposição posterior no aterro municipal. Os demais resíduos
orgânicos, e secos (recicláveis), deverão ser retirados do caminhão e encaminhados à
área de armazenamento inicial.

5.4.2.4 Armazenamento Inicial


Esta área deverá ser definida em localização com ausência de fatores como incidência
solar, chuva e vento pela equipe gestora do PGIRS após a conclusão da unidade,
evitando assim a geração de percolados prejudiciais ao meio ambiente.

Nesta etapa o enfoque se enquadra na “triagem” inicial dos resíduos, separando assim
as sacolas com conteúdo orgânico das que apresentarem conteúdo reciclável. Neste
sentido, estas sacolas devem ser organizadas de forma alocada na área definida,

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contemplando em caso de acúmulo, a recirculação dos resíduos, não permitindo que


resíduos antigos (armazenados há muito tempo) permaneçam sem tratamento.

Os resíduos recicláveis deverão ser retirados das sacolas e dispostos na esteira,


iniciando assim a triagem dos resíduos secos. Os resíduos orgânicos (úmidos), por sua
vez, deverão ser primeiramente avaliados nas próprias sacolas ou montes em área
apropriada, para análise das condições do resíduo. Em caso de constatação da presença
de grande quantidade de rejeitos misturados, a respectiva sacola/porção de resíduo
poderá ser desclassificada e encaminhada como rejeito ao aterro municipal. No caso em
que a mesma se apresente qualificada, ou seja, com a presença predominante de
resíduos orgânicos que apresentem decomposição e com pouca/nula mistura de rejeitos
a mesma deverá ser encaminhada ao pátio de compostagem.

5.4.2.5 Triagem dos Resíduos Recicláveis e Armazenamento Secundário

A triagem dos resíduos deverá acontecer em especifico com os resíduos recicláveis,


onde os cooperados/associados trajados com equipamento de proteção individual
adequados deverão realizar a segregação dos mesmos com auxílio da esteira, separando-
os assim em papeis, metais, plásticos e vidros.

No que se refere à organização das bancadas de triagem, o modelo ideal a ser aplicado
se encontra constado na Figura 57, o qual demonstra que cada triador deverá apresentar
um espaço para trabalho de 1,5m de distância.

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Figura 57. Exemplo de esquematização de layout durante a etapa de triagem e armazenamento secundário.

No momento em que a separação acontece se torna necessário o acondicionamento


dos mesmos através de “bags”, sacos de ráfia, bombonas de plástico ou coletores
especiais com grande capacidade. Quando as bombonas (ou outro método de
armazenamento) se encontrarem totalmente preenchidas e separadas por tipo de
resíduo, os deslocadores deverão levá-los ao local de armazenamento secundário em
aguardo para a retriagem pelos encarregados, que por sua vez, classificarão as demais
ramificações dos recicláveis (exemplo ramificação do plástico PET), para assim possam
ser encaminhados ao setor de prensagem.

E notável destacar que os resíduos de vidro devem ser armazenados em recipientes


resistentes e seguros para transporte como as bombonas plásticas ou contentores
especiais. Assim como o plástico PET, os papelões devem ser triados e acondicionados
também de forma diferenciada às demais tipologias de papel.

Nesta etapa de triagem também são gerados rejeitos, os quais devem ser
desclassificados, resguardados, e encaminhados para o futuro aterro regularizado do
município. Lembrando que a quantidade de rejeito triado será inversamente
proporcional a qualidade do reciclável e o nível de conscientização dos munícipes.

5.4.2.6 Prensagem

A prensagem consiste na realocação dos resíduos, separados por tipo, advindos do


armazenamento secundário no maquinário, onde por força hidráulica realiza um
processo de compactação, tornando-o um fardo denso. Todos os recicláveis podem ser
compactados, excluindo os vidros, que por sua vez podem ser triturados para economia
de espaço.

5.4.2.7 Armazenagem Final

Na sequência da prensagem os fardos devem ser resguardados até sua venda de forma
organizada e de um modo que promova o máximo aproveitamento de espaço dentro da
unidade. A movimentação destes fardos poderá ser feita por carros empilhadeiras.

5.4.2.8 Compostagem

O local onde será efetuada a compostagem (pátio de compostagem) deve ser


pavimentado (concreto ou asfalto), com sistema de drenagem, e permitir insolação.
Após o recebimento dos resíduos e a classificação da qualidade orgânica do mesmo, a
disposição da matéria orgânica no pátio deverá ocorrer de modo a formar leiras com
dimensões aproximadas de 2,5 a 3 m de diâmetro; e altura em torno de 1,5 metros, a
qual deverá cobrir aproximadamente 12,25 m².

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Os cooperados/associados deverão verificar a umidade, a qual deverá ser mantida em


torno de 55%, e principalmente a temperatura que deverá permanecer a uma média de
55ºC na fase inicial (fase ativa aproximadamente 60 dias) de decomposição, e 30 a 45ºC
na fase de degradação (aproximadamente 30 dias).

Em caso de temperaturas muito altas (acima de 65ºC) medidas ao centro das leiras, as
mesmas deverão ser resfriadas por meio da reconformação das leiras até que a
temperatura se encontre dentro do ideal, e mais próxima dos 55ºC. Nesta etapa ainda
deve-se garantir o fornecimento de oxigênio, por meio de reviramento das pilhas com
frequência de 3 dias no primeiro mês e de 6 dias até o termino da fase de degradação
ativa.

Na constatação de umidade excessiva nas leiras se torna cabível a adoção de mantas ou


lonas que protejam as leiras e promovam a evaporação de tal umidade e proteção contra
chuva, evitando assim ainda mais o aumento no índice de umidade.

A temperatura começa a reduzir após três meses, sendo iniciada a fase de maturação,
quando a massa da compostagem permanecerá em repouso e quase pronta para
comercialização (aproximadamente 30 dias).

Figura 58. Esquema das fases do processo de compostagem e a temperatura ideal necessária. Fonte: FEAM, 2005

Além das condições bem controladas, a compostagem exige que o composto seja
originário apenas de resíduos orgânicos compatíveis com o processo. Para preparar o
composto são necessários dois tipos de materiais: os que se decompõem facilmente,
como restos de comida e esterco, além dos materiais que se decompõem de forma mais
lenta, como palhas e folhas. Os microrganismos necessitam de uma mistura de matéria
rica em carbono, ou seja, rica em energia (resíduos palhosos e vegetais secos) e um
pouco de material rico em nitrogênio (restos de comida, lodos, estercos, etc.). A Tabela
24 mostra exemplos de resíduos compostáveis e não-compostáveis:

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Tabela 24. Exemplos de resíduos compostáveis e não compostáveis

Compostáveis Não Compostáveis


• Restos de vegetais crus;
• Restos e cascas de frutas;
• Borras de café, incluindo filtros;
• Arroz e massa cozinhados;
• Carne, peixe, marisco, lacticínios e gorduras
• Folhas verdes;
(queijo, manteiga e molhos);
• Sacos de chá;
• Excrementos de animais;
• Cereais;
• Resíduos de jardim tratados com pesticidas;
• Ervas daninhas sem sementes;
• Plantas infestadas com insetos;
• Restos de relva cortada e flores;
• Cinzas de carvão;
• Cascas de ovos esmagadas;
• Ervas daninhas com semente;
• Pão.
• Têxteis, tintas, pilhas, vidro, metal, plástico,
• Feno e palha;
medicamentos e produtos químicos.
• Aparas de madeira e serradura;
• Relva seca;
• Folhas secas;
• Ramos pequenos.

Ao fim do período de maturação será então realizado o peneiramento que


proporcionara um composto mais fino e selecionado, as partículas retidas na peneira
deverão ser enviadas para o aterro municipal. Este composto deverá primeiramente ser
enviado em amostragem de 01 kg a um laboratório para que sejam feitas as análises e
então ensacados pelos cooperados/associados em caso de aprovação segundo as
diretrizes do Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento público em seu
Decreto nº 4.954 em 14 de janeiro de 2004.

5.4.2.9 Tratamento de efluentes


Com a lavagem da unidade, efluentes com potencial poluidor serão gerados, além dos
efluentes do pátio de compostagem dos orgânicos. Estes devem passar por tratamento
que podem incluir sistema de fossa/filtro anaeróbio/sumidouro e ainda associado com
lagoa anaeróbia.

5.4.2.10 Disposição Final de resíduos


Com objetivo de realização de disposição final legalizada em caráter emergência pode
ser adotada a utilização de Aterros Sanitários de Pequeno Porte (ASPP). Considerando
as dificuldades que os municípios de pequeno porte enfrentam na implantação e
operação de aterro sanitário de resíduos sólidos, para atendimento às exigências do
processo de licenciamento ambiental foi instituída, pela resolução CONAMA 404/2008
diretrizes para a realização do licenciamento ambiental de aterro sanitário de pequeno
porte de resíduos sólidos urbanos.

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A viabilização desses aterros passa pela geração diária de resíduos sólidos, os quais
devem receber uma disposição diária de até 20t (vinte toneladas) de resíduos sólidos
urbanos. Monteiro atualmente possui uma geração de aproximadamente 25 toneladas
diárias, se enquadrando na resolução CONAMA 404 para aterros de pequeno porte
desde que um mínimo de 5 toneladas sejam reduzidas através do processo de coleta
seletiva.
Tabela 25. Metas propostas para a destinação final de resíduos sólidos urbanos

Metas Imediato Curto Prazo Médio Prazo Longo Prazo


Encerramento de lixões X
Disposição final adequada de rejeitos de
X
resíduos urbanos (ASPP)
Disposição final adequada de rejeitos da
X
construção
Encerramento de ASPP X
Disposição final adequada de rejeitos de
X
resíduos industriais perigosos
Busca de parcerias para instalação de
X
Aterros Sanitário em consórcio
Instalação de Aterro Sanitário X X
Disposição final adequada em aterro
X
sanitário
Disposição final adequada de resíduos
X X
do lixão e recuperação da área degradada

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5.4.3 Proposição de área para a implantação da Unidade de Gerenciamento


Integrado de Resíduos Sólidos – UGIRSU

Deverá ser prospectada uma área para a alocação da Unidade de Gerenciamento


Integrado de Resíduos Sólidos – UGIRSU por parte da Prefeitura Municipal de
Monteiro – PB.

A prospecção para a área de instalação da unidade de gerenciamento poderá seguir


alguns dos critérios e diretrizes propostos pela Resolução CONAMA nº 404,
estabelecida em 11 de novembro de 2008, tais como:

• vias de acesso ao local com boas condições de tráfego ao longo de todo o ano,
mesmo no período de chuvas intensas;
• uso de áreas com características hidrogeológicas, geográficas e geotécnicas
adequadas ao uso pretendido, comprovadas por meio de estudos específicos;
• uso de áreas que atendam a legislação municipal de Uso e Ocupação do Solo,
• impossibilidade de utilização de áreas consideradas de risco, como as
suscetíveis a erosões, salvo após a realização de intervenções técnicas capazes
de garantir a estabilidade do terreno.
• impossibilidade de uso de áreas ambientalmente sensíveis e de vulnerabilidade
ambiental, como as sujeitas a inundações.

6 PLANO DE EXECUÇÃO E CUSTOS ESTIMADOS DE


INSTALAÇÃO E EXECUÇÃO DO PGIRS
6.1 Estimativa de Investimentos para Aplicação dos Programas do PGIRS

6.1.1 Execução e Investimentos das Ações do Programa de Gerenciamento da


Coleta Seletiva e Destinação dos Resíduos Sólidos

As respectivas ações deverão ser executadas em acordo com as metas estipuladas,


universalizando os serviços de coleta seletiva no município de Monteiro/PB. A ordem de
execução deverá seguir as informações explanadas na Tabela 26.
Tabela 26. Ações e metas a serem executadas no Programa de Gerenciamento da Coleta Seletiva e Destinação dos
Resíduos Sólidos no município de Monteiro/PB.

Programa de Gerenciamento da Coleta Seletiva e Destinação dos Resíduos Sólidos


Meta
Ações
Imediato Curto prazo Médio prazo Longo prazo
Estruturação da Formalização do apoio Controle das
Elaboração de um método de
Infraestrutura municipal e atividades e registros
Resíduos quantificação de resíduos
(readequação /compra dos integralização da quantitativos e
Domiciliares veículos coletores, EPI's e
sólidos domiciliares destinados
cooperativa de catadores qualitativos dos
a UGIRSU
uniformização); municipal; resíduos coletados e

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Aperfeiçoamento do método de destinados;


Readequação da logística
coleta efetivado por análise das
de coleta e implementação
dificuldades observadas nos
do método de destinação
primeiros anos de coleta
diferenciado;
seletiva;
Integração dos catadores de
forma regularizada como Limpeza gradual de todos os
método de recolhimento de pontos de acumulo de lixo
resíduos sólidos urbanos existentes na zonal urbana.
recicláveis.
Estruturação da Elaboração de projetos junto a
infraestrutura de coleta nas sociedade que visem o continua
áreas rurais(aquisição de atenção e manutenção e
contentores para a coleta incentivo a triagem dos
seletiva); resíduos;
Estruturação do método de
Controle das
entrega voluntaria Controle das atividades
atividades e registros
conforme pontos e registros quantitativos
Resíduos da quantitativos e
estratégicos; e qualitativos dos
Zona Rural Conscientização dos resíduos coletados e
qualitativos dos
Limpeza gradual de todos os resíduos coletados e
moradores da zona rural do destinados
pontos de acumulo de lixo destinados
município;
existentes na zonal rural.
Inserção da coleta por
caminhões conforme a
demanda dos resíduos
recicláveis separados pela
população rural;
Implementar a coleta de
Aquisição e instalação de resíduos da saúde e
maquina de autoclave a ser destinação dos mesmos
instalada na área do futuro ao sistema municipal de
aterro por valas; tratamento (apenas dos
Controle das
serviços públicos);
Resíduos Manter o sistema atividades e registros
Implementar um
terceirizado para quantitativos e
Sólidos da destinação dos respectivos
sistema de
qualitativos dos
Saúde monitoramento da
resíduos; Comercializar o serviço de resíduos coletados e
prefeitura em combate
autoclave para empresas destinados
as destinações
terceirizadas responsáveis pela
irregulares de resíduos
coleta dos resíduos de saúde;
sólidos da saúde
(fiscalização das
entidades privadas)
Manter o sistema de coleta
existente apenas o
aperfeiçoando;

Implantação da
Estruturação da Conscientização da sociedade Controle das
cobrança pela coleta dos
Resíduos Da infraestrutura de coleta e frente a questão que os resíduos atividades e registros
respectivos resíduos
sua respectiva logística da construção civil são de quantitativos e
Construção tanto nas áreas rurais responsabilidade dos geradores e
visando apenas o valor
qualitativos dos
Civil dos custos operacionais
quanto urbanas; que a prefeitura deverá cobrar resíduos coletados e
para a destinação dos
pela retirada dos mesmos; destinados
mesmos;
Adequação de área
adequada para recebimento
dos resíduos da construção
civil;

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Inserção de novos contentores


municipais, principalmente nas
Estruturação da Controle das
Resíduos infraestrutura
áreas onde ocorrem as feiras, Controle das atividades
atividades e registros
praças e áreas que por sua vez e registros quantitativos
Varrição, (readequação/compra dos quantitativos e
apresentem grande e qualitativos dos
Poda e Feira veículos coletores, EPI's,
movimentação de pessoas; resíduos coletados e
qualitativos dos
equipamentos operacionais resíduos coletados e
Municipal destinados
e uniformização); destinados
Conscientização dos feirantes
para a realização da coleta
seletiva;
Estabelecimento de parcerias
com empresas que apresentem
responsabilidade compartilhada
das tipologias de resíduos
Controle das
Estruturação de ponto de coletadas, devolvendo os Controle das atividades
Resíduos de atividades e registros
entrega voluntária (PEV) mesmos a seus fabricantes e e registros quantitativos
quantitativos e
Logística em local(is) estratégicos mitigando os custos e qualitativos dos
qualitativos dos
conforme a demanda operacionais municipais pela resíduos coletados e
Reversa resíduos coletados e
avaliada; coleta dos mesmos; destinados
destinados
Adequação de área na UGIRSU
para acondicionamento de tais
resíduos até que sejam
devolvidos a seus fabricantes
Estruturar uma usina
de reciclagem de
Gerir por meio de contratação resíduos eletrônicos,
ou capacitação dos catadores buscando ainda
integrados ao sistema de beneficiar os
gerenciamento de resíduos respectivos
municipal para que se realize a componentes
Controle das atividades
Manter o atual sistema de desmontagem dos respectivos agregando valor
e registros quantitativos
Resíduos coleta de resíduos resíduos, destinando-os para a comercial para venda,
e qualitativos dos
Volumosos volumosos, conforme a reciclagem ou disposição em aumentando assim a
resíduos coletados e
demanda dos munícipes; aterro, evitando assim que arrecadação
destinados
resíduos caracterizados como municipal
perigosos sejam dispostos no Controle das
aterro convencional, assim atividades e registros
como diminuindo o volume dos quantitativos e
mesmos; qualitativos dos
resíduos coletados e
destinados

Implementar ações nas


Formalizar um comitê e
respectivas industrias
grupo fiscal contratado que Controle das
que incentivem as
estabeleça rotinas de Regularizar os abatedouros e atividades e registros
mesmas em separar seus
Resíduos fiscalização nas indústrias frigoríficos municipais, por meio quantitativos e
respectivos resíduos,
Industriais de Monteiro, aplicando de programas de gerenciamento
assim como destinar
qualitativos das
multas em caso de de resíduos sólidos individuais; respectivas ações de
seus resíduos industriais
avaliação de fiscalização.
perigosos a adequada
irregularidades;
destinação e disposição

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Os investimentos para a aplicação do respectivo programa e suas ações podem ser


observados na Tabela 27, a qual demonstra a estimativa de gastos futuros.

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Tabela 27. Investimentos para aplicação do Programa de Coleta Seletiva e Destinação dos Resíduos.

Programa de Gerenciamento da Coleta Seletiva e Destinação dos Resíduos Sólidos


Investimentos em Acordo com as Metas (R$)
Imediato Curto prazo Médio prazo Longo Prazo
Ações
Item Qnt. R$/unid. Item Qnt. R$ Item Qnt. R$/unid. Item Qnt. R$/unid.
Realização de programa
Realização de ação que
social que vise a
Caminhões compactadores 1,0 170.000,00 Caminhões compactadores 1 170.000,00 vise à alfabetização dos 1,0 10.000,00 1 20.000,00
integração dos catadores
catadores
a sociedade
Resíduos
Estrutura de adaptação nos
Domiciliares Caminhão caçamba 1,0 150.000,00 1 10.000,00
caminhões e mão de obra
Carroças apropriadas para a
Estrutura de adaptação nos
8,0 80.000,00 realização da coleta seletiva pelos 30 15.000,00
caminhões e mão de obra
catadores
Elaboração de oficinas para
Resíduos da
Contentores de 1500 L 15,0 15.000,00 reciclagem de resíduos nas 20 20.000,00
Zona Rural
escolas localizadas na área rural
Maquina de autoclave de
1,0 250.000,00
resíduos da saúde
Resíduos Aquisição de veículo
Sólidos da 1,0 35.000,00
para o grupo fiscal
Saúde Veículo para a coleta
dos resíduos sólidos de 1,0 65.000,00
saúde
Resíduos Da
Construção Caminhão caçamba 1,0 150.000,00
Civil
Resíduos de
Estruturação de ponto de entrega
Logística 3,0 9.000,00
voluntária (PEV)
Reversa

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Resíduos Aquisição de veículo para o


1,0 35.000,00
Industriais grupo fiscal
TOTAL R$ 609.000,00 R$ 465.000,00 R$ 110.000,00 R$ 20.000,00

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6.1.2 Execução e Investimentos das Ações do Programa de Educação Ambiental em


Coleta Seletiva
A respectiva execução do Programa de Educação Ambiental em coleta seletiva já se
encontra estabelecido na Tabela 20.

Em referência aos custos associados ao respectivo os mesmos se caracterizam


principalmente como custos classificados como despesas. Para o respectivo município,
se torna pertinente que a prefeitura municipal mantenha um veiculo para que se realize
o respectivo trabalho e que consiga carregar o material de divulgação, stands e cartazes
conforme a divulgação necessária.

Neste sentido, o único item que se avalia como investimento esta associado a compra
de um veiculo de transporte de tais materiais com orçamento previsto até R$: 35.000.

6.1.3 Execução e Investimentos das Ações Programa Encerramento do Lixão


Municipal, Concepção de Aterro e Recuperação de Áreas Degradadas

As ações de encerramento, concepção do aterro, recuperação das áreas degradadas e


suas respectivas metas a serem executadas se encontram demonstradas na Tabela 28.
Tabela 28. Ações e metas a serem executadas no Programa de Encerramento Lixão Municipal, Concepção de
Aterro e Recuperação de Áreas Degradadas

Programa de Encerramento do Lixão Municipal, Concepção de Aterro e Recuperação de Áreas


Degradadas
Meta
Ações
Imediato Curto prazo Médio prazo Longo prazo
Contratação de empresa Monitoramento e
especializada para a Contratação de empresa adoção de medidas
realização de um Plano de especializada para a corretivas caso
Remoção e Ressocialização realização da recuperação da avaliados problemas
dos Catadores da área do área do lixão municipal; durante a recuperação
Encerramento Lixão; do lixão municipal.
Reutilização da
do Lixão Limpeza urbana gradativa área do lixão após
Municipal de de todos os pontos de sua recuperação,
acumulo de resíduos visando à venda do
Monteiro/PB e existentes no município,
Continuo
terreno ou
Recuperação das Soterramento do lixão aperfeiçoamento e
realizando a remediação viabilizar o seu uso
municipal, e contratação de monitoramento do
Áreas equipe para monitoramento.
(quando avaliado necessário
plano de ressocialização
conforme o interesse
por técnicos em meio municipal.
Degradadas dos catadores.
ambiente) dos solos das
áreas que se apresentarem
degradadas.
Interdição dos acessos ao Continuo aperfeiçoamento e
lixão municipal, em aguardo monitoramento do plano de

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a sua recuperação. ressocialização dos


catadores.
Avaliação de uma área
compatível com as diretrizes
Em um cenário
ambientais e legais para a
futuro se deverá
implantação de um aterro
implementar em
em valas sépticas no Monitoramento e
forma adjunta a
município de Monteiro/PB; quantificação
Concepção do Inserção de setor que vise a outros municípios
Contratação de empresa qualitativa/quantitativ
disponibilização de serviço vizinhos, ou em
Aterro em Valas especializada para a
de autoclavagem de resíduos
a dos resíduos
forma individual
Sépticas realização do projeto do encaminhados ao
de saúde; um aterro sanitário
aterro e sua respectiva aterro em valas
controlado para a
execução; sépticas;
disposição final dos
Aquisição de infraestrutura e
rejeitos de
maquinário para a
Monteiro/PB.
operacionalização do aterro
em valas sépticas;

O encerramento do Lixão do município de Monteiro/PB e sua respectiva recuperação


plena se caracterizam como o conjunto de ações mais custosos, pois uma vez que esta
área se encontrada degradada os processos de remediação ambiental se tornam bastante
intensificados gerando altos custos operacionais para a realização da descontaminação.

O aterro em valas sépticas poderá ser realizado também em forma adjunta a UGIRSU,
seguindo assim as instruções técnicas constadas no apoio técnico metodológico do
Ministério Público ou em local diferenciado ao da unidade. Os respectivos
investimentos para aplicação das ações previstas pode ser observado na Tabela 29.

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Tabela 29. Investimentos para aplicação do Programa de Encerramento do Lixão Municipal, Concepção de Aterro e Recuperação de Áreas Degradadas.

Programa de Encerramento do Lixão Municipal, Concepção de Aterro e Recuperação de Áreas Degradadas


Investimentos em Acordo com as Metas (R$)
Imediato Curto prazo Médio prazo Longo Prazo
Ações
Item Qnt. R$/unid. Item Qnt. R$ Item Qnt. R$/unid. Item Qnt. R$/unid.
Contratação de empresa Reutilização da área
Contratação de Monitoramento e
Encerramento do especializada para a do lixão após sua
empresa adoção de medidas
recuperação,
Lixão Municipal de realização de um Plano de corretivas caso
especializada para a visando a venda do
Monteiro/PB e Remoção e 1,0 35.000,00 1 500.000,00 avaliados problemas 1 200.000,00 1 200.000,00
realização da terreno ou viabilizar
Recuperação das Ressocialização dos durante a
recuperação da área o seu uso conforme
Áreas Degradadas Catadores da área do recuperação do
do lixão municipal; o interesse
lixão municipal.
Lixão; municipal.
Estudo de
Inserção de setor prognóstico da vida
Inserção de setor que
Contratação de empresa que vise a útil restante do
vise a
especializada para a disponibilização atero por valas
disponibilização de
realização do projeto do 1,0 350.000,00 1 25.000,00 de serviço de 1 50.000,00 sépticas e 1 25.000,00
área para disposição estruturação de
aterro e sua respectiva autoclavagem de
Concepção do de resíduos da uma nova proposta
execução; resíduos de
Aterro em Valas construção civil para aterro
saúde;
Sépticas controlado
Aquisição de
retroescavadeira para Aquisição de
movimentação e 1,0 150.000,00 balança de pesagem 1 35.000,00
operacionalização das para caminhões
valas
TOTAL R$ 535.000,00 R$ 525.000,00 R$ 285.000,00 R$ 225.000,00

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6.1.4 Execução e Investimentos das Ações do Programa de Estruturação de uma


Unidade de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos
As ações que visam a estruturação da Unidade de Gerenciamento Integrado de
Resíduos Sólidos Urbanos e suas respectivas metas a serem executadas se encontram
demonstradas na Tabela 30.
Tabela 30. Ações e metas a serem executadas no Programa de Estruturação de uma Unidade de Gerenciamento
Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos.

Programa de Estruturação de uma Unidade de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos


Urbanos
Meta
Ações
Imediato Curto prazo Médio prazo Longo prazo
Avaliação de uma área compatível em
tamanho, diretrizes ambientais e legais
para a implantação da unidade em
Monteiro/PB;
Monitoramento
Contratação de empresa de engenharia Monitoramento da
da quantidade de Ampliar a gama de
para realização da infraestrutura da quantidade de
resíduos resíduos reciclados por
UGIRSU resíduos recicláveis
recicláveis meio de inserção de setor
Implementação recebidos, triados,
Integração/contratação e formalização recebidos, triados, que vise a reciclagem de
da UGIRSU dos catadores e associação para destinados a
destinados a
eletrônicos, após a
compostagem e
trabalharem de forma efetiva na unidade compostagem e capacitação dos
vendidos aos
vendidos aos cooperados;
Aquisição de materiais para a clientes.
clientes.
operacionalização da unidade;

Busca de fornecedores e clientes para a


venda dos materiais;

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Tabela 31. Investimentos para aplicação Programa de Estruturação de uma Unidade de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos.

Programa de Estruturação de uma Unidade de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos


Investimentos em Acordo com as Metas (R$)
Imediato Curto prazo Médio prazo Longo Prazo
Ações
Item Qnt. R$/unid. Item Qnt. R$/unid. Item Qnt. R$ Item Qnt. R$/unid.
Contratação de Estudo de
empresa de viabilidade
Máquina de
engenharia para para a
1,0 395.000,00 Termo sonda 5,0 70,00 reciclagem 1,0 100.000,00 1,0 35.000,00
realização da reciclagem de
de PET´s resíduos
infraestrutura da
UGIRSU (Tabela 32) eletrônicos

Peneira para
Balança 1,0 2.250,00 2,0 3.500,00
composteira

Esteira Pequena retro


Implementação da transportadora 1,0 21.600,00 1,0 100.000,00
escavadeira
UGIRSU
Carrinho de
Bancada de triagem 1,0 10.000,00 4,0 200,00
Mão
Contentor de 240 L c/
50,0 280,00 Pás 20,0 400,00
rodas
Bombona para Separador
100,0 38,00 1,0 5.000,00
resíduo magnético
Prensa enfardadeira 1,0 16.000,00
Triturador de vidro 1,0 4.500,00
Carro plataforma 2,0 970,00

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Empilhadeira Simples 1,0 885,00

Escritório 1,0 5.000,00


TOTAL R$ 474.975,00 R$ 121.150,00 R$ 100.000,00 R$ 35.000,00

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A UGIRSU será composta pelas seguintes infraestruturas físicas:

• Unidade de triagem de resíduos secos originados de coleta seletiva;


• Unidade de compostagem

Para a implantação UGIRSU se estima um orçamento de R$364.421,40 sem a área


destinada aos rejeitos. Este valor contempla todas as etapas de obras, infraestruturas,
movimentação de terra, hidrossanitário e parte dos equipamentos para a unidade de
triagem, como mostrado na Tabela 32.
Tabela 32. Planilha de Custos Global para a obra da UGIRSU de Monteiro.

Item Discriminação Quant. Unid. Pr. Total


1.0 SERVIÇOS PRELIMINARES 2.515,24
Locação convencional de obra, através de gabarito de tábuas corridas
1.1 167,69 m³ 476,24
pontaletadas com reaproveitamento de 10 vezes
1.2 Placa de obra em chapa de aço galvanizado 10,00 m³ 2.039,00
2.0 FUNDAÇÕES E INFRA ESTRUTURA 6.880,70
2.1 Escavação manual em solo com profundidade até 1,50m 53,18 m³ 925,86
Alvenaria em tijolo cerâmico furado 10x20x20cm, 1 vez, assentado em
2.2 26,59 m³ 1.414,32
argamassa traço 1:5 (cimento e areia), e=1cm
2..3 Concreto (15 Mpa), c/ brita 1 e 2, c/betoneira para sapatas e pilares 11,84 m³ 4.540,52
3.0 SUPERESTRUTURA 47.274,31
3.1 Pilares - Concreto estrutural Fck 20 Mpa 2,77 m³ 1.147,14
Alvenaria em tijolo cerâmico furado 10x20x20cm, 1/2 vez, assentado argamassa
3.2 265,92 m² 9.615,67
traço 1:4 (cimento e areia), e=1cm
3.3 Radier em concreto armado fck = 20 mpa 2,66 m³ 4.327,42
3.4 Cinta em concreto armado fck = 20 mpa 2,66 m³ 4.327,42
Contrapiso em argamassa traço 1:4 (cimento e areia), espessura 4cm, preparo
3.5 167,69 m² 3.714,33
manual
3.6 Cobertura em telha cerâmica tipo plano 167,69 m² 8.096,07
3.7 Estrutura de madeira para telha cerâmica 167,69 m² 16.046,26
4.0 REVESTIMENTOS 17.933,93
Piso em cerâmica esmaltada linha popular pei-4, assentada com argamassa
4.1 167,69 m² 4.465,58
colante, com rejuntamento em cimento branco
Rodapé em cerâmica esmaltada linha popular pei-4, assentada com argamassa
4.2 88,64 m 825,24
fabricada no local, com rejuntamento em cimento branco
Azulejo 1a 15x15cm fixado com argamassa colante, juntas em amarração,
4.3 86,01 m² 2.299,91
rejuntamento com cimento branco
Chapisco em paredes traço 1:4 (cimento e areia), espessura 0,5cm, preparo
4.4 531,84 m² 1.994,40
manual
Emboço paulista traço 1:2:8(cimento, cal e areia média) esa 1,5cm, preparo
4.5 86,01 m² 1.297,89
mecânico da argamassa
Reboco para paredes argamassa traço 1:4,5 (cal e areia fina peneirada), espessura
4.6 445,83 m² 5.234,04
0,5cm, preparo mecânico
Forro de gesso em placas 60x60cm, espessura 1,2cm, inclusive fixação com
4.7 87,14 m² 1.816,87
arame
5.0 ESQUADRIAS 15.800,48
Porta de madeira compensada lisa para pintura, 0,80x2,10m, inclusa aduela 2a,
5.1 7,00 un. 2.200,52
alizar 2a e dobradiça
Porta de madeira compensada lisa para pintura, 0,60x2,10m, inclusa aduela 2a,
5.2 5,00 un. 2.294,65
alizar 2a e dobradiça

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Porta de madeira compensada lisa para pintura, 0,70x2,10m, inclusa aduela 2a,
5.3 1,00 un. 310,61
alizar 2a e dobradiça
Porta de correr em alumínio, com duas folhas para vidro, incluso guarnição e
5.4 2,10 un. 1.102,06
vidro liso incolor
Vidro temperado, incolor, espessura 6mm, fornecimento e instalação, inclusive
5.5 4,56 m² 635,80
massa para vedação (box)
Divisória em madeira compensada resinada, espessura 6mm, estruturada em
5.6 28,96 m² 5.392,35
madeira de lei 3"x3"
5.7 Janela alumínio de correr, 2 folhas para vidro, sem bandeira, linha 25 8,28 m² 3.849,70
Cobogo cerâmico (elemento vazado), 9x20x20cm, assentado com argamassa
5.8 0,20 m² 14,79
traço 1:4 de cimento e areia
6.0 INST. HIDRO-SANITÁRIA E ACESSÓRIOS 7.813,44
Ponto de água fria PVC 1/2" - media 5,00m de tubo de PVC roscavel água fria
6.1 1/2" e 2 joelhos de PVC roscável 90graus água fria 1/2" -fornecimento e 26,00 un. 1.661,66
instalação
Ponto de esgoto PVC 100mm - media 1,10m de tubo PVC esgoto predial dn
6.2 100mm e 1 joelho PVC 90graus esgoto predial dn 100mm fornecimento e 26,00 un. 1.790,10
instalação
Bancada (tampo) de mármore sintético 120x60cm com cuba, válvula em plástico
6.3 branco 1", sifão plástico tipo copo 1" e torneira cromada longa 1/2" ou 3/4" para 4,00 un. 567,96
pia padrão popular - fornecimento e instalação
6.4 Vaso sanitário com caixa de descarga acoplada - louça branca 8,00 un. 2.424,24
6.5 Ralo sifonado de PVC 100x100mm simples - fornecimento e instalação 7,00 un. 123,48
Mictório de louca branca c/sifão integrado e med 33x28x53cm ferragens em
6.6 metal cromado registro de pressão 1416 de 1/2" e tubo de ligação de 1/2" - 1,00 un. 319,85
fornecimento
6.7 Conjunto de barras de ferro para PPD 2,40 m 128,35
6.8 Chuveiro plástico branco simples - fornecimento e instalação 6,00 un. 70,86
6.9 Caixa de inspeção em alvenaria (0,60 x 0,60 x 0,60 )m 3,00 un. 445,98
6.10 Lavatório em louça branca com coluna padrão médio, fornecimento e instalação 2,00 un. 280,96
7.0 INSTALAÇÕES ELÉTRICAS 9.364,25
7.1 Ponto de luz (caixa, eletroduto, fios e interruptor) 31,00 un. 4.365,73
7.2 Ponto de tomada (caixa, eletroduto, fios e tomada) 15,00 un. 1.796,70
7.3 Ponto de tomada para ar condicionado (caixa, eletroduto, fios e tomada) 6,00 un. 1.190,64
Luminária tipo calha, de sobrepor, com reator de partida rápida e lâmpada
7.4 5,00 un. 300,80
fluorescente 1x20w, completa, fornecimento e instalação
Luminária tipo calha, de sobrepor, com reator de partida rápida e lâmpada
7.5 13,00 un. 1.186,90
fluorescente 2x20w, completa, fornecimento e instalação
Quadro de distribuição de energia em chapa metálica, de embutir, sem porta,
para 6 disjuntores termomagnéticos monopolares, sem dispositivo para chave
7.6 3,00 un. 421,80
geral, sem barramentos fases e com barramento neutro, fornecimento e
instalação
Disjuntor termomagnético monopolar padrão nema (americano) 10 a 30A 240v,
7.7 8,00 un. 101,68
fornecimento e instalação
8.0 PINTURA/ EMASSAMENTO 7.929,23
8.1 Emassamento com massa acrílica para ambientes internos/externos, uma demão 445,83 m² 2.942,48
8.2 Pintura látex acrílica ambientes internos/externos, duas demãos 445,83 m² 4.048,14
8.3 Pintura verniz em madeira duas demãos 48,83 m² 624,05
8.4 Vidro liso comum transparente, espessura 3mm 5,30 m² 314,56
9.0 ÁREA EXTERNA DA UGIRSU 248.909,82
Portão em chapa de ferro e tela, inclusive pintura e pilares de apoio (para
9.1 3,00 un. 8.420,52
veículos)
9.2 Pavimentação em pedrisco, espessura 5cm 2.010,46 m² 15.782,11

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Pavimentação em blocos intertravados de concreto, espessura 6,5 cm, fck


9.3 530,20 m² 22.220,68
35Mpa, assentados sobre colchão de areia
Cimentado rústico e=1,5cm, com argamassa cimento/areia 1:4, preparo manual -
9.4 3.731,21 m² 85.743,21
Pátio de compostagem
9.5 Meio-fio em pedra granítica, rejuntado c/argamassa cimento e areia 1:3 1.273,48 m 25.189,43
Luminária aberta para iluminação pública, para lâmpada a vapor de mercúrio até
9.6 400w e mista até 500w, com braço em tubo de aço galv d=50mm proj 10,00 un. 1.130,60
hor=2.500mm e proj vert= 2.200mm, fornecimento e instalação
9.7 Lâmpada mista de 500w - fornecimento e instalação 10,00 un. 378,50
Bloco conc. pré-moldado tip. canaleta 14x19x19cm assente. c/arg. 1:6
9.8 136,81 m² 8.034,85
cimento/areia
9.9 Poço de drenagem dos efluentes produzidos pelo pátio de compostagem 6,28 m² 383,14
9.10 Plantio de arbusto COM ALTURA 50 A 100CM, EM CAVA DE 60X60X60CM 50,00 un. 2.412,50
Cerca com mourões de concreto, reto, espaçamento de 3m, cravados 0,5m, com
9.11 1.550,00 m 73.625,00
4 fios de arame farpado nº14 classe 250 - fornece e coloca
Fossa séptica em alvenaria de tijolo cerâmico maciço dimensões externas
9.12 1,90x1,10x1,40m, 1.500 litros, revestida internamente com barra lisa, com tampa 2,00 un. 1.890,18
em concreto armado com espessura 8cm
Sumidouro em alvenaria de tijolo cerâmico maciço diâmetro 1,20m e altura
9.13 2,00 un. 2.107,60
5,00m, com tampa em concreto armado diâmetro 1,40m e espessura 10cm
9.14 Reserva. De fibra de vidro Cap=1000L c/acessórios 4,00 un. 1.367,52
9.15 Instalação de conj. moto bomba submersível até 10 cv 2,00 un. 223,98
VALOR TOTAL (R$): 364.421,40

6.1.5 Investimento Total

O investimento total para que o plano se operacionalize se encontra apresentado na


Tabela 33 em acordo com as metas estabelecidas.
Tabela 33. Investimentos totais para implementação de todos os programas ambientais incluindo renovação
parcial da frota de veículos.

Investimentos Totais em Acordo com as Metas (R$)


Programa Imediato Curto prazo Médio prazo Longo Prazo
Programa de Estruturação de uma
Unidade de Gerenciamento Integrado de R$ 474.975,00 R$ 121.150,00 R$ 100.000,00 R$ 100.000,00
Resíduos Sólidos Urbanos

Programa de Encerramento do Lixão


Municipal, Concepção de Aterro e R$ 535.000,00 R$ 525.000,00 R$ 285.000,00 R$ 225.000,00
Recuperação de Áreas Degradadas

Programa de Gerenciamento da Coleta


Seletiva e Destinação dos Resíduos R$ 609.000,00 R$ 465.000,00 R$ 110.000,00 R$ 20.000,00
Sólidos
Programa de Educação Ambiental em
R$ 35.000,00
Coleta Seletiva
TOTAL R$ 1.653.975,00 R$ 1.111.150,00 R$ 495.000,00 R$ 345.000,00

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6.2 Estimativa de Custos Fixos

6.3 Custos Estimados da Implantação dos Programas do PGIRS


A Coleta seletiva será composta pelas seguintes infraestruturas

• Ecoponto (PEV);
• Ações de educação ambiental e campanhas de sensibilização;
• Logística de Coleta de resíduos
• Operação da Unidade de Gerenciamento de Resíduos Sólidos
• Operação do Aterro de Resíduos Sólidos por Valas

6.3.1 Despesas (Custos)

As despesas estão relacionadas aos valores gastos com a estrutura administrativa e


comercial da empresa em aluguel, salários e encargos, pró-labore, telefone, propaganda,
impostos, etc.

Estima-se que a Prefeitura tenha um custo mensal de R$ 197.940 para manutenção dos
seus gastos com o gerenciamento de seus resíduos. Entretanto, é possível destacar que
parte deste custo operacional pode vir a ser mitigado pelas receitas provenientes da
respectiva UGIRSU, assim como diminuição na intensificação das campanhas de
conscientização ao decorrer dos anos. A estimativa das despesas se encontra constada na
Tabela 34.

Quando comparados aos custos atuais de gerenciamento de resíduos sólidos do


município de Monteiro/PB, o qual pode ser calculado com base nos dados
disponibilizados no Panorama Nacional de Resíduos Sólidos de 2013, que caracteriza o
custo médio na região nordeste de R$: 2,78 habitante/mês para os serviços de coleta de
RSU e R$:5,33 por habitante/mês para os serviços relacionados a limpeza urbana.
Este índice calculado pela Associação Brasileira de Empresas de Limpeza demonstra
que o gasto médio total por habitante se enquadra na faixa dos R$ 8,11. Desta forma, se
avaliarmos o número populacional de Monteiro/PB, em referência a sua população
efetivamente atendida pela coleta de resíduos (população urbana) se torna possível
estimar um custo mensal de R$: 177.414,13 destinados a este eixo urbano.

Em comparação a este valor é possível então averiguar que os custos operacionais


municipais deverão aumentar em torno R$: 20.525,87, em um cenário curto prazo.

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Tabela 34. Despesas estimadas com a gestão de resíduos sólidos no município

Custos de Gerenciamento da Coleta Seletiva e Destinação dos Resíduos


Sólidos
Descrição Custo Unitário Quantidade Custo Total
Gerenciais Administrativos R$ 2.000,00 5 R$ 10.000,00
Motorista R$ 1.450,00 6 R$ 8.700,00
Coletor R$ 1.150,00 20 R$ 23.000,00
Varredores R$ 1.000,00 35 R$ 35.000,00
Vassouras e Vassourões R$ 20,00 10 R$ 200,00
EPI R$ 60,00 25 R$ 1.500,00
Farda R$ 80,00 25 R$ 2.000,00
Combustível R$ 2,95 4000 lt R$ 11.800,00
Sacos plásticos R$ 0,70 2000 R$ 1.400,00
Trabalhadores temporários R$ 800,00 45 R$ 36.000,00
Subtotal mensal 1 R$ 129.600,00

Educação Ambiental Mobilização Social (custos Fixos - mensal)


Descrição Custo Unitário Quantidade Custo Total
Capacitar os atores e agentes envolvidos
R$ no processo 4
500,00 R$ 2.000,00
Capacitação para Professores R$ 500,00 4 R$ 2.000,00
Articular a rede de contatos R$ 600,00 1 R$ 600,00
Realizar ações de monitoramento R$e intervenções 3
500,00 nas áreas de descarte
R$ irregular
1.500,00

Realizar ações de educação ambiental


R$ com
300,00
a comunidade
6 R$ 1.800,00

Divulgação na mídia da coleta seletiva


R$ 100,00 20 R$ 2.000,00
Subtotal mensal 2 R$ 9.900,00

Custos de Operacionalização da UGIRSU


Descrição Custo Unitário Quantidade Custo Total
Salário Administrador R$ 2.000,00 1 R$ 2.000,00
Salário Cooperados R$ 800,00 30 R$ 24.000,00
Big bags de resíduos R$ 2,00 250 R$ 500,00
Sacos de ráfia R$ 0,70 500 R$ 350,00
Combustível R$ 2,95 200 R$ 590,00
Mascara contra odores R$ 10,00 40 R$ 400,00
Luvas R$ 10,00 40 R$ 400,00
Uniformes R$ 50,00 40 R$ 2.000,00
Botas de borracha R$ 30,00 40 R$ 1.200,00
Óleo lubrificante R$ 7,00 50 R$ 350,00
Protetor auricular R$ 3,00 40 R$ 120,00
Energia elétrica R$ 5.000,00 1 R$ 5.000,00
Fitas de fardo R$ 1,00 500 R$ 500,00
Subtotal mensal 3 R$ 37.410,00

Custos de Operacionalização do Aterro de Rejeitos


Descrição Custo Unitário Quantidade Custo Total
Motorista R$ 1.450,00 2 R$ 2.900,00
Auxiliares R$ 1.150,00 8 R$ 9.200,00
Eng. Amb. Sanitário R$ 5.000,00 1 R$ 5.000,00
Luvas R$ 10,00 10 R$ 100,00
Uniformes R$ 50,00 10 R$ 500,00
Botas de borracha R$ 30,00 10 R$ 300,00
Maquinários/Manutenção R$ 2.000,00 1 R$ 2.000,00
Protetor auricular R$ 3,00 10 R$ 30,00
Energia R$ 1.000,00 1 R$ 1.000,00
Subtotal mensal 4 R$ 21.030,00

TOTAL MENSAL ESTIMADO R$ 197.940,00

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7 CRONOGRAMA FÍSICO DE EXECUÇÃO DO PGIRS

Atividade IMEDIATO CURTO MÈDIO LONGO

Atividades de educação ambiental e mobilização social X X

Implantação do ecoponto X X
Instalação de Aterro em Valas (preparação do terreno, movimentação de
X
terra)
Início da operação do aterro em valas X
Instalação de Unidade de Triagem e compostagem X X
Aquisição de equipamentos X X X X
Recuperação de lixões X X
Estudos de viabilidade e instalação de usina de RCC X X
Revisão do PGIRS X
Prospecção de consórcio para instalação de Aterro Sanitário X

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8 CONCLUSÕES
Com base nas informações levantadas verificou-se uma urgência em ações de
gerenciamento de resíduos no município de Monteiro, sendo evidenciadas práticas
inadequadas que infligem degradação da qualidade ambiental e elevam o risco de saúde
pública, com destaque para a presença de sítio de lançamento a céu aberto de resíduos
sólidos (lixões).

Os principais problemas no que se refere ao manejo de resíduos sólidos é a disposição


irregular de resíduos, formando pontos viciados de acúmulo, depreciando a paisagem
urbana e proliferação de pragas e vetores de doenças. Também, urge a necessidade de
programas de sensibilização para gestores públicos e munícipes a cerca de uma nova
forma de gestão dos resíduos no município, baseada na separação de materiais,
essencialmente em recicláveis, orgânicos e rejeitos, e na coleta seletiva de materiais
recicláveis.

Cabe ressaltar que o presente Plano de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos fornece
diretrizes de gestão que implicam em responsabilidades dos geradores,
acondicionamento, transporte, destinação e disposição final dos resíduos, o que implica
em responsabilidades compartilhadas e o comprometimento de todos munícipes.

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9 BIBLIOGRAFIA
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PAULA, E. A.; COSTA, A.S.V.; SONCIM, S.P.; ALMEIDA, M.O. Reciclagem de
entulhos em Governador Valadares: uma alternativa viável. In: Congresso 61
Brasileiro de Ciência e Tecnologia em Resíduos e Desenvolvimento Sustentável. 2004,
Florianópolis. Anais, Florianópolis, 2004.

BRASIL. MINISTÉRIO DAS CIDADES. Diagnóstico do Manejo de Resíduos Sólidos


Urbanos. 2012. Disponível em: <www.snis.gov.br/>. Acesso em: 17 jun. 2014.

BRINGHENTI, J. Coleta Seletiva de resíduos sólidos urbanos: aspectos operacionais e


da participação popular. Tese (Doutorado). Universidade de São Paulo. São Paulo,
2004.

CAMPOS, L. R. Aterro sanitário simplificado: Instrumento de análise de viabilidade


Econômico-financeira, considerando Aspectos ambientais. Universidade Federal da
Bahia. Dissertação (Mestrado). Salvador, 2008.

CARDOSO, A. C. F. Estimativa de Geração de Resíduos da Construção Civil nos


Municípios de Criciúma e Içara e Estudo de Viabilidade de Usinas de Triagem e
Reciclagem. 2011. 102 f. TCC (Graduação) - Curso de Engenharia Ambiental,
Universidade do Extremo Sul Catarinense - Unesc, Criciúma, 2011.

CETESB – Companhia Ambiental do Estado de São Paulo. Manual de operação de


aterro sanitário em valas. Aruntho Savastano Neto [et al]. São Paulo, 2010.

FEAM – Fundação Estadual de Meio Ambiente de Minas Gerais. Orientações técnicas


para a operação de usina de triagem e compostagem do lixo. Fundação Estadual do
Meio Ambiente. Belo Horizonte: FEAM, 2005. 52p.; il.

FONSECA, E. ; LIRA, C.S.; MENEZES, G.M.; MONTE, L.D.B.; LIMA, R.J.D. Plano
Integrado de Gerenciamento de Resíduos da Construção Civil e Demolição do
Município de João Pessoa-PB. Prefeitura Municipal de João Pessoa. 2007.

MMA – Ministério do Meio Ambiente. Modelo de Projeto de Galpão. Disponível em:


http://www.mma.gov.br/governanca-ambiental/portal-nacional-de-licenciamento-
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MMA - Ministério do Meio Ambiente; ICLEI - Local Governments for Sustainability.


Planos de gestão de resíduos sólidos: manual de orientação. Brasília, 2012

NÓBREGA, et al. Análise preliminar física e físico-químicas dos resíduos sólidos


domiciliares de Pedras de Fogo – Paraíba. 2007
PINTO, T. P. Metodologia para a gestão diferenciada de resíduos sólidos da
construção urbana. 1999. 189 f. Tese (Doutorado em Engenharia Civil) – Universidade
de São Paulo, São Paulo, 1999.

PIRES, A. B. Análise de Viabilidade Econômica de um Sistema de Compostagem


Acelerada para Resíduos Sólidos Urbanos. Universidade de Passo Fundo. Passo
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RIBEIRO, H. BENSEN, G. R. Panorama da coleta seletiva no Brasil: desafios e


perspectivas a partir de três estudos de caso. INTERFACEHS Revista de Gestão
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RIBEIRO, T. F.; LIMA, S. C. Coleta seletiva de lixo domiciliar – estudos de caso.


Caminhos de geografia - revista on line: Programa de pós-graduação em geografia.
Instituto de Geografia. Caminhos de Geografia 1(2)50-69, dez/2000.

UNIPAC. Manual para implantação de Aterros sanitários em valas de Pequenas


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VIOLIN, R.Y.T. Diagnóstico da geração de resíduos de construção e demolição em


etapas construtivas no município de Maringá/PR. 2009. 116 f. Dissertação (Mestrado
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ANEXOS

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Anexo 1 – Projeto da UGIRSU

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Anexo 2 – ATA de Reunião

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Anexo 3 – Lista de Presentes

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Anexo 4 – Fotos da Audiência Pública

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FOTOS RETIRADAS DURANTE A AUDIÊNCIA PÚBLICA

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Anexo 5 – Comprovação da Divulgação

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BANNERS EXPOSTOS

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MODELO DOS PANFLETOS DISTRIBUÍDOS (FLYER)

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MÉTODO DE DISTRIBUIÇÃO REALIZADO

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