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Vulnerabilidade de Aqüíferos
Propriedades das Águas
Subterrâneas
Com a crescente degradação da qualidade das águas
superficiais, as águas subterrâneas tendem a assumir
uma posição de maior importância. Devido às suas
características e propriedades podem exercer
diferentes funções
Principais Funções dos Aqüíferos
Produção: Fornecem água em quantidade e qualidade adequadas para os
usos múltiplos
(Hirata et al 1997)
O que é necessário para proteger a
água subterrânea da contaminação?
Para proteger os aqüíferos contra a contaminação é
necessário restringir – tanto no presente como no
futuro — o uso do solo, a emissão de efluentes e as
práticas de despejo de resíduos. É possível manejar o
solo visando exclusivamente a proteção da água
subterrânea. Há inclusive alguns casos isolados na
Europa de companhias de abastecimento de água que
adquirem a propriedade de áreas inteiras de recargas
com o principal objetivo de prevenir a contaminação
patogênica (microbiológica) das águas subterrâneas.
Avaliação do perigo de
contaminação da água subterrânea
FOCO NA PROTEÇÃO DO AQÜÍFERO
PRINCIPAIS APLICAÇÕES
Planejamento Primário/Desenvolvimento de Políticas Públicas e Grupos
Interessados/Conscientização da População
Proteção da qualidade dos aqüíferos
frente a contaminação
FOCO NA PROTEÇÃO DE POÇOS E NASCENTES
PRINCIPAIS APLICAÇÕES
Proteção de fontes de água e planejamento/controle de uso do solo
Zonas
É preciso estabelecer zonas simples e robustas (com base
na vulnerabilidade do aqüífero à contaminação e nos
perímetros de proteção da captação), com matrizes
que indiquem quais atividades são possíveis e onde
elas representam um perigo aceitável para a água
subterrânea.
Conceito de áreas de proteção
de captação subterrânea e as
restrições ao uso do solo
Art. 20 - Para os fins deste Decreto, as áreas de proteção
classificam-se em:
I - Área de Proteção Máxima: compreendendo, no todo ou em
parte, zonas de recarga de aqüíferos altamente vulneráveis
à poluição e que se constituam em depósitos de águas
essenciais para abastecimento público;
II - Área de Restrição e Controle: caracterizada pela
necessidade de disciplina das extrações, controle máximo
das fontes poluidoras já implantadas e restrição a novas
atividades potencialmente poluidoras; e
III - Área de Proteção de Poços e Outras Captações: incluindo
a distância mínima entre poços e outras captações e o
respectivo perímetro de proteção.
Decreto 32.955/91
Quais as ações de prevenção nos
empreendimentos com
potencial de poluição?
Os impactos causados pela ocupação
desordenada do terreno nos recursos hídricos
Super-exploração dos recursos, causando um
desbalanço entre a disponibilidade e a demanda,
gera:
i) restrição no desenvolvimento sócio-econômico,
pela carência do recurso e pela elevação do custo
da água;
ii) problemas na qualidade das águas (intrusão
salina ou recarga induzida de aqüífero
contaminado).
Os impactos causados pela ocupação
desordenada do terreno nos recursos hídricos
Contaminação dos recursos, limitando a oferta de água e
encarecendo a sua utilização (necessidade de melhores e
mais caros processos de potabilização das águas), causa
problemas de saúde humana e ambiental.
A redução da produtividade aquífera, associada à super-
exploração do recurso hídrico subterrâneo, vai causar o
abandono de poços e a não exploração dos aquíferos.
AQUÍFERO
Sem bombeamento
Com bombeamento controlado
Bombeamento intensivo
Subsidência
Na Cidade do México, o bombeamento excessivo causou
sérias subsidências de terreno que desceu de 8 a 9 metros,
durante o século passado.
Hoje, apesar da subsidência ter diminuído devido ao controle
da extração, muitos danos foram causados a edifícios,
estradas e à rede de abastecimento d’água e esgotamento
sanitário da cidade. No Estado de São Paulo é conhecida a
subsidência ocorrida na cidade de Cajamar. No Estado do
Rio de Janeiro são conhecidos casos em Petrópolis e
Cordeiro.
Dependendo da gravidade do impacto, o aqüífero poderá até
ser abandonado enquanto fonte de abastecimento d’água.
A solução mais eficaz e menos onerosa é o estabelecimento
de um programa de proteção das águas subterrâneas.
As fotos a seguir ilustram algumas conseqüências
econômicas do caso de Cajamar, onde dezenas de
casas foram destruídas ou condenadas.
(Proin/Capes & Unesp/IGCE, 1999)
Intrusão salina e efeitos do bombeamento
de poços em áreas costeiras
Em aqüíferos litorâneos, a água subterrânea flui
naturalmente no sentido do mar, local de descarga do
aqüífero. A água do mar, por ser salina, apresenta
maior densidade e tende a ficar abaixo da água
subterrânea, formando uma interface em equilíbrio
denominada de cunha salina. Quando se explora água
subterrânea de forma intensiva, esta condição de
equilíbrio é perturbada pelo bombeamento excessivo,
provocando a intrusão salina no aqüífero e
comprometendo a reserva de água doce subterrânea.
Intrusão Salina
geocities.ws
Intrusão Salina
A figura abaixo mostra a relação entre água doce e água
salgada em um aqüífero costeiro livre onde se encontra
representada a posição da cunha salina, o nível freático
original e a “zona de mistura” ou transição da região de
água doce para água salgada.
Intrusão Salina
Se a água salgada abaixo dos poços corresponde a uma
cunha salina, o bombeamento pode provocar uma
elevação da interface água doce e água salgada de
maneira, acarretando um acúmulo de sais nesse ponto,
produzindo, com facilidade, a subida de água salgada
com a conseqüente contaminação daquele poço.
Bibliografia
Proteção Da Qualidade Da Água Subterrânea: Um Guia Para Empresas
De Abastecimento De Água, Órgãos Municipais E Agências
Ambientais, 2006. Banco Internacional De Reconstrução E
Desenvolvimento/Banco Mundial
Http://Www.Geocities.Ws/Cesol999/Aquiferocosteiro.Htm