Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Esse movimento gera energia cinética que pode ser transformado em energia elétrica
a partir da movimentação das turbinas.
Os equipamentos têm duas limitações: não funcionam sem vento, obviamente, e o
vento em excesso danifica-os.
II Sistemas híbridos: utilizam mais de uma fonte para a geração de energia, por
exemplo, pode ser composto por turbinas eólicas e painéis fotovoltaicos, entre
outras fontes. São utilizados para atender uma maior quantidade de usuários;
Figura 2: Sistema Isolado Figura 3: Sistema híbrido Figura 4: Sistema interligado à rede
O VENTO
Além das instalações em terra, as centrais eólicas também podem ser instaladas no
mar, aproveitando o recurso presente em zonas marítimas e a grande área disponível,
mesmo considerando as restrições (zonas de pescas, áreas protegidas, navegação,
etc.).
*orografia – tratado a respeito do relevo terrestre.
Segundo os analistas, a energia do vento tem mais benefícios e menos prejuízos que
qualquer outra das energias renováveis, de tal forma que hoje é reconhecida, como
uma energia vasta e benigna em termos ambientais que tanto pode fornecer
eletricidade como hidrogénio para células a custo menor.
PARQUES EÓLICOS
Os parques eólicos necessitam de grandes áreas para serem instalados, este impacto
é minimizado através de uma boa gestão do território, ao permitir o desenvolvimento
dos solos para agricultura e pecuário, para não cair em desuso.
Na sua maioria, os aerogeradores são instalados nas cumeadas das serras, locais
muitas vezes considerados como zonas ecologicamente sensíveis ou mesmo
protegidas. O facto de serem instalados em locais remotos implica um aumento do
custo associado ao transporte da energia, pois é necessário fazer a ligação às linhas de
distribuição elétrica e uma ligação rodoviária.
Perto dos aerogeradores é construída uma central de bombagem pura não dependente do
caudal de um curso de água e com uma elevada diferença entre cotas. Quando o vento para a
produção de energia elétrica é feita na central, a água do reservatório de cota superior escorre
para o reservatório de cota inferior produzindo energia elétrica.
Este sistema permite uma produção de energia elétrica independente de uma única fonte, o
vento. A principal vantagem é não existirem perdas de água uma vez que é uma mini-hídrica
de ciclo fechado com potência elétrica entre os 300MW e os 400MW.
VANTAGENS E DESVANTAGENS
Embora à energia eólica estejam associados benefícios ambientais significativos do
ponto de vista da emissão de substâncias nocivas à atmosfera, existem outros aspetos
ligados com a preservação do ambiente que não podem ser negligenciados:
Estes impactos podem ser minimizados se os aerogeradores forem instalados em zonas que
não interferem com radares e com rotas migratórias. Uma das grandes linhas de
desenvolvimento é a instalação de parques offshore (no mar), onde estes impactos são
minimizados. No entanto, existe uma limitação espacial onde se podem localizar os
aerogeradores, e a aposta na eólica offshore depende do tipo de costa litoral e do
investimento em tecnologia.
Os custos da energia eólica são considerados moderados e são determinados tendo em conta
o custo do investimento, o tempo de vida útil do aerogerador, a taxa de juro do montante
investido, custos de exploração e manutenção, a quantidade de energia produzida/velocidade
do vento, a avaliação do recurso no local onde se pretende instalar os aerogeradores e os
custos do sistema de backup.
O quadro seguinte lista mais das principais vantagens e desvantagens do uso da energia eólica
como fonte de energia.
Tabela 1: Vantagens e Desvantagens da Energia Eólica
PORTUGAL
Portugal não tem recursos conhecidos de petróleo ou de gás natural e os recursos
disponíveis de carvão estão praticamente extintos. Nestas condições, o nosso país viu-
se confrontado com a necessidade de desenvolver formas alternativas de produção de
energia, nomeadamente, promovendo e incentivando a utilização dos recursos
energéticos endógenos.
Portugal tem metas bastante ambiciosas no que diz respeito à produção de energia
elétrica, com recurso a energias renováveis. O Parlamento Europeu e o Conselho da UE
estabeleceram que cerca de 35% da energia produzida em Portugal em 2030 deverá
ter como recurso fontes renováveis. Desta forma, é fundamental garantir o
funcionamento do mix energético nacional, no que respeita à energia eólica e
fotovoltaica.
Assim, esta é uma altura crítica para a energia eólica no nosso país e muito há para
dizer acerca do seu futuro no panorama nacional, senão vejamos:
- Uma verdade incontestável é que o setor eólico nacional está cada vez mais
envelhecido e essa tendência está para se manter. Sendo esta a tendência a prosperar,
uma forma de manter o setor em funcionamento é estender o período de vida útil dos
aerogeradores, em que os mais antigos têm como limite 20 anos, dados pelo tipo de
certificado do fabricante. Este facto não impossibilita a continuidade de exploração do
aerogerador, no entanto outros fatores poderão implicar a sua operação posterior a 20
anos. Não havendo legislação que assegure a extensão da vida útil dos aerogeradores,
então dificilmente haverá continuidade na manutenção dos parques. Tudo isto tem
por base a segurança de todos os intervenientes no parque eólico.
Partindo do pressuposto que a extensão da vida útil dos aerogeradores não será
permanente e que todas as máquinas têm um fim, é necessário perspetivar o futuro
das instalações eólicas em Portugal. Sem qualquer dúvida que a energia renovável é a
tendência mais favorável à produção de energia elétrica, como alternativa aos
combustíveis fósseis, e tendo Portugal um elevado índice de eolicidade é estratégico
apostar em turbinas eólicas para a geração de energia elétrica.
Neste sentido, e dado que é impensável o desmantelamento da frota eólica existente,
apontam-se duas soluções possíveis para a continuidade de operação das mesmas, a
extensão da vida útil dos aerogeradores, ainda que por um período de tempo limitado,
desde que haja enquadramento legal, ou o repowering das turbinas eólicas,
substituindo as turbinas antigas por tecnologia mais recente, mais eficiente e com a
vantagem de já ter as infraestruturas de acesso e ligação à rede disponíveis.
Repowering
Após uma análise crítica é possível concluir que é necessária uma intervenção positiva
no setor eólico, caso contrário caminha-se para o limbo e consequentemente para a
regressão do potencial até agora instalado.
No quadro da expansão da
capacidade eólica (atribuição de
direitos até 1800 MVA), Portugal
lançou, em 2006, um concurso com
um duplo objetivo: utilizar a energia
eólica para alavancar a criação de
um sector industrial e explorar de
forma mais eficiente o recurso
eólico. A criação deste “cluster”
eólico constitui um instrumento de
política de desenvolvimento regional
sustentável, dada a sua importância
na criação de novas fontes de
crescimento económico e na
preservação e melhoria do
ambiente.