Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
PSICANÁLISE
“Depois da descoberta de Galileu e das teorias de Darwin,
a psicanálise é a terceira grande ferida narcísica infligida ao orgulho humano” Sigmund Freud
A teoria da psicanálise de Freud é vasta e abrange tudo – não se limita a explicar uma coisa, como por
exemplo, porque temos medo de aranhas, nos apaixonamos, negamos a nossa imortalidade ou adoramos
hambúrgueres: explica-as todas. Começou por descrever como a mente está estruturada e como funciona,
apesar da inexistência total de ferramentas científicas para o efeito.
Na década de 1890, a única ferramenta útil de que Freud se podia socorrer para analisar a mente era a
hipnose. Freud trabalhava com o método de Breuer, que descobrira que os sintomas das mulheres
“histéricas” – como tosse, engasgamento e paralisia dos membros – dependiam de “situações
impressionantes, porém esquecidas da sua vida”. Breuer ajudava-as a lembrar os acontecimentos há muito
enterrados e, ao fazê-lo, contribuía para a cura dos sintomas histéricos. Freud ficava espantado ao ver que
muitas das queixas físicas desapareciam completamente.
2. MÉTODO PSICANALÍTICO
Freud reconhece, passado um tempo, as limitações da hipnose, podendo nem sempre ser aplicável em
certas situações.
Freud decide enveredar as suas próprias técnicas que, levam ao nascimento da psicanálise inventando o
que se tornou conhecido por “cura da fala” que, toma como ponto de partida a ideia de que
desconhecemos muito do que se passa na nossa mente.
Ele criou as suas próprias técnicas. Algumas delas seriam: associação livre de ideias, análise do processo
de transferência, análise dos atos falhos e a interpretação de sonhos que trariam ao consciente as causas
não conhecidas, inconscientes, dos problemas e conflitos dos pacientes.
Passemos a analisar cada uma das técnicas:
2ª TÓPICA (1923)
3.2 Para além disto, personalidade também resulta da luta destes três componentes:
ID, EGO e SUPEREGO
“Sei que não devia, mas… podia passar-me a última fatia de bolo?”
Este é o tipo de pensamento ligeiramente culpado que Freud caracteriza como estando no centro do nosso
quotidiano.
Os desejos surgem, são avaliados, dá-se uma rápida discussão interna e depois decidimos o que fazer.
E a razão para isso, segundo Freud, reside no facto de a mente desenvolver três processos contraditórios:
o Id, o Ego e o Superego, dos quais não há escapatória possível. E, na maioria das vezes, nem sequer nos
apercebemos do que estão a fazer. Mesmo enquanto guiam tudo o que dizemos e fazemos.
Contudo, à medida que cresce, o bebé começa a perceber que não pode satisfazer todos os desejos –
a realidade atrapalha. Isto leva ao desenvolvimento do Ego, que trabalha com base no princípio da
veracidade: compreende as realidades do mundo exterior e resolve quando e como as necessidades
do id podem ser satisfeitas, ou se têm de ser ignoradas.
Além de aceitar os impactos da realidade, o ego tem igualmente de prestar atenção à terceira secção da
mente da criança, o Superego, o último a desenvolver-se.
Trata-se da parte da mente que interioriza as “regras” do mundo, tal como foram transmitidas à
criança, primeiro pelos pais e mais tarde por outras franjas da sociedade, como os professores e os
legisladores.
ID EGO SUPEREGO
Sem contacto com a realidade: Organização coerente dos É o último componente da
ignora os juízos de valor, o processos psicológicos; personalidade a desenvolver-se
bem, o mal e a moral; (5/6 anos);
Mantém contacto permanente
Não possui lógica, valores, com a realidade através de É a representação interna das
moral ou ética; mecanismos conscientes, mas normas sociais e dos
não é de todo consciente; comportamentos normativos;
É irracional, antissocial e
impulsivo; Procura satisfazer as pulsões, Funciona de acordo com os
desejos primitivos e princípios morais: valores da
Satisfação de necessidades sem necessidades do Id, sem sociedade relativos ao que é
se preocupar em saber se tal prejudicar o indivíduo; considerado bem e mal;
convém, ou não, à pessoa e aos
outros; Respeita a realidade e a Controla comportamentos de
moralidade: princípio da acordo com as regras da
A exclusiva influência do Id no realidade; sociedade;
comportamento humano levaria
a problemas de sobrevivência e Permite a adaptação da É a voz da nossa consciência,
adaptação (não nos personalidade ao mundo para algo que não fizemos bem;
conseguiríamos controlar). exterior;
- Controla os desejos do Id;
Nota:
A satisfação de certos desejos do id cria ansiedade no ego.
Este, vai disponibilizar mecanismos de defesa para fazer face às suas necessidades e retomar o controlo
sobre o id. Estes mecanismos protegem o indivíduo, impedindo que determinados desejos alcancem a
consciência.
Quando o ego não responde às necessidades do id, os mecanismos de desejo gerem e manifestam de
forma aceitável as necessidades do id, sendo eles:
O uso abusivo de mecanismos de defesa está na origem da doença mental, visto que o Id não se manifesta
– Levam a comportamentos compulsivos, repetitivos e neuróticos.
O id com maior energia à custa O ego com maior energia à custa O superego com maior energia à custa
do ego e do superego, o que do id e do superego, o eu causaria do id e do ego, o que causaria
causaria comportamentos comportamentos adequados às comportamentos conformistas (não
impulsivos, agressivos e normas sociais. dar ouvidos às necessidades do
promíscuos. indivíduo) e socialmente esperados.
SUPEREGO SUPEREGO
EGO Superego
Ego
ID EGO
ID ID
*(sexualidade)!!!*
4. MATURIDADE
O período genital começa na puberdade e continua por toda a vida do indivíduo.
Esse é um estágio atingido por todos que alcançaram a maturidade física.
O período de maturidade psicológica é um estágio alcançado depois que o indivíduo passou pelos
estágios evolutivos anteriores de maneira ideal. Infelizmente, a maturidade psicológica raras vezes
acontece.
Tais pessoas teriam um equilíbrio entre as estruturas da mente, com o ego controlando o id e o
superego, mas, ao mesmo tempo, permitindo desejos e demandas razoáveis.
A consciência desempenharia um papel mais importante no comportamento das pessoas maduras, que
teriam apenas uma necessidade mínima de reprimir os impulsos sexuais e agressivos.
Freud conclui que as vivências da primeira infância são determinantes para o desenvolvimento
harmonioso do sujeito.
Freud conclui que as vivências da primeirainfância eram determinantes para
odesenvolvimento harmonioso do sujeito.
Através destes dois princípios, Freud tentou explicar alguns processos psíquicos da personalidade como
conflitos, fugas, defesas, desejos, expectativas e ambições.