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Hítala Gomes
hitala@gmail.com –
Aula 03 Data: 14/09/2017
ABORDAGEM DE FREUD
CONSIDERAÇÕES INICIAIS
Freud é a base para toda a teoria da personalidade (informalmente foi a primeira
teoria da personalidade)
A psicanálise impactou não só a psicologia, mas a cultura em geral
Foi a primeira teoria da personalidade
FREUD E A PSICANÁLISE
Ele percebe que hipnose não é suficiente, não dá conta do sintoma. Ex.: Dora
A psicanálise surge quando ele deixa de usar a técnica da hipnose e introduz as
associações (falar tudo, sem importar a ordem dos fatos)
A meta não é remediar todos os males, mas apontar para os limites do tratamento, é a
tentativa de substituir atos inconscientes por conscientes (Freud, 1926)
Não é uma teoria fechada, mas está em constante alteração
Foi repudiado por seus estudos sobre a sexualidade, mas aponta que foi altamente
influenciado por eles, em especial (Charcot e Breuer – primeiro a atener Ana O)
Critica as receitas médicas da época “Penis normalis dosim repetatur”
“Como há muito já reconheci que provocar oposição e despertar rancor é o destino
inevitável da psicanálise [...] (FREUD, 1914, p. 19)
FUNDAÇÃO DA IPA
Freud funda a Associação Psicanalítica Internacional
“Declarou-se que o objetivo da Associação era: promover e apoiar a ciência da
psicanálise fundada por Freud, tanto como ´sicologia pura como em sua aplicação à
medicina e às ciências mentais e cultivar o apoio mútuo entre os seus membros para
que fossem desenvolvidos ???????
ROMPIMENTOS E DECEPÇÕES
1909 congresso nos EUA – psicanálise difundida no mundo
1911 rompe com Adler
1912 rompe com Jung
Manifesta seus descontentamentos com os congressos, e o caminho que o IPA está
tomando
IPA passa a impor regras que deveriam ser cumpridas e propostas por um contrato
com os analisantes (padronização)
A única regra estabelecida por Freud é a associação livre
LACAN E A PSICANÁLISE
Fez parte da IPA – divergências
1953 excomunhão da Sociedade Psicanalítica de Paris (SPP)
Funda a Sociedade Francesa de Psicanálise (SFP)
Combate a normatização e padronização da psicanálise
Das divergências rompe de vez com a IPA em 1963 e em 1964 escreve o ato de
fundação da Escola Freudiana de Paris
“[...] a Escola é um mecanismo de trabalho que se propõe a n restaurar a verdade no
campo aberto por Freu e fazer cumprir o dever da psicanálise pelo mundo”.
(Quinet, ...)
PROPOSIÇÃO DE 9 DE OUTRUBRO DE 1967 (de Lacan)
Tripé clássico da formação analítica:
o Análise pura
o Estudo teórico dos textos fundamentais (cartéis)
o Supervisão
DISSOLUÇÃO DA ESCOLA
Em 1981 Lacan dissolve a EFP para iniciar a Escola da Causa Freudiana, morre logo em
seguida
Jacques Miller (genro dele) continua seu trabalho e todo esse movimento, criando a
AMP (Associação Mundial de Psicanálise)
Nela se ligam todas as escolas que reconhecem a interpretação, a orientação e a
tradução de Miller.
Consciente
Inconsciente
A CONSCIÊNCIA
A CS é transitória (é o que está disponível naquele momento)
É o nível da vida mental que está disponível
É um dado da experiência individual
É a superfície do aparelho mental
Sensações e sentimentos são conscientes
Tem a ver com a percepção individual porque cada pessoa percebe um fato de acordo
com si próprio
Duas formas das ideias se tornarem conscientes
o Pelo sitema percepção-consciência – percepção dos estímulos do mundo
exterior, o que não é ameaçador fica na consciência
o Provem da estrutura mental – ideias não ameaçadores do pré-consciente ou
disfarçadas no inconsciente
ESTAR CONSCIENTE
trata-se de uma percepção imediata e certa
é momentâneo
a ideia fica latente, podendo tornar-se consciente a qualquer momento, ou ainda
torna-se inconsciente
o conhecimento se liga à consciência
PRÉ-CONSCIENTE
não são conscientes, mas podem se tornar
é latente, temporariamente inconsciente
as ideias podem ser representadas verbalmente
representações verbais = resíduos de lembranças antes percebidas (percepções
auditivas) e podem se tornar CS
Provém de 2 formas
o ?????
INCONSCIENTE
Contém impulsos, desejos, pulsões
Estão além da consciência
Motivam nossos sentimentos, ações e palavras
Processos mentais por trás do nosso comportamento
Ex.: sei que me sinto atraído por alguém mas não sei bem as rações que me levam a
isso
É possível comprovar o inconsciente à medida que ele se torna CS
Existe uma censura que barra o ICS
O ICS pode aparecer na CS de forma distorcida e não se torna mais ameaçadora
Há uma luta do ICS para se tornar CS
É sistemático
Sentimentos podem ser também ICS
REPRESSÃO
Operação psíquica tendente a fazer desaparecer da consciência um conteúdo
desagradável ou importuno
É uma operação consciente que leva o conteúdo reprimido ao pré-consciente e não ao
inconsciente
Repressão é diferente de Recalcamento (Inconsciente)
As motivações morais desempenham na repressão um papel predominante
Geralmente temas sexuais, agressividade ou traumas podem ser reprimidos
Freud (1923) chama o reprimido de um protótipo do ICS.
ID (das Es)
Parte primitiva (já nascemos com ele)
Inconsciente
É o componente ainda não conhecido da personalidade, mas que está na sua essência
Não tem contato com a realidade
Sua função é satisfazer o prazer
Ex.: recém-nascido (sem noção do que pode e o que não pode; ele simplesmente quer)
É também ilógico, podendo ter ideias incompatíveis. Ex.: demonstro amor por alguém
mas inconscientemente sinto raiva.
Não possui moralidade, não faz julgamento de valor (amoral)
Procura prazer sem consciência
Representado pelas paixões
É um grande reservatório de libido (do latim = vontade, desejo, não é redutível a uma
energia mental não especificada, possui um caráter sexual, apenas em investimentos
narcísicos pode ser dessexualizada. “Chamamos assim a energia, considerada como
uma grandeza quantitativa [...] das pulsões que se refere a tudo que podemos
entender sob o nome de amor”. (FREUD, 1921)
EGO (Ich)
Organização coerente dos processos mentais em cada indivíduo
Tem contato com a realidade
Transforma-se na fonte de comunicação com o mundo externo
Controla a descarga de excitações par o mundo externo
É o ramo executivo da personalidade, é o toma as decisões
Possui parte consciente, parte inconsciente e parte pré-consciente
Serve ao id, superego e ao mundo externo
Tenta aplicar as influências do mundo externo ao id e trocar o princípio do prazer pelo
princípio de realidade
O ego envolve razão, senso comum
“ [...] em sua relação com o id, ele é como um cavaleiro que tem de manter controlada
a força superior do cavalo, com a diferença de que o cavaleiro tenta fazê-lo com a sua
própria força, enquanto que o ego utiliza forças tomadas de empréstimo. [...] o ego
tem o hábito de transformar em ação a vontade do id, como se fosse sua própria”.
(FREUD, 1923, p.39)
Se desenvolve na infância a partir do Id
É governado pelo princípio de realidade
Com tatas forças divergentes, o ego torna-se ansioso e se utiliza dos mecanismos de
defesa
Não está totalmente separado do Id, em parte eles se fundem
Devem controlar as pulsões, mas às vezes fica à mercê do Id
As repressões partem do ego
O ego deriva das sensações corporais – do corpo originam sensações ?????