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ARTIGO CIENTÍFICO REDE FUTURA DE ENSINO

HELTON ALVES AZEVEDO

UMA VISITA AOS PRIMEIROS TRABALHOS DE FREUD

BRASÍLIA, 2021
HELTON AZEVEDO

REDE FUTURA DE ENSINO

UMA VISITA AOS PRIMEIROS TRABALHOS DE FREUD

Trabalho de conclusão de curso apresentado como requisito parcial à obtenção do


título especialista em pós-graduação em psicanálise.
Orientador:

BRASÍLIA, 2021

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UMA VISITA AOS PRIMEIROS TRABALHOS DE FREUD

Helton Alves Azevedo: Declaro que sou autor deste Trabalho de Conclusão de Curso.
Declaro também que o mesmo foi por mim elaborado e integralmente redigido, não tendo sido
copiado ou extraído, seja parcial ou integralmente, de forma ilícita de nenhuma fonte além daquelas
públicas consultadas e corretamente referenciadas ao longo do trabalho ou daquelas cujos dados
resultaram de investigações empíricas por mim realizadas para fins de produção deste trabalho.
Assim, declaro, demonstrando minha plena consciência dos seus efeitos civis, penais e
administrativos, e assumindo total responsabilidade caso se configure o crime de plágio ou violação
aos direitos autorais. (Consulte a 3a Cláusula, § 4o, do Contrato de Prestação de Serviços).

RESUMO: Este artigo tem a proposta de visitar seus primeiros trabalhos de


Sigmund Freud para tentar identificar alguns pontos cruciais em seus pensamentos
e proposições iniciais. Assim, apontar limites e aberturas em seus pensamentos, e
como facilitar o entendimento e aproximação de Freud e da psicanálise.
Retomando as primeiras percepções sobre o que será chamado de inconsciente,
essa segunda consciência a qual seria capaz de influenciar, senão atos e escolhas,
mas quem sabe toda a vida que conhecemos. Mais do que atuante sobre os
sonhos, o inconsciente está presente, para nosso espanto, mais do que queríamos.

PALAVRAS-CHAVE: Sigmund Freud. Primeiros trabalhos. Inconsciente. Psicanálise

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1- INTRODUÇÃO

Revisitando as primeiras obras de Sigmund Freud, em uma pesquisa


bibliográfica, vou ao encontro dos pensamentos iniciais que deram caminho para
sua forma transformadora de abordar o tema do sofrimento psíquico. A fim de
pontuar e apontar suas principais ideias e traçar uma trilha por onde poderei andar
para entender mais desse autor tão original.
Com uma pesquisa básica, gerando ao mesmo tempo, dúvidas e questões
que podem permanecer em aberto e outras podendo arriscar algum
posicionamento. Recorri de algumas de suas publicações para costurar esse texto,
acredito que ao recorrer à origem, o entendimento final torna-se uma consequência
esperada e facilidade de entender as evoluções de suas ideias. Pesquisando de
maneira exploratória seus escritos e citações.
Dessa forma, o objetivo deste artigo é a apresentação dessa pesquisa em
torno de Sigmund Freud, circundando a pergunta: como Freud percebe o
inconsciente?

2 - UM CAMINHO SEM VOLTA

Histeria, um termo usado nos primórdios da medicina, de maneira


preconceituosa, por falta de conhecimento designava uma doença que acometia as
mulheres e seus aparelhos sexuais. Quantas não foram jogadas às fogueiras,
perseguidas e mal interpretadas por falta de conhecimento, em última análise, por
falta de empatia? Até mesmo nos dias atuais, esses que sofrem de maneira similar,
não estão totalmente livres de má interpretações e exclusões, como serem expostos
ao ridículo, indignos de ajuda e rotulando seus sintomas de exageros para chamar
atenção (FREUD, 2016, p.77 volume I). Mas, que maneira de sofrer é essa a qual
voltou os olhares de Freud e suas intenções de ajuda para os que viviam tais
sintomas?
Usando o mesmo termo, histeria, formavam um conjunto de sintomas que
não tinham explicação clara ao olhar acostumado a ver afecções físicas, pois seria
esse um mal da alma. Como ataques convulsivos, dores, paralisias e anestesias,
dispneia, perda de consciência, ataques de sono, perda ou ganho de sensibilidade.
Esses sintomas podem variar pois haveria um aumento da influência dos processos
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psíquicos sobre os processos físicos do organismo(FREUD, 2016, p. 86 volume I),
um excesso de excitação do sistema nervoso, que se manifesta como inibidor ou
irritante, podendo se deslocar com facilidade pelo sistema nervoso. Ou seja, as
afecções podem variar e migrar para lugares diferentes do corpo e influenciar
funções como a visão, tato, fala, audição.
Psíquico, termo que se refere a uma instância interna e não visível, anímica,
presente dentro do corpo. Psiquê conhecida pela mitologia Romana, porém não
sabemos quantos contos foram permeados para chegar a essa versão conhecida
por nós. Psiquê que se casa com o Cupido, filho de Vênus, deusa do amor - assim o
encontro do amor com a alma, Psiquê como deusa do espírito. Termo esse
escolhido por Freud para designar a alma, ou processos úteros que aponta para o
que há de interno e que é visível não de maneira direta, não tão clara quanto se
pensou, mas como visto por ele (Freud) através dos sintomas conhecidos como a
histeria e por situações comuns do dia a dia da pessoa comum. Como em seu
trabalho, Psicopatologia da vida cotidiana, em que são colocados possíveis formas,
que instâncias não conhecidas da mente encontram como vias de expressão.
Lugares do psiquismos em que conteúdos ficaram em esquecimento, mas não
menos capazes de exercer influência e atuar em processos cotidianos (FREUD,
2016, volume XI). Como exemplos, temos os atos falhos, erros aparentes, trocas de
nomes, lugares, pessoas, objetos, ações, escolhas. A primeira vista,
descompromissados, porém podem esconder um conteúdo oculto, um desejo, uma
repulsa. Atuam dessa forma também os sonhos, Freud tenta traçar uma certa
relação na origem entre os sonhos e atos falhos, tendo eles um mesmo processo de
criação. Em seus primeiros trabalhos, Freud tenta evidenciar a presença desta
segunda instância da mente, a qual atua e é consciente, ou seja, tem suas razões e
lógicas e podem ser reveladas com a ajuda de uma escuta capaz de notá-las. A
essa segunda consciência é dado o nome de inconsciente.
Podemos também perceber essa dualidade entre o corpo e espírito, ou corpo
e alma, como uma alma capaz de se expressar no corpo. Talvez essa fosse uma
forma de ver o mundo que instigou Freud a pensar em sua divisão do aparelho
psíquico em, de forma básica, uma que pode ser notada e outra não, consciente e
inconsciente. Uma perceptível diferença entre o que é abstrato e o que é
considerado como mundo material. Voltando seu interesse para o que considerava
não-material, anímico por assim dizer. Um interesse pelo que é oculto, para o que
está para além do que pode ser percebido comumente. Apesar de seu rigor em
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deixar suas publicações o mais científicas possíveis e tentar escapar do
charlatanismo, seria possível perceber em seus pensamentos um fração de mistério
e um olhar para o além? Ou, haveria de fato essa divisão entre a alma e a matéria,
entre o interno e o externo? Respostas essas difíceis de obter, de maneira
permanente.
Voltando aos sintomas histéricos, Freud aponta que nos acometidos a
capacidade de escrita geralmente permanece e em alguns casos é aumentada,
seria essa uma sugestão do que estaria por vir, o paciente apontaria uma possível
forma de encontrar seu sintoma, porém de uma outra maneira: a escrita? Outra
pergunta que não pode ser deixada de fora: por que as mulheres eram mais
subordinadas aos sintomas da histeria? Freud aponta que homens também podem
sofrer desse sofrimento, mas sim são as mulheres que se apresentam em maior
quantidade. Exemplos esses, nos fazem sugerir que as pessoas são os sintomas
das sociedades, na sociedade em questão o homem tinha um papel bem definido, à
ele era direcionado a racionalidade, uma determinada sexualidade, uma
determinada fala e posição social, sobrava às mulheres algo como restante, algo
diferente do homem. Assim, expressões corporais e atitudes que não cabiam na
sociedade, calharam às mulheres, além de mais repressão sexual, também em seu
papel social. Às mulheres cabia o restante, ou seja o não dito, o não cabido, o
descabido - aos homens, a clareza e a lógica. Nas mulheres, suas almas tiveram
que manifestar de outra forma, tinham um espaço diferente dos homens e lhes
restavam uma expressão diferente, com menos possibilidades e talvez mais
repressão social, sobrava o corpo para manifestar. Freud foi quem percebeu e deu
lugar de fala para essas de sua época, uma fala até então pouco escutada ou mal
assimilada.
Foi em contado com a hipnose que Freud tateava o que estava na alma de
seus pacientes. Para entender melhor, vejamos uma divisão entre a consciência
primária e secundária. A primeira é o que entendemos pela vigília, atos escolhidos e
perceptíveis. Nesta última, as ideias que foram inibidas e suprimidas não estão
exaustas e continuam a atuar de forma evidente no momento da disposição para a
histeria (FREUD, 2016, p. 168 volume I). Ao acessar essas ideias escondidas nesta
chamada consciência secundária, indagando sobre a origem de algum sintoma em
particular, seria possível chegar ao trauma que havia sido esquecido. O método
catártico. Ou seja, um afeto indesejado pode proporcionar um trauma psíquico.

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"Assim aprendemos, para dizê-lo em termos grosseiros que é uma experiência
afetiva marcante por trás da maioria dos fenômenos da histeria, se não de todos; e
mais, essa experiência de tal ordem que torna imediatamente inteligível o sintoma
com que se relaciona, mostrando uma vez mais, por conseguinte, que o sintoma é
inequivocavelmente determinado." FREUD (2016, p. 40 volume III)

Porém o trauma vivido depois do evento marcante inicial se apresenta de


outra maneira, e assim, não é tão fácil de percebê-lo. Poderíamos dizer que o
trauma se expressa de outra forma, assim como nos sonhos, de maneira a utilizar
deslocamentos e condensações. Aqueles caracterizam-se como metáforas, assim o
sujeito apresenta afetos relacionados a outra situação metaforizando o seu evento
inicial vivido com um afeto indesejável, como no caso da criança que jogava seu
carretel de linha, em uma brincadeira que fazia-o desaparecer e surgir ao puxar a
linha, talvez em uma forma de essa criança lidar com o afastamento da mãe,
controlando ou encenando seu desaparecimento e surgimento (FREUD, 2016, p. 26
volume XVIII). Esta última, que é a condensação, também apresenta dificuldade de
interpretação, pois pode juntar objetos, fonemas, ideias que estão presentes em
uma situação de interesse do sujeito e não podem encontrar uma via direta à
consciência, assim essas acham outra formas de atuarem condensando a cena em
um ou mais ítens. Entende-se consciência com o que consegue ser percebido pelo
sujeito, seria o que foi dito como consciência primária. É na consciência secundária,
ou inconsciente, que ocorrem essas modificações em uma forma de compor em
uma atuação não percebida diretamente pelo sujeito. Um exemplo meu: lembro-me
de quando jovem não querer ser médico como meu pai, e aqui me encontro
estudando uma matéria, a psicanálise, a qual em seu começo era apenas estudada
por médicos, talvez uma forma de me aproximar do meu pai. Nos sonhos é comum
o pai ser representado por um bigode, um chapéu, um sapato, todos ítens em que
uma parte representa o todo. Outra forma de entender a condensação é por meio da
metonímia. De acordo com Freud, essa simbolização ocorre em dores físicas, como
uma tentativa de expressar o estado mental através de um estado físico, chamado
de conversão (FREUD, 2016, p.55 volume III). Porém o uso da linguagem fornece
uma ponte para que isso seja efetuado de uma outra maneira, não mais física.

"A determinação do sintoma pelo trauma psíquico não é tão transparente em


todos os casos. Frequentemente, encontramos o que se pode descrever
como uma relação "simbólica" entre a causa determinante e o sintoma
histérico." FREUD (2016, p. 42 volume III)

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A lógica aplicada é de que há um aumento de excitação quando ocorre o
trauma psíquico, surge então uma inclinação a diminuí-la de alguma forma. Seja por
meio de palavras ou ações. Mas quando não ocorre a descarga de energia, esse
afeto continua com sua energia contida e pronta para ser descarregada quando a
possibilidade de uma situação similar surgir, a qual pode ser um vetor de acesso de
um trauma que não encontrou uma possível saída, uma descarga de energia. Os
pacientes histéricos apresentam (FREUD, 2016, p.46 volume III), nada mais do que
impressões que não perderam seu afeto (seu poder de afetar), e cuja lembrança
permanece viva.
Interessante perceber aqui que a linguagem utilizada é física, carga,
descarga, energia, que ao mesmo tempo dão um tom de grandeza física, porém
pelo contrário, quando se fala da energia de um processo psíquico, da alma, ou
seja, a energia se torna não passível de medição, a não ser por meio da
interpretação. E nos resta como averiguação a confirmação do paciente e sua
melhora, atenuamento de seu sintoma. Apesar da tentativa de rigor, podemos
perceber um nível de subjetividade difícil de mensurar. Como um caminho que deve
ser percorrido do consciente para o inconsciente a fim de minar o sofrimento da
alma, e seria possível conhecer todos os movimentos do inconsciente, para assim
não sofrer mais? Essa lógica nos prepara para uma posição de ver a consciência,
ou seja, nossa capacidade de desvendar como o inconsciente se manifesta, como o
caminho para a realização. Teria aqui um toque com a filosofia orientais? Conhecer
a mim com a ajuda do outro, seria algo que rodeia nosso pensamento até aqui. Uma
pitada de onipotência poderia ser vista aqui, senhor de si e de todos as
manifestações do mundo, como forma de cura? Não deixo de lembrar do caso da
criança e seu carretel de linha, em uma tentativa de tomar posse do que ocorre ao
seu redor (FREUD, 2016, p.25 volume XVIII). Seria essa tendência de uma
participação ativa sempre endereçada ao sujeito? Ou, é uma solução, recorrer a
novas formas de mimetizar, controlar, representar, o trauma, em uma maneira de
lidar com o sofrimento gerado? Talvez essas duas perguntas se encontrem, nossa
maneira de lidar com a dificuldade é criar uma cena que possa dar lugar para o
afeto tão difícil de suportar, estamos ao mesmo tempo inclinados ao retorno do
vivido para que um novo cenário seja possível de comportar as dificuldades.
Quando não há forma de atuação do sistema nervoso, tendo esse sujeito
vivido um trauma, sem condições de manipular o conteúdo talvez pela quantidade
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tamanha de energia ou por falta de recursos e em que as representações que
substituiriam esse trauma encontram barreiras sociais e pela falta de interesse. O
sujeito sem saber pode recorrer a delírios histéricos (FREUD, 2016, p. 53 volume
III), os quais podem revelar as representações frequentemente rejeitadas em seu
estado influenciado pela consciência principal, tendo inibido e suprimido para o
inconsciente. Como nos delírios de freiras que ocorrem blasfêmias e representações
eróticas. O que nos sugere que o inconsciente predispõem uma relação com o
social, com a moralidade, com a possibilidade de trazer para a linguagem, ou seja, a
opção de exprimir, seja de diferentes maneiras ou não, o afeto experimentado. Sem
essa promessa de poder expressar o que nos afeta, surge uma dificuldade de lidar
com as descargas de sensações, energias internas, travamos na tentativa repetida
de expressar fora de um circuito fechado. Surge a repetição, um retorno a traços
mnêmicos, tanto de tentativa de repetir o prazer, quanto na tentativa de expressar
angústias, para que haja descarga de energia acumulada.
Algumas hipóteses são dadas para saber o porquê do conteúdo da
consciência se dividir em duas, uma percebida e outra não. Podendo resultar de um
ato voluntário do sujeito, promovido por um esforço que pode ser especificado,
porém isso acontece por meio de atingir outra intenção, e ao invés de alcançar esse
objetivo alcança a divisão da consciência, FREUD(2016, p.54 volume III). Na
histeria de defesa, um de seus pacientes, de Freud, gozavam de uma vida com boa
saúde, até que em um determinado momento se confrontou com um experiência,
um sentimento que suscitou afetos aflitivos antigos e que desejara esquecer. Pois
não conseguia resolver o contradição da representação incompatível e seu eu por
meio da atividade do pensamento.
O método de cura catártico então, consiste em passar, transformar uma
manifestação da representação incompatível que encontrou seu caminho para uma
expressão somática, em psíquica. E assim, conseguir resolver a contradição através
da atividade do pensamento que é feita pela fala, completando a descarga de
excitação do afeto que havia sido guardada. Assim como ocorre em estados
similares ao sono, onde são suspendidos as distribuições da excitação da
consciência baseada na vontade da personalidade, ou seja, o que não foi excluído
da mente do sujeito. Dando mais espaço para o que estava oculto ao paciente. Ao
perceber a existência dessa segunda instância, ou segunda consciência, ou mesmo,
o inconsciente, é difícil de ser ignorado, é um caminho sem volta.

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3 - CONCLUSÃO

Além de difundir e divulgar esses apanhados mencionados acima sobre as


obras iniciais de Freud, quero transcorrer sobre a divisão da consciência.

O que ocorreu para que nossa consciência fosse dividida? Seria aquele velho
dilema entre quem veio primeiro, o ovo ou a galinha? Digamos que o que é
reprimido, suprimido para a segunda parte da consciência seja algo não aceito, não
expressável, que tem suas repressões com base no social, na cultura, com uma
influência específica para cada tempo e lugar. Ao mesmo tempo podemos dizer que
a cultura ocorre por um processo de sublimação, ou seja, quando as moções
sexuais infantis não cessam mesmo em período de não expressão, por motivos de
repressão social, encontra outro fins, originadores da cultura (FREUD, 2016, p.168
volume VII). Esse desvio das forças e metas sexuais e sua orientação para novas
metas no processo, adquire poderosos componentes para todas realizações
culturais. O próprio surgimento da cultura e sistemas sociais que de certa forma não
podem ser vistos de maneira diferente, a sublimação dos processos sexuais, geram
manifestações sociais que ao mesmo tempo carregam em si a repressão ou a não
possibilidade da pulsão sexual original, assim, o sujeito é reprimido por questões
sociais as quais ele mesmo gera. Quem viria primeiro, a sublimação ou a repressão
das moções sexuais, criativas? Entrando na questão entre a natureza ou nutrição,
quando se fala de aspectos que influenciam o sujeito. Essa questão de difícil
resposta, creio que pode apenas pairar, e temos nós a aprender a conviver com
questões sem respostas, ou tentar acomodá-las de maneira a não nos afetar de
forma destrutiva.

Ou seja, o caminho para trás onde estaria a satisfação completa dos


impulsos sexuais, está obstruída por repressões as quais impõem resistências tanto
para as satisfações quanto para encontrar o conteúdo reprimido. Assim, resta
avançar em direção a uma resignificação do que está latente, mesmo que sem
perspectiva de levar o processo a uma conclusão ou que seja capaz de atingir o
objetivo FREUD(2016, p.53 volume XVIII). Resta ir para frente, criando maneiras de
sublimação em direção a cultura e civilização, e consequentemente a surgir novas
formas de expressão do sofrimento psíquico.
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4- REFERÊNCIAS

FREUD,SIGMUND. Publicações Pré-psicanalíticas e Esboços Inéditos (1986-89), Edição


Standard Brasileira das Obras Psicológicas Completas de Sigmund Freud Volume I, Imago.
2016.

FREUD,SIGMUND. Estudos Sobre a Histeria (1883-95), Edição Standard Brasileira das


Obras Psicológicas Completas de Sigmund Freud Volume II, Imago, 2016.

FREUD,SIGMUND. Além do Princípio de Prazer, Psicologia de Grupos e outros trabalhos


(1920-22), Edição Standard Brasileira das Obras Psicológicas Completas de Sigmund Freud
Volume XVIII, Imago, 2016.

FREUD,SIGMUND. Primeiras Publicações Psicanalíticas (1893-1899), Edição Standard


Brasileira das Obras Psicológicas Completas de Sigmund Freud Volume III, Imago, 2016.

FREUD,SIGMUND. Um Caso de Histeria, Três Ensaios sobre a Sexualidade e outros


trabalhos (1901-05), Edição Standard Brasileira das Obras Psicológicas Completas de
Sigmund Freud Volume VII, Imago, 2016.

FREUD,SIGMUND. Psicopatologia da Vida Cotidiana (1901-05), Edição Standard Brasileira


das Obras Psicológicas Completas de Sigmund Freud Volume VI, Imago, 2016.

FREUD,SIGMUND. A Interpretação do Sonhos Edição Comemorativa 100 anos, Imago,


2001.

WILKINSON, PHILIP. et al. O Livro da Mitologia, Globo Livros.2018

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