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Clínicas:
Neurose
Prof.ª Rafisa Lobato
• Histeria:
• Freud chegou à histeria não para julgá-la em
sua teatralidade como uma farsa, tal como
fazia a quase totalidade dos médicos da
época, mas para acolhê-la, em seu modo
particular de manifestar sua verdade.
• Deu um passo para além da fenomenologia,
ou seja, para além da observação que leva em
conta o estudo do que se manifesta.
• Freud quis saber acerca do que sustenta a
manifestação histérica, quais operações estão
em jogo e qual a rede de conjugação dos
elementos que atuam em seu eixo,
sustentando-a.
• Psicopatologia – Psico (psiquê): Alma; Pato
(pathos): o que causa espanto; Logia: busca de
sentido.
“Psicopatologia vem a ser a busca de sentido
do que causa espanto à alma.”
• Freud quis saber sobre a verdade da produção
dos enigmáticos sofrimentos do psiquismo.
• A manifestação histérica exigia uma nova
maneira de fazer clínica.
• Não havendo razão aparente, de natureza
anatômica, fisiológica, neurológica ou similar,
o que será que faz sofrer esse sujeito?
• Que sintoma é esse cuja dor é tão cara ao
sujeito, que esse faz dela seu estandarte, seu
cartão de visitas, exibindo-a para quem quiser
ver?
• Freud percebe que as respostas a todas essas
perguntas, ou seja, esse saber está do lado do
paciente, embora inacessível a ele de forma
consciente. Por isso o convida a falar.
• O sintoma é apreendido como uma formação
do Inconsciente, que rege o psiquismo
humano, tanto quanto a instância
consciente/pré-consciente.
• O sintoma é fruto de uma formação de
compromisso.
• Fundação do psiquismo humano: desejo.
Primeira experiência de satisfação.
• Suposto encontro com o objeto
complementador, perdido para sempre.
Experiência mítica.
• É em torno disso que faz falta que o sujeito
toma sua orientação subjetiva, apelando para
a fantasia, que se constitui a tentativa de
responder a essa lacuna.
• A linguagem, a fala, é o meio pelo qual o
sujeito vai contornar o vazio que preside sua
existência humana e torná-lo operante,
vivenciando-o como falta – falta de algo, falta
de um objeto, que não é um objeto qualquer.