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A História do Movimento Psicanalítico

Resumo

A Psicanálise foi criada por Sigmund Freud no final do século XIX. No início de
sua jornada ele trabalhou sozinho com o objetivo de ser o pioneiro nesta
descoberta clínica. Esta solitude (que durou uns 10 anos) fez com que ele não
precisasse se debruçar sobre artigos, publicações, reuniões, debates de idéias
da época, em razão de seus adversários.

A primeira parceria que Freud teve foi com o médico austríaco Joseph Breuer.
Ambos chegaram a escrever um livro chamado “Estudos sobre a Histeria”, onde
a base era um caso clínico por eles explorado na época. Mas havia uma
divergência entre eles: Breuer se valia do método catártico (buscava acessar os
sintomas dos pacientes histéricos através de fragmentos do passado) e para ele
esse transtorno psíquico estaria apoiado em um abordagem fisiológica; Freud
além de não concordar com a intervenção da hipnose muito utilizada por Breuer,
ele destacava a importância de elementos psíquicos e da sexualidade na origem
dos processos neuróticos. Freud credita que a cura acontece através da
conversa.

No início da Primeira Grande as atenções se voltaram para o movimento da


Psicanálise e muitos adeptos foram chegando. Neste momento houve um
reconhecimento sobre a importância da Psicanálise no tratamento de neuroses
da guerra. Até porque os tratamentos comuns da época não surtiam efeito nestes
casos relacionados a guerra.

Nesta época a Psicanálise começou a ser espalhada e conhecida por outros


países, principalmente os de língua alemã.Freud teve grandes mestres nesta
caminhada, mas discordou de muitos deles. Teve como um discípulo um jovem
chamado C.G. Jung. Durante muito tempo Freud acreditou que pudesse fazer
de Jung seu discípulo; tanto que quando fundou a Associação Internacional de
Psicanálise (cujo objetivo era apoiar a ciência da Psicanálise), nomeou Jung
como presidente de associação. Mas com o passar do tempo as ideias de Jung
começaram a não ser aceitas por Freud. Em 1912 Jung fez uma conferência na
Universidade de Fordham, e fez muitas críticas as ideias e terorias básicas
defendidas por Freud. Depois disso, jung fez uma publicação sobre uma outra
vertente de ideias e falou sobre a “psicologia analítica”. E este foi o ponto crucial
para que Freud rompesse de vez com seu ex-discípulo.

Freud também acreditava na interpretação dos sonhos como meio mais eficiente
de acesso ao inconsciente. Ele escreveu uma obra chamada “A Interpretação
dos Sonhos”, onde ele explica por que eles ocorrem, como eles funcionam e qual
a relação deles com o nosso lado mais oculto, inconsciente. Este movimento
contribuiu para que a Psicanálise fosse difundida.

Outro seguidor de Freud é Alfred Adler. Ele publicou uma obra chamada “Estudo
de Inferioridade Orgânica”, que defendia que os impulsos eróticos do ser
humanos não eram sexuais, mas sim agressivos, e que a neurose tinha uma
causa orgânica em sua origem, por isso defendia de forma incisiva a biologia na
vida das pessoas. Por divergir das ideias de Freud e colocar em risco a
Psicanálise que até então era tida como única e original, Adler foi expulso do
grupo. Mas é inegável que todas essas divergências estudos paralelos
trouxeram muitas novidades à Psicanálise.

Freud sempre defendeu a máxima que dizia que os homens são fortes enquanto
representam uma ideia forte; e se enfraquecem quando se opõem a ela.

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