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1 Introdução 4
6 Conclusão 9
7 Bibliografia 10
1 Introdução
A psicologia como ciência tem uma história de 130 anos se contarmos desde
o primeiro laboratório de Psicologia Experimental instalado por Wundt na Alemanha,
em 1879. Mas o termo “psicologia” já era utilizado muito antes disso.
Foi entre os primeiros filósofos gregos que surge a tentativa de sistematizar
um único pensamento voltado para o espírito do ser humano. A palavra “psicologia”
vem do grego psyché, que significa alma e do termo logos, que significa razão. Os
filósofos pré-socráticos foram os primeiros a se preocupar em definir a relação do
homem com o mundo a sua volta por meio da percepção, ou seja, o mundo existe
por que o homem o vê.
Quando Sócrates chega com suas ideias, o mundo psicológico ganhou certa
credibilidade. Seu foco era diferenciar os humanos dos animais, postulou então que
a principal característica que evidenciava essa diferença era a razão. Os instintos
seriam a base da irracionalidade e com a razão o ser humano era capaz de se
sobressair sobre eles. Sócrates ao definir a razão como a essência humana, abre
um caminho para a teorização do que chamamos de consciência, lembrando que
esses estudos eram feitos no ramo da Filosofia.
Depois de Sócrates veio Platão, que era discípulo do mesmo. Este procurou
definir um “lugar” para essa razão no corpo humano. Definiu o lugar sendo a cabeça,
onde se localizava a alma humana. Platão concebia a ideia de que a alma era
separada do corpo, sendo assim a medula seria um elemento de ligação do corpo
com a alma.
Aristóteles, que foi discípulo de Platão, foi um dos mais importantes
pensadores da Filosofia. Ele postulou que a alma e o corpo não podem ser
separados. A psyché para Aristóteles seria o princípio ativo da vida. Aristóteles
chegou a estudar as diferenças entre a percepção, razão e sensações, este estudo
pode ser considerado o primeiro tratado das ideias psicológicas. Portanto, podemos
dizer que 2300 anos antes do primeiro evento da psicologia científica os gregos já
haviam formulado duas teorias: a platônica e a aristotélica.
Depois dos gregos, um marco importante para a psicologia foi o período
feudal, início do Renascimento. Nesse tempo não existia a ideia de “vida privada”.
Após o desenvolvimento das formas de produção capitalista isso mudou, o indivíduo
foi posto no lugar de consumidor e produtor individual, o ser humano passa a ser
visto como um sujeito ativo e capaz de construir uma identidade para si e de viver,
pensar e sentir. As idéias de subjetividade foram se fortalecendo. Mas tudo tem os
seus prós e contras. Apesar da ideia de subjetividade e vida privada surgirem os
problemas começaram a surgir também. Cada um estava buscando garantir sua
própria verdade e no meio disso surgiram alguns conflitos. Com isso, os humanos
passaram então a ter a necessidade de construir uma ciência que cuidasse e
produzisse visibilidade para as experiências subjetivas, surgindo então o que
chamados hoje de Psicologia, os estudos desse novo campo eram baseados nas
ideias dos filósofos antigos que até então já tinham discutido sobre as experiências
do ser humano.
Com base nisso, a Psicologia foi cada vez mais se reformulando e evoluindo.
Por causa desses primeiros pensadores que trataram por pesquisar a psyché
humana que temos várias abordagens e vários psicólogos importantes, como o
famoso Sigmund Freud, o pai da psicanálise.
Com este trabalho podemos concluir que Freud contribui muito para a
psicologia como um todo. Além de ser o pai da psicanálise, dando início a um novo
objeto de estudo, o inconsciente, que é estudado até hoje, ele nos proporcionou um
novo mecanismo para lidar com o sofrimento. A finalidade do trabalho psicanalítico é
o deciframento das ideias do inconsciente e a adaptação de seus conteúdos na
consciência. Isso trouxe grandes resultados como o autoconhecimento, que
possibilita encarar o sofrimento e o mal-estar, e que nos ajuda a criar dispositivos
para enfrentar a realidade.
7 Bibliografia
BOCK, Ana Mercês Bahia et al. Psicologias: Uma introdução ao estudo de psicologia.
14. ed. São Paulo: Saraiva, 2008. 368 p.
GARCIA-ROSA, Luiz Alfredo. Freud e o inconsciente. 18. ed. Rio de Janeiro: Zahar,
2001. 236 p.