Origem e o surgimento da Psicologia como Ciência A psicologia começou como ramo da Filosofia, e a continuidade até antes de emergir como ciência. Começou como resultado dos cosmólogos, em entender sobre as experiências místicas e actividades de pessoas e eventos. Inclui as experiências da vida, sonhos, vida material, impulsos e peculiaridade no comportamento das pessoas em diferentes situações. O termo Psicologia foi encontrado pela primeira vez em livros filosóficos do século XVI. Formado por duas palavras Grega Psique (alma) logos (estudo), que significa estudo da alma. Por alma entende-se o principio subjectivo de todos os fenómenos da vida mental e espiritual. Muitas ideias sobre a mente e o seu funcionamento foram derivados da filosofia grega, pelas primeiras pedras no fundamento da Psicologia como ciência. Foi colocada pelo médico Grego Alemão de Crotona no século VI antes de Cristo. Propunha que “a vida mental é uma função do cérebro”. Essa ideia fornece uma base para entender a mente humana até hoje. Outros filósofos Gregos notáveis da Psicologia são: Hipócrates, Sócrates, Platão e Aristóteles. Hipócrates conhecido como pai da medicina, classifica as pessoas em 4 tipos, com base nos humores corporais: fleumático, sanguíneo, melancólico e o colérico. Sócrates reconhecia a mente além da alma, analisou as actividades da mente na forma de pensamento, imaginação, memória e sonhos. Além disso, o seu aluno Platão, e o aluno de Platão Aristóteles reforçaram e continuaram com algumas ideias de Sócrates. Enfatizavam a capacidade de raciocínio do homem, e chamaram o homem de animal racional. Platão estava interessado em saber o papel da mente no controlo do comportamento humano. Foi progenitor do dualismo em Psicologia, considerava as substâncias matérias e espirituais, corpo e mente, como dois princípios independentes antagónicos. O dualismo de Platão foi rejeitado pelo seu aluno Aristóteles, que reuniu o pensamento Psicológico com os estudos naturais e defendeu a ligação com a biologia e a medicina. Transmitiu a ideia inseparabilidade da alma e do corpo vivo. Levantou a hipótese “a mente é resultado das actividades Psicológicas. Dizendo que necessário entender os processos Psicológicos, incluindo as actividades dos órgãos dos sentidos que ajudam o individuo a experimentar o seu ambiente. Essa suposição foi acessível para verificação por causa da sua base cientifica. “ O cérebro é o centro de controlo das nossas experiências e comportamento consciente. René Descartes (1596-1650) postulou a existência da alma como uma entidade separada que é independente do corpo. Explica que o nosso corpo é como um motor, que continua seu trabalho sem a separação da alma. Declarou que homem tem uma natureza dupla “mental e física”. Afirmou que o processo de duvidar é a prova da existência da alma. “Penso logo existo”. A alma deve existir em mi porque eu posso pensar. Pensar é a principal função da alma. Geralmente a medida que a perspectiva cientifica foi sendo desenvolvida a filosofia começou a perder sua proeminência, assim como conceito de alma. A Psicologia foi definida com estudo da mente. Quando surgiu a Psicologia como ciência? E quem foi o seu fundador? Que evento foi considerado como marco histórico para o reconhecimento da Psicologia como ciência? A Psicologia surgiu como uma disciplina cientifica pelo estabelecimento do primeiro Instituto de Psicologia em 1879, em Leipzig, na Alemanha, por Wilheln Wundt. Onde os primeiros Psicólogos profissionais adquiriram as competências de trabalho experimental para estudar a mente. Wundt centrou as suas experiências nas experiências conscientes. Substitui o conceito de espirito por consciência. Adotou o método da instropecção. Com o tempo foi havendo o desenvolvimento da Psicologia como uma ciência independente. Os Psicólogos começaram a rejeitar os diferentes métodos de abordagem baseadas em especulações e tentaram fornecer base cientifica para os trabalhos. Esses esforços resultaram no surgimento de diferentes escolas de pensamento como: Estruturalismo, Funcionalismo, Behaviorismo, Gestalt, Psicanálise e Humanismo. O estruturalismo centrou a sua atenção em estudar as experiências conscientes, a estrutura do cérebro e o sistema nervoso, responsáveis por tais experiências. O destaque entre os estruturalistas foi Tichener (1867-1927), um Psicólogo Britânico que considerava a Psicologia como ciência da consciência. O estruturalismo procurou analisar os três elementos básicos da consciência, sensações, sentimentos e imagens. Desta forma fez-se um estudo sistemático da mente analisando a sua estrutura e por tanto foi nomeado como estruturalismo. O funcionalismo começou com William James (1842-1910). Pai da Psicológia Americana. Outros Psicólogos importantes são John Dewer e John Angel. Os funcionalistas defendiam o funcionamento da mente como um aspecto importante. A mente vai sempre ajudar a pessoa a adaptar-se ao seu meio ambiente. Foram influenciados pela teoria da evolução e pela Biologia do Charles Darwin. O Behaviorismo começou com John B. Watson, outros psicólogos notáveis foram Pavlov e Skinner. Watson definiu a Psicologia como ciência do comportamento do organismo. Concentrou a sua atenção no estudo do comportamento observável e rejeitou as forças internas e invisíveis da mente, rejeitando o método de Instropecção. Para ele não era confiável e cientifico a instropecção, defendeu o método de observação e verificação. O behaviorismo no inicio enfatizou os reflexos condicionados como elementos do comportamento. De acordo com Watson os reflexos condicionados são respostas aprendidas aos estímulos. Enfatizou a necessidade de observação com o objectivo de estudar o comportamento humano e animal. Watson salientou o papel do ambiente e estímulos na formação do comportamento. Watson tem uma famosa declaração em que fala “poderia tornar uma criança no que quisesse, um mendigo a um advogado, um cientista a um criminoso. Psicologia da Gestalt de Max Wertheimer (1880-1941) e os seus colegas Kurt Kottke (1886-1941) e Wolfgang Kohler (1887-1967). Essa escola de pensamento surgiu 1912 na Alemanha, Gestalt significa forma ou configuração. Os psicólogos da Gestalt fizeram oposição da abordagem atomista ou molecular para estudar o comportamento. Defendia que a mente não é composta de elementos, pode ser entendida melhor, apenas se for estudada como um todo. O principio fundamental da escola da Gestalt é “um todo é maior do que a soma total das suas partes”. De acordo com este principio o individuo percebe uma coisa como um todo e não como um mero conjunto de elementos, da mesma forma a sensação ou percepção serão experimentadas como um todo. Exemplo: olhando para uma mesa de madeira, não vamos enxergar um conjuntos de peças diferentes mais como um todo, só então percebe-se como um objecto significativo. Como resultado o comportamento humano é caracterizado como comportamento inteligente, em vez de um mecanismo de estímulos e respostas simples. A Psicologia da Gestalt opôs fortemente aos pontos de vistas de várias outras escolas. A Psicologia se concentrou principalmente na Psique humana normal até a chegada de Sigmund Freud que fundou a Psicanálise. Essa teoria surgiu através dos históricos clínicos dos doentes mentais. Sigmund Freud (1856-1939) fundou a Psicanálise em 1900. Desenvolveu a sua teoria baseada na motivação inconsciente. Incluindo conceitos de inconsciente, a repressão, o desenvolvimento psicossexual da criança, analise de sonhos e outros. Esses conceitos ajudaram analisar o comportamento humano integral, especialmente no ponto de vista do entendimento do comportamento anormal. Alguns colegas de Freud achavam que ele dava uma excessiva importância ao sexo. Aldler com a Psicologia individual, na qual enfatizava o poder e coisas que são conhecidas como complexo de superioridade e complexo de inferioridade. Jung começou a Psicologia analítica que afirma a existência também de um inconsciente colectivo. Alguns nomes notáveis na Psicanalise: Anna Freud, Françoise Dolto, Jacques Lacan e Erik Erikson. Psicologia Humanista: tem como grandes percussores como Maslow, Rogers, Rollo May e Gordon Allpost. Os humanistas acreditavam que o comportamento é controlado pela vontade. Não pelo inconsciente ou pelas contingências ambientais. Defendem o potencial humano para autorealização. TIPOS DE CONHECIMENTOS Atualmente têm-se como pressuposto que, para que ocorra a construção do conhecimento, há que se estabelecer uma relação entre o sujeito e o objeto de conhecimento. Assumindo o pressuposto de que todo conhecimento humano reporta a um ponto de vista e a um lugar social, compreende-se que são quatro os pontos principais da busca do conhecimento: Conhecimento empírico Conhecimento filosófico Conhecimento científico Conhecimento teológico CONHECIMENTO EMPÍRICO É o conhecimento que adquirimos no cotidiano, por meio de nossas experiências. É construído por meio de tentativas e erros num agrupamento de ideias. É caracterizado pelo senso comum, pela forma espontânea e direta de entendermos. Tartuce (2006, p. 6) traz alguns elementos relacionados a esse tipo de conhecimento: É o conhecimento obtido ao acaso, após inúmeras tentativas, ou seja, o conhecimento adquirido através de ações não planejadas. É o conhecimento do dia a dia, que se obtém pela experiência cotidiana. É espontâneo, focalista, sendo por isso considerado incompleto, carente de objetividade. Ocorre por meio do relacionamento diário do homem com as coisas. Não há a intenção e a preocupação de atingir o que o objeto contém além das aparências. Fundamentado apenas na experiência, doutrina ou atitude, que admite quanto à origem do conhecimento de que este provenha apenas da experiência. Dentre suas características destacamos: Conjunto de opiniões geralmente aceitas em épocas determinadas, e que as opiniões contrárias aparecem como aberrações individuais. É valorativo por excelência, pois se fundamenta numa operação operada com base em estados de ânimo e emoções. É também reflexivo. É verificável. É falível e inexato. CONHECIMENTO FILOSÓFICO A palavra filosofia foi introduzida por Pitágoras, e é composta, em grego, de philos, “amigo”, e sophia, “sabedoria”. Quanto à conceituação de Filosofia, veja estes dados apresentados por Tartuce (2006, p. 6): A Filosofia é a fonte de todas as áreas do conhecimento humano, e todas as ciências não só dependem dela, como nela se incluem. É a ciência das primeiras causas e princípios. A Filosofia é destituída de objeto particular, mas assume o papel orientador de cada ciência na solução de problemas universais. O Conhecimento Filosófico procura conhecer as causas reais dos fenômenos, não as causas próximas como as ciências particulares. Procura conhecer, também, as causas profundas e remotas de todas as coisas e, para elas, respostas. Dentre suas características destacamos: É valorativo, pois seu ponto de partida consiste em hipóteses, que não poderão ser submetidas à observação. Não é verificável. Tem a característica de sistemático. É infalível e exato. Portanto, o conhecimento filosófico é caracterizado pelo esforço da razão para questionar os problemas humanos e poder discernir entre o certo e o errado, unicamente recorrendo às luzes da própria razão humana (TARTUCE, 2006, p. 6). Desta forma, o conhecimento filosófico é fruto do raciocínio e da reflexão humana. É o conhecimento especulativo sobre fenômenos, gerando conceitos subjetivos. Busca dar sentido aos fenômenos gerais do universo, ultrapassando os limites formais da ciência. CONHECIMENTO TEOLÓGICO É o conhecimento revelado pela fé divina ou crença religiosa. Não pode, por sua origem, ser confirmado ou negado. Depende da formação moral e das crenças de cada indivíduo. Exemplos: acreditar que alguém foi curado por um milagre; acreditar em Deus; acreditar em reencarnação; acreditar em espírito, etc. O conhecimento teológico, ou místico, é fundamentado exclusivamente na fé humana e desprovido de método. É alcançado através da crença na existência de entes divinos e superiores que controlam a Vida e o Universo. Resulta do acúmulo de revelações transmitidas oralmente ou por inscrições imutáveis e procura dar respostas às questões que não sejam inteligíveis às outras esferas conhecimento. Exemplos são os textos sagrados, tais como a Bíblia, o Alcorão (ou Corão, o livro sagrado do islamismo), as Escrituras de Nitiren Daishonin (monge budista do Japão do século XIII que fundou o budismo Nitiren), entre outros. CONHECIMENTO CIENTÍFICO O conhecimento científico surge com Galileu Galilei (1564-1642). Os gregos já distinguiam no século VII a. C. a diferença entre o conhecimento racional (científico, mediado pela razão) e o conhecimento mítico, este inspirado pelos deuses e do qual se fala sem nenhuma preocupação em relação à prova dos acontecimentos. O conhecimento científico surge a partir: Da determinação de um objeto específico de investigação; e Da explicitação de um método para essa investigação. A Ciência caracteriza-se como uma forma de conhecimento objetivo, racional, sistemático, geral, verificável e falível. As áreas da Ciência podem ser classificadas em duas grandes dimensões: puras (o desenvolvimento de teorias) e aplicadas (a aplicação de teorias às necessidades humanas); ou naturais (o estudo do mundo natural) e sociais (o estudo do comportamento humano e da sociedade). As Ciências Sociais têm peculiaridades que as distinguem das ciências naturais. Os fenômenos humanos não ocorrem de forma semelhante à do mundo físico, impossibilitando a previsibilidade. A quantificação dos resultados é falha e limitada. Os pesquisadores têm crenças que podem prejudicar os resultados de suas pesquisas. O método por si só não pode explicar um fenômeno social (TARTUCE, 2006, p. 8). Suas características são: É real (factual), porque lida com ocorrências ou fatos. Constitui um conhecimento contingente, pois suas proposições ou hipóteses têm sua veracidade ou falsidade conhecida por intermédio da experiência e não apenas razão, como ocorre no conhecimento filosófico. É sistemático. Possui características de verificabilidade. É falível, em virtude de não ser definitivo, absoluto ou final e, por este motivo, é aproximadamente exato. PSICANÁLISE A Psicologia se concentrou principalmente na Psique humana normal até a chegada de Sigmund Freud que fundou a Psicanálise. Essa teoria surgiu através dos históricos clínicos dos doentes mentais. A origem da Psicanalise dá no seculo XIX, a partir dos estudos da psique humana pelo médico Sigmund Freud, em 1881, quando trabalhava ainda no hospital geral de Viena. Desenvolveu a sua teoria baseada na motivação inconsciente. Incluindo conceitos de inconsciente, a repressão, o desenvolvimento psicossexual da criança, analise de sonhos e outros. Esses conceitos ajudaram analisar o comportamento humano integral, especialmente no ponto de vista do entendimento do comportamento anormal. O principal objectivo da psicanálise é a interpretação de suas representações como: sonhos, desejos, pensamentos e lembranças. É a partir dessa abordagem que o psicanalista visa entrar em contacto com o subconsciente e oferecer ao paciente a possibilidade de sua auto cura emocional. Dessa forma acção consciente do Psicanalista é o de fornecer as chaves para psique do paciente como se fosse um espelho. Aplicações clínicas da Psicanálise O profissional psicanalista fará o uso da escuta atenta em relação aos pontos encontrados ou indicados em uma breve apresentação dos conflitos que existem na mente da pessoa. Assim o paciente será estimulado a reencontrar os trilhos perdidos de uma estrada que são formados por lembranças durante este trajecto sempre com o acompanhamento terapêutico, o paciente tratará das questões e das representações que se interagem, e também se intensificam com o passar do tempo. O papel do Psicanalista é de mostrar esses trilhos de forma a compor uma paisagem mais natural possível para o paciente. Como forma de agir nos métodos o tratamento ocorre com uma frequência de conversas que tendem a durar um tempo dependendo das situações. Na teoria psicanalítica o acesso aos campos conflituantes da mente do paciente devem ser transferidos para um plano de vista, que seja facilmente penetrado pessoa. O objectivo é observar e dissolver os processos que desorganizam os aspectos da personalidade. A psicanálise não visa complexificar os procedimentos terapêuticos, vistos como complicados e obscuros. Contrario disso, a Psicanálise serve para desenredar os nós da psique humana, através da análise profunda e investigação. A abordagem psicanalítica tem por objectivo desvendar as relações interpessoal do paciente, assim como a maneira que o próprio paciente se enxerga no mundo. Assim o psicanalítico detecta as acções presas do inconsciente indicando quais os tipos de tratamento mais adequado. A Psicanálise como terapia mais profunda, utiliza métodos não sugestivos, os seus efeitos são mais reflexivos e psicológicos do que corporais, que destinam a conhecer os processos inconsciente da mente. A psicanalise é uma terapia mais profunda, porque aponta para alteração da personalidade do paciente, encontra partida terapias como: a comportamental e a cognitiva comportamental são consideradas próximas a psique analise. Apesar disso, os seus objectivos tem ênfase nas abordagens especificas dos pacientes. Não existem métodos melhores do que outro, apenas deve-se destacar que as abordagens e objectivos são de natureza diferentes. Como saber se abordagem que se precisa é a Psicanálise? A psicanalise sempre será recomendável todas as vezes em que a pessoa procurar atenuar qualquer forma de ansiedade e dificuldade mental e emocional. Deve-se lembrar que esses sentimentos podem desencadear processos patológicos como: distúrbios e transtornos mais sérios. Uns dos pontos mais importante para se pensar, é que o Psicanalista não actua como juiz, não interfere no que diz respeito aos valores da pessoa. O importante é saber que escolha pela terapia é uma passo dado, o profissional fará o melhor para que essa experiência seja o máximo aproveitado no tempo certo de buscar as soluções. A psicanalise busca ocupar-se do tratamento contínuo de grupos, individuo e famílias. Normalmente o psicanalista explicará nem toda analise pode ser agradável trará a luz experiencias interna diferentes do que se costuma perceber. Ainda assim, muitas pessoas continuamente buscam essa terapia em momentos mais críticos ou de menores aflições. O mais importante para se pensar é que a melhor terapia é aquela em que o paciente se sente à- vontade para trabalhar todas as suas questões e principalmente enxergue os resultados. ID, EGO E SUPEREGO Porque agimos? Como agimos? Onde vem os sentimentos de culpa e orgulho? Porque as vezes fazemos algo sem pensar e só nos damos conta depois do ocorrido? Freud Explica! Inicialmente Freud dividiu a psique em três parte: Consciente, pré-consciente e o inconsciente, modelo esse que foi conhecido como a 1ª Tópica. Freud percebeu que essa simples divisão não era suficiente para explicar todos os dados das acções e comportamentos. Foi neste exato momento na publicação da obra “O EGO E O ID” no ano de 1923 que surge a 2ª Tópica, trazendo a estrutura da personalidade em ID, EGO E SUPEREGO. De acordo com freud, a mente busca por um equilíbrio entre mais prazer e menos desprazer durante as actividades cotidiana. O ID é a estrutura mais primitiva que temos, a parte onde habitam os nossos desejos e fantasias mais incomuns e fora da realidade possível. Não existe racionalidade, valores e ética, a única coisa que importa é a saciedade dos seus desejos independentemente do que se precisa ser feito. Basicamente funciona como uma criança mimada, busca os seus desejos através da birra e da raiva. O EGO se desenvolve a partir do ID, por meio do processo de maturação, ou seja, como que a pessoa cresce aprendendo novas regras, novos valores origina-se o EGO, que possui como sua principal função atender e brecar as vontades repulsivas do ID, de maneira balanceada. Por ser lógico e racional o EGO faz o equilíbrio entre o nosso mundo primitivo interno e nosso mundo real externo. SUPEREGO se origina a partir do EGO, funciona como juiz de nossas acções e comportamentos, em síntese, funciona como nossa constituição pessoal, ou seja, onde mora as nossas leis e valores. É responsável pelo sentimento de culpa e remorso por maus comportamentos, e de orgulho e felicidade por bons comportamentos. A sua formação é construída através da cultura sobre a qual a pessoa está inserida principalmente sobre a sua família. Este é o motivo de diversos costumes e tradições serem passados de geração em geração. É importante lembrar que essas estruturas (ID, EDO E SUPEREGO) não substituíram a tópica Freudiana da divisão da mente o consciente e o inconsciente, apenas a complementaram. PULSÕES DO ID E MECANISMOS DEFESA DO EGO ID ID: segundo Freud é uma região psíquica totalmente inconsciente, localizada no núcleo da personalidade. O termo ID significa “ISSO”, é o componente não dominado da personalidade. O tempo inteiro o ID busca reduzir tensões através da satisfação de necessidades básicas. A única função é a busca do prazer. Irrealista e ilógico. Como ID não tem contacto directo com a realidade: Não se altera ao longo do tempo; Nem amadurece com as experiencias do individuo. Além de ser irrealista e buscar o prazer, também é ilógico, isso quer dizer, que pode sustentar simultaneamente ideias incompatíveis. Por exemplo: uma pessoa pode ter o sentimento de amor por alguém de forma consciente, e ao mesmo tempo, ter o desejo inconsciente de destruir a mesma pessoa. Esses desejos opostos são possíveis porque o ID não tem moralidade, não pode fazer julgamento de valor e nem a distinção do bem e o mal. O ID é primitivo, caótico, inacessível, imutável, amoral, ilógico, desorganizado e cheio de energia. PULSÕES DO ID O ID é o reservatório das nossas pulsões básicas: Pulsão de vida: nosso desejo inato de criar, expandir e florescer. Pulsão de morte: e o nosso desejo inato de destruir, matar e morrer. É a combinação dessas pulsões que motivam os nossos pensamentos, sentimentos e as nossas acções no mundo. Também é reservatório das energias que alimentam as pulsões: a pulsão de vida é alimentada pela libido, já a pulsão de morte é alimentada por outra energia que não foi nomeado por Freud. As energias do ID também alimentam o EGO e o SUPEREGO. Necessidades corporais A satisfação da necessidade corporal têm relação directa com ID. Quando corpo está no estado de necessidade como: fome, sede ou a carência sexual, isso resulta em tensão. A pessoa age para reduzir essa tensão, satisfazendo a sua necessidade. Como o ID é a região psíquica que hospeda as pulsões básicas que são as motivações primárias e funcionam através de processos primários de pensamento, contudo são insuficiente para garantir a sobrevivência da pessoa, se limitam a acções reflexas, experiências fantasiosas e realizações alucinatórias de desejos. A sobrevivência por tanto, dependera do desenvolvimento dos processos secundários de pensamento que permitem o contacto com mundo externo, esses processos funcionam através do EGO. MECANISMOS DE DEFESA DO EDO Mecanismos de defesa são estratégias que o EGO coloca em acção para evitar entrar em contacto com os aspectos da personalidade que são reprovados pelo superego. Projecção: ocorre quando uma pessoa aponta nos outros, as inclinações que existem nela, e que o superego considera reprováveis. Exemplo: uma pessoa invejosa, pode pensar que foi mal atendida numa loja, porque a atendente estava com inveja dela. Em geral os preconceitos como racismo e a homofobia são baseados em projecções. A formação reativa: ocorre quando uma pessoa tem inclinações de comportamentos que considera reprováveis e adopta comportamentos que representam exatamente oposto da inclinação. Ou seja, utiliza uma masca social não só para convencimento dos outros, mais principalmente o autoconvencimento. Em geral a formação reativa só é notada quando falha, ou seja, quando a mascara caí. Racionalização: uma acção inaceitável que foi cometida é reconhecida, mais a intenção por trás da acção não. Exemplo: O agente público corrupto que aceita o suborno, mais se justifica dizendo que foi obrigado aceita-lo. Reconhece o acto corrupto mais nega a intenção. Negação: a negação pode acontecer por duas maneiras: Negação da realidade: um evento frustrante ou doloroso, como a morte de um ser querido é negado, como forma de se proteger psicologicamente daquela dor. Negação de um pensamento ou desejo a pessoa se recuso admitir o que sente. Isolamento: a uma separação entre pensamento e emoção. Assim o conteúdo emocional de uma lembrança ou de um desejo pode ser separado da lembrança ou do desejo propriamente dito. Por exemplo: Alguém pode experimentar o desejo ou a fantasia de agredir o próprio irmão sem experimentar o conteúdo emocional perturbador que acompanha esse desejo. O complexo de madonna-prostituta: é quando homens separam as mulheres por duas categorias, aquelas que devem ser amadas mais não se pode fazer sexo; e aquelas com que se pode apenas fazer sexo e não se pode amar. Segundo Freud esses homens sofrem de impotência psíquica pôs são incapazes de manter a excitação sexual numa relação na qual existe compromisso afectivo. Deslocamento: redireciona-se o impulso agressivo para um objecto que não seja ameaçador. Por exemplo: a pôs de levar uma bronca do chefe, podes redirecionar a sua agressividade gritando com o cachorro ao chegar em casa. Regressão: retrocedemos a um tipo de comportamento mais primitivo como forma de evitar a ansiedade. Exemplo: A pessoa que devora um pote de sorvete após uma discussão está regredindo a fase oral do desenvolvimento na qual se sentia mais protegido e feliz. Sublimação: uma pulsão é canalizada para um objecto diferente do original, geralmente para um objecto considerado culturalmente superior. Pela sublimação em vez da pulsão ser enfrentada é orientada para finalidades belas e nobres. De acordo com Freud a essência da civilização está na capacidade de sublimação, ou seja, de canalizar as energias sexuais e as energias destrutivas para finalidades nobres como a literatura, as artes, arquitetura, a ciência e todas as demais conquistas civilizadoras. Para Freud sem a sublimação ainda estaríamos na idade da pedra gratificando nossas pulsões com sexo e pancadaria. Recalque ou repressão: é o mecanismo de defesa fundamental e o mais estudado por Freud. O recalque ou pensamento, sentimento ou desejo inaceitável é simplesmente descartado para inconsciente. O que requer gasto de energia permanente para manter o indesejável longe da consciência. O principal objectivo é nos proteger do sofrimento que agente já viveu. O PSIQUISMO HUMANO E O SISTEMA FUNCIONAL COMPLEXO Conceito de psiquismo humano : é a representação mental da realidade que é formada no cérebro a partir de um sistema funcional complexo, ou seja, é a imagem subjectiva da realidade objectiva. As representações mentais que são formadas pelo cérebro a partir da actividade social do ser humano, e que organiza a forma de: agir, sentir, pensar. Dependendo da abordagem psicológica pode-se denominar essas formas como a personalidade humana, ou o comportamento humano. A imagem subjectiva, ou a representação mental é formada por um sistema funcional complexo que é constituído por funções psicológicas afectivas e cognitivas como: a sensação, percepção, atenção, memória, pensamento, linguagem, imaginação, sentimento e emoções. Funções que são responsáveis pela captação, formação, significação da representação mental do cérebro. Diferente dos demais animais, essas funções psíquica no ser humano não são imediatas, biológicas. Na apropriação da cultura, essas funções saltam quantitativamente de um esquema de estímulo e resposta para um esquema mediado de comportamento, isso quer dizer, duas coisas basicamente: Nós, seres humanos podemos dominar essas funções psíquica, a partir da premissa do que é o biológico condicionado culturalmente. Exemplo: as sensações como paladar, olfato, audição mediados por um conhecimento específico, ou seja culturalmente. Nessa mediação cultural é que se norteia o entendimento da expressão processos psicológicos a medida que se entende da unidade biológica e cultural que se estabelece e efectiva no psiquismo humano. Os processos psicológicos dizem respeito não ao estudo funcional biológico das funções psíquicas, mais do comportamento humano mediado pela cultura, em que o biológico não é descartado e não é isolado apenas aos aspectos sociais. Estudando os processos psicológicos apenas o substrato biológico das suas funções (estamos estudar biologia), estudando apena os aspectos sociais (estamos estudar sociologia). A psicologia de facto estuda os processos psicológicos na unidade indivisível do biológico condicionado culturalmente. Podemos dizer da consciência como um atributo humano do psiquismo. A consciência diz respeito como saber quanto mais apropriamo-nos da cultura, mais conhecimentos, e informação a mais da realidade concreta, a realidade será representada no cérebro de uma maneira mais inteligível, o que é chamado de processo de inteligibilidade do real. As funções psíquicas não funcionam por si mesma, quando fala-se do aspecto psicológico do estudo dos processos psíquico, entende-se que a sensação não sente, a percepção não percebe, a memória não memoriza, o pensamento não pensa, trata-se de um ser humano que têm sensações, que têm percepções, pensamentos, memórias, emoções, sentimentos. Trata-se por tanto, de uma pessoa, ser humano ou uma sociedade que têm história, sentimentos e vivências específicas que são objectivadas, materializadas a partir do sistema psíquico. Socioconstrutivismo O construtivismo entende que o conhecimento é algo que só passa a existir quando se interage com o mundo que nos rodeia, ou seja quando interpretamos o mundo. O fundador do socioconstrutivismo foi o pesquisador Russo Lev Semionovitch Vygotsky no início do seculo XX. Vygotsky interessou-se em estudar como a interação social interferem no desenvolvimento e na aprendizagem das pessoas. Morreu jovem ao 37 anos mais deixou muitos estudos interessantes até hoje impactam o pensamento pedagógico em várias partes do mundo. O socioconstrutivismo procura conciliar essas duas compreensões dizendo que existe o conhecimento do lado de fora, ou seja, um conhecimento que está impregnado na cultura, nos objectos e nas formas como as pessoas vivem, mais quando esse conhecimento é internalizado, ou seja, quando alguém adopta esse conhecimento é reinterpretado pelo sujeito com base na sua história de vida. Exemplo: quando somos crianças observamos como os adultos utilizam os objectos, realizam tarefas e resolvem certos problemas e vamos pouco à pouco interiorizando esses conhecimentos, que já existem na nossa sociedade. Adquirindo palavras novas, gestos, sotaques e valores, que são reinterpretados ao serem internalizados, não tornando-se meras cópias do que já existe na cultura. Com isso, todas as pessoas que vivem na mesma sociedade compartilham algumas ideias, hábitos e valores, mais elas têm próprias interpretações sobre as coisas, afinal cada pessoa passa por experiências diferentes ao longo da vida e interfere na forma como cada uma das pessoas interpreta a realidade a sua volta. Piaget & Vygotsky O que diferencia o construtivismo do socioconstrutivismo? Existem pontos em comuns entre as duas teorias como a compreensão de que o conhecimento é resultado de interpretações que fazemos sobre o mundo que nos rodeia. Mais as divergências: O construtivismo considera que o amadurecimento biológico torna as pessoas capazes de racionar de maneira cada vez mais complexa. A interação social teria um papel um importante mais um tanto secundário neste processo. O socioconstrutivismo considera que a interação social é que torna capaz as pessoas de raciocinar de maneira cada vez mais complexa, o amadurecimento é importante mais sem interação social seria incapaz de aumentar a complexidade de raciocínio das pessoas. Ferramentas psicológicas As ferramentas externas são aquelas que utilizamos para modificar o ambiente e controlar a natureza. Existem também ferramentas internas ou cognitivas que usamos para controlarmos as nossas acções psicológicas. O sistema simbólico como: linguagem, exercem essas funções. Quando nos apropriamos da linguagem usada na nossa comunidade, podemos organizar melhor o pensamento e facilitar a comunicação com as pessoas. Podendo falar de coisas que não estão presentes, planejar acções e discutir problemas. Toda ferramenta psicológica precisa ser internalizada. Como: Quando criança, geralmente usamos os dedos para fazer os cálculos, com passar do tempo deixamos de usar os dedos e começamos a fazer os cálculos mentalmente, isso acontece porque, vamos conhecendo os numerais e as operações matemáticas, com tempo deixamos de usar os dedos. Agora temos ferramentas cognitivas para fazer as contas. Essas ferramentas foram internalizadas graças ao convívio com outras pessoas que as utilizavam e que nos ensinaram. Pensamento e linguagem Uma das mais poderosas ferramentas cognitivas é a linguagem. Já imaginou um mundo sem linguagem, sem fala, sem escrita, sem gestos. A linguagem é parte fundamental do nosso mundo. Comunicamos com outras pessoas através da linguagem, e mesmo quando raciocinamos intimamente a linguagem está presente. Zona de desenvolvimento proximal (ZDP) Vygotsky acredita que existem dois tipos de conceitos: Pseudoconceitos: são conceitos ou conhecimentos espontâneos que toda pessoa têm sobre o mundo e que estão baseados principalmente nas nossas observações. Exemplo: quando uma criança afirma que o sol se movimenta pelo céu, está apresentando um pseudoconceito, pós sabemos que a movimentação do sol em torno da terra é apenas uma aparência. Os pseudoconceitos se apoiam nas aparências das coisas, nas superstições e na experiência pessoal. Para Vygotsky a principal função da escola de fazer a criança abandonar esses achismos, ou seja, esses pseudoconceitos e passar a raciocinar com base em conceitos verdadeiros, quer dizer conceitos científicos. Conceitos científicos são conceitos verdadeiros, estão baseados em pesquisa controlada, não se deixam levar facilmente pelas aparências. Para Vygotsky os conceitos científicos nos permitem ver melhor a realidade, e cabe a escola garantir que os estudantes aprendam esses conceitos. Ao estudar aprendizagem humana Vygotsky percebeu que existem coisas que alguém já sabe fazer sozinho, coisas que esse alguém só aprende fazer com ajuda de outrem, e coisas que ainda não se pode aprender nem mesmo com ajuda. As coias que uma pessoa sabe fazer sozinha são saberes que estão na sua zona de desenvolvimento real. São aprendizagens já consolidadas. Já as coisas que a pessoa não sabe fazer sozinha, mais que ela é capaz de aprender com ajuda de outros, são saberes que se encontram em sua zona de desenvolvimento proximal, são aprendizagem que ainda estão emergindo e precisam de ajuda de alguém mais experiente. Agora as coisas que essa pessoa não é capaz de fazer nem mesmo com ajuda são saberes que se localizam fora da zona de desenvolvimento proximal. Sempre que uma aprendizagem a proximal vira uma aprendizagem real, quer dizer, algo que uma pessoa só conseguia fazer com a ajuda dos outros, virou algo que ela já sabe fazer sozinha, na medida que esse fenômeno vai se repetindo ela aprende a fazer mais e mais coisas sozinha, a pessoa torna-se mais capaz, e aquelas aprendizagem que antes era impossível começam a entrar na zona de desenvolvimento proximal, ou seja, tornando-se aprendizagem possíveis. Psicologia Analítica Carl Gustav Jung nasceu em 1875 na Suíça, e faleceu em 1961. Foi um dos mais queridos discípulo de Freud, com qual cortou relações em 1914, para poder desenvolver sua própria teoria a Psicologia Analítica. A mente para Jung têm dois níveis o consciente e o inconsciente. Defende que a parte mais importante do inconsciente vêm do passado colectivo daa humanidade o chamado o inconsciente colectivo e não da nossa experiência individual. O ego na teoria de jung é o centro daa consciência e não o centro da personalidade como defendia Freud. Para o Jung o ego é a estrutura psíquica que funciona mais ou menos como gerente dos aspectos conscientes da mente. Aspectos conscientes são as informações e os processos mentais para os quais direcionamos a atenção de forma deliberada. Por exemplo: neste momento tudo que estamos pensando, vendo, ouvindo, lembrando e sentindo de forma objectiva são aspectos que podemos chamar de consciente. O ego lida com esses tipos de experiências e não se envolve com processos e elementos inconsciente. Por exemplo: o material do ego não abarca traumas que se viveu na infância e que ficaram armazenado em algum compartimento secreto da mente. Esse tipo de material se relaciona com outra estrutura, o Self que é o centro da personalidade para Jung. O Self lida tanto com os processos conscientes e os processos inconscientes. O self é o centro da personalidade, embora que abarca sim os aspectos consciente da mente e em grande medida, inconsciente. O consciente é tão importante que Jung afirma que os aspectos do consciente da personalidade, não devem ser expandido em excesso, ou ocorrera o adoecimento psicológico. Percebe-se aqui, uma flagrante divergência entre Jung e teóricos de outra abordagem de Carl Roge, considera que os aspectos consciente da mente devem sim se sobrepor aos aspectos inconsciente. Inconsciente pessoal conceituado por Jung abarca todas as experiências individuais que foram reprimidas, esquecidas como traumas e frustrações. Também abarca informações que foram apreendidas de forma subliminar, ou seja, coisas que aprendemos de forma implícita sem nos darmos conta. Sabes aquelas propagandas de carro ou de bebida que mostra mulheres maravilhosas, para dar a entender que esses produtos vão fazer a mulherada cair em cima dos homens. Esse tipo de mensagem implícita fica guardada lá no inconsciente pessoal. Cada individuo têm um inconsciente pessoal único, e algumas das informações que existe nele podem ser lembradas facilmente, outras são mais difícil de lembrar e a aquelas que jamais serão lembradas novamente, ou que nunca chegaram a ser consciente. Palavras de Jung em 1957: Quando a pesquisa aborda a questão do inconsciente, as coisas tornam-se nebulosas, pois o inconsciente é, realmente, inconsciente. Então, não temos objecto, nada. Só podemos fazer inferência. E temos que criar um modelo da possível estrutura do inconsciente, pois não podemos vê-la. Freud chegou ao conceito de inconsciente a partir do mesmo tipo de experiências que tive em minhas pesquisas sobre associação, nas quais as pessoas diziam e faziam coisas sem se dar conta. Esse simples facto deu base à ideia de inconsciente de Freud. Não têm fim as histórias que podemos contar sobre como as pessoas denunciam a si mesmas dizendo uma coisa que não queriam, mas o inconsciente “quis” que fosse dito exatamente aquilo. Você sabe, podemos observar repetidamente quando as pessoas cometem um lapso ou deslizes verbais, e dizem algo que não pretendiam dizer. Cometem gafes. Inconsciente colectivo tem suas raízes no passado colectivo de toda humanidade, seus conteúdos psíquicos são sempre passados adiante para novas gerações, e são praticamente os mesmos para todos as pessoas em todas as culturas. Conceitos universais relacionado a deuses, maternidade, água, terra e por aí vai. Formam o conteúdo psíquico do inconsciente colectivo, alimentado desde as primeiras experiências que nossos antepassados tiveram com essas ideias. Esses conteúdos não estão adormecido em nós, influenciam activamente nossa vida mental e o nosso comportamento, os diversos mitos, lendas e religiões do planeta, estão assentados no material do inconsciente colectivo. Esse material não é formado por ideias que são simplesmente herdadas, e sim por tendências humanas inatas. Jung afirma que temos certas tendências e predisposições para agir e reagir, desta ou daquela forma, diante de certas situações como todos os outros animais. Palavras Jung em 1957: Você sabe que é um padrão de comportamento, o modo como o João-de-barro constrói o seu ninho. É uma forma herdada, um código inato. Ele aplicará certos fenômenos simbióticos, entre insectos e plantas. São padrões herdados de comportamento. E o homem também os tem, é claro. Um esquema herdado. Seu fígado, o coração, todos os órgãos funcionarão sempre de uma certa maneira, de acordo com um padrão. A pessoa poderá ter alguma dificuldade em perceber isso, pois não podemos nos comparar. Não há outros animais como o homem. Não há outros seres semelhantes, capazes de dizer como funcionam. Se existissem, poderíamos, sei lá! Mas como não temos meios de comparação, desconhecemos a totalidade de condições. Contudo, é inteiramente certo que os homens nascem com um certo modo particular de funcionamento, um certo padrão comportamental que se expresse por imagens ou formas arquetípicas. Psicologia Individual Alfred Adler foi um Psicólogo Austríaco que nasceu no ano de 1870 e morreu no ano de 1937, sua teoria conhecida como Psicologia Individual influenciou o trabalho de outros grandes Psicólogos como Carl Rogers e Abraham Harold Maslow. O esforço pelo sucesso ou pela superioridade é um dos conceitos centrais na teoria de Adler, de acordo com está ideia todos os seres humanos tem uma força dinâmica que orienta o comportamento. Essa força dinâmica é o esforço para superar a fragilidade com a qual nascemos e atingir o sucesso. Todas as motivações humanas podem ser resumidas a está busca. Segundo Adler todos nascemos frágeis e dependentes de outros seres humanos, essa condição gera na criança sentimentos de inferioridade dependência. Ao longo do desenvolvimento tais sentimentos motivam as pessoas em uma das seguintes direcções: o esforço para o sucesso ou o esforço para superioridade. O esforço pelo sucesso é buscado pelas pessoas Psicologicamente saudáveis. Elas se importam com o sucesso pessoal e colectivo. O esforço pela superioridade é buscado pelas pessoas que não são Psicologicamente saudáveis, e desejam se sentir superiores a outras pessoas. Objectivo Final Qualquer que for o caminho adoptado todo o ser humano é orientado por um objectivo final, esse objectivo segundo Adler é ficcional, ou seja, é uma criação nossa, a sua função é unificar a personalidade e tornar o comportamento humano compreensível. Todos temos o poder de criar o nosso objectivo final a partir da herança genética e da influência ambiental, usando a força criativa para definir um objectivo de vida, e neste processo modelamos o nosso comportamento e a nossa própria personalidade. A partir dos 4 à 5 anos já somos capazes de usar essa força criativa e estabelecer o nosso objectivo final, isso não quer dizer que nesta idade já sabemos o que queremos na vida, mas já nos sentimos impelidos a buscar formas de superar nosso sentimento de incompletude, fragilidade e impotência. Esse sentimento de inferioridade e o desejo permanente de superá-lo são as duas fáceis de uma mesma moeda, ou seja, desta força que nos impulsionará por toda vida. Com isso, entendemos que de acordo Adler considerada que todos os seres humanos são movidos por uma força, que os conduz a busca pelo sucesso pessoal e colectivo ou a busca por superioridade, num caso ou no outro, essa força dinâmica levará as pessoas a perseguirem objectivos preliminares e vão se sucedendo ao longo da vida, e que conduzem ao que chamamos de objectivo final. Em cada fase da vida os objectivos preliminares adoptam formatos diferentes, adequados a idade, a herança genética e ao ambiente social no qual cada pessoa vive. O facto é que desde pequenos todos perseguimos desejos, sonhos que acreditamos que nos tornarão mais completos, mais realizados, e que farão a vida valer pena. Má criação Segundo Adler, crianças que são negligenciadas ou ao contrários mimadas não terão objectivos finais muitos claros, seus objectivos finais permaneceram em grande parte inconscientes, elas tentaram ao longo da vida compensar o seu sentimento de inferioridade de formas tortuosas sem uma relação clara com os seus objectivos finais. Em vez de buscar o sucesso, buscaram a sensação de superioridade. Exemplo: uma criança que foi mimada por exemplo pode desenvolver uma relação de eterno parasitismo com a própria mãe como forma de buscar a superioridade, isso acontece porque o adulto que foi a criança mimada se sente superior as outras pessoas ao manter uma relação de parasitismo com a figura que se formou no seu inconsciente ainda na infância. A figura de uma mãe grandiosa e superprotetora, é como se a perpetuação deste vinculo disfuncional com a mãe também lhe torna-se grande. As crianças que se desenvolvem em um ambiente Psicologicamente saudável no qual experimentam amor e segurança, sem superproteção e nem negligencia, serão crianças que vão estabelecer objectivos finais bastantes claros e compreensível, sua busca será por sucesso e não por superioridade, também desenvolveram interesse para bem colectivo. Relações entre objectivos Muitas vezes não percebemos com exatidão as relações entre os nossos objectivos preliminares e o objectivo final, perseguimos vários objectivos preliminares ao longo da vida e temos clareza a respeito deles, queremos um determinado emprego, queremos uma casa num determinado bairro, queremos que os nossos filhos estudem numa determina escola, queremos fazer esse ou aquele trabalho social. Perseguimos diversos objectivos preliminares, mas nem sempre nos damos conta, do como eles se conectam entre si, nem de como eles nos levam ao nosso objectivo final, mas em um dado momento da vida, quando nos sentimos bem próximos da completude, que é o nosso grande objectivo, todo o caminho de pequena conquistas que trilhamos até aí ganha significado para nós. Sucesso ou superioridade? A busca pelo sucesso ou pela superioridade é segundo Adler uma forma que temos de tentar compensar o sentimento de inferioridade, que é despertado pela fragilidade com a qual nascemos. Somos impelidos a buscar a completude e a inteireza, com tudo, essa potencialidade precisará ser posta em acção pela própria pessoa, e cada individuo protagonizará a luta de modo particular, o que têm inicio por volta dos 4 à 5 anos. O objectivo final vai ser buscado por uma pessoa pode tomar qualquer forma, mas como vimos anteriormente, eles podem ser resumidos em duas categorias: a superioridade exclusivamente pessoal ou o sucesso colectivo que inclui o sucesso pessoal mas não se limita a ele. Superioridade pessoal Algumas pessoas lutam por superioridade pessoal sem qualquer preocupação com as outras, os seus objectivos são exclusivamente individuais e guiados por um profundo sentimento de inferioridade, os exemplos mais óbvios são os assassinos, os ladrões e os charlatões. Mas também a aqueles que conseguem diversas muito bem o seu egocentrismo, envolvendo-se em actividades aparentemente solidarias, cujo o objectivo pode ser desvio de recursos, o culto à própria personalidade e o sentimento de superioridade frente aqueles que são ajudados e percebidos como inferiores. Sucesso colectivo O interesse social genuíno caracteriza aqueles que lutam não apenas pelo sucesso pessoal mas pelo bem da colectividade, segundo Adler essas são as pessoas mais Psicologicamente saudáveis, capazes de ajudar aos outros sem esperar recompensas e de buscar o sucesso pessoal sem por cima ou tirar proveito de ninguém. Essas pessoas tentem a encarar as relações e situações cotidianas não do ponto de vista das vantagens estritamente pessoal, mas do desenvolvimento social. O valor que elas atribuem assim mesmas, está fortemente vinculado a contribuição social que desejam oferecer. Obviamente entre o individuo exclusivamente voltado a busca pela superioridade pessoal e o individuo que luta pelo sucesso de toda humanidade, existem diversos matizes que formam a diversidade de personalidade com a qual nos deparamos cotidianamente. Percepções subjectivas Para Adler nos não vemos a realidade como ela é, mas como nossas ficções permitem. Essas ficções não têm nenhuma existência real, mais elas nos influenciam como se realmente existissem. Por exemplo: A ideia de que o homem é superior a mulher é uma ficção, mas muitas pessoas vivem de acordo com ela. Outro exemplo: pessoas de diferentes religiões acreditam nas ideias que são defendidas pelos livros sagrados de suas crenças; outras, que não creem em religiões vivem de acordo com outros valores. Essa percepção subjectiva da realidade é o que Adler chama de ficções, elas são verdadeiras para nós, orientam nossas vidas, e ajudam a formatar nossas acções, mais não necessariamente correspondem a realidade em si. O objectivo final que perseguimos em nossa luta, dá-se no contexto dessas ficções, em verdade nosso objectivo final, nossa busca incessante pela completude é mais importante de todas as ficções que criamos. As demais ficções nos ajudam a dar um formato concreto ou compreensível a esse objectivo final, pós as nossas expectativas em relação ao futuro estão baseadas nas ficções que orientam as nossas vidas no presente. O inconsciente O inconsciente segundo Adler é a parte do nosso objectivo final que não é muito clara e compreendida por nós, não considera vir antagonismo entre o consciente e o inconsciente, mais a harmonia. Pensamentos conscientes são aqueles que compreendemos e consideramos úteis em nossa busca pela completude e a inteireza; as tendências inconscientes são aquelas que habitam em nós, as que não compreendemos, nem conseguimos emprega-las de forma útil. Todos temos tendências que não compreendemos com muita clareza, as vezes fazemos ou pensamos coisas e não sabemos muito bem o porquê, mas se conseguirmos analisa-las e compreende-las, tais tendências se tornam consciente, bem como suas finalidades. Consistência e unidade Cada personalidade é única e indivisível segundo Adler, de acordo com a Psicologia Individual que desenvolveu, não existem comportamentos inconsistentes, ou seja, tudo o que pensamos, sentimos e fazemos estão orientados a um único propósito, que é a nossa busca pela completude e a inteireza. Comportamentos erráticos Em algumas situações comportamentos podem parecer erráticos, inconsistentes, imprevisíveis, com tudo, Adler considera que tais comportamentos são tentativas, as vezes inconscientes de confundir e subordinar outras pessoas, ou seja, ao nos comportarmos de forma errática em um relacionamento pessoal, profissional ou familiar, estamos agindo de maneira não-saudável Psicologicamente, e nosso objectivo é ganhar superioridade sobre outra pessoa ou outras pessoas mesmos que não estejamos consciente disso. A erraticidade do comportamento é uma forma de ganhar vantagem sobre outro, pós nossas acções se tornam imprevisíveis, e as pessoas não conseguem antecipar o que faremos e nem se defender, mais essa inconsistência no comportamento é apenas aparente, pós se consideramos o objectivo final é ganhar superioridade sobre outro, o comportamento é totalmente consistente com esse objectivo, ainda que a pessoa possa não estar consciente disso, por isso, Adler recursa a ideia de que existem comportamentos inconsistentes. Para ele a personalidade é Autoconsistente e orientada a um único objectivo. Nosso corpo segundo Adler também faz parte desta unidade autoconsistente, de maneira que muitas acções que parecem aleatórias, na verdade comunicam com ideias e sentimentos que habitam na nossa mente.