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UNIVERSIDADE FEDERAL DE CATALÃO

PSICANÁLISE I
PROFESSOR TIAGO RIBEIRO NUNES

FICHAMENTO 1
Um estudo autobiográfico, Inibições, sintomas, ansiedade, análise leiga e
outros trabalhos (pp. 01- 24) Volume XX (1924-1925).

TURMA XIII PSICOLOGIA


ROBERTO GLAUBER DE
SOUSA MELO

CATALÃO/GO
JANEIRO/2021
CAPÍTULO I
O trabalho do autor Sigmund Freud baseia-se em trazer uma biografia de sua história
e as narrativas sobre sua perspectiva a respeito da Psicanálise:

Freud nasceu a 6 de maio de 1856, em Freiberg, na Morávia, situada onde


agora é a Tchecoslováquia. Seus pais eram judeus e ele próprio continuou judeu. Ao
longo do seu crescimento foi, aos poucos, identificando suas áreas de interesse,
como atividades sociais, e principalmente novas compreensões de mundo. E foi
assim que ele entrou para faculdade de medicina, ao qual em meio a preconceitos
pela sua ascendência judaica foi construindo sua independência de julgamento. Seu
período de formação acadêmica durou entre os anos de 1873 e 1881. Dentre esse
tempo e logo após, Freud esteve constantemente em experiencias em algumas áreas
de atuação em estudo clínicos e trabalhos oficiais. Aos poucos foi entrando em
contato maior com Anatomia Cerebral e como de início na Fisiologia. Assim, foi
abrindo seu espaço ao publicar artigos, principalmente sobre doenças do sistema
nervoso.
No ano de 1986 em Viena, era um período em que já se estabelecia como
especialista em doenças nervosas. No entanto, sua teoria sobre a “histeria em homem
e a produção de paralisias histéricas por sugestão” eram rejeitadas pelas altas
autoridades e por conta disso perdeu o espaço que tinha para proferir suas
conferências. Outro fator que o fazia investigar era o que se tinha no momento como
ferramentas terapêuticas em pacientes nervosos. A eletroterapia e o hipnotismo eram
os tratamentos do W. Erb [1882] e que dominava o momento.

CAPÍTULO II
Pouco tempo para que Freud tirasse como conclusão que eram insuficientes
uma única consulta e suas duas armas de tratamento. Com isso ele se permitiu ir a
mais fundo nesse trato com o paciente. Primeiramente teve a oportunidade de
observar a utilização do hipnotismo em Paris de forma livre para produzir sintomas
em pacientes, então removendo-os novamente. E foi através dessas observações de
tratamentos e a não cura de vários pacientes neurótico pela ordem medicinal que o
instigou a novas perspectivas de cura. E dessa forma se aventurou em aperfeiçoar
sua técnica hipnótica, em uma viagem a Nancy, no verão de 1889.
Ao passo que Freud voltou à observação dos estudos Breuer, em que submetia
pacientes a uma recordação de seus traumas sob a hipnose, ele via a conclusão de
que de fato ajudava no processo de alívio e cura desses. Ao longo de vários
tratamentos confirmava de que se podia generalizar esta ferramenta para o
tratamento de histeria. E através desse caminho, os dois estudiosos lançaram em
1893 uma comunicação preliminar, ‘Sobre o Mecanismo Psíquico dos Fenômenos
Histéricos’, e em 1895 seguiu-se nosso livro, Estudos sobre a Histeria.
Em seguida, o texto traz uma maior clareza a respeito dessa ferramenta de
tratamento. Foi visto que o foco principal não era saber a natureza da histeria, mas
quando começou os sintomas. E assim dava vida em significados aquelas emoções
que antes não era investigado e procurando saber os atos mentais que eram
conscientes e inconscientes. Também foi introduzido a visão de que um sintoma se
dava por meio da repressão de um afeto. E considerava aquele sintoma o resultado
do emprego de uma energia/afeto a um outro fator, no qual foi chamado de conversão.
Então, o trabalho de Breuer e Freud era um meio de fazer o paciente evacuar (um
efeito catártico) aquela energia/ afeto que outra hora foi empregada de forma
repressora. E dessa forma, esvaziava aquilo que mantinha os sintomas vivos na
pessoa.
O processo no qual originou a Psicanálise se dá neste período, em que partia
da catarse. O fato de Breuer não seguir em frente junto ao trabalho ulterior de Freud
por seguir uma direção não qual ele não compactuava. Fez de Freud o administrador
do legado de Breuer. E foi assim que Freud deu continuidade as teorias da catarse.
Enquanto ele escrevia a ‘A História do Movimento Psicanalítico’ em 1914 ele foi
recordando algumas observações de teóricos do assunto em que levava ele a uma
nova descoberta. Ele foi além do domínio da histeria e começou a investigar a vida
sexual de pacientes neurastênicos (perda geral do interesse, estado de inatividade
ou fadiga extrema que atinge tanto a área física quanto a intelectual). Dentre esses
pacientes ele pôde ver que existia quadros clínicos mais comuns que era o ataque de
ansiedade (denominada “denominação de neurose de angústia”), formas
rudimentares e sintomas substitutivos crônicos. E seguindo essa lógica para ele se
houvesse uma regularidade sexual normal existiria uma melhora. Ou seja, concluiu
que as neuroses seriam problemas nas funções sexuais.

Essa nova descoberta de Freud não retirava em questão a validade dos


conflitos mentais e complexos neuróticos na neurastemia. O que ele acreditava era
que os sintomas dos pacientes não eram determinado e removíveis pela análise, mas
devia ser visto como consequências tóxicas diretas de processos químicos sexuais
perturbados.
É importante saber que Freud deixou de lado a ferramenta do Hipnotismo após
questionar as limitações desse procedimento. Para ele se houvesse uma perturbação
entre médico e paciente o resultado não seria o mesmo. E logo após vivenciar o caso
de uma paciente que avançou nele após o a hipnose fez com que decidisse a
interrupção dessa ferramenta. Mas consciente de através desse método foi crucial
para ajudar no método catártico e assim abrindo o campo de visão do paciente.
CAPÍTULO III
Aprofundando o entendimento do funcionamento da mente numa tentativa de
aliviar as neuroses, Freud determinou alguns movimentos que aconteciam com o
paciente. O primeiro é a repressão em que era um mecanismo inicial de defesa, como
uma tentativa de fuga. No qual o ego se protegia de uma nova perspectiva. Já o
impulso reprimido tinha formas indiretas para a descarregar toda essa energia e esse
outra “forma” levava aos sintomas, como em exemplo a histeria de conversão. Através
desse novo olhar, foi necessário olhar para a forma terapêutica em que se havia. No
caso ao invés de dar um caminho para essas repressões, era necessário tomar
conhecimentos dessas repressões e substituí-las por novas ações que podiam
resultar quer na aceitação, ou na condenação do que fora anteriormente repudiado.
Contudo, esse novo aprofundamento trouxe à tona de forma enfática a existência
do inconsciente. Para a psicanálise, tinha o inconsciente como o estudo principal da
mente. Em que trazia vários questionamentos de teóricos e filósofos.
Agora, retornando à teoria das repressões sexuais dentro de seus estudos
patogênicos. Freud foi mais a fundo para defender que os sintomas eram substituídos
dessas repressões sexuais, logo a origem se dava logo no início da vida em que, para
ele, no início da vida existe uma área sexual. Sendo assim, não era necessário chegar
em uma puberdade, e sim a partir do nascimento a vida sexual do indivíduo é crucial
para o estabelecimento futuro de distúrbios nervosos. Esta teoria trazia que essa
função sexual inicial não era num teor autoerótico, mas sim uma fase de organização
através dos componentes orais, a fase anal-sádica, para assim vir a sexual com fins
de reprodução. Sendo a energia desses componentes taxados como libido. Depois
foi considerado que a neurose se dava a partir da localização do ponto de fixação.
Dentro dessa teoria, foi considerado que a primeira escolha de objeto de uma
criança é incestuosa, no caso os meninos concentram seus desejos sexuais na mãe
e desenvolvem impulsos rivais contra o pai. Fase essa que tem seu climax com 4 ou
5 anos para em seguida prevalecer uma repressão até chegar a segunda onda em
que seria a puberdade. E aos destacar a existente sexualidade das crianças pode
reconsiderar algo que até então era desprezado. Também era enxergado a
homossexualidade como uma perversão que para ele podia ser remetida à
bissexualidade constitucional de todos os seres humanos pelo fato de que sempre
era encontrado vestígios de nos indivíduos.

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