O documento discute o conceito fundamental da psicanálise de Freud sobre o inconsciente. Resume que Freud estabeleceu o inconsciente como detentor de pensamentos latentes que são censurados e não chegam à consciência, podendo afetar o indivíduo. O acesso a esses conteúdos inconscientes é importante para a clínica psicanalítica e pode ser obtido por meio da associação livre e transferência no processo analítico.
O documento discute o conceito fundamental da psicanálise de Freud sobre o inconsciente. Resume que Freud estabeleceu o inconsciente como detentor de pensamentos latentes que são censurados e não chegam à consciência, podendo afetar o indivíduo. O acesso a esses conteúdos inconscientes é importante para a clínica psicanalítica e pode ser obtido por meio da associação livre e transferência no processo analítico.
O documento discute o conceito fundamental da psicanálise de Freud sobre o inconsciente. Resume que Freud estabeleceu o inconsciente como detentor de pensamentos latentes que são censurados e não chegam à consciência, podendo afetar o indivíduo. O acesso a esses conteúdos inconscientes é importante para a clínica psicanalítica e pode ser obtido por meio da associação livre e transferência no processo analítico.
CONCEITO FUNDAMENTAL DA PSICANÁLISA: O INCONSCIENTE
CRATEUS/2022 1. INTRODUÇÃO
Se tivermos que resumir a descoberta freudiana da psicanálise em uma
palavra, podemos associa-la diretamente a descoberta do inconsciente, pois apenas para a psicanálise seu significado é único. Quando tomamos a ideia de inconsciente, antes da psicanálise havia uma variedade de significados, porém Freud (1912), estabeleceu no texto “Algumas observações sobre o conceito de inconsciente na psicanalise” um conceito a cerca do termo e como isso modifica a visão sobre o homem.
“Vamos, então, chamar de “consciente” à ideia
que se acha presente em nossa consciência e da qual nos apercebemos, e admitir apenas este sentido para o termo “consciente”; já as ideias latentes, se tivermos motivo para supor que existem na psique — como no caso da memória —, serão designadas com o termo “inconsciente”.” (FREUD, 1912)
Esta primeira ideia a cerca sobre o inconsciente, é o que define como
ela é e a sua difere em comparação ao que foi produzindo anteriormente em relação à consciência e a sua formulação. Ao formular uma definição Freud, apresenta uma compreensão definitiva a cerca da subjetividade, pois foge dos padrões românticos da época a cerca do inconsciente que sai do seu lugar de cofre para desejos obscuros e passa a ser detentor de uma estrutura. (GARCIA-ROZA, 1996) Em seu livro Garcia-Roza (1996), destaca que Freud ao estabelecer associação livre como um dos fundamentos psicanalíticos, sua pretensão era demonstrar que “livre” não significa a ausência de determinação, mas sim algo determinado pela afetividades, fugindo da logica buscando se torna uma válvula de escape para o inconsciente. Durante todo o processo de estruturação da ideia do inconsciente, Freud (1912) relata um experimento onde um medico induziu o paciente a hipnose e o ordenou a executar uma ação num momento preciso por exemplo trinta minutos após ao retorno da consciência, e ação foi realizada de maneira consciente, mesmo a ação ter sido feita em um momento de hipnose. E através desse experimento que Freud (1912), associa essa nova percepção a pensamentos ou ações que ficam inconscientes e até mesmo latentes durante momentos de consciência e que podem torna-se acessível. E através desses fatores, que Freud (1912) identifica que fenômenos latentes e inconscientes são fortes, ou seja, sua atividade ao vir à consciência por pouco minutos pode afetar sintomaticamente ou não a vida de um individuo. E é através dessas observações que o mesmo vê o quanto a psique dos sujeitos é estruturada: “A psique do paciente histérico é cheia de pensamentos que produzem efeito, mas são inconscientes; deles procedem todos os sintomas.” (FREUD, 1912)
2. DESENVOLVIMENTO
Seu estudo a cerca da histeria, trouxe uma visão de como os fenômenos
inconscientes podem afetar a vida do sujeito, é esta relação que Freud determina como as lacunas que irão se apresentar em determinadas manifestações do inconsciente, e são essas lacunas que trazem a consciência os sintomas, os lapsos e os atos falhos, e são esse fenômenos lacunares que produzem no sujeito uma quebra do discurso produzido pela consciência. (GRACIA-ROZA,1996) Devido todos esses fatores lacunares os atos psíquicos que são resultados da fuga de algum afeto latente que encontra alguma saída através da censura, precisam ser explicados, porém a consciência desconhece como explicar esse atos que são fatos que fizeram lacuna nos pensamentos e ideias conscientes quebrando a lógica existente. (MOURA, 2008) Quando Freud formula o seu ideal de inconsciente vemos uma distribuição dos aspectos que formulam a primeira tópica do aparelho psíquico, que se divide em inconsciente e consciente/pré-consciente. O que entendemos do inconsciente é que sua formulação não é anatômica e que ele não se identifica com os pressupostos das profundezas da consciência e que nem toma partido dos ideais caóticos e impensáveis da subjetividade. Dizer que esta no inconsciente é estabelecer não um lugar, mas sim uma forma. Seu principio baseasse como uma lei de articulação que rege o aparelho psíquico, e são essas leis que mantem uma organização coerente dos lugares psíquicos e como se da essa sua função dentro desta organização. (GARCIA-ROZA, 1996) Falar sobre inconsciente é falar sobre o campo do simbólico, onde se estabelece uma relação em que o simbólico retrata uma imposição de leis estruturais e como isso esgota aspectos da realidade. Segundo Garcia-Roza (1996), vemos uma inserção do Lévi-Strauss, que retoma a ideia do simbólico e a sua relação com o inconsciente: O que Lévi-Strauss nos diz é que a cultura é um conjunto de sistemas simbólicos e que esses sistemas simbólicos não são constituídos a partir do momento em que traduzimos um dado externo em símbolos, mas, ao contrário, é o pensamento simbólico que constitui o fato cultural ou social. Só há o social porque há o simbólico. Esse simbólico, Lévi-Strauss identifica-o com a função simbólica ou, o que vem a dar no mesmo, com as leis estruturais do inconsciente. (GARCIA-ROSA, 1996)
Quando falamos dos processos realizados pelo inconsciente, devemos
observar em que aspectos estamos intitulando, o que se representa na organização do inconsciente, vemos uma releitura de Freud feita por Lacan, onde as manifestações do inconsciente se apresentam em formulações de afetados entorno de uma ideia. Assim, formasse uma estrutura que se resume em o inconsciente detentor dos pensamentos latentes, em seguida temos a censura que serve como guarda para esses pensamentos latentes não veem a consciência.
3. CONCLUSÃO
Quando buscamos entender o papel do inconsciente no ambiente
clinico, precisamos chegar a um consenso em relação a sua importância para os processos clínicos. Entender esse aspecto clinica trás a tona as descobertas de maneiras de acesso ao inconsciente para que se possa ter acesso aos conteúdos latentes, pois são esses conteúdos que servem de material para a analise. Para a ter acesso a esses conteúdos latentes, Freud encontrou-se através da associação livre, dizendo aos seus pacientes o famoso jargão “fale o que lhe vier a mente”, porém quem trouxe a tona foi sua própria paciente Anna O. Ao decorrer da análise e da transferência estabelecida pode se ter acesso as conteúdos do inconsciente, já que o sujeito aos poucos vai demonstrando os atos falhos, são em pequenos detalhes trazidos a analise ou que acontece dentro do próprio setting que o analista vai tendo acesso aos conteúdo inconscientes do sujeito. E são estes conteúdos que podem ser a fonte do adoecimento ou do sofrimento do paciente, o papel do analista em todo esse conceito seria um interprete dos conceitos e conteúdos advindo do sujeito, fazendo uma interpretação de todos esses conteúdos e entendendo como se estabeleceu esse adoecimento ou esta forma de adoecimento psíquico para com o individuo. Portanto, a relação do inconsciente para com sua importância ao quesito clinico é a fonte de conteúdos que necessitam ser explorados que muitas vezes são fonte de adoecimento e sofrimento. E através desse acesso que temos o contato direto com essa fonte auxiliando o sujeito a se entender e entender seus conteúdos inconscientes o tornando livre das amarras de repetição de ações que lhe causam sofrimento. REFERENCIAS
MOURA, J. O inconsciente. Psicologado, setembro de 2008. Disponivel: <
https://psicologado.com.br/abordagens/psicanalise/o-inconsciente > Acesso: 04 de maio de 2020.
In: SIGMUND , F. Escritos sobre a psicologia do inconsciente. ... GARCIA-
ROZA, L. A. Freud e o Inconsciente. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1996.
SIGMUND, F. Algumas observações sobre o conceito de inconsciente na
psicanalise. Sigmund Freud obras completas volume 10, 1911 e 1913, Companhia das letras.
Nação tarja preta: O que há por trás da conduta dos médicos, da dependência dos pacientes e da atuação da indústria farmacêutica (leia também Nação dopamina)