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UGS - PGAP

PLANIFICAÇÃO DO PROCESSO DE
ENSINO-APRENDIZAGEM

2023

1. Aprendizagem significativa

Formador: Pedro Fernandes

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Aprendizagem significativa

Papel do docente
• O professor é um moderador de
aprendizagem por isso tem como tarefa
principal levar os alunos a aprender.
• O professor deve ser capaz de criar situações
que favoreçam a aprendizagem.

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Aprendizagem significativa
• A aprendizagem é a capacidade de responder
adequadamente às diferentes solicitações e
desafios que se colocam na interacção com o
meio.

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Etapas do Processo de Aprendizagem: Aquisição, retenção e aplicação

https://www.goconqr.com 07.01.20
Aprendizagem como processo
dinâmico
• Todos os indivíduos à sua maneira e tendo em
conta as suas características pessoais são
capazes de “aprender a aprender”, isto é,
capazes de encontrar respostas para situações
ou problemas, quer mobilizando
conhecimentos de experiências anteriores em
situações idênticas,

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Aprendizagem significativa
(Domínios da aprendizagem)
A intervenção educativa deve ser abrangente:
a) Cognitivo (conhecimentos/saber)
b) Psicomotor (habilidades/saber-fazer)
c) Sócio-afectivo (atitudes/saber-ser, saber-
estar)

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Aprendizagem significativa
(Do C, CHA à CHAVE)
C CHA CHAVE
a) Conhecimentos a) Conhecimentos
b) Habilidades
c) Atitudes b) Habilidades
c) Atitudes
d) Valores
e) Ética
Processos de aprendizagem
1. A partir do nível de desenvolvimento do
aluno,
• Devem complementar-se com a exploração
dos conhecimentos prévios dos alunos, o que
já sabem ou têm construído em seus
esquemas cognitivos.

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Processos de aprendizagem
• A soma de sua competência cognitiva e de
seus conhecimentos prévios marcará o nível
de desenvolvimento dos alunos.
2. A construção das aprendizagens significativas
implica a conexão ou vinculação do que o
aluno sabe com os conhecimentos novos,
quer dizer, o antigo com o novo.

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Processos de aprendizagem
• Os alunos “realizam aprendizagens
significativas por si próprios”, o que é o
mesmo que aprendam o aprender.
3. Faz-se necessário modificar os esquemas do
sujeito, como resultado do aprender
significativamente.

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Conceito de Aprendizagem
• Aprendizagem considerada como “ampliação” da
estrutura cognitiva, através da incorporação de novas
ideias a ela. (Faria, 1989, p 8).
• Zabalza (2004) um dos dilemas vividos pelos
professores universitários é deslocar o eixo da
“formação centrada no ensino” para uma “formação
centrada na aprendizagem”. “O importante não é que
se fale ou explique bem os conteúdos: o importante é
como eles são entendidos, organizados e integrados
em um conjunto significativo de conhecimentos e
habilidades novas”.

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• MUITO OBRIGADO

• pfernandes61@yahoo.com.br
• 923 304 453
• 912 176724

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
• LIBÂNEO, JOSÉ CARLOS, Didáctica, Cortez Editora, S.P. Brasil,
1991
• J. Libâneo, Conteúdos, formação de competências cognitivas e
ensino com pesquisa: unindo ensino e modos de investigação,
USP, S. Paulo, 2009
• LIBÂNEO, JOSÉ CARLOS, Didáctica do professor, Cortez, 1994
• P. Custódio, Pedagogia no ensino superior nº 17, Escola
Superior de Educação de Coimbra, Coimbra, (www.cinep.pt,
Janeiro, Janeiro, 2013
• RIBEIRO, ANTÓNIO, Desenvolvimento Curricular, Educação
hoje, Texto Editora, 4ª Edição, Porto, 1993;

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UGS - PGAP
PLANIFICAÇÃO DO PROCESSO DE ENSINO-
APRENDIZAGEM
2023

2. PLANO DE AULA

Formador: Pedro Fernandes

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Componentes básicas de um plano de aula
1. Objectivos específicos
2. Conteúdos
3. Tempo
4. Actividades
5. Métodos de ensino
6. Meios de ensino
7. Avaliação
8. Comentários (pontos fortes e aspectos a melhorar)
9. Recuperação da aprendizagem (actividades)
10. Bibliografia/Referências bibliográficas

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Objectivos específicos
• Os objectivos específicos de ensino determinam
exigências e resultados esperados da actividade
dos estudantes (competências), referentes aos
domínios:
 Cognitivo (conhecimentos),
 Psico-motor (habilidades),
 Sócio-afectivo (atitudes) e
 convicções cuja aquisição e desenvolvimento
ocorrem no processo de abordagem e
assimilação activa das matérias de estudo.

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Objectivos específicos
• Estes devem ser vinculados aos objectivos
gerais sem perder de vista a situação concreta
(instituição, matéria, estudantes) em que
serão aplicados.

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Objectivos específicos
• Na redacção dos objectivos específicos, o
professor transformará tópicos das unidades de
ensino, em proposição (afirmação), onde se
expresse o resultado esperado, que deve ser
atingido por todos estudantes ao final daquela
unidade.
• Os resultados podem ser de:
1. Conhecimentos (conceitos, factos, princípios,
teorias, interpretações, ideias organizadas, etc.).
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Objectivos específicos - habilidades
2. Habilidades (o que o estudante deve aprender
para desenvolver suas capacidades intelectuais:
 organizar seu estudo activo e independente;
 aplicar formulas em exercícios;
 observar, colectar e organizar informações sobre
determinado assunto;
 raciocinar com dados da realidade;
 formular hipóteses;
 usar materiais e instrumentos como, dicionários,
mapas, réguas, etc.).

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Objectivos específicos - atitudes
3. Atitudes, convicções e valores que se deve
desenvolver em relação à matéria, ao estudo,
ao relacionamento humano, à realidade social
(atitude científica, consciência crítica,
responsabilidade, solidariedade, etc.)

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Formulação de objectivos específicos

1. Formulação de objectivos consiste em descrever


os conhecimentos a serem assimilados, as
habilidades, os hábitos e as atitudes a serem
desenvolvidos, ao final do estudo dos conteúdos
de ensino em cada aula.
2. Os objectivos devem ser redigidos com clareza,
realidade, expressando tanto o que o aluno deve
aprender, como os resultados de aprendizagem
possíveis de serem alcançados.

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A aprendizagem ocorre simultânea e
interactivamente em, pelo menos,
três domínios: o cognitivo, o
afectivo e o psicomotor.
Afectivo

Cognitivo Psicomotor
TAXONOMIA DE BLOOM

Níveis cognitivos Objectivos Obbjectivos Produtos/


(reprodutivo) gerais específicos resultados
Conhecimento definir rótulos
especificar reconhecer nomes
modos e meios recitar fatos
para lidar com identificar definições
itens específicos rotular conceitos
compreender
Conhecer examinar
factos universais mostrar
e abstraçoes coletar
num dado listar
campo

Compreensão traduzir argumento


•tradução interpretar explicação
•interpretação Compreender explicar descrição
•extrapolação descrever resumo
Resumir
Níveis cognitivos Objectivo Objectivos específicos Produtos/resultados
(aplicativo) s gerais
Aplicação Aplicar, solucionar, Diagrama, ilustração,
•uso de abstrações Aplicar experimentar coleção
em situações demonstrar, construir, mapa, jogo ou quebra-
específicas e mostrar cabeças
concretas fazer, ilustrar, registrar modelo, relato, fotografia,
lição
Análise Conectar, relacionar, Gráfico, questionário
•elementos diferenciar categoria, levantamento
•relacionamentos Analisar classificar, arranjar, estruturar tabela, delineamento
•princípios agrupar, interpretar, organizar diagrama, conclusão
organizacionais categorizar, retirar, comparar lista, plano, resumo
dissecar, investigar

Síntese Projetar, reprojetar, combinar, Poema, projeto, resumo de


•comunicação inédita consolidar, agregar, compor, projeto, fórmula, invenção
•plano de operação formular hipótese, construir, história, solução, máquina
•conjunto de Sintetisar traduzir, imaginar, inventar, filme, programa, produto
relacionamento criar, inferir, produzir,
abstratos predizer
Avaliação Interpretar, verificar, julgar, Opinião, julgamento,
•julgamento em criticar recomendação, veredito
termos de evidência Avaliar decidir, discutir, verificar, conclusão, avaliação
interna disputar investigação, editorial
•julgamento em escolher
MÉTODO: CONCEITUALIZAÇÃO
 Os conceitos de metodologia, método e técnica são muitas vezes
confundidos, devido as suas fronteiras difíceis de delimitar. Porém,
mesmo sendo termos que por vezes dificultam o entendimento dada a
sua semelhança, pensa-se que cada um deles reflecte elementos
distintos dentro do processo.
 MÉTODO, do Latim “methodus” pode significar o modo de fazer as
coisas de forma sistemática; maneira de alcançar um objectivo.
 Para Lakatos e Marconi (1993), o método corresponde a um conjunto
de actividades sistemáticas e racionais que, com maior segurança e
economia, permitem alcançar um determinado objectivo.
 Já para Gil (1999), o método é um conjunto de procedimentos
intelectuais e técnicos para o alcance de determinados objetivos.

Formação de Directores Municipais, Gestores e Inspectores Escolares Sumbe,2014


CLASSIFICAÇÃO DOS MÉTODOS DE ENSINO
A classificação de métodos de ensino, também é uma questão problemática
e varia de autor para autor, razão pela qual não existe um modelo único de
classificação, mas no fundo, parece que todas as classificações têm a
mesma essência.
Tendo em conta as teorias de aprendizagem, em geral os métodos de
ensino são classificados em: tradicionais (comportamentalista) e modernos
(construtivista).
 Métodos Tradicionais: exigem um comportamento passivo do aluno.
Muitas vezes o professor é como o possuidor do conhecimento que deve
ser transmitido ao aluno aquém se considera vazio e que precisa de
encher a sua mente.
 Métodos Modernos: consideram o desenvolvimento natural do aluno e
a necessidade de aprendizado activo, participante e de descobertas.

Formação de Directores Municipais, Gestores e Inspectores Escolares Sumbe,2014


Métodos Tradicionais
 Expositivo (quando o professor não dá possibilidades ao aluno de tomar
qualquer iniciativa não permitindo que a interacção seja feita de uma forma
parcial e contínua);
 Demonstrativo (quando apenas o professor aplica os conhecimentos a
situações concretas no processo de ensino-aprendizagem, ou exibe gráficos,
figuras, mapas, desenhos para abordar situações reais);
 Trabalho independente (quando o professor se limita a ordenar a sua
elaboração, sem dar quais quer orientações e nem permite a socialização dos
seus resultados, quer sejam estes positivos ou negativos de formas a permitir
uma aprendizagem significativa);
 Trabalho para Casa (quando o professor se limita a ordenar a sua elaboração,
sem dar quais quer orientações e nem permite a socialização dos seus
resultados, quer sejam estes positivos ou negativos de formas a permitir uma
aprendizagem significativa);
 Explicativo (quando o professor dá poucas possibilidades ao aluno de tomar
qualquer iniciativa não permitindo que a interacção seja feita de uma forma
parcial e contínua).

Formação de Directores Municipais, Gestores e Inspectores Escolares Sumbe,2014


MÉTODOS MODERNOS
 Expositivo (quando o professor dá possibilidade ao aluno de tomar iniciativa e
participar activamente, permitindo que a interacção seja feita de uma forma parcial e
contínua);
 Explicativo (quando o professor dá várias possibilidades do aluno de tomar iniciativa
permitindo que a interacção seja feita de uma forma parcial e contínua);
 Chuva de ideias
 Debates
 Trabalho em grupo, apresentações e defesas de …
 Estudo de caso (pesquisa)
 Visita de estudo
 Apresentações de trabalhos individuais
 Análise de textos, documentos, frases…
 Produção de textos sobre…
 Trabalho para casa (quando o professor para além de ordenar a sua elaboração,
orienta e permite a socialização dos seus resultados, quer sejam estes positivos ou
negativos de formas a permitir uma aprendizagem significativa).

Formação de Directores Municipais, Gestores e Inspectores Escolares Sumbe,2014


Realização de aulas participativas
• Libâneo, 1994, a estrutura da aula deve ter
um trabalho activo e conjunto entre professor
e aluno, ligado estreitamente com a
metodologia específica das matérias.

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Momentos metodológicos nos espaços
educativos
1. Orientação inicial para os objectivos de
ensino-aprendizagem;
2. Tratamento da matéria;
3. Consolidação e aperfeiçoamento dos
conhecimentos, habilidades e hábitos;
4. Aplicação de conhecimentos, habilidades e
hábitos;
5. Verificação e avaliação dos conhecimentos e
habilidades.
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Momentos metodológicos nos espaços
educativos
a) Orientação para os objectivos específicos
O professor procura incentivar os alunos a assimilar os
conteúdos tendo em conta os objectivos e os
resultados a serem alcançados, estimulando neles o
desejo de dominar a matéria nova.
b) Tratamento da matéria
O professor deve ter sempre em conta os pré-
requisitos, isto é, as condições prévias dos alunos;
A partir daí encetar conversação encaminhando os
alunos para a construção de conceitos e novos
conhecimentos.
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Momentos metodológicos nos espaços
educativos
c) Consolidação e aperfeiçoamento dos
conhecimentos , habilidades e hábitos
O professor providencia exercícios que permitam
a actividade mental dos alunos.
Os exercícios não devem apenas servir como
treinamento ou memorização de regras,
disposições e fórmulas, mas permitir que os
alunos se apropriem de mecanismos de
funcionamento e de realização da actividade
requerida.
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Momentos metodológicos nos espaços
educativos
d) Aplicação de conhecimentos, habilidades e
hábitos
Os alunos devem mostrar que dominam os
conteúdos básicos e essenciais ao serem postos
perante situações novas, pois conseguem aplicar
os seus conhecimentos e resolver as novas
situações.
Os exercícios nesta fase devem desenvolver as
capacidades de análise, síntese, crítica,
comparação e generalização.
Momentos metodológicos nos espaços
educativos
e) Verificação e avaliação dos conhecimentos e
habilidades
Este pressuposto deve estar presente durante
toda a aula, pois o professor no início, no
momento da orientação para os objectivos, na
consolidação e na aplicação deve estar sempre
atento a toda a turma e a cada um dos alunos,
colhendo sempre informações e avaliando o
progresso de cada um e de todos em simultâneo.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
• LIBÂNEO, JOSÉ CARLOS, Didáctica, Cortez Editora, S.P. Brasil,
1991
• J. Libâneo, Conteúdos, formação de competências cognitivas e
ensino com pesquisa: unindo ensino e modos de investigação,
USP, S. Paulo, 2009
• LIBÂNEO, JOSÉ CARLOS, Didáctica do professor, Cortez, 1994
• P. Custódio, Pedagogia no ensino superior nº 17, Escola
Superior de Educação de Coimbra, Coimbra, (www.cinep.pt,
Janeiro, Janeiro, 2013
• RIBEIRO, ANTÓNIO, Desenvolvimento Curricular, Educação
hoje, Texto Editora, 4ª Edição, Porto, 1993;

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UGS - PGAP
PLANIFICAÇÃO DO PROCESSO DE
ENSINO-APRENDIZAGEM

2023

3. PLANIFICAÇÃO

Formador: Pedro Fernandes


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Planificação

• A planificação é acção e efeito de planificar,


isto é, organizar-se ou organizar algo de
acordo com um plano.
• Implica ter:
um ou vários objectivos a cumprir, juntamente
com as acções requeridas para que esses
objectivos possam ser alcançados.

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Planificação

• Zabalza (2003), considera “uma competência


imperativa que deve ser desenvolvida por
todos os professores, independentemente do
nível de ensino que estiver a actuar.”
• A ” capacidade de planificar constitui primeira
competência do docente” e a melhoria do
ensino pode passar pela reactivação dessa
capacidade do professor ao estruturar a sua
actuação.

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Tipos de aulas (quanto ao conteúdo)
1. Aula de introdução à disciplina
 consiste em informar ao estudante sobre a disciplina e os objectivos
propostos.
2. Aula nova
 constroem-se ou abordam-se novos conhecimentos. Os alunos são
informados sobre a importância da matéria a ser ministrada
3. Aula combinada
 Permite integrar de forma intencional outros tipos de aulas
4. Aula de consolidação
 Permite aprofundar os conhecimentos adquiridos na (s) aula (s)
anterior (es), desenvolver e aperfeiçoar as capacidades, as
habilidades e os hábitos.
5. Aula de controlo
 possibilita determinar o nível de conhecimentos alcançados

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Classificação: (quanto à organização da
aula)
• 1. Conferências
• 2. Seminários
• 3. Práticas

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Fases didácticas da aula
• Qualquer organização de actividades de
ensino-aprendizagem obedece ao princípio do
reforço da aprendizagem contínua e
cumulativa dos estudantes.
• Taba (1962), numa sequência organizada de
actividades de ensino-aprendizagem – seja
num programa, numa unidade didáctica ou
lição – podem distinguir-se três fases
principais servindo propósitos diferentes.

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Fases didácticas da aula e suas funções
• 1ª Fase – Introdução
• Funções:
Diagnóstico da situação dos alunos,
Motivação para a tarefa de aprendizagem
proposta e
Orientação do assunto ou problema a estudar.
Avaliação formativa

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Fases didácticas da aula e suas funções
• 2ª fase: Desenvolvimento
• Funções:
Motivação
Estudo e análise dos vários conteúdos,
Organização dos métodos de tratamento dos
vários aspectos envolvidos,
Avaliação formativa e
Generalização.

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Fases didácticas da aula e suas funções
• 3ª Fase: Conclusão
• Funções:
Motivação
Aplicação,
Avaliação formativa
Consolidação e
Revisão da aprendizagem realizada

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3ª Fase: conclusão
Função de consolidação
– A consolidação reprodutiva leva o estudante a
exercitar e reproduzir conhecimentos aplicados a
uma situação conhecida.
– A consolidação generalizadora leva os estudantes
a aplicar os conhecimentos à situações novas e
estabelecer relações.
– A consolidação criativa leva os estudantes a
desenvolver tarefas cujo objectivo é aprimorar o
pensamento independente e criativo.

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Plano de aula

• O plano de aula é um projecto de actividades que o


professor e estudantes devem realizar em conjunto
durante um período de tempo determinado.
• Ele é um instrumento diário do docente, tem como
finalidade evitar a improvisação e funciona como base
de orientação na condução do processo docente-
educativo dentro espaços educativos.
• Não é um documento de cumprimento rígido, mas um
guião de trabalho para o professor que se adaptará às
circunstâncias e características da turma.

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Plano de aula
• Altet(2000), “ os professores geralmente
planificam as suas aulas em função do
programa e de uma progressão.
• Antecipadamente reúnem a documentação,
definem objectivos, escolhem métodos,
optam por determinadas estratégias e
determinado material e, antecipadamente,
constroem um cenário que determina as
interacções que irão desenrolar na aula”

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Adaptado: Monteiro, 2001, Fases da elaboração do plano de aula

Situação Formulação de
inicial do Selecção de
objectivos
aluno conteúdos
específicos

Ordenação Ordenação de
dos conteúdos Selecção de actividades, actividades,
(lógica e experiências e situações experiências e
psicológica) de aprendizagem situações de
aprendizagem

Selecção e Avaliação
Métodos de ordenação de Avaliação processual/f
ensino recursos e temporal ormativa
material
Feedback

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Características de um bom plano de aula

• Cortesão (1994), um bom plano deve ter:


a) A coerência: se está integrado no plano curricular geral,
de modo a que a sua concretização contribua para a
consecução das metas propostas nesse currículo.
 A coerência de um plano existe se nele se revela uma
adequada relação entre objectivos, conteúdos e estratégias
propostas;
b) Sequência: deve existir uma linha contínua que integre
gradualmente as distintas actividades desde a primeira até a
última de modo que nada fique jogado ao acaso.
c) Adequação: estar alicerçado no conhecimento da realidade
cognitiva, afectiva e sóciocultural dos estudantes, os recursos
e limitações existentes, e ainda no conhecimento das
características do próprio professor como seu executante;

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Características de um bom plano de aula

d) Flexibilidade: se permite, de acordo com as


necessidades e interesses do momento, fazer
reajustamentos e mesmo alterações de fundo
nos elementos previstos;
e) Continuidade: se estabelece uma sequência que”
amarra”as várias propostas de modo a seguir um
percurso lógico;
f) Precisão e clareza: se contém indicações claras de
modo a não apresentar propostas ambíguas;
g) Riqueza: se oferece uma gama variada e fecunda
de propostas.
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Novas competências do professor no quadro da
planificação

• Com a mudança de paradigma de ensino para


paradigma da aprendizagem o estudante
passou a ser o centro das atenções e isto
implica mudanças no processo educativo.
• Perrenoud (2000), competência é uma
capacidade de agir eficazmente num
determinado tipo de situação, apoiada em
conhecimentos, mas sem limitar-se a eles.

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Novas competências do professor no quadro da
planificação
• Perrenoud, (2000), destaca as 10 novas competências mais
específica para trabalhar em formação contínua dos professores;
1) Organizar e dirigir situações de aprendizagem
2) Administrar a progressão das aprendizagens
3) Conceber e fazer evoluir os dispositivos de diferenciação
4) Envolver os alunos em suas aprendizagens e em seu trabalho
5) Trabalhar em equipa
6) Participar da administração da escola
7) Informar e envolver os pais
8) Utilizar novas tecnologias
9) Enfrentar os deveres e os dilemas éticos da profissão
10) Administrar a sua própria formação continua

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
• LIBÂNEO, JOSÉ CARLOS, Didáctica, Cortez Editora, S.P. Brasil,
1991
• J. Libâneo, Conteúdos, formação de competências cognitivas e
ensino com pesquisa: unindo ensino e modos de investigação,
USP, S. Paulo, 2009
• LIBÂNEO, JOSÉ CARLOS, Didáctica do professor, Cortez, 1994
• P. Custódio, Pedagogia no ensino superior nº 17, Escola
Superior de Educação de Coimbra, Coimbra, (www.cinep.pt,
Janeiro, Janeiro, 2013
• RIBEIRO, ANTÓNIO, Desenvolvimento Curricular, Educação
hoje, Texto Editora, 4ª Edição, Porto, 1993;

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