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ARTE NOVA

Estilo artístico ornamental (também conhecido por Art Nouveau) que surgiu na Europa e nos
Estados Unidos da América entre cerca de 1860 e 1910. A estética da Arte Nova constitui uma
tentativa de modernidade e de criar um estilo livre das imitações históricas que tinham
caracterizado o século XIX. Afirma-se principalmente no campo decorativo, empregando
curvas e contracurvas, excêntricas e assimétricas, e estilizações florais. É visível na arquitetura,
no desenho de interiores, na joalharia, no desenho em vidro e na ilustração.

Surgiu nos finais do século XIX (1880-1890) e entrou em declínio no século XX (1905-1914); Foi
influenciado pelo Modernismo, então ficou integrada no movimento cultural e atingiu todas as
artes; Era uma arte com um significado bastante controverso e diferente; Conseguiu dispersar-
se por vários países como a Inglaterra, a França, Alemanha, Bélgica, Áustria, Itália, Espanha,
entre outros;

Linhas sinuosas e o uso de ferro fundido; abrangeu as artes plásticas, o design de interiores e a
arquitetura; a arte nova tem como objetivo quebrar tradições e apresentar um caráter
vanguardista e original; dualidade artística: (enquanto uns artistas utilizavam materiais de
baixo custo e métodos de produção em massa, outros aplicavam elementos mais caros e
valorizavam o artesanato); foi uma arte caracterizada liberdade de expressão artística,
originalidade, excentricidade e por uma nova gramática decorativa e sinuosa, de interior e
exterior, inspirada na natureza, na qual combinaram os materiais tradicionais com os novos
num resultado gracioso e inovador;

CARACTERISTICAS:

Formas sinuosas, leves e elegantes (ornamento adquiriu um lugar fundamental), procurou


conciliar a função e a forma, utilidade dos objetos e das propriedades estéticas, a arte
tipicamente burguesa, contrapõem o encantamento das suas linhas á rigidez e dureza do
trabalho, contrapõem-se à sociedade industrial, representava na sua maioria a natureza (como
corais, medusas e plantas), levou á introdução de novos materiais como o ferro, o vidro, os
esmaltados, e pedras, orientado basicamente para o design e rejeita o retilíneo e a solidez das
linhas sendo que utilizam linhas onduladas invocando o feminino como beleza primordial;

NATURALISMO
A pintura naturalista tomou com grande minúcia a realidade objetiva e a natureza. Reagiu
contra o Romantismo e contra o Academismo, propondo uma arte que representasse a vida
moderna. As técnicas utilizadas era, fiéis à realidade, mas mais ligeiras e mais leves, recusando
as tais regras do academismo.

A pintura naturalista interessou-se pela natureza concreta fora dos ateliers, pelo gostos dos
tipos humanos e por cenas do dia-a-dia.

A temática naturalista reparte-se pelas paisagens, sendo as marinhas e as cenas bucólicas as


mais representadas pelos ambientes populares ou burgueses, e pelos retratos com algum
sentimentalismo, embora despojados de qualquer compromisso ideológico.

Os pintores deste movimento tentaram imitar a natureza objetiva, tendo sido muito
influenciados pela fotografia que muitas vezes utilizaram como meio auxiliar. De facto, a arte
procurava registar a natureza tal como o fazia a máquina fotográfica. Também tiveram um
particular interesse pelos valores atmosféricos, e pelos efeitos de luz.

IMPRESSIONISMO
A) TEMAS
A pintura impressionista esteve inteiramente ligada à vida citadina moderna, e às
impressões sensoriais dos seus autores. Assim, praticaram um repertório constituído
por paisagens, por figuras humanas e lazeres citadinos, e o mesmo interessa pela dura
realidade, parcial e sensível, que é a luz dos efeitos sobre a natureza, as pessoas e os
objetos.

B) INFLUENCIAS
Contributos notáveis para uma nova representação foram: a fotografia, que introduziu
na pintura novas perspetivas como a vista aérea; as estampas japonesas que levaram o
pintor a uma execução menos precisa, devido ao seu linearismo e modelação sem
volumetria; às descobertas científicas no campo da ótica, da perceção e da cor, pondo
em prática os estudos efetuados por Chevrreul, Maxwell e Young: e às descobertas
técnicas como a invenção das cores em tubo, permitindo alterações nas aplicações
diretas das mesmas.

C) TÉCNICA
A pintura impressionista capta o instante humano, fugaz e fugidio, em constante
mutação, e por isso é fluida e aérea. Tecnicamente é caracterizada pela:
- justaposição, na tela, de pinceladas pequenas, nervosas, em forma de vírgula ou
interrompidas, executadas com grande rapidez;
- utilização radical de cores puras, fortes e vibrantes, retiradas diretamente dos tubos;
Estas eram aplicadas de acordo com as leis das complementares, onde a fusão dos
tons era nos olhos do espetador.
Esta técnica veio permitir a captação dos efeitos da luz do sol e da sua atmosfera,
permitindo a dissolução da forma, da superficie e do volume do objeto, fazendo
desaparecer quase por completo, a corporeidade do mesmo, pondo em evidencia os
jogos crus e frios da luz e das iluminações que nos livraram das velhas noções de claro
e escuro.

D) REVOLUÇÃO IMPRESSIONISTA
A revolução impressionista teve a sua génese num grupo de jovens pintores que se
reuniam no café Guerbois a fim de discutirem e dialogarem sobre as suas atitudes e
incertezas em relação à pintura. Essas atitudes refletiam:
- Por um lado, o clima político e social, onde a alta burguesia e o capitalismo se
desenvolveram e se mantiveram no poder;
- Por outro lado, a oposição ao Romantismo, ao academismo com todos os seus
cânones, e ao intelectualismo social do Realismo;
Contudo, este grupo apelidado de Impressionistas, não constituiu um movimento na
verdadeira ascensão da palavra. As suas pinturas eram uma reflexão da personalidade
de cada um deles, era por isso heterogénea.
REALISMO
O Realismo é a reação contra o Romantismo, é a anatomia do caráter, é a arte que nos pinta
com os nossos próprios olhos para que vejamos se somos verdadeiros ou falsos, e de forma a
condenar o que há de mau na sociedade.

A pintura do Realismo é uma arte com fins sociais, pois o artista deverá comprometer-se com
as grandes causas humanitárias, deveria denunciar as contradições e injustiças das sociedade
na sua obra.

A pintura Realista esteve inteiramente ligada às ideias positivistas e democratas da época,


assim como a acontecimentos sociais e políticos, e a progressos científicos nas mais diversas
áreas. No entanto, não era uma arte baseada na cópia fiel da realidade, pois continham um
caráter de intervenção social.

Os temas sociais do mundo urbano e rural eram abordados com grande evidência e a gravura
torna-se um meio privilegiado de divulgação das cenas e tipos sociais. O artista procura então
denunciar as realidades cruéis da sociedade, e apresentar a natureza tal como ela se manifesta
e não como ela é pensada.

Á estética naturalista fica a dever-se a abertura de novos caminhos para a discussão sobre os
fins e a autonomia da arte.

ROMANTISMO
INSTINTO E EMOÇÃO

O Romantismo é um movimento cultural do século XIX, com manifestações na literatura, nas


artes plásticas, na dança e na música.

Este movimento exalta o instinto e privilegia as emoções dramáticas.

“O Romantismo não reside na escolha dos temas, nem na verdade exata, mas na maneira de
sentir” (BAUDELAIRE, 1846).

SENTIMENTO E PAIXÃO

Os românticos centram as suas atenções no indivíduo arrebatado pelo sentimento, pela paixão
violenta e, tantas vezes, desprovido de Razão.

Há um afastamento da serenidade e do equilíbrio clássicos, patentes, por exemplo, na torção


de corpos e no colorido quente e forte na pintura.

O CULTO DO EU

O culto do ele expressa-se na figura do herói romântico, um solitário, de costas voltadas para
um mundo que sente não o compreender.

Como proclama o Manfred, de Byron, “… os meus prazeres eram errar na solidão, respirar o ar
das montanhas cobertas de gelo… Eu gostava de mergulhar na torrente ou nas vagas do mar
agitado; … gostava de seguir durante a noite o caminho silencioso da Lua… Contemplava os
relâmpagos durante as tempestades até que os meus olhos ficassem deslumbrados…” (1817).
A NATUREZA

A Natureza reflete a sensibilidade romântica e torna-se parte integrante das respetivas obras.
Pode surgir fria e hostil e cúmplice de uma alma atormentada ─ como se viu com CASPAR
DAVID FRIEDRICH

Mas também se pode apresentar dissolvida num espetáculo de luz, fazendo lembrar a
grandiosidade da criação divina.

A ATRAÇÃO PELA IDADE MÉDIA

A Idade Média suscita paixões aos românticos, que mergulham nos seus mistérios.

Os românticos redescobrem a riqueza do estilo gótico, reavivam temas e lendas medievais,


recuperam as tradições folclóricas, em suma, fazem apelo às raízes históricas das
nacionalidades.

A ATRÇÃO PELO EXOTISMO ORIENTAL

O exotismo dos costumes orientais apaixona igualmente os românticos que, em paragens


distantes, parecem fugir às normas de um mundo onde dificilmente se integram.

Marrocos e o Império otomano são fonte de inspiração para os românticos.

SOB O SIGNO DA LIBERDADE

A Liberdade é um dos temas mais caros aos românticos, seja a liberdade de criação estética –
afastada das regras clássicas, seja a liberdade individual, a liberdade política ou a liberdade dos
povos. O Romantismo converte-se na ideologia dos revolucionários liberais.

O século XIX é, com efeito, marcado pelo progresso do Liberalismo, que triunfa na Europa
ocidental e se propaga gradualmente ao resto do mundo.

“O Romantismo é afinal de contas o liberalismo na literatura… a liberdade na arte, a liberdade


na sociedade… (1830)”

A LIBERDADE INDIVIDUAL

O empenhamento romântico com os Direitos do Homem manifesta-se, por exemplo, na


adesão à causa anti esclavagista, perfilhada pelo Liberalismo.

Os retratos de negros captam a alma, chamando a atenção para a unidade do género


humano.

A LIBERDADE POLITICA (1)

Os românticos comprometem-se com a causa da Liberdade política e da luta contra a tirania.

Em “A Liberdade Guiando o Povo”, Delacroix glorifica a revolução liberal de julho de 1830, em


Paris, que derrubou a tirania absolutista do rei Carlos X.
E. DELACROIX, “A Liberdade Guiando o
Povo”, óleo sobre tela, 1831

A LIBERDADE POLITICA (2)

Em “A Marselhesa”, Rude esculpe com sentimento o patriotismo dos Franceses, em 1792,


quando acorreram a defender a sua jovem Liberdade, ameaçada pelas tropas dos soberanos
absolutos estrangeiros.

FRANÇOIS RUDE, “A Marselhesa” (1835-1836)


(fachada este do Arco do Triunfo da Étoile, em
Paris).

A LIBERDADE POLITICA (3)

Em Portugal, a Revolução Liberal de 1820 encontra na pena de ALMEIDA GARRETT o seu mais
enérgico defensor, o que vale ao escritor o exílio na Inglaterra e França.

Garrett regressa para se juntar às tropas liberais de D. Pedro na ilha Terceira, com quem
desembarca no Mindelo, e participa no Cerco do Porto.

Garrett e Herculano, outro “bravo do Mindelo”, foram os introdutores do Romantismo na


literatura portuguesa.

A LIBERDADE DOS POVOS (1)

Os românticos tomam, frequentemente, partido pela causa dos povos oprimidos por
dominadores estrangeiros. Defendem o direito dos povos a disporem de si próprios, que
constitui a essência do princípio das nacionalidades.

Em Os fuzilamentos do 3 de maio, o pintor GOYA retrata, com dramatismo, a feroz repressão


que as tropas francesas exercem sobre os madrilenos que se sublevaram contra o invasor.
FRANCISCO GOYA Y LUCIENTES, “Os
fuzilamentos do 3 de maio”, óleo sobre
tela, 1814-1815.

A LIBERDADE DOS POVOS (2)

A causa da libertação do povo grego é, talvez, a que mais apaixonou os românticos.

Delacroix e Victor Hugo, entre outros, sensibilizaram a opinião europeia para os massacres
cometidos pelos Turcos.

Byron pagou com a vida o seu empenho na causa grega. Morreu, vítima de febre, durante o
cerco de Missolonghi.

A LIBERDADE DOS POVOS (3)

A música do século XIX também faz eco da luta dos povos pela liberdade e independência.

O piano de Chopin transmite a tristeza dos polacos subjugados por russos e alemães.

Na Itália dividida, Verdi exalta o sentimento nacional e incentiva os italianos à glória da


unificação.

RESUMO DE CARACTERISTICAS:

 Cultivo da emoção, da fantasia, do sonho, da originalidade, evasão para mundos


exóticos onde se podia fantasiar e imaginar;
 Exaltação da natureza;
 Gosto pela Idade Média (porque tinha sido o tempo de formação das nações);
 Defesa dos ideais nacionalistas (liberdade individual, liberdade do povo);
 Panteísmo (doutrina segundo a qual Deus não é um ser pessoal distinto do mundo,
Deus e o mundo seriam uma só substância);
 Individualismo, visão de mundo centrada nos sentimentos do indivíduo.
 Subjetivismo, o artista idealiza temas, exagerando em algumas das suas
características (por exemplo, a mulher é vista como uma virgem frágil; a noção de
pátria também é idealizada).

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