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Ana Luisa Madeira de Toledo Serrain
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Introdução
Nesta unidade, iremos dar continuidade ao estudo dos movimentos artísticos.
Buscando ampliar o saber; Durante a trajetória serão incluídos alguns gêneros que
ficam entre a Arte e a comunicação.
Bons estudos!
1. Considerações sobre o
Impressionismo
Por volta de 1850, alguns artistas adotaram uma abordagem moderna direta,
desprovida de sentimentalismo, com temáticas realistas sobre o cotidiano campestre
e seus trabalhadores de aspectos rudes. As instituições artísticas da época não
acolheram a ideia, preferindo quadros com tema histórico, religioso ou mitológico.
No final do séc. XIX, vale ressaltar a chegada de gravuras japonesas na Europa, que
encantaram os artistas impressionistas, principalmente pela falta de perspectiva e
sombreamento, deixando áreas lisas de cor forte.
Prosseguindo a esta análise, notamos cada vez mais os temas variados do cotidiano.
Degas, por exemplo, se inspirou nos cafés e nas aulas de dança.Vemos bailarinas
ensaiando, interiores de café e pessoas trabalhando.
Berthe Morisot: Obra apanhador de cerejas (1891). A artista pintou muitos quadros
com cores vivas sobre mulheres e vida doméstica.
Camille Pisarro: Obra A Fazenda em Osny (1883). Com mais idade que os demais
artistas, estimulou a pintura ao ar livre.
No caso em pauta, a fotografia é considerada uma arte? Não temos uma resposta
universal, na verdade, se pensarmos profundamente, teremos que analisar o que
torna algo ser uma arte. Obviamente há várias formas de abordarmos o fato, um dos
aspectos é que a fotografia precisa de criatividade envolvendo a imaginação. É
necessário que o fotógrafo faça um registro mental antes de fotografar. Sua visão do
mundo não é livre da emoção e sentimentos inerentes ao ser humano. Não é uma
interpretação neutra, embora a imagem seja uma reprodução realista, é produto da
somatória da reinterpretação de quem a faz.
Portanto, ao longo dos anos, a fotografia se tornou mais acessível a classes menos
abastadas.
Figura 1– Nadar,Sarah Bernhardt. Fonte: Museu Internacional da Fotografia, George Eastman House,
Rochester, Nova York, 1859.
2. Após o Impressionismo
O impressionismo foi importante na Arte Ocidental, permitindo aos artistas
expressarem com liberdade e exatidão a sua individualidade, reagindo ao mundo por
meio da arte.
Ele transmitia em suas obras a alegria da vida. O cromatismo uniforme das suas
pinturas, contornando ondulações e dando um ar primitivo. Matisse consegue com
esse novo estilo, o retorno ao equilibro, apresentando uma aparência bidimensional
e tridimensional em suas pinturas.
Neste caso, vale à pena comentar sobre a Arte deste artista utilizando o papel. Com
base em suas obras, nesta modalidade, ele simplesmente desenhava com tesoura,
compondo uma imagem com os pedaços, colando-os em uma superfície plana,
fazendo o que chamamos de colagem.
Você sabia?
A fotógrafa Dora Maar, nascida na França, musa e amante de Picasso. Bonita, culta e
politizada. Fez o passo a passo enquanto o Picasso pintava a sua famosa obra
Guernica.
Você sabia que na Espanha, o povoado de Guernica, em 26/04/1937 foi atacado por
28 aviões bombardeiros? O artista se sensibilizou de tal maneira pelo fato ocorrido
que utilizou a imagem do seu trabalho para demonstrar a angústia do povo e dos
animais que a guerra causou.
Figura 3– Obra Pablo Picasso, Guernica Fonte: Museu nacional centro de arte – Reina Sofia (2019).
• Joan Miró : Conforme iremos observar, o artista Joan Miró, com uma imaginação
bastante vigorosa nos seus desenhos fluidos e curvilíneos criava imagens vindas do
seu inconsciente liberto de regras. Embora tenha iniciado com cubismo, não
continua seguindo o formato geométrico.
“Concreção Biomórfica” é o nome mais conveniente para designarmos as suas obras;
à medida que entendemos a força e a vivacidade contidas nelas.
Miró aplicava a técnica de utilizar inúmeras cores vivas sobre um fundo liso. Em 1956,
muda-se para Maiorca, aonde reside até o final de sua vida (1983). No seu ateliê
haviam várias esculturas e muitas pinturas com características fantasiosas.
Vale ressaltar que ainda hoje podem ser vistas manchas de tinta preta no chão do
seu ateliê.
Figura 4– Obra Carnaval de Arlequim, pintada por Joan Miró. Fonte: wahooart (2019).
3. O Surrealismo
O Surrealismo é uma corrente da época organizada, podemos pensar no sentido
“mais que real”, criando o impossível, identificando-se como um sonho. Formata o
inconsciente através da arte. Dando uma nova dimensão de expressão, sendo a
projeção imagética do inconsciente. Permitindo o artista fugir da representação real,
considerando apenas o desvendar da capacidade imaginativa.
Este questionamento da realidade foi uma reação aos horrores da primeira Guerra
Mundial, tendo grande impacto sobre as emoções mais profundas.
Você sabia?
A técnica Frottage (passando o lápis sobre uma superfície rugosa, criando forma de
suporte para então desenvolver a obra). Outro exemplo é a Decalcomania
(colocavam uma quantidade de tinta no papel ou na tela que depois era dobrado ao
meio, o resultante deste processo era uma nova cor de tinta, utilizadas pelos artistas
ao criar a obra).
4. Urbanismo, arquitetura e
escultura modernista
Sobre o termo modernismo pensamos no impulso artístico decorrente do progresso
econômico-tecnológico da civilização industrial. Na dimensão do percurso histórico,
percebemos as transformações e construções de pensamento de acordo com cada
época, observando à temática e o estilo.
Diante deste fato, a estrutura de progresso industrial vem após a consciência em não
só modernizar, mas também de radicalmente revolucionar o mundo social, político e
religioso.
Podemos vislumbrar a situação cultural através das obras que vem de todas as
partes do mundo, se existem objetos de arte, pressupõe que são necessárias as
técnicas.
A Arte pode ter uma função ou ser também meramente decorativa desprovida da
finalidade monetária. Portanto, poder ser uma simples ação sem função, arte por si
só ou produções que intervêm na forma do viver.
Seus trabalhos transmitiam força, pureza, simplicidade, críticas, alegria e muita cor.
• Operários;
• O Pescador;
• A Negra.
Figura 6 – Obra de Winslow Homer, The Gulf Stream, 1899. Fonte:Artsy (2019).
• Willem de Kooning: Pintor de origem holandesa faleceu aos 92 anos (em Nova
York). O pintor se destacou pelas obras aonde o expressionismo abstrato fez
parte.Embora sofresse desde dos 80 anos o mal de Alzheimer, Kooning tem em seu
portfólio a obra contemporânea mais cara do mundo: “ Interchange ”.Vendida pela
Sotheby’s de Nova York, em 1989 por US$ 20,6 milhões.
Você sabia?
Ned Kelly, herói popular e destemido, enfrentava a polícia e inclusive com sua
gangue, matavam policiais. O artista Nolan se colocava no patamar de fora de lei,
pois largou o exército.
Embora a forma figurativa não fosse tão usada, não foi excluída a essência das
emoções refletidas pelas cores. Uma obra tem um caráter lingüístico, servindo de
legado para a pesquisa.
Surge uma discussão sobre a arte entre Realismo e Formalismo. O Realismo segue
por um caminho aonde as obras são comemorativas ou propagandistas, mas além
destas imagens artísticas, o problema real do partido permanece. Nesse confronto,
os artistas se questionam quanto à liberdade artística de criação, já que a arte se
torna comunicação política, tira a autonomia de expressão, tornando uma escolha
ideológica. Alguns movimentos são favoráveis a arte puramente política, como forma
de intervir na construção social.
Nesse momento não mais satisfaz ao artista somente a pintura, a escultura também
se faz necessária, voltando então ao construtivismo. O espanhol Gonzales, iniciando
a partir da ideia cubista já havia modificado a matéria da escultura, utilizando metal
em vez de bronze.
Vemos então a influência surrealista neste segmento. Alguns artistas utilizam
fragmentos quebrados ou abandonados transformando-os em objeto (o que hoje em
dia estamos debatendo sobre a reciclagem de material).É uma adequação a uma
nova técnica, utilizando restos de blocos ou materiais que seriam utilizados a
fundição.
Andy Warhol, artista que mai se destacou neste movimento, usando imagens do
meio de comunicação de massa, como anúncios e televisão. As obras que se
tornaram conhecidas são aquelas com retratos de estrelas de cinema,
demonstrando o glamour da fama e beleza. Ele conseguiu diminuir os limites sobre
as ideias da arte e cultura popular. Chamou seu estúdio de factory porque fez
quadros em massa.
Não eram pôsteres, e sim obras feitas a mão, únicas e impressas por ele seus
assistentes.
No Brasil, temos destaque das obras de Nina Pandolfo. Essa artista teve a honra de
ser uma das pessoas que grafitaram o Castelo Kelburn, em Glasgow, na Escócia, em
2007.
6.3. A escultura
É a expressão artística que cria figuras e obras tridimensionais; Eles se mantêm
sozinhos ou servem para decorar paredes. Não há restrição quanto ao uso de
materiais, sejam estes industriais ou cotidianos. Além de técnicas tradicionais,
podem ser de pedra ou a fundição do bronze.
• Escultura em mármores, entre 480 a.C. e 300 a.C. Escultores gregos apresentaram
estilo realista, hoje denominado clássico. Fidias, considerável escultor grego, projetou
e supervisionou a construção do Partenon.
• August Rodin. Obra A Tempestade. Com seu estilo inacabado e bastante excêntrico.
A escultura permanece como arte visual até os dias de hoje, atravessando longa data
da história humana, exercida essa atividade em diversificadas culturas. Uma arte
bastante versátil e durável, merecedora de um segmento direcionado a esta técnica.
• Donald Judd: seu trabalho segue a ideia da arte minimalista. O conceito defendido
é que a arte tem a sua existência própria e mais nada. Interferindo o espaço,
podendo ser utilizado processos industriais em sua confecção.
• Anish Kapoor. Obra Portão de Nuvem, com 10 metros de altura, recebe este nome,
pois 80% do seu reflexo é produzido pelo céu.
6.4. Cinema
Transpondo nesse trabalho a linha do tempo histórico da História da Arte, com
intuito de inserir o despertar do interesse do desenvolvimento inicial até aos dias de
hoje, para possibilitar comparação entre as descobertas, transformando
pensamentos e construções urbanas frente à investigação da participação
construtiva e funcional dos artistas e suas obras.
Não poderíamos deixar de mencionar a arte do cinema. Nos dias de hoje, o cinema é
bastante habitual, não devemos esquecer a importante história do seu
desenvolvimento através do tempo.
Os irmãos Louis e Auguste Lumiére são inventores desta arte, devido a invenção da
fotografia. Um invento importante quanto esse não acontece sem ter havido
inúmeros experimentos, como a projeção. Leonardo da Vinci, no séc. XV Inventou a
câmera escura, que era uma caixa preta com um furo fechado por uma lente, por
onde passava a luz dos objetos que estavam fora. A imagem refletida no interior
dessa caixa era exatamente o inverso do que era visto por fora.
Até então, as academias de arte consideravam 6 tipos de arte: Pintura, escultura,
música, literatura, arquitetura e teatro. Com a nova invenção, o cinema ganha o
sétimo posto, se tornando a sétima arte. Teóricos e críticos franceses foram os
primeiros a designar esta modalidade como algo artístico em si.
Da primeira forma de cinema que foi a lanterna mágica, uma caixa com fontes de luz
e lente, podemos vivenciar inclusive em 3D a 4D esta arte de filmes.
6.4.2. Televisão
Internet: Pesquisas que desenvolvem uma rede de comunicação que possibilita rapidez
no compartilhamento de todas as áreas de conhecimento.
Síntese
Perante as construções analíticas desenvolvidas nesta unidade, percebemos a
extensão dos procedimentos da arte inicial e historicamente chegando aos
movimentos modernos.
Estas considerações poderão ser suportes como pano de fundo para instigar o
conhecimento. Esta leitura, aonde fatos históricos e sociológicos são apresentados
pode fortalecer a interpretação do produto Arte.
Esta experiência no terreno da invenção e da imaginação, que não vai parar e que
está em constante mudança. É esperado que você sinta a necessidade de continuar
descobrindo a arte e seu relacionamento com a cultura que circunda o nosso atual
cotidiano.
Bibliografia
KINDERSLEY,Dorling. Children's Book of Art: An Introduction to the World's Most
Amazing Paintings and Sculptures . Dorling Kindersley, 2019
JANSON, H.W.; JANSON, Anthony F. Iniciação à História da Arte. 2ª Ed. São Paulo:
Martins Fontes,1996.
ARGAN, Giulio Carlo. Arte Moderna: Do Iluminismo aos movimentos
contemporâneos . 6ª Ed.São Paulo: Companhia das Letras, 1992.
BRIOSCHI GABRIELA. Arte Hoje. São Paulo: Editora FTD S.A., 2003.CANTELE, Angela
Anitta; CANTELE Bruna Renata. Arte e Habilidade. 2ª Ed. São Paulo:IBEP,2013