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O Impressionismo pode ser considerado o primeiro

movimento distintamente moderna na pintura.

Desenvolveu-se em Paris na década de 1860, sua


influência se espalhou por toda a Europa e, eventualmente,
dos Estados Unidos.

Pintores impressionistas se esforçaram para romper com


as regras tradicionais de matéria, técnica e composição na
pintura, e criaram a seu próprio estilo.

Aproximadamente em 1874, Claude Monet e outros


pintores franceses que geralmente pintavam ao ar livre
para melhor observar os efeitos da luz sobre as pessoas,
objetos e paisagens, perceberam que as cores da natureza
se alteravam constantemente de acordo com a intensidade
da luz solar que incidia sobre elas.

Perceberam então, que podiam representar uma paisagem


não como objetos individuais com cores próprias, mas
como uma mistura de cores que se combinavam entre si.

Esta inovação na forma de pintar teve início com Edward


Manet (1832-1883) que utilizou em suas obras cores
vibrantes e luminosas, abandonando o método acadêmico
de suaves gradações de cores.

Ao se olhar uma obra impressionista de perto se vê


pinceladas separadas que produzem a sensação de
mancha sem contorno. Porém, ao se olhar de longe, as
pinceladas organizam-se em nossa retina criando formas e
luminosidade.
Porém, vários críticos de arte “atacavam” qualquer artista
que não seguisse os padrões estabelecidos pela Academia
e recusavam estas obras, então os artistas resolveram se
organizar e recorrer ao Imperador Napoleão III que sob
fortes protestos autorizou a realização de uma exposição
paralela a Oficial, chamada de Salão dos Recusados.
Depois desse Salão vários artistas passaram a organizar
suas próprias exposições.

Foram realizadas oito exposições gerais, em


1874/76/77/79, 1880/81/82/86.

A primeira ocorreu no atelier do fotógrafo Maurice Nadar;


relação importante pois a fotografia viera mudar os
conceitos da pintura realista.

Considerado um movimento anti-acadêmico e anti-


romântico, de início a denominação teve cunho pejorativo
pois foi utilizada pelo crítico de arte Louis Leroy após
contemplar a tela de Claude Monet “Impressão, sol
nascente”, achando-a mal acabada, em relação às obras
clássicas, ridicularizou-a, dizendo que estes artistas
contentam-se em dar apenas a “impressão” de uma
realidade.

Características
A natureza foi a fonte de inspiração dos impressionistas,
suas obras fixam um determinado instante, onde se
mesclam vários tons de luz e corAusência da linha, pois a
forma se distingue do espaço pela cor, ou pela mancha de
luz projetada sobre o corpo no espaço
As figuras são transformadas em massas coloridas, não
interessam os modelos, e sim as modificações que a luz vai
produzir neles
A cor é leve e transparente
O elemento predominante é a luz solar
Rejeitam os tradicionais temas mitológicos e imaginários,
buscando novas fontes de inspiração recorrem à paisagens
e cenas do cotidiano.

Seus principais representantes foram: Manet, Monet,


Renoir, Pissarro, Morisot, Degas, Bazille, Boudin, Cassat,
Cézanne, Gauguin, Serat, Signac, Lautrec e Vicent van
Gogh. Apesar de ter maior expressão na pintura,
influenciou alguns escultores como Edgar Degas (1834-
1917) e Auguste Rodin (1840-1917).

Rodin, nascido na mesma época, é considerado por muitos


historiadores um artista realista e apesar de não ter
participado do grupo impressionista recebeu algumas
influencias (exemplo: não dava o último acabamento as
obras, preferindo deixar algo para o a imaginação do
espectador).

Eliseu Visconti é considerado o introdutor do


impressionismo no Brasil, retratando paisagens cariocas,
fluminenses e cenas do tipo. Apesar de ser voltado para a
evolução técnica da arte européia, Visconti buscou os
temas a serem trabalhados no meio brasileiro (Delta
Universal, 1982).

Na definição de Eugéne Boudin impressionismo é o


“movimento que leva a pintura ao estudo da luz plena, do
ar livre e da sinceridade na reprodução dos efeitos do céu”
[Barsa. (1967), p.434]

Impressionismo – Pintores
Curiosamente, o termo Impressionismo foi inicialmente
atribuido a um grupo de jovens pintores com um tom
extremamente pejorativo. Estamos na segunda metade do
século XIX, e a grande evolução – quer a nível tecnológico
ou a nível cultural – centrava-se essencialmente em Paris,
no coração da Europa.

A cidade era um foco artístico onde de reuniam artistas das


mais variadíssimas origens para partilharem experiências e
aprendizagens.

O meio era o mais favorável possível à inovação,


registando dois fatores absolutamente fundamentais: a
invenção da fotografia e o início da produção e
comercialização de tintas preparadas quimicamente, em
bisnagas.

O gosto pela pintura proliferava e tornava-se mais


acessível a toda a gente, e é no meio desta atmosfera de
renovação própria de um sentimento de fin de siècle que
surgem os chamados “Recusados”.

Falamos de um grupo de pintores regularmente reunidos


em Montmartre, entre os quais Paul Cézanne, Edgar
Degas, Claude Monet, Edouard Manet, Henri de Toulouse-
Lautrec, Auguste Renoir, Georges Seurat, Alfred Sisley e
Camille Pissarro, sob uma espécie de orientação literária
de Guillaume Apollinaire.
Impressionismo
Edgar Degas, “La classe de danse”

Impressionismo
Claude Monet, “Impression – Sunrise”

O grupo partilhava uma intenção coletiva de inovação e


modernidade, mas dividiu-se sempre em percursos
individuais singulares. A possibilidade de se poder agora
registar a realidade e a Natureza com grande fidelidade
através da fotografia, foi um dos motivos que levou à
grande ruptura com a pintura tradicional académica
naturalista, desabrochando um gosto da prática da “arte
pela arte”… Pintar deveria ser agora uma atitude livre em
busca de prazer, a expressão direta da joie de vivre, e já
não apenas uma forma de representação do real.

Incentivava-se a produção ao ar livre, diretamente inspirada


pela beleza efémera das paisagens, e na verdade o que
interessava agora era apenas captar precisamente a
fugacidade desses momentos transitórios numa ou duas
pinceladas…

Cresceu um verdadeiro interesse pelo ritmo da vida


quotidiana em constante movimento, ao tomar-se a
consciência de que toda a realidade é efetivamente
efémera, na medida em que a luz que se transforma ao
longio do dia vai transformando também as coisas que
ilumina.
É por isso que os pintores impressionistas escolhem
sempre os temas mais simples da vida quotidiano para
pintar, porque o motivo é apenas um pretexto para as
experiências cromáticas, os efeitos de luz e cor, as
impressões de um momento perdido no tempo…

Claude Monet é aqui uma espécie de pioneiro.

Durante uma exposição do grupo referido no Salão de


Paris, Monet apresentou um quadro cujo nome era
“Impressão: Sol nascente”.

Este ficou conhecido como o “Salão dos Recusados”, na


medida em que as obras foram grande motivo de chacota
em toda a exposição, sendo os seus autores apontados
como ridículos, por uma burguesia perfeitamente
desprovida de uma visão que lhe permitisse compreender a
dimensão da beleza que tinha perante si.

Mesmo a crítica mostrou-se austera e implacável, utilizando


o título do quadro de Monet para apelidar o grupo de “estes
impressionistas”, com um carácter extremamente
depreciativo. No entanto, a beleza chegou-nos até hoje e a
noção de “impressão” já não nos parece tão absurda ou
ridícula.

Há uma certa delícia em contenplar as delicadas bailarinas


de Degas como se voassem, a inocência das meninas com
flores de Renoir, a mordacidade dos nus de Manet, e muito
particularmente a inteligência construtiva das naturezas-
mortas de Cézanne.
Este, ao defender que todas as formas da Natureza se
baseavam nas formas dos cones, cilindros e esferas,
adoptou uma esquematização geométrica na sua pintura
que serviu de mote das investigações de muitos pintores
posteriores, sendo então considerado o “pai do Cubismo”.

Impressionismo -1863-1926
O Impressionismo dá seus primeiros passos em 1874, no
ateliê do fotógrafo Nadar, durante a apresentação de um
grupo de artistas independentes.

Esse termo estranho, revelado desde o salão dos


Recusados, em 1863, conquista o mundo artístico. Durante
uma década (1874-1884) essa nova pintura, em reação à
pintura realista e clássica do Segundo Império, revoluciona
os salões e as galerias.

Ela traduz as impressões fugidias, as nuances do


sentimento em pinceladas, uma certa recepção das cores
fora das normas convencionais. É preciso esperar pela
morte de Claude Monet, em 1926, para compreender toda
a evolução desse movimento artístico, célebre desde
então.

Os Impressionistas viajam, traduzem as paisagens da Ile-


de-France, da Bretanha, do Languedoc meridional e da
Europa.

Eles são, entre os mais comuns: Edouard Manet, Auguste


Renoir, Edgar Degas, Claude Monet, Alfred Sisley, Paul
Cézanne, Eugène Boudin e depois também Armand
Guillaumin, Frédéric Bazille, Camille Pissaro, Berthe
Morisot. Movimentos paralelos a essa escola acontecem no
exterior.

Uma nova orientação tomará conta dos salões no Pós-


impressionismo, com os Pontilhistas e Georges Seurat, a
escola de Pont-Aven e Paul Gauguin, os Nabis e Henri de
Toulouse-Lautrec, o início do Expressionismo e Vincent
Van Gogh.

Alguns Impressionistas acabarão na miséria, mas os


museus estrangeiros disputam suas obras a qualquer preço
hoje em dia.

Alguns Artistas

Os Impressionistas

Camille Pissarro (1830-1903)


Edgar Degas (1834-1917)
Alfred Sisley (1839-1899)
Claude Monet (1840-1926)
Frédéric Bazille (1841-1870)
Pierre-Auguste Renoir (1841-1919)
Berthe Morizot (1841-1895)
Gustave Caillebotte (1848-1894)

Os Néo-Impressionistas (pointillistes)
Georges-Pierre Seurat (1859-1891)
Paul Signac (1863-1935)
Henri-Edmond Cross (1856-1910)

Os Pos-Impressionistas

Paul Cézanne (1839-1906)


Paul Gauguin (1848-1903)
Vincent Van Gogh (1853-1890)

Recebe o nome de impressionismo a corrente artística que


surgiu na França, principalmente na pintura, por volta do
ano de 1870.

Esse movimento, de cunho anti academicista, propõe o


abandono das técnicas e temas tradicionais, saindo dos
ateliês iluminados artificialmente para resgatar ao ar livre a
natureza, tal como ela se mostrava aos seus olhos,
segundo eles, como uma soma de cores fundidas na
atmosfera. Assim, o nome impressionismo não foi casual.

O crítico Louis Leroy, na primeira exposição do grupo do


café Guerbois (onde os pintores se reuniam), ao ver a obra
de Monet, Impressão, Sol Nascente, começou
sarcasticamente a chamar esses artistas de
impressionistas.
Criticados, recusados e incompreendidos, as exposições
de suas obras criavam uma expectativa muito grande nos
círculos intelectuais de Paris, que não conseguiam
compreender e aceitar seus quadros, nos quais
estranhavam o naturalismo acadêmico.

São duas as fontes mais importantes do impressionismo: a


fotografia e as gravuras japonesas (ukiyo-e). A primeira
alcançou o auge em fins do século XIX e se revelava o
método ideal de captação de um determinado momento, o
que era uma preocupação principalmente para os
impressionistas.

As segundas, introduzidas na França com a reabertura dos


portos japoneses ao Ocidente, propunham uma temática
urbana de acontecimentos cotidianos, realizados em
pinturas planas, sem perspectiva.

Os representantes mais importantes do impressionismo


foram: Manet, Monet, Renoir, Degas e Gauguin.

No restante da Europa isso ocorreu posteriormente.

Ao impressionismo seguiram-se vários movimentos,


representados por pintores igualmente importantes e com
teorias muito pessoais, como o pós-impressionismo (Van
Gogh, Cézanne), o simbolismo (Moreau, Redon), e o
fauvismo (Matisse, Vlaminck, Derain, entre outros) e o
retorno ao princípio, ou seja, à arte primitiva (Gauguin).
Todos apostavam na pureza cromática, sem divisões de
luz.
A própria escultura deste período também pode ser
considerada impressionista, já que, de fato, os escultores
tentaram uma nova maneira de plasmar a realidade.

É o tempo das esculturas inacabadas de Rodin, inspiradas


em Michelangelo, e dos esboços dinâmicos de Carpeaux,
com resquícios do rococó.

Já não interessava a superfície polida e transparente das


ninfas delicadas de Canova. Tratava-se de desnudar o
coração da pedra para demonstrar o trabalho do artista,
novo personagem da estatuária.

PINTURA NO IMPRESSIONISMO
O que mais interessou aos pintores impressionistas foi a
captação momentânea da luz na atmosfera e sua influência
nas cores. Já não existiam a linha, ou os contornos, nem
tampouco a perspectiva, a não ser a que lhes fornecia a
disposição da luz.

A poucos centímetros da tela, um quadro impressionista é


visto como um amontoado de manchas de tinta, ao passo
que à distância as cores se organizam opticamente e criam
formas e efeitos luminosos.

Os primeiros estudos sobre a incidência da luz nas cores


foram realizados pelo pintor Corot, modelo para muitos
impressionistas e mestres da escola de Barbizon. Tentando
plasmar as cores ao natural, os impressionistas
começaram a trabalhar ao ar livre para captarem a luz e as
cores exatamente como elas se apresentam na realidade.
A temática de seus quadros se aproximava mais das cenas
urbanas em parques e praças do que das paisagens,
embora cada pintor tivesse seus motivos prediletos.

Reunidos em Argenteuil, Manet, Sisley, Pissarro e Monet


fizeram experiências principalmente com a representação
da natureza por meio das cores e da luz. Logo chegaram à
expressão máxima do pictórico (a cor) diante do linear (o
desenho).

Como nunca, a luz tornou-se protagonista e atingiu uma


solidez ainda maior do que a que se vê nos quadros de
Velázquez, nas pinceladas truncadas e soltas de Hals ou
no colorido de Giorgione, reinterpretada de modo
inteiramente antiacadêmica.

Mais tarde surgiriam os chamados pós-impressionistas,


que não formaram nenhum grupo concreto e cujos
trabalhos eram bem mais diferenciados: Cézanne e seu
estudo dos volumes e formas puras; Seurat, com seu
cromatismo científico; Gauguin, cujos estudos sobre a cor
precederam os fauvistas; e Van Gogh, que introduziu o
valor das cores como força expressiva do artista.

O líder do grupo fauvista foi Matisse, que partiu do estudo


dos impressionistas e pós-impressionistas, de quem herdou
sua obsessão pela cor.Junto com ele, Vlaminck e Derain, o
primeiro totalmente independente e fascinado pela obra de
Van Gogh, e o segundo a meio caminho entre os
simbolistas e o realismo dos anos 20. O grupo se
completava com os pintores Dufy, Marquet, Manguin, Van
Dongen e um Braque pré-cubista.

Esse movimento chegou ao ápice em 1907.


ESCULTURA IMPRESSIONISTA
A exemplo da pintura, a escultura do fim do século XIX
tentou renovar totalmente sua linguagem. Foram três os
conceitos básicos dessa nova estatuária: a fusão da luz e
das sombras, a ambição de obter estátuas visíveis a partir
do maior número possível de ângulos e a obra inacabada,
como exemplo ideal do processo criativo do artista. Os
temas da escultura impressionista, como de resto da
pintura, surgiram do ambiente cotidiano e da literatura
clássica em voga na época.

Rodin e Hildebrand foram, em parte, os responsáveis por


essa nova estatuária – o primeiro com sua obra e o
segundo, com suas teorias. Igualmente importantes foram
as contribuições do escultor Carpeaux, que retomou a
vivacidade e a opulência do estilo rococó, mas distribuindo
com habilidade luzes e sombras.

A aceitação de seus esboços pelo público animou


Carpeaux a deixar sem polimento a superfície de suas
obras, o que foi depois fundamental para as esculturas
inacabadas de Rodin.

Rodin considerava O Escravo, que Michelangelo não


terminou, a obra em que a ação do escultor melhor se
refletia. Por isso achou tão interessantes os esboços de
Carpeaux, começando então a exibir obras inacabadas.

Outros escultores foram Dalou e Meunier, a quem se deve


a revalorização dos temas populares. Operários,
camponeses, mulheres realizando atividades domésticas,
todos faziam parte do novo álbum de personagens da nova
estética.

Impressionismo – Movimento
Movimento das artes plásticas que se desenvolve na
pintura entre 1870 e 1880, na França, no fim do século, e
influencia a música.

É o marco da arte moderna porque é o início do caminho


rumo à abstração. Embora mantenha temas do realismo,
não se propõe a fazer denúncia social.

Retrata paisagens urbanas e suburbanas, como o


naturalismo.

A diferença está na abordagem estética: os impressionistas


parecem apreender o instante em que a ação está
acontecendo, criando novas maneiras de captar a luz e as
cores. Nessa tendência a mostrar situações naturais há
influência da fotografia, nascida em 1827.

A primeira exposição pública impressionista é realizada em


1874, em Paris.

Entre os expositores está Claude Monet, autor de


Impressão: o Nascer do Sol (1872), tela que dá nome ao
movimento.

Outros expoentes são os franceses Édouard Manet (1832-


1883), Auguste Renoir (1841-1919), Alfred Sisley (1839-
1899), Edgar Degas (1834-1917) e Camille Pissarro (1830-
1903). Para inovar a forma de pintar a luminosidade e as
cores, os artistas dão enorme importância à luz natural.

Nos quadros são comuns cenas passadas à beira do rio


Sena em jardins, cafés, teatros e festas. O que está pintado
é um instante de algo em permanente mutação.

Com a dispersão do grupo, alguns artistas tentam superar


as propostas básicas do movimento, desenvolvendo
diferentes tendências, agrupadas sob o nome de pós-
impressionismo.

Nessa linha estão os franceses Paul Cézanne e Paul


Gauguin (1848-1903), o holandês Vincent van Gogh e os
neo-impressionistas, como os franceses Georges Seurat
(1859-1891) e Paul Signac (1863-1935).

Pós-impressionismo

Influenciados pelos conhecimentos científicos sobre a


refração da luz, os neo-impressionistas criam o pontilhismo
ou divisionismo. Os tons são divididos em semitons e
lançados na tela em pequeninos pontos visíveis de perto,
que se fundem na visão do espectador de acordo com a
distância em que se coloca.

A preocupação em captar um instante dá lugar ao interesse


pela fixação das cenas obtida pela subdivisão das cores.
Como resultado, elas tendem a exibir um caráter estático.
Um exemplo é Uma Tarde de Domingo na Ilha da Grande-
Jatte, de Seurat.
Embora inicialmente ligado ao impressionismo, Cézanne
desenvolve uma pintura que será precursora do cubismo.
Van Gogh alia-se ao expressionismo, enquanto Gauguin dá
ao impressionismo uma dimensão simbólica que influencia
o simbolismo e o expressionismo.

Música

As idéias do impressionismo são adotadas pela música por


volta de 1890, na França. As obras se propõem a
descrever imagens e várias peças têm nomes ligados a
paisagens, como Reflexos na Água, do compositor francês
Claude Debussy (1862-1918), pioneiro domovimento.

O impressionismo abandona a música tonal – estruturada a


partir da eleição de uma das 12 notas da escala (as sete
básicas e os semitons) – como principal.

Sustenta-se nas escalas modais (definidas a partir da


recombinação de um conjunto de notas eleito como básico
para as melodias de uma cultura) vindas do Oriente, da
música popular européia e da Idade Média.

A obra de Debussy é marcada por sua proximidade com


poetas do simbolismo. Prelúdio para a Tarde de um Fauno,
considerado marco do impressionismo musical, ilustra um
poema do simbolista Stéphane Mallarmé.

Na ópera, Debussy rejeita o formalismo e a linearidade,


como em Pelléas et Mélisande. Outro grande nome é o
francês Maurice Ravel (1875-1937), autor de A Valsa e
Bolero.

IMPRESSIONISMO NO BRASIL

Nas artes plásticas há tendências impressionistas em


algumas obras de Eliseu Visconti (1866-1944), Georgina de
Albuquerque (1885-1962) e Lucílio de Albuquerque (1877-
1939). Uma das telas de Visconti em que é evidente essa
influência é Esperança (Carrinho de Criança), de 1916.

Características pós-impressionistas estão em obras de


Eliseu Visconti, João Timóteo da Costa (1879-1930) e nas
primeiras telas de Anita Malfatti, como O Farol (1915).

O impressionismo funciona como base da música


nacionalista, como a que é desenvolvida no Brasil por
Heitor Villa-Lobos.

Impressionismo – Movimento Artístico


O movimento conhecido como Impressionismo marcou a
primeira revolução artística total desde a Renascença.

Nascido na França no início dos anos 1860, durou apenas


até 1886. Mas determinou o curso da maior parte da arte
que se seguiu.

O Impressionismo rejeitou a tradição, deixando de usar


sistematicamente a perspectiva, a composição equilibrada,
as figuras idealizadas e principalmente o chiaroscuro da
Renascença. Ao invés disto, os impressionistas
representaram sensações visuais imediatas através da cor
e da luz.

Seu principal objetivo era apresentar uma “impressão” da


luz sobre tudo. Perceberam que a cor não é uma
característica intrínseca e permanente, mas muda
constantemente de acordo com os efeitos da luz, do reflexo
ou do clima sobre a superfície do objeto.

Para mostrar estas qualidades voláteis da luz, eles criaram


uma pincelada distinta, curta, pontual; borrões irregulares
que vibravam energia como o brilho da luz sobre a água. A
uma certa distância, porém, estes borrões e manchas se
fundiam dando formas mais ou menos definidas de objetos
ou qualquer outra coisa retratada.

ARTISTA TEMAS CORES ESTILO


MANET Atualizou temas dos antigos mestres, pintou
cenas contemporâneas com visão crítica. Manchas
escuras contra a luz; usava o preto.
fase final: colorido Formas simplificadas com um mínimo
de modelo, manchas de cor chapada com contorno preto.
MONET Paisagens marinhas, séries sobre papoulas,
rochedos, montes de feno, Catedral de Rouen, ninféias
Tons solares, cores primárias puras ( sombras
coloridas com cores complementares ) Dissolvia a forma
em luz e clima, contornos suaves, ar impressionista
clássico
RENOIR Nus femininos com pele de pêssego, o café-
society, crianças, flores vermelhos ricos, cores primárias,
sem preto, usava o azul no lugar Início: pinceladas
rápidas, figuras manchadas
final: estilo mais clássico, nus solidamente formados
DEGAS Pastel de figuras humanas: bailarinas, corridas
de cavalos, café-society, lavadeiras, circo, nus no banho
Tons vistosos no início
tons pastel no final Ângulos não convencionais com figuras
amontoadas na beira da tela, composição assimétrica com
vazio no centro
CONTRIBUIÇÕES

Depois do Impressionismo, a pintura nunca mais seria a


mesma. Os pintores do século XX ou expandiram sua
prática ou reagiram contra ela. Desafiando a convenção,
esses rebeldes estabeleceram o direito do artista de
experimentar com estilo pessoal. Acima de tudo, permitiram
que a luz da natureza e a vida moderna brilhassem através
das sombrias tradições seculares.

Os princípios básicos da pintura impressionista são os


seguintes:

1. A COR É UMA QUALIDADE PERMANENTE NA


NATUREZA: As tonalidades estão sempre mudando. A cor
resulta, portanto, da luz que os corpos recebem. A cor de
um objeto muda do amanhecer ao anoitecer, pois depende
do ângulo de incidência dos raios solares.

2. A LINHA NÃO EXISTE NA NATUREZA: A linha é uma


abstração criada pelo espírito do homem, para representar
as imagens visuais. A linha para o impressionista é dada
pelo encontro de duas superfícies coloridas de tonalidades
diferentes. A linha não é o contorno. Ele passa a ser
impreciso ou diluído, parecendo uma fotografia fora de
foco.

3. AS SOMBRAS NÃO SÃO PRETAS, NEM ESCURAS,


SÃO LUMINOSAS E COLORIDAS: Para os
impressionistas, uma sombra preta ou escura não era
aceitável, pois tudo está banhado pela luz solar. E onde há
luz não há a cor preta, pois o negro é a ausência completa
de luz.

4. A APLICAÇÃO DOS REFLEXOS LUMINOSOS OU DO


CONTRASTE DAS CORES: As cores se influenciam
reciprocamente, obedecendo à lei das complementares. A
complementar de uma cor é outra cor que a torna mais
pura, intensa e vibrante, quando justaposta ou aproximada.

Então temos: A complementar do vermelho é o verde e


vice-versa. A complementar do amarelo é o violeta. A
complementar do azul é o laranja. Normalmente os
impressionistas usavam complementares nas sombras em
contraste com as partes iluminadas.

5. A DISSOCIAÇÃO DAS TONALIDADES OU A MISTURA


ÓTICA DAS CORES – PONTILHISMO: Para obter leveza e
brilho das cores, os pintores impressionistas resolveram
produzir as cores conforme a natureza as produz à luz do
sol.

A luz branca contém sete cores: azul, vermelho, amarelo,


verde, laranja, violeta e índigo. Os pintores resolveram
produzir as cores misturando as cores primárias, juntando
duas pinceladas.
Por exemplo: misturar o azul e o amarelo para produzir o
verde. Eles dissociavam a cor, dividiam as cores e davam
pinceladas miudinhas para alcanças a cor desejada.

Os Impressionistas
Em 1874 preparava-se, no estúdio do fotógrafo Nadar, em
Paris, uma exposição de pintores jovens, insatisfeitos com
o clima restrito e acadêmico da pintura oficial. Eram artistas
que procuravam seus próprios caminhos.

Edmond Renoir, irmão de um deles, estava encarregado de


preparar o catálogo da exposição e, por causa da
monotonia dos títulos dos quadros, apresentou uma tela de
Monet com o nome Impressão: Nascer do Sol. No dia
seguinte, um crítico do “Jornal Charivari” falava
ironicamente do acontecimento, tachando-o de “exposição
dos impressionistas”.

Nascia, assim, uma denominação que se tornaria famosa


no mundo todo: O IMPRESSIONISMO.

O impressionismo foi o movimento mais revolucionário


desde a renascença. Adotou novos processos técnicos
para transmiti-la adequadamente, demonstrando assim,
perfeita coerência estilística, sempre encontradas nas
concepções de arte autênticas e inovadoras.

Monet, Renoir, Manet, Degas, Sisley e Pissarro são as


grandes figuras dessa corrente artística que, apesar de
combatida pela crítica e pelo público da época, que os
considerava falsos artistas, ignorantes das regras
tradicionais da pintura e dos princípios da verdadeira
beleza e, hoje, é reconhecida como a mais rica, a mais
bela, a mais completa, a mais inovadora e extraordinária
experiência da arte figurativa do século XIX.

A novidade do impressionismo não está apenas no estilo e


na técnica pictórica, mas constitui também uma nova
atitude do artista frente ao mundo e ao espetáculo natural
que se oferece aos seus olhos.

Para o impressionista não existem preconceitos formais,


culturais ou literários; ele é livre para representar qualquer
aspecto da realidade, obedecendo unicamente aos seus
sentimentos. O equilíbrio entre a verdade visível das coisas
e o sentimento lírico por elas provocado é a amais alta
conquista do impressionismo.

O entusiasmo criativo do pintor manifesta-se no canto


apaixonado à inesgotável beleza do mundo. A pintura ao
“ar livre” é a grande descoberta desses artistas, que
passam os dias fora do estúdio, exaltados diante da
incessante mutação da luz e das cores nas árvores, na
água, no céu, nas flores e, mesmo, na figura humana. È o
brilho das luzes que gera a alegria cheia de cores em suas
telas, orientadas por uma visão espontânea e poética.

A imóvel leveza das paisagens pintadas por Daubigny é


substituída pelo inexorável fluxo da vida, apresentada na
sua contínua variedade de aspectos.

A quieta contemplação de Corot cede lugar à relação direta


com a natureza, e a fé absoluta na objetividade das coisas
– uma característica de Coubert – transforma-se num
tratamento mais subjetivo, numa interpretação mais
sentimental da natureza.

Na França, apesar da nova tentativa do proletariado de


manter-se no poder – durante o episódio da Comuna de
Paris, em 1871 – o predomínio da alta burguesia mantém-
se inalterado em seus aspectos fundamentais, e uma
república vem logo substituir o império.

A vida econômica, na época, alcança o estágio do


capitalismo perfeitamente organizado e racionalizado. Em
conseqüência, verifica-se o aprimoramento técnico em
todos os setores, graças ao incentivo permanente que as
indústrias dão a toda e qualquer inovação.

Nesse clima de desenvolvimento, o impressionismo afirma-


se como escola, desvinculando-se do realismo, desde o
momento em que adotada como ideal a representação do
dinamismo crescente da época, através de uma nova
técnica pictórica.

A tentativa declarada dos impressionistas de criar uma


expressão totalmente inovadora, em relação a tudo que os
precedeu, não deixa de ser o reflexo da mentalidade
econômica predominante. Imperava o desejo, muitas vezes
sem sentido, de substituir tudo, até objetos de uso diário,
por coisas novas.

Somente dessa maneira, o público consumidor poderia


absorver a grande produção de objetos de toda espécie e
função. O gosto febril pela novidade origina um dinamismo
sem precedente na atitude adotada frente à vida. é, sem
dúvida alguma, o impressionismo é a perfeita expressão
desse novo sentimento.

Transforma-se no ato de desvendamento dessa sociedade


em constante transformação. O progresso da técnica
ocasiona a mudança dos centros de cultura para as
grandes cidades, e o impressionismo, é, portanto,
essencialmente uma arte citadina.

O artista é agora aquele que representa as impressões


exteriores com os nervos exaltados do homem moderno,
descrevendo as sensações súbitas e sempre efêmeras.
Não só por seus temas citadinos como pela técnica
pictórica inteiramente nova, oimpressionismo é uma das
mais significativas manifestações da pintura ocidental, pois
representa a vitória definitiva da tendência dinâmica sobre
a imagem estática do mundo medieval.

O homem moderno concebe toda a sua existência como


luta e competição; passa a ter plena consciência do caráter
mutável das coisas, percebendo que todo o fenômeno é
passageiro e único. Os impressionistas, na tentativa de
captar exatamente esse aspecto de transitoriedade da vida
e do mundo, emprestam à realidade o caráter de
inacabado.

A imagem objetiva que se pode ter, ou seja, o


conhecimento adquirido sobre as coisas, é substituída pela
reprodução do ato subjetivo da percepção. Em outras
palavras, a pintura representa aquilo que se vê e não o que
se conhece.
Os pintores abandonam os estúdios para pintar ao ar livre,
captando melhor a realidade da transição. A luz, o ar, a
decomposição da cor em manchas e pontos são
representados por pinceladas abertas e soltas, de desenho
rápido onde somente o esboço e o improviso aparecem. Os
impressionistas, no anseio de representar a transitoriedade
das coisas, anseio que gradativamente se torna uma
necessidade vital, impõe barreiras àquilo que chamam de
“cor mental”, aquela que habitualmente é associada com
objetos e nada mais é do que o produto da experiência, do
costume.

A impressão concreta, adquirida por meio da percepção


imediata, pode realizar-se completamente se não houver
interferência dessa “cor mental”. Portanto, eles não
mostram as cores como qualidades concretas, ligadas a
este ou àquele objeto, mas como fenômenos cromáticos,
abstratos, incorpóreos e imateriais.

A revolução está no fato de os impressionistas observarem


a luz do sol, procurando fixar as alterações das cores da
natureza. Os impressionistas queriam apenas transmitir
liricamente as sensações visuais dos feéricos e fugitivos
efeitos coloridos da luminosidade solar diretamente
observados e fixados.

Outro fator de grande importância contribuiu para modificar


a maneira de os pintores representarem o mundo: a
FOTOGRAFIA.

Através dela, é possível obter a reprodução fiel e objetiva


da realidade , num curto espaço de tempo e, acima de
tudo, sem que seja necessária a criatividade do artista
plástico. Até esse momento, a arte estava tentando
aproximar-se o mais possível de uma representação
realista, mas essa intenção é frustada pelo novo invento.

Agora os pintores buscam outro caminho: captar a


realidade naquilo que ela possui de essencial e não apenas
na sua aparência.

O impressionismo é, portanto, a solução que abre,


definitivamente, novos horizontes para a arte moderna.

Os Impressionistas Rompem Antigos Preceitos


Subvertendo a ordem estabelecida pelos que os
precederam, os impressionistas realizam, em fins do século
XIX, uma das tentativas mais sérias de explorar o mundo
visível através da arte. Buscando, acima de tudo, a
revelação de novas imagens, não se contentam
simplesmente em reproduzir a realidade.

Quebram de uma vez com os antigos preceitos: ordenar o


mundo a partir do modelo convencional, obedecer à
simetria e proporção ditadas por um julgamento racional.

No impressionismo, as paisagens são examinadas,


estudadas e sentidas tão somente pelos olhos do artista
que, inteiramente livre de conceitos geométricos, irá
obedecer apenas à sua percepção sensorial no momento
de reproduzir o que viu.

Essa tendência para a liberdade de expressão causa, na


época de seu aparecimento, inúmeras polêmicas e críticas.
Apesar disso, é grande o número de artistas que acaba
aderindo à nova maneira de observar e pintar as coisas.

Seguindo o exemplo das figuras mais importantes do


movimento, como Monet, Renoir, Degas e Manet, vão
surgindo cada vez mais adeptos do impressionismo, entre
eles nomes que se tornariam famosos, como Alfred Sisley,
Camille Pissarro, Berthe Morisot, Mary Cassat e Eva
Gonzalès.

Princípios da Pintura Impressionista

A cor não é uma qualidade permanente na natureza,


porque suas tonalidades estão constantemente mudando,
sob a ação da luz solar.
A linha não existe na natureza, é uma abstração criada
pelo espírito do homem para representar suas imagens
visuais
As sombras não são pretas nem escuras como foram
convencionalmente representadas no passado, mas
luminosas e coloridas
A aplicação dos contrastes das cores, com reflexos
luminosos, segundo a lei das complementares
A dissociação ou mistura ótica das cores em substituição à
mistura das tintas na paleta – pontilhismo, divisionismo ou
neo-impressionismo.

Características Gerais

Inspiração realista, pinta somente o que vê


Caráter eminentemente visual, não se interessa pelos
valores subjetivos, psicológicos ou intelectuais, o
impressionista é considerado um artista alienado dos
problemas sociais
Natureza científica resultante de simples intuição artística,
a princípio é comprovado por investigação no campo da
física e química.
Concepção dinâmica do Universo pelo constante fluir de
luzes e cores, dinâmica do universo sob incessantes
transformações. Para o impressionista nada existe na
realidade de permanente estático.

Como Trabalha um Impressionista

O pintor impressionista não está, a rigor, interessado no


modelo como ser humano, isto é, no seu delicado
complexo contexto de realidades materiais e espirituais.
Suas intenções artísticas diante de uma pessoa, serão
praticamente as mesmas diante de uma árvore, de um
lago, de uma praia, porque sua preocupação exclusiva será
observar e fixar as constantes e sutis modificações que a
luz do sol produz nas cores da natureza.

Coloca seu atelier ao ar livre, numa varanda, num terraço,


num jardim, para que se possa receber diretamente a luz
do sol. Esses pintores são os chamados PLEIN AIR, ao ar
livre. Inovaram no modo de pintar, desenhar e pincelar.
Chocam, naturalmente, a sensibilidade conservadora de
outros artistas, da crítica e do público parisiense.

Observar e fixar a luminosidade solar dos seus efeitos não


constitui novidades absolutas na história da pintura, isto já
havia sido intuitivamente feito por diversos artistas do
passado, dentro os quais, deve ser citado em primeiro
lugar, LEONARDO DA VINCI (1452-1519), lúcido e
infatigável, pesquisador da natureza. A originalidade dos
impressionistas, está no fato de terem sistematizado estas
observações, transformando-as numa teoria da luz e cor,
realmente revolucionária e inovadora, em relação às
concepções tradicionais que vinham da renascença ,e
ainda dominavam na cultura européia da segunda metade
do século XIX.

Os Pontos Invadem as Telas

Ávidos de teorias que possam servir de base sólida para as


suas realizações, os impressionistas tentam buscar na
ciência novas técnicas e princípios de composição. Por
volta de 1884, a espontaneidade do estilo das luzes e cores
do impressionismo é ameaçada. O neo-impressionismo ou
divisionismo começa a substituí-lo.

O novo movimento é, paradoxalmente, a continuação e a


negação do impressionismo. Baseia-se ainda na cor como
elemento principal, mas sugere sua aplicação dentro de um
critério mais racional. O divisionismo apoia-se, acima de
tudo, no conhecimento científico da cor, na divisão
sistemática das cores puras e na fusão óptica dos
pigmentos.

As cores puras são amplamente utilizadas, como a técnica


das pinceladas em forma de pontos, cujas dimensões
variam de acordo com a distância que delas deverá ficar o
observador.
Embora não obedeçam apenas à percepção sensorial, os
divisionistas não abandonam por completo as normas do
impressionismo. Pelo contrário, procuram explorar ao
máximo as conquistas da cor daquele estilo, a fim de
emprega-las, daí por diante, racionalmente. A composição
torna-se elemento de fundamental importância.

Já não recebe um tratamento meramente ocasional: a


intuição é substituída pelo método e pela reflexão. A
expressão dos sentimentos continua a ter a sua
importância, mas deve, agora, apoiar-se em teorias exatas
e técnicas racionais.

Essa tendência revela, de certo modo, a preocupação dos


pintores do fim do século XIX em colocar o
desenvolvimento artístico paralelo ao científico, que passa
por grandes transformações.

Um dos maiores representantes do divisionismo é também


o seu iniciador, Georges Seurat (1859-1891). O primeiro
trabalho divisionista de Seurat exposto ao público, Um
domingo na Grande Jatte, apresenta uma violência de
contrastes jamais empregada pelos contemporâneos.

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