Você está na página 1de 3

SALVE, SALVE A MULHER BALZAQUIANA

Esse é um artigo que eu “faria” a maior questão que “fosse” livre, aberto, sem máscaras, muito
menos que tivesse ligado aos enlaces do ‘tabu’, quiçá rotulado como pornográfico, ou algo do
gênero, mas como determina a elegância dos textos livres que têm nudez frontal, preciso,
além de advertir de tais distintivos, prevenir que é um texto exclusivo para público com ‘mais
de 18 anos de idade’, somente por causa da foto, portanto, uma vez advertido, as fotos
reaparecerão ao final sem tarjas, sem disfarces, para o júbilo incontestável da verdadeira
beleza corporal feminina!

Eu não canso de citar que a ninfeta, aquela mocinha jovem, que desponta na vida adulta, tem
mais do que a obrigação de ser charmosa, linda e sensual, pelo menos por essas bandas do
Mundo, onde o apelo sexual está estampado em tudo, e em quase todos. Mas quando essa
‘moça’ atinge uma idade em que podemos rotulá-la de “balzaquiana”, ou “idade da loba”,
período em que a mulher fica mais ativa, madura, livre, e até mesmo voraz do ponto de vista
sexual, se ela não se cuidar, física e mentalmente, todo aquele charme tende a fadigar.

Somente para o registro meramente acadêmico, “balzaquiana” é uma expressão atribuída a


Honoré de Balzac, depois de sua célebre publicação em 1831 “A Mulher de Trinta Anos”, que
na época, uma mulher de trinta e poucos anos, era uma senhora respeitadíssima, mãe, muitas
das vezes até avó. Anos mais tarde, o termo “balzaquiana” passou a ser atribuído as mulheres
que estivessem chegando aos quarenta.

No livro “A Mulher de Trinta Anos”, Balzac faz defesa de que essas mulheres atingem um
estado emocional muito mais delicado e compreensível, podendo viver o amor com maior
perfeição, e expõe de uma forma magnífica, a imagem de sua personagem Júlia, como o
grande exemplo da mulher mal casada, acumulando anos de infelicidade, que encontra o seu
grande amor, Carlos, para viverem juntos todos os limites permissíveis entre o amor e o sexo
com muito amor e imaginação.

Depois dos 18 anos, é quase uma unanimidade que as mulheres atuais queiram ter tudo aquilo
que as redes sociais mais exigem delas, para poderem sentir os benefícios dos holofotes,
portanto, quanto mais expuserem seios, bundas, coxas, e muitas vezes, quanto menos
cobrirem a vulva, ou até mesmo delineá-las em roupas coladas, mais visibilidade terão perante
a todos os públicos, inclusive o público que faz juízo de valor. Esse período quase probatório,
limita-se justamente no final do que se chama de “juventude”, até o ingresso nesse rol de
Honoré de Balzac, depois dos trinta, antes dos quarenta.

Muitos são os desafios da mulher para atravessar esses limites temporais, sem ter que desistir
de alguns sonhos, como o próprio sonho de amar verdadeiramente, onde tudo que se busca é
ser verdadeiramente amada.

Depois do rompimento dos 40 anos, podemos observar que encontramos cada vez menos as
mulheres verdadeiramente charmosas, e isso ocorre, infelizmente, porque grande parte das
pessoas desse grupo etário, sucumbem diante da perversidade imposta pelo Mundo. Elas
precisam dividir o tempo entre os afazeres domésticos, o trabalho externo, e muitas ainda tem
que cuidar dos filhos de seus filhos, restando alguns segundo, ou nada, para elas se dedicarem
a si próprias.
O mesmo Honoré da Balzac disse em sua obra que “É mais fácil ser amante do que marido,
pois é mais fácil dizer coisas bonitas de vez em quando do que ser espirituoso dias e anos a
fio!”, e isso mostra a contradição entre a valorização da mulher, e o estado físico e mental ao
qual ela é submetida pelos caprichos de alguns homens perversos.

Eu reafirmo que a mulher não precisa de um amante para ser feliz, para ouvir coisas
românticas. A mulher precisa de alguém que a enxergue como parte importante de um
processo de obtenção da felicidade. Se o homem só pronunciasse coisas lindas as suas
amantes, seria a hora de decretarmos a falência completa do casamento, e não atribuirmos
culpa a mulher casada, e com outra frase de Balzac, “O homem começa a morrer na idade em
que perde o entusiasmo”, é fato que a mulher balzaquiana deixa de ser interessante, somente
para a qualidade de homem que é cadáver putrefato, mas nem sabe!

Essa semana eu recebi um “release” do fotógrafo catalão, que aos 60 anos, via de regra produz
imagens eróticas lindíssimas, inclusive, da sua esposa de 58 anos, a exuberante Rose, que
ainda para o trânsito com suas curvas estonteantes, e seu sorriso quase sempre enigmático.

Rose aparece em uma relação de mais de 300 fotografias do marido e artista, e ele faz questão
de dizer que sua musa inspiradora é o grande atrativo da sua libido em mais de 30 anos de
casamento, e nesse caso específico, vi dois fatos raríssimos: uma mulher com mais de 50
posando nua tão à vontade, e além de posar nua, foi fotografada pelo próprio marido.

É óbvio que muitos podem dizer que é fácil, expor um corpo atraente como o da Rose, e eu
rebato dizendo que todo corpo (feminino) é atraente, só precisamos encontrar a lente certa
para atribuir valor a imagem, e perceber a nota poética que cada um deles tem em especial.

Percebi nas fotos que Rose tem uma carga de sensualidade, incrivelmente acima da média, do
que é mostrado pelas mulheres acima dos cinquenta, muito embora, a exuberância da mulher
não é só interpretada em sua nudez, e apelando a filosofia daquele Balzac, “O incapaz se
cobre; o rico se enfeita; o presunçoso se disfarça; o elegante se veste”, então, para enxergar
elegância, não se faz fundamentalmente pelos apelos do corpo nu.

O marido Joan disse em uma entrevista recente que ao lado de Rose, ele nunca foi o primeiro
a adormecer à noite, nem o último a acordar pela manhã, e que na sua filosofia pessoal,
mesmo que tivesse encontrado muitos vícios na relação, sempre tratou de não criticá-los, e
dessa forma, sempre enxergou sua esposa como uma musa “sensualíssima”, até hoje.

Ao longo desses anos todos escrevendo, colecionei os meus ícones da beleza, as minhas
deusas personificadas, que povoaram a região do meu infinito particular. E nessa análise onde
eu sempre encontrava o melhor e o pior de mim, o meu termômetro, o meu quilate, passei a
admirar sempre as mulheres balzaquianas, achando-as sempre mais atraentes e mais lindas do
que qualquer ninfeta capa de revista. E se no passado já era assim, hoje em dia, as
balzaquianas estão muito, mas muito mais interessantes!

Do ponto de vista masculino, toda mulher tem o seu charme, sua carga pessoal de volúpia, e
outros atrativos de análise particular, e é inegável que a mulher que, além disso, quando
atinge um grau de intelecto, quando reúne esses charmes poéticos, esses atributos peculiares
da libido, incontestavelmente elas estão mil anos luz a frente de todas as ninfetas da Terra
juntas, e Joan e Rose são provas vivas de que podemos nos deliciar muito com todos os frutos
do prazer de amar alguém, até o último dia das nossas vidas.
Muito mais do que virilidade, ou a “dita” perfeição plástica, o homem é mais feliz quando ele
abusa do seu poder de imaginação...! O pensamento, é o único tesouro que Deus põe fora do
alcance de todo o poder, e guarda como um elo secreto entre os infelizes e Ele próprio, e para
amarmos tanto, e intensamente, por um longo período, precisamos ter certeza de que somos
capazes de compreender o nosso par, não pela utilidade, e sim pelo valor que de fato ele tem,
lembrando sempre que sentir, amar, sofrer, devotar-se, será sempre o texto da vida da maioria
das mulheres.

No meu ponto de vista, com raríssimas exceções, toda mulher até os 35 anos é menina, e
depois disso, desponta furiosa em busca de um alento o qual nunca provou, e quando essa
mulher se sente diplomada como “mulher”, uivam como lobas, se movimentam como gatas
em teto de zinco quente, ficam flexíveis e aromáticas como Vetiver, e são poucos os homens
capazes de faze-las ceder...

Via de regra, o homem tem um orgulho que o leva a camuflar os seus combates, e apenas a
mostrar que é um vitorioso, e assim e explica a combalida arte de enganar-se, afirmando que o
belo somente se aplica aos principiantes...

Para finalizar com Balzac, “o amante só revela a toda mulher, tudo quanto o marido lhe
oculta”, então meu amigo casado com uma balzaquiana, revele-se mais aberto aos novos
tempos, ou em breve, verá uma fila de pretensos substitutos seus!

Eu sou CH@MP Brasil, moro no meio do Mundo, e sobre elas, as balzaquianas, prefiro não
dizer mais nada, apenas friso que amá-las é como libar em um cálice que não admite nem
passado nem futuro!

Você também pode gostar