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05/08/22, 21:09 UNINTER

DANÇA CIRCULAR
AULA 2

Prof.ª Carmela Bardini

https://univirtus.uninter.com/ava/web/roa/ 1/13
05/08/22, 21:09 UNINTER

CONVERSA INICIAL

Olá! Em aulas anteriores,


identificamos as bases que nortearam a criação das danças circulares

como
fenômeno contemporâneo. Partimos do princípio de que a dança é uma linguagem de

movimento e, sob a ótica histórica, pudemos perceber que houve uma construção
em rede,

envolvendo Bernhard Wosien, sua filha Maria-Gabriele Wosien, a comunidade


de Findhorn na

Escócia, além de muitos alunos e multiplicadores, os chamados focalizadores/as,


que foram
ampliando essa rede, que pode ser chamada de Movimento de Danças Circulares.

A partir da noção de caminho para a


cura e a totalidade, buscamos compreender algumas das

especificidades da dança
circular em relação ao sentido do sagrado e dos simbolismos presentes na

roda.

Nesta aula, vamos entrar em contato


com a dança circular propriamente dita, buscando

reconhecer as bases que a


compõe, com uma análise de seus elementos fundantes e sua natureza

particular,
sem perder de vista as maneiras como ela é capaz de atingir o ser humano e os
benefícios

da prática.

Ainda que de modo superficial, esta


aula já traz em sua abordagem uma leitura sobre o processo
de ensino das
danças, com algumas orientações iniciais para quem deseja atuar como focalizador
de

Danças Circulares, seja no contexto mais amplo ou na área da saúde.

De maneira objetiva, podemos considerar, como


elementos fundantes da dança circular, a

música e o movimento. Tais linguagens,


quando integradas na dança circular, lhe conferem uma

forma coreográfica.

Em outras palavras, por meio de


passos e gestos associados a modos rítmicos, tem-se os

elementos constituintes
da dança circular. Ou seja, o movimento vai sendo permeado pela música,

que
conduz os bailarinos/dançantes a integrarem passos e gestos, gerando
deslocamentos no

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espaço. Em forma de uma imagem, podemos dizer: na música temos


o espírito da dança e na

coreografia temos o corpo da dança, a sua forma na


matéria, por meio dos corpos em movimento. 

TEMA 1 – LINGUAGEM MUSICAL

Os dançarinos, em uma roda de dança


circular, seguem a estrutura musical por meio de passos

coreografados. Uma vez


dominada a coreografia, os dançarinos ganham liberdade para “transitar”

sobre a
música, podendo fazer variações, ou até em uma falha, retornarem aos passos
originais.

Do ponto de vista de
tempo, a dança de roda em círculo dá-nos a onipresença que nela habita, de

maneira
que, na atuação conjunta de ritmo, melodia e compasso, as camadas mais antigas
do

fundo do poço da alma ganham nova vida, e como, por um toque de mitos de
outrora, fecundam
criativamente o momento. (Wosien, 2000, p. 120)

Na medida em que nos apropriamos da


estrutura musical, torna-se mais fluída a relação com os

movimentos
coreográficos na dança. Nesse sentido, é importante reconhecer os elementos
básicos

da música:

pulso
ou pulsação;

compasso;

ritmo;
frase;

forma
ou unidade formal.

Crédito:
White Space Illustrations/Shutterstock.

De forma simplificada, podemos


dizer que o pulso nos conta como música pulsa. Se tivermos

atenção, veremos que


em cada música existe uma hierarquia entre os pulsos (fortes e fracos) que se
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relacionam de forma cíclica. Ou seja, se eles repetem. A essa organização entre


os pulsos, damos o

nome de compassos, que podem ser binários, ternários,


quaternários etc., e que dizem respeito à

articulação entre os pulsos.

Já a
frase é um agrupamento de vários compassos. É a partir daí que conseguimos
reconhecer a

forma mais ampla da música, chegando nas unidades formais, que são
os agrupamentos das frases.

É muito comum que os focalizadores


das danças circulares indiquem aos seus alunos os tempos

da música por meio de


nomenclaturas como introdução, parte principal, refrão, parte instrumental,

pausas e variações.

Tais recursos auxiliam no


processo de assimilação da dança. Lembrando que, depois dessa etapa,
chegamos à
memorização dos passos, e isso passa a fluir de forma muito mais integrada no
corpo de

quem dança, sem a necessidade de nos apegarmos aos aspectos mais


técnicos, o que permite o livre

fluir.

A música aqui é essencial, de


modo que focalizador, além de dominar os passos da dança,

necessita entrar no
ritmo da música de forma muito precisa. Do contrário, as pessoas que compõem

a
roda passam a “copiar” a movimentação do focalizador, deixando de fluir com a música.

Assim, o dançarino só adquire liberdade


nos passos e gestos da dança circular quando acontece

a integração entre música


e movimento. É quando o dançarino, ao dominar a estrutura, se libera para

estar
por inteiro na roda, podendo olhar com atenção para todos, observar a si e a tudo
que está se

passando, de modo que pode testemunhar a beleza e a harmonia da


roda, reconhecendo-se no todo

e usufruindo do momento com presença plena. É


assim que atingimos o estado de meditação.

Como vimos, a música representa o fio


condutor que nos conta sobre a forma da dança. Em suas

possibilidades, podemos
considerar que uma mesma música pode gerar distintas coreografias, assim

como
uma mesma coreografia pode ser realizada com mais de uma música. Isso é muito
comum nas

danças tradicionais, quando já existe uma convenção sobre os passos


básicos e suas variantes.

A estrutura rítmica acende, no


interior do ser humano, qualidades que muitas vezes podem estar

adormecidas,
ativando novas sensações.

Os gregos têm uma vasta gama de


modos rítmicos, que regem desde a leitura de poemas até

danças folclóricas,
marchas militares, cultos, atos religiosos, cortejos fúnebres, procissões, atos

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heroicos etc. Com pulsos curtos e longos, às vezes um deles mais acentuado (apoio),
é possível

atingir uma atmosfera única e harmônica.

Vejamos os dois exemplos mais


comuns de modos rítmicos gregos que vivenciamos nas danças

circulares:

Dáctilo:
longo, curto, curto

Anapesto:
curto, curto, longo

Essas marcações de
tempo muitas vezes são replicadas nos passos de dança, formando a base

de
deslocamentos no círculo.

Uma vez que temos conhecimentos


sobre estrutura musical, fica muito mais acessível reconhecer

essas qualidades
na dança, o que serve de suporte e de orientação para decodificar a própria

estrutura coreográfica.

A partir dessas considerações,


podemos concluir que a escuta musical é muito importante. A

familiarização com
a música é parte dos elementos que o focalizador pode utilizar em sua didática
de

ensino.

TEMA 2 – PASSOS

Como premissa básica, consideramos


que é por meio do corpo e do movimento que a dança

ganha forma, sendo a música


balizadora das noções de tempo.

Entretanto, reflita conosco: seria o “passo”


uma medida de tempo, assim como de espaço, na

dança circular?

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Crédito:
Bardini, 2017.

Segundo Bernhard Wosien (2000),


a resposta é sim. De fato, por meio dos passos, no caminho

do silêncio, o bailarino
integra no corpo os elementos que compõem a música, que podem coincidir

(na
maioria das vezes) com a sua estrutura formal.

Isso fica claro nas danças em


que o ritmo vai acelerando a cada frase musical, como a tradicional

dança da
Armênia, papouri, em que a coreografia se mantém, mas os bailarinos aceleram os
passos
até ao ponto em que fica desafiante acompanhar a velocidade da música.
No caso desta dança,

também é possível ir acrescentando gradativamente gestos


com os braços[1].

Em geral, nesse tipo de dança,


o desafio se torna uma grande diversão, e fazer os passos é sinal

de superação
e domínio da coordenação motora. Contudo, mesmo fazendo uso de danças
tradicionais no contexto das danças circulares, o mais importante não é que o
grupo inteiro acerte os

passos, mas sim que todos fluam em conjunto. A dança


circular transpõe o sentido técnico da ação;
ela acontece quando saímos do
pensar e atingimos o sentir, executando movimentos sem

racionalizarmos sobre
eles.

Ora com a perna direita, ora


com a perna esquerda, a cada passo são gerados deslocamentos no
espaço. Dos agrupamentos
de movimento, tem-se a sequência de passos, que se repetem no

decorrer de toda
a dança.

Assim como na composição


musical, nas danças temos início, meio e fim, representando o ciclo
biográfico
do ser humano na terra.

São muitas as possibilidades


de passos. Vejamos alguns deles, de forma simplificada, conforme
os focalizadores
os utilizam em momentos de ensino e demonstração:

passo,
junta, passo;

balanço;
abre
e cruza (trança);

giro;
para
giro;

repõe
junta;

ponta.
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Mais do que a contagem de passos, bastante


comum em outros estilos de dança (e um, e dois, e

três, e quatro), é indicado que


os focalizadores desenvolvam o processo de ensino de dança circular
enfatizando
o aprendizado pela sonoridade da música e pela observação dos passos em si, relegando

para o segundo plano a descrição verbal dos passos e a contagem.

Também existe uma tendência a


experimentar os passos ao som da música, o que serve como

exercício de
assimilação da coreografia, sem muitos ensaios. Desse modo, a vivência se
sobrepõe-se
a repetições exaustivas, já que o processo é tão importante (ou
mais!) do que um resultado final.

Em uma sessão/aula, a mesma dança


pode ser vivenciada por mais de uma vez seguida, ou em

um intervalo de tempo
entre outras danças. Assim, ao retomar a coreografia, o dançarino se apropria
dos passos e gestos, podendo sentir seus efeitos no (e a partir do) corpo.

TEMA 3 – OS GESTOS

Os
gestos, na dança circular, envolvem principalmente posições de braços e mãos,
ora em grupo,
ora individualmente, ora em pares. Maria-Gabriele Wosien (2004) disponibiliza
um mapeamento

dessas possibilidades em seu livro Dança: símbolos em


movimento.

Crédito:
Bardini, 2017.

Quadro
1 – Gestos

GESTOS  

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Em Grupo Mãos dadas:

Braços abaixados e esticados

Braços esticados para cima


Braços estendidos à frente

Outros:
Mãos nos ombros[2]

Mão esquerda no ombro do companheiro[3]

Braços cruzando à frente[4]

Individualmente Braços abaixados e palmas voltadas ao centro

Braços e olhar elevados, palmas das mãos


voltadas uma para outra

Braços erguidos ao alto, cotovelos semiflexionados,


pontas dos dedos se tocam

Em pares Lado a lado

Frente a frente, formando um portal com


braços erguidos e mãos unidas

Frente a frente, braços estendidos e mãos


dadas

Fonte:
elaborado com base em Wosien, 2004.

Muitas danças tradicionais utilizam a posição das mãos em


“W”. Dessa forma, os cotovelos ficam

dobrados e os antebraços se elevam,


mantendo a relação entre as mãos com os parceiros somente
pelo apoio dos dedos.
É comum que os iniciantes tensionem a musculatura em torno dos ombros,

por isso
é indicado que o focalizador oriente os praticantes sobre a importância de
manter os
ombros e até o pescoço relaxados, levando o peso para baixo, não para
cima.

A tensão corporal é uma


tendência de quem está iniciando e aprendendo a dançar, durante os

primeiros contatos
com a dança circular. Assim, é válido orientar sobre a melhor forma de dar as
mãos, buscando deixar os polegares repousados. A consciência da respiração
também pode auxiliar o

processo.

A fim de evitar ideias


errôneas sobre o sentido da composição coreográfica no contexto das

danças
circulares, a seguir vamos retomar o aspecto simbólico das danças, pensando em trajetos,
posições e movimentações dos dançarinos.

TEMA 4 – SÍMBOLOS EM MOVIMENTO

Nos estudos de Maria-Gabriele


Wosien (2004, p. 26) sobre mitos, ela traz relatos sobre a dança
como ritual:

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O tributo ao deus
cretense Minos, pelos atenienses, acontecia a cada nove anos. Este era o
instante

que sempre retornava, do casamento sagrado do sol e da lua em


conjunção. Ele era festejado
ritualmente pelo rei, como encarnação do touro-sol
divino (com uma máscara de touro) e sua

rainha-lua. Com isso, introduzia-se um


novo período de sua soberania, que, por sua vez, durava
nove anos.

O que fica claro em seus


estudos é que, nos momentos em que os homens dançavam em
festividades, na
antiguidade, eles traziam de forma viva e expressiva as suas ideias e crenças.

Esse foi um dos aspectos que


encantou Maria-Gabriele e Bernhard Wosien (2004; 2000), que os
levou a buscar, por
meio das danças circulares, a preservação dos simbolismos que perpassam a

experiência de movimento.

Segundo Dubner (2015), é o


simbolismo que distingue a dança circular sagrada daquilo que
usualmente
ouvimos chamar, pejorativamente, de dancinha de roda. Assim, podemos
dizer que o

gesto precisa vir de dentro de quem dança, como uma manifestação de


símbolo vivo e consciente.

Como relembra Deborah Dubner


(2015, p. 20): “juntar as mãos não é o mesmo que agradecer”.
Ou seja, não se
trata da mera reprodução de um somatório de movimentos aleatórios, mas sim do

aprendizado que consiste em reconhecer o que se revela como significado na


dança.

Retomando o exemplo, quando se


atinge de fato essa consciência, a gratidão é verdadeiramente

manifestada no
gesto. É sinal de que algo se acendeu internamente no sujeito, não só no sentido
de
sua percepção cognitiva, marcada por uma espécie de espanto epistemológico,
mas como sinal de

uma consciência que passa pelo corpo e inclui a sua expressão,


integrando os saberes.

Nesse sentido, os símbolos, que


ganham expressão na forma da dança, também podem ser
compreendidos como experiência
íntima do ser humano. Isso já está posto no próprio ato de

colocar-se no espaço
da roda, evitando ficar mais na frente ou mais atrás, nas proximidades de uma
ou de outra pessoa. Estar na roda em si já é um exercício de enxergar-se em
harmonia, consigo e

com os outros.

Por isso, vamos exercitar agora a tomada de conhecimento


dos símbolos que envolvem a dança,
por meio de imagens.

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Crédito: Shamanska
Kate/Shutterstock.

Vamos retomar a forma do


círculo. Em seu modelo básico, de círculo fechado, ele nos remete à

representação
do sol, como símbolo do zodíaco. Já o semicírculo (círculo aberto) está
relacionado
com o símbolo da lua, contendo uma parte “invisível”. No somatório de
sol e lua, temos um círculo e

meio, formando uma dupla espiral para o ponto


central do círculo, no sentido anti-horário, que
simboliza a energia de tudo
que cresce e decresce, até que numa espiral reversa voltamos ao grande

círculo.

Crédito: Mykola
Mazuryk/Shutterstock.

Entrar e sair de uma espiral


significa “dançar o caminho da luz”, que por sua vez, “é a realização
do
acontecimento eterno da criação em sua dinâmica do morrer e vir-a-ser, em um
constante
processo de metamorfose” (Wosien, 2004, p. 21).

Mais do que chegar ao centro,


a espiral nos permite a experiência de encontrar o ponto central e
fazer o
retorno, simbolizando o renascimento. Nessa vivência, os sujeitos que dançam
tornam-se

símbolo vivo da ligação do céu com a terra, e o sentido da


transmutação é ativado como exercício
contínuo da vida.

TEMA 5 – BENEFÍCIOS DA PRÁTICA


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A roda, o rito e os símbolos nutrem os


seus praticantes. A dança circular nos coloca lado a lado,

ombro a ombro, conectando


coração a coração, numa espécie de respiração que acontece em
conjunto.

No círculo existe espaço para


ser, pertencer, aceitar e ser aceito, apoiar e ser apoiado. Ao fluir na

roda, sentimos nosso próprio centro, conectado ao céu e à terra, assim como nos
ligamos a cada um
que compõe o círculo.

Wosien (2000, p. 109) relata a necessidade


de se apropriar das danças para que seja possível

sentir e vivenciar seu efeito


curativo e terapêutico. Segundo ele, os diferentes elementos das danças
de roda
estimulam a “liberação das energias criativas e ao mesmo tempo organizadoras”.
Isso, em

certa medida, tem a ver com o fato de a dança nos trazer para nosso
centro – ela é, portanto,
estruturante. Em outras palavras, traz estabilidade e
liberdade.

Sobre
as contribuições da dança circular propriamente dita:

A dança oferece,
aplicada pedagogicamente no sentido correto, o desenvolvimento do movimento,

do
espaço, de execução do movimento, do ritmo, da ordem, da expressão da música e
do
movimento, da referência espacial, da referência do eu e do parceiro, da
referência da comunidade,

num plano mais elevado do ser. (Wosien, 2000, p. 65)

O que a dança revela em cada ser


que dança é uma experiência única e própria. Por outro lado, o
focalizador
sustenta o campo em que tudo que é reconhecido pode ser integrado por todos,

gerando limpezas de nível físico, emocional, entre outros aspectos, conforme o


campo de crenças de

cada um, mas que podemos chamar de ativações para aquilo


que nos conecta com o sentir, com

abertura para manifestar os “pedidos” e


“necessidades da alma” de cada ser.

Por meio da vivência regular de


danças circulares, podemos despertar inúmeras capacidades,
entre elas:

concentração
e foco;

escuta
e organização interna;

clareza
na comunicação;

resiliência;
estabilidade
emocional, associada à leveza, disposição.

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Conduzir
a roda, focalizando a vivência, exige a sensibilidade de encontrar qual dança
"pede
passagem". É algo sobre saber o momento oportuno de deixar vir
à tona. Aquela sensação de: agora

é essa! É quando podemos ser


instrumento, a serviço da dança e por meio dela, tendo a

oportunidade de facilitar
o bem-estar e a harmonização de quem entra em contato com a prática.

NA PRÁTICA

Syrtós é considerada por


Maria-Gabriele Wosien (2004, p. 111) “a dança mais antiga e mais

disseminada da
Grécia”. Ela acontece no ritmo dáktylos, no compasso 7/8, e possibilita muitas
variações de passos e formas de descolamento no espaço, variando a cada região
grega.

Praticada em círculo aberto, cada


líder define o caminho da dança, deslocando-se em espirais ou

direções variadas
(serpenteando). Pode haver uma postura de braços associada ao agradecimento à

terra e ao céu.

Vamos praticá-la! Acompanhe a videoaula


e experimente no seu corpo essa oração de

agradecimento.

FINALIZANDO

Vimos que é na coreografia que se


define a forma de uma dança circular, sendo imprescindível
que os passos,
gestos e deslocamentos resultem da inter-relação que acontece entre a música e os

movimentos, e que se manifesta de forma consciente a partir do corpo.

A experiência do sagrado na dança,


para Wosien,
deve chegar até o ponto de o bailarino

descobrir-se como dançarino cósmico em


um ato uníssono aos demais.

REFERÊNCIAS

DUBNER, D. O poder da dança circular: terapêutico e


integrativo. Itu (SP): Ottoni Editora, 2015.

WOSIEN, B. Dança:
um caminho para a totalidade. São Paulo: Triom, 2000.

WOSIEN,
M.-G. Dança: símbolos em movimento. São Paulo: Editora Anhembi, 2004.

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[1] Assista em:


<https://youtu.be/McKgmSRCg1g >. Acesso em: 13 abr. 2021.

[2] Braço esquerdo por cima, mãos


repousadas sobre os ombros dos companheiros.

[3] Com o outro braço estendido na lateral


do corpo.

[4] Braços abertos, de mãos dadas com a


segunda pessoa mais próxima de cada lado.

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