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A utilização da acupuntura em medicina veterinária

CURSO
DE
DANÇA
CIRCULAR
Dança e suas Origens

Pinturas rupestres antigas mostram figuras representando formas humanas


que aparecem de mãos dadas, parecendo celebrar e dançar. Desde os primórdios
da humanidade a dança está presente em nossas vidas.

A dança faz parte da natureza humana. Mesmo aquelas pessoas que afirmam
“não ter jeito” para dança, seja por questão de coordenação motora, sincronismo
etc., em algum momento ou de alguma forma já executaram uma dança. Todos
que se movimentam são capazes de dançar e, ainda que por qualquer razão
estejam impedidos de executar algum movimento, podem acompanhar a dança
com os olhos.

Nos povos ancestrais, a dança era a conexão entre o homem e o Cosmos,


os Deuses e suas Divindades. A dança sempre foi expressão, através de
movimentos do corpo organizados em sequências significativas, de experiências
que transcendem o poder das palavras; pois, com ela, através dos gestos e
movimentos, o ser humano busca dizer o indizível, conhecer o desconhecido,
estar em relação com os outros e com o profundo mistério da existência.

O movimento das danças circulares sagradas nasceu do encontro de dois


elementos importantes: o primeiro é o bailarino alemão Bernhard Wosien
que, ao resgatar as Danças dos Povos dançadas nos diferentes grupos sociais,
observou o sentido de irmandade, alegria e união partilhados por todos que
dançavam; e o segundo é uma comunidade chamada Fundação Findhorn,
localizada no norte da Escócia, onde seus moradores possuem um estilo de
vida que busca integração e harmonia total com a natureza.
Bernhard Wosien

Wosien nasceu na Alemanha em 1908 e faleceu em 1986. Possuía um vasto


currículo: bailarino profissional, coreógrafo, professor de dança, artista plástico,
estudou teologia, dança, história da arte e pintura na Universidade de Breslau
e na Escola Superior de Artes de Berlim.

A partir de 1960 passou a dedicar-se à pedagogia na Escola Técnica para Estudos


Sociais em Munique e depois, na Escola Popular Superior, liderou um grupo de
pesquisa sobre as danças de roda dos países do Sudoeste Europeu.

De 1965 a 1986 ocupou um cargo como docente da Universidade de Marburg,


na área de Ciências Educacionais no Departamento de Pedagogia para Escola
para Excepcionais, sob a designação “Procedimentos Especiais da Pedagogia
da Cura”, ensinando as danças de roda como recurso da pedagogia de grupo.

Wosien e a Comunidade de Findhorn

Em 1977, Bernhard Wosien conheceu Eileen e Peter Caddy, fundadores


da comunidade de Findhorn, e recebeu um convite para implantar nesta
comunidade as danças de roda e as danças circulares europeias. Desenvolveu
um trabalho espetacular ensinando um grande repertório de danças folclóricas.
Lá, encontrou raízes antigas da arte de re-ligar o ser humano. Desde então,
essas danças passaram ser designadas por “Danças Circulares Sagradas”.

Dessa forma, Wosien atingiu a plenitude através da dança de Roda: alegria,


amizade, amor, integração entre as pessoas, doação e confraternização
silenciosa, amorosa e intensa. “(...) a dança, como a manifestação artística
mais antiga do homem, é um caminho esotérico.” (WOSIEN.2000.p.25)
A Dança Circular Sagrada

Este movimento se espalhou pelo mundo, onde foram agregadas novas


músicas e novas danças (fato que ocorre até hoje, com músicas populares
contemporâneas). As coreografias são inspiradas na cultura de vários povos:
gregos, judaicos, turcos, escoceses (celtas), africanos, indígenas, brasileiros,
ciganos, indianos etc.

Vale observar que, apesar de sutil, há uma diferença entre as danças folclóricas.
Estas, circulares ou não, estão ligadas a tradição, perpetuação da cultura e
identifica um povo. Já as Danças Circulares Sagradas têm como objetivo (entre
outros) trabalhar a transformação e o desenvolvimento do ser humano, pois
Wosien visava a utilização das danças nas áreas da educação e saúde.

Só quem dança na roda pode sentir a cura que nos leva à transformação pessoal
e coletiva.

Alguns benefícios:
• Equilibra os corpos físico, mental, emocional e espiritual;

• Amplia a percepção, a concentração, a atenção e a flexibilidade;

• Promove a inclusão, o respeito e a valorização da diversidade;

• Trabalha a consciência corporal, a coordenação motora, o ritmo, a


referência espacial e o equilíbrio;

• Fortalece a auto-estima e o reconhecimento da importância de


seu papel no grupo;

• Desperta a leveza, a alegria, a beleza, a paz, a serenidade e o amor


que existe dentro de cada um;

• Proporciona o trabalho em grupo sem que as pessoas percam sua


individualidade;

• Desenvolve o apoio mútuo, a integração, a comunhão e a


cooperação;

• Favorece o autoconhecimento e a auto-cura;

• Combate o stress e a depressão dissolvendo tensões.


Podemos encontrar alguns símbolos na dança circular como:

• Círculo: símbolo universal da unidade e da totalidade. Dançar em círculo nivela


todos os indivíduos, elimina a hierarquia e permite que através do olhar todos
se reconheçam como participantes igualmente valiosos desta configuração.
O movimento cadenciado, o ritmo e a participação de cada um na harmonia
grupal fazem com que o círculo seja vivenciado como símbolo vivo e pulsante,
ou seja, uma Mandala Viva;

• Cruz: o eixo vertical simboliza CÉU (em cima) e TERRA (em baixo). No meio
deste eixo encontramos o EU e na altura dos braços que, ao dar as mãos, forma
o NÓS.

• Espiral: o ponto de partida também é o ponto de chegada trazendo-nos a


questão do retornar sempre, reencontrar-se e se renovar. As espirais também
circulam dentro de nós, a energia circula em espiral: é onde a matéria e o
espírito mais perfeitamente se encontram e o tempo, por ele mesmo, não existe.

• Direções: na direção ao centro, encontramos o NORTE; na parte de trás, o SUL;


a nossa direita é o LESTE e esquerda o OESTE.

Para finalizar, um trecho extraído do livro “Danças Circulares - Dançando o


Caminho Sagrado” (Editora: TRIOM) de Anna Barton, pessoa fundamental na
criação do movimento, moradora de Findhorn que cuidou e se dedicou às danças
e coreografias deixadas por Bernhard Wosien quando esteve na Fundação:

“Aqueles de nós que trabalham com a dança sagrada a vêem não só como uma
habilidade a ser aprendida, mas também como uma ferramenta que nos coloca
em contato com nossos corpos e com a energia que pode ser canalizada através
da dança, para trazer saúde e totalidade para nós e para nosso planeta. Isso nos
ajuda a trabalhar com a energia do grupo e a nos descobrir como indivíduos
únicos e como parte de um todo maior.

A dança se torna sagrada quando ela expressa o ritmo e os movimentos da


criação. A mistura de danças dinâmicas e calmas de várias culturas diferentes
atrai a todos. Esperamos que traga novas qualidades para nossas vidas.”

Referências bibliográficas

BARTON, A. Danças Circulares: o Caminho Sagrado. São Paulo, TRIOM, 2006.


LELOUP, J-Y. O corpo e seus símbolos. Petrópolis, RJ, Vozes, 1998.
RAMOS, R. Organizadora. Danças Circulares Sagradas: Uma Proposta de Educação e Cura. São
Paulo, TRIOM, 2002.
WOSIEN, B. Dança: Um Caminho para a Totalidade. São Paulo, TRIOM, 2006.
REPERTÓRIO “OFICINA
DANÇAS DOS POVOS”
1 - Highland Lilt (Escócia)
2 - Enas Mythos (Grécia)
3 - L´allouette (França)
4 - Munchnerpolka (Alemanha)
5 - Ti Anica de Loulé (Portugal)
6 - Roda da Carambola (Brasil)
7 - Dança das Palmas (Israel)
8 - Mandala de Olinda (Brasil)
9 - Flor da Compaixão (Tibet)
10 - Al Chat (Israel)
11 - Irish Mandala (Irlanda)
12 - Ciranda “Eu Sou Lia de Itamaracá” (Brasil)
13 - Shetland Wedding Dance (Escócia)
14 - Madre Tierra (Brasil)
15 - Walenki (Rússia)
CÓDIGO DA ESCRITA
DAS DANÇAS
1 - Highland Lilt

Fonte da Vera Xavier: Eliana Rossetti Fausto


Origem: Escócia
Coreografia: tradicional
Mãos: Quem estiver conduzindo colocar a mão esquerda no coração e a direita
em “V” de mãos dadas.
Formação: em linha (horário)

Sentido da dança para esquerda.


2 - Enas Mythos

Fonte da Vera Xavier: Estela Gomes


Origem da música: Grécia
Coreografia: Bernhard Wosien. Durante muitos anos foi dito que esta era uma
coreografia tradicional. Mas, com a vinda da Fiedel Kloke ao Brasil, uma das
parceiras de dança de Bernhard Wosien, soubemos que ele contava muitas
histórias para “cativar” as pessoas para uma roda de Danças Meditativas. Esta
dança, portanto, é uma coreografia de Bernhard Wosien para acompanhar uma
das histórias que ele contava.
Mãos: espiral (braço direito cruzado na frente do esquerdo) ou em “V”
Formação: círculo (anti-horário)

Simbólico:
Eu vou ao encontro do outro e celebro.
Eu dou espaço para o outro e celebro.
Eu caminho com o outro e celebro.

Observação: no Livreto Espírito da Dança – os próximos passos da editora


TRIOM, Anna Barton conta duas histórias de Bernhard para esta dança. Uma
delas, diz que na ilha de Kos, na Grécia, os pescadores iam para o mar e ao
retornarem com os peixes, toda a comunidade os recebiam com esta dança. A
outra diz que é uma dança feita pelos templários e, realmente, a posição das
mãos em espiral, lembra a Cruz dos Templários.
3 - L´allouette

Fonte da Vera Xavier: Estela Gomes


Origem: França
Coreografia: tradicional
Mãos: em V
Formação: círculo ou linha (horário)
4 - Munchnerpolk (Polka de Munique)

Fonte do Everson Basili: Fábio Brotto


Origem: Alemanha
Coreografia: Dança originalmente do século 19 proveniente da região de Nie-
derbayern.
Mãos: V
Formação: dois círculos. Um dentro da roda e um fora.
5 - Ti Anica de Loulé

Fonte da Vera Xavier: Eliana Rossetti Fausto


Origem: Portugal
Música: popular do Algarve, região de Portugal, chamada carinhosamente de
Terras de Ti Anica ou Tia Anica; Loulé é uma cidade do Algarve.
Coreografia: Marli de Matos
Formação: pares, formar dois círculos. Homens, no círculo de dentro, olham
para as mulheres que se encontram no círculo de fora.
Mãos: soltas

1. Homens batem mão Direita com mão Direita das Mulheres (Olé...); em
seguida batem a mão Esquerda com a mão Esquerda das Mulheres (Olá...).

2. Só os Homens, enquanto as Mulheres dançam no lugar:

3. Homens fazem reverência de ombro Direito com o ombro Direito das


mulheres (Olá...) e fazem reverência de ombro Esquerdo com o ombro
Esquerdo das Mulheres (Olé...).

Repetir o 2, trocando de par

Repetir esta sequência 1, 2, 3 e 2.

4. Ir dançando de braço dado com o 5º par, no sentido anti-horário, até


começar o “Olé, Olá...”, recomeçando a dança com este mesmo par.
6 - Roda da Carambola

Fonte da Vera Xavier: Eliana Rossetti Fausto


Origem: Brasil
Coreografia: tradicional do Vale do Jequitinhonha/MG
Música: Coral do Vale do Jequitinhonha
Mãos: V
Formação: Círculo fechado – parceiros e contra parceiros (anti-horário)

- Andando na roda, 16 passos.

- Com parceiro, bate palmas 5x para dentro da roda.

- Meio giro e bate palmas 5x com o contra parceiro, para fora da roda.

- Dançando, dá um giro de 360o com o contra parceiro.

- Bate palmas 5x com o contra parceiro, para dentro da roda.

- Meio giro e bate palmas 5x com o parceiro para fora da roda.

- Dançando, dá um giro de 360o com o parceiro.

- Todos recomeçam a andar na roda, de mãos dadas.


7 - Dança das Palmas

Fonte do Everson Basili: Eliana Rossetti Fausto


Origem: Israel
Coreografia: Tradicional
Mãos: Em “V” na primeira parte da música e sem mãos dadas na hora de
fazer o quadrado.
Formação: círculo (anti-horário)
8 - Mandala de Olinda (referência Indígena)

Fonte da Vera Xavier: Estela Gomes


Música: Brasil, Ricardo Oliveira, CD “Ciranda de luz” (música Hey-How)
Coreografia: Cristiana Menezes (BH, 2005)
Formação: círculo (anti-horário)
Mãos: V
9 - Flor da Compaixão

Fonte da Vera Xavier: Estela Gomes e Samuel Souza de Paula


Origem: Tibet (Meditation)
Música: Existence, CD Tibet-Heart-Beat-Meditation, faixa 2
Coreografia: contemporânea, Samuel Souza de Paula (2009)
Mãos: soltas
Formação: círculo
Introdução: toque bem leve nos “chacras” com as duas mãos
Descendo: coronário, frontal, laríngeo, cardíaco, umbilical, sexual, joelhos e
pés
Subindo: pés, joelhos, sexual, umbilical, cardíaco, laríngeo, frontal e coronário
Mãos em “gesto da Flor de Lótus” (Padma Mudra ) na frente do coração
Mãos em “gesto de prece” (Anjali Mudra ou Namaskara Mudra) na frente do
coração
10 - Al Chat

Fonte do Everson Basili: Eliana Rossetti Fausto


Origem: Israel
Coreografia: Anastasia Geng
Mãos: V
Formação: círculo (anti-horário)
O texto da canção é um texto tradicional do Haggada, usado na cerimônia de
Pessach (Páscoa judaica) que celebra a saída dos judeus do Egito.

Letra: Allachat kama ve kama = Apesar de todas as dificuldades


Tov Ha ‘gvul A ‘huh = Estamos felizes de ver a fronteira
Mugvelet Bamakom Aleinu = Pois estamos confinados aqui
Shehotzi ‘yanu mimitzrayim = Damos graças a Deus que nos trouxe para
fora do Egito
11 - Irish Mandala

Fonte do Everson Basili: Eliana Rossetti Fausto


Origem: Irlanda
Coreografia: Anna Barton refere que aprendeu esta dança em Paris e depois
lendo a capa de um disco escocês descobriu os mesmos passos como uma
variação de Gay Gordons.
Música: CD: Espírito da dança – volume II
Mãos: W
Formação: círculo (anti-horário), pares em raios na roda, homem dentro, pró-
ximo ao centro, mulher fora.

Parte 1:

Parte 2:
Fazer um “pas de Basque” em direção ao par e separando dele (junta/separa).
O homem muda para o lugar da mulher em 4 passos, a mulher passa na frente
do homem e troca de lugar, trocando as mãos.

Parte 3:
Repetir os dois “pas de Basque” (junta/separa). A mulher gira por baixo do bra-
ço do homem (olhando para ele) e anda para trás em diagonal em 4 passos para
encontrar novo parceiro. O homem anda na diagonal para frente em 4 passos
para encontrar nova parceira. Recomeça a dança.
12 - Ciranda “Eu Sou Lia de Itamaracá”

Fonte da Vera Xavier: Estela Gomes


Origem: Brasil
Música: Eu sou Lia minha ciranda preta cirandeira
Intérprete: Lia de Itamaracá
CD: Eu sou Lia
Coreografia: ciranda tradicional com variação de palmas
Formação: círculo (anti-horário)
Início: no canto - Minha ciranda não é minha só...

Eu sou Lia [Ciranda de Lia]


Paulinho da Viola

Eu sou Lia da beira do mar Nas praias da Ilha de Itamaracá


Morena queimada do sal e do sol Nas praias da Ilha de Itamaracá
Da Ilha de Itamaracá Minha ciranda
Quem conhece a Ilha de Itamaracá Capiba
Nas noites de lia Minha ciranda não é minha só
Prateando o mar Ela é de todos nós
Eu me chamo Lia e vivo por lá A melodia principal quem
Cirandando a vida na beira do mar Guia é a primeira voz
Cirandando a vida na beira do mar Prá se dançar ciranda
Vejo o firmamento, vejo o mar sem fim Juntamos mão com mão
E a natureza ao redor de mim Formando uma roda
Me criei cantando Cantando uma canção
Entre o céu e o mar

Passos Básicos de Ciranda:

E D E D
f rep t rep
12 34
braços se elevam levemente
e abaixam (ciranda)

obs: variação com giro e palmas após 4x


o passo básico, encerra na palma
Sobre Lia de Itamaracá:

Maria Madalena Correia do Nascimento nasceu no dia 12 de janeiro de 1944, na


ilha de Itamaracá, Pernambuco. Sempre morou na Ilha e começou a participar
de rodas de ciranda desde os 12 anos de idade. Foi a única de 22 filhos a se
dedicar à música. Segundo ela, trata-se de um dom de Deus e uma graça de Ie-
manjá. Mulher simples, com 1,80m de altura, canta e compõe desde a infância
e hoje é considerada a mais famosa cirandeira do Nordeste brasileiro. Trabalha
como merendeira numa escola pública da rede estadual de ensino e, nas horas
vagas, dedica-se à música e à ciranda, além de cantar e compor cocos de roda
e maracatus. A compositora Teca Calazans foi uma das primeiras pessoas inte-
ressadas na cultura popular nordestina a descobrir o seu talento e acabaram
fazendo alguns trabalhos em parceria, como o resgate de músicas em domínio
público e composições.

Maria Madalena começou a ficar conhecida como Lia de Itamaracá, nos anos
1960 e é a fonte de um refrão famoso, recolhido pela compositora Teca Cala-
zans: Oh cirandeiro/cirandeiro oh/ a pedra do teu anel brilha mais do que o
sol. A estes versos Teca incorporou uma toada informativa, que também teve
grande sucesso: Esta ciranda quem me deu foi Lia/ que mora na ilha de Ita-
maracá. Em 1977, Lia gravou seu primeiro disco, intitulado A rainha da ciranda,
não recebendo, no entanto, nenhum pagamento pelo trabalho. Mais de duas
décadas depois foi redescoberta, quando o produtor musical Beto Hees a levou
para participar do festival Abril Pro Rock, realizado no Recife e em Olinda, em
1998, onde fez grande sucesso e tornou-se conhecida em todo o Brasil.

Antes ela só era famosa em Pernambuco e entre compositores e estudiosos da


cultura popular nordestina. Em 2000, saiu seu CD Eu Sou Lia, lançado pela Ci-
randa Records e reeditado pela Rob Digital, cujo repertorio incluía coco de raiz
e loas de maracatu, além de cirandas acompanhadas por percussões e saxofo-
ne. O CD acabou sendo distribuído na França por um selo de world music e a
voz rascante de Lia chamou a atenção da imprensa internacional, que começou
a batizar suas canções de trance music, numa tentativa de explicar o “transe”
que o som causava no público. Mesmo obtendo um sucesso tardio, fez turnês
internacionais obtendo muitos elogios. O jornal The New York Times a chamou
de “diva da música negra”. No Brasil, Lia também conquistou mais espaço.
Participou com uma faixa no CD Rádio Samba, do grupo Nação Zumbi, teve
seu nome citado em versos dos compositores pernambucanos Lenine e Otto, e
críticos de música a comparam a Clementina de Jesus. As cirandas pernambu-
canas de Lia são cantadas por muitos. Referencial da cultura pernambucana,
Lia de Itamaracá, hoje, é uma das lendas vivas do Estado e continua morando
na ilha de Itamaracá.

http://basilio.fundaj.gov.br/pesquisaescolar./index.php?option=com_content&-
view=article&id=317&Itemid=1
13 - Shetland Wedding Dance

Fonte do Everson Basili: Eliana Rossetti Fausto


Origem: Escócia, ilhas Shetland
Coreografia: tradicional
Mãos: soltas
Formação: círculo, pares de frente um para o outro, homem à esquerda do par
caminha no sentido anti-horário e mulher no sentido horário.

Parte 1:

Uma reverência Bate palmas com a mão D, 3x


Uma reverência Repete com a mão E, 3x

Bate palmas com a mão D, 3x

Bate palmas com a mão E, 3x

Gira em torno de si em 4 passos para olhar o parceiro novamente

Parte 2:

Segurando o parceiro pelo cotovelo D, girar com ele no lugar (DjD,EjE,DjD,EjE)

Trocar para cotovelo E, repetir o movimento no sentido anti-horário e, no final,


caminhar na roda trocando de par e ficando de frente para o próximo parceiro
para recomeçar.
14 - Madre Tierra

Fonte da Vera Xavier: Estela Gomes


Origem: Brasil
Coreografia: Cristiana Menezes (2003)
Música: Keco Brandão – cd Tatanka. Canção recolhida do folclore ameríndio
(idioma lakota, dos índios norte-americanos, xavante e índios da Amazônia).
Mãos: em V
Formação: círculo
Introdução: espera 16 tempos
15 - Walenki

Fonte do Everson Basili: Roberto Martini


Origem: Rússia
Coreografia: tradicional
Mãos: em V
Formação: dois círculos, mesmo número de pessoas. Um dentro e um fora.

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