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ANATOMIA DO APARELHO

LOCOMOTOR
Denise Matheus
,

2 MEMBROS SUPERIORES

2.1 Ossos

Os membros superiores são formados pelo braço, antebraço e mão.

Segundo Moore (2014), o osso do braço é o úmero. Ele é o maior osso dos membros
superiores. Forma a articulação do ombro junto com a escápula e a articulação do
cotovelo com a ulna e rádio. Os principais acidentes anatômicos são:

• Na extremidade proximal tem a cabeça (esférica, permitindo à articulação do


ombro vastos movimentos), o colo cirúrgico, o colo anatômico, o tubérculo
maior (margem lateral do úmero) e o tubérculo menor (projetado
anteriormente). O sulco intertubercular separa os dois tubérculos e abriga o
tendão do músculo bíceps braquial (cabeça longa);

• Corpo do úmero;

• Na extremidade distal encontram-se o epicôndilo lateral, epicôndilo medial e o


côndilo do úmero que inclui a tróclea, capítulo, fossa do olecrano, fossa
coronoide e fossa radial.

Figura 2.1

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,

No antebraço temos o rádio e a ulna. A ulna é o osso mais longo e medial. A


extremidade proximal articula-se posteriormente com o cotovelo através do olecrano
e anteriormente através do processo coronoide. Abaixo do processo coronoide,
encontra-se a tuberosidade da ulna, na qual se insere o tendão do músculo braquial. A
incisura radial, lateral ao processo coronoide, recebe a cabeça do rádio. O corpo da
ulna tem afunilamento de diâmetro distalmente. A cabeça da ulna é distal, com
processo estiloide medial (MOORE, 2014).

Figura 2.2

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O rádio localiza-se lateralmente no antebraço e é mais curto que a ulna. Na


extremidade proximal, apresenta a cabeça (articula-se com o capítulo do úmero e
incisura radial da ulna), o colo e a tuberosidade do rádio (separa a cabeça e colo do
corpo). O corpo do rádio aumenta o diâmetro distalmente. Na extremidade distal,
encontramos a incisura ulnar, que se articula com a cabeça da ulna e o rádio termina
no processo estiloide (MOORE, 2014).

A mão apresenta os ossos do carpo (oito), duas fileiras com quatro ossos cada. Da
lateral para medial, são eles: escafoide, semilunar, piramidal, pisiforme, trapézio,
trapezoide, capitato e hamato. Além desses ossos, a mão é composta por cinco
metacarpos e pelas falanges.

Os ossos do carpo oferecem flexibilidade à mão já que as duas fileiras deslizam uma
sobre a outra. Na primeira fileira, o escafoide tem forma de barco e se articula com o
rádio; apresenta o tubérculo escafoide. O semilunar tem formato de lua e articula-se
com o rádio. O piramidal, por sua vez, tem formato de pirâmide. O pisiforme tem
formato de ervilha e localiza-se na face palmar do piramidal. Na segunda fileira, o
trapézio apresenta quatro faces e articula-se com o primeiro e segundo metacarpos,
escafoide e trapezoide. O trapezoide é um osso semelhante ao trapézio, se articula
com ele e com o segundo metacarpo, capitato e escafoide. O capitato é o maior osso
do carpo e tem forma de cabeça, articula-se com terceiro metacarpo, trapezoide,
escafoide, semilunar e hamato. Por sua vez, o hamato é um osso cuneiforme e se
articula com o quarto e quinto metacarpos, capitato e piramidal e tem um acidente
anatômico anterior chamado hámulo do hamato, que é semelhante à um gancho
(MOORE, 2014).

Moore (2014) relata que os metacarpos apresentam base, que são proximais e se
articulam com os ossos do carpo, e corpo e cabeça, que são distais e se articulam com
as falanges proximais. O primeiro metacarpo (polegar) é mais largo e mais curto que os
outros metacarpos e o terceiro apresenta um processo estiloide na base. Cada dedo
apresenta três falanges (proximal, média e distal). Apenas o polegar apresenta
somente as falanges proximal e distal, porém, são mais fortes que as demais. As

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,

falanges apresentam base (proximal), corpo e cabeça (distal), as proximais são maiores
que as intermediárias, que por sua vez, são maiores que as distais.

Figura 2.3

2.2 Articulações

Os membros superiores possuem a articulação do ombro, cotovelo, punho, mão e


dedos.

No ombro temos:

• Articulação Glenoumeral – formada pela cavidade glenóide da escápula e pela


cabeça do úmero. É uma articulação sinovial do tipo esferoide e permite
movimento nos três eixos (flexão, extensão, abdução, adução, rotação interna
e externa).

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Figura 2.4

As articulações do cotovelo são:

• Articulação Úmero-ulnar – que é uma articulação sinovial do tipo gínglimo e


permite movimentos de flexão e extensão;

Articulação Radioulnar proximal: é a articulação entre a cabeça do rádio e a


incisura radial da ulna. É do tipo sinovial trocoide, permite a rotação do rádio
sobre seu próprio eixo, favorecendo os movimentos de pronação e supinação.

Figura 2.5

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,

No punho, temos as seguintes articulações:

• Articulação Radiocárpica: junção entre rádio e ossos do carpo. É uma


articulação sinovial do tipo elipsoide, permitindo movimentos de flexão,
extensão, abdução (desvio radial) e adução (desvio ulnar);

• Articulação Radioulnar distal: é a união da incisura ulnar do rádio com a cabeça


da ulna.

As articulações das mãos e dedos são as seguintes:

• Articulação Mediocárpica: é a articulação entre os ossos do carpo. São


articulações sinoviais do tipo plana, permitindo movimentos de deslizamento;

• Articulações Carpometacarpais: são a união entre os ossos do carpo e


matacarpos. São do tipo sinovial plana. Nessa articulação do polegar, temos
uma articulação sinovial do tipo selar, permitindo movimentos de flexão,
extensão, abdução e adução.

• Articulações Metacarpofalangeanas: são as articulações entre os metacarpos e


as falanges proximais. São sinoviais do tipo esferoide e permitem movimentos
de flexão e extensão, adução e abdução.

• Articulações interfalangeanas: acontecem com a união das falanges, são


sinoviais do tipo gínglimo e permitem movimentos de flexão e extensão.

Figura 2.6

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Ligamentos

Na região do ombro, os estabilizadores passivos dos membros superiores são:

• Ligamento Glenoumeral, que é formado por feixes superior,


médio e inferior e segue da região superior da margem da cavidade glenóide
até o tubérculo menor e colo anatômico do úmero;

• Ligamento umeral transverso está localizado no sulco intertubercular, entre o


tubérculo maior e menor do úmero.

Figura 2.7

No cotovelo, os principais ligamentos são:

• Ligamento Colateral ulnar, que vai do epicôndilo medial do úmero até a borda
medial, processo coronoide (anterior) e borda medial do olecrano (posterior);

• Ligamento Colateral radial, unindo o epicôndilo lateral à incisura radial da ulna;

• Ligamento anular une as margens anterior e posterior da incisura radial da


ulna e as áreas adjacentes da ulna e colo do rádio.

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Figura 2.8

Na articulação do punho, os ligamentos presentes são:

• Ligamento radiocárpico dorsal, segue da borda posterior da extremidade distal


rádio até a superfície posterior do escafoide, semilunar e piramidal;

• Ligamento radiocárpico palmar, origina-se na borda anterior da extremidade


distal do rádio e processo estiloide, que vai até a superfície anterior da fileira
proximal dos ossos cárpicos;

• Ligamento ulnocárpico, tem início na borda anterior do disco articular e


processo estiloide, se finda na superfície anterior dos ossos cárpicos proximais.

• Ligamento colateral radial do carpo, ligamento que vai do processo estiloide do


rádio até a porção lateral do osso escafoide;

• Ligamento colateral ulnar do carpo, vai do processo estiloide da ulna até a base
do osso pisiforme.

Na mão, como temos alguns ossos e articulações, temos também vários ligamentos
para propiciar a estabilidade. Os principais são:

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,

• Ligamento intercárpico dorsal, que une as duas fileiras dos ossos do carpo;

• Ligamento colateral radial, que é a continuação do ligamento colateral radial do


carpo, unindo o escafóide e o trapézio;

• Ligamento colateral ulnar, a continuação do ligamento colateral ulnar do carpo,


seguindo do piramidal até o uncinado;

• Ligamento interósseo une os ossos capitato e escafoide;

• Ligamentos carpometacárpicos dorsais e palmares: vai da fileira distal dos


ossos do carpo até a base dos metacarpos.

Figura 2.9

2.3 Músculos

• Músculo deltoide (PUTZ, 2012):

Origem: parte clavicular – terço acromial da clavícula; parte acromial –


acrômio; parte espinhal – espinha da escápula;

Inserção: tuberosidade deltoidea do úmero;

Função: parte clavicular – adução e rotação medial do ombro; parte acromial –


abdução do ombro; parte espinhal – adução e rotação lateral do ombro;

Inervação: nervo axilar.


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• Músculo tríceps braquial (PUTZ, 2012):

Origem: cabeça longa – tubérculo infraglenoidal da escápula; cabeça lateral –


região proximal do corpo do úmero; cabeça medial – corpo do úmero;

Inserção: olecrano;

Função: adução do ombro (cabeça longa), extensão do cotovelo;

Inervação: nervo radial.

• Músculo ancôneo (PUTZ, 2012):

Origem: epicôndilo lateral do úmero;

Inserção: face posterior da ulna;

Função: extensão do cotovelo;

Inervação: nervo radial.

• Músculo bíceps braquial (PUTZ, 2012):

Origem: cabeça longa – tubérculo supraglenoidal da escápula, cabeça curta –


processo coracoide da escápula;

Inserção: tuberosidade do rádio;

Função: cabeça longa – abdução e rotação medial do ombro; cabeça curta –


adução e rotação medial do ombro; ambas as partes – flexão e supinação do
cotovelo;

Inervação: nervo musculocutâneo.

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,

• Músculo coracobraquial (PUTZ, 2012):

Origem: processo coracóide da escápula;

Inserção: meio do úmero;

Função: rotação medial e adução do ombro;

Inervação: nervo musculocutâneo.

• Músculo braquial (PUTZ, 2012):

Origem: úmero, distalmente à tuberosidade deltoidea;

Inserção: tuberosidade da ulna;

Função: flexão do cotovelo;

Inervação: nervo musculocutâneo.

• Músculo pronador redondo (PUTZ, 2012):

Origem: epicôndilo medial, processo coronoide do úmero;

Inserção: terço médio do rádio;

Função: flexão e pronação do cotovelo;

Inervação: nervo mediano.

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• Músculo flexor radial do carpo (PUTZ, 2012):

Origem: epicôndilo medial do úmero;

Inserção: face palmar da base do segundo metacarpo;

Função: flexão e pronação do cotovelo; flexão e desvio radial do punho;

Inervação: nervo mediano.

• Músculo palmar longo (PUTZ, 2012):

Origem: epicôndilo medial do úmero;

Inserção: aponeurose palmar;

Função: flexão do cotovelo; flexão e desvio ulnar do punho;

Inervação: nervo mediano.

• Músculo flexor superficial dos dedos (PUTZ, 2012):

Origem: cabeça úmero-ulnar – epicôndilo medial, processo coronóide; cabeça


radial – face anterior do rádio;

Inserção: falange média do segundo, terceiro, quarto e quinto dedos (4


tendões);

Função: flexão do cotovelo; flexão e desvio ulnar do punho; flexão das


metacarpofalangeanas e interfalangeanas;

Inervação: nervo mediano.

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• Músculo flexor ulnar do carpo (PUTZ, 2012):

Origem: epicôndilo medial, olecrano, margem posterior da ulna;

Inserção: pisiforme, uncinado;

Função: flexão do cotovelo, punho e interfalangeana proximal;

Inervação: nervo ulnar.

• Músculo flexor profundo dos dedos (PUTZ, 2012):

Origem: face anterior da ulna;

Inserção: falange distal do segundo, terceiro, quarto e quinto dedos;

Função: flexão do punho, metacarpofalangeanas e interfalangeanas;

Inervação: nervo ulnar e nervo mediano.

• Músculo flexor longo do polegar (PUTZ, 2012):

Origem: face anterior do rádio, epicôndilo medial;

Inserção: falange distal do polegar;

Função: flexão do punho, adução e flexão do polegar;

Inervação: nervo mediano.

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• Músculo pronador quadrado (PUTZ, 2012):

Origem: margem anterior da ulna;

Inserção: margem anterior do rádio;

Função: pronação;

Inervação: nervo mediano, nervo interósseo anterior.

• Músculo supinador (PUTZ, 2012):

Origem: epicôndilo lateral, ligamentos colaterais e anular do rádio;

Inserção: face anterior e lateral do rádio;

Função: supinação;

Inervação: nervo radial.

• Músculo braquiorradial (PUTZ, 2012):

Origem: margem lateral do úmero;

Inserção: processo estiloide do rádio;

Função: flexão do cotovelo, supinação/pronação;

Inervação: nervo radial.

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• Músculo extensor radial longo do carpo (PUTZ, 2012):

Origem: margem lateral do úmero, epicôndilo lateral;

Inserção: base do segundo metacarpo;

Função: flexão do cotovelo, extensão e desvio radial do punho;

Inervação: nervo radial.

• Músculo extensor radial curto (PUTZ, 2012):

Origem: epicôndilo lateral do úmero, ligamento anular do rádio;

Inserção: base do terceiro metacarpo;

Função: flexão do cotovelo, extensão e desvio radial do punho;

Inervação: nervo radial.

• Músculo extensor dos dedos (PUTZ, 2012):

Origem: epicôndilo lateral;

Inserção: aponeurose dorsal do segundo ao quinto dedo;

Função: extensão do cotovelo, punho, segunda a quinta metacarpofalangeana


e segunda a quinta interfalangeana;

Inervação: nervo radial.

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• Músculo extensor do dedo mínimo (PUTZ, 2012):

Origem: epicôndilo lateral;

Inserção: aponeurose dorsal do quinto dedo;

Função: extensão do cotovelo, punho, quinta metacarpofalangeana e quinta


interfalangeana;

Inervação: nervo radial.

• Músculo extensor ulnar do carpo (PUTZ, 2012):

Origem: epicôndilo lateral;

Inserção: base do 5° metacarpo;

Função: extensão do cotovelo e punho;

Inervação: nervo radial.

• Músculo extensor longo do polegar (Putz R, 2012):

Origem: face posterior da ulna;

Inserção: falange distal do polegar;

Função: extensão e desvio ulnar do punho, adução e extensão do polegar;

Inervação: nervo radial.

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• Músculo extensor do indicador (PUTZ, 2012):

Origem: face posterior da ulna;

Inserção: aponeurose dorsal do indicador;

Função: extensão e desvio radial do punho, extensão da segunda


metacarpofalangeana;

Inervação: nervo radial.

• Músculo abdutor longo do polegar (PUTZ, 2012):

Origem: face posterior da ulna e do rádio;

Inserção: base do metacarpo do polegar, trapézio;

Função: supinação, flexão e desvio radial do punho, extensão da


metacarpofalangeana do polegar;

Inervação: nervo radial.

• Músculo extensor curto do polegar (PUTZ, 2012):

Origem: face posterior do rádio;

Inserção: falange proximal do polegar;

Função: flexão e desvio radial do punho, abdução e extensão do polegar;

Inervação: nervo radial.

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• Músculo palmar curto (PUTZ, 2012):

Origem: aponeurose palmar;

Inserção: pele da palma da mão, lado ulnar;

Função: distende a pele na região hipotênar;

Inervação: nervo ulnar.

• Músculo abdutor do dedo mínimo (PUTZ, 2012):

Origem: pisiforme;

Inserção: aponeurose dorsal do quinto dedo;

Função: oposição da quinta carpometacárpica, abdução da quinta


metacarpofalangeana e extensão da quinta interfalangeana;

Inervação: nervo ulnar.

• Músculo flexor curto do dedo mínimo (PUTZ, 2012):

Origem: retináculo dos flexores, gancho do uncinado;

Inserção: falange proximal do quinto dedo;

Função: flexão, abdução da quinta metacarpofalangeana;

Inervação: nervo ulnar.

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• Músculo oponente do dedo mínimo (PUTZ, 2012):

Origem: retináculo dos flexores, gancho do uncinado;

Inserção: quinto metacarpo;

Função: oposição na quinta carpometacárpica;

Inervação: nervo ulnar.

• Músculos lumbricais (PUTZ, 2012):

Origem: tendão do músculo flexor profundo dos dedos;

Inserção: aponeurose dorsal do segundo ao quinto dedo;

Função: extensão das interfalangeanas;

Inervação: nervo mediano, nervo ulnar.

• Músculo abdutor curto do polegar (PUTZ, 2012):

Origem: retináculo dos flexores, escafoide;

Inserção: falange proximal do polegar;

Função: abdução e flexão do polegar;

Inervação: nervo mediano.

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• Músculo oponente do polegar (PUTZ, 2012):

Origem: retináculo dos flexores, trapézio;

Inserção: primeiro metacarpo;

Função: oposição, adução do polegar;

Inervação: nervo mediano, nervo ulnar.

• Músculo flexor curto do polegar (PUTZ, 2012):

Origem: retináculo dos flexores, trapézio, trapezoide, capitato;

Inserção: falange proximal do polegar;

Função: oposição, adução e flexão do polegar;

Inervação: nervo mediano, nervo ulnar.

• Músculo adutor do polegar (PUTZ, 2012):

Origem: capitato, uncinado, terceiro metacarpo;

Inserção: falange proximal do polegar;

Função: oposição, adução e flexão do polegar;

Inervação: nervo ulnar.

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• Músculos interósseos dorsais (PUTZ, 2012):

Origem: primeiro ao quinto metacarpos;

Inserção: aponeurose dorsal do segundo ao quarto dedo;

Função: flexão das metacarpofalangeanas e extensão das articulações


interfalangeanas;

Inervação: nervo ulnar.

• Músculos interósseos palmares (PUTZ, 2012):

Origem: segundo ao quinto metacarpo;

Inserção: aponeurose dorsal do segundo, quarto e quinto dedo;

Função: flexão das metacarpofalangeanas e extensão das articulações


interfalangeanas;

Inervação: nervo ulnar.

Figura 2.10

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Figura 2.11

Figura 2.12

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REFERÊNCIAS

PUTZ, R. Atlas de anatomia humana Sobotta. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan,


2012.

MOORE, K. L; DALLEY, A. F; AGUR, A. M. R. Anatomia orientada para a clínica. 7. ed.


Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2014.

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