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3) (Enem 2010)
O modernismo brasileiro teve forte influência das
vanguardas europeias. A partir da Semana de Arte
Moderna, esses conceitos passaram a fazer parte da arte
brasileira definitivamente. Tomando como referência o
quadro O mamoeiro, identifica-se que, nas artes plásticas,
a
a) imagem passa a valer mais que as formas vanguardistas.
b) forma estética ganha linhas retas e valoriza o cotidiano.
c) natureza passa a ser admirada como um espaço utópico.
d) imagem privilegia uma ação moderna e industrializada.
e) forma apresenta contornos e detalhes humanos.
AMARAL, Tarsila do. O mamoeiro. 1925, óleo sobre tela, 65x70, IEB//USP
4) (UCP – PR) Movimento literário brasileiro que recebeu influências de vanguardas europeias, tais
como o Futurismo e o Surrealismo:
a) Modernismo
b) Parnasianismo
c) Romantismo
d) Realismo
e) Simbolismo
5) (Unifesp/2018)
a) Mesmo que você não conheça o Dadaísmo, é possível, por meio da receita de Tristan Tzara, inferir algumas
de suas características. Quais seriam elas?
b) Que elementos são responsáveis pelo efeito de humor no texto de Tzara?
c) Por que o poema de Tzara é uma afronta à poesia tradicional, acadêmica, especialmente a parnasiana?
Conheça alguns versos do longo poema “Ode triunfal”, de Álvaro de Campos.
Ode triunfal
À dolorosa luz das grandes lâmpadas elétricas da fábrica
Tenho febre e escrevo.
Escrevo rangendo os dentes, fera para a beleza disto,
Para a beleza disto totalmente desconhecida dos antigos.
Ó rodas, ó engrenagens, r-r-r-r-r-r eterno!
Forte espasmo retido dos maquinismos em fúria!
Em fúria fora e dentro de mim,
Por todos os meus nervos dissecados fora,
Por todas as papilas fora de tudo com que eu sinto!
Tenho os lábios secos, ó grandes ruídos modernos,
De vos ouvir demasiadamente de perto,
E arde-me a cabeça de vos querer cantar com um excesso
De expressão de todas as minhas sensações,
Com um excesso contemporâneo de vós, ó máquinas!
[...]
Ah, poder exprimir-me todo como um motor se exprime!
Ser completo como uma máquina!
Poder ir na vida triunfante como um automóvel último-modelo!
Poder ao menos penetrar-me fisicamente de tudo isto,
Rasgar-me todo, abrir-me completamente, tornar-me passento
A todos os perfumes de óleos e calores e carvões
Desta flora estupenda, negra, artificial e insaciável!
CAMPOS, Álvaro de. Ode triunfal. In: GALHOZ, Maria Aliete (org.). Fernando Pessoa: obra poética. Rio de
Janeiro: Nova Aguilar, 1999. (Fragmento).
6) Ode é uma composição poética de tom solene por meio da qual se exaltam atributos de figuras ilustres.
Quem ou o que está sendo exaltado nos versos de “Ode triunfal”?
7) A que vanguarda europeia os versos de Álvaro de Campos podem ser associados? Justifique sua resposta.
8) No primeiro verso da segunda estrofe, ocorre uma onomatopeia. Explique o efeito de sentido produzido por
ela.
9) No poema, há quase uma fusão entre o eu lírico e o que ele denomina “flora estupenda, negra, artificial e
insaciável”, ou seja, o ambiente da fábrica. Explique essa afirmação
10) Veja, agora, este metapoema de Fernando Pessoa. Nele, “fingir” tem o sentido de criar literariamente,
imaginar.
Autopsicografia
O poeta é um fingidor
Finge tão completamente
Que chega a fingir que é dor
A dor que deveras sente.
E os que leem o que escreve,
Na dor lida sentem bem,
Não as duas que ele teve,
Mas só a que eles não têm.
E assim nas calhas de roda
Gira, a entreter a razão,
Esse comboio de corda
Que se chama coração.
a) Diferentemente do que fazia o Romantismo, o eu lírico de “Autopsicografia” afirma que a literatura não é
uma confissão, uma exteriorização imediata dos sentimentos. Explique essa ideia, apresentando, com suas
palavras, os três tipos de dores nascidas do fingimento, conforme apresenta a segunda estrofe.
b) Na primeira estrofe, o poeta apresenta um pensamento aparentemente paradoxal. Explique-o.
c) Na última quadra, apresenta-se o par emoção (“coração”) e razão. Qual é o efeito da primeira sobre a
segunda?
d) Segundo o texto, ao ler um poema temos acesso a sentimentos deslocados para o plano estético, não real.
Qual seria, então, o papel da literatura?