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GOVERNO DO ESTADO DO CEARÁ - SECRETARIA DA EDUCAÇÃO

6ª COORDENADORIA REGIONAL DE DESENVOLVIMENO DA EDUCAÇÃO


EEEP GUIOMAR BELCHIOR AGUIAR
“Um novo jeito de ver, sentir e cuidar da juventude”
PREPARAÇÃO PARA O SPAECE
NOME:_____________________________________________________________Nº:______

Descritor 14 - Reconhecer as relações entre partes de um Na verdade, o guri gostava muito de peito, de coxa e
texto, identificando os recursos coesivos que contribuem de asas, mas nunca tinha ligado as partes do animal. Ainda
para sua continuidade. Coesão gramatical e lexical. mais aquele animal vivo ali no meio do apartamento.
O doutor disse que queria comer uma galinha ao
(SAERO). Leia o texto abaixo e responda. molho pardo. A empregada sabia como se preparava uma
Por que todo mundo usava peruca na Europa dos galinha ao molho pardo? A mulher foi consultar a
séculos XVII e XVIII? empregada. Dali a pouco o doutor ouviu um grito de horror
Não era todo mundo, apenas os aristocratas. A moda vindo da cozinha. Depois veio a mulher dizer que ele
começou com Luís XIV (1638-1715), rei da França. esquecesse a galinha ao molho pardo.
Durante seu governo, o monarca adotou a peruca pelo – A empregada não sabe fazer?
mesmo motivo que muita gente usa o acessório ainda hoje: – Não só não sabe fazer, como quase desmaiou
esconder a calvície. O resto da nobreza gostou da ideia e o quando eu disse que precisava cortar o pescoço da galinha.
costume pegou. A peruca passou a indicar, então, as Nunca cortou um pescoço de galinha.
diferenças sociais entre as classes, tornando-se sinal de Era o cúmulo! Então a mulher que cortasse o pescoço
status e prestígio. Também era comum espalhar talco ou da galinha.
farinha de trigo sobre as cabeleiras falsas para imitar o – Eu?! Não mesmo!
cabelo branco dos idosos. Mas, por mais elegante que O doutor lembrou-se de uma velha empregada de sua
parecesse ao pessoal da época, a moda das perucas também mãe. A Dona Noca.
era nojenta. – A Dona Noca já morreu – disse a mulher.
“Proliferava todo tipo de bicho, de baratas a – O quê?!
camundongos, nesses cabelos postiços”, afirma o estilista – Há dez anos.
João Braga, professor de História da Moda das Faculdades – Não é possível! A última galinha ao molho pardo
SENAC, em São Paulo. Em 1789, com a Revolução que eu comi foi feita por ela.
Francesa, veio a guilhotina, que extirpou a maioria das – Então faz mais de 10 anos que você não come
cabeças com perucas. Símbolo de uma nobreza que se galinha ao molho pardo.
desejava exterminar, elas logo caíram em desuso. Sua Alguém no edifício se disporia a degolar a galinha.
origem, porém, era muito mais velha do que a monarquia Fizeram uma rápida enquete entre os vizinhos. Ninguém se
francesa. animava a cortar o pescoço da galinha. Nem o Rogerinho do
No Egito antigo, homens e mulheres de todas as 701, que fazia coisas inomináveis com gatos.
classes sociais já exibiam adornos de fibra de papiro – na – Somos uma civilização de frouxos! – sentenciou o
verdade, disfarce para as cabeças raspadas por causa de uma doutor. Foi para o poço do edifício e repetiu:
epidemia de piolhos. Hoje, as perucas de cachos brancos, – Frouxos! Perdemos o contato com o barro da vida!
típicas da nobreza europeia, sobrevivem apenas nos E a Margarete só olhando.
VERÍSSIMO, Luis Fernando. A decadência do Ocidente. In: A mesa voadora. Rio de Janeiro:
tribunais ingleses, onde compõem a indumentária oficial dos Objetiva, 2001. p.98.
juízes.
Disponível em: <http://mundoestranho.abril.com.br/historia/pergunta_285920.shtml>. Acesso em:
27 mar. 2010. * Adaptado: Reforma Ortográfica. QUESTÃO 02. A repetição da expressão “galinha ao
QUESTÃO 01. No techo “... elas logo caíram em desuso.” molho pardo” revela a
(ℓ. 22-23), o pronome em destaque retoma (A) vontade do médico de comer aquele tipo de receita de
(A) diferenças. galinha.
(B) cabeleiras. (B) curiosidade do menino que nunca tinha visto uma
(C) perucas. galinha viva.
(D) classes sociais. (C) impaciência da esposa por não conseguir resolver o
(E) cabeças raspadas. problema.
(D) ignorância da empregada que não sabia fazer a receita.
(SAEPE). Leia o texto abaixo e responda. (E) falta de coragem das pessoas para cortar o pescoço da
A decadência do Ocidente galinha.
O doutor ganhou uma galinha viva e chegou em casa
com ela, para alegria de toda a família. O filho mais moço, (SAEPE). Leia o texto abaixo e responda.
inclusive, nunca tinha visto uma galinha viva de perto. Já Dia do professor de anacolutos
tinha até um nome para ela – Margarete – e planos para Levantei-me, corri a pegar o giz, aqui está, professor.
adotá-la, quando ouviu do pai que a galinha seria, Ele me olhou agradecido, o rosto cansado. Já naquela época,
obviamente, comida. o rosto cansado. Dava aulas em três escolas e ainda levava
– Comida?! para casa uma maçaroca de provas para corrigir.
– Sim, senhor. O aluno preparava-se para sentar, ele, o olhar fino:
– Mas se come ela? – Aproveitando que o moço está de pé, me diga: sabe
– Ué. Você está cansado de comer galinha. o que é um anacoluto?
– Mas a galinha que a gente come é igual a esta aqui? É o que dá a gente querer ser legal.
– Claro. Vai-se apanhar o giz do chão, e o professor vem e
pergunta o que é anacoluto. Por que não pergunta àquela

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turma que ficou rindo do bolso traseiro rasgado das calças Se de um lado a tecnologia parece estar a nosso favor,
dele? pois cada vez mais encurta distâncias e agiliza a informação,
– Anacoluto... Anacoluto é... Anacoluto. de outro ela acelerou o ritmo da vida e nos tornou reféns de
– Pode se sentar. Vou explicar o que é anacoluto. seus inúmeros e reluzentes aparatos que se renovam
Muito obrigado por ter apanhado o giz do chão. Estou continuamente. E assim fi camos brigando contra o... tempo!
KAWALL, Tereza. Revista Planeta, Fevereiro de 2010, Ano 38, Edição 449, p. 60-61. Fragmento.
ficando enferrujado.
Agora era ele, no bar, tomando café.
– Lembra de mim, professor? QUESTÃO 05. No trecho “Juntam-se a isso...” (ℓ. 16), a
Também estou de cabelos brancos. Menos que ele, palavra destacada refere-se
claro. (A) ao consumismo gerado pelo capitalismo.
Com o indicador da mão esquerda acerta o gancho (B) ao trânsito caótico nas grandes cidades.
dos óculos no alto do nariz fino e cheio de pintas pretas e (C) às notícias ruins veiculadas pela mídia.
veiazinhas azuladas, me encara, deve estar folheando o livro (D) às necessidades vitais das pessoas.
de chamada, verificando um a um o rosto da cambada da (E) às várias decepções do dia a dia.
segunda fila da classe. (SAEPE). Leia o texto abaixo e responda.
– Fui seu aluno, professor! A melhor amiga do homem
DIAFÉRIA, Lourenço. O imitador de gato. 2ª ed. São Paulo: Ática, 2003. Fragmento . Diogo Schelp

QUESTÃO 03. A expressão destacada em “Estou ficando Devemos muito à vaca. Mas há quem a veja como
enferrujado” (ℓ. 18), tem o mesmo sentido de inimiga. A vaca, aqui referida como a parte pelo todo bovino,
(A) contrair doenças. é acusada de contribuir para a degradação do ambiente e para
(B) estar preguiçoso. o aquecimento global. Cientistas atribuem ao 1,4 bilhão de
(C) ser descuidado. cabeças de gado existentes no mundo quase metade das
(D) ser esquecido. emissões de metano, um dos gases causadores do efeito
(E) ter limitações. estufa. Acusam-se as chifrudas de beber água demais e
ocupar um espaço precioso para a agricultura.
QUESTÃO 04. No trecho “Anacoluto... Anacoluto é... O truísmo inconveniente é que homem e vaca são
Anacoluto.” (ℓ. 15), a repetição da palavra “Anacoluto” unha e carne. [...] Imaginar o mundo sem vacas é como
sugere desejar um planeta livre dos homens – uma ideia, aliás, vista
(A) brincadeira. com simpatia por ambientalistas menos esperançosos quanto
(B) confirmação. à nossa espécie. “Alterar radicalmente o papel dos bovinos
(C) desconhecimento. no nosso cotidiano, subtraindo-lhes a importância
(D) desrespeito. econômica, pode levá-los à extinção e colocar em jogo um
(E) receio. recurso que está na base da construção da humanidade e, por
(SAEPE). Leia o texto abaixo. que não, de seu futuro”, diz o veterinário José Fernando
Resiliência Garcia, da Universidade Estadual Paulista em Araçatuba. [...]
A arte de dar a volta por cima A vaca tem um papel econômico crucial até onde é
considerada animal sagrado. Na Índia, metade da energia
“Aquilo que não me destrói me fortalece”, ensinava o doméstica vem da queima de esterco. O líder indiano
filósofo Friedrich Wilhelm Nietzsche. Este poderia ser o Mahatma Gandhi (1869-1948), que, como todo hindu, não
mote dos resilientes, aquelas pessoas que, além de pacientes, comia carne bovina, escreveu: “A mãe vaca, depois de morta,
são determinadas, ousadas flexíveis diante dos embates da é tão útil quanto viva”. Nos Estados Unidos, as bases da
vida e, sobretudo, capazes de aceitar os próprios erros e superpotência foram estabelecidas quando a conquista do
aprender com Oeste foi dada por encerrada, em 1890, fazendo surgir nas
eles. Grandes Planícies americanas o maior rebanho bovino do
Sob a tirania implacável do relógio, nosso dia a dia mundo de então. “Esse estoque permitiu que a carne se
exige grande desgaste de energia, muita competência e um tornasse, no século seguinte, uma fonte de proteína para as
número cada vez maior de habilidades. Sobreviver é tarefa massas, principalmente na forma de hambúrguer”, escreveu
difícil e complexa, sobretudo nos grandes centros urbanos, Florian Werner. [...] Comer um bom bife é uma aspiração
onde vivemos correndo de um lado para outro, natural e cultural. Ou seja, nem que a vaca tussa a
sobressaltados e estressados. Vivemos como aqueles humanidade deixará de ser onívora.
Revista Veja. p. 90-91, 17 jun. 2009. Fragmento.
malabaristas de circo que, ofegantes, fazem girar vários
pratos simultaneamente, correndo de lá para cá, QUESTÃO 06. No trecho “...subtraindo-lhes a
impulsionando-os mais uma vez para que recuperem o importância...” (  . 10), o pronome destacado retoma o termo
movimento e não caiam ao chão. (A) ambientalistas.
O capitalismo, por seu lado, modelo econômico (B) bovinos.
dominante em nossa cultura, sem nenhuma cerimônia (C) cientistas.
empurra o cidadão para o consumo desnecessário, quer ele (D) homens.
queira ou não. A propaganda veiculada em todas as mídias é (E) rebanhos.
um verdadeiro “canto da sereia”; suas melodias repetem
continuamente o refrão: “comprar, comprar, comprar”. (SPAECE). Leia o texto abaixo.
Juntam-se a isso o trânsito caótico, a saraivada Atento Rapazote
cotidiana de más notícias estampadas nas manchetes e as
várias decepções que aparecem no dia a dia, e pronto: como “Eram os primeiros anos do século passado, e aquele
consequência, ficamos frágeis, repetitivos, desesperançados agente dos correios, recém chegado de Maceió, foi recebido
e perdemos muita energia vital. na cidade com admiração que misturava espanto e

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reverência, pois, de acordo com os comentários que logo
correram, tratava-se de pessoa de vasto conhecimento, Tempo passou, tornei-me adulto.
homem de muitas letras, um sábio. Por ser tudo isso, Sempre à procura do lado oculto.
certamente, não foi hostilizado por seu jeito esquisito de se Mas as viagens malucas
vestir e pela aparência amalucada que lhe davam os cabelos Continuavam presas à magia.
compridos sempre em desalinho. (...)
A figura estranha trazia, também, ideias que iam Logo chegou a velhice,
muito além dos morros em redor da cidade. As discussões Aquela que tudo esclarece.
na casa do Pão-sem-miolo despertavam interesse cada vez Que cochichou bem baixinho:
maior entre a rapaziada, a maioria estudantes de um colégio Sabedoria, só para quem a merece.
BELO, João. Disponível em: <www.mundojovem.com.br>
recém-fundado em
- p.9, nº 384 - Março/2008.
Viçosa, o Internato Alagoano. Muitos não chegavam a
compreender as explanações do mestre, mas insistiam, iam QUESTÃO 09. No verso “Que cochichou bem baixinho”, a
em frente, tomavam conhecimento de Coelho Neto, Aluísio expressão destacada refere-se a
Azevedo, depois Zola, Victor Hugo. (...) (A) adolescente.
Um dos mais atentos ouvintes de Mario Venâncio era um (B) adulto.
rapazote de 12 anos chamado Graciliano Ramos.” (C) criança.
(Em, Audálio Dantas, O Chão de Graciliano. Tempo d’Imagem, 2007. In: Revista: Discutindo (D) sabedoria.
Literatura – Ano 3, nº 18. p. 36. (E) velhice.
QUESTÃO 07. O “Atento Rapazote” de que fala o título (SPAECE). Leia o texto abaixo.
desse texto é Das negativas
(A) Aluísio Azevedo. Entre a morte de Quincas Borba e a minha, mediaram
(B) Coelho Neto. os sucessos narrados na primeira parte do livro. O principal
(C) Graciliano Ramos. deles foi a invenção do emplasto Brás Cubas, que morreu
(D) Mário Venâncio. comigo, por causa da moléstia que apanhei. Divino emplasto,
(E) Victor Hugo. tu me darias o primeiro lugar entre os homens, acima da
(SPAECE). Leia o texto abaixo. ciência e da riqueza, porque eras a genuína e direta
POLUIÇÃO DA ÁGUA inspiração do céu. O acaso determinou o contrário: e aí vos
ficais eternamente hipocondríacos.
O papel de chiclete jogado ali, a garrafa de plástico Este último capítulo é todo de negativas. Não alcancei
aqui, a lata de refrigerante acolá. No primeiro temporal, as a celebridade do emplasto, não fui ministro, não fui califa,
chuvas levam esse lixo para bueiros e depois para algum rio não conheci o casamento. Verdade é que, ao lado dessas
que atravessa a cidade. Quem não viu um monte dessas faltas, coube-me a boa fortuna de não comprar o pão com o
coisas flutuando na água? suor do meu rosto. Mais; não padeci a morte de D. Plácida,
Mas essa é a poluição que enxergamos. A que não nem a semidemência do Quincas Borba. Somadas umas
vemos é causada pelo esgoto das residências, que lança nos cousas e outras, qualquer pessoa imaginará que não houve
rios, além de dejetos, restos de comida e um tipo de bactéria míngua nem sobra, e conseguintemente que saí quite com a
que deles se alimenta: são as chamadas bactérias aeróbicas, vida. E imaginará mal; porque ao chegar a este outro lado de
que consomem oxigênio e acabam com a vida aquática, mistério, achei-me com um pequeno saldo, que é a derradeira
além de causarem problemas de saúde se ingeridas. negativa deste capítulo de negativas: — Não tive filhos, não
Outro problema são as indústrias localizadas nas transmiti a nenhuma criatura o legado de nossa miséria.
Assis, Machado de. Memórias póstumas de Brás Cubas. 18. ed. São Paulo: Ática, 1992, p. 176.
margens dos rios e lagos. Só recentemente foram criadas Fragmento.
leis para obrigá-las a tratar o esgoto industrial, a fim de
diminuir a quantidade de poluentes químicos que elas QUESTÃO 10. No trecho “O principal deles foi a invenção
despejam nas águas e que foram responsáveis pela “morte do emplasto Brás Cubas, que morreu comigo ...” (  . 2-3), o
de muitos rios e lagos de todo o mundo”. pronome destacado substitui
Poluição Ambiental – Revista da Lição de Casa. In: O Estado de S. Paulo, encarte 5, p. 4-5 –
adaptado.
(A) D. Plácida.
QUESTÃO 08. No trecho “A que não vemos é causada (B) Quincas Borba.
pelo esgoto das residências, “, a palavra destacada refere-se (C) o emplasto Brás Cubas.
à (D) o legado de nossa miséria.
(A) bactéria. (E) o outro lado do mistério.
(B) comida. (SPAECE). Leia o texto abaixo.
(C) garrafa. O rio
(D) poluição. O homem viu o rio e se entusiasmou pela sua beleza.
(E) quantidade. O rio corria pela planície, contornando árvores e molhando
grandes pedras. Refletia o sol e era margeado por grama
(SPAECE). Leia o texto abaixo. verde e macia.
Vida O homem pegou o rio e o levou para casa, esperando
Quando era criança pura, que, lá, ele desse a mesma beleza. Mas o que aconteceu foi
Moleque, danado e travesso. sua casa ser inundada e suas coisas levadas pela água.
Tudo que tocava levava O homem devolveu o rio à planície. Agora quando lhe
Ao mundo da fantasia. falam das belezas que antes admirava, ele diz que não se
lembra. Não se lembra das planícies, das grandes pedras, dos
Mas logo me tornei adolescente. reflexos do sol e da grama verde e macia. Lembra-se apenas
A confusão permeava minha mente. de sua
Por mais que tentasse a magia, casa alagada e de suas coisas perdidas pela corrente.
FRANÇA JUNIOR, Oswaldo. As laranjas iguais. São Paulo: Nova Fronteira, 1985, p.13.
Estavam fechadas as portas da fantasia.
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QUESTÃO 11. No trecho “... e se entusiasmou pela sua
beleza.”, o termo destacado refere-se à palavra
(A) árvores.
(B) pedras.
(C) planície.
(D) rio.
(E) sol.
Leia os textos abaixo.
Um pé de quê?
Antes de existir a cidade de Belém, vivia lá uma tribo
que sofria de falta de alimentos. Por isso, o cacique
mandava sacrificar todas as crianças que nasciam. Por ironia
do destino, sua filha, Iaçá, ficou grávida. Quando a criança
nasceu, foi sacrificada. Durante dias, Iaçá rogou a tupã uma Disponível em: <http://pluralinguagem.autonomia.g12.br/?p=100>. Acesso em: 21 set. 2011.

solução para acabar com o sacrifício das crianças. Foi QUESTÃO 14. Esse texto é um poema contemporâneo,
quando ouviu um choro de um bebê do lado de fora de sua rompendo com padrões tradicionais da composição poética.
tenda. Era sua filha sorridente ao pé de uma palmeira. Iaçá Entretanto, apresenta um elemento de continuidade que é o
correu para abraçá-la, mas acabou dando de cara com a uso de
palmeira. Iaçá ficou ali chorando até morrer. No dia (A) imagem elucidativa.
seguinte, o cacique encontrou Iaçá morta, agarrada à (B) narratividade.
palmeira, olhando fixamente para as frutinhas pretas. Ele as (C) objetividade.
apanhou, amassou e fez delas um vinho vermelho (D) pontuação direta.
encarnado. Para os índios, aquilo eram as lágrimas de (E) rimas.
sangue de Iaçá. Por isso, açaí, em tupi, quer dizer “fruto que
chora”. (SAEPE). Leia o texto abaixo e responda.
O açaí virou o prato principal dos índios da região. Amor
Depois, foram chegando os portugueses, os nordestinos, os Um pouco cansada, com as compras deformando o
japoneses. E o que se diz é que eles só ficaram porque novo saco de tricô, Ana subiu no bonde. Depositou o volume
experimentaram açaí. no colo e o bonde começou a andar. Recostou-se então no
Almanaque Brasil Socioambiental 2008. 2ª ed. São Paulo. outubro, 2007. Fragmento. banco procurando conforto, num suspiro de meia satisfação.
QUESTÃO 12. No trecho “Iaçá correu para abraçá-la,...” Os filhos de Ana eram bons, uma coisa verdadeira e
sumarenta. Cresciam, tomavam banho, exigiam para si,
(  . 6), no Texto, o pronome em destaque refere-se à malcriados, instantes cada vez mais completos. A cozinha era
(A) criança. enfim espaçosa, o fogão enguiçado dava estouros. O calor
(B) tenda. era forte no apartamento que estavam aos poucos pagando.
(C) filha. Mas o vento batendo nas cortinas que ela mesma cortara
(D) palmeira. lembrava-lhe que se quisesse podia parar e enxugar a testa,
(E) Iaçá. olhando o calmo horizonte. Como um lavrador. Ela plantara
as sementes que tinha na mão, não outras, mas essas apenas.
(PROEB). Leia o texto abaixo e responda. E cresciam árvores. Crescia sua rápida conversa com o
cobrador de luz, crescia a água enchendo o tanque, cresciam
Tempestade seus filhos, crescia a mesa com comidas, o marido chegando
A noite se antecipou. Os homens ainda não a com os jornais e sorrindo de fome, o canto importuno das
esperavam quando ela desabou sobre a cidade em nuvens empregadas do edifício. Ana dava a tudo, tranquilamente,
carregadas. Ainda não estavam acesas as luzes do cais, no sua mão pequena e forte, sua corrente de vida.
Farol das Estrelas não brilhavam ainda as lâmpadas pobres Certa hora da tarde era mais perigosa. Certa hora da
que iluminavam os copos [...], muitos saveiros ainda tarde as árvores que plantara riam dela. Quando nada mais
cortavam as águas do mar quando o vento trouxe a noite de precisava de sua força, inquietava-se. No entanto sentia-se
nuvens pretas. mais sólida do que nunca, seu corpo engrossara um pouco e
AMADO, Jorge. Mar morto. 79ª ed. Rio de Janeiro: Record, 2001. Fragmento.
era de se ver o modo como cortava blusas para os meninos, a
QUESTÃO 13. No trecho “... que iluminavam os copos...”, grande tesoura dando estalidos na fazenda. Todo o seu desejo
o pronome destacado retoma o substantivo vagamente artístico encaminhara-se há muito no sentido de
(A) homens. tornar os dias realizados e belos; com o tempo, seu gosto
(B) luzes do cais. pelo decorativo se desenvolvera e suplantara a íntima
(C) Farol das Estrelas. desordem. Parecia ter descoberto que tudo era passível de
(D) lâmpadas pobres. aperfeiçoamento, a cada coisa se emprestaria uma aparência
(E) saveiros. harmoniosa; a vida podia ser feita pela mão do homem.
LISPECTOR, Clarice. Laços de Família. Rio de Janeiro: Rocco, 1998. p. 19. Fragmento.
(SADEAM). Leia o texto abaixo.
QUESTÃO 15. No trecho “... deformando o novo saco de
tricô, ...” (ℓ. 2), a palavra destacada tem o mesmo
sentido do verbo
(A) amassar.
(B) enfeiar.
(C) estragar.
(D) sujar.
(E) transformar.
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