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Figura 8: Painéis Solares – Energia Solar

Energia solar é um termo que se refere à energia proveniente da luz e do calor do sol.
Nesse sentido, a energia luminosa pode ser convertida em energia elétrica através do
uso de painéis fotovoltaicos, sendo chamada também de energia fotovoltaica a ser
distribuída em residências, comércios e indústrias. Com efeito, para o aproveitamento
da energia solar, podem ser utilizadas técnicas ativas* e passivas*.
*Ativas: incluídos os painéis, os aquecedores solares e os concentradores solares
térmicos das centrais heliotérmicas.
*Passivas: orientação de um edifício para o sentido de maior incidência solar e a
escolha por materiais com massa térmica favorável/translúcidos.

A Energia Solar é uma energia primária, visto que não necessita ser transformada ou
convertida para trabalhar – (utilizada de forma direta).

TIPOS DE ENERGIA SOLAR

A energia solar pode ser usada na produção de energia elétrica por meio de
dois sistemas: heliotérmico e fotovoltaico.
PAINÉIS FOTOVOLTAICOS

Figura 9: Painéis Fotovoltaicos

Chama-se fotovoltaico ao tipo de painel solar usado para produzir energia elétrica a


partir da luz solar. É isso que o distingue de um painel solar térmico, cuja função é
transformar energia solar em energia térmica, para aquecimento de águas, por
exemplo. Mas para produzir eletricidade não chega o painel solar. Para que a
eletricidade gerada seja aproveitada para os mais variados usos, um painel solar
costuma ser acompanhado de um conversor de corrente em corrente alternada, de
um gerador e de um quadro elétrico. A este conjunto chama-se sistema fotovoltaico.
Os sistemas fotovoltaicos são compostos por: painel fotovoltaico, regulador de carga
de bateria, bateria, conversor de corrente (corrente contínua em corrente alternada),
gerador e quadro. O principal componente de um painel solar é o silício. as células
habitualmente são ligadas entre si em conjuntos de 60 ou 72 num módulo solar, com
pistas condutoras de alumínio, que permitem conduzir a energia. Ligados numa
estrutura única, esses módulos formam um painel solar. Tudo começa com a
incidência da luz solar nas células solares. Esta luz é composta por partículas
minúsculas (fotões), que possuem energia e criam tensão elétrica ao embater nos
painéis. É aqui que o silício entra em ação.

Ao entrarem em contacto com os painéis, os fotões transferem a sua energia para os


eletrões presentes nos átomos de silício forçando a sua deslocação. Este fenómeno
denomina-se “efeito fotovoltaico”. Os fotões estimulam o movimento dos eletrões.
As propriedades do silício permitem assegurar a circulação de energia.

Este elemento químico é um semicondutor: tem algumas propriedades dos metais,


que conduzem energia e também algumas propriedades dos materiais isolantes. Cria-
se assim a corrente elétrica que pode ser usada como eletricidade. Assim, esta
corrente elétrica depois é encaminhada até ao inversor cuja função é preparar
esta energia para poder ser consumida.
PORQUE É QUE OS PAINÉIS COSTUMAM ESTAR INCLINADOS?
 
Os painéis são instalados de forma a maximizar a exposição ao sol. Tendo em conta a
variação do ângulo de incidência da luz solar ao longo do ano, o ideal é inclinar o
painel. O melhor grau de inclinação depende da sua localização específica.
O tempo de vida estimado de um sistema fotovoltaico é de 25 anos.

ENERGIA SOLAR HELIOTÉRMICA


No sistema heliotérmico, a energia proveniente do Sol é transformada em
calor, aquecendo, principalmente, a água de residências, hotéis e clubes. Para
que isso seja possível, são utilizados painéis solares (espelhos, coletores,
helióstatos), que refletem a luz solar, concentrando-a em um único ponto no
qual há um recetor.

O recetor é constituído por um líquido, que é aquecido pela luz solar refletida
nos painéis. Esse líquido é responsável pelo armazenamento de calor,
aquecendo a água nas usinas e, assim, produzindo vapor. Esse vapor
movimenta as turbinas nas usinas, provocando o acionamento de geradores,
que produzem energia elétrica.

Regiões com grande incidência solar, poucas nuvens e terrenos planos são
próprias para produção de energia solar heliotérmica. No Brasil, as regiões
Nordeste, Centro-Oeste e Sudeste destacam-se na produção desse tipo de
energia solar.

VANTAGENS E DESVANTAGENS

Tabela 3: Vantagens e Desvantagens da energia Solar


ENERGIA SOLA NO MUNDO
Apesar do crescimento do uso da energia solar nos últimos anos, essa forma
energética representa apenas 1,3% da energia elétrica gerada no mundo.

Quando o assunto é uso de energia solar, a China aparece como líder no


ranking de países que investem nesse setor, representando cerca de 26% das
instalações de energia solar do mundo. Países como Estados Unidos e Japão
também se destacam, cada um representando, aproximadamente, 13% da
produção.

Tabela 4: Lista dos países líderes


em produção de energia solar

Figura 10: Potencial previsto para


a energia solar em 2010

A distribuição de sistemas de energia solar no mundo tem crescido exponencialmente


nos últimos anos. Segundo a IEA (International Energy Agency), o uso de energia solar
poderá chegar a 30% em 2022 em países com maior capacidade instalada de geração,
como a China, Alemanha, Japão e EUA.
ENERGIA SOLAR EM PORTUGAL

Sendo Portugal um dos países europeus com mais horas por ano, entre 2 200 a 3 000,
no entanto apesar deste do cenário bastante otimista, apesar do sistema de
aproveitamento de energia solar ser um dos mais acessíveis monetariamente, ainda
não temos painéis solares suficientes para explorar ao máximo de uma das maiores
fontes de Energias Renováveis.

Em Portugal, temos já algumas aplicações interessantes da energia solar fotovoltaica,


nomeadamente no fornecimento das necessidades básicas de energia elétrica a
habitações distantes da rede pública de distribuição, na sinalização marítima (boias e
faróis), em passagens de nível ferroviárias e nas telecomunicações (retransmissores de
televisão e sistemas de SOS instalados nas autoestradas e estradas nacionais).

Portugal é um dos países da Europa com maior disponibilidade de radiação solar. Uma
forma de dar ideia desse facto é em termos do número médio anual de horas de Sol, que
varia entre 2.200 e 3.000 para Portugal e, por exemplo, para Alemanha varia entre 1.200
e 1.700 h. Contudo, este recurso tem sido mal aproveitado para usos tipicamente
energéticos. Basta verificar alguns dos números relativos à difusão dos coletores solares
térmicos na Europa, não só na Orla Mediterrânea como em países como a Alemanha é a
Áustria, para compreender que algo deveria ser feito em Portugal para a promoção da
energia solar.

Figura 11: Mapa informativo de


incidência de radiação solar Portugal
PORQUE É QUE PORTUGAL TEM UM FRACO DESENVOLVIMENTO NO QUE
TOCA A ENERGIA SOLAR?

Existem várias razões que poderão explicar o fraco desenvolvimento da Energia Solar
em Portugal, sendo algumas delas:
» Más experiências no primeiro período de expansão do solar (década de 80),
associadas à falta de qualidade dos equipamentos e, sobretudo, das instalações, o que
afetou negativamente a sua imagem;
» Falta de informação específica sobre as razões do interesse e as possibilidades desta
tecnologia junto dos seus potenciais utilizadores;
» Custo elevado do investimento inicial, desencorajando a adoção de uma solução
que, pode competir com as alternativas convencionais;
» Barreiras técnicas e tecnológicas à inovação ao nível da indústria, da construção e
da instalação de equipamentos térmicos;
» Insuficiência e inadequação das medidas de incentivo.

Novos equipamentos e mais fiáveis, foram aparecendo no mercado, dando origem a


uma verdadeira indústria solar térmica e fotovoltaica na Europa. Em Portugal, para
além dos mais variados equipamentos importados, já existem hoje alguns coletores
solares térmicos de tecnologia portuguesa. A indústria nacional contribui com o fabrico
de equipamentos de qualidade, de competência na área da engenharia e capacidade
de instalação de sistemas, bem como de controlo e certificação da sua qualidade
atualmente a cargo do LECS – Laboratório de Ensaios de Coletores Solares do INETI.

PERSPETIVAS
O cenário futuro para a energia solar mostra-se com algumas mudanças a médio
prazo. Irão haver alterações tanto ao nível da eficiência energética nos edifícios como
ao nível da energia solar térmica ativa, com a obrigatoriedade da instalação de
coletores solares para o aquecimento das águas sanitárias.
Nas áreas do solar fotovoltaico prevê-se a promoção da produção de eletricidade a
partir desta fonte, tendo em atenção a Diretiva sobre a produção de energia elétrica a
partir de fontes renováveis, que estipula, para Portugal, uma meta indicativa de 39%
de renováveis no consumo bruto de eletricidade, prevendo-se como meta os 50 MWp
de potência fotovoltaica instalada em 2010, o que nos colocará ao nível ou mesmo
acima dos outros países da União Europeia, em termos de potência fotovoltaica
instalada per capita.
Os dois principais vetores de desenvolvimento dos sistemas fotovoltaicos em Portugal
serão os sistemas ligados à rede elétrica e os sistemas autónomos destinados a
eletrificação rural.
Todas as medidas de desenvolvimento da energia solar tem de ser balanceadas e com
estreita ligação aos vários agentes responsáveis nestas áreas e em áreas anexas,
fazendo também passar ao público em geral este tipo de iniciativas de forma a criar
sinergias entre os utilizadores e os responsáveis, e não cometer erros de isolamento do
público em geral, que será o verdadeiro motor do arranque do desenvolvimento deste
tipo de energia, uma vez que será ele o principal beneficiado em termos de economia
energética, monetária e de aumento do conforto. O Custo das Instalações Solares
Térmicas de Aquecimento de Água em Portugal para os pequenos sistemas situa-se
entre os 600/800 €/m2, enquanto que nos grandes sistemas esse valor desce para
350/600 €/m2.

Evolução da área de coletores solares instalados em Portugal


Gráfico 2: Previsão sobre a evolução da área de coletores solares instalado em
Portugal até 2010

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