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ACAUÃ SORRENTINO AMOEDO

EDUARDO FLORENTINO

HÉLIO CARDEAL PASCHOAL

HERNANDES PAIXÃO DA SILVA

LUCAS LOSSAÇO

LUCAS ALEIXO

LUCAS REZENDE SOARES

LUCAS MATHEUS

WILSON JOSÉ MAZZA

PROJETO INTEGRADOR: WATTÍMETRO

São Paulo

2020
ACAUÃ SORRENTINO AMOEDO – RA 3017109031

EDUARDO FLORENTINO – RA 3017109070

HÉLIO CARDEAL PASCHOAL – RA 3017101149

HERNANDES PAIXÃO DA SILVA – RA 3017101126

LUCAS LOSSAÇO – 3017101055

LUCAS ALEIXO – RA 3017102276

LUCAS REZENDE SOARES – RA 3017100780

LUCAS MATHEUS – RA 3017104717

WILSON JOSÉ MAZZA – RA 3017105569

WATTÍMETRO

Projeto integrador, apresentado ao

Centro universitário Nove de Julho, curso de

Engenharia elétrica, nota na disciplina de Projeto Integrador.

Professor Orientador: Francisco Elanio Bezerra.

São Paulo

2020
RESUMO

No presente artigo buscou-se uma revisão de literatura acerca do tema de construção de


um wattímetro. Para tal, veremos quais as suas principais funções de medição de potência,
quais leis físicas ocorrem em seu interior, quais cálculos são executados internamente por
ele e quais principais aplicações de utilização pratica.

PALAVRAS-CHAVES: wattímetro, potência, medição.

1. INTRODUÇÃO
O wattímetro (ou medidor de energia) é um dispositivo que faz aquisição de referenciais
de tensão e corrente, assim, internamente através do galvanômetro e interações
eletromagnéticas ele aponta um valor de potência média que é a potência de fato utilizada
ou potência ativa. Essa potência é medida em watts (W), por isso o nome do instrumento
é wattímetro. Dentro desse segmento existem 2 vertentes: eletrodinâmico e digital. (Solon
de Medeiros Filho, 1981)
 Eletrodinâmico, utiliza bobinas em série e paralelo com a carga, resistência e
galvanômetro. Aponta o valor na escala através dos efeitos eletromagnéticos,
limitado a medição de potência média; (Solon de Medeiros Filho, 1981)
 Digital, utiliza CI’s que recebem as referências de tensão e corrente, realiza os
cálculos internamente e ilustra em um tela digitalizada, não possui galvanômetro,
pode realizar medições de tensões de pico, média, baixa, Kw/h consumidos entre
outros. (Solon de Medeiros Filho, 1981)
Neste artigo, foi realizada a construção teórica e simulada de um Wattímetro
eletrodinâmico, por meio de simulações, cálculos e testes.

1.1 Objetivo geral

Desenvolver um projeto descritivo sobre o funcionamento e montagem de um wattímetro


e apresentar simulações

1.2 Objetivo específico

 Analisar as principais aplicações de wattímetros por meio de cálculos e


simulações;
 Acompanhar o processo simulado de montagem e testes com o wattímetro.

2. REFERENCIAL TEÓRICO
Para que seja possível a realização dos cálculos e das simulações do wattímetro,
primeiramente deve-se entender alguns conceitos como o de tensão, corrente e
resistência. A tensão dada por Volts (V) e representada pela letra U, é a força que empurra
os elétrons de forma ordenada pelos condutores e pode ser calculada pela equação (1).
(Cardoso, J. R., 2011)
U=R×I (1)

A corrente dada por Amperes (A) e representada pela letra I, é o fluxo ordenado de
elétrons em um condutor e pode ser calculada pela equação (2). (Cardoso, J. R., 2011)
𝑈
I= (2)
𝑅

Por fim a resistência dada por Ohms (Ω) e representada pela letra R, é como o nome diz
as dificuldades que os elétrons encontram para circularem nos condutores, e está
diretamente relacionado com a temperatura dos condutores, podendo ser calculado como
em (3). (Cardoso, J. R., 2011)
𝑈
R= (3)
𝐼
Sabendo disso, pode-se seguir adiante para aprofundar-se mais no estudo das potências.
Podendo-se dizer que em uma carga puramente resistiva, sua potência em Watts pode ser
calculada por (4). (Cardoso, J. R., 2011)
𝑈2
P= (4)
𝑅

2.1 Triangulo das potências

O triângulo das potências é formado por 3 vetores da potência, divididos pela potência
que realiza o trabalho e é realmente útil (P), a potência total gerada pela fonte (S), e a
potência absorvida pelas reatâncias indutivas e capacitivas da carga que não realiza
trabalho (Q), elas são respectivamente:

 Potência ativa (W);


 Potência aparente(VA);
 Potência reativa (VAR);

2.2 Potência ativa

Se obtém a potência ativa através da multiplicação da potência aparente S pelo cosseno


do ângulo de fase (cos φ) e é representada normalmente por P. Conforme demonstrado
em (5). (EDMINISTER, J. A., 2013)

P = S × cosφ (5)

Ou em (6).
P = V × I × cosφ (6)

2.3 Potência aparente

É dada pelo produto da corrente e tensão e sua unidade é medida por Volt-Amper. A
Potência aparente é expressa comumente pela letra S. Como demonstrado na expressão
(7). (EDMINISTER, J. A., 2013)

S=V×I (7)

Ou em (8).

S = √P 2 + Q² (8)

2.4 Potência reativa

É obtida pelo produto da potência aparente S vezes o seno do ângulo de fase (sen φ) e é
representada pela letra Q, assim como demonstra a expressão (9). (EDMINISTER, J. A.,
2013)

𝑄 = 𝑉 × 𝐼 × 𝑠𝑒𝑛𝜑 (9)

2.5 Galvanômetro

Existem 2 tipos de galvanômetros, o de bobina móvel e o de ferro móvel. O de bobina


móvel é o mais utilizado e é constituído por uma bobina de fio de pequena secção nominal
que envolve um eixo móvel instalado entre os polos de um imã fixo. Nessa bobina circula
a corrente ou tensão a ser medida e de acordo com a intensidade do campo magnético
gerado em contraste com o campo do imã a bobina gira movendo o ponteiro sobre a escala
e indicando a quantidade da força circulante em seu interior. (Solon de Medeiros Filho,
1981)
O galvanômetro de ferro móvel é menos utilizado, por ser menos sensível e é constituído
por uma bobina fixa que envolve uma peça de ferro que é ligada a um ponteiro e de acordo
com o campo magnético gerado no interior da bobina o ponteiro se movimenta na escala
e indica a medição. (Solon de Medeiros Filho, 1981)

2.6 Principais aplicações

Os Wattímetros são amplamente utilizados em painéis elétricos em que se implementam


sistemas de proteção e controle para motores ou geradores elétricos, a fim de que se possa
realizar a leitura das potências que estão sendo geradas ou consumidas.
A concessionária de energia elétrica também utiliza o wattímetro no relógio de medição
que existe nas residências para poder fazer a cobrança da energia de acordo com os KW
utilizados por hora. (Solon de Medeiros Filho, 1981)

3. METODOLOGIA
A montagem do wattímetro inicia-se pela construção de seu esquema elétrico, para que
ao inserir as pontas de prova no circuito, o galvanômetro aponte uma medição na escala.
Para tal usou-se:
 1 galvanômetro de bobina móvel (bobina de potencial);
 1 bobinas fixa (bobina de campo);
 Resistor de 1Ω;
 Mola restauradora;
 Escala de 0 a 1kw.
No esquema representado na figura 1, a corrente (i) que circula pela bobina de campo é a
mesma que circula na carga Z, a corrente (ip) que passa pela bobina de potencial é muito
baixa, sendo dada praticamente por e/R (R=1 Ω). Dessa forma, o conjugado do motor irá
depender da multiplicação de e x i, sendo e e i variáveis no tempo com frequência de
60Hz o galvanômetro de bobina móvel não poderá acompanhar essa variação, tomando
posição de maneira que o conjugado de resistência da mola restauradora do galvanômetro
seja igual ao conjugado da carga produzido pela ação eletromagnética, apontando a
posição equivalente a potência ativa e proporcionando que através de cálculos possa-se
montar uma escala fracionada. (UFSC, 2006/1)

Figura 1 – Esquema básico de ligação de um wattímetro (UFSC, 2006/1)


Para a realização dos testes utilizou-se o software de simulação PROTEUS, o circuito foi
montado com uma fonte de alimentação AC (G1), um voltímetro (P1) em paralelo com a
fonte para confirmação do valor da fonte, um amperímetro (P2) para visualização da
corrente circulando pela carga, um wattímetro (P3) para visualização da potência ativa
dissipada pela carga carga e uma carga de 1KΩ.
Para que haja referência de resultados de corrente utilizou-se a equação (2) para cálculos,
e para potência as equações (2), (3), e (6). Em seguida foram aplicados 3 diferentes níveis
de tensão (220, 380, 440), fazendo com que houvesse variação na corrente da carga e na
potência ativa dissipada, assim, registra-se os valores obtidos por meio do wattímetro.
Conforme demonstra a figura 2.
Os resultados foram demonstrados em tabela 1.

Figura 2 – Circuito utilizado para simulação de testes (PROTEUS)

4. RESULTADOS
Analisando os resultados obtidos em cálculos e comparando com os resultados obtidos
em simulação, nota-se que os resultados de potência embora próximos, não atingem a
igualdade, isso se dá devido aos erros de medições gerados pelas perdas no cobre e no
ferro, que ocorrem dentro do medidor. Nesse caso os valores de potência medidos,
divergiram dos calculados, isto se deve as diferenças de arredondamentos nos cálculos
utilizados pelo software.
220 VCA
Calculado Medido
Corrente 0,22 A 0,22 A
Potência 48,4 W 47,3 W
380 VCA
Calculado Medido
Corrente 0,38 A 0,38 A
Potência 144,4 W 144 W
440 VCA
Calculado Medido
Corrente 0,44 A 0,44 A
Potência 193,6 W 193 W

Tabela 1 - Resultados de potência ativa obtidos em simulação de medição no software


PROTEUS.
5. CONCLUSÃO
Durante esse estudo fez-se uma revisão literária sobre todo o conceito de potência, para
que fosse elucidado e explicitado de maneira simplória o funcionamento dos
componentes internos de um wattímetro. Conhecimento que é de vital importância para
profissionais da área da elétrica, que deparam-se diariamente com situações em campo,
em que precisa-se do domínio desse tema para que garanta-se as leituras corretas por
equipamentos de controle ou até mesmo para que possa ser feita a cobrança assertiva pela
energia gerada ou entregue.
Diante disso e dos testes apresentados, pode se dizer que a leitura apresentada por um
wattímetro construído de maneira simples é confiável e muito útil para situações
cotidianas de engenheiros eletricistas.

REFERÊNCIAS
[1] EDMINISTER, J. A. Eletromagnetismo. 3 ed. São Paulo: Bookman, 2013.

[2] Cardoso, J. R. Engenharia Eletromagnética – Rio de Janeiro: Elsevier, 2011.

[3] Kurt Gieck – manual de fórmulas técnicas. 2° edição revista e ampliada. (No total de
57 edições)

[4] Solon de Medeiros Filho - Fundamentos de Medidas elétricas, Guanabara dois, 1981.

[5] EEL7040 – Universidade Federal de Santa Catarina - departamento de engenharia


elétrica - circuitos elétricos I – 2006/1.

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