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Energia solar corresponde à energia proveniente da luz e do calor emitidos pelo Sol.

Essa fonte
de energia pode ser aproveitada de forma fotovoltaica ou térmica, gerando energia elétrica e
térmica, respectivamente. Por ser considerada uma fonte de energia limpa, a energia solar é
uma das fontes alternativas mais promissoras para obtenção energética.

A utilização de energia solar como fonte de energia alternativa possui inúmeras vantagens.

É uma matriz energética, é limpa, renovável, abundante e que apresenta bom custo-benefício.
Nos Estados Unidos, já é bastante usada no aquecimento de água e na geração de energia
elétrica. Países que se encontram nos trópicos – como México, Bahamas, China, Brasil e
Paraguai – possuem grande potencial de obtenção dessa energia, em decorrência da grande
insolação que recebem. O aproveitamento da luz solar, no entanto, ainda requer avanços na
tecnologia para que seu uso seja viabilizado economicamente.

A energia elétrica por meio da luz solar pode ser obtida de duas formas:

• Direta: por meio de painéis de células fotovoltaicas ou por meio de coletores instalados no
telhado das residências.

• Indireta: por meio de usinas, construídas em áreas em que a insolação é abundante, onde
são instalados inúmeros coletores solares."

A energia solar, como o próprio nome indica, refere-se à energia cuja fonte é o Sol. Sua
captação pode ser feita por meio de diversas tecnologias, como painéis fotovoltaicos, usinas
heliotérmicas e aquecedores solares.

Basicamente, ao ser captada, a luz solar é convertida em energia. Nos painéis fotovoltaicos e
nas usinas heliotérmicas, a luz solar é convertida em energia elétrica e térmica. Já no
aquecimento solar, a luz solar é convertida em energia térmica.

Tipos de energia solar

A energia solar pode ser usada na produção de energia elétrica por meio de dois sistemas:
heliotérmico e fotovoltaico.

Energia solar fotovoltaica

Energia solar fotovoltaica nada mais é do que a conversão direta da radiação solar em energia
elétrica. Essa conversão é realizada pelas chamadas células fotovoltaicas, compostas por
material semicondutor, normalmente o silício. Ao incidir sobre as células, a luz solar provoca a
movimentação dos elétrons do material condutor, transportando-os pelo material até serem
captados por um campo elétrico (formado por uma diferença de potencial existente entre os
semicondutores). Dessa forma, gera-se eletricidade.

Constituído por painéis, módulos e equipamentos elétricos, o sistema fotovoltaico não exige
um ambiente com alta radiação para funcionar. No entanto, a quantidade de energia
produzida depende da densidade das nuvens, ou seja, quanto menos nuvens houver no céu,
maior será a produção de eletricidade.

Essa forma de obtenção de energia, uma das mais promissoras atualmente, vem crescendo
cada vez mais em virtude da redução dos preços e dos incentivos oferecidos para que os países
adotem fontes renováveis de energia."

"Energia solar heliotérmica

No sistema heliotérmico, a energia proveniente do Sol é transformada em calor, aquecendo,


principalmente, a água de residências, hotéis e clubes. Para que isso seja possível, são
utilizados painéis solares (espelhos, coletores, helióstatos), que refletem a luz solar,
concentrando-a em um único ponto no qual há um receptor.

O receptor é constituído por um líquido, que é aquecido pela luz solar refletida nos painéis.
Esse líquido é responsável pelo armazenamento de calor, aquecendo a água nas usinas e,
assim, produzindo vapor. Esse vapor movimenta as turbinas nas usinas, provocando o
acionamento de geradores, que produzem energia elétrica.

Regiões com grande incidência solar, poucas nuvens e terrenos planos são próprias para
produção de energia solar heliotérmica. No Brasil, as regiões Nordeste, Centro-Oeste e
Sudeste destacam-se na produção desse tipo de energia solar."

"Vantagens e desvantagens

A energia solar é considerada uma fonte renovável de energia, já que é obtida por meio de
uma fonte inesgotável: o Sol. Apesar de apresentar inúmeros benefícios para o meio ambiente,
o uso dessa fonte energética apresenta também algumas desvantagens. Observe o quadro
abaixo:"

"Vantagens Desvantagens
Para ser fabricado, um painel solar consome grande
Fonte renovável e inesgotável de energia. quantidade de energia, que, às vezes, é maior do
que a própria energia gerada por ele.
Preços elevados em relação à produção de energia
Não poluente.
por meio de fontes não renováveis.
Exige pouca manutenção em suas centrais de Produção variável de acordo com as condições
produção. atmosféricas.
Painéis solares cada vez mais eficientes e com Durante a noite, a energia solar não é produzida.
custos cada vez mais baixos.
Fonte de energia viável para lugares afastados e
de difícil acesso, visto que não necessita de Regiões localizadas em latitudes médias/altas
grandes investimentos na manutenção de produzem pouca energia durante o inverno.
equipamentos.
Excelente fonte de energia para países O armazenamento desse tipo de energia é pouco
tropicais, como o Brasil, cuja radiação solar eficiente se comparado à energia hidrelétrica, aos
costuma ser intensa durante boa parte do ano. combustíveis fósseis e à biomassa.
Requer áreas menos extensas para ser Requer um sistema eficiente de armazenamento."
produzida.

"Energia solar no Brasil

O Brasil foi o primeiro país subdesenvolvido a fabricar células fotovoltaicas. Por estar
localizado próximo à Linha do Equador, uma região de alta incidência solar, o país conta com
um cenário extremamente favorável para a geração energética a partir da energia solar. Além
disso, é abundante em silício, matéria-prima usada para fabricação das células fotovoltaicas.

Atualmente, o Brasil possui cerca de 30 mil geradores de energia fotovoltaica. De acordo com
a Abrava (Associação Brasileira de Refrigeração, Ar-Condicionado, Ventilação e Aquecimento),
existem no país cerca de 500 mil coletores solares residenciais. A previsão é de que Brasil
fechará o ano de 2018 com uma capacidade instalada de energia solar próxima aos 2,5
gigawatts, eficiência cerca de 115% maior em relação ao ano anterior.

No país, há ainda alguns projetos a respeito da geração da energia heliotérmica,


principalmente na região Nordeste. Em 2010, o Ministério de Minas e Energia e o Ministério da
Ciência, Tecnologia e Inovação iniciaram um acordo para a construção de plataforma de
pesquisa em Petrolina, Pernambuco, com o objetivo de introduzir a energia solar no mercado
brasileiro.

Leia mais: Produção de energia por usinas hidrelétricas

Outro projeto é o SMILE (Sistema Solar Híbrido com Microturbina para Geração de Eletricidade
e Cogeração de Calor na Agroindústria), cujo objetivo é construir duas usinas solares para
geração de eletricidade integrada às atividades agroindustriais. A previsão é que seja
construída uma usina em Pirassununga, no estado São Paulo, e outra em Caiçara do Rio do
Vento, no Rio Grande do Norte.
Apesar disso, os custos para geração de energia solar ainda são bastante elevados se
comparados a outras fontes de energia, como a hidráulica e os combustíveis fósseis. A
instalação de um sistema de energia solar no Brasil custa cerca de 3,5 mil euros por kWp
(quilo-watt pico). O elevado custo de instalação, somado à falta de informação a respeito da
efetividade dos painéis fotovoltaicos, explica o fato de a energia solar ainda não ter alcançado
boa parte das residências, estabelecimentos e indústrias no Brasil. Sendo assim, o país ainda
não se configura entre os líderes na produção e no uso de energia solar.

Saiba mais: Distribuição de energia elétrica no Brasil

Energia Solar no Mundo

Apesar do crescimento do uso da energia solar nos últimos anos, essa forma energética
representa apenas 1,3% da energia elétrica gerada no mundo.

Quando o assunto é uso de energia solar, a China aparece como líder no ranking de países que
investem nesse setor, representando cerca de 26% das instalações de energia solar do mundo.
Países como Estados Unidos e Japão também se destacam, cada um representando,
aproximadamente, 13% da produção.

Veja a seguir a lista dos países líderes em produção de energia solar:"

Em 2016, a China representou cerca de 40% da capacidade solar


China
instalada no mundo.
É o país com a maior capacidade solar instalada por pessoa, cerca de
Alemanha
500 watts por habitante.
É o segundo país com a maior capacidade solar instalada por pessoa,
Japão
com aproximadamente 337 watts por habitante.
A energia solar representa cerca de 10% da geração de energia elétrica
Estados Unidos
nesse país.
Cerca de 7,8% da produção de energia elétrica nesse país é
Itália
representada pela energia solar.

A norma ABNT NBR 16690 estabelece os requisitos de projeto das instalações


elétricas de arranjos fotovoltaicos, incluindo disposições sobre os condutores,
dispositivos de proteção elétrica, dispositivos de manobra, aterramento e
equipotencialização do arranjo fotovoltaico.

O escopo da norma inclui todas as partes do arranjo fotovoltaico até, mas não
incluindo, os dispositivos de armazenamento de energia, as unidades de
condicionamento de potência ou as cargas.
Uma exceção é a de que disposições relativas a unidades de condicionamento
de potência e/ou a baterias são abordadas apenas onde a segurança das
instalações do arranjo fotovoltaico está envolvida.

A interligação de pequenas unidades de condicionamento de potência em


corrente contínua para conexão a um ou dois módulos fotovoltaicos também
está incluída no escopo desta norma. Neste ponto, convém deixar claro o
conceito de arranjo fotovoltaico.

A célula fotovoltaica é o dispositivo fotovoltaico elementar, que realiza a


conversão direta da energia solar em energia elétrica.

Para aumentar a potência gerada é necessário associar várias células, o que dá


origem ao módulo fotovoltaico, que é definido como a unidade básica formada
por um conjunto de células fotovoltaicas, interligadas eletricamente e
encapsuladas.

Os módulos, por vezes, são chamados no mercado de placas fotovoltaicas ou


painéis fotovoltaicos, e entregam potências da ordem de 250 a 300 Wp (watt-
pico), com tensões entre 30 e 40 V, em corrente contínua. Quando é necessário
gerar potência e tensão maiores do que aquela fornecida por apenas um
módulo, surge então a figura do arranjo fotovoltaico, que é o conjunto de
módulos fotovoltaicos mecânica e eletricamente integrados, incluindo a
estrutura de suporte. Através dos arranjos fotovoltaicos pode-se conseguir
potências da ordem de MWp (megawatt-pico).

Outro esclarecimento importante: embora o título da norma seja ‘Instalações


elétricas de arranjos fotovoltaicos – Requisitos de projeto’, a mesma deve ser
utilizada também nas etapas de instalação e manutenção. Isto porque ela
apresenta requisitos que devem ser considerados no projeto, mas que
precisam ser aplicados na instalação.

Além do mais, o capítulo 7 do documento refere-se à ‘Verificação final’, pela


qual a obra, após sua conclusão, é avaliada e comparada com as prescrições
da norma. Por fim, o capítulo 8 trata da ‘Manutenção’ da instalação
fotovoltaica.

Concluindo, a norma ABNT NBR 16690 é mais ampla e completa do que sugere
seu título, não havendo, neste momento, previsão de serem elaboradas outras
normas complementares especificamente sobre energia fotovoltaica.

Conforme reforça o engenheiro Paulo Frugis, é necessário que a NBR 16690


seja aplicada em conjunto e complemento às normas ABNT NBR 5410
(Instalações elétricas de baixa tensão) e ABNT NBR 5419 (Proteção contra
descargas atmosféricas). Porém, é a NBR 16690 que trata de forma abrangente
e mais profundamente de algumas questões relevantes para os sistemas
fotovoltaicos, como condutores e resistência a intempéries, dispositivos de
proteção e manobra, aterramento e equipotencialização. “Outro ponto a
ressaltar é que a norma deve ser aplicada tanto em sistemas conectados como
em sistemas isolados com baterias”, completa o executivo da NeoSolar. Outro
questionamento que surge neste momento é se a ABNT NBR 16690 consiste
em uma nova norma brasileira ou configura meramente uma tradução.
Segundo Hilton Moreno, a norma vem para colocar ordem em um mercado
que tinha seus projetos e instalações feitos, muitas vezes, a partir de
especificações próprias dos fornecedores dos sistemas, baseados em práticas
e procedimentos adotados, via de regra, em suas matrizes no exterior. “Mesmo
que esses procedimentos em geral sejam baseados em normas internacionais
ou estrangeiras, há diferenças entre eles, o que não é bom para o mercado.
Com uma norma ABNT, os requisitos mínimos de qualidade e, sobretudo, de
segurança, ficam estabelecidos”, contrapõe.

Respondendo diretamente à questão inicial, Hilton diz que a ABNT NBR 16690
é baseada na norma internacional IEC/TS 62548:2013, porém, passou por
vários ajustes para aplicação no mercado brasileiro. “Isso é tanto verdadeiro
que a norma recebeu a numeração 16690, e não foi simplesmente batizada
como ‘NBR IEC 62548’, o que deveria ocorrer, se fosse uma simples tradução
do documento IEC original”, compara o especialista.

A começar pelo capítulo 3, ‘Termos e definições’, que estabelece definições no


modo como as palavras devem ser empregadas nesse segmento. Por exemplo:
o mercado usa os termos placa ou painel fotovoltaico, mas a norma definiu
que deve ser utilizado ‘módulo fotovoltaico’. Conforme observa Hilton, não se
trata de ‘certo’ ou ‘errado’. O importante, diz ele, é estabelecer um termo que
seja compreendido por todos e que sirva para definir completamente um
produto, solução ou qualquer outra coisa que envolva o assunto.

A questão da segurança também está contemplada no novo regulamento. “Um


ponto muito importante da norma é sua preocupação com a proteção contra
os choques elétricos nas instalações fotovoltaicas – muito justificada, porque
em várias situações o sistema opera em tensões elevadas em corrente
contínua, o que pode colocar as pessoas em situação de risco”, pondera Hilton.

O especialista cita ainda o destaque dado para as medidas de proteção contra


sobretensões – que segundo ele é o problema mais recorrente nas instalações
fotovoltaicas, tendo em vista a exposição direta dos seus componentes às
descargas atmosféricas, seja nos telhados ou nas grandes áreas abertas,
quando os módulos são instalados no solo.
Paulo Frugis, da NeoSolar, diz que os sistemas mal executados podem
ocasionar perda de rendimento, aquecimentos indevidos, fugas de corrente,
descargas elétricas e até incêndios, e que a norma traz premissas a fim de
padronizar a execução dos serviços, de forma a mitigar a ocorrência dos
problemas citados. “Esperamos que as empresas se adequem à nova norma e,
com isso, os projetos passem a ser executados com maior qualidade e
segurança. Além disso, deve promover maior conscientização e
profissionalismo dos projetistas, instaladores e empresas em geral. É
importante lembrar que além dessa norma, outras regulamentações devem
ser atendidas, como certificação nas normas NR-10 e NR-35, do Ministério do
Trabalho”, completa. Apesar da expectativa positiva em relação à nova norma,
Hilton esclarece que a pura e simples existência de um regulamento não é
suficiente para garantir que não ocorrerá nenhum problema ao longo do
caminho. “Com a publicação da ABNT NBR 16690, passa a existir uma série de
requisitos mínimos comuns a todos os projetos e instalações e que levam em
conta principalmente a segurança das pessoas e do patrimônio, além do
desempenho da geração obtida. Os problemas técnicos que existiam antes da
publicação da norma, ligados a choques elétricos, sobretensões, etc., poderão
continuar existindo, caso os profissionais não observem os requisitos da
norma e as chamadas boas práticas de engenharia. A norma somente terá
valor se for seguida pelos profissionais”, condiciona o especialista.

Caso a norma seja devidamente adotada pelo mercado, a tendência será a


redução de problemas como choques elétricos e ocorrências de sobretensão,
por exemplo. “A sociedade poderá ter instalações mais seguras, com menos
acidentes e, consequentemente, menores custos materiais, pessoais, de saúde
pública, afastamentos, indenizações, etc. Também poderá contar com sistemas
comissionados que tenham desempenho energético verificado, o que contribui
para a matriz energética”, complementa Hilton, lembrando que a norma
estabelece requisitos mínimos, os seja, os profissionais estão livres para adotar
algo a mais, de maneira a ampliar o rigor da legislação.

Embora não seja o objetivo primário da norma, a redução de preços das


instalações é outro benefício esperado, uma vez que a padronização de
produtos e procedimentos sempre resulta em ganho de escala. “O resumo é
que não há perdedores, quando normas técnicas baseadas em consenso,
como foi o caso da NBR 16690, são aplicadas pelo mercado”, reforça Hilton
Moreno.

Divulgação e fiscalização
É grande a gama de profissionais e empresas que precisam conhecer
profundamente a ABNT NBR 16690 e saber aplicar adequadamente esse
conhecimento, cada um dentro de sua área de atuação. Projetistas, eletricistas,
engenheiros, instaladores e professores dos mais diferentes níveis; empresas
de instalação, empreiteiras, epecistas, construtoras, concessionárias de
energia, fabricantes e distribuidores são alguns dos agentes do mercado que
devem ter ciência do conteúdo da norma.

Para Hilton Moreno, é difícil dizer com precisão quanto tempo o mercado
levará para ‘absorver’ e se adaptar à norma. Ele reconhece que no caso de um
texto novo e importante, como a NBR 16690, pode demorar até um ano para
que o conteúdo seja bem compreendido e aplicado pelos agentes do setor.
“No entanto, fica aqui a observação de que não há nenhum período de
adaptação estabelecido na norma. Portanto, ela passou a ser válida para
aplicação imediata a partir de 3 de outubro de 2019”, alerta.
Para Paulo Frugis, uma norma técnica sempre possui um período de latência
entre sua publicação e o efetivo início de sua aplicação. “A aplicação da norma
é imediata, porém, um período de adaptação entre seis meses e um ano é um
tempo aceitável e razoável”, considera.

A questão, prossegue o especialista, é que no Brasil existe um problema


crônico com relação à aplicação dos regulamentos: “Mesmo para as normas já
antigas, vemos uma baixa adesão por parte dos profissionais, infelizmente”.

Sobre a NBR 16690, especificamente, Paulo conta que tem visto grupos
tratando do assunto em redes sociais, associações e seminários, além de
empresas já se adaptando. “A própria NeoSolar vinha acompanhando o
desenvolvimento (da norma) e já se adaptou, tanto na prestação de serviços
como nos cursos para instaladores e projetistas”, informa.

Paulo entende que aumentar o nível de consciência sobre a importância dessa


e de outras normas é um desafio constante e que exigirá muita divulgação,
além de cursos e treinamentos específicos. “Nos cursos da NeoSolar, por
exemplo, já adaptamos todo o conteúdo à nova norma e fazemos questão de
enfatizar a importância de seguir todas as normas e boas práticas conhecidas”,
garante. A NeoSolar planeja lançar neste semestre um novo curso focado
especificamente nas duas principais normas do setor: NBR 16690 – Instalações
elétricas de arranjos fotovoltaicos e NBR 16274 – Requisitos mínimos para
documentação, ensaios de comissionamento, inspeção e avaliação de
desempenho. “Será um curso com duração de dois dias, direcionado a
projetistas e instaladores, onde haverá uma parte prática e demonstrativa de
todos os testes e ensaios necessários para o startup de uma instalação
fotovoltaica”, anuncia Paulo Frugis, gerente de cursos da empresa.

Ele conta que a NeoSolar participou de forma ativa na elaboração não só da


NBR 16690, como também de outras normas do setor fotovoltaico, inclusive
constando nominalmente como participante do grupo de trabalho. “Desta
forma, nossos cursos já estão, desde o momento da consulta pública,
adaptados à nova norma”, reforça Paulo.

Para ajudar a aumentar o nível de conscientização de empresas e profissionais


sobre a publicação dessa norma e a importância de segui-la, Hilton destaca
que é fundamental a realização de trabalhos como esta reportagem, publicada
pela Revista Potência. “Isso deve ser feito por todos que atuam no segmento. É
preciso disseminar a notícia da existência da norma”, defende. Paralelamente,
Hilton recomenda a realização de estudos aprofundados em torno do
conteúdo, seja de forma autodidata ou por meio de cursos e treinamentos que
tenham qualidade e credibilidade.

Sobre eventuais ações de fiscalização, Hilton informa que não existe nenhuma
medida prática específica emitida pelas autoridades no sentido de averiguar o
cumprimento ou não dessa norma. De acordo com ele, a aplicação da NBR
16690 cai na regra geral de que normas técnicas devem ser seguidas e podem
inclusive ser utilizadas como documento, no caso de demandas judiciais. “De
forma geral, os contratos firmados entre fornecedores e clientes de sistemas
fotovoltaicos deveriam passar a indicar a norma NBR 16690 como base para o
fornecimento de produtos e serviços na área, o que reforçaria a
responsabilidade das partes envolvidas no cumprimento do documento”,
sugere.
A energia solar é uma energia renovável obtida pela luz do sol, utilizada para o
aquecimento de água (energia térmica) ou como fonte de energia elétrica.

Assim como a energia eólica é uma das formas limpas de produção de energia
que mais cresce no mundo.

Como Funciona a Energia Solar?


A energia solar é proveniente da luz do sol e obtida através de placas solares,
que têm como função captar a energia luminosa e transformá-la em energia
térmica ou elétrica.
Além disso, esse tipo de energia pode ser obtida nas usinas solares compostas
por inúmeros painéis que captam a energia do sol.

Tipos de Energia Solar


A energia solar pode ser usada para produzir energia térmica, através do
método de aquecimento solar.

Ela também pode ser usada para produzir energia elétrica diretamente, através
dos painéis solares fotovoltaicos ou ainda indiretamente, por meio das usinas
que usam a energia heliotérmica.

Aquecimento Solar

Coletor solar para


aquecimento solar de água em residência. O boiler fica acima das placas.

A energia solar pode ser usada para aquecer água em residências, piscinas ou
indústrias.

Os coletores solares, basicamente, são sistemas com uma superfície escura


que absorvem a luz solar e transmitem o calor para a água, que por sua vez,
fica armazenada em reservatórios térmicos chamados boilers.
Placas Solares Fotovoltaicas

Painéis solares fotovoltaicos


instalados numa cidade.

Os painéis ou placas fotovoltaicas utilizam um método direto de produção de


energia elétrica.

A luz solar é absorvida nas células solares, também chamadas fotovoltaicas ou


fotoelétricas que são feitas de material semicondutor, geralmente de cristais de
silício.

As partículas da luz solar (fótons) quando entram em contato com os átomos


do silício, provocam o deslocamento dos elétrons, gerando assim, uma
corrente elétrica, que é usada para carregar uma bateria.

Energia Heliotérmica

Usina de energia heliotérmica


(concentrating solar power) no deserto de Mojave, na Califórnia, criada em
1985.

A energia heliotérmica, também chamada CSP (do inglês concentrating


solar  power) consiste em um método indireto de produção de energia elétrica,
em que a luz solar é refletida por espelhos e concentrada em forma de calor
(energia térmica) em um receptor.
Em seguida, essa energia é transformada em energia mecânica e, por fim, em
energia elétrica, de forma semelhante ao que acontece em uma usina
termoelétrica.

Além de produzir energia elétrica, a energia heliotérmica pode ser usada para
usinas que requerem altas temperaturas para produzir energia elétrica, sem
necessidade de usar combustíveis fósseis.

O excedente de energia proveniente do sol não aproveitada pela usina,


pode ser armazenada em forma de calor em tanques, sendo usada, por
exemplo, quando há baixa insolação ou à noite.

Vantagens e Desvantagens da Energia Solar


Alguns estudos apontam que até 2050 a energia solar se tornará a principal
fonte de energia elétrica em todo mundo devido às vantagens que apresenta.

 É uma energia renovável, limpa e barata, pois o sol é uma fonte gratuita, ao
contrário dos combustíveis fósseis que são um recurso altamente poluente e
limitado, tornando-os progressivamente mais caros;
 Têm despertado o interesse de muitos pesquisadores, e quanto maior for o
investimento em tecnologia mais barata ela se tornará;
 As usinas solares que utilizam a energia heliotérmica ou concentrada (CSP)
podem armazenar o excedente de energia que não foi aproveitada e usá-la
quando preciso;
 A possibilidade de instalação de painéis fotovoltaicos em regiões distantes ou
isoladas;
 A pouca exigência necessidade de manutenção.

As desvantagens da energia solar são:

 Os custos elevados das placas e, por este motivo, ainda é pouco utilizada no
mundo;
 A necessidade de haver boa insolação, pois se houver vários dias sem sol não
haverá energia;
 A exigência de grande quantidade de matéria-prima para fabricação dos
equipamentos, como o silício, demandando exploração dos recursos.

Energia Solar no Brasil e no Mundo


No Brasil a energia solar representa apenas 0,02% da produção, com
estimativas de atingir 4% até 2024, segundo dados do Ministério de Minas e
Energia.

Foi inaugurada a Usina Megawatt Solar em Florianópolis, Santa Catarina. São


placas fotovoltaicas espalhadas pelo estacionamento da sede da Eletrosul,
com capacidade de atender 540 residências.
Atualmente, apenas 1% da energia gerada no mundo provém das fontes de
energias solares. Dentre os maiores produtores mundiais de energia solar
estão: a Alemanha, a Itália, a Espanha, o Japão e os Estados Unidos.

Existem muitos parques solares (CSP) no mundo, vários deles na Espanha. Em


2014, foi inaugurada na Califórnia, EUA, a Ivanpah Solar Electric Generating
System, a maior usina até o momento que é quase 4 vezes maior do que
a Shams Power Company, em Abu Dhabi, nos Emirados Árabes Unidos,
inaugurada em 2013.

Enquanto a usina árabe produz cerca de 100 Megawatts, a americana abriga


300 mil espelhos para coletar a luz do sol, podendo produzir cerca de 392
megawatts de energia, fornecendo energia para 140 mil casas.

O que é energia solar? Tudo sobre o sistema


fotovoltaico
Intelbras

23 de Janeiro 2023 às 01:01

Energia Solar
Você sabe o que é energia solar? A energia solar é aquela proveniente da
irradiação do Sol. Ela pode ser utilizada para diversos fins, entre eles o
aquecimento de água e a geração de energia elétrica. 

Este último é o mais comum e, por isso, muitas vezes o termo “energia solar”
é utilizado como um sinônimo para a energia elétrica produzida a partir da luz
dos raios solares, por meio de sistemas fotovoltaicos, popularmente
conhecidos como “kits solares”.

Limpa, renovável e sustentável, a energia solar tem conquistado cada vez


mais espaço na matriz energética brasileira. Não é à toa: o país tem uma
ótima incidência de raios solares em todo o território.

Para você ter uma ideia, a região menos ensolarada do Brasil tem um índice
de radiação solar 40% maior que a região mais ensolarada da Alemanha – um
dos países que mais utiliza essa fonte de energia no mundo. Ou seja: temos
um potencial enorme!

Você quer saber como aproveitá-lo? Então entenda tudo sobre energia solar
neste post!

O que é energia solar: definição e principais tecnologias

Energia solar é uma fonte de energia primária, proveniente da irradiação do


sol. Tanto a luz quanto o calor dos raios solares podem ser transformados
em outros tipos de energia ou combustível. Para isso, são utilizadas
diferentes tecnologias: energia solar fotovoltaica, aquecimento solar, energia
heliotérmica e fotossíntese artificial.

Apesar das inúmeras possibilidades, costuma haver confusão em relação a


fonte de energia e as tecnologias utilizadas para convertê-la. A confusão mais
comum é entre o aquecimento solar, um sistema que esquenta a água, e
a energia solar fotovoltaica, uma tecnologia que converte a energia solar
em energia elétrica.

 
Saiba mais: Qual a diferença entre aquecimento solar e energia solar
fotovoltaica?

No entanto, como mencionamos anteriormente, convencionou-se chamar


a energia solar fotovoltaica simplesmente de energia solar. Assim, quando
falamos de energia solar, em geral estamos nos referindo a esta tecnologia.
Vamos entender melhor como ela funciona daqui para frente.

Sistema fotovoltaico: como a energia solar é transformada em energia


elétrica?

O sistema fotovoltaico é a tecnologia utilizada para gerar energia elétrica


a partir da irradiação dos raios solares. Isso é possível graças a um
fenômeno físico chamado efeito fotovoltaico. Ele consiste no surgimento de
uma tensão elétrica em um material semicondutor, como o silício, quando este
é exposto à luz.
O sistema fotovoltaico pode funcionar de duas maneiras: on grid, quando é
conectado à rede pública de distribuição elétrica e off grid, quando opera de
forma autônoma. Confira detalhes sobre cada um a seguir.

Energia solar on grid

O sistema on grid é utilizado onde há conexão com a rede da


concessionária, como o meio urbano. Pode ser instalado em
residências e empresas de todos os tamanhos. Uma das
principais vantagens desse sistema é a compensação de
energia elétrica, que funciona da seguinte forma:

Saiba mais sobre como funciona a compensação de energia elétrica

Energia solar off grid

Já o sistema off grid é totalmente autônomo, ou seja, não é integrado à rede


pública de energia elétrica. Ele é ideal para locais distantes da rede ou sem
acesso à distribuição de energia, como áreas rurais. 

A energia produzida é armazenada em baterias para garantir o fornecimento


durante a noite ou em períodos sem geração ou com variação na produção de
energia, como pode ocorrer em dias nublados. Assim, dá total autonomia
energética. Algumas aplicações do sistema off grid são:
 Sistemas de monitoramento veicular 24h para transportadoras de
cargas;

 Rádios outdoor para provedores de internet;

 Veículos recreativos ou food trucks;

 Câmeras e equipamentos de monitoramento de segurança em locais


como praças, ruas e fazendas, que necessitam de autonomia energética.

Saiba mais: Diferenças entre os sistemas on grid e off grid de energia solar

Como funciona a energia solar

Quando ligado à rede elétrica da concessionária, o sistema fotovoltaico


funciona da seguinte forma:
Produção de energia solar quando não tem sol

Essa é uma dúvida muito comum. À noite, como não há incidência de raios
solares, o sistema não gera energia. Nos dias chuvosos e nublados, o sistema
continua produzindo energia, porém com capacidade reduzida, uma vez que a
incidência de raios solares diminui.

No entanto, em nenhum dos casos o imóvel fica sem abastecimento de


energia. Nos sistemas off grid o fornecimento de energia é feito pelas
baterias. Já nos sistemas on grid é feito pela rede elétrica da
concessionária, utilizando os créditos da compensação de energia, como
citamos anteriormente.

Saiba mais: 7 curiosidades sobre energia solar

Equipamentos que compõem um sistema de energia solar

Módulo fotovoltaico

Também conhecido como placa ou painel solar, é composto por diversas


células fotovoltaicas, em geral produzidas com silício, nas quais ocorre
o efeito fotovoltaico. A partir da captação da luz solar, o módulo fotovoltaico
gera uma corrente elétrica contínua.

Inversor 

Recebe a energia elétrica gerada nos módulos fotovoltaicos. Ele converte a


corrente contínua em uma corrente alternada, que é o padrão da rede
elétrica e dos aparelhos eletrônicos. Em seguida, abastece a rede de energia do
imóvel e/ou envia os excedentes para a rede da concessionária.

Controlador de carga
Utilizados apenas em sistemas fotovoltaicos off-grid, que não são conectados
à rede elétrica e funcionam de forma autônoma. O controlador de carga serve
para regular a carga e descarga do banco de baterias que armazena a energia
gerada pelo sistema, colaborando para proteger, otimizar e prolongar a vida
útil delas.
Como é a implementação de um projeto de energia solar?

A instalação de um sistema fotovoltaico é simples, e não há necessidade de


fazer grandes obras. No entanto, para ter o melhor aproveitamento, é
necessário contar com parceiros especializados, que forneçam equipamentos
confiáveis. 

Ter um profissional capacitado para instalar e fazer a manutenção também é


crucial. Isso porque alguns detalhes podem fazer toda a diferença na geração
de energia.

Dimensionamento de projeto

O dimensionamento do projeto é a primeira etapa. O profissional técnico vai


até o imóvel para coletar informações como localização geográfica, consumo
médio, instalação elétrica, área para fixação dos módulos, quantidade de
módulos necessários e cabeamento. 

Neste momento ele avalia quantos painéis solares serão necessários e qual o


lugar mais apropriado para a instalação.

Instalação dos painéis fotovoltaicos

A instalação dos painéis solares geralmente é feita no telhado. Um cuidado


fundamental para garantir o melhor desempenho é o posicionamento dos
painéis: o ideal é que sejam orientados ao Norte geográfico, para o melhor
aproveitamento dos raios solares. 

Também é recomendada uma inclinação próxima à latitude do local – se a


latitude da cidade é 29º, a inclinação ideal da incidência solar é 29º. Por fim, é
necessário observar se não há construções, árvores ou paredes que façam
sombra nos painéis ao longo do dia – isso causa sombreamento e prejudica a
geração de energia.

Manutenção e durabilidade

Após a instalação, o sistema de energia solar não precisa de muita


manutenção. Basta fazer uma limpeza semestral ou anual dos painéis. 
A vida útil chega a 25 anos com aproximadamente 80% de eficiência.

Como a energia solar pode ser aproveitada

A energia solar pode ser aproveitada nos mais diversos contextos, fornecendo
energia elétrica para aparelhos eletrônicos e iluminação de modo geral: dos
eletrodomésticos às máquinas industriais. 

Confira alguns exemplos e vantagens para cada aplicação:

Residências

A energia solar já é acessível para residências. Há, inclusive, linhas de crédito


específicas, que possibilitam o investimento nessa tecnologia. Além de
valorizar o imóvel, ter um sistema fotovoltaico em casa pode reduzir
consideravelmente a conta de luz, o que é um alívio no orçamento doméstico.

Empresas

Os gastos com a conta de luz também pesam no orçamento das empresas. A


energia solar pode ser uma ótima solução. Além da economia, utilizar uma
fonte de energia limpa também torna o negócio mais sustentável, um fator
que é muito valorizado pelos consumidores hoje em dia. 

Em alguns casos, ter autonomia energética também é estratégico e


imprescindível – é o caso de provedores de internet, por exemplo. Por fim, o
dinheiro economizado com a conta de luz pode ser utilizado em outros
investimentos.

Indústrias

A energia solar também pode ser aplicada na indústria, para gerar energia
própria e economizar. Qualquer setor, de qualquer porte, pode contar com
esses benefícios. Nessa área, é possível ainda obter certificações de
sustentabilidade que representam um diferencial competitivo e contam
pontos na hora de obter recursos financeiros.
Campo

O agronegócio também tem a energia solar como aliada. É possível instalar


tanto o sistema on grid quanto o off grid. A área rural costuma ter redes
elétricas instáveis, com muita queda de energia. Isso pode acabar prejudicando
a produção. Com um sistema fotovoltaico, a energia é garantida,
com autonomia e sustentabilidade.

Benefícios de utilizar energia solar

Como vimos, a energia solar pode ser aproveitada nos mais diversos
contextos, mas os benefícios são comuns a todos eles:

 Economia: a produção de energia com painéis fotovoltaicos gera


economia na conta de luz, liberando orçamento para outras áreas;

 Sustentabilidade: por ser uma energia limpa e renovável, é uma


solução que não polui e nem afeta o meio ambiente;

 Investimento: há incentivos para adquirir sistemas de energia solar,


como linhas de crédito e financiamento específicos e redução de
impostos, como o IPTU Verde. Imóveis com energia solar são mais
valorizados;

 Retorno: o ROI (Return of Investment – Retorno do Investimento) da


energia solar é considerado rápido. Dependendo do consumo, pode
levar em média cinco anos para o equipamento “se pagar”;

 Manutenção fácil: é necessário apenas uma limpeza dos painéis com


periodicidade de 6 meses a 1 ano;

 Vida útil longa: dependendo do módulo, chega a 25 anos com


aproximadamente 80% de eficiência.
Principais equipamentos de uma usina solar fotovoltaica
Painel solar
Os módulos fotovoltaicos são sem dúvidas, um dos principais equipamentos de
uma usina solar fotovoltaica.

O painel solar é um produto de alta qualidade, e por isso é desenvolvido para durar por
muitos anos. Exposto a inúmeros fenômenos da natureza, como sol, chuva, granizo ou
neve, esses aparelhos são marcados pela sua resistência a ciclos adversos de
temperatura.

Hoje, contamos com dois tipos diferentes de módulos fotovoltaicos, Monocristalino e


Policristanilo.

Monocristalino:
Geralmente, os painéis solares monocristalinos são considerados o produto solar “classe
A”. Isso porque, seu desempenho e eficiência são maiores.

Para produzir células fotovoltaicas monocristalinas, os fabricantes utilizam o silício


como ingrediente básico. As barras de silício são cortadas em fatias finas.

O único cristal usado nas placas mono é o silício. Isso torna sua eficiência maior e seu
custo de aquisição mais caro.
Policristalina
Os painéis solares policristalinos são menos eficientes quando comparados aos painéis
monocristalianos. No entanto, seu preço é mais em conta, sendo a opção mais usada
pelas pessoas.

Assim como nos painéis policristalinos, o silício também é o principal componente


desse tipo de módulo. No entanto, ao invés de usar somente o silício, as placas
policristalinas utilizam outros cristais de confecção.

Por não contar só com o silício na sua fabricação, as placas poli são menos eficientes.
A maioria das empresas que produzem os painéis solares, calculam a durabilidade do
equipamento entre 20 e 25 anos. No geral, essa é a garantia dada pelos fabricantes, pois
estima-se que ao longo do tempo, há desgaste das células fotovoltaicas presentes nas
placas.

Vale lembrar, que após os 25 anos, as placas NÃO PARAM DE FUNCIONAR. O que
ocorre é uma possível perda de eficiência, que gira em torno de 0,7% ao ano.
Os inversores solares
Os inversores fotovoltaicos são responsáveis por transformar a corrente continua gerada
pela usina solar fotovoltaica em corrente alternada, que é utilizada em residências e
estabelecimentos comerciais.

O tempo de vida útil de um inversor gira em torno de 10 a 25 anos, dependendo das


condições do ambiente e da incidência das descargas atmosféricas.

Vale ressaltar que temperaturas muito altas afetam o tempo de vida de um inversor
solar, por isso pode ser necessário recorrer a mecanismos de resfriamento extra, em
condições mais extremas.

É importante também inspecionar periodicamente o estado desses equipamentos, para


medir seu nível de performance.

DPS
O DPS (dispositivo de proteção contra surtos) é um equipamento de proteção elétrica
extremamente importante em qualquer instalação que envolve eletricidade, incluindo os
nossos sistemas fotovoltaicos.

Esses dispositivos funcionam de uma maneira singular, devido a sua variação de


usabilidade. Ele serve para identificar tensões e correntes que vem de surtos de tensão
ou transitórios, redirecionando-os para o aterramento. Dessa forma, ele garante a
proteção da rede elétrica e das usinas fotovoltaicas.

Sendo responsável pela segurança de todo o sistema, os DPS são equipamentos únicos
para uma usina solar fotovoltaica.

Sobre a vida útil dos sistemas fotovoltaicos


Considerando todos os equipamentos do sistema fotovoltaico, o tempo de vida gira em
torno de 25 anos. Esse cálculo é feito em cima de sistemas fotovoltaicos On-Grid, ou
seja, conectados à rede de distribuição de energia.
Kit de energia solar: saiba quais são os equipamentos utilizados

 Energia Solar
 10/05/2022
Recorrer à energia solar é uma forma de ajudar o meio ambiente e de reduzir a conta de
luz. Para que isso seja possível, há um processo de captação e conversão da radiação, o
que é feito pelo kit de energia solar.

Ao conhecer quais são os elementos que compõem esse sistema, você também
entenderá melhor o seu funcionamento. Isso não apenas traz maior segurança como
também ajuda a tomar uma decisão mais adequada.

A seguir, conheça os principais componentes do kit de energia solar e saiba como cada
um atua.

Módulos fotovoltaicos
Os módulos fotovoltaicos são compostos pelas “células” que captam a radiação solar.
São o ponto de partida do sistema e o seu funcionamento adequado depende deles, em
primeiro lugar. Cada módulo, em geral, tem de 60 a 70 células.

Quando a radiação entra em contato com esses módulos, ela é absorvida, convertida e
transmitida para o próximo equipamento. Para que isso aconteça, ele são dispostos nas
chamadas placas solares ou coletoras.

Elas contam com uma tinta especial que diminui a refração da luz e garantem a captação
da energia enviada pelo sol. Quanto maior for a quantidade de módulos e células, maior
será a capacidade de geração energética do sistema.

Qualquer defeito nesses itens, como uma rachada nas placas, poderá reduzir a sua
performance.

Inversor de frequência
Depois que a radiação solar é captada e transformada pelos módulos, ela precisa ser
convertida para a forma que é usada nos aparelhos eletrônicos. A energia que transita no
sistema já não é radiação solar, mas ainda não funciona da maneira utilizada nos
eletrônicos e componentes.

No kit de energia solar, o responsável por esse processo é o inversor de frequência. A


principal mudança é que a corrente contínua é transformada em alternada, de acordo
com a necessidade do imóvel (110 ou 220 volts). Além disso, ele é responsável por
ajustar a tensão e garantir o funcionamento conforme o esperado.

O inversor ainda atua no direcionamento da energia que “sobra”. Se o sistema for on-
grid, ou seja, conectado com a rede elétrica, o que não é utilizado é jogado para essa
estrutura. Já se for off-grid, o caminho é até as baterias.
Medidor bidirecional
Quando o conjunto está ligado à rede de eletricidade, o kit de sistema solar exige um
medidor bidirecional, um aparelho de medição precisa, que serve para ler qual é o
caminho da energia nos dois sentidos: da rede de distribuição para o imóvel e do
sistema para a área da distribuidora.

Isso é necessário porque quando a energia não é consumida na hora, ela segue para a
rede. Ou seja, o imóvel produz para a distribuidora. Com isso, há uma compensação nos
valores que serão creditados na conta de luz.

Imagine que sua conta de luz é de R$ 300,00 e que, por mês, o seu kit solar produz o
equivalente a R$ 400,00. Com isso, há um crédito de R$ 100,00. É fundamental que
tudo seja acompanhado, de modo a evitar créditos perdidos.

O medidor bidirecional serve, justamente, para que haja a compensação desses valores.
Por meio dele, tanto a concessionária quanto o proprietário podem acompanhar
precisamente o que é gerado e devido. Portanto, é uma parte essencial para a economia
das instalações on-grid.

Caixa de junção
Chamada de string box, a caixa de junção é um dos mais importantes elementos de
segurança do kit de energia solar.

Conta com diversos componentes que protegem os módulos contra possíveis


desregulagens. Com a conexão à rede elétrica, algumas modificações poderiam gerar
impactos que prejudicariam o funcionamento das células.

Além disso, é nessa caixa em que há o sistema de desligamento para quando é preciso
reparar o conjunto. De certo modo, o sistema atua como o disjuntor e é determinante
para a durabilidade e o funcionamento de maneira segura em todo o imóvel.

Cabeamentos
Para que tudo funcione conforme o esperado, o kit de energia solar deve ter a estrutura
certa. Parte disso é referente ao cabeamento.

Além de ser recomendado usar cabos especiais, há conectores específicos que garantem
a transmissão correta.
É necessário ter cuidado extra com essa parte, já que itens de baixa qualidade podem
prejudicar o funcionamento do conjunto. Também é preciso contar com estruturas de
fixação das placas, de modo a maximizar sua durabilidade.

Baterias
Nos sistemas on-grid, a energia gerada que não é consumida imediatamente é
direcionada para a rede elétrica. Como resultado, há os créditos em relação à conta de
luz, mas nem sempre é a alternativa mais interessante.

Em compensação, há a possibilidade de montar um sistema off-grid. Ele é conectado a


baterias, que servem para o armazenamento energético do que não foi utilizado. Essas
baterias têm capacidades variadas e permitem que a energia solar seja usada até em
momentos distintos, como à noite.

O fato de armazenar uma quantidade considerável faz com que não haja uma
diminuição na vazão. Em dias ou períodos nublados, por exemplo, não há uma redução
no nível de energia gerada.

Para garantir a atuação adequada das baterias, há a existência do controlador de carga. O


equipamento serve para controlar a entrada e a distribuição, de modo a otimizar o seu
desempenho.

Sistema de monitoramento
A tecnologia serve para deixar o kit de energia solar ainda melhor e mais seguro. Um
dos recursos nesse sentido é o sistema de monitoramento.

Ele é acoplado ao inversor e ajuda a controlar como anda a produção energética, a


conversão e o funcionamento geral. É um recurso indispensável para garantir a
prevenção contra anomalias e a identificação de problemas de forma antecipada.

Também é um jeito de evitar o desperdício ou o subaproveitamento do conjunto. Como


funciona de maneira automática, o sistema garante muita praticidade.
Referências

https://brasilescola.uol.com.br/geografia/energia-solar.htm - 20/02/2023

https://brasilescola.uol.com.br/geografia/fontes-alternativas-energia.htm - 20/02/2023

https://revistapotencia.com.br/eletricista-consciente/artigos-tecnicos/abnt-nbr-16690-
padronizacao-e-seguranca - 20/02/2023

https://insolenergia.com.br/blog/quais-os-principais-equipamentos-de-uma-usina-solar-
fotovoltaica- 20-02-2023.

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