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ECONOMIA, MEIO AMBIENTE E SUSTENTABILIDADE

Ana Carolina Silveira Nascimento1


Camila Coutinho Da Rosa Reduzino
Carmen Salles De Oliveira Martins
Cláudia Janaína Rodrigues Da Silva
Dennys Leonnan Guimarães De Lima
Francisco Alexandre Lopes Pinto
Leandro Tavares De Lima
Letícia Oliveira De França
Maria Aparecida Oliveira Araújo
Michelle Da Costa Viana
Rodrigo De Souza E Silva Sá
Wellington Oliveira Rodrigues

RESUMO: Este trabalho objetiva analisar a importância da Consciência


Ambiental a partir da escassez dos recursos naturais, reunido ao crescimento
desordenado da população mundial e a ambição desmedida dos Estados,
levando em conta o impacto ambiental que surge desse conflito. O
crescimento econômico do Século XX, que almejava melhores condições de
vida, conduziu a humanidade a consumir 20% a mais dos recursos naturais
que a própria natureza tem condições de repor. Num retrospecto rápido da
história podemos constatar que nas civilizações antigas o declínio e a extinção
estão diretamente relacionados com a escassez, seja através da erosão
acentuada ou pelos erros na utilização do solo, levando ao encolhimento das
colheitas. (BROWN, 2009 p.23). Se a intenção do desenvolvimento econômico
é proporcionar melhores condições de vida às pessoas torna-se necessária
uma reavaliação urgente nesse sistema, com mudanças drásticas no setor
produtivo sob o viés ambiental, sustentabilidade dos negócios, participação
governamental através de políticas públicas sérias, eficazes e comprometidas
com o bem-estar social, investimentos em fontes alternativas de energia
sustentável, participação de instituições privadas envolvidas com a questão
ambiental, promovendo uma nova relação entre homem e natureza baseada na
sustentabilidade e a manutenção da vida no planeta.

Palavras-Chave: Meio Ambiente – Sustentabilidade – Economia.

1
Acadêmicos do 3º período do Curso de Graduação em Direito da Universidade
Salgado de Oliveira – Campus São Gonçalo/RJ, orientados pela Professora Doutora
Lauriani Porto Albertini.
2

ABSTRACT: This work aims to analyze the importance of Environmental


Awareness from the scarcity of natural resources, together with the uncontrolled
growth of world population and the excessive ambition of states, taking into
account the environmental impact that arises from that conflict. The economic
growth in the twentieth century, which aimed to better living conditions, led
mankind to consume 20% more natural resources than nature itself is able to
reset. In a quick retrospect of history, we can find that ancient civilizations’
decline and extinction are directly related to the shortage, either by erosion or
by errors in land use, leading to shrinkage of crops (BROWN, 2009 p.23). If the
intent of economic development is to provide better living conditions to people,
an urgent revaluation in that system is necessary, with drastic changes in the
productive sector under an environmental bias, business sustainability,
government participation through serious, effective, and committed public policy
with social welfare, alternative sources of sustainable energy investment,
participation of private institutions involved with environmental issues,
promoting a new relationship between man and nature, based on sustainability
and on the maintenance of life on the planet.

Keywords: Environment - Sustainability – Economy.

INTRODUÇÃO

Qualquer impacto, por menor que seja feito pelo homem ao meio
ambiente reverte em consequências para o próprio homem, desde a poluição
de um pequeno riacho através de dejetos urbanos até a trágica catástrofe de
Chernobyl. Eles não causam somente degradação da própria natureza, vão,
além disso, provocam prejuízos a toda a sociedade seja através de doenças
transmissíveis, consequentemente com custos hospitalares até a ruina de toda
a economia das cidades atingidas.
As causas das agressões ao meio ambiente são de ordem política,
econômica e cultural. A sociedade, de modo geral, ainda não absorveu a
importância do meio ambiente para a sua sobrevivência. Todavia, essa
ganância tem um custo, já visível nos problemas causados pela poluição do ar
e da água e no número de doenças derivadas desses fatores.
A sustentabilidade é um fator de extrema importância para assegurar a
qualidade de vida para as gerações futuras e para isso é preciso que as
empresas o governo e a comunidade contribuam com práticas que podem
3

salvar o planeta. É necessário que a sociedade promova a sustentabilidade e a


preservação ambiental, que não se trata somente de cumprir obrigações com
órgãos ambientais, mas sim um fator de sobrevivência da organização e
também de competitividade, desta forma alcançando o desenvolvimento
sustentável.
Para atender o crescimento e a demanda o setor econômico preocupa-se
com a obtenção do maior resultado possível com o mínimo de custos. O
mercado não reconhece os conceitos ecológicos básicos de produção
sustentável, não respeita os equilíbrios da natureza, desvalorizando o nosso
bem maior, nosso planeta.
Iremos citar aqui exemplos de descaso com o meio ambiente ligado ao
crescimento econômico, apontaremos os problemas ambientais,
apresentaremos soluções disponíveis através de energias alternativas
renováveis e medidas adotadas no sentido de conter o impacto visando
solucionar este quadro na busca por um desenvolvimento sustentável.
A questão ambiental não está em contraponto ao crescimento, ela tem
que fazer parte desse crescimento. As mudanças tem que ser num plano
global, isto é, a solução está em mudar a rota de desenvolvimento a fim de
evitar mais danos irreversíveis ao meio ambiente.
Pode-se perceber que está crescendo a preocupação das empresas e
das pessoas em relação ao meio ambiente, porém esta preocupação é
bastante tímida em nível nacional. Este fator pode ser devido à cultura
brasileira que nunca valorizou as riquezas do país onde se acreditava que os
recursos naturais eram infinitos.

1 ACIDENTES AMBIENTAIS

O desenvolvimento desgovernado da economia tem provocado impactos


desastrosos no meio ambiente, ocasionados pelos acidentes ambientais
degradando a natureza principalmente no setor petrolífero. Segundo a
Resolução CONAMA nº 001/86, art. 1º, "impacto ambiental", é:

(…) toda alteração das propriedades físicas, químicas e


biológicas do meio ambiente, causada por qualquer forma de
matéria ou energia resultante das atividades humanas que,
4

direta ou indiretamente afetam a saúde, o bem estar da


população e a qualidade do meio ambiente.

Em 2006 foi criada no Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos


Recursos Naturais Renováveis (IBAMA), a Coordenação Geral de Emergências
Ambientais2, tendo como atribuições o desenvolvimento de ações preventivas,
coordenação e direcionamento de ações de atendimento, proposição de
normas, critérios, padrões e procedimentos referentes a acidentes e
emergências ambientais, bem como assistência e apoio operacional às
instituições públicas e à sociedade. Somente a partir de sua criação é que
passou a existir um monitoramento sistemático de acidentes ambientais, mas
cabe salientar que o número registrado não corresponde ao total, haja vista o
baixo índice de envio de comunicados por instituições públicas.
A categoria responsável pelo maior número de acidentes ambientais entre
2006 e 2013, foi o derramamento de líquidos, mais precisamente os “líquidos
inflamáveis” (que inclui petróleo e seus derivados), as rodovias são as que
mais apresentam registros. Conforme relatório do IBAMA3, a Região Sudeste é
a culpada pela maior parte desses desastres, seguida pela Região Sul, Região
Nordeste, Região Centro-Oeste e Região Norte, sucessivamente (quadro 1).

ANO TOTAL SUDESTE SUL NORDES CENTRO NORTE


TE OESTE

2006 116 65 30 13 4 4
2007 183 105 25 27 13 13
2008 323 149 65 46 45 18
2009 508 269 81 49 74 35
2010 751 443 128 98 52 30
2011 713 477 100 72 43 21
2012 645 430 70 65 61 19
2013 732 446 110 73 59 44
3.971 2.384 609 443 351 184

Quadro 1: Acidentes ambientais no período de 2006 a 2013 por Regiões


Fonte: Elaboração própria baseada nos dados do IBAMA

2
Decreto nº 5.718, de 13 de março de 2006.
3
Relatório de Acidentes Ambientais 2013 – IBAMA/Emergência Ambiental
5

Esses impactos ambientais atingem diretamente a capacidade de


reprodução e desenvolvimento das espécies através da asfixia causada pelo
recobrimento da flora e fauna, contaminando os recifes de corais e a
consequentemente alterando as comunidades biológicas. Dessa forma a
economia é diretamente atingida com os impactos de caráter social, como a
proibição de banhos de mar, pescaria e navegação, além do impacto direto no
turismo e nas atividades comerciais destas áreas, gerando graves prejuízos
tanto sociais quanto econômicos4.

1.1 ACIDENTES NO ESTADO DO RIO DE JANEIRO

1.1.1 Baia da Guanabara

Um dos maiores acidentes ambientais do Rio de Janeiro, rompimento de


um duto da Petrobrás ocorrido em janeiro de 2000, provocou o vazamento de
óleo em grandes proporções que alterou todo o cenário da Baía de Guanabara,
contaminando vários ecossistemas. Houve o vazamento de 1,3 milhão de litros
de óleo combustível nas águas da baía. A mancha se espalhou por 40 km²,
afetando milhares de famílias que viviam da pesca e de atividades ligadas ao
pescado. Este episódio entrou para a história como um dos mais graves
acidentes ambientais ocorridos no Brasil e América do Sul. O derramamento
não causou apenas a poluição do espelho d’água da Baía de Guanabara.

Houve contaminação das areias, de costões rochosos, muros de


contenção, pedras, lajes e muretas das ilhas do Governador e de Paquetá. Os
prejuízos se estenderam à vegetação de mangue existente no entorno da Ilha
do Governador e provocaram uma drástica redução das atividades turísticas
em toda a Baía, principalmente na visitação à Ilha de Paquetá. Outros
municípios também foram afetados. A área de proteção ambiental (APA), na
cidade de Guapimirim, foi duramente atingida pelo derramamento de óleo5.

4
ttp://www.excelenciaemgestao.org/Portals/2/documents/cneg10/anais/T14_0440.pdf>
Acesso em: 08/05/2015
5
<http://oglobo.globo.com/rio/pescadores-lutam-ha-quase-15-anos-por-indenizacoes-
devido-ao-vazamento-de-oleo-na-baia-14444587> Acesso em: 06/05/2015
6

A maior tragédia ambiental do país já completou 15 anos e os problemas


gerados aos pescadores e suas famílias ainda não terminaram. A sentença
anunciada pela 25ª Vara Cível do Rio de Janeiro, em abril de 2005 que teve
sua decisão confirmada pela 1ª Câmara Cível, cada pescador deveria ganhar
R$ 754,11 por mês, ao longo de dez anos, por causa dos danos causados pelo
acidente e por terem sido impedidos de jogar suas redes no mar. Após uma
série de recursos, a sorte dos pescadores mudou de rumo: a última decisão
prevê um único pagamento — do mesmo valor estabelecido anteriormente —
porque a Justiça entendeu que a pesca só ficou prejudicada por 45 dias6.

Figura 1: Biguá agonizando na baía de Guanabara. <http://lurdinha.org/site/baia-de-


guanabara-pescadores-lutam-ha-quase-15-anos-por-indenizacoes/> Acesso em:
06/05/2015

Vale ressaltar que o Rio de Janeiro será palco, em 2016 de uma


competição olímpica, tendo se comprometido em despoluir 80% da Baía de
Guanabara reunindo ações desde adoção de barreiras de poluição em saídas
de rios, embarcações para coletar o lixo, instalação de redes coletoras de
esgoto e cinco Unidades de Tratamento de Rio (UTRs). Este Programa de
Despoluição da Baía de Guanabara foi lançado em 1994, até agora, mais de 20
anos depois, nada aconteceu. O governo do estado do Rio de Janeiro já
contraiu empréstimos de cerca de R$ 10 bilhões para recuperar a baía, sempre
com as mesmas promessas: “Nós vamos utilizar esses recursos se possível
nos meus 4 anos”, disse Marcelo Alencar em 1995; “Estão dentro do
cronograma prevista para serem encerradas em 2003”, prometeu Garotinho em
2002; “Já está atrasada de novo a obra, nós vamos ter que renegociar os

6
<http://lurdinha.org/site/baia-de-guanabara-pescadores-lutam-ha-quase-15-anos-por-
indenizacoes/> Acesso em: 06/05/2015
7

prazos e eu quero adiantar e garantir a segunda fase de despoluição”, disse


Rosinha em 2003; “Eu não tenho a menor dúvida de que é um programa
importantíssimo. Nós temos que convencer os japoneses, os bancos
internacionais a continuarem investindo”, destacou Sérgio Cabral em 2006; “Vai
melhorar a vida do entorno da Baía de Guanabara e de diversas cidades”,
afirmou Luiz Fernando Pezão em 2014 (grifos nosso)7.
A Baia da Guanabara era um balneário, ali se tomava banho de mar, mas
50 anos depois nossos governos viram as costas fingindo não verem que o
cartão postal de tirar o fôlego, se transformou no depósito de lixo e esgoto mais
bonito do mundo, mas tudo isso vai ser mostrado a todo o planeta quando os
atletas de todos os lugares do mundo estiverem expostos às mesmas doenças
que os habitantes do entorno da Baia estão e os velejadores estiverem se
desviando dos botijões de gás, mochilas, tênis que estarão competindo de igual
para igual em homenagem e honra a Zeus, o deus dos deuses.

1.1.2 Superbactéria

Como se tudo acima não bastasse um estudo realizado pela Fundação


Oswaldo Cruz (Fiocruz), identificou uma superbactéria resistente aos principais
antibióticos, de ambiente hospitalar, na Praia do Flamengo e um segundo
estudo, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), em parceria com o
Inea, mostra que a bactéria também está presente nas águas da Praia de
Botafogo, praias estas, localizadas próximas à região da Marina da Glória, que
receberá provas de vela durante os Jogos Olímpicos de 20168.

1.1.3 Angra dos Reis

Em 21 de janeiro de 2015 a Petrobrás comemora:

Completamos, no fim de 2014, 225 operações Ship-to-Ship


(STS) realizadas na Baía de Ilha Grande, em Angra dos Reis

7
<http://g1.globo.com/fantastico/noticia/2015/04/falta-de-solução-para-o-lixo-na-baia-
de-guanabara-preocupa-atletas.html> Acesso em: 08/05/2015.
8
<http://www.ecodebate.com.br/2014/12/18/rj-instituto-estadual-do-ambiente-inea-
alerta-para-superbacteria-nas-praias-do-flamengo-e-botafogo/> Acesso em 08/05/2015
8

(RJ), com plena segurança no que se refere às manobras,


navegação e proteção ao meio ambiente. Começamos a
realizar as operações do STS em Angra dos Reis em 2009. (...)
Esta alternativa representa uma solução logística que
possibilita flexibilidade operacional, otimização de ativos
(navios e terminais), com resultado financeiro elevado, além de
apresentar índice de segurança operacional reconhecido pelas
autoridades internacionais (grifo do original)9.

No entanto, em 16 de março de 2015, menos de 2 meses após a


comemoração, acontece o que já era esperado e avisado de longa data:

A Secretaria de Estado do Ambiente do Rio de Janeiro (SEA)


divulgou na noite desta segunda-feira (16) a quantidade de
óleo que vazou no mar de Angra dos Reis: 560 litros, de acordo
com as primeiras estimativas. (...) O acidente aconteceu no fim
da madrugada, durante uma operação de transferência de óleo
entre duas embarcações atracadas no píer: o Gothenburg, que
trazia o óleo de uma plataforma de Macaé, e o Buena Suerte,
que levaria o produto para o exterior (grifo nosso)10.

Figura 2: Vazamento de óleo da Transpetro em Angra dos Reis (Foto TV Record).

Inicialmente a Petrobras Transporte – Transpetro, empresa responsável


pelo acidente, fora multada pelo Instituto Estadual do Ambiente (INEA) em R$
2,38 milhões em face do derramamento de 560 litros de óleo na Baía de Ilha
Grande, em Angra dos Reis, dentro da Área de Proteção Ambiental (APA)
Tamoios, no entanto esse valor subiu para R$ 50 milhões, quando o órgão
chegou à conclusão que a Transpetro omitiu informações, uma vez que o

9
<(http://www.petrobras.com.br/fatos-e-dados/atingimos-a-marca-de-225- operacoes-
de-transferencia-de-petroleo-entre-navios-na-baia-de-ilha-grande.htm)> Acesso em:
08/05/2015.
10
<(http://g1.globo.com/rj/sul-do-rio-costa-verde/noticia/2015/03/560-litros-de-oleo-
vazaram-no-mar-de-angra-dos-reis-rj-aponta-sea.html)> 10/05/2015
9

vazamento foi de, pelo menos, 800 litros de petróleo e a área atingida não
condisse com a verdade11.
O Artigo 21, da Lei nº 9.966/2000, estabelece que a reparação do dano
ambiental e a indenização às atividades econômicas e ao patrimônio público e
privado, que tenham sofrido prejuízo, são obrigatórias em qualquer
circunstância de descarga, ainda que autorizada, de óleo, substâncias nocivas
ou perigosas ou misturas que os contenham, de água de lastro e de outros
resíduos poluentes. Esta lei define o termo descarga da seguinte maneira:
XI – descarga: qualquer despejo, escape, derrame, vazamento,
esvaziamento, lançamento para fora ou bombeamento de substâncias nocivas
ou perigosas, em qualquer quantidade, a partir de um navio, porto organizado,
instalação portuária, duto, plataforma ou suas instalações de apoio.
Esta reparação está de acordo com a Constituição Federal12 e a
Política Nacional do Meio Ambiente (PNMA)13, vez que o responsável pelo
dano, culpado ou não, é forçado a indenizar e/ou reparar os estragos e
prejuízos causados ao meio ambiente e a terceiros.
Finalmente, em 8 de abril de 2015, o Conselho Diretor do Instituto
Estadual do Ambiente (INEA) cassou a licença da Petrobras para operações
Ship-to-Ship (STS) (navio para navio) na Baía da Ilha Grande, em Angra dos
Reis, na Costa Verde do Rio de Janeiro, ficando estabelecido o prazo de 60
dias para a interrupção de transferências de óleo cru ou derivados do petróleo.
Com a revogação definitiva da licença ambiental das operações Ship-to-Ship a
situação da Petrobras se agrava, uma vez que essa alternativa de transferência
provinha de restrições de berços de atracação de terminais da empresa na
região Sudeste. Os projetos de expansão dos dois principais terminais, em
Angra dos Reis (RJ) e em São Sebastião (SP) foram vetados por órgãos
ambientais e um dos principais projetos logísticos, a construção de um terminal
oceânico está atrasada, justamente por falta de licença ambiental.
Os especialistas acreditam que parte das operações será transferida para o

11
http://g1.globo.com/rj/sul-do-rio-costa-verde/noticia/2015/03/sobe-para-r-50-milhoes-
multa-por-vazamento-da-transpetro-em-angra.html 09/05/2015
12
Art. 225, inciso VII, § 3º da CRFB
13
Art. 4º, inciso VII da Lei 6.938, de 31 de Agosto de 1981
10

Uruguai, país que já é usado por empresas privadas de petróleo que atuam no
Brasil14.

1.2 ACIDENTES NO ESTADO DE SÃO PAULO

1.2.1 Santos

No Estado de São Paulo a situação não é muito diferente, no dia


02/04/2015 acontece o maior incêndio de São Paulo, na Ultracargo (na área
industrial da Alemoa, em Santos), após a explosão de cinco tanques de
combustíveis foi constatada uma enorme mortandade de peixes, em face de
baixa oxigenação e temperatura elevada da água, no rio Casqueiro que corta o
bairro de Alemoa e deságua na baia de Santos, além da grande quantidade de
combustível vazado uma intensa fumaça escura, e se caso venha a chover,
provocará a chuva ácida ocasionada pela queima de hidrocarbonetos. A
Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (CETESB) afirma que no
entorno, ou seja, num raio de 3 km a qualidade do ar não oferece risco à
população e nega que a fumaça causada pelo fogo nos tanques de
combustíveis possa ter sido carregada pelo vendo para outros lugares, ou seja,
para o mar ou para a Serra do Mar. Segundo o pesquisador Professor Davis
Gruber Sansolo da Universidade Estadual Paulista (UNESP)

É de uma irresponsabilidade absurda. Eles preferem ter uma


postura política de diminuir o problema sem mesmo ter
consciência da dimensão. Deviam ter um diálogo sincero com a
população e deixar claro que a dimensão do problema ainda
não é conhecida.

confirmando com estas palavras o que todos já sabem de situações passadas:


o descaso e a irresponsabilidade do Estado em relação à saúde e à segurança
da população15.

14
http://brasileconomico.ig.com.br/brasil/2015-04-14/sem-angra-petrobras-pode-fazer-
transferencia-de-petroleo-no-uruguai.html 10/05/2015
15
<http://www.revistaecologica.com/incêndio-em-santos-deixa-rastro-de-danos-
ambientais/> Acesso em: 08/05/2015.
11

Figura 3: Incêndio nos tanques de combustível em Santos, no litoral de São Paulo (Foto:
Paulo Whitaker/Reuters)

1.2.2 São Sebastião

Ainda no estado de São Paulo, na cidade de São Sebastião, o vazamento


de combustível de um píer do Terminal Almirante Barroso (TEBAR), em 5 de
abril de 2013, trouxe consequências gravíssimas, vários ecossistemas
costeiros foram atingidos, sendo classificado como o acidente mais grave nos
últimos dez anos. Mesmo a Transpetro não informando sobre a quantidade de
combustível que chegou a vazar do píer, a composição muito parecida com a
capa asfáltica, com cheiro muito forte e uma dispersão muito rápida alcançou
áreas muito grandes em um espaço curto de tempo com o auxílio das correntes
marítimas e a ação dos ventos. Nove praias foram atingidas pelo vazamento do
combustível. O que surpreende é que a CETESB questiona se haverá algum
tipo de penalidade à Petrobras, dependendo de um relatório sobre o que
aconteceu existindo a possibilidade de apenas uma advertência16.

1.3 OS 10 PIORES ACIDENTES AMBIENTAIS DA HISTÓRIA EM ORDEM


DECRESCENTE

10º) Vazamento químico em Cubatão, São Paulo, Brasil - 25 de fevereiro de


1984

16
<http://g1.globo.com/sp/vale-do-paraiba-regiao/noticia/2013/04/prefeito-s-sebastiao-
diz-que-impacto-ambiental-requer-avaliacao-profunda.html> Acesso em: 08/05/2015
12

Figura 4: Desastre na Vila Soco http://inspecaoequipto.blogspot.com.br/2013/05/caso-


015-desastre-da-vila-soco.html Disponível em: 10/05/2015

Vazamento de 700 mil litros de gasolina de um duto da Petrobras que


atravessa por baixo de palafitas na Vila Socó, em Cubatão–SP provocou o
incêndio que matou aproximadamente 500 pessoas, sendo que 60% eram
crianças. A maior parte desses mortos jamais foi localizada, partindo-se do
princípio que o calor gerado pelo incêndio, ultrapassou aos 1000 ºC, por várias
horas17.

9º) Césio-137 - Vazamento radioativo - Goiânia, Goiás, Brasil - 13 de setembro


de 1987

Figura 5: Coleta do Césio-137 em Goiânia-GO http://portaldaradiologia.com/?p=1422

Foi encontrado numa clínica abandonada, por catadores de um ferro


velho do local, em Goiânia-GO, que entenderam tratar-se de sucata, um
aparelho de radioterapia, uma cápsula com 19 gramas de cloreto de césio
(césio 137). Foram contaminadas aproximadamente 120 pessoas com 4
mortos, porém, a Associação das Vítimas do Césio 137 aponta que até o ano
de 2012, quando o acidente completou 25 anos, cerca de 104 pessoas
morreram e cerca 1600 tenham sido afetadas diretamente. Esse acidente é

17
<http://zonaderisco.blogspot.com.br/2010/01/lembrancas-da-vila-soco-ontem-e-
hoje.html> Acesso em: 10/05/2015
13

considerado o maior do Brasil e o maior do mundo, considerando-se que


ocorreu fora de usinas nucleares18.

8º) Vazamento radioativo – Kyshtym, Rússia - 29 de setembro de 1957

Figura 6: Usina atômica de Mayak, Rússia


http://exame.abril.com.br/tecnologia/noticias/os-maiores-acidentes-nucleares-da-
historia#2

Após a Segunda Guerra Mundial, a União Soviética estava empenhada


em alcançar o poderio nuclear dos Estados Unidos. O governo contratou
cientistas renomados para trabalhar em um programa que deu origem a uma
dúzia de usinas atômicas pelo país, incluindo a construção da usina de Mayak,
próxima à pequena cidade de Kyshtym. Mas a pressa em erguer o projeto foi
negligente em relação à segurança. No dia 29 de setembro, uma falha no
sistema de refrigeração do compartimento de armazenamento de resíduos
nucleares causou uma explosão em um tanque com 80 toneladas de material
radioativo. As partículas liberadas contaminaram a região de Mayak e cidades
próximas num raio de 800 km Estima-se que pelo menos 200 pessoas
morreram de câncer em decorrência da exposição à radiação19.

18
<http://www.brasilescola.com/fisica/o-acidente-radioativo-goiania.htm> Disponível
em: 29/05/2015
19
<http://www.quimica.seed.pr.gov.br/modules/galeria/detalhe.php?foto=1445&evento=
4> Disponível em: 10/05/2015
14

7º) Vazamento de Dioxina – Seveso, Itália – 10 de julho de 1976

Figura 7: Vítimas de Seveso Itália http://inspecaoequipto.blogspot.com.br/2014/06/caso-


074-o-legado-de-seveso-italia-1976.html Disponível em: 10/05/2015

Um vazamento de dioxina causou a contaminação de 320 hectares,


atingindo milhares de pessoas e animais. Foi uma das maiores catástrofes
ecológicas do mundo. Quarenta e um galões continham uma substância
altamente venenosa: o TCDD. Dois milhões e 200 mil toneladas de terra,
contaminadas com 200 gramas desse veneno, conhecido como dioxina, tal
veneno é mil vezes mais tóxico do que o composto letal cianeto de potássio
(cianureto). Ocorreu um superaquecimento no reator de dioxina e o veneno foi
liberado no meio ambiente, através de uma válvula defeituosa.
Repentinamente, pássaros atingidos pela nuvem tóxica começaram a cair do
céu e crianças foram hospitalizadas com diarreia, enjoos e irritação na pele. 75
mil animais morreram ou tiveram de ser abatidos. O acidente ocorreu numa
fábrica suíça, Hoffman-La Roche, que produzia na época, o triclorofenol, usado
em produtos antibacterianos20.

20
<http://www.dw.de/1976-explos%C3%A3o-provoca-vazamento-de-dioxina-em-
seveso/a-871315> Disponível em: 10/05/2015
15

6º) Vazamento químico - Mar de Prince William Sound, EUA - 24 de março de


1986

Figura 8: Coleta do óleo - Foto de domínio público encontrada no Google

Exxon Valdez, um navio petroleiro, da empresa petrolífera Exxon Mobil,


que comercializa seus produtos sob a marca Esso, encalhou na Enseada do
Príncipe Guilherme (Prince William Sound) despejando mais de 41 milhões de
óleo cru na costa do Alasca. Centenas de milhares de animais morreram nos
meses seguintes ao vazamento do óleo. De acordo com as estimativas,
morreram 250 000 pássaros marinhos, 2 800 lontras marinhas, 250 águias e 22
orcas, além da perda de bilhões de ovos de salmão. A empresa foi multada em
US$ 5 bilhões Foi o segundo maior derramamento de petróleo da história dos
Estados Unidos, sendo que 500 milhas de costa foram cobertas pelo petróleo21.

5º) Vazamento químico - Golfo do México, EUA - 20 de abril de 2010

Figura9: Golfo do México - Foto de domínio público encontrada no Google

A explosão ocorrida no Golfo do México, na plataforma da Deepwater


Horizon, ocasionou o rompimento de dutos no oceano derramando
aproximadamente 4,9 milhões de galões, ou cerca de 780 milhões de litros de
óleo, entre 20 de abril e 15 de julho de 2010, 11 pessoas morreram e 17
ficaram feridas. Foram quase três meses de derramamento de óleo em águas

21
<http://www.greenpeace.org/brasil/pt/Noticias/desastre-do-exxon-valdez-uma/>
Disponível em 29/05/2015
16

profundas podendo ter causado mais danos à vida marinha e às áreas ao redor
do local do acidente do que o já foi revelado até agora. Estimativas indicam que
o acidente causou a morte de aproximadamente 1.1 mil tartarugas (de cinco
espécies, todas ameaçadas de extinção), 128 golfinhos, 8200 aves marinhas22.

4º) Vazamento químico - Minamata, Japão - de 1930 a 1970

Figura 10: Contaminação por mercúrio: vítima de Minamata. (foto: W. Eugene Smith/
Aileen Archive) Foto de domínio público encontrada no Google

A partir da década de 1930, uma fábrica de produtos químicos – a Chisso


Corporation – resolveu despejar rotineiramente seus rejeitos industriais
contendo mercúrio nas águas que banhavam o município de Minamata, no
Japão. Somente 20 anos depois, começaram surgir sintomas de contaminação:
peixes, moluscos e aves morriam. Em 1956 foi registrado o primeiro caso de
contaminação humana - uma criança com danos cerebrais. Moradores da
cidade de Minamata, no Japão, começaram a ter convulsões e nascerem com
deformações no corpo, muitos casos foram observados depois desta data e a
moléstia ficou conhecida como Mal de Minamata. A empresa além de negar
envolvimento no caso da poluição, escondeu vários relatórios que provavam a
sua culpa e ainda aumentou a produção nos 18 anos seguintes. Estima-se que
pelo menos 50 mil pessoas tenham sofrido as consequências da intoxicação
por mercúrio naquela cidade. Aproximadamente 2200 pessoas morreram e

22
<http://www.ecoagencia.com.br/?open=noticias&id=VZlSXRVVONlYHZFTT1GdXJFb
KVVVB1TP> Disponível em 10/05/2015
17

3000 ficaram doentes. Só em 1997 que o processo de descontaminação


terminou23.

3º) Vazamento químico - Golfo Pérsico, Kuwait – Janeiro de 1991

Figura 11: Controle do vazamento de petróleo, por bombeiros, no Golfo Pérsico, Kuwait
Foto de domínio público encontrada no Google

Após perderem a guerra para o Kuwait, os militares iraquianos abriram as


válvulas de poços de petróleo e oleodutos e explodiram 700 poços
de petróleo do país. O incêndio causado durou 8 meses, até ser controlado por
10 mil bombeiros de 34 países. A fumaça se dispersou por 7 mil km² chegando
até a Rússia. Com o volume de 1 milhão e 360 mil toneladas, este pode ser
considerado o pior vazamento de petróleo da história, que não foi propriamente
acidental, mas deliberado causando enormes danos à vida selvagem no Golfo
Pérsico24.

2º) Vazamento químico - Bhopal, Índia - 3 de dezembro de 1984

Figura 12: Vítimas de Bhopal enfileiradas para contagem. Foto de domínio público
encontrada no Google

23
<http://cienciahoje.uol.com.br/especiais/rastros-do-mercurio/passado-e-tragedia>
Disponível em: 10/05/2015
24
<http://meioambiente.culturamix.com/ecologia/maiores-vazamentos-de-petroleo-do-
mundo> Disponível em: 10/05/2015
18

No pior desastre químico da história, cerca de 40 toneladas de metil


isocianato e outros gases letais vazou da fábrica de agrotóxicos, de origem
americana, a Union Carbide Corporation, em Bhopal, Índia. Estima-se que
entre 3,5 e 7,5 mil pessoas morreram em decorrência da exposição direta aos
gases, algumas fontes citam mais de 22 mil mortes ao decorrer dos anos
seguintes, sendo este o maior acidente industrial registrado pela história. A
Union Carbide, que possuía a fábrica de agrotóxicos na época do vazamento
dos gases, abandonou a área, deixando para trás uma grande quantidade de
venenos perigosos e tentou se livrar da responsabilidade pelas mortes
provocadas pelo desastre pagando compensações inadequadas ao Governo
da Índia. A empresa negou-se a fornecer informações detalhadas sobre a
natureza dos contaminantes, e, como consequência, os médicos não tiveram
condições de tratar adequadamente os indivíduos expostos. Mesmo hoje os
sobreviventes do desastre e as agências de saúde da Índia ainda não
conseguiram obter da Union Carbide e de seu novo dono, a Dow Química (Dow
Chemicals), informações sobre a composição dos gases que vazaram e seus
efeitos na saúde. Apesar deste quadro absurdo, a fábrica da Union Carbide em
Bhopal permanece abandonada desde a explosão tóxica enquanto que
resíduos perigosos e materiais contaminados ainda estão espalhados pela
área, contaminando solo e águas subterrâneas, dentro e no entorno da antiga
fábrica. Hoje se sabe que o composto químico era o isocianato de metila25.

25
<http://www.pco.org.br/internacional/30-anos-do-desastre-de-bhopal/abiz,o.html>
Disponível em: 29/05/2015
19

1º) Vazamento radioativo - Chernobyl, Ucrânia - 26 de abril de 1986

Figura 13: Usina de Chernobyl, Ucrânia - Foto de domínio público encontrado no Google

Considerado o pior acidente radioativo do mundo. A radiação emitida no


acidente foi 100x maior que as da bomba de Hiroshima e Nagasaki. Foi
ocasionado por uma explosão após uma série de falhas humanas em uma
usina de energia. O incêndio foi controlado 9 dias depois, mas já era tarde.
Uma nuvem radioativa exigiu a evacuação de 45 mil pessoas e chegou a atingir
outros países da Europa. Mesmo o governo russo tentando encobrir tudo, na
Suécia, pesquisadores estranharam o aumento nos níveis de radiação em seu
território. Na época houve 31 mortes, mas as piores consequências vieram em
longo prazo: mais de 300 mil pessoas com doenças graves - doenças essas
que surgiram após a explosão - foram remanejadas. Foram gastos 480 milhões
de dólares para limpar a região. Até hoje existem evidências desse acidente,
além de uma cidade fantasma26.

2 PROBLEMAS AMBIENTAIS

A degradação do meio ambiente não tem como único fator os desastres


ambientais, mas também por sucessivas deteriorações ao longo do tempo. A
discussão a seguir foi retirada do texto elaborado pelo UNEP (United Nations
Environment Programme – Programa das Nações Unidas para o Meio
Ambiente) sobre os grandes problemas mundiais da atualidade em relação ao
meio ambiente. Foram levantados 12 grandes problemas, são eles:

26
<http://veja.abril.com.br/acervodigital/?edicao=922&pg=36> Disponível em:
29/05/2015
20

2.1 CRESCIMENTO DEMOGRÁFICO RÁPIDO

A taxa de crescimento populacional mundial está em declínio, no entanto


a expectativa de vida está em ascensão desta forma o número de habitantes
no mundo continua aumentando27.

2.2 URBANIZAÇÃO ACELERADA

A qualidade de vida de bilhões de pessoas em todo o planeta está caótica


em face da poluição do ar e das águas, com a enorme produção de lixo, com a
especulação imobiliária, proliferação de favelas em áreas de alto risco e a
demanda de maiores recursos, energias e infraestrutura criando problemas
complexos de caráter ambiental, econômico e principalmente social28.

2.3 DESMATAMENTO

Está ocorrendo o desmatamento em todo o planeta, a China já teve toda


a sua cobertura vegetal explorada e os Estados Unidos e a Rússia já
destruíram suas florestas. No Brasil existe uma derrubada predatória para fins
econômicos, sendo que no caso da Mata Atlântica somente 9% da floresta
sobrevive29.

2.4 POLUIÇÃO MARINHA

Os poluentes, como esgotos domésticos, industriais e lixo sólido são


levados para o mar através dos rios, e juntamente com os vazamentos e as
lavagens dos tanques de petróleo e os desastres ecológicos de grande
proporção provocam uma poluição extremamente degradante nos oceanos que
embora tenham a capacidade de se regenerar torna-se praticamente
27
<http://www.brasilescola.com/geografia/o-crescimento-populacional-no-mundo.htm>
Disponível em: 29/05/2015
28
<http://www.mundosustentavel.com.br/2006/10/urbanizacao-acelerada/> Disponível
em: 29/05/2015
29
<http://www.suapesquisa.com/desmatamento/> Disponível em: 29/05/2015
21

impossível, pois muito dos detritos lançados não são biodegradáveis, fazendo
com que haja a perda da biodiversidade30.

2.5 POLUIÇÃO DO AR E DO SOLO

Através das indústrias e dos automóveis com o lançamento de diversos


tipos de gases, tais como dióxido de carbono, óxidos de enxofre e outros
materiais particulados a atmosfera está sendo afetada provocando danos à
saúde, especialmente em crianças e idosos. Quanto ao solo, a poluição é
ocasionada principalmente pelos lixões, uso de agrotóxicos e defensivos
agrícolas e que por sua vez são levados através das águas das chuvas e
consequentemente provocando a poluição dos rios31.

2.6 POLUIÇÃO E EUTROFIZAÇÃO DE ÁGUAS INTERIORES – RIOS, LAGOS


E REPRESAS

O fenômeno da eutrofização é caracterizado pela alta concentração de


nutrientes no ambiente aquático resultante da poluição das águas por ejeção
de adubos, fertilizantes, detergentes e esgoto doméstico sem tratamento
provocando o aumento de minerais criando uma camada espessas de algas na
superfície que impossibilita a realização da fotossíntese32.

2.7 PERDA DA DIVERSIDADE GENÉTICA

A perda da diversidade genética é uma das ameaças do equilíbrio


ambiental do planeta. O desmatamento juntamente com a perda de diversidade
genética nos ecossistemas agrícolas e a falta de proteção dos recifes de corais
são alguns dos grandes causadores do desaparecimento de várias espécies e

30
<http://www.brasilescola.com/geografia/poluicao-marinha.htm> Disponível em:
29/05/2015
31
<http://www.infoescola.com/meio-ambiente/tipos-de-poluicao/> Disponível em:
29/05/2015
32
<http://www.infoescola.com/ecologia/eutrofizacao/> Disponível em: 29/05/2015
22

perda da variabilidade da flora e da fauna, sendo que a biodiversidade e seus


recursos genéticos são fundamentais para o equilíbrio da vida no planeta33.

2.8 EFEITOS DE GRANDES OBRAS CIVIS

O surgimento de indústrias e aglomerações urbanas provocou uma queda


no nível do ambiente, com a morte de rios e desaparecimento de grandes
áreas verdes. Esses reflexos são de caráter ambiental, social e econômico,
uma vez que provocam danos como a impermeabilização do solo, impacto
visual, geração de resíduos da construção entre outros34.

2.9 ALTERAÇÃO GLOBAL DO CLIMA

Nas últimas décadas ocorreu um expressivo aumento da temperatura


global. As mudanças climáticas são ocasionadas principalmente pela ação dos
seres humanos, com a geração da poluição do ar o que tem provocado o
derretimento de gelo das calotas polares, e consequentemente o aumento no
nível de água nos oceanos e também o processo de desertificação35.

2.10 AUMENTO PROGRESSIVO DAS NECESSIDADES ENERGÉTICAS E


SUAS CONSEQUÊNCIAS AMBIENTAIS

Com a crescente necessidade vem o maior consumo de combustíveis


fosseis e a necessidade de construção de novas usinas geradoras de energia,
que por si só causam impactos ambientais associados a sua construção e
operação36.

33
<http://www.pensamentoverde.com.br/meio-ambiente/perda-biodiversidade-genetica-
risco-extincao-especies/> Disponível em: 29/05/2015
34
<http://editora.unoesc.edu.br/index.php/acsa/article/viewFile/745/pdf_232> Disponível
em: 29/05/2015
35
<http://www.suapesquisa.com/clima/mudancas_climaticas.htm> Disponível em:
29/05/2015
36
<http://www.uel.br/projetos/ternopar/pages/arquivos/tcc%20Matheus%20Santos.pdf>
Disponível 30/05/2015
23

2.11 PRODUÇÃO DE ALIMENTOS E AGRICULTURA

A produção crescente de alimentos é o principal fator de pressão sobre os


recursos da terra. Para atender a demanda lança-se mão, de forma
desenfreada, de todos os recursos legais e ilegais. Os pesticidas e fertilizantes
são usados de forma indiscriminada e descartados com negligência
contribuindo para a degradação do solo e a poluição das águas, os sistemas de
irrigação mal planejados provocam alagamentos, salinização e alcalinização do
solo e juntamente com o desmatamento em face da expansão das fronteiras
agrícolas acabam provocando a perda de biodiversidade37.

2.12 FALTA DE SANEAMENTO BÁSICO

A Organização Mundial de Saúde estabelece que saneamento seja o


controle de todos os fatores do meio físico do homem, que exercem e podem
exercer efeitos nocivos sobre o bem estar físico, mental e social. No Brasil
considera-se saneamento básico38 o conjunto de serviços, infraestruturas e
instalações operacionais de abastecimento de água potável, esgotamento
sanitário, limpeza urbana, drenagem e manejo das águas pluviais. Partindo
desse princípio é a falta de saneamento básico que se reflete diretamente nas
altas taxas de mortalidade infantil através da contaminação por consumo de
água não tratada (hepatite A, febre tifoide, malária, cólera, etc.) principalmente
em países subdesenvolvidos39.
Todos os problemas acima mencionados causam sérios impactos no meio
ambiente, ameaçando gravemente o ecossistema, tudo isso gerado pelo abuso
capitalista da ciência e da tecnologia, mas caso fossem usadas corretamente
significaria a emancipação do homem. A preocupação em relação a esses
problemas motivou diversas nações, a partir da década de 70 a criarem várias

37
<http://www.wwiuma.org.br/geo_mundial_arquivos/cap2_%20terra.pdf> Disponível
em: 30/05/2015
38 Lei 11.445, de 5 de janeiro de 2007 – Art. 3º - Inciso I, a, b, c e d
39
<http://www.mundoeducacao.com/geografia/saneamento.htm> Disponível em:
30/05/2015
24

organizações internacionais com o objetivo de discutir os problemas ambientais


de maneira global40.

3 FONTES ALTERNATIVAS DE ENERGIA

Há uma interferência direta da questão energética em todos os


seguimentos da sociedade, sejam eles econômicos ou sociais e independem
do meio de atuação, é um assunto estratégico geopolítico global, uma vez que
o desenvolvimento de todo o planeta depende dela. Essa questão, no entanto,
está atrelada à questão ambiental, pois o uso inadequado desses recursos
pode levar a completa destruição da natureza, por este motivo torna-se urgente
a implantação de novas fontes alternativas de energia41.
As chamadas “fontes alternativas de energia” são aquelas que
apresentam alternativas às fontes tradicionais (petróleo, gás natural, hídrica e
carvão mineral) e provem de recursos naturais que são renováveis, pouco ou
não poluentes e com baixos índices de agressão ambiental, são naturalmente
reabastecidos, algumas já estão sendo bastante difundidas. Essa questão
ganha um espaço cada vez maior à medida que cresce a consciência e os
movimentos ecológicos. É importante salientar que nem todo recurso natural é
renovável, por exemplo, o urânio, carvão e petróleo são retirados da natureza,
porém existem em quantidade limitada e são os maiores vilões da própria
natureza42.

3.1 ENERGIA SOLAR

A energia solar se refere aquela proveniente do sol, tanto térmica quanto


luminosa. Esta energia é captada por diferentes tecnologias e transformada em
energia elétrica ou mecânica43.

40
<http://www.uel.br/projetos/ternopar/pages/arquivos/tcc%20Matheus%20Santos.pdf>
Disponível em: 30/05/2015
41
<http://www.brasilescola.com/geografia/fontes-energia.htm> Disponível em:
14/05/2015
42
<http://www.suapesquisa.com/energia/fontes_alternativas.htm> Disponível em
30/05/2015
43
<http://www.suapesquisa.com/o_que_e/energia_solar.htm> Disponível em:
30/05/2015
25

3.1.1 Energia Solar Fotovoltáica

Figura 14: Módulo fotovoltaico - foto de domínio público encontrado no Google.

Energia fotovoltáica é a energia elétrica obtida a partir de luz solar, e pode


ser produzida mesmo em dias nublados, a partir de painéis solares
fotovoltáicos compostos por células solares captadoras de luz solar,
convertendo a energia solar em energia elétrica. Todavia, quanto maior a
intensidade de insolação, maior será a eletricidade produzida. O processo de
conversão da energia solar utiliza células solares que são constituídas de
elementos semicondutores, por exemplo, de silício44.

3.1.2 Energia heliotérmica ou energia solar térmica concentrada

Figura 15: Calha de coletores cilindro-parabólicos - foto de domínio público encontrado


no Google.

Energia heliotérmica é uma tecnologia de geração de energia elétrica


renovável. É um processo de geração indireta de eletricidade a partir dos raios
solares. Indireta porque, antes de virar energia elétrica, o calor do Sol é

44
<http://www.ebes.com.br/Energia-Fotovoltaica/Default.aspx> Disponível em:
13/05/2015
26

captado e armazenado para, depois, ser transformado em energia mecânica e,


por fim, em eletricidade45.
Acredita-se que o uso de energia solar em grande porte mais antigo foi
feito por Arquimedes (282 a 212 a.C.), ele teria queimado a frota romana na
Baía de Syracuse (hoje pertencente a Itália) concentrando raios solares em um
foco ao ponto de aquecê-los até pegarem fogo. O fato foi referenciado por
diversos autores entre 100 a.C. e 1.100 d.C. e no livro Optics Vitelio, do
matemático polonês Vitelio. Já no século XVIII, na Europa e Oriente Médio,
começou a serem desenvolvidas fornalhas solares, cuja aplicação era a
fundição de metais, principalmente ferro e cobre46.
Uma usina de solar térmica concentrada consiste de duas partes: o
coletor térmico que tem a função de concentrar os raios solares e o
aquecimento do fluido do trabalho que circula em um receptor, quanto maior a
taxa de concentração, mais altas são as temperaturas e o ciclo de potência
onde acontece a expansão de fluido em uma turbina. O vapor pode ser usado
diretamente em processos industriais. Espelhos de configurações diferentes
servem para concentrar os raios solares e é nesses espelhos que circulam um
fluido de trabalho que é aquecido.
O Brasil tem trabalhado, em parceria com a Alemanha, que possui o
domínio da tecnologia nessa área, na região semiárida do nordeste, ao longo
do Rio São Francisco, onde se encontra o maior potencial para usinas solares,
na construção da primeira usina heliotérmica experimental, na cidade de
Petrolina (PE). Esta usina permitirá abastecer até mil residências e a previsão é
que seja entregue até o final de 201647.

45
<http://energiaheliotermica.gov.br/pt-br/energia-heliotermica/o-que-e-energia-
heliotermica> Disponível em: 30/05/2015
46
<http://www.cresesb.cepel.br/download/tutorial/tutorial_heliotermica_2012.pdf>
Disponível em: 13/05/2015
47
<http://www.brasil.gov.br/ciencia-e-tecnologia/2015/01/brasil-e-alemanha-discutem-
projeto-de-energia-heliotermica> Disponível em 13/05/2015.
27

3.2 ENERGIA EÓLICA

Figura 16: Parque eólico de Osório em Rio Grande do Sul – foto de domínio público
encontrado no Google

A energia eólica é produzida a partir da força dos ventos sendo


abundante, renovável, limpa e disponível em muitos lugares. Essa energia é
gerada por meio de aero gerador, nas quais a força do vento é captada por
hélices ligadas a uma turbina que aciona um gerador elétrico. A quantidade de
energia transferida é função da densidade do ar, da área coberta pela rotação
das pás (hélices) e da velocidade do vento48.
Os Fenícios, Gregos, Romanos, e mais tarde os portugueses utilizaram a
energia eólica para mover, total ou parcialmente, os seus barcos. O seu
aproveitamento para encher as velas dos barcos coincide com o começo das
grandes civilizações que visavam o comércio, conquistas de novos domínios ou
exploração de mares desconhecidos49.
Sendo uma das principais apostas no campo das fontes de energia
renováveis, a energia eólica é totalmente renovável e limpa, não produz
qualquer poluente. Na década de 70, com a ocorrência da crise do petróleo,
teve início sua exploração comercial, e por este motivo sua utilização é maior,
em relação aos outros tipos de energias renováveis.
A energia eólica traz vantagens tanto para a sociedade em geral: é
inesgotável; não emite gases poluentes; não gera resíduo; diminui a emissão
de gases de efeito estufa, quanto para as comunidades onde se inserem os
Parques Eólicos: são compatíveis com o uso e utilização do terreno como a
agricultura e a criação de gado; criação de empregos; geração de

48
<http://www.mma.gov.br/clima/energia/energias-renovaveis/energia-eolica>
Disponível em 30/05/2015
49
<http://www.portal-energia.com/vantagens-desvantagens-da-energia-eolica/>
Disponível em: 13/05/2015
28

investimentos em zonas desfavorecidas; benefícios financeiros. Em relação ao


Estado as vantagens são: reduz a elevada dependência energética do exterior,
combustíveis fósseis: poupança devido à menor aquisição de direitos de
emissão de CO2 por cumprir o protocolo de Quioto; possível contribuição de
cota de GEE para outros setores de atividade econômica; fonte mais barata de
energia podendo competir em termos de rentabilidade com outras fontes de
energia tradicionais e em relação aos seus promotores: os aero geradores não
necessitam de abastecimento de combustível; requerem escassa manutenção
e em seis meses o investimento será recuperado.
No entanto existem algumas desvantagens: nem sempre o vento sopra
quando a eletricidade é necessária; pode ser ultrapassado com as pilhas de
combustível (H2) ou com a técnica de bombagem hidroelétrica; provoca
impacto visual considerável, gera uma grande modificação na paisagem;
impacto sobre as aves, principalmente pelo choque destas nas pás; impacto
sonoro, ruído constante de (43 dB(A)), sendo que as habitações mais próximas
deverão estar, no mínimo, a 200 m de distância50.

3.3 ENERGIA GEOTÉRMICA

Figura 17: Usina Geotérmica - Foto de domínio publico encontrado no Google.

A energia geotérmica é obtida através do calor proveniente da Terra, é a


energia calorífera gerada a menos de 64 quilômetros da superfície terrestre,
em uma camada de rochas, chamada magma, que chega a atingir até 6.000°C.
Geo significa terra e térmica corresponde a calor, portanto, geotérmica é a

50
<http://www.portal-energia.com/vantagens-desvantagens-da-energia-eolica/>
Disponível em: 13/05/2015.
29

energia calorífica oriunda da terra sendo utilizada para a geração de energia


elétrica.
Através de perfurações no solo, onde há grande quantidade de vapor e
água quente, estes são drenados até a superfície por meio de tubulações, o
vapor é transportado para a central elétrica geotérmica onde irá girar as
lâminas de uma turbina e a energia ali obtida através da movimentação das
lâminas (energia mecânica) é transformada em energia elétrica através de
gerador.
Entre os aspectos positivos da energia geotérmica estão: praticamente
nula a emissão de gases poluentes (CO2 e SO2); pequena área para instalação
da usina; pode abastecer comunidades isoladas. Entre os aspectos negativos
temos: energia muito cara e pouco rentável com altos investimentos e baixa
eficiência; possibilidade de esgotamento do campo geotérmico; aumento da
temperatura ambiente pela perda de calor; emissão de ácido sulfídrico (H2S),
extremamente corrosivo e nocivo à saúde. A energia geotérmica é bastante
discutida por conta de possíveis riscos de terremotos que podem ser
provocados pela rachadura das pedras51.

3.4 ENERGIAS HIDRÁULICAS

Energia Hidráulica, também conhecida como energia hídrica ou


hidrelétrica, é a energia obtida através do aproveitamento da energia potencial
das correntes de água em rios, mares ou quedas d’água e convertida em
energia cinética sendo considerada uma fonte de energia renovável e limpa52.

51
<http://www.brasilescola.com/geografia/energia-geotermica-1.htm> Disponível em
30/05/2015
52
<http://www.suapesquisa.com/energia/energia_hidraulica.htm> Disponível em
30/05/2015
30

3.4.1 Energia Maremotriz

Figura 18: Usina Maremotriz – Foto de domínio publico encontrado no Google.

Energia maremotriz, também conhecida como energia das marés é o


modo geração de energia por meio do movimento e do desnível das marés.
Para que essa energia seja convertida em energia elétrica é necessária a
construção de barragens eclusas e unidades geradoras de energia. É
considerada uma boa alternativa de energia, visto que é uma fonte limpa e
renovável53.
A primeira usina maremotriz do mundo foi construída em 1966 na cidade
de La Rance (França). Atualmente, os países que mais utilizam este sistema
de geração de energia são: Japão, França, Coreia do Sul, Inglaterra e Estados
Unidos (principalmente instaladas no Havaí).
Na década de 1960 foi instalada no Maranhão uma usina Maremotriz, no
entanto foi abandonada e não concluída. Este será o ponto de partida do
Laboratório de Tecnologia Submarina da COPPE/UFRJ, para a retomada
dessa tecnologia. A usina, instalada na Barragem do Bacanga, em São Luís é
utilizada atualmente, somente como ponte para passagem de carros, o projeto
da COPPE prevê a instalação de turbinas para aproveitar o movimento das
marés, entre estuário e reservatório, que chega atingir uma variação de mais
de 6 metros54.

53
<http://www.brasilescola.com/geografia/energia-das-mares.htm> Disponível em:
30/05/2015.
54
<http://planetasustentavel.abril.com.br/noticia/energia/conteudo_251581.shtml>
Disponível em 14/05/2015
31

3.4.2 Energia Hidrocinética

Figura 19: Usina hidrocinética de Pecém (CE)


https://cienciasetecnologia.com/eletricidade-energia-ondas-mar/

A energia Hidrocinética é a geração de energia elétrica através da energia


oriunda do movimento das ondas ou das diferenças de pressão abaixo delas.
As usinas de captação da energia das ondas são construídas na costa ou no
mar próximo a ela, sendo uma fonte de energia limpa e renovável e
inesgotável, pois a água constitui três quartos do nosso planeta,
proporcionando potencial para alimentar todo o planeta. . O primeiro parque de
ondas do mundo foi o parque de Ondas Aguaçadora em Portugal.
Funcionando de forma experimental desde novembro de 2012, a Usina de
Pecém (CE), a primeira da América Latina movida pela força das ondas do
mar, conta com tecnologia brasileira. É feita por flutuadores na base de braços
mecânicos instalados no quebra-mar do Porto de Pecém. O idealizador e líder
do projeto é o professor Segen Estefen, Coordenador do Programa de
Engenharia Oceânica da COPPE/UFRJ55.

55
https://cienciasetecnologia.com/eletricidade-energia-ondas-mar/ Disponível em:
14/05/2015
32

3.5 BIOMASSA

Figura 20: Biomassa - http://www.gruposalmeron.com.br/biomassa-grupo-salmeron.html

Biomassa é a matéria orgânica, de origem vegetal ou animal, que pode


ser utilizada na produção de energia considerada renovável. Nem toda a
produção primária do planeta passa a incrementar a biomassa vegetal, pois
parte dessa energia acumulada é empregada pelo ecossistema na sua própria
manutenção56.
Essa fonte energética é renovável, pois a sua decomposição libera CO2
na atmosfera, que, durante seu ciclo, é transformado em hidratos de carbono,
através da fotossíntese realizada pelas plantas. Nesse sentido, a utilização da
biomassa, desde que controlada, não agride o meio ambiente, visto que a
composição da atmosfera não é alterada de forma significativa.
Entre as principais vantagens da biomassa estão: Baixo custo de
operação; facilidade de armazenamento e transporte; proporciona o
reaproveitamento dos resíduos; alta eficiência energética; fonte energética
renovável e limpa; menos gases poluentes, no entanto, a falta de planejamento
pode ocasionar grandes áreas desmatadas, perda de nutrientes do solo,
erosões e emissão excessiva de gases57.
O Brasil, por possuir condições naturais e geográficas favoráveis à
produção de biomassa, pode assumir posição de destaque no cenário mundial
na produção e no uso como recurso energético. Por sua situação geográfica, o
país recebe intensa radiação solar ao longo do ano que é a fonte de energia
fundamental para a produção de biomassa, quer seja para alimentação quer
seja para fins agroindustriais. Outro aspecto importante é que possuímos

56
<http://www.lippel.com.br/br/sustentabilidade/o-que-e-biomassa#.VWpHpZN-7Wk>
Disponível em: 30/05/2015.
57
<http:www.brasilescola.com/geografia/biomassa.htm> Disponível em: 14/05/2015
33

grande quantidade de terra agricultável, com boas características de solo e


condições climáticas favoráveis.
Fontes de biomassa: Cultivos agrícolas: bagaço e palha de cana, casca
de arroz, castanha, coco da bahia, coco de babaçu, coco de dendê , cascas de
laranja, etc. Origem vegetal: resíduo de madeiras desperdiçadas nas
serrarias58.
A utilização da energia da biomassa é de fundamental importância no
desenvolvimento de novas alternativas energéticas. Sua matéria-prima já é
empregada na fabricação de vários biocombustíveis, como, por exemplo:

3.5.1 Biogás

É um biocombustível, ou seja, uma mistura de vários gases sendo


constituído principalmente de gás metano. Se forma a partir da decomposição
da matéria orgânica em aterros sanitários, pode se utilizado na geração de
energia elétrica, combustível para veículos e gás de uso doméstico59.

3.5.2 Biodiesel

Éter metílico, o biodiesel pode ser fabricado a partir da soja, algodão,


mamona, girassol, etc. É utilizado como combustível para motores a diesel,
liberando baixos índices de gases poluentes no ar60.

3.5.3 Álcool

Pode ser produzido a partir da cana-de-açúcar, beterraba, milho e


eucalipto. A utilização do álcool, como fonte de energia é mais frequente em
motores de veículos. Como combustível de veículos o álcool, apresenta grande
vantagem de ser menos poluente que a gasolina61.

58
<http://www.mma.gov.br/clima/energia/energias-renovaveis/biomassa> Disponível
em 14/05/2015
59
http://www.brasilescola.com/geografia/biomassa.htm Disponível em 30/05/2015
60
http://www.brasilescola.com/geografia/biomassa.htm Disponível em 30/05/2015
61
http://www.brasilescola.com/geografia/biomassa.htm Disponível em 30/05/2015
34

3.5.4 Bio-óleo

Sua fabricação consiste numa série de transformações físico-químicas,


que originam um líquido de coloração negra e bastante viscoso, podendo ser
empregado na geração de energia elétrica, aquecimento doméstico,
fertilizantes orgânicos, aditivos para combustíveis e como combustíveis (após
ser refinado)62.

4 CONTEXTO GLOBAL SOBRE O HOMEM E O MEIO AMBIENTE

A preocupação com o meio ambiente foi despertada durante a década de


1950 quando peças, supostamente desconexas de um quebra cabeças global
começaram a se encaixar e através de uma série de catástrofes tais como: a
talidomida, medicamento desenvolvido na Alemanha que causa a má-formação
congênita em recém-nascidos, gerando milhares de casos de Focomelia, o
derramamento de petróleo pelo navio Torrey Canyon, na costa do Reino Unido
e a mortandade de peixes e outros organismos nos lagos da Suécia eram
resultado da poluição atmosférica proveniente da Europa Ocidental. Com a
publicação de livros, como The Tragedy of the Commons (“A Tragédia dos
Bens Comuns”) quebra paradigmas motivando a comunidade em geral a agir.
A tragédia dos bens comuns como fonte de alimentos pode ser
evitada pela propriedade privada, ou algo que se assemelhe
formalmente a isso. Mas o ar e as águas a nossa volta não podem
ser cercados de forma fácil, e assim, a tragédia do uso dos bens
comuns como fossa sanitária deve ser evitada por outros meios, por
leis coercitivas ou impostos que façam com que seja menos
dispendioso para o poluidor tratar seus agentes poluentes do que
despejá-los sem tratamento no meio ambiente. (Hardin, 1968 p.1243-
48)

Tal preocupação era quase que exclusivamente do mundo ocidental.


Enquanto os países comunistas destruíam implacavelmente o meio ambiente
em nome da industrialização para os países em desenvolvimento a
preocupação com o meio ambiente era considerada um luxo do Ocidente. Para
a primeira ministra da Índia, Indira Gandhi, que desempenhou um papel
essencial no direcionamento da agenda da Conferência das Nações Unidas
sobre o Meio Ambiente Humano, realizada em Estocolmo em 1972, “A pobreza

62
http://www.brasilescola.com/geografia/biomassa.htm Disponível em 30/05/2015
35

é a pior forma de poluição” (Perspectivas do Meio Ambiente Mundial-2002


GEO-3 - Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente – 2004, p.2).
Ainda, segundo o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente,
na década de 70 (e de certa forma até hoje) havia duas grandes escolas de
pensamento sobre as causas da degradação do meio ambiente: uma culpava a
ganância e a busca implacável pelo crescimento econômico e a outra
responsabilizava o crescimento populacional. A partir dessa ideia, o Clube de
Roma, um grupo de cerca de 50 pessoas, autodenominados “sábios”, através
de um modelo computadorizado sobre o futuro global analisou cinco variáveis:
tecnologia, população, nutrição, recursos naturais e o meio ambiente. A
principal conclusão do estudo foi: se as tendências da época continuassem, o
sistema global se sobrecarregaria e entraria em colapso até o ano 2000. O
mundo nesse início de década era extremamente polarizado, sendo surpresa
que a ideia de uma conferência internacional sobre o meio ambiente tenha sido
até mesmo cogitada (pela Suécia, em1968) e, mais ainda, que ela efetivamente
tenha sido realizada (em Estocolmo, em 1972) unindo países desenvolvidos e
em desenvolvimento em busca de um bem comum.

4.1 CONFERÊNCIA DAS NAÇÕES UNIDAS SOBRE O MEIO AMBIENTE


HUMANO

A Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente Humano, em


1972, realizada em Estocolmo, sendo esta a primeira grande atitude mundial
no sentido de organizar as relações entre o Homem e o Meio Ambiente,
colocando o meio ambiente em uma questão de relevância internacional,
reunindo países desenvolvidos e em desenvolvimento, no entanto a União
Soviética e seus aliados não compareceram. Conferência produziu uma
Declaração de 26 princípios e um Plano de Ação com 109 recomendações e
instituiu o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente como “a
consciência ambiental do sistema da Organização das Nações Unidas”
(Perspectivas do Meio Ambiente Mundial-2002 GEO-3 - Programa das Nações
Unidas para o Meio Ambiente 2004, p.4).
Vinte anos depois, em 1992, no Rio de Janeiro, outro grande evento é
organizado para debater o assunto, trata-se da 2ª Conferência das Nações
Unidas sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento, conhecido como ECO-92
36

ou Rio-92, que reúne um número sem precedentes de representantes de


Estado, da sociedade civil e do setor econômico – mais de 100 chefes de
Estado, cerca de 10 mil delegados, 1.400 organizações não governamentais e
aproximadamente 9 mil jornalistas, tendo produzido ao menos sete grandes
resultados: a Declaração do Rio sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, a
Agenda 21, a Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do
Clima, a Convenção sobre Diversidade Biológica, a Comissão de
Desenvolvimento Sustentável, um acordo para negociar uma convenção
mundial sobre a desertificação e a declaração de Princípios para o Manejo
Sustentável das Florestas (Perspectivas do Meio Ambiente Mundial-2002 GEO-
3 - Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente 2004, p.16)63.
.
4.1.1 Convenção sobre Diversidade Biológica

A Convenção sobre Diversidade Biológica (CDB) é o primeiro tratado


mundial sobre a utilização sustentável, conservação e repartição equitativa dos
benefícios derivados da biodiversidade, e se refere à biodiversidade em três
níveis: ecossistemas, espécies e recursos genéticos. Neste tratado destaca-se
o "Protocolo de Biossegurança", que permite que países deixem de importar
produtos que contenham organismos geneticamente modificados sendo
assinado por 156 países. A ratificação da convenção pelo Congresso Nacional
Brasileiro ocorreu dois anos depois, em 199464.

4.1.2 Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima

A Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças do Clima foi o


compromisso firmado entre os países desenvolvidos e em desenvolvimento
onde se comprometem a modificar o seu modelo de produção para reduzir os
impactos ambientais e abrandar as mudanças climáticas. O Brasil promulga a

63
http://www.wwiuma.org.br/estado_do_mundo.html Disponível em: 30/05/2015
64
<http://www.infoescola.com/biologia/convencao-sobre-diversidade-biologica-cdb/>
Disponível em: 10/05/2015
37

Convenção em Julho de 199865. Tal empenho se explicita no Protocolo de


Quioto de 1997.

4.1.2.1 Protocolo de Quioto

O Protocolo de Quioto sucede à Convenção-Quadro das Nações Unidas


sobre Mudança do Clima, foi elaborado com o objetivo de regulamentar o
acordo firmado e, assim, determinar metas específicas de redução de
emissões de seis dos principais gases causadores do efeito estufa: dióxido de
carbono (CO2), metano (CH4), óxido nitroso (N2O), hexafluoreto de enxofre
(SF6), hidrofluorcarbonos (HFCs) e perfluorcarbonos (PFCs), a serem
alcançadas pelos países desenvolvidos que o ratificassem, no entanto, a
ratificação do Protocolo de Quioto pelos países do mundo, esbarrou na
necessidade de mudanças na sua matriz energética, sendo que os elevados
custos recairiam, principalmente, sobre os países desenvolvidos, em especial
os Estados Unidos que declararam que não iriam submeter o avanço da
economia norte-americana aos sacrifícios necessários a prática das medidas
propostas, motivo pelo qual não ratificou o protocolo. O Protocolo somente
entrou em vigor em 2005 com a ratificação pela Rússia e sem a adesão dos
Estados Unidos e da Austrália66.

4.1.3 Agenda 21

O Desenvolvimento Sustentável do Planeta é o compromisso assumido


por mais de 170 países na Conferência das Nações Unidas sobre o Meio
Ambiente e Desenvolvimento realizada durante a Rio-92, no Rio de Janeiro.
Nesta Conferência, a implantação da Agenda 21, foi o mais importante
compromisso firmado entre os países, onde mais de 2.500 recomendações
práticas foram estabelecidas tendo como objetivo preparar o mundo para os
desafios do século XXI. A Agenda 21 pode ser definida como um instrumento
de planejamento sociedades sustentáveis em diferentes bases geograficas que

65
Decreto 2.652, de 1º de julho de 1998
66
<http://www.ipam.org.br/saiba-mais/abc/mudancaspergunta/O-que-e-o-Protocolo-de-
Quioto-/20/10> Disponível em: 10/05/2015
38

conciliam métodos de proteção ambiental, justiça social e eficiência economica.


Ela se constitui num poderoso instrumento de reconversão da sociedade
industrial exigindo uma reinterpretação do conceito de progresso,
contemplando maior harmonia e equilíbrio entre o todo e as partes,
promovendo a qualidade, não apenas a quantidade do crescimento.
Ela é também o processo de planejamento participativo de um
determinado território que envolve a implantação, ali, de um Fórum de Agenda
21. Composto por governo e sociedade civil, o Fórum é responsável pela
construção de um Plano Local de Desenvolvimento Sustentável, que estrutura
as prioridades locais por meio de projetos e ações de curto, médio e longo
prazo. No fórum são também definidos os meios de implementação, as
responsabilidades do governo e dos demais setores da sociedade local na
implementação, acompanhamento e revisão desses projetos e ações. Para
atingir tal objetivo, as cidades têm a responsabilidade de programar as
Agendas 21 Locais, através de um processo participativo e multissetorial,
visando à elaboração de um plano de ação para o desenvolvimento sustentável
do Município ou de quaisquer outros arranjos territoriais como bacias
hidrográficas, regiões metropolitanas e consórcios intermunicipais67.

5 CONSCIÊNCIA AMBIENTAL

A discussão a seguir tem inspiração no filme “Uma Verdade


Inconveniente” – Al Gore.
Estudos científicos apontam que a emissão de dióxido de carbono e
outros gases na atmosfera é a grande responsável pelas mudanças climáticas
que o planeta vem sofrendo. Sabe-se que com a 1ª revolução industrial foi
divisor de águas do crescimento da economia capitalista, tendo sido este o
ponto de partida do processo de poluição em massa.
Com a 2ª revolução industrial, no início do século XX nos Estados Unidos,
o desenvolvimento científico-tecnológico mudou o paradigma na forma de

67
<www.mma.gov.br/responsabilidade-socioambiental/agenda21> Disponível em:
17/05/2015
39

produção mundial com a produção em larga escala, e as indústrias passaram a


produzir gases poluentes como dióxido de carbono (CO2) cuja produção
aumenta no outono e inverno e diminui na primavera e verão, gás metano,
óxido nitroso, hidrocarbonetos fluorados, perfluorados e hexafluoreto de
enxofre, sendo que os três últimos são eliminados principalmente pelas
indústrias, na mesma proporção.
Essa busca constante do desenvolvimento está comprometendo os
fatores naturais e o ecossistema da Terra. A fina camada da atmosfera
terrestre está se contaminando com tanta poluição. Ela é a parte mais
vulnerável da terra e por ser fina o bastante, favorece a sua modificação
(composição).
A radiação solar vem na forma luz que aquece a terra e aí parte dessa
radiação é devolvida ao espaço na forma de radiação infravermelha sendo que
parte desta radiação fica presa dentro da própria atmosfera ocasionando o
aquecimento global.
Além das indústrias, o desmatamento e as queimadas das florestas
também contribuem para a emissão de gás carbônico, com cerca de 30%.
Essa emissão descontrolada causa desequilíbrio no planeta, uma vez que as
florestas que são as responsáveis pelo armazenamento do gás carbônico,
importantes para a realização da fotossíntese estão desaparecendo para
serem transformadas, na grande maioria das vezes, em pastos em busca de
uma economia cada vez maior.
As geleiras estão diminuindo a cada ano. 40% das pessoas do mundo
recebem sua água potável dos sistemas de rios e fontes que são alimentados
por mais da metade das águas que vem do derretimento das geleiras e dentro
dos próximos 50 anos esses 40% de pessoas da terra vão enfrentar uma
escassez muito grave devido à diminuição das geleiras. Essas pessoas
encontram-se no Alaska, Himalaia, Nepal, Alpes Australianos (Suíça), Peru,
Argentina, Patagônia (extremo da América do Sul) e isso demonstra que este
fenômeno é mundial.
Quando há mais dióxido de carbono, a temperatura atmosférica aumenta
porque ele retém mais calor do sol. Em 2005 essa temperatura foi a mais alta
dos últimos 14 anos. Em menos de 50 anos tornar-se-á insuportável. Na
Europa, Índia observou-se alteração que atingiu 50ºC e no Oeste Americano
40

38ºC. Infelizmente está haverá um retrocesso e os lideres políticos nada fazem


para impedir.
Os aumentos de temperatura estão acontecendo no mundo todo,
inclusive nos oceanos e os cientistas especializados em aquecimento global já
previram há muito tempo este aumento. O aquecimento dos oceanos gera
tempestades cada vez mais fortes provocando vários furacões (Flórida),
tornados (EUA) e tufões (Japão/2004), inclusive no Brasil, ocorrendo o primeiro
tufão no Atlântico Sul e as consequências são demonstradas através dos
estragos causados nas indústrias petrolíferas, gerando mortes, doenças,
desabrigo e inclusive prejuízos financeiros sem contar com a destruição de
ecossistemas ocasionando a extinção de animais, tanto terrestres quanto
marítimos e o desaparecimento de muitos corais.
O aquecimento global causa não somente enchentes, mas também
secas. Tragédias não param de ocorrer principalmente na África, próximo ao
Saara e a Nigéria cujos fatores como a falta de chuvas vem contribuindo para a
forte seca existente.
Todos os problemas já estão ai, instalados e em pleno desenvolvimento,
juntamente com o desenvolvimento econômico, a cada dia levando mais e mais
à destruição de nosso planeta e nós somos os maiores responsáveis, uma vez
que temos o conhecimento de que os estragos provocados são irreversíveis e
consciência do mal que estamos infringindo ao nosso bem maior, a Natureza.
As soluções estão em nossas mãos, basta tomarmos as atitudes corretas e
fazermos as escolhas certas, seja através da escolha de nossos
representantes quanto na mudança de nossos hábitos, seja nas compras, no
uso da eletricidade e da água, no tipo de condução que usamos para nos
locomover, nas escolhas que trazem à emissão de gás carbônico a zero.
Vamos usar os 3Rs da sustentabilidade: Reduzir, Reutilizar e Reciclar que são
ações práticas que visam estabelecer uma relação mais harmônica com o meio
ambiente, pois esse problema é um problema moral.
41

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Como ficou demonstrada ao longo deste estudo, a ganância dos homens


através da exploração desenfreada dos recursos naturais levou o planeta a
sofrer catástrofes de proporções monstruosas, fazendo esses mesmos homens
experimentarem uma crise ambiental sem precedentes na história da
humanidade.
A busca constante do desenvolvimento está comprometendo os fatores
naturais e o ecossistema da terra, a necessidade de crescimento tem gerado
uma grande problemática: a exilação do meio ambiente.
Tais atitudes acarretaram ao longo dos anos problemas que levaremos,
talvez, outros tantos para serem resolvidos, e quem sabe nem sejam
solucionados uma vez que jamais poderemos reverter à extinção de uma
espécie e nem trazer de volta vidas humanas que foram perdidas.
No entanto o homem já domina as chamadas “fontes alternativas de
energia” e estão ganhando um espaço cada vez maior, essas fontes além de
não prejudicarem o planeta são renováveis e é a grande chance, para não
dizer a única, de salvarmos o planeta.
O enfrentamento deste enorme problema requer senso de urgência na
tomada de decisões, eventualmente duras para alguns países que deverão
arcar mais fortemente com custos de uma nova economia, para os estudiosos,
simplesmente não temos opção.
Mas apesar de tudo isso tem uma boa notícia: dispomos de suficiente
conhecimento e tecnologia para mudarmos o curso da História na direção que
interessa, só não sabemos se essa notícia é desejada por todos.
Mesmo com um maior número de leis de proteção ao meio ambiente,
grandes investimentos em pesquisas de tecnologias, criação de organismos de
proteção e uma grande participação da sociedade em prol da sustentabilidade,
esses avanços não são suficientes para salvar o planeta, pois esbarram na
falta de vontade política, onde governante ainda consegue dizer que fonte
alternativa renovável é “fantasia”, inclusive dando incentivos a um dos grandes
vilões da degradação do meio ambiente: o carvão vegetal.
42

REFERÊNCIAS

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BROWN, L. Eco-Economy. EPI-Earth Policy Institute /UMA-Universidade Livre
da Mata Atlântica, 2009 p.23.
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Filme:
Uma Verdade Inconveniente – An Inconvenient Truth – Al Gore – 2006.

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