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Gestão pela qualidade
Sumário
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Gestão pela qualidade
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Gestão pela qualidade
Nunca se falou tanto neste assunto: meio ambiente. Será que é apenas um assunto da
moda?
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Chuva ácida
Nos últimos anos a emissão de gases provenientes de complexos industriais, de
veículos automotores, de metalúrgicas e siderúrgicas tem lançado um imensurável
volume de óxidos de enxofre (SOX) e óxidos de nitrogênio (NOX), na atmosfera. Esses
óxidos, ao se combinarem com o vapor d’água, geram ácidos sulfúrico e nítrico que
retornam para a Terra sob a forma de orvalho, neblina, granizo, neve ou chuva,
atribuindo o caráter ácido aos meios atingidos por eles.
Talvez a conseqüência mais grave da chuva ácida se contaste na extensão dos efeitos
por ele provocados, pois pode afetar um determinado local que sequer possui uma
fonte emissora de gases, mas que não consegue equivar-se do problema, já que os
poluentes podem ser conduzidos de um local para outro situado a centenas ou
milhares de quilômetros, por meio da ação dos ventos. Desta forma, passa a
responsabilidade de todos empreender medidas que reduzam a emissão desses
poluentes na natureza.
Efeito estufa
A energia proveniente do sol aquece a Terra e geralmente é dissipada mantendo a
temperatura agradável. No entanto, alguns gases oriundos das indústrias, da
queimada de florestas e de veículos automotivos podem atuar como uma barreira
capaz de impedir a dissipação do calor. Desta forma, a Terra permanece quente,
semelhantemente a uma estufa.
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Esses gases conhecidos como gases estufa têm como principal componente o dióxido
de carbono (CO2), que é gerado a partir da queima de carvão, de óleo e da destruição
de florestas.
Nos últimos tempos, o mundo está alarmado com um grande “buraco” na camada de
ozônio, principalmente na região da Antártida. Os cientistas atribuem o fato ao uso de
CFCs, compostos de Cloro, Flúor e Carbono, presentes em aerosóis e sistemas de
refrigeração. Esses gases, quando lançados no ar, reagem com o ozônio destruindo-
lhe as moléculas.
A proibição do uso desses compostos tem siso adotada por diversos países e visa
proteger a integridade dos sistemas ambientais globais.
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Desertificação
Mais de 250 milhões de pessoas são afetadas diretamente pela desertificação e cerca
de um bilhão de pessoas em mais de cem países ameaçadas. Combater a
desertificação é essencial para assegurar produtividade, a longo prazo, das terras
secas desabitadas. Infelizmente, esforços anteriores falharam, e o problema da
degradação do solo ao redor do mundo intensifica-se cada vez mais.
A Convenção abre uma nova fase na luta contra a desertificação, porém é só o início.
Os governos, em especial, necessitarão rever regularmente seus programas de ação;
também deverão dar ênfase à conscientização, educação e treinamento, tanto os
países desenvolvidos quanto os em desenvolvimento. A desertificação somente
poderá ser revertida por meio de mudanças profundas na conduta local e internacional.
Etapa por etapa, tais mudanças conduzirão ao uso sustentável da terra e à garantia de
alimentos para uma população um mundial em crescimento. O combate à
desertificação é parte dentre os muitos objetivos a se alcançar, tal como o
desenvolvimento sustentável de países afetados por ela e pela seca.
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Novas e mais sérias penalidades civis e criminais têm sido aplicadas no caso de
violação das leis e licenças ambientais, particularmente se a violação conduz a riscos
para a saúde ou a danos de longo prazo aos recursos naturais, tais como águas
subterrâneas ou qualidade do solo. Isso tem exigido das empresas que elas façam o
monitoramento necessário para provar que estão em conformidade com a devida
licença e legislação aplicável.
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SISNAMA
ÓRGÃO SUPERIOR
Presidência da República
Conselho de Governo
ÓRGÃO CONSULTIVO
ÓRGÃO CENTRAL ÓRGÃO EXECUTOR
E DELIBERATIVO
Ministério do Meio
CONAMA Ambiente e da IBAMA
Amazônia Legal
ÓRGÃOS SECCIONAIS
Entidades da Administração
Polícia Federal: DNOCS,
IBGE, Estados
ÓRGÃOS LOCAIS
Entidades Municipais
Dos órgãos federais, destacamos: Ministério do Meio Ambiente: órgão central que
edita leis, decretos, portarias e resoluções, contemplando os vários aspectos
ambientais envolvidos.
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Muitos modelos de SGA, incluindo a norma ISO 14001, são construídos sobre o
modelo Plan, Do, Check, Act, introduzindo por Shewart e Deming. Esse conceito
endossa o conceito da melhoria contínua. Colocar em prática os princípios do TQM na
área ambiental é tarefa da alta administração da organização, que, para construir e
manter um SGA efetivo, deve comunicar a todos os empregados a importância de
tornar o meio ambiente uma prioridade da organização, de construir a gestão
ambiental em toda parte, além de visualizar os problemas focando-os como
oportunidades.
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Custos Benefícios
• Tempo da equipe / empregados • Melhoria do desempenho ambiental
• Possível assessoria de uma consultoria • Menores custos para atendimento da
• Treinamento de pessoal conformidade com a legislação
• Novos consumidores / mercados
• Aumento da eficiência / redução de custos
• Elevação da moral dos empregados
• Melhoria da imagem perante o público
• Esforços de treinamento reduzidos para
novos empregados
• Melhoria da imagem perante os órgãos
reguladores
• Menos desperdício
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O desenvolvimento Industrial
e o Meio Ambiente
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Muitas das maiores associações industriais nacionais e internacionais têm agora algum
código de prática, código de conduta, declaração da missão, ou normas similares
relacionadas ao meio ambiente (UNCTAD 1996). Além disso, organizações
internacionais, organismos intergovernamentais e agências governamentais, como o
PNUMA e a Organização para Cooperação Econômica e Desenvolvimento
(OECD - Organization For Economic Corporation and Development), têm promovido
política ambiental de negócios voluntária e princípios de prática. Dentre estes, os mais
significativos são:
® ®
• Atuação Responsável . (Responsible Care );
• Princípios CERES;
• Conselho de Administração das Florestas/
• Investigações do Cumprimento das Leis, da Agência Nacional de Proteção
Ambiental dos Estados Unidos;
• Rotulagem Ambiental; bem como
• Outras Cartas e Princípios de Negócios para a Gestão Ambiental.
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Legislação ambiental na
indústria
De acordo com presidente do comitê da ISO que trata de sistema de gestão ambiental,
Oswald Dobbs, a ISO 14001 é uma aproximação sistêmica para o gerenciamento
ambiental e não um documento baseado em desempenho. A principal meta desta
norma é estabelecer a estrutura e a consistência de um SGA que possa conduzir os
procedimentos da organização à proteção ambiental, levando em consideração o
impacto ambiental da empresa.
A orientação geral da ISO 14004 está inserida na discussão deste capítulo, embora o
foco seja a ISO 14001, mas há alguns aspectos específicos da ISO 14004 que são
úteis. Por esse motivo, vamos iniciar nossas discussões por esta última, para depois
seguir adiante com a ISO 14001.
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Apesar de não direcionada pela ISO 14404, uma boa revisão das questões gerais e as
implicações da implementação de um SGA podem ser obtidas da experiência da Nortel
com o registro de nove dos seus sites, ou da experiência da empresa gráfica Printech
International.
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Anexos
A. Diretrizes para uso da especificação
B. Correspondências pela NBR ISO 14001 e NBR ISO 9001
C. Bibliografia
Condições gerais
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A ISO 14001 também se aplica a outras organizações que não apenas indústrias. Por
exemplo, algumas das questões específicas para um município que adote a norma ISO
14001 podem ser encontradas em um artigo que descreve a experiência de Hamilton-
Ewntworth, Ontário.
A ISO 14001 se aplica somente àqueles aspectos ambientais que a organização pode
controlar e sobre os quais se espera que tenha influência. Alguns autores, com Bell,
por exemplo, sugeriram que a falha para incluir quaisquer requisitos de desempenho
na ISO 14001 deveu-se à suscetibilidade dos países em desenvolvimento a padrões
inferiores para regulamentação ambiental.
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As quatro questões referenciadas pela ISO 14001 que requerem ação são:
• Política ambiental associada
A organização define sua política ambiental e assegura o comprometimento com
ela. Os detalhes do conteúdo e o desenvolvimento das políticas ambientais vão ser
discutidos mais adiante, no capítulo 4.
• Planejamento
Desenvolve-se um plano para o preenchimento de sua política ambiental. A
organização revê tanto os aspectos ambientais significativos das atividades,
produtos e serviços da organização, quando os requisitos legais e outros. Baseada
nesses parâmetros, a organização estabelece objetivos e metas e assegura as
ferramentas apropriadas estejam alocadas para alcançá-los. Este assunto será
abordado no capítulo 5.
• Implementação e operação
O plano é colocada em ação através do desenvolvimento de um sistema de gestão
ambiental. A organização define as responsabilidades e funções de todos os
envolvidos e estabelece procedimentos de treinamento e procedimentos para
comunicação interna e externa. O sistema de gestão ambiental deve envolver
documentação apropriada e controle de documentos, controle operacional
adequado, e referir-se a questões relacionadas com a preparação e resposta à
emergência. No capítulo 6 trataremos da implementação e operação do SGA.
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• Revisão e melhoria
São necessários procedimentos para rever e melhorar continuamente os sistemas
de gestão ambiental. O desempenho real é comparado com os objetivos e metas
por meio de auditorias que possam levar a uma certificação formal da organização.
As deficiências são tratadas com o objetivo de assegurar a melhoria contínua no
desempenho ambiental. Esses assuntos serão objetivos de discussão dos
capítulos 7 a 10.
O que é necessário para se ter sucesso na implementação da ISO 14001? Num estudo
envolvendo 18 organizações, repercutindo, até certo ponto, na própria norma, Diamond
(1996) encontrou os pontos-chave:
• Certifique-se do comprometimento da alta administração no início do processo.
• Tenha um entendimento completo da norma ISO 14001.
• Realize uma auto-avaliação completa.
• Envolva muitos níveis funcionais e hierárquicos no processo de planejamento.
• Inicialmente, estabeleça um pequeno número de objetivos ambientais factíveis.
• Baseia-se em práticas comerciais existentes.
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Gerenciamento de
resíduos sólidos
Tratamento do lixo
O Brasil produz cerca de 90 mil toneladas de lixo por dia, o que corresponde a 30 mil
caminhões cheios de lixo. A grande quantidade de embalagens e produtos
descartáveis agrava mais o problema. Boa parte desse lixo é constituída de materiais
que podem ser reciclados; outra parte é constituída de material orgânico que pode ser
decomposto por microrganismos. No Brasil, quase todo o lixo é jogado em lixões. O
quadro abaixo mostra os principais destinos do lixo no Brasil.
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Lixões
São aterros comuns, onde o lixo é depositado diariamente a céu aberto, o que provoca
contaminação da água, do solo e do ar.
Aterros sanitários
São áreas escolhidas com critério, geralmente terrenos não produtivos e que não estão
localizados em áreas de preservação ambiental. O fundo do aterro deve ser preparado
com camadas plastificadas resistentes, prevendo o escoamento do “chorume” e o seu
tratamento. É uma obra de engenharia complexa, executada com todos os critérios
técnicos, de acordo com a legislação antipoluição vigente.
Nos aterros sanitários, o lixo é disposto em camadas, cobertas com terra ou argila e
compactadas por tratores de esteiras. Após algum tempo, esse lixo é parcialmente
decomposto pelos microorganismos que se alimentam dele. Os resíduos de lixo vão se
acumulando, até lotar a capacidade do terreno. Em São Paulo existem, atualmente,
cinco aterros sanitários. Um deles é só para entulho da construção civil. dos outro
quatro, dois já estão esgotados.
Usinas de tratamento
Nessas usinas, o lixo não é acumulado. Ao chegar, o lixo é espalhado em esteiras
móveis, para que os materiais recicláveis possam ser separados, com vidros, papéis,
metais, plásticos, etc., e vendidos às indústrias de reciclagem. O lixo restante é
colocado em grandes reatores chamados biodigestores. Por meio da ação dos
microorganismos, o lixo se transforma em um composto orgânico que pode ser usado
como adubo ou como componente de rações para animais. O lixo residual que
porventura sobrar é levado para um aterro sanitário.
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Incineração
O lixo incinerado é proveniente de hospitais, clínicas veterinárias, materiais tóxicos etc.
os gases contidos na fumaça do lixo queimado podem ser poluentes, se não forem
corretamente tratados.
Redução
Reutilização
Reutilizar significa utilizar um produto mais de uma vez, quer para o mesmo objetivo,
quer para um propósito diferente. Alguns exemplos de reutilização incluem:
• Artigos de restauração;
• Garrafas para reenchimento;
• Artigos de doação para grupos de caridade e da comunidade;
• Reutilização de caixas;
• Participação em programa de coleta e reutilização de tintas.
Reciclagem
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A reciclagem gera uma gama de benefícios sociais, financeiros e ambientais, tais como
a conservação de recursos para o futuro, economia de energia, fortalecimento de
matérias-primas valiosas para a indústria, redução da necessidade de novos aterros
incineradores, estímulo ao desenvolvimento de tecnologias “verdes” e criação de
empregos.
Papel
Inventado na China, por volta de 200 anos antes de Cristo, o papel chegou à Europa
somente no século XI da nossa era.
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No Brasil, cerca de 30% do papel produzido vai para a reciclagem. O papel reciclado é
utilizado, principalmente, na fabricação de caixas de papelão.
Vidro
O vidro foi criado há cerca de 4000 anos antes de Cristo. É feito de matérias-primas
naturais, como areia, barrilha, feldspato, alumina etc. algumas dessas jazidas já estão
se esgotando.
O vidro não é degradável, mas é 100% reciclável. Com 1.000kg de vidro triturado são
produzidos praticamente 1.000kg de vidro novo.
Um objeto de vidro pode ser usado infinitamente desde que não se quebre. Por isso,
as indústrias alimentícias e de refrigerantes reutilizam vidros, de pois de lavados e
desinfetados. Uma tonelada de vidro reutilizado economiza cerca de 290kg de petróleo
e 1.200 kg de matéria prima que seriam gastos em sua fundição.
Metal
Os metais têm sido utilizados pelo homem desde a Idade do Ferro, na confecção de
armas e ferramentas. A partir do final do século XIX, iniciou-se a fabricação de
embalagens para conservar alimentos, feitas de ligas metálicas como folhas-de-
flandres, aço e alumínio.
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O aço é uma liga de ferro com teor de carbono que varia entre 0,06% e 1,7%. Ele é
obtido do beneficiamento siderúrgico do ferro-gusa com adição de metais diversos
para a produção de ligas especiais. Atualmente, no Brasil, são consumidas 650 mil
toneladas de aço laminado, por ano, e 25% delas são destinadas à fabricação de latas
para a indústria alimentícia.
O Brasil consegue reciclar 27% do aço produzido e 50% das latas de alumínio. A
reciclagem é simples. A sucata é separada conforme o material predominante, lavada,
prensada e fundida novamente. A reciclagem do aço possibilita 74% de economia de
energia, e a do alumínio possibilita 95%. Uma latinha de alumínio reciclada poupa meia
latinha de gasolina.
Plástico
O plástico é um produto relativamente novo, pois foi desenvolvido no início deste
século e popularizado. É elaborado a partir de derivados do petróleo. Além do fato de
que o petróleo é um recurso natural dificilmente renovável, calcula-se que certos tipos
de plásticos podem levar mais de cinqüenta anos para degradar.
Cada cidadão brasileiro joga no lixo, anualmente, uma média de 10 quilos de plástico.
Só na cidade de São Paulo são reconhecidas 670 toneladas de plástico diariamente.
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O plástico pode ser reciclado na própria indústria que o fabrica. As peças defeituosas
ou nas aparas são trituradas, derretidas e novamente colocadas na linha de produção.
Embalagens e outros plásticos usados também podem ser reciclados. Na reciclagem
do plástico a economia de energia chega a 90%.
Veja no quadro a seguir alguns tipos de resina, seus usos principais e os produtos
obtidos de sua reciclagem.
Óleo
Os óleos lubrificantes estão entre os pouco derivados de petróleo que não são
totalmente consumidos durante o seu uso. Fabricantes de aditivos e formuladores de
óleos lubrificantes vêm trabalhando no desenvolvimento de produtos com maior vida
útil com isso, crescem as dificuldades no processo de regeneração após o uso.
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A questão da reciclagem de óleos lubrificantes usados ganha cada vez mais espaço no
contexto da conservação ambiental. Nos países desenvolvidos, a coleta de óleos
usados é geralmente tratada como uma necessidade de proteção ambiental. Na
França e na Itália, um imposto sobre os óleos lubrificantes custeia a coleta dos
mesmos. Em outros países, esse suporte vem de impostos para tratamento de
resíduos em geral. Nos Estados Unidos e Canadá, ao contrário do que ocorre no
Brasil, normalmente é o gerador do óleo usado quem paga no coletor pela retirada do
mesmo.
Os óleos usados de base mineral não são biodegradáveis e podem ocasionar sérios
problemas ambientais quando não adequadamente dispostos. O uso de produtos
lubrificantes de origem vegetal biodegradáveis ainda se encontra em estágio pouco
avançado de desenvolvimento para a maior parte das aplicações.
A poluição gerada pelo descarte de 1t/dia de óleo usado para o solo ou cursos d’água
eqüivale ao esgoto doméstico de 40 mil habitantes. A queima indiscriminada do óleo
lubrificante usado, sem tratamento prévio de desmetalização, gera emissões
significativas de óxidos metálicos, além de outros gases tóxicos, como a dioxina e
óxidos de enxofre.
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Pneus
O surgimento dos pneus de borracha fez com que fossem substituídas as rodas de
madeira e ferro, usadas em carroças e carruagens desde os primórdios da História.
Esse grande avanço foi possível quando o norte-americano Charles Goodyear
inventou o pneu ao descobrir, o processo de vulcanização da borracha quando deixou
o produto, misturado com enxofre, cair no chão.
Mal sabia ele que sua invenção revolucionaria o mundo. Entre as outras
potencialidades industriais, além de ser mais resistente e durável, a borracha absorve
melhor o impacto das rodas com o solo, o que tornou o transporte mais prático e
confortável.
Porém, juntamente com a revolução no setor dos transportes, a utilização dos pneus
de borracha trouxe consigo a problemática do impacto ambiental, uma vez que a maior
parte dos pneus descartados está abandonado em locais inadequados, causando
grandes transtornos para a saúde e a qualidade de vidas humanas.
Os pneus são constituídos por uma estrutura complexa, tendo na sua composição
diversos tipos de materiais, como borracha, aço, tecido de náilon, o poliester, estes
componentes conferem as características necessárias ao seu desempenho e
segurança.
A reciclagem dos pneus é muito dispendiosa, pois devido a ser um material que foi
vulcanizado. O processo de separação desses materiais constitui-se por em uma
primeira fase de trituração em pedaços de uma granulometria elevada, posteriormente
o material resultante da primeira fase do processo é triturado novamente, o que
resultará em um material com um granulometria inferior, e assim sucessivamente até
que se obtenha pó borracha.
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O aço é retirado do processo através de eletro ímã e os tecidos ficam depositados nas
peneiras.
Os pneus também podem ter uma outra utilização, como combustíveis em caldeiras,
porém existe um grande inconveniente na queima da borracha, são exalados gases
tóxicos com grandes concentrações de enxofre e de amônia. Este tipo de utilização
não é o mais indicado, pois os filtros têm um elevado custo tanto na implantação como
na manutenção, tornando-se assim um processo danoso ao meio ambiente, o que
pode levar a precipitação de chuvas ácidas.
O pó de borracha tem várias utilizações, pode substituir os polímeros que fazem parte
da composição do asfalto, tapetes, pisos, amortecedores, mantas, etc. Apesar de ter
um vasto campo o de utilização o pó de borracha, ainda é inviável economicamente,
pois o processo de separação é muito caro.
Você viu como é simples diminuir o volume de lixo de uma cidade, tornando nosso
ambiente mais saudável. O Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente
apresenta as seguintes soluções para o problema de acúmulo de lixo.
• Reduzir: usar menos material, evitar desperdícios.
• Reutilizar: não jogar fora produtos usados, mas sim empregá-los de outras
maneiras ou encaminhá-los para fábricas de reciclagem.
• Reciclar: reprocessar a matéria-prima dos produtos usados, para a fabricação de
novos produtos.
• Incinerar: para aproveitar, pelo menos, parte da energia que foi gasta na
confecção dos produtos
• Dispor em aterros: em último caso, acumular os resíduos em áreas especialmente
preparadas, para evitar a contaminação do solo e de lençóis de água subterrânea.
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Prevenção da poluição
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Ecologia industrial
A ecologia industrial surge da percepção de que a atividade econômica está
provocando modificações inaceitáveis nos sistemas básicos de suporte ambiental. Ela
estuda todas as interações entre os sistemas industriais e o meio ambiente natural. O
ciclo completo dos materiais industriais, da matéria prima ao material processado, ao
componente, ao produto, ao produto obsoleto e à disposição final é considerado pela
ecologia industrial como um sistema de otimização. Fatores considerados para a
otimização incluem recursos, energia e capital.
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Evolução do conceito de
qualidade
Iniciamos nossa viagem pela História, no Mundo Antigo, há muitos séculos atrás.
Nessa época, a qualidade se confunde com a própria figura do artesão: alfaiate,
sapateiro, ferreiro, etc.
E por que isso acontece? É que o trabalho de cada artesão traz sua marca registrada,
como ainda acontece com os grandes artistas da atualidade. O artesão confere a tudo
que faz sua marca única, exclusiva.
O artesão
O artesão do mundo antigo escolhe a matéria prima, especialmente para o produto que
vai elaborar. Sua técnica, muitas vezes, é um segredo que só ele conhece, resultado
de muitos anos de trabalho e experimentação.
Seu trabalho é totalmente manual e lento. Por isso, seus produtos são caros e só estão
ao alcance de uma minoria privilegiada.
Nessa época, portanto, a qualidade é garantida pelo próprio artesão, pois ele está em
contato direto com seus clientes e conhece as suas necessidades.
A manufatura
O domínio do artesão continuou praticamente absoluto até o século XVIII. Nesse ponto
entram em cena a manufatura e a divisão capital-trabalho: vários artesãos passam a
trabalhar em conjunto, para um capitalista - proprietário das ferramentas, da matéria-
prima e... dos clientes.
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Gestão pela qualidade
A Revolução Industrial
Na manufatura a produção ainda era baixa e destinada a poucos. Com a Revolução
Industrial começa a mecanização que tem como conseqüências diretas: o aumento da
produção e barateamento dos produtos.
Herry Ford cria a primeira linha de montagem para produzir em larga escala o
automóvel Ford modelo “T”. Taylor e Fayol realizam estudos de tempos, métodos e
movimentos para aumentar o fluxo da produção.
A qualidade dos produtos cai e torna-se necessário criar a inspeção em cada fim de
etapa. Essa inspeção permite separar os produtos defeituosos, para evitar que eles
cheguem ao consumidor.
Portanto, na produção em série que utiliza linha de montagem, quem produz não
domina todo o processo de fabricação, não tem mais contato com os clientes
(consumidores) e a responsabilidade da qualidade fica a cargo de inspetores.
Intercambialidade
Nas linhas de montagem os produtos deixam de ser produzidos de forma
individualizada: os componentes n]ao são fabricados e ajustados para compor cada
produto.
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Gerenciamento da qualidade
Rotina
Significa manter-se no rumo atual, evitando mudanças a fim de evitar-se que
problemas ou situações já surgidas, voltem a reaparecer. Fazer as coisas de forma
previsível por um lado é interessante, pois nada muda, ou seja, pode-se produzir os
mesmos produtos na mesma qualidade, com o mesmo custo e na mesma quantidade.
Em contrapartida, o lado perigoso e comprometedor de se trabalhar dentro de rotinas é
não aperceber-se que o concorrente apresenta uma performance melhor, Uma vez que
não está fixa apenas em manter as metas, mas sim em desafiá-las. É aí que surge a
outra parte do gerenciamento, ou seja, as melhorias.
Melhorias
Significa mudanças, buscar atingir níveis de desempenho nunca antes alcançados,
requer ações desafiadoras e criadoras, introduzindo novos produtos, processos e
mercados, além de reduzir custos, acidentes, desperdícios, aumentando a produção, a
qualidade e consequentemente, os lucros.
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Gestão pela qualidade
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Gestão pela qualidade
A verdade é que nem num caso nem no outro o controle pode ser baseado em
"comandos" ou "Cobrança" desordenadas. É comum, nesse caso, as culpas serem
atribuída aos operário, quando é sabido que 85% de todos os problemas que ocorrem
numa empresa são de responsabilidade direta dos administradores.
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Gestão pela qualidade
Processo
Um efeito pode ter uma série de causas diferentes, daí porque o processo ser o
conjunto dessas causas. Pode-se imaginar uma fábrica de latas onde o efeito principal
é a lata e as causas são os equipamentos, a matéria prima, a mão de obra treinada, o
método de fabricação, etc.
Então, fica fácil concluir que enquanto houver causas e efeitos haverá processos,
assim como, se cada processo for subdividido em outros processos será cada vez
mais fácil identificar e trabalhar os problemas, atacando prontamente suas causas.
Um processo pode ter vários efeitos, porém, dois ou três são os mais importantes,
caracterizando-se como itens de verificação.
Controle de processo
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Gestão pela qualidade
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Gestão pela qualidade
Sistema da qualidade
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Gestão pela qualidade
Política da qualidade
Gestão da qualidade
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Gestão pela qualidade
Essa definição pode ser visualizada com uma pirâmide em que a base é representada
pelo sistema de qualidade; a porção média é constituída pela gestão da qualidade -
com suas duas vertentes (garantia da qualidade e controle da qualidade) e o cume é
ocupado pela política da qualidade.
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Gestão pela qualidade
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Gestão pela qualidade
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Gestão pela qualidade
Para melhor cumprir esses objetivos, recomenda-se que o sistema da qualidade tenha,
de preferência, os seguintes documentos:
• Manual da qualidade;
• Procedimentos e instruções de trabalho;
• Planos de produções e de controle;
• Certificados de testes e ensaios;
• Rastreabilidade do sistema de documentação;
• Planos de investimento de curto e longo prazo.
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Gestão pela qualidade
Normalização
Normalização interna
O conjunto das normas adotadas por uma empresa corresponde à sua normalização
interna e funciona como uma importante ferramenta de gerenciamento. Essa
ferramenta só é eficaz se existir um acordo entre todos que trabalham na organização,
da administração até o nível operacional.
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Gestão pela qualidade
Por isso, pode-se dizer que a normalização interna é básica para a empresa alcançar
níveis superiores de normalização, que obedecem a organismos de normalização
nacionais, regionais e internacionais. Entretanto, as normas internas não devem estar
em desacordo com os outros níveis de normalização.
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Gestão pela qualidade
Qualidade total
O CEP já havia sido abandonado nos Estados Unidos quando foi introduzido no Japão,
na década de 50. E, atualmente, é impossível falar de qualidade sem mencionar a
experiência do Japão após a Segunda Guerra Mundial.
Assim, lembra Ishikawa, foi necessária a vinda do Dr Juran ao Japão, em 1954. Juran
desenvolveu um seminário cujo enfoque central é o papel dos dirigentes e das chefias
nas atividades de CQ. Esse seminário produziu uma mudança fundamental do CQ no
Japão: O CQ deixou de ser centralizado em tecnologia para se alicerçar na
administração global.
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Gestão pela qualidade
Foi assim que nasceu, no Japão, o conceito de qualidade total (TQC: total quality
control).
Essas condições irão permitir à empresa expandir seu mercado a todas as partes do
Planeta. Nessa etapa, qualidade é definida como satisfação do usuário e deve
abranger as seguintes características: desempenho do produto, preço competitivo,
cumprimento do prazo de entrega e atendimento ao cliente (serviços pós-venda).
Entretanto, não basta conquistar novos mercados, as empresas precisam garantir sua
sobrevivência através dos lucros. E assim, as empresas entram na atual era da
competitividade das empresas.
60 SENAI-SP - INTRANET
Gestão pela qualidade
SENAI-SP - INTRANET 61
Gestão pela qualidade
62 SENAI-SP - INTRANET
Gestão pela qualidade
As Normas ISO Série 9000 foram elaboradas pela ISO (International Organization
for Standardization), para tratar exclusivamente de questões ligadas à qualidade.
Essa série se originou de normas militares e de segurança nuclear adotadas nos EUA
e pela OTAN (Organização do Tratado do Atlântico Norte).
Já são mais de 50 os países que adotam a ISO Série 9000. A Inglaterra destaca-se
entre esses países, pois já apresenta mais de 15000 empresas com certificação ISO
9000.
No Brasil a ISO Série 9000 foi traduzida pela ABNT em 1990, passando a ser
denominada NB 9000 e registrada no INMETRO como NBR 19000.
SENAI-SP - INTRANET 63
Gestão pela qualidade
ISO 8402
Vocabulário da qualidade.
ISO 9000
Diretrizes para seleção e uso das normas.
ISO 9001
Modelo para garantia da qualidade em projeto, desenvolvimento, produção, instalação
e assistência técnica (possui 20 elementos)
ISO 9002
Modelo para garantia da qualidade em produção instalação (possui 18 elementos);
ISO 9003
Modelo para garantia da qualidade em inspeção e ensaios finais
(possui 12 elementos);
64 SENAI-SP - INTRANET
Gestão pela qualidade
ISO 9004
Estabelece como deve ser a gestão da qualidade na empresa; é um guia geral para
todas as organizações (possui 20 elementos)
ISO 9004-2
Estabelece como deve ser a gestão da qualidade para empresas prestadoras de
serviços
Assim, percebe-se que a ISO 9001 é a norma de maior abrangência, pois fornece
garantia em todas as etapas do processo desde o projeto até o serviço pós-venda.
A ISO 9002 tem uma abrangência menor - sua garantia atinge apenas a produção e a
instalação do produto. A ISO 9003 tem pouca aplicação, devendo em sua versão
revista ficar mais próxima da ISO 9001.
SENAI-SP - INTRANET 65
Gestão pela qualidade
66 SENAI-SP - INTRANET
Gestão pela qualidade
Ciclo P.D.C.A.
SENAI-SP - INTRANET 67
Gestão pela qualidade
Executar
Executar tarefas exatamente como previstas na fase anterior (planejamento) e coleta
de dados para verificação do processo.
Verificar / Controlar
Comparar dados coletados na fase anterior (execução) com os resultados obtidos a
partir da meta planejada.
Agir/Aprimorar
Nesta etapa o responsável pelo processo deve cuidar para que haja a consolidação
dos resultados, se estes estiverem conforme o planejado ou propor ações corretivas,
se algum problema foi localizado durante a fase anterior (verificação/controle).
68 SENAI-SP - INTRANET
Gestão pela qualidade
Aplicar os dois ciclos ou não aplicá-los determina os dois tipos básicos de empresas:
As empresas que não aplicam o Ciclo P.D.C.A. apresentam um comportamento
caracterizado popularmente como serrote. Neste caso as melhorias obtidas são
perdidas com o tempo devido à não incorporação das mesmas ao sistema.
SENAI-SP - INTRANET 69
Gestão pela qualidade
Definir o tipo de bolo (pão-de-ló) e usar e método errado para fazê-lo (liqüidificador)
Solicitar à empregada que faça o bolo, dar-lhe a receita, porém, não ensinar-lhe o
funcionamento dos equipamentos (balança, batedeira, forno de microondas, etc.).
70 SENAI-SP - INTRANET
Gestão pela qualidade
4. Imobilismo no planejamento.
SENAI-SP - INTRANET 71
Gestão pela qualidade
Nunca mais fazer o bolo ou não procurar incrementar a receita para melhorar o sabor
do bolo.
72 SENAI-SP - INTRANET
Sistemas da qualidade
Implantação do sistema de
garantia da qualidade
ISO Série 9000
O sistema de garantia da qualidade - ISO série 9000 exige uma série de ações
planejadas e coordenadas que tornem possível sua implantação.
Comprometimento da administração
O primeiro passo para essa implantação é obter suporte da alta administração. Sem o
comprometimento da administração não será possível vencer a resistência que as
pessoas oferecem às mudanças, pois ele é fundamental para gerar confiança.
É preciso deixar bem claro que não se trata de “mais um plano que vai, começar e não
vai , começar e não vai continuar”. Por essa mesma razão, não se deve interromper
programas da qualidade que já estejam em andamento na empresa. A implantação da
ISO série 9000 deve complementar esses programas.
SENAI-SP - INTRANET 73
Sistemas da qualidade
Um comitê de coordenação poderá ser formado, por exemplo, por um diretor, pelo
gerente da qualidade e pelos gerentes das divisões de marketing, produção,
tecnologia, suprimentos e recursos humanos.
Conscientização
Treinamentos
Em uma primeira etapa, deverá ser estabelecida uma base conceitual comum a todos
os funcionários/colaboradores da empresa.
74 SENAI-SP - INTRANET
Sistemas da qualidade
Grupos de trabalho
Esse grupos serão orientados pelo comitê de coordenação. Sua tarefa será a de
elaborar os procedimentos correspondentes a cada requisito da ISO série 9000
selecionada pela empresa.
Documentação
O manual da qualidade tem caráter bastante amplo, e por isso, é o primeiro documento
elaborado na implantação do sistema.
Juntamente com a norma selecionada, utiliza-se a ISO 9004 pois suas informações
são mais detalhadas para a implementação do sistema de gestão da qualidade.
SENAI-SP - INTRANET 75
Sistemas da qualidade
Procedimentos documentados
Com base no manual da qualidade, cada uma das grandes atividades da empresa terá
um procedimento documentado.
A elaboração dos procedimentos será feita por pessoas envolvidas com as tarefas e
durante o horário de trabalho. Não devem ser contratados elementos externos para
escrever os procedimentos, pois ninguém irá aceitar esses procedimentos.
Todos os documentos deverão ser verificados e ter sua aprovação feita por pessoal
credenciado, de forma a tornar seu uso obrigatório na empresa.
76 SENAI-SP - INTRANET
Sistemas da qualidade
Deverão ser treinados auditores que irão verificar se os procedimentos adotados estão
em conformidade com a realidade operacional da empresa.
Após um ciclo de auditorias internas cobrindo todas atividades, deverá ser feita a
revisão geral do sistema da qualidade.
SENAI-SP - INTRANET 77
Sistemas da qualidade
78 SENAI-SP - INTRANET
Sistemas da qualidade
Resumo de estatística
Exemplo
1000 pessoas fizeram um teste para preencher 50 vagas em determinada empresa.
Deseja-se conhecer o desempenho médio dos candidatos. Para isso, soma-se todas
as notas e divide-se por 1000. Por suposição, a soma deu 65000, então a média é 65.
A média representa um parâmetro, isto é, um elemento numérico usado para
caracterizar o conjunto.
Agora deve-se levantar a questão: foi muito trabalhoso e demorado somar todas as
notas? E se fosse um vestibular com mais de 10000 candidatos? Neste ponto entra a
rotina estatística de estimar parâmetros. Assim toma-se uma parcela da população
chamada amostra e determina-se o parâmetro. Voltando aos números do exemplo,
poderiam ser escolhidas 50 provas e, novamente por suposição, a soma daria 3200.
Então a média da amostra seria 64.
SENAI-SP - INTRANET 79
Sistemas da qualidade
Estatísticas descritiva
Tabelas estatísticas
Cabeçalho
Deve conter o suficiente para responder as questões:
• Que está representado?
• Onde ocorreu?
• Quando ocorreu?
Corpo
É representado por duas colunas e subcolunas dentro das quais serão registrados os
dados numéricos e informações.
Rodapé
É reservado para observações pertinentes à tabela, bem como para o registro e
identificação da fonte dos dados.
80 SENAI-SP - INTRANET
Sistemas da qualidade
Exemplos
1. Tabela cronológica, temporal, evolutiva ou histórica.
3. Tabelas específicas
SENAI-SP - INTRANET 81
Sistemas da qualidade
4. Distribuição de freqüências
É o tipo de tabela onde os dados são agrupados com suas respectivas freqüências
absolutas.
Posto de manutenção 12
Ordens de serviço por dia em 02/98
Ordens de serviço Número de dias
15 10
16 8
19 4
20 5
25 1
Fonte: Departamento de manutenção
Gráficos
Distribuição de freqüência
Constitui-se no tipo de tabela mais importante para a estatística descritiva e para o uso
na Gestão de Processos. Assim, serão delineados alguns conceitos que embasarão os
estudos da Qualidade.
82 SENAI-SP - INTRANET
Sistemas da qualidade
População
Amostra
Há ainda a prática da amostra intencional. Neste caso, ela não é probabilística pois
não permite a mesma chance a todos os elementos da população. É muito usada após
ser feita uma troca de ferramentas das máquinas ou mudança de produto. Ou seja, é
uma verificação feita em momentos onde as chances de erros são reconhecidamente
maiores. Exemplificando: retirar 5 peças consecutivas da produção de certa máquina.
Amostra aleatória
É o método que colhe amostras ao acaso. Pode-se numerar os elementos da
população e sortear através de sorteio mecânico, função aleatória (randômica) de
calculadora, programa de computador, tabela de números aleatórios ou simplesmente
apanhar como se estivessem em uma urna.
Amostra sistemática
Emprega-se a fórmula do passo. Dividi-se a população pelo tamanho da amostra e
retira-se um elemento a cada passo.
Amostra proporcional
Este tipo pode ser empregado quando na população existem elementos com
características diferenciadas. E só se completa com o emprego de um dos anteriores.
SENAI-SP - INTRANET 83
Sistemas da qualidade
Exemplo
Foi decidido que o tamanho da amostra será de 25% do conjunto, isto é, 22 indústrias.
Como escolher segundo os três métodos?
Aleatoriamente
Sortear 22 indústrias, usando sorteio mecânico.
Sistematicamente
88
= 4;
22
4 é o passo. Então sorteia-se um número qualquer para iniciar e vai-se tomando uma a
cada 4 até atingir 22 indústrias.
Por suposição: a primeira foi a de número 30, então as outras serão: 34, 38, 42, 46, 50,
54, 58, 62, 66, 70, 74, 78, 82, 86, 02, 06, 10, 14, 18, 22 e 29.
Proporcionalmente
O tamanho da amostra é 25%, então:
• 25% de 20 = 5 (de calçados);
• 25% de 15 = 3,75 ~ 4 (têxteis);
• 25% de 53 = 13,25 ~ 13 (metalúrgicas).
84 SENAI-SP - INTRANET
Sistemas da qualidade
Média
È calculada através da média aritmética e também é definida como a esperança
matemática de um evento. Ou seja, ao ser utilizada ela permite prognosticar, mesmo
que aproximadamente, o resultado a ser obtido. Exemplo:
Uma empresa de laminação produz tiras de metal com espessura entre 0,08mm e
0,11mm, devido a demanda ocorre o seguinte com o lucro das tiras:
• Espessura menor que 0,09 dá prejuízo de $2,00;
• Espessura entre 0,09 e 0,1 dá lucro de $4,00;
• Espessura superior a 0,1 da lucro de $1,00.
Lucro (L) -2 1 4
P (L) 1/3 1/3 1/3
Mediana
É o valor que divide a distribuição em duas partes iguais.
Moda
É o valor com maior probabilidade, se a variável for discreta, ou maior densidade se a
variável for contínua.
SENAI-SP - INTRANET 85
Sistemas da qualidade
Variância
As medidas de dispersão informam quanto a homogeneidade de uma população.
Quando a média, que é uma medida de tendência central, não dá a idéia clara da
população é preciso analisar a variância e o desvio padrão. Exemplificando, em uma
sala de aula a nota média de certa disciplina é 7. Embora este valor seja importante,
pode-se ter muitos alunos com nota inferiores e muitos com notas superiores como
também pode-se ter a maioria com nota entre 6 e 8. No último caso tem-se um boa
homogeneidade, no outro caso, a homogeneidade é baixa indicando assimilação
irregular.
A variância é a média aritmética dos quadrados dos desvios em relação à média (E).
Desvio padrão
É a raiz quadrada da variância e tem o mesmo caráter da variância. Para fins práticos
será calculado somente para distribuição chamada normal (no estudo do CEP) com
base em tabelas.
É a raiz quadrada da variância e tem o mesmo caráter da variância. Para fins práticos
será calculado somente para distribuição chamada normal (no estudo do CEP) com
base em tabelas.
Distribuição binomial
É uma distribuição adequada ao estudo de experimentos que apresentam apenas dois
resultados (sucesso ou fracasso). Por exemplo: jogo de moeda, jogo de dados,
quantidades de filhos de casais, acertos em testes de múltipla escolha, etc.
86 SENAI-SP - INTRANET
Sistemas da qualidade
Distribuição de Poisson
Em muitos casos, o número de sucessos é conhecido, porém torna-se difícil ou, até
sem sentido, determinar o número de fracassos, ou ainda o número total de provas.
Por exemplo: automóveis que passam por uma esquina. Pode-se num determinado
intervalo anotar o número de carros que passaram, porém o número dos que deixaram
de passar pela esquina não será determinado. Da mesma forma, o número e emendas
num rolo de fita colante. Pode-se determinar quantas existem, porém não é possível
contar quantas não ocorreram. Assim também o número de chamadas que chegam à
um posto de manutenção. Pode-se contar quantas ordens de serviço chegam e
estabelecer a média, porém o fato de um período ter ocorrido a média não tem
nenhuma implicação com o período seguinte.
SENAI-SP - INTRANET 87
Sistemas da qualidade
88 SENAI-SP - INTRANET
Gestão pela qualidade
Controle estatístico
do processo
Para quem uma empresa obtenha um Certificado de Qualidade, é necessário que ela
adote procedimentos baseados em Normas de qualidade como a ISO 9000.
Estatística: é a parte da matemática que nos permite tirar conclusões a partir de uma
série de dados observados.
Tipos de variações
Nunca dois elementos fabricados, são exatamente iguais.
SENAI-SP - INTRANET 89
Gestão pela qualidade
Variação aleatória
Fazem parte da natureza do processo, estão sempre presentes, devem ser diminuídas
e controladas
Exemplos:
• Desgaste da ferramenta.
• Material heterogêneo.
Variação casual
São de certa forma imprevisíveis. Quando detectados devem ser eliminados
rapidamente.
Exemplos:
• Quebra da ferramenta.
• Obstrução do canal de alimentação da máquina.
Tipos de controle
Definições
Elementos (x): é a unidade considerada para estudo estatístico. Exemplo: uma peça,
um conjunto, um indivíduo.
90 SENAI-SP - INTRANET
Gestão pela qualidade
Construção do gráfico
12 + 13 + 15 + 20 + 10
x= = 14
5
SENAI-SP - INTRANET 91
Gestão pela qualidade
Coletas de dados
• A data da leitura.
• A hora da leitura.
• A identificação do operador.
• A soma dos valores da amostra.
• A média da amostra.
• A amplitude da amostra.
Construção do gráfico
A amostragem abaixo, foi obtida junto ao equipamento de teste de pressão da bomba
de óleo dos motores Família II - Monza.
LC = R D4 = tabela I
LSC = D4 . R D3 = tabela I
LIC = D3 . R
92 SENAI-SP - INTRANET
Gestão pela qualidade
n A A2 D3 D4
2 2,121 1,880 0 3,127
3 1,732 1,023 0 2,575
4 1,500 0,729 0 2,282
5 1,342 0,577 0 2,115
6 1,225 0,483 0 2,004
7 1,134 0,419 0,076 1,924
8 1,061 0,373 0,136 1,864
9 1,000 0,337 0,184 1,816
10 0,949 0,308 0,223 1,777
11 0,905 0,285 0,256 1,744
12 0,866 0,266 0,284 1,716
13 0,832 0,249 0,308 1,692
14 0,802 0,235 0,329 1,671
15 0,775 0,223 0,348 1,652
16 0,750 0,212 0,364 1,636
17 0,728 0,203 0,379 1,621
18 0,707 0,194 0,392 2,608
19 0,688 0,187 0,404 1,596
20 0,671 0,180 0,414 1,586
21 0,655 0,173 0,425 1,575
22 0,640 0,167 0,434 1,566
23 0,626 0,162 0,443 1,557
24 0,612 0,157 0,452 1,548
25 0,600 0,153 0,459 1,541
N = tamanho da amostra
Capacidade do processo
É a faixa da população na qual se situam 99,73% das peças produzidas pelo processo.
Esses são os limites naturais do processo.
Assim: CP = X ± 3 . σ ou 6 . σ .
SENAI-SP - INTRANET 93
Gestão pela qualidade
tolerância
ICP =
8.
σ = desvio padrão
σ =
∑ ( x − x) 2
)
fórmula exata
n −1
94 SENAI-SP - INTRANET
Gestão pela qualidade
Neste caso, em que não será possível realizar medições das características do
processo, recorre-se, então, aos gráficos de controle por atributo.
Exemplos: controle de uma característica com calibrador passa não passa, inspeção
visual de defeito como cor:, falhas, conjunto incompleto, etc.
Carta np: pode ser usada quando se deseja controlar o nº de peças defeituosas em
uma amostra de tamanho (n = constante).
Exemplo:
SENAI-SP - INTRANET 95
Gestão pela qualidade
p=
∑ np
∑n
LC = p . n
LSC = p . n + 3 p . n (1 - p )
LIC = p . n − 3 p . n (1 - p )
Construção do gráfico
Amostras N Np
1 60 4
2 60 3
3 60 5
4 60 4
5 60 9
6 60 4
7 60 2
8 60 3
9 60 2
10 60 8
11 60 1
12 60 4
13 60 5
14 60 3
15 60 6
16 60 0
17 60 3
18 60 5
19 60 6
20 60 7
Solução:
96 SENAI-SP - INTRANET
Gestão pela qualidade
p=
∑ np LSC = p + 3
p (1 - p )
∑n n
p (1 - p )
LC = p LIC = p − 3
n
Amostras
Carta c: para amostras de tamanho “n” constante, pode-se registrar o próprio número
de defeitos (c), encontrado na amostra.
SENAI-SP - INTRANET 97
Gestão pela qualidade
LC = c
LSC = c + 3 c
LIC = c - 3 c
Carta u: neste gráfico é registrada a média dos defeitos. O tamanho da amostra “n”
não precisa ser constante.
Exemplo
Peça 1 Peça 2 Peça 3 Peça 4 Peça 5 c U = c/n
Amostra
1 2 3 6 4 2 17 17/5 = 3,4
2 3 8 2 4 5 22 22/5 = 4,4
3 5 3 4 2 2 16 16/5 = 3,2
4 3 3 3 4 4 17 17/5 = 3,4
5 3 4 3 4 1 15 15/5 = 3
M M M M M M M M
20 2 3 4 5 3 17 17/5 = 3,4
LC = u
LSC = u + A u
LIC = u − A u
98 SENAI-SP - INTRANET
Gestão pela qualidade
SENAI-SP - INTRANET 99
Gestão pela qualidade
Ferramentas da qualidade
Para quem uma empresa obtenha um Certificado de Qualidade, é necessário que ela
adote procedimentos baseados em Normas de qualidade como a ISO 9000.
Brainstorming
Definição
É uma técnica de estimulação da criatividade de uma equipe, para gerar e esclarecer
uma série de idéias, problemas ou questões.
Objetivo
É usada para identificar possíveis soluções para problemas e oportunidades em
potencial para a melhoria da qualidade.
Quando usar
O brainstorming (tempestade de idéias) é uma técnica muito flexível em termos de
possibilidades de aplicação. Dentre as muitas situações nas quais pode ser aplicada,
podemos citar:
Como fazer
• Definir o objetivo.
• Definir os participantes da reunião.
• Informar antecipadamente os objetivos aos participantes.
• Definir o Coordenador e o Secretário.
• Definir o tempo de duração da reunião.
• Iniciar o processo de geração de idéias.
O processo continua até que não haja mais geração de idéias ou se esgote o tempo
previamente definido.
Estruturada
Neste método, cada membro do grupo pode contribuir com uma idéia, quando chegar
a sua vez no rodízio, ou deixar passar até a próxima rodada.
Não-estruturada
Neste método, os membros do grupo simplesmente apresentam a idéia à medida que
elas ocorrem.
Fluxograma
Definição
Representação gráfica das diversas etapas que constituem um determinado processo.
Objetivo
Apresentar uma visão global do processo e permitir visualizar como as várias etapas
deste processo estão relacionadas entre si.
Quando usar
O fluxograma é usado quando se deseja:
• Descrever um processo existente;
• Projetar um novo processo;
• Ajudar a identificar desvios nos processos;
• Oferecer aos membros da equipe pontos de referência comuns, padronizando a
interpretação do processo ou projeto;
• Permitir aos funcionários, perceber melhor a importância de seu papel,
evidenciando as relações clientes-fornecedores e como o seu trabalho influi no
resultado final;
• Mostrar todas ou a maior parte das etapas de um processo ou projeto, incluindo os
ciclos causados por retrabalho (desvios no processo);
• Auxiliar no treinamento de novos funcionários.
Como fazer
Existem vários tipos de símbolos que podem ser adotados na construção dos
fluxogramas. Ao escolhê-los devemos considerar:
• A experiência dos membros da equipe;
• Adequação da linguagem visual para melhor comunicação;
• Facilidade de construção em função dos recursos disponíveis.
Operação
Inspeção
Armazenagem
Transporte
Espera
Início/Fim do processo
Determina o ponto exato em que a descrição do processo teve início e também onde
ela termina.
Operação
Indica a etapa do processo na qual há uma transformação intencional ou quando se
prepara o produto ou o serviço para a operação seguinte.
Inspeção
Indica o exame de um produto ou serviço para identificação, verificação de sua
qualidade, determinação da quantidade, etc.
Armazenagem
Indica a etapa em que um produto ou serviço deve ser guardado e protegido contra
deslocamento não justificado.
Transporte
Indica a etapa em que um produto ou serviço sai de um local para outro, como por
exemplo - enviar uma correspondência, enviar peças para o almoxarifado, etc. .
Espera
Indica circunstâncias que não permitem ou não exigem a execução da fase seguinte
do processo; portanto, o produto ou serviço aguarda processamento.
Nota
Dois símbolos podem ser combinados quando as atividades são executadas no
mesmo local de trabalho ou simultaneamente, como atividade única.
Ação
Decisão
Conector
A simbologia acima não constitui um padrão único. Cabe ao usuário adotar o padrão
que melhor lhe convier.
Exemplos:
Fluxograma matricial usado para caracterizar um processo que possui relação com
diversas áreas, pessoas ou departamentos.
Folha de verificação
Definição
São formulários elaborados para facilitar o registro e análise de dados obtidos numa
coleta. Também conhecidos por check-list.
Objetivo
Sistematizar a forma de fazer observações, visando obter um quadro claro e preciso
dos fatos.
Quando usar
As folhas de verificação devem ser usadas em qualquer processo que necessite coleta
de dados.
Como fazer
1. Determinar o objetivo específico para a coleta dos dados (as questões a serem
dirigidas).
Precauções
Na elaboração da Folha de verificação devemos:
• Elaborar um formulário que além de tudo seja claro, adequado à situação e de
fácil manuseio;
• Assegurar que todas as pessoas envolvidas na coleta de dados, interpretem-na da
mesma maneira, usando os critérios estabelecidos, ou seja, todos devem estar
observando a mesma coisa;
• Certificar que as medidas sejam confiáveis.
Exemplos:
a. Folha de verificação para coleta de dados num processo da área de produção.
Capa OK
Índice com número de páginas páginas erradas
Memorial de cálculo com resultados destacados OK
Todos os desenhos em anexo OK
Número do desenho 3a planta da estrutura
Data da elaboração do desenho OK
Assinatura no desenho 2a planta de hidráulica
Lista de material OK
Diagramas de Pareto
Definição
Forma especial do gráfico de barras verticais, que dispõe os itens analisados desde o
mais freqüente, até o menos freqüente.
Objetivo
Estabelecer prioridades na tomada de decisão, a partir de uma abordagem estatística.
Princípio de Pareto
Analisando a distribuição da renda entre os cidadãos, o economista italiano V. Pareto
concluiu que a maior parte da riqueza pertence a poucas pessoas. Essa mesma
conclusão foi depois constatada em outras situações, sendo estabelecida a relação
que ficou conhecida como Princípio de Pareto ou relação 20-80. Segundo esse
princípio, 20 por cento das causas são responsáveis por 80 por cento dos efeitos.
Análise de Pareto
No campo da Qualidade, o Dr. J. M. Juran aplicou esse princípio demonstrando que
alguns poucos fatores são responsáveis pela maioria dos efeitos observados.
Estabeleceu, assim, um método que permite classificar os problemas da qualidade,
identificando os poucos problemas que são vitais e diferenciando-os dos muitos, que
são triviais. Esse método foi por ele denominado Análise de Pareto.
A forma gráfica de apresentar os dados estudados por esse método ficou conhecida
como Gráfico de Pareto ou ainda Diagrama de Pareto.
Quando usar
O gráfico de Pareto é usado sempre que for preciso ressaltar a importância relativa
entre problemas ou condições, no sentido de:
• Escolher ponto de partida para a solução de problemas;
• Avaliar o progresso de um processo;
• Identificar a causa básica de um problema.
Como fazer
1. Defina o objeto da análise (por exemplo: índice de rejeições).
Freqüência Classifica % %
Tipo de defeito Tabulação
do item ção Individual Acumulada
Rebarba ///// / 06
Bolha / 01
Total ⇒ 202
Freqüência Classifica % %
Tipo de defeito Tabulação do item ção Individual Acumulada
Rebarba ///// / 06 8º
Bolha / 01 9º
Total ⇒ 202 -
freqüênca do item
% individual = x 100
freqüênciatotal
Exemplo:
No item alinhamento temos:
12
% individual = x 100 = 6%.
202
Freqüência Classifica % %
Tipo de defeito Tabulação
do item ção Individual Acumulada
Parafuso Solto ///// ///// ///// ///// . . . . . . . . ///// ///// /// 68 1º 14%
Sujeira ///// ///// ///// ///// ///// ///// ///// ///// / 41 2º 07%
Bolha / 01 9º 01%
Exemplo:
Para o item riscos, temos: 14% + 54% = 68%.
Freqüência do Classific % %
Tipo de defeito Tabulação
item ação Individual Acumulada
Parafuso Solto ///// ///// ///// ///// . . . . . . . . ///// ///// /// 68 1º 14% 68%
Sujeira ///// ///// ///// ///// ///// ///// ///// ///// / 41 2º 07% 85%
9. Construa a curva da % acumulada. Ela oferece uma visão mais clara da relação
entre as contribuições individuais de cada um dos fatores.
Exemplos de aplicação:
1. Comparando um processo antes e depois da implantação de uma melhoria
proposta.
o
Produto N defeito Quant. produz. % Defeitos Custo/ Defeito Custo total
A 98 10.000 1% $ 2,50 $ 245,00
B 20 2.010 1% $ 4,50 $ 90,00
C 15 20 75% $ 7,00 $ 105,00
D 35 200 18% $ 11,00 $ 385,00
E 60 600 10% $ 5,00 $ 300,00
F 05 6 83% $ 3,00 $ 15,00
Número
Defeitos
%
Defeitos
Custo
total
Definição
Estrutura que permite de dados ou informações possibilitando a identificação das
possíveis causas de um problema ou efeito.
Objetivo
Analisar criteriosamente e expor as relações entre um determinado efeito (como por
exemplo a variação de uma característica da qualidade) e suas causas potenciais.
Quando usar
Embora possa ser utilizado individualmente, a principal qualidade do diagrama de
Ishikawa é sua capacidade de focalizar a discussão em grupo, estimulando a
participação de todos e aproveitando ao máximo o conhecimento de cada pessoa.
Permite, assim, a organização das idéias e sua visualização agrupada, destacando os
grupos de possíveis causas mais significativas.
Como fazer
1. Identifique e defina o problema ou efeito, tomando cuidado para que esteja
claramente entendido por todos.
Os 5M acima não devem ser fator limitante. Outros grupos de possíveis causas
poderão ser considerados em função da complexidade do processo, como os
exemplos que seguem.
• Clima organizacional; • Medição;
• Gerenciamento; • etc.
• Manutenção;
3. Construa o diagrama.
Para a construção do diagrama sugere-se a seguinte seqüência:
• Escreva o problema ou efeito definido no lado direito e desenhe uma longa
flecha apontada para ele.
4. Realize um Brainstorming.
Nesta fase identifica-se as causas prováveis relacionadas aos grupos básicos (5M).
Exemplo:
Diagrama de dispersão
Diagrama de dispersão
Tipos de correlação
b) Por outro lado, se ao aumentar-se o valor da variável "X" e "Y" aumentar, mas
pouco, a correlação é chamada de correlação positiva fraca. Ex: ao atingir uma
idade mais elevada, a experiência cresce, mas pouco;
c) Se ao variar o valor de "X" (aumentar por exemplo), o valor de "Y" varia ao acaso, o
resultado do cruzamento das informações é uma correlação nula.
1. Coletar uma amostra entre 50 e 100 pares de dados onde se queira verificar a
correlação.
2. Traçar sistema de eixos cartesianos. Se no eixo "Y" a relação for do tipo causa X
efeito, lançar as "causas" no eixo "X" e os "efeitos" "Y" e estabelecer escalas de
valores para os dois eixos.
2. Identificar os quatro setores definidos, numerando-os com l, ll, lll e lV, no sentido
anti-horário, a partir do quadrante superior direto.
Setor Pontos
l 19
ll 5
lll 17
lV 6
Na linha 3
Total 50
nº de pontos nº de pontos
º º
N limites N limites
para l + lll e ll + lV para l + lll e ll + lV
20 5 42 14
21 5 44 15
22 5 46 15
23 6 48 16
24 6 50 17
25 7 52 18
26 7 54 19
27 7 56 20
28 8 58 21
29 8 60 21
30 9 62 22
32 9 64 23
34 10 66 24
36 11 68 25
38 12 70 26
40 13
6. Interpretar os resultados:
a) Se o nº de pontos em ll e lV for maior que o nº de pontos limites, não existe
correlação;
b) Se e nº de pontos em ll e lV for menor que o nº de pontos limites, existe
correlação. Neste caso, a soma de ll e lV é menor do que o nº de pontos 11<
16. Assim, pode se concluir que existe correlação e está é positiva.
Neste caso, a soma de II e IV é menor que o número de pontos limites, pois 11 < 16.
Assim, pode-se concluir que existe correlação e esta é positiva.
Histograma
Definição
É um gráfico de colunas que representa a forma como se distribui um conjunto
numérico obtido numa coleta.
Objetivo
Os principais objetivos da utilização do histograma são:
• Apresentar o padrão de variação do processo;
• Possibilitar a visualização do comportamento do processo;
• Comparar os resultados com as especificações ou padrões;
• Decidir sobre onde devem ser concentrados esforços para a melhoria.
Quando usar
Os histogramas são usados quando se deseja representar os dados coletados de
forma clara e precisa. Dentre as muitas aplicações que possui, podemos citar:
• Pesquisas sociais
• Distribuição da renda da população, evidenciando a situação da maioria das
pessoas;
• Distribuição da idade da população do país, para direcionar decisões políticas;
• Determinação do padrão de estatura dos habitantes de uma determinada região do
país.
• Controle da qualidade
• Determinação do número de produtos não-conformes produzidos por dia;
• Determinação da dispersão dos valores de dureza medida em peças de aço;
• Controle da variação do volume final de óleo lubrificante, no processo de
enchimento;
• Indicação da necessidade de ação corretiva.
Como fazer
Os passos a seguir são apenas uma diretriz e não regras rígidas a serem seguidas na
construção de um histograma.
Observação
Para que o histograma represente com precisão o comportamento do processo, o
número de dados coletados deve ser maior ou igual a 30 (n ≥30).
No exemplo:
O maior valor (Xmáx.) = 36,8 mm;
O menor valor (Xmín.) = 33,0 mm.
R = Xmáx. - Xmín.
No exemplo:
R = 36,8 - 33,0
R = 3,8 mm.
No entanto, na maioria dos casos, poderemos utilizar a tabela abaixo, que define o
número de classes (K) em função do número total de elementos (n) da amostra.
No exemplo:
3,8
R = 3,8 mm então: h = ⇒ h = 0,38mm , adotar h = 0,4mm.
10
Observação
O tamanho das classes (h) deve ter a mesma precisão dos dados coletados, ou seja, o
mesmo número de casas decimais.
Uma das formas de determinar os limites das classes é iniciar pelo menor valor da
amostra (Xmín.) como limite inferior da primeira classe. A este, soma-se o tamanho
da classe (h), de forma que teremos o limite superior da primeira classe, que
também será o limite inferior da segunda classe.
No exemplo:
1a classe:
• Limite inferior = 33,0 mm;
• Limite superior = limite inferior + h;
• Limite superior = 33,0 + 0,4 => limite superior = 33,4 mm.
2a classe:
• Limite inferior = limite superior da 1ª classe (33,4 mm);
• Limite superior = limite inferior + h;
• Limite superior = 33,4 + 0,4 => limite superior = 33,8 mm.
Tabela de freqüência
Classes Limites das classes Tabulação Freqüência
01 33,0 ! 33,4 ///// ///// / 11
02 33,4 ! 33,8 ///// ///// /// 13
03 33,8 ! 34,2 ///// ///// ///// 15
04 34,2 ! 34,6 ///// ///// ///// /// 18
05 34,6 ! 35,0 ///// ///// ///// 15
06 35,0 ! 35,4 ///// ///// 10
07 35,4 ! 35,8 ///// /// 08
08 35,8 ! 36,2 ///// / 06
09 36,2 ! 36,6 /// 03
10 36,6 ! 37,0 / 01
Total ⇒ 100
Simbologia
Intervalo
Fechado Aberto
8. Desenhe o histograma.
Tipos de histograma
Esta forma ocorre quando a quantidade de dados incluídos na classe varia de classe
para classe ou quando existe uma tendência particular no modo como os dados são
arredondados.
c. Tipo assimétrico.
À direita À esquerda
d. Tipo abrupto.
À esquerda À direita
Esta é uma forma que ocorre freqüentemente quando é feita uma inspeção separadora
100% por causa da baixa capacidade do processo, e também quando a assimetria
positiva ou negativa se torna ainda mais extrema.
e. Tipo achatado.
Esta forma ocorre com a mistura de várias distribuições que têm diferentes médias.
Esta forma ocorre quando duas distribuições, com médias muito diferentes, são
misturadas.
Esta é uma forma que surge quando há uma pequena inclusão de dados provenientes
de uma distribuição diferente, como nos casos de anormalidade de processo, erro de
medição ou inclusão de dados de um processo diferente.
Referências bibliográficas