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ROTEIRO PODCAST
VOZ
ETAPA FALA
(WAV)
Olá a todos, esse podcast trará uma conversa sobre A Gestão Ambiental
APRESENT nos países em Desenvolvimento. Será apresentado por mim, Rodrigo
RODRIGO
AÇÃO Paiva e por Elisa Vasconcelos para a disciplina de Ciência Ambiental da
– Áudio 1
INICIAL pós-graduação, nível mestrado, em Ciência e Tecnologia Ambiental da
Universidade Federal do ABC.
Olá pessoal! Eu sou a Eliza e será um prazer ter vocês conosco! Iremos
iniciar nosso Podcast trazendo uma síntese do trabalho de revisão
ELISA
TÍTULO desenvolvido por Jeppesen et al (e outros), que tem como título Gestão – Áudio 2
Ambiental Urbana em Países em Desenvolvimento - Uso do Solo, Saúde
Ambiental e Gestão da Poluição - Uma Revisão.
PRINCIPAI Iremos agora, abordar um pouco dos principais resultados da revisão, dando RODRIGO
S início com o tópico Planejamento e Gestão da cidade, seguido por Prestação – Áudio 3
RESULTAD de serviços e saúde ambiental e fechando a discussão falando sobre o
OS Gerenciamento da poluição.
Fazendo agora uma conclusão geral dessa revisão, nota-se que o artigo dá
atenção especial à necessidade de apoiar e envolver os pobres urbanos,
população e organizações locais na formulação e preparação de programas e
projetos, implementação e manutenção.
Argumenta-se que, tomando o ponto de partida nas áreas urbanas pobres as
capacidades da população de gerenciar seus ambientes, reconhecendo-os
como parceiros iguais com responsabilidades apropriadas intervenções RODRIGO
CONCLUS
governamentais e de doadores provavelmente serão mais bem sucedidas no – Áudio 5
ÃO
futuro.
Conclui-se ainda que estudos baseados em outras disciplinas, por exemplo,
saúde e segurança ocupacional, planejamento urbano e outras abordagens
integradas e interdisciplinares são raras. O que é surpreendente, dado a
complexidade da maioria das questões ambientais, que é amplamente
reconhecido que eles só podem ser tratados de forma significativa de forma
multidisciplinar.
ATUALIZA Feito esse apanhado geral da revisão vamos dar continuidade a nossa RODRIGO
conversa trazendo a temática para um cenário mais recente.
ÇÃO – Áudio 6
Os diversos problemas retratados anteriormente que são decorrentes da
urbanização acelerada, hoje, ainda são bastante evidentes nos países em
desenvolvimento, como é o caso do Brasil (SOTTO, 2019).
Segundo Marcos Lisboa, presidente do Insper, as CIDADES
BRASILEIRAS SÃO DISFUNCIONAIS. A política urbana do país é
caótica, não favorece o encontro entre pessoas, que seria algo capaz de
estimular a inovação, e, marginaliza cada vez mais as populações
vulneráveis.
Está cada vez mais claro que o planejamento para a sustentabilidade,
especialmente em âmbito urbano, depende de perspectiva de longo prazo,
visão holística, envolvimento ativo na resolução de problemas, aceitação dos
limites e foco no lugar, ou seja, em um território específico (Wheeler, 2013).
Entretanto, nos países subdesenvolvidos essas premissas, na maioria das
vezes, existem apenas no papel, dando margem aos inúmeros problemas no
ambiente, que são de cunho social, econômico e ecológico.
Nesse contexto, a diferença significativa que separa uma nação de primeiro
mundo daquelas que ainda estão percorrendo o árduo caminho do
desenvolvimento está no tipo de plano de urbanização adotado.
Enquanto as nações desenvolvidas utilizam planos urbanos estratégicos,
estabelecidos para longo prazo, com abordagem integrada, incluindo
variabilidades espaço-temporal, nós utilizamos planos tradicionais que são
de curto e médio prazos e têm a função de regular o uso do solo e a
infraestrutura. Isso está longe de ser o suficiente, é necessário que os
gestores incorporem os impactos da atividade humana ao meio ambiente e
suas relações com o crescimento e desenvolvimento das cidades no processo
decisório, zelando pela resiliência e proteção dos recursos naturais (SOTTO,
2019).
A efetividade dos instrumentos de política, planejamento e gestão urbana
requer, no caso brasileiro, a revisão do pacto federativo, com a redistribuição
de competências e recursos financeiros conforme as responsabilidades
assumidas pelos entes políticos, bem como maior integração entre os
diversos níveis federativos. O desafio reside em coordenar e integrar as
agendas e ações dos diferentes entes federativos de forma sinérgica para
atingir macro-objetivos por meio de ações locais adequadas (SOTTO, 2019).
Agora partindo para dados resultantes das políticas dos países em
desenvolvimento, grupo ao qual nos enquadramos, e no atual cenário que
envolve a pandemia do COVID-19, o relatório anual da Organização das
Nações Unidades, do ano de 2020, mostra que a crise ocasionada pela
pandemia de COVID-19 provocou uma mudança drástica no contexto
socioeconômico do Brasil ao longo de 2020 e que os dados do Brasil em
grande medida espelham aqueles da América Latina, que registrou queda de
7,7% do PIB e taxa de desocupação de 10,7%
A crise econômica e o desemprego tiveram efeito imediato nos índices de
pobreza. Na região, se prevê que a parcela da população vivendo abaixo da
linha da pobreza chegue a 37,3% em 2020, o que representa 230,9 milhões
de pessoas. As primeiras projeções indicam possibilidade de um aumento de
4,3 pontos percentuais na extrema pobreza no Brasil, indo de 5,5% a 9,8%.
Esse relatório aponta que os desafios impostos aos países pela COVID-19
impactaram o desenvolvimento econômico, a produção industrial e agrícola
e a integridade dos ecossistemas. No Brasil, a pandemia e seus efeitos
socioeconômicos atingiram duramente as pessoas – e os grupos mais
vulneráveis, como mulheres, pessoas negras e indígenas, foram os mais
afetados.
FINALIZA Com isso, deixamos aqui os nossos agradecimentos e nos despedimos. Até a ELISA
– Áudio 7
ÇÃO mais!
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Alves, M. R.; de Souza, A. G.; Caló, R. S. Poor sanitation and transmission of COVID-19 in Brazil. Disponível em:
<https://doi.org/10.1590/1516-3180.2020.0442.R1.18112020> Acesso: 13. nov. 2021.
Organização das Nações Unidas - ONU. Relatório Anual das Nações Unidas no Brasil 2020. Disponível em:
<https://brasil.un.org/pt-br/151394-relatorio-anual-das-nacoes-unidas-no-brasil-2020>. Acesso: 11. nov. 2021.
SOTTO, Debora et al. Sustentabilidade urbana: dimensões conceituais e instrumentos legais de implementação.
Estudos Avançados, v. 33, p. 61-80, 2019.