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PROBLEMAS AMBIENTAIS

EM ESCALA GLOBAL

Problemas Ambientais em Escala Global

Um dos principais problemas colocados no contexto moderno do desenvolvimento das sociedades


são as questões relacionadas com o meio ambiente. Em sua maioria, esses fenômenos têm grande
parte de sua existência creditada às ações antrópicas, tais como a poluição e o desmatamento, pro-
vocando graves problemas naturais e prejudicando a vida animal e a constituição social.

Algumas dessas questões atingem todo o planeta e são temas recorrentes em todas as abordagens
pertinentes à preservação do meio ambiente. Trata-se de problemas ambientais globais, dos quais
podemos citar o efeito estufa, as chuvas ácidas e a destruição da camada de ozônio. Juntos, esses
fenômenos podem ocasionar a intensificação do Aquecimento Global e provocar sérios danos às so-
ciedades e à natureza.

Destruição da Camada de Ozônio

Apesar de não ser consenso em toda a comunidade científica, a destruição da Camada de Ozônio é
colocada como um dos principais problemas da atualidade. A afirmação é a de que existe uma ca-
mada composta pelo elemento Ozônio (O3) na estratosfera terrestre, de forma que a emissão de ga-
ses poluentes estaria destruindo essa camada, cuja função é proteger a superfície terrestre dos Raios
Ultravioletas emitidos pelo sol.

Aumento do Efeito Estufa

O efeito estufa é um fenômeno natural de conservação do calor na Terra. Quando os raios solares
atingem a superfície terrestre, eles são em parte absorvidos e em parte refletidos para a atmosfera
que reflete novamente esses raios para a superfície. Esse fenômeno recebe esse nome por ser se-
melhante à ação de uma estufa de vidro, quando o calor entra com facilidade, mas tem dificuldade
em se dispersar.

O principal problema é que a ação humana sobre o espaço natural e geográfico vem contribuindo
para a intensificação desse fenômeno, o que estaria contribuindo para a elevação das temperaturas
do planeta. A emissão de gás carbônico (CO2) na atmosfera contribui para que os raios solares não
se dispersem para fora da atmosfera, retendo toda a sua energia em nosso ambiente, fato que se
agrava com o processo de desmatamento, uma vez que a vegetação tem a função de absorver parte
desse calor.

Intensificação das Chuvas Ácidas

Em regra, toda chuva é ácida. No entanto, os níveis comuns dessa acidez não representam uma
ameaça para os locais que recebem essas chuvas. Apesar disso, alguns fatores podem contribuir
para a elevação desse índice, como a presença de alguns elementos na atmosfera, a exemplo do
dióxido de enxofre (SO2) e do dióxido de nitrogênio (NO2).

Esses elementos químicos reagem com a água da chuva, tornando-se mais ácida do que o normal. A
emissão desses na atmosfera está relacionada com fatores naturais (como erupções vulcânicas, por
exemplo) e, principalmente, com a ação humana. A fumaça emitida pelas chaminés de algumas fábri-
cas possui uma elevada concentração de poluentes que prejudicam a qualidade do ar.

Em função disso, vários prejuízos já foram causados pela ação da Chuva Ácida ocasionada pela
ação humana, como a contaminação de rios e lagos, a destruição de patrimônios, alterações na agri-
cultura e na pecuária, entre outros inúmeros casos.

A combinação desses problemas ambientais acima elencados contribui para a ocorrência de inúme-
ros outros fenômenos, tais como o Aquecimento Global e a alteração dos ecossistemas e da vida na
Terra.

Crise da Água

A água é um recurso natural de valor econômico, estratégico e social, além de ser essencial para a
existência e bem-estar humano e para a manutenção dos ecossistemas do planeta. Apesar de, apa-
rentemente, a Terra dispor de enorme quantidade de recursos hídricos, a distribuição da água no pla-
neta é desigual.

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Segundo a Agência Nacional de Águas (ANA), estima-se que 97,5% da água existente no mundo é
salgada e não é adequada ao nosso consumo direto, nem mesmo para irrigação. Dos 2,5% de água
doce, a maior parte é de difícil acesso, pois está concentrada nas geleiras (69%) e armazenada em
aquíferos (30%). Somente 1% encontra-se nos rios e lagos. Deste último, apenas uma pequena parte
está disponível para consumo humano. Mais da metade dos rios do mundo estão poluídos, fato que
está associado ao assoreamento e a diminuição de seu volume efetivo.

Nos países industrializados, a perda de água é causada por sistemas obsoletos de distribuição. Já
nos países em desenvolvimento, o problema é a falta de esgotos e de água encanada. Além disso,
mais de 80% das águas residuais são despejadas nos rios, lagos e oceanos sem tratamento ade-
quado. Este fato leva à degradação destes ecossistemas, agravando ainda mais a crise hídrica.

Estatísticas da Organização das Nações Unidas (ONU) revelam que aproximadamente 2,1 bilhões de
pessoas não tem acesso a água tratada e cerca de 2,4 bilhões carecem de instalações sanitárias
adequadas. A falta de água potável causa a morte de 1,7 milhão de crianças por ano, a partir de do-
enças como cólera, disenteria e malária.

A solução para esses problemas envolve várias ações, desde a modernização da legislação até a
conscientização de todos os setores da sociedade quanto ao uso e consumo consciente deste re-
curso.

Poluentes Orgânicos Persistentes

Os Poluentes Orgânicos Persistentes - POPs são substâncias químicas que têm sido utilizadas
como agrotóxicos, para fins industriais ou liberados de modo não intencional em atividades antropo-
gênicas, e que possuem características de alta persistência (não são facilmente degradadas), são ca-
pazes de serem transportadas por longas distâncias pelo ar, água e solo, e de se acumularem em te-
cidos gordurosos dos organismos vivos, sendo toxicologicamente preocupantes para a saúde hu-
mana e o meio ambiente.

Conscientes de que os POPs representam grandes e crescentes ameaças à saúde humana e ao


meio ambiente, em maio de 1995, o Conselho do PNUMA solicitou em sua decisão 18/32 que fosse
realizado um processo internacional de avaliação de uma lista inicial de 12 POPs, e que o Fórum In-
tergovernamental sobre Segurança Química (IFCS/FISQ) elaborasse recomendações sobre uma
ação internacional em torno desses poluentes, para consideração pelo Conselho Administrativo do
PNUMA e pela Assembleia Mundial da Saúde até 1997.

A partir daí, um processo de negociação internacional teve início para a celebração da Convenção de
Estocolmo, que foi adotada em 2001, e entrou em vigor em 2004, depois que 50 países a ratificaram.

O Brasil aprovou o texto da Convenção por meio do Decreto Legislativo nº 204, de 7 de maio de
2004, e promulgou o texto da Convenção em 2005, via o Decreto nº 5.472, de 20 de junho de 2005.

A Secretaria de Recursos Hídricos e Qualidade Ambiental do Ministério do Meio Ambiente desempe-


nha a função de Ponto Focal Técnico da Convenção, juntamente com a Divisão de Política Ambiental
e Desenvolvimento Sustentável do Ministério das Relações Exteriores, que atua como Ponto Focal
Oficial.

Compromissos Assumidos

A Convenção de Estocolmo determina que os Países-Parte adotem medidas de controle relacionadas


a todas as etapas do ciclo de vida - produção, importação, exportação, uso e destinação final - das
substâncias POPs listadas em seus Anexos. O Anexo D da Convenção traz os critérios para que uma
substância seja classificada como POP.

A Convenção visa a eliminação e/ou restrição dos POPs, seus estoques e resíduos, a redução da li-
beração de suas emissões não intencionais no meio ambiente, além da identificação e gestão de
áreas contaminadas por essas substâncias.

Numa posição preventiva, o tratado determina que os governos promovam as melhores tecnologias e
práticas no seu campo tecnológico e previnam o desenvolvimento de novos POPs. Indo mais além,

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define como seu objetivo final a eliminação total dos POPs. A Convenção apresenta opções inovado-
ras e objetivas de ações para a gestão adequada dessas substâncias.

Inicialmente, foram listados 12 POPs na Convenção, número ampliado em 2009, após decisão da
4ª Conferência das Partes de incluir mais 9 substâncias, e depois, em 2011, com a inclusão do En-
dossulfam. Na COP 6, em maio de 2013, foi adicionado o Hexabromociclododecano. Na COP 7, em
maio de 2015, foi incluído o Hexaclorobutadieno, o Pentaclorofenol, seus sais e ésteres e os Naftale-
nos Policlorados. Em 2017, durante a COP 8, foram listados como POPs o Éter Decabromodifenílico
e as Parafinas Cloradas de Cadeia Curta.

Os POPs são listados em três anexos da Convenção, distintos pelo tratamento específico que rece-
bem:

Anexo A – POPs para ser eliminados;

Anexo B – POPs com usos restritos (mas com a perspectiva de serem eliminados);

Anexo C – POPs produzidos não intencionalmente.

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