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1. Desmatamento
As florestas são muito importantes para o planeta em vários sentidos: elas regulam
a umidade do ar, contribuem para a formação de chuvas, suas raízes
firmam a superfície do solo, servem de abrigo para animais e plantas, com
a sua sombra contribuem para o resfriamento do ar, realizam fotossíntese,
dão frutos, são fontes de madeira, etc.
Desde o período da caverna o homem sempre utilizou dos recursos que
as árvores oferecem, mas essa relação era harmônica. Isso significa que o
homem o fazia somente quando era necessário e em um ritmo que
favorecia o reflorestamento. Porém…
Problema:
Devido ao consumismo e à despreocupação com a natureza, as florestas
estão sendo destruídas em um ritmo que não conseguem se recuperar, especialmente
nas áreas tropicais. A principal causa para esse desmatamento é expansão
de terras para criação de gado e plantio de monoculturas (soja, milho…).
Consequência:
O desflorestamento influencia e agrava outros problemas ambientais: o
aquecimento global, a extinção de animais e perda de biodiversidade,
além de afetar os recursos hídricos.
Soluções:
Conservação das florestas restantes, reflorestamento de áreas
degradadas com o plantio de espécies nativas e a redução do consumo de
produtos não necessários.
2. Poluição do Ar e Mudanças climáticas
– Aquecimento Global
Consequências:
Todas essas formas de agredir os recursos hídricos alteram sua composição
natural, a água deixa de ser pura. Com isso, muitas vezes ela se torna imprópria
para consumo, afetando a vida e alimentação dos seres humanos e
dos animais marinhos, levando-os até ao risco de extinção.
Também a produção de oxigênio pelos fitoplâncton ficam
prejudicadas, contribuindo indiretamente para as mudanças climáticas e os problemas
respiratórios.
Outra consequência é o fenômeno do Assoreamento. O acúmulo de sedimentos
sólidos “enterra” os biomas marinhos, prejudica a vida e obstrui passagens
em rios e fluxos d’água.
A eutrofização também é uma realidade, e ocorre quando há um acúmulo
muito grande de material orgânico em cursos de água parados (lagos e lagoas).
Assim, as bactérias anaeróbicas se multiplicam e o lago fica sem
oxigenação, apodrecendo.
Soluções:
Descarte adequado de quaisquer resíduos, sejam domésticos ou
industriais, para não atingirem fluxos d’água; redução do consumo e
emissão de resíduos, monitoramento dos ecossistemas para preservação
e recuperação.
4.Superpopulação e problemas
derivados dos Resíduos (Lixo)
Experimente agora!
Carolina Batista
Professora de Química
Desmatamento
Mudanças climáticas
Poluição do ar
Poluição da água
Degradação do solo
Geração de resíduos
Superpopulação
Extinção de espécies
Modificação genética
Desmatamento
Problema: eliminação total ou parcial da cobertura vegetal ocasionando um
desequilíbrio ao ambiente.
A floresta tropical é uma das mais devastadas do mundo. Segundo dados do Global
Forest Watch (GFW), só em 2018 12 milhões de hectares desse tipo de vegetação foram
perdidos.
Mudanças climáticas
Problema: significativas alterações no clima do planeta Terra por causas naturais ou em
decorrência das ações humanas.
Poluição do ar
Problema: elevação dos níveis de substâncias consideradas poluentes e que acarretam
um desequilíbrio ao meio ambiente.
Poluição da água
Problema: alteração da qualidade da água tornando-a prejudicial para o ambiente e
imprópria para consumo, o que afeta diretamente a manutenção da vida no planeta.
Degradação do solo
Problema: destruição do solo seja por causas naturais ou decorrente das atividades
humanas, inviabilizando a sua capacidade de produzir.
Geração de resíduos
Problema: aumento do número de materiais descartados na natureza. Seguindo no
ritmo atual, segundo a ONU, a geração de resíduos urbanos chegará a 4 bilhões de
toneladas por ano em 2050.
Superpopulação
Problema: o número de pessoas do mundo aumenta a cada dia e os recursos
disponíveis podem não ser suficientes para todos e um desequilíbrio leve ao
esgotamento dos recursos naturais.
Extinção de espécies
Problema: ameaça de desaparecimento de espécies no planeta.
Causas: embora a extinção seja algo que aconteceu em vários momentos no planeta,
outros fatores, como poluição, mudanças climáticas, destruição do habitat, caçadas e
desastres ambientais têm intensificado a ocorrência do fenômeno.
Modificação genética
Problema: os organismos geneticamente modificados, frutos da introdução de genes
de outras espécies, podem acarretar uma poluição genética no ambiente.
Causas: a busca para desenvolver espécies com características desejáveis, que de forma
natural não aconteceria, levou a criação das plantas transgênicas, cujos efeitos ainda são
difíceis de estimar com a liberação no ambiente.
Impactos ambientais
Problemas ambientais no Brasil
Exercícios sobre problemas ambientais
Conceitos de Educação
Ambiental
"Entendem-se por educação ambiental os processos por meio dos quais o
indivíduo e a coletividade constroem valores sociais, conhecimentos,
habilidades, atitudes e competências voltadas para a conservação do meio
ambiente, bem de uso comum do povo, essencial à sadia qualidade de vida
e sua sustentabilidade."
Política Nacional de Educação Ambiental - Lei nº 9795/1999, Art 1º.
“A Educação Ambiental é uma dimensão da educação, é atividade intencional
da prática social, que deve imprimir ao desenvolvimento individual um
caráter social em sua relação com a natureza e com os outros seres
humanos, visando potencializar essa atividade humana com a finalidade de
torná-la plena de prática social e de ética ambiental.”
Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Ambiental, Art. 2°.
Daniela Diana
Aliado a isso, trabalha com a inter-relação entre o ser humano e o meio ambiente,
desenvolvendo um espírito cooperativo e comprometido com o futuro do planeta.
Sendo assim, ela promove a mudança de comportamentos tidos como nocivos tanto
para o ambiente, como para a sociedade.
No ambiente escolar, ela possui grande importância visto que desde cedo as crianças
aprendem a lidar com o desenvolvimento sustentável.
“Art. 1º Entendem-se por educação ambiental os processos por meio dos quais o
indivíduo e a coletividade constroem valores sociais, conhecimentos, habilidades, atitudes
e competências voltadas para a conservação do meio ambiente, bem de uso comum do
povo, essencial à sadia qualidade de vida e sua sustentabilidade.”
“Art. 7 º A Política Nacional de Educação Ambiental envolve em sua esfera de ação, além
dos órgãos e entidades integrantes do Sistema Nacional de Meio Ambiente - Sisnama,
instituições educacionais públicas e privadas dos sistemas de ensino, os órgãos públicos da
União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, e organizações não-
governamentais com atuação em educação ambiental.”
Com isso, ela objetiva a formação de valores e atitudes criadas sob o enfoque da
sustentabilidade.
Destacam-se temas como o consumo, recursos naturais, crise ambiental, efeito estufa,
tipos de lixo, coleta seletiva, reciclagem, dentre outros.
Todos são trabalhados com os alunos para que eles se familiarizem com as práticas
sustentáveis e possam vislumbrar os problemas relacionados com a degradação do
meio ambiente e suas implicações futuras.
Fazer mutirões para recolher lixos e resíduos em ambientes que sofrem com esse
problema pode ser uma boa alternativa de despertar nos estudantes o problema da
poluição.
Visitas a espaços naturais, como parques, hortos, podem ajudar os alunos a refletirem
sobre a importância dos bens naturais e ainda, sua conservação.
Outra ideia de atividade envolve as datas comemorativas: Dia Mundial da Água, Dia da
Terra, Dia da Árvore, Dia Mundial do Meio Ambiente, dentre outros.
Próximo a essas datas, os professores podem criar atividades com seus alunos. Um
exemplo é uma semana voltada para o meio-ambiente.
Meio Ambiente
Sustentabilidade
Coleta Seletiva
Reciclagem
Desenvolvimento Sustentável
Impactos Ambientais
CONCEITOS BÁSICOS EM
ECOLOGIA
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2. ECOLOGIA
3. CONCEITOS BÁSICOS EM ECOLOGIA
A ecologia, assim como outras áreas da biologia, apresenta alguns conceitos básicos extremamente
importantes para a sua compreensão.
Ecologia = Ciência que estuda as relações entre os seres vivos entre si e destes
com o meio ambiente.
Ecossistema = Local de interação entre seres vivos (fatores bióticos) e fatores
físicos e químicos (fatores abióticos).
Espécie = Organismos semelhantes capazes de reproduzir-se e produzir
descendentes férteis.
Habitat = Local em que determinada espécie vive.
Nicho ecológico = Papel ecológico de uma espécie em uma comunidade.
Envolve seus hábitos alimentares, sua reprodução, suas relações ecológicas e
outras atividades.
Nível trófico = Posição que uma espécie ocupa em uma cadeia alimentar.
Pirâmide ecológica = Representação gráfica do fluxo de energia e matéria em
um ecossistema.
População = Conjunto de seres vivos da mesma espécie que vive em
determinado local.
Produtores = Seres vivos capazes de produzir seu próprio alimento
(autotróficos).
Relações ecológicas = São as relações que os seres vivos possuem uns com os
outros. Essas relações podem ser entre indivíduos da mesma espécie ou espécies
diferentes.
Teia alimentar = Conjunto de cadeias alimentares interligadas.
E NT E N DA O Q U E É
E C O L O G I A, S E US
C O N CE IT O S ,
C AT E G O R IA S E
IM P O RT ÂN C I A!
Redação Beduka09/09/20Comentar580 Views
Ente
nda o que é Ecologia!
A Ecologia é área da Biologia que estuda como os seres vivos se
relacionam entre si e com o meio ambiente em que vivem. Essa temática
é bastante ampla e costuma ser cobrada com frequência no Enem e
demais vestibulares. Leia este artigo e aprenda o que é Ecologia, seus
principais conceitos e categorias!
Neste resumo sobre o que é ecologia há muitas coisas para aprender. Clique em um
dos tópicos abaixo para ir ao conteúdo de seu interesse:
O que é Ecologia?
Classificações, ramos e objetos de estudo da Ecologia
Principais conceitos da Ecologia
Qual é a importância da Ecologia?
Nós conectamos você à faculdade!
A prática constante é o caminho para o sucesso. Treine questões de Biologia e
outras matérias com o Simulado Enem do Beduka e aumente seus resultados na
prova. Ele é 100% gratuito!
O que é Ecologia?
A palavra “ecologia” é formada por dois termos gregos “oikos” e “logos” que
significam, respectivamente, “casa” e “estudo”.
Dessa forma, a Ecologia é a área da Biologia que estuda e analisa as relações entre os
seres vivos e o meio ambiente ao seu redor.
Este termo foi usado pela primeira vez por um zoólogo em 1866, em uma obra das
obras de Ernst Haeckel. Ele próprio definiu como “ o estudo
científico das interações entre os organismos e seu ambiente”.
Como se trata de estudo científico, é uma ciência ampla e complexa. Para
compreender o funcionamento da natureza, conceitos de outros campos são
utilizados.
Assim, dentro da Ecologia, toca-se em pontos da Evolução, Genética, Fisiologia e
Anatomia, Geografia, Física, História e até mesmo da Matemática!
Já ficou claro que o objeto de estudo é composto por dois elementos: organismo e
ambiente. Contudo, a Ecologia pode ser dividida em grupos de análise, de acordo com
a abrangência temática do estudo:
Características dos índices:
Uso fácil,
Representativo das informações fornecidas pelos indicadores,
Não pode ser ambíguo,
Revelar mudanças nos indicadores,
Determinar tendências.
Indicadores Ambientais:
Quais São E A Importância
Deles
Teodoro
06/09/2021
ISO 45001, SST e sustentabilidade
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Fique atento porque quando um indicador vai mal, isso significa que a
empresa precisa repensar alguma atividade ou procedimento. Lembre-
se que os indicadores ambientais devem sempre estar em conformidade
com a legislação e normas técnicas e objetivos organizacionais.
Uso do solo (Terra) m2 Área de terreno necessária (não disponível para outras nece
fabricação, uso e descarte do
Potencial de Toxidade Humana 1,4-DCB- Impacto em humanos de substâncias tóxicas emitidas para
eq câncer / não cancerígen
Consumo total de energia no Ciclo J Soma de toda a energia gasta para produzir o produto, extra
de Vida produto e descartar os res
Número de Acidentes Registrados U Monitorar a frequência de eventos que poderiam ser evitado
no Período industriais.
Meça as características
Outro ponto para definir os indicadores ideais é medir as características dos processos para conhecer
e melhorar sua performance de desempenho. Essa medição funciona como uma autoanálise da
empresa, coletando todos os dados e verificando quais atividades estão adequadas e quais precisam
ser modificadas para se enquadrar nos requisitos da ISO 14001:2015.
Portanto, criar indicadores ambientais eficientes são a chave para se enquadrar nos requisitos
propostos pela ISO 14001.
Como preservar o meio ambiente? Você está consciente que suas ações, por menores
que pareçam, podem ter um grande impacto para o planeta?
No Dia Mundial do Meio Ambiente, lembrado no dia 5 de Junho, debates e palestras espalham-
se nos cinco continentes para discutir como está a nossa relação com os recursos naturais.
Fóruns também buscam conscientizar as pessoas que o cuidado com o meio ambiente não
requer medidas drásticas, mas pode iniciar com ações individuais, pequenas e rotineiras.
Reaproveitar a casca de banana ao transformá-la em adubo; não estacionar o carro nas dunas;
utilizar os dois lados de uma folha de papel; entrar em contato com as organizações
competentes ao encontrar um animal silvestre machucado; não jogar o lixo no chão. Esses são
apenas alguns exemplos de atitudes que podem passar despercebidas por quem pratica, mas
que fazem muita diferença no processo de preservação do planeta.
Reveja seus hábitos e adote uma postura consciente para minimizar o impacto no meio
ambiente. Para saber como fazer isso, confira nossas sugestões.
Neste artigo, vamos trazer:
Como preservar o meio ambiente: 9 hábitos para adotar no dia a dia
Por que é importante preservar o meio ambiente?
Boa leitura!
A criatividade pode ser uma grande aliada na hora de preservar o meio ambiente
Você recicla? A reutilização de materiais para novos fins e a redução do lixo seco é
fundamental para evitar a sobrecarga de resíduos lançados ao planeta.
Isso porque os materiais secos têm, geralmente, uma baixa taxa de decomposição. Ou seja:
demoram muito para se decompor, e durante todos os anos em que passam pelo processo
lançam líquidos e gases que são prejudiciais ao meio ambiente.
Fora o fato de ocuparem muito espaço, já que a produção de lixo seco do ser humano só tem
aumentado com o passar dos anos. Isso tudo tira dos animais uma área do seu habitat, além
de representar um verdadeiro perigo para esses seres vivos.
Evite comprar mercadorias com muitas embalagens
Separe o lixo úmido do seco
Recicle: reutilize embalagens e outros materiais recicláveis, oferecendo-os novas funções
Prefira sacolas reutilizáveis para fazer compras
Você sabia que a média mundial de consumo de papel é de 58 kg por ano? Isso quer dizer
que cada pessoa consome, em média, 0,6 árvore por ano. Então, reduza o uso de papel o
máximo possível. Você pode começar utilizando sempre os dois lados da folha
Outra dica para economizar papel é pagar suas contas online e só imprimir o que for
realmente necessário
Tenha uma caneca para usar no trabalho. Os copos de plástico nem sempre são
separados e encaminhados para a reciclagem. E, mesmo quando são, é muito melhor
evitar o uso do plástico
Consumir os alimentos em sua forma mais natural é uma maneira de respeitar e preservar o
meio ambiente
Como já mencionamos anteriormente, tanto a alimentação quando o comportamento de
consumo podem ser altamente prejudiciais ao meio ambiente. Uma forma de contribuir para a
preservação do planeta é repensar sua relação com o alimento, avaliando o cenário como um
todo.
O produto que você está comprando é de produtores responsáveis e conscientes? Quais foram
as etapas de produção? Foram utilizados agrotóxicos e outros produtos prejudiciais ao meio
ambiente?
Ainda que você possa estar pagando um pouco mais caro pelo produto, ao consumir
alimentos em sua forma mais natural possível é ter a certeza de estar fazendo a sua
parte para cuidar da natureza. Além, é claro, de ser a melhor forma de manter a sua saúde
em dia.
Dê preferência por alimentos orgânicos, livres de agrotóxicos
Compre de pequenos produtores da sua região
Construa seu cardápio com base nos alimentos típicos de sua região
Tenha uma horta em casa. Mesmo quem mora em apartamento pode plantar temperos,
frutas e salada em uma quantidade suficiente para o seu próprio consumo
Utilize os restos de alimentos como adubo para sua horta ou plantas
Conclusão
Você deve entender como preservar o meio ambiente para poder contribuir na construção de
um futuro mais seguro
A frase “o futuro está em nossas mãos”, apesar de clichê, nunca foi tão verdadeira. Mas não é
somente do nosso futuro individual que ela se refere. É compromisso e responsabilidade de
todos contribuir para a reversão de tantos prejuízos à natureza. O consumo desenfreado dos
recursos naturais já traz, nos dias de hoje, resultados alarmantes.
Se não tivermos consciência de que nossos atos refletem diretamente ao ambiente em
que vivemos, em breve não teremos mais um planeta para chamar de lar.
Alguns hábitos diários podem ser repensados, sem prejudicar ou dificultar a sua vida. O pouco
de cada um, quando somado, pode ser a solução para salvar a natureza.
Lembre-se que preservar o meio ambiente é tarefa, também, para as gerações futuras. Por
isso, eduque seus filhos para que cresçam e se relacionem com os recursos naturais de forma
mais saudável do que fizemos até então.
Para saber outras dicas de como contribuir para a preservação do meio ambiente, confira os
artigos sugeridos:
Ensinando meu filho a cuidar do meio ambiente
Você está separando o lixo corretamente?
Economize água nas tarefas de casa
Evitando o desperdício de alimentos
Como congelar legumes e verduras corretamente
Meio Ambiente
Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso
comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao poder
público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes
e futuras gerações.
Meio Ambiente
Sustentabilidade
Água e Mudanças Climáticas
Ciência e tecnologia
domingo, 4 de fevereiro de 2018
A utilização dos agrotóxicos no meio rural brasileiro tem trazido uma série de
conseqüências tanto para o ambiente como para a saúde do trabalhador rural. Em geral,
essas conseqüências são condicionadas por fatores intrinsecamente relacionados, tais
como o uso inadequado dessas substâncias, a pressão exercida pela indústria e o
comércio para esta utilização, a alta toxicidade de certos produtos, a ausência de
informações sobre saúde e segurança de fácil apropriação por parte deste grupo de
trabalhadores e a precariedade dos mecanismos de vigilância. Esse quadro é agravado por
uma série de determinantes de ordens cultural, social e econômica.
Um trabalho realizado no município de Magé (RJ) avaliou a relação entre a exposição de
300 agricultores a agrotóxicos e suas relações com uma série de determinantes
socioeconômicos (Oliveira-Silva et al., 2001).
Estes trabalhadores tiveram seu sangue analisado, para a determinação do grau de
exposição/intoxicação, através da dosagem da atividade colinesterásica. Dados
socioeconômicos e de utilização de agrotóxicos, para cada trabalhador, foram obtidos em
entrevista estruturada.
O possível papel dos indicadores socioeconômicos e de uso de agrotóxicos sobre o nível
de contaminação dos trabalhadores foi estimado por análise de regressão linear múltipla,
utilizando-se a atividade enzimática como variável dependente e os indicadores
socioeconômicos e de uso de agrotóxicos como variáveis independentes.
Os resultados daquele estudo mostraram um perfil da exposição a estes compostos
na região, onde aproximadamente 44% da amostra apresentava redução significativa da
atividade colinesterásica. Estes dados foram confrontados com os indicadores
socioeconômicos e de utilização de agrotóxicos, tendo se destacado a importância do nível
de escolaridade sobre a prevalência das intoxicações.
Aproximadamente 70% da amostra apresentava mínima ou nenhuma habilidade de leitura
e escrita. Esta variável era fortemente correlacionada com a atividade colinesterásica (r =
0,646 e r2 = 0,418), indicando a influência destes fatores no processo que determina a
exposição/contaminação dos trabalhadores aos agrotóxicos. Para os demais determinantes
estudados (idade, uso de EPI, etc.), nenhuma correlação significativa foi tão evidente.
A interpretação destes resultados fica mais clara quando levados em consideração
dois outros fatores que atuam de forma determinante no processo que resulta na exposição
dos trabalhadores rurais a agrotóxicos: o processo de comunicação que tem como objetos
os saberes relacionados ao manejo de agrotóxicos; e a percepção de riscos daqueles que
utilizam estes agentes químicos em seu processo de trabalho.
No meio rural brasileiro, como um todo, observa-se um elevado índice de analfabetismo e
baixa escolaridade (IBGE, 2000; Oliveira-Silva, 1994), fato este que determina uma série
de políticas de comunicação visual (como o uso de ilustrações, figuras, pictogramas, faixas
coloridas, etc.) em produtos e informes direcionados a esta audiência.
Essas figuras, em especial os pictogramas (representações gráficas de rápida
visualização, como a "caveirinha" que indica perigo, ou o "par de luvas" que indica a
obrigatoriedade do uso de luvas no manuseio de tal produto), são encontradas em rótulos
de produtos agrotóxicos, em teoria para informar àquelas pessoas que não dispõem de
habilidade de leitura/escrita.
Os resultados de um estudo de recepção de informações realizado em uma região agrícola
do Estado do Rio de Janeiro (Peres, 1999; Peres et al., 2001), entretanto, mostraram que
os trabalhadores não conseguem identificar as informações presentes nos pictogramas e
em figuras, de uma forma geral, devido à falta de clareza ("poluição visual") dessas
figuras/pictogramas. Outro dado do estudo de recepção está diretamente relacionado ao
uso de linguagem rebuscada (portanto de difícil apropriação por parte desta audiência
específica) em materiais informativos e rótulos/bulas de agrotóxicos.
Durante a pesquisa, foi apresentada aos trabalhadores entrevistados a seguinte
frase, retirada do rótulo do herbicida Gramoxone®, o produto mais utilizado na região – e
um dos mais utilizados em toda a área rural do país: Esta formulação contém um agente
emético, portanto não controle vômito em pacientes recém intoxicados por via oral, até que
pela ação do esvaziamento gástrico do herbicida, o líquido estomacal venha a ser claro.
Tal informação é de fundamental importância, visto que o produto apresenta coloração
amarronzada, semelhante a dos refrigerantes tipo cola, o que faz com que tal produto seja
freqüentemente confundido com estes refrigerantes por crianças que, inadvertidamente,
acabam ingerindo este produto altamente tóxico.
Aproximadamente 40% dos trabalhadores entrevistados (n = 23) entenderam que
não se deveria deixar a pessoa intoxicada vomitar para que o veneno saísse do organismo
(no caso, a dupla negativa "não controle" era identificada como "não provoque", invertendo
o sentido da frase), outros 40% não faziam a menor idéia do que tal frase informava e 20%
interpretaram que era um veneno "brabo", e que se a pessoa bebesse, morreria (Peres,
1999).
Um trabalhador perguntou ao entrevistador qual seria o significado daquela frase. Ao
receber a devida explicação, em uma linguagem apropriada, sobre significado da frase,
este trabalhador sugeriu uma interessante construção:
Em vez disso aí, o sujeito não podia escrever "se o caboclo beber o veneno, deixe ele
vomitar até as tripa"! (Agricultor, 35 anos)
Outro aspecto levantado pelo estudo tinha relação com a percepção das cores dos rótulos
de embalagens de agrotóxicos (faixas que indicam a classe toxicológica dos produtos). O
trabalhador rural, de uma maneira geral, tende a construir suas percepções e pensamento
a partir de elementos concretos (fatos vividos e experimentados) de seu dia-a-dia,
apresentando dificuldades na interpretação de situações abstratas (como exemplos
hipotéticos, correlações mais amplas, etc. – Rozemberg & Peres, 2003).
De uma maneira geral, podemos conceber que uma grande parcela da população
está exposta aos efeitos nocivos de produtos agrotóxicos.
A contaminação (ou não) destas pessoas, muito provavelmente, está relacionada não
apenas ao grupo ao qual pertencem, mas também à maneira como, individual ou
coletivamente, estas pessoas identificam e se posicionam diante dos riscos a que estão
expostas. O conhecimento da percepção de riscos destes indivíduos ou grupos
populacionais específicos é, portanto, fundamental para a construção de estratégias de
intervenção sobre o problema (Peres, 2003b).
A construção – individual ou coletiva – da percepção de riscos é resultante direta do
conhecimento sobre o assunto em questão que, por sua vez, é constituído a partir das
representações e interpretações das informações disponíveis.
Os estudos de percepção de riscos surgem no final da década de 1970-1980, como
importante contraponto à perspectiva utilitarista da análise e gerenciamento de riscos, com
o objetivo de incorporar determinadas escolhas sociais, políticas e econômicas em
problemas "puramente" técnicos e científicos (Gomez & Freitas, 1997).
Naquele momento, tornava-se urgente a consolidação de estratégias de análise de
risco que levassem em consideração a percepção (no sentido mais amplo da palavra) dos
indivíduos, comunidades e grupos populacionais envolvidos com os processos/situações
potencialmente danosos.
Em estudos sobre a percepção de riscos de comunidades agrícolas expostas a agrotóxicos
em duas localidades do Estado do Rio de Janeiro (Peres, 2003a), foi possível observar que
a maioria dos entrevistados (n = 60) percebia algum perigo nas práticas de uso destas
substâncias (apenas um entrevistado não identificou perigo qualquer). No total, 90% dos
trabalhadores, quando perguntados sobre os agrotóxicos (de uma maneira genérica),
responderam "perigoso", "muito perigoso", "um perigo", ou "um troço muito ruim".
Os principais sinais/sintomas relatados como "problemas de saúde relacionados aos
agrotóxicos" eram dores de cabeça, dores de barriga e tonteiras. Tais sinais são
observados mais freqüentemente em episódios de intoxicação aguda, cujo quadro
sintomatológico é bastante forte – convulsões, desmaios, etc. – o que vem reforçar a
importância da observação de fatos cotidianos na construção do pensamento do homem
do campo.
A "invisibilidade" dos riscos relacionados ao uso de agrotóxicos acaba por determinar uma
maior exposição a estes produtos, por parte dos trabalhadores rurais, assim como contribui
para a degradação do ambiente, como se observa na frase a seguir, registrada durante a
realização daquele estudo (Peres, 2003a):
Eu num acho que prejudica nada. (...) você pulverizou lá um gramoxone lá dentro do
inhame. Diz que se dê uma chuva leva lá pra dentro do rio. Leva nada! Até chegar lá já
acabou o efeito. Eu acho que já acabou o efeito. Eu quanto a isso eu acho que num tem
nada prejudicando o meio ambiente de água, essas coisas assim. Eu penso que não
(Agricultor, 72 anos):
Outras Considerações:
Olhar para a situação ora vigente no meio rural brasileiro, no que diz respeito ao uso
indiscriminado de agrotóxicos, não é uma tarefa simples. Não é o bastante conhecer as
formas através das quais as populações humanas continuam, a cada ano, a se expor e se
contaminar por estes agentes.
Avaliar o problema através do modelo clássico-toxicológico que inclui a identificação do
perigo, caracterização do risco, avaliação da resposta e gerenciamento dos riscos, é
insuficiente diante da dimensão desta situação que, ano a ano, acomete milhões de
pessoas em todo o mundo. Olhar para a questão sem o cuidado de observar os mais
discretos aspectos, tanto relacionados à forma como as populações humanas agem diante
da necessidade de uso destes agentes químicos, quanto às limitações dos instrumentos
analíticos hoje disponíveis, é como olhar para uma figura distante: delimita-se,
imprecisamente, o contorno, sem conhecer os detalhes que lhe dão a forma.
O objeto da contaminação humana e ambiental por agrotóxicos é, em sua natureza,
complexo, e demanda um entendimento mais amplo do problema, dissociado da corrente
que acredita (ou leva as pessoas a crer) que o problema é resultante da ignorância do
homem do campo – que deliberadamente se exporia aos riscos oriundos do processo de
trabalho (visão esta que só interessa à indústria produtora destes agentes que,
anualmente, fatura em cima de um mercado estimado na casa dos bilhões de dólares).
Diversos aspectos, como a influência dos determinantes socioeconômicos, as dificuldades
relacionadas à organização dos dados de intoxicação no país, os desafios metodológicos
relativos ao monitoramento da exposição humana aos agrotóxicos e o reforço de
estereótipos etnocêntricos do homem do campo, por parte de técnicos e educadores,
trazem à discussão a necessidade de uma abordagem interdisciplinar e integrada do
problema, sem a qual existe o risco de serem empreendidos esforços em vão, onerando
desnecessariamente tanto os órgãos de assistência rural quanto o Sistema Único de
Saúde, responsáveis diretos pelo atendimento destas populações.
Vale, ainda, ser destacada a forte influência de grupos de interesse (no caso
específico, a indústria química e o comércio à qual está ligado) em criar as supostas
"necessidades" que levam à adoção em massa de tais tecnologias. Somente com a
desvinculação dos interesses comerciais é possível reverter a situação ora experimentada
pelos milhões de trabalhadores ocupados no campo.
Para tal, governo, sociedade organizada, grupos de interesse e organizações não
governamentais devem estar unidos em torno de um objetivo maior que o lucro: a garantia
da qualidade de vida do trabalhador rural, do ambiente e da população – consumidora dos
produtos provenientes da lavoura – como um todo.
E para tanto, abordagens integradoras e interdisciplinares devem ser adotadas para
a avaliação e o controle dos efeitos nocivos dos agrotóxicos sobre a saúde humana e o
ambiente, integrando as ciências farmacêuticas/toxicológicas e sociais/humanas de forma
a colocar a vulnerabilidade das populações rurais e do ambiente no eixo central das
análises e avaliações.