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Segundo Trigo (2003), isso ocorre após o término da Segunda Guerra Mundial, quando
alguns países capitalistas e (então) socialistas se estabilizam e começam a garantir, para
importantes parcelas de suas populações, a possibilidade pluralista e democrática de se
dedicar a actividades de sua escolha. Isso foi possível graças a várias conquistas das
classes trabalhadoras e ao entendimento de alguns capitalistas, como Henry Ford, de
que os operários deveriam ter um salário mais digno e tempo livre para aumentar o
mercado de consumo e, consequentemente, os lucros dos empresários. Para Weber apud
Carvalho (2005, p. 44): “O Ocidente veio a conhecer, na era moderna, um tipo
completamente diverso e nunca antes encontrado de capitalismo: a organização
capitalística racional assentada no trabalho livre”.
Segundo Weber apud Carvalho (2005, p. 44 e 45): A economia capitalista moderna teria
se orientado, portanto, pelos interesses dos homens no mercado, em que o dinheiro e a
busca do lucro adquiriram uma finalidade em si mesmo, destruindo as relações pessoais,
resultado da rivalidade de interesses que o mercado racionalmente organizado exige.
É verdade que apenas após a Segunda Guerra Mundial (cerca de 1950) surge o que pode
ser chamado de turismo de massa acessível às classes médias dos países desenvolvidos.
Todavia, vários analistas internacionais, como John Naisbitt, Peter Drucker, Alain
Touraine e Paul Kennedy, apontam para o fato incontestável de que o setor terciário é
hoje predominante na economia mundial e que o entretenimento e o turismo em geral
têm uma participação bastante prioritária na construção do PIB5 de vários países e no
oferecimento de serviços para mercados cada vez maiores, além de proporcionar postos
de trabalho cada vez mais exigentes em termos de habilidades profissionais.
Como resposta a esse movimento e à padronização que acontece no setor, tem ocorrido
um crescente reconhecimento do valor da diversidade cultural. Paralelamente, esse
reconhecimento é um desejo consciente de manter e divulgar as características únicas e
especiais de grupos étnicos e sociedades receptivas como um princípio fundamental de
promoção e desenvolvimento do turismo.