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Universidade Federal de Alagoas – UFAL

Instituto de Química e Biotecnologia – IQB

Gestão Ambiental

Isaac Rabin Angelo dos Santos

Tema: Problemas ambientais do século XXI

Maceió – AL, 2022


Diversos são os problemas ambientais do século XXI, porém não necessariamente
surgiram neste século, a preocupação com os problemas ambientais ganhou destaque
principalmente a partir de 1972, onde a questão ambiental ganhou notoriedade mundial
com a realização da conferência da organização da nações unidas (ONU) realizada na
Suécia, que vieram a discutir sobre as mudanças climáticas e os efeitos da humanidade.
Partindo desse pressuposto, várias outras conferências, tratados e acordos internacionais
foram firmados, como a conferência das nações unidas para meio ambiente e
desenvolvimento (CNUMAD) no Rio de Janeiro, a conferência das partes (COP 03) em
Kyoto, no Japão, dentre várias outras, todas com foco nos problemas ambientais que cada
vez mais preocupa todo o planeta.

Os problemas desse século tem suas origens de fontes diversas, podemos citar
como principais problemas ambientais o desmatamento que tem como principal causa a
atividade humana na exploração da madeira e outros produtos da floresta de forma irregular
e inconsequente, pois as consequências desta atividade é a facilidade da erosão do solo,
diminuição da reciclagem do gás carbônico e influencia direta nas mudanças climáticas,
que tem também como fonte causas naturais, mas que são diretamente influenciadas pela
ação humana.

Outro principal problema ambiental enfrentado pela sociedade é a poluição do ar,


que é causada por gases poluentes de fontes naturais, como atividades vulcânicas, e
também pela atividade humana, como processos industriais com liberação de gases
poluentes, e com a queima de combustíveis fosseis nos veículos. Um protocolo importante
de ser mencionado que surgiu acerca deste tema, foi o protocolo de Kyoto, onde previa o
controle da emissão de gases poluentes principalmente por parte dos países
industrializados, este controle se deu pela redução de 5,9% dos gases na atmosfera e ao
ser adotado foi assinado por 84 países.

A poluição da água e a geração de resíduos tem influencia direta na qualidade de


vida de toda a sociedade, pois o descarte de dejetos, resíduos de atividade agrícola,
doméstica e industrial lançados na água ou na terra sem o tratamento adequado, gera uma
serie de problemas para toda a população como o desiquilíbrio de ecossistemas, morte de
espécies aquáticas e terrestres, proliferação de micro-organismos nocivos e surgimento de
doenças. Estes problemas ambientais gerados pela própria sociedade tem consequências
diretas na própria população e só pode ser solucionado pela conscientização da mesma.
Outro problema ambiental relacionado e que merece uma atenção especial e por ser
bastante importante é a questão dos microplásticos, que são pequenos pedaços de
plástico, inferior a 5 mm, e que podem já apresentar esse tamanho ou alcançá-lo por meio
da degradação. A primeira evidencia de microplásticos detectados no meio ambiente foi em
1970 e se tornou uma preocupação logo de início por poluir cada vez mais o meio ambiente.

Em ambientes aquáticos, o impacto dos microplásticos está relacionado a ingestão


por animais aquáticos, o que pode levá-los a morte por asfixia, e lesões em órgãos internos.
Além de danos físicos, os microplásticos, podem causar danos tóxicos, isso por conta da
alta capacidade de absorção de compostos de elevada toxicidade, como mercúrio, cádmio
e etc.

Os microplásticos estão presentes também em cosméticos, como cremes para o


rosto e para o corpo. Nestes produtos estão como forma de esferas de polietileno. Diante
dos danos causados, o reino unido determinou em 2018, que seria proibida a fabricação de
cosméticos ou produtos de higiene que contivessem microplásticos em sua composição.

Os microplásticos não afetam somente a fauna marinha, cientistas do Departamento


de Biologia da Universidade de Victoria, no Canadá, revisaram e compilaram estudos
anteriores e analisaram quantidades de partículas de microplásticos ingeridas, e chegaram
à conclusão de que, por ano, a ingestão de microplásticos varia de 74 mil a 121 mil
partículas. A principal medida de prevenção continua sendo o consumo reduzido e descarte
consciente do plástico no meio ambiente, visto que grande parte de resíduos de plásticos
acabam indo para o ambiente aquático.

Os problemas ambientais citados são uma pequena parte dos que realmente existem
e precisam ser estudados e analisados. Em sentido geral eles podem ser entendidos como
decorrentes do desiquilíbrio entre a espécie e as possibilidades de adaptação ao meio
ambiente biótico e abiótico, vale ressaltar o caráter irreversível ou de reversão muito difícil
da maioria das consequências dos problemas gerados, com isso a conscientização e a
proteção do meio ambiente é de suma importância para os seres vivos e para o planeta.

Independente da forma como os problemas ambientais vem sendo


institucionalizados nas sociedades, o problema ambiental é um assunto delicado e merece
atenção especial, devem ser tratados no campo político, para elaborar novas coordenadas
para mudanças políticas, sociais, econômicas e ambientais visando a finalidade de
diminuição dos problemas ambientais.
Referencias

BORINELLI, Benilson. Problemas ambientais e os limites da política ambiental. Serv. Soc.


Rev., Londrina, v. 13, n. 2, p. 63-84, 2011.

Universidade Federal do Vale do São Francisco. Microplástico: um dos principais poluentes


dos oceanos., 15/02/2019. https://portais.univasf.edu.br/sustentabilidade/noticias-
sustentaveis/microplastico-um-dos-principais-poluentes-dos-oceanos. Acesso
em:28/02/2023.

Senado Federal. Senado notícias: Protocolo de Kyoto.,


https://www12.senado.leg.br/noticias/entenda-o-assunto/protocolo-de-
kyoto#:~:text=Foi%20o%20primeiro%20tratado%20internacional,por%20parte%20dos%2
0pa%C3%ADses%20industrializados. Acesso em: 28/02/2023.

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