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Aspectos Técnicos de um

Projeto
Profª Izabela Lima

Projeto Social
O nosso objetivo hoje
Aprofundarmos sobre os aspectos técnicos de um projeto e
promover reflexões a partir de metodologias para concepção
de um projeto social.
33
Perfil do Gestor de Projetos Sociais
dados estatísticos oficiais;
textos científicos, notícias e artigos de jornais que documentem fatos relevantes para a
compreensão do contexto;
mapas, gráficos e imagens
que ilustrem aspectos relevantes
dessa realidade; relatórios, atas,
diários de campo resultantes de
projetos anteriores ou de
pesquisas realizadas sobre esse
mesmo contexto

(STEPHANOU, 2003) 4
Neste nível, o projeto vai se
Neste nível se obtém apoio
articular com os grupos de
financeiro em menor escala,
base e com lideranças
suporte para capacitação e
locais, atores importantes
treinamento de recursos
para o desenvolvimento do
humanos.
projeto, pois nenhum
projeto avança sem o
apoio e a adesão local.
É importante a leitura da
realidade social e o
conhecimento da cultura
local, além da percepção
acurada das situações de
vulnerabilidade social,
econômica, das carências e
Neste nível são obtidos recursos das potencialidades da
financeiros, ou estabelecidas parcerias população envolvida,
para o desenvolvimento de projetos de assuntos a serem enfocados
interesse comum. A mediação acontece na realização do diagnóstico
observando-se as afinidades entre as
organizações, a similaridade de suas missões,
além dos objetivos e ideologias que sejam
comuns.

(STEPHANOU, 2003 e MACIEL, 2015) 5


Mitos e fatos em torno dos projetos sociais
FAKE FATO
• Os projetos sociais configuram como
uma grande saída para os problemas • Os projetos sociais configuram como
financeiros da organização, pois têm a uma ferramenta que têm prazo,
capacidade de alavancarem recursos de duração, e recursos pré-definidos, estão
forma rápida e eficiente. voltados para problemas, situações
pontuais no contexto da organização,
diferem de seus serviços e ações de
caráter permanente, para os quais os
gestores devem prover os recursos
necessários ao custeio.

(MACIEL, 2015) 6
Mitos e fatos em torno dos projetos sociais
FAKE FATO
• Basta escrever o projeto que os recursos
• A elaboração de projetos e sua posterior
já estão disponíveis.
execução não podem acontecer de
forma isolada. Devem fazer parte de um
processo de articulação para que se
obtenha êxito na mobilização dos
recursos. Os recursos estão disponíveis
para entidades e projetos que se
articulam.

(MACIEL, 2015) 7
Mitos e fatos em torno dos projetos sociais
FAKE FATO
• Se a causa é boa, tudo vai dar certo e o • A obtenção de apoio a um projeto vai
apoio será alcançado. muito além do valor ou mérito da causa
abraçada ou da solução que se busca. O
apoio será alcançado a partir do nível e
da qualidade das relações estabelecidas,
bem como dos tipos de articulação
construídas em seu entorno.

(MACIEL, 2015) 8
Mitos e fatos em torno dos projetos sociais
FAKE FATO
• Se há disponibilidade de um recurso ou • A presença dos projetos no cotidiano de
o acesso a um determinado financiador, uma organização deve fazer parte do seu
a organização deve elaborar um projeto processo de planejamento, acontecendo
e encaminhá-lo, não deixando passar a de forma planificada, atendendo
oportunidade. demandas percebidas, refletidas e
discutidas com todos os envolvidos, não
obedecendo a modismo, ofertas
esporádicas, descoladas de seu
cotidiano.

(MACIEL, 2015) 9
Mitos e fatos em torno dos projetos sociais
FAKE FATO
• Se a ideia, o sonho, surgiu no contexto • Por mais importante que seja o
da organização, ela poderá executar o profundo conhecimento de uma causa
projeto de forma isolada, pois o que vale ou realidade, a execução dos projetos
é sua percepção e conhecimento da sempre irá depender da capacidade da
realidade onde atua. organização de se relacionar e de
construir de forma articulada e
conjunta as soluções desejadas.

(MACIEL, 2015) 10
Ciclo de vida de um Projeto Social
Um projeto não começa nem termina na
elaboração de sua proposta. Há um caminho a
ser percorrido. Em geral, no início, há um
conjunto de ideias e desejos (mais ou menos
vagas) a respeito de alguns objetivos ou do que se
quer fazer. Estas ideias provêm do trabalho que
o grupo já realiza ou de algum problema em vias
de transformar-se em demanda
Esta Foto de Autor Desconhecido está licenciado em CC
BY-NC

(STEPHANOU, 2003) 11
Ciclo de vida de um Projeto Social
Fase da
identificação

Fase de Fase da
replanejamento elaboração

Fase da Fase da
avaliação aprovação

Fase de
implementação

(MACIEL, 2015) 12
Ciclo de vida de um Projeto Social
Fase da identificação

Entre o problema e a elaboração propriamente dita do


projeto, existe um período de consultas e estudos
preliminares em que se buscam informações sobre as
questões mais importantes. Nessa fase acontece a
identificação da oportunidade da intervenção,
delimitando-se seu objeto e seu âmbito. É a fase do
diagnóstico e do reconhecimento dos limites
institucionais, que devem ser levados em conta. Nessa fase,
também, verifica-se a viabilidade técnica, política e
financeira, que irão determinar, por fim, a Esta Foto de Autor Desconhecido está licenciado em CC
sustentabilidade da ideia. BY-SA

(MACIEL, 2015) 13
Identificação
Levantamento dos problemas ou desafios a serem trabalhados
A identificação pode ser feita por meio
de entrevistas com a comunidade,
questionários, atendimento de demanda
recebida, etc.
Faz parte também da identificação a
leitura do contexto nacional, estadual,
municipal onde o projeto será
implementado; além do percurso
histórico da instituição e d comunidade Esta Foto de Autor Desconhecido está licenciado em CC BY

onde o projeto acontecerá.

(http://flacso.org.br/files/2016/08/forgep_elaboracaodeprojeto.pdf) 14
(SESI – DEPARTAMENTO REGIONAL DO PARANÁ, 2009) 15
Poluição
Redução do potencial
turístico
Risco para o
ecossistema aquático Risco para os
frequentadores
Impacto na Atração de vetores
balneabilidade da água de doença

Geração de
microplásticos

Acumulo de lixo
na Praia do Farol
Ausência de Grupos de
excursão Ausência de placas
legislação
Falta de Falta de educação
fiscalização ambiental
Esta Foto de Autor Desconhecido
está licenciado em CC BY-NC

(CADERNOS BUNGE DE CIDADANIA) 16


Identificação
Diagnóstico
O diagnóstico pode, portanto, ser definido “como o
aprofundamento das dinâmicas de mudança, potencialidades e
obstáculos de uma determinada situação, sendo um processo
permanente e sempre participado, pelo que está sempre
inacabado. No entanto, vai tendo intensidades diferentes sendo
inevitavelmente mais aprofundado – e mais extenso - na fase
inicial de lançamento de um projeto e de definição do seu
desenho para um horizonte determinado.” (MTS/SEEF, 1999,
pp. 6.2-6.3 apud Santos, 2012, p.5).
Importante envolver a população no processo de diagnóstico, Esta Foto de Autor Desconhecido está licenciado
tornando a problematização mais participativa . em CC BY-NC-ND

(MACIEL, 2015) 17
Identificação
Diagnóstico
O diagnóstico, dentro do processo de elaboração do
projeto social, tem a função de verificar as hipóteses que
originaram o projeto, permitindo o aprofundamento
das indagações levantadas no estudo de viabilidade e o
avanço no conhecimento de todas as questões que
envolvem a problemática e o projeto.
A partir do diagnóstico, o projeto avança, pois as
informações levantadas irão permitir a formulação dos
objetivos, estratégias, resultados e ações. Essa é uma fase
de extrema importância no ciclo de elaboração do Esta Foto de Autor Desconhecido está licenciado
em CC BY-NC-ND
projeto social, e deve acontecer a partir de uma atitude
investigativa e participativa.
(MACIEL, 2015) 18
O diagnóstico deve permitir:
Uma visão da situação inicial dos potenciais beneficiários por meio do levantamento detalhado de dados e
informações que demonstrem suas condições de vida. Essas informações subsidiaram o monitoramento ao
longo do projeto e suas avaliações finais.

A identificação das dinâmicas sócio-políticas, culturais e econômicas captadas na situação problema.

A percepção e avaliação de todas as iniciativas similares já em andamento, na esfera pública ou privada.


A identificação das percepções, experiências, e o que esperam os potenciais beneficiários em relação à
situação problema.
O engajamento de todos os envolvidos sejam cidadãos beneficiários ou equipe da organização promotora.

A pesquisa bibliográfica sobre o tema, considerando o ponto de vista teórico e as experiências já registradas.

(ARMANI, 2004) 19
Identificação
Diagnóstico
A mobilização de todos os envolvidos com a
organização e com o projeto requer empenho por
parte de quem o coordena. Para essa tarefa,
existem várias metodologias participativas
eficientes na realização de pesquisas,
identificação de atores e levantamento de Esta Foto de Autor
recursos, que colaboram com o processo de Desconhecido está
licenciado em CC BY-SA
condução e elaboração do projeto social.

Esta Foto de Autor Desconhecido


está licenciado em CC BY-NC-ND

(MACIEL, 2015) 20
Metodologia Participativa para Diagnóstico
Mapa falante
Na metodologia Construção utilizamos o Mapa Falante que parte das vivências,
percepções e conhecimentos práticos dos envolvidos como metodologia de diagnostico
local que nos permitirá compreender melhor o problema que originará o projeto, mas
também os recursos existentes nas localidades.
É uma técnica participativa que possibilita o
conhecimento de determinado lugar e suas relações, a
partir de uma representação gráfica elaborada
coletivamente. Os mapas apresentam um “retrato” que é
fruto da visão e percepção que os participantes têm do
seu território, do seu lugar como espaço do cotidiano.
Esta Foto de Autor Desconhecido
está licenciado em CC BY-NC-ND

https://www.academia.edu/6536539/ELABORA%C3%87%C3%83O_E_GES 21
T%C3%83O_DE_PROJETOS_SOCIAIS
Identificação da Problemática
Existe um problema?

Qual é o problema?
Quais são os elementos essenciais do problema?
A quem o problema afeta, ou seja, qual é a população alvo?
Qual é a amplitude atual do problema e suas consequências?
Quais são as informações relevantes acerca do problema para realização de um estudo conclusivo?
Dispõe-se de uma visão clara e definida do contexto geográfico, econômico e social do problema?
Quais são as principais dificuldades para enfrentar o problema?

(MACIEL, 2015) 22
Metodologia Participativa para Diagnóstico
Mapa falante
Ao mesmo tempo em que se
mapeiam PROBLEMAS, se
mapeiam também os
RECURSOS e as PARCERIAS
• Elaboração da

projeto mais
contextualizado
Base para tornar o
• Problemas Justificativa
contexto
Conhecimento do

• Recursos Existentes • Pontos para reflexão


sobre o Objetivo do
Projeto: o que
pretendemos modificar
na realidade?

https://www.academia.edu/6536539/ELABORA%C3%87%C3%83O_E_GES 23
T%C3%83O_DE_PROJETOS_SOCIAIS
Metodologia Participativa para Diagnóstico
Mapa falante O que temos:
• Recursos Existentes

Aspectos
positivos
• Possíveis parceiros
• Ações convergentes

O que temos:
• Problemas

Aspectos
negativos
• Passivo
• Bloqueios culturais

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Metodologia Participativa para Diagnóstico
Mapa falante
O que temos:

• Associação de moradores

positivos
Aspectos
• Atrativo turístico
• Prática de Esportes
Náuticos
• Proximidade a rota de
coleta urbana de resíduos

25
Metodologia Participativa para Diagnóstico
Mapa falante
O que temos:

• Ausência de lixeiras

negativos
Aspectos
• Alta incidência de
excussões
• Ausência de placas
• Ausência de educação
ambiental
• Ausência de legislação e
fiscalização

26
Sistematizando as informações
Árvore dos problemas Desafio
Por que?
Principal

Causa 1 Causa 2 Causa 3 Por que?

Causa 1.1 Causa 2.1 Causa 3.1

Causa 1.2 Causa 2.2 Causa 3.1.1 Por que?

Pode-se ramificar a Árvore até o


nível que se desejar, no entanto, é
interessante limitar-se às causas Causa 2.3 Causa 3.1.2
essenciais e passíveis de mudança.

(https://www.nescon.medicina.ufmg.br/biblioteca/imagem/2154.pdf) 27 (https://www.nescon.medicina.ufmg.br/biblioteca/imagem/2154.pdf)
Sistematizando as informações
Árvore dos problemas Acumulo de lixo na
Praia do Farol
Poluição
Redução do potencial
turístico
Risco para o Ausência de Grupos de Falta de educação
ecossistema aquático Risco para os
frequentadores legislação excursão ambiental
Impacto na Atração de
balneabilidade da vetores de
água doença
Geração de Ausência de um
Prioridade do Tipo de turismo
microplásticos programa de
legislativo incentivado
educação ambiental

Acumulo de lixo na
Praia do Farol
Cultura política Ausência de limites
Ausência de Grupos de Ausência de local e restrições
legislação excursão placas
Falta de Falta de educação
fiscalização ambiental
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licenciado em CC BY-NC

(https://www.nescon.medicina.ufmg.br/biblioteca/imagem/2154.pdf) 28 (https://www.nescon.medicina.ufmg.br/biblioteca/imagem/2154.pdf)
Identificação
• Qual a situação atual? Quais são as condições,
necessidades ou finalidades não satisfeitas que
sugerem que existe um problema?
• Quais as causas do problema?
• Para quem a situação é percebida como um
problema? Existem pessoas para quem a situação é
vantajosa? Que grau de compreensão as pessoas
afetadas pelo problema têm a respeito dele?
• O problema foi caracterizado em seu contexto e
em todos os aspectos
importantes (por exemplo: social, institucional,
econômico-financeiro, político, tecnológico,
administrativo-gerencial etc.)?
• Foram procuradas informações sobre a situação
com outras pessoas, em livros, estudos etc?
• Entre os vários problemas encontrados, esse em
especial é prioritário, tem mais importância? Por
quê? Quais os critérios usados para atribuir essa
importância?

(Cartilha de elaboração de projetos para captação de recursos) 29 (https://www.nescon.medicina.ufmg.br/biblioteca/imagem/2154.pdf)


Sistematizando as informações
Árvore dos Objetivos
Cada desafio será substituído por
um objetivo (positivo) realista e Fins
desejável. As causas são, então,
transformadas em meios e os efeitos
em fins.
Objetivo
Geral

Meios

(https://www.nescon.medicina.ufmg.br/biblioteca/imagem/2154.pdf) 30 (https://www.nescon.medicina.ufmg.br/biblioteca/imagem/2154.pdf)
Sistematizando as informações
Árvore dos Objetivos
Os passos a serem seguidos são:
1 Tornar positivo o desafio central da Árvore dos Desafios, transformando-o
em um objetivo. Este será o Objetivo Geral do projeto. Fins
2 Analisar as causas e transformá-las em meios (positivos) para alcançar o
Objetivo Geral. Será a partir desses meios que surgirão os Objetivos
Específicos do projeto.
3 Excluir da Árvore as causas que não são modificáveis, como efeitos
Objetivo
climáticos, coeficiente intelectual etc.
Geral
4 Converter os efeitos ou consequências em fins. Ou seja, objetivos que serão
alcançados em um prazo maior.
5 Verificar se existe coerência entre os meios propostos e os fins pretendidos.
Caso essa coerência não exista, será preciso modificar a Árvore dos Desafios e, Meios
consequentemente, acrescentar novos objetivos à Árvore dos Objetivos.

(https://www.nescon.medicina.ufmg.br/biblioteca/imagem/2154.pdf) 31
Sistematizando as informações Há causas que não são modificáveis?

Árvore dos Objetivos


Redução da
Poluição
Não se pode colocar objetivos muito Melhoria do Potencial
turístico
abrangentes sem definir os meios
Preservação do
pelos quais se vai alcançá-los. ecossistema aquático Segurança para os
frequentadores
Fins Geralmente, no âmbito do projeto,
Água com qualidade Ausência de
não são utilizados todos os meios para banho vetores de
para alcançar os fins propostos. doenças
Não-Geração de
microplásticos

Objetivo
Geral Eliminar o acúmulo de
lixo na Praia do Farol

Incentivar o Implantar e
Elaborar melhoras as
legislação turismo
placas
Meios sustentável
Criar programa de
Promover Educação
fiscalização Ambiental
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licenciado em CC BY-NC

(https://www.nescon.medicina.ufmg.br/biblioteca/imagem/2154.pdf) 32 (https://www.nescon.medicina.ufmg.br/biblioteca/imagem/2154.pdf)
Sistematizando as informações
Árvore dos problemas Objetivo Como?
Principal

Objetivo Objetivo Objetivo Como?


específico 1 específico 2 específico 3
Fins

Meta 1.1 Meta 2.1 Meta 3.1

Objetivo
positivo
Geral Meta 1.2 Meta 2.2 Meta 3.1.1 Como?

Meios Meta 2.3 Meta 3.1.2

(https://www.nescon.medicina.ufmg.br/biblioteca/imagem/2154.pdf) 33 (https://www.nescon.medicina.ufmg.br/biblioteca/imagem/2154.pdf)
Sistematizando as informações
Existe coerência entre os meios
propostos e os fins pretendidos?

Árvore dos problemas Eliminar o acúmulo de lixo


na Praia do Farol

Redução da
Poluição
Melhoria do Potencial
turístico
Incentivar o turismo Criar programa de
Preservação do Elaborar legislação
Segurança para os sustentável Educação Ambiental
ecossistema aquático
frequentadores

Água com qualidade Ausência de


para banho vetores de
doenças Apresentar demanda para o Criar Projeto de Turismo Promover ações de
legislativo em prol da Sustentável para a praia do sensibilização da
Não-Geração de população e turistas a ser
criação de Projeto de Lei em Farol a ser executado em até
microplásticos executadas uma vez ao
até 2 meses 1 ano mês

Eliminar o acúmulo de
lixo na Praia do Farol Criar Projeto para promover Criar página nas redes
Criar Lei com direitos e
a conscientização da sociais com conteúdo de
deveres dos visitantes da
população a ser executado educação ambiental e
Incentivar o Implantar e praia, em até 3 meses sensibilização
Elaborar em até 6 meses
turismo melhoras as
legislação placas
sustentável
Criar programa de
Promover Educação
fiscalização Ambiental
Criar projeto de educação
ambiental através do
Esta Foto de Autor Desconhecido está esporte náutico
licenciado em CC BY-NC

(https://www.nescon.medicina.ufmg.br/biblioteca/imagem/2154.pdf) 34
Análise dos Objetivos
Criar slide com a sistematização de objetivos, metas e
atividades, em conformidade com o material

(https://craspsicologia.files.wordpress.com/2013/04/cadervolunt4_projetos.pdf) 35
Análise dos Objetivos

Nem sempre o projeto que está sendo planejado


poderá oferecer uma solução global para o problema
em questão. Mas, é possível, a partir da Árvore de
Soluções, identificar várias alternativas de solução
que podem contribuir de alguma forma para a
melhoria da situação-problema. Tais alternativas
poderiam constituir diferentes projetos possíveis de
serem implementados.

(https://www.nescon.medicina.ufmg.br/biblioteca/imagem/2154.pdf) 36
Análise dos Objetivos
Uma opção à Árvore de Soluções na proposição de alternativas viáveis e realistas é descrita pelo
roteiro que se segue:
Definir as condições que permitam afirmar que o problema estaria solucionado em sua totalidade;

Elaborar uma estratégia global de ação para a solução total do problema;


Detalhar a estratégia global em componentes intermediários, que representem soluções para aspectos parciais, porém, essenciais
do problema;
Estabelecer uma ordem de prioridade para os componentes parciais em função de sua contribuição para o enfrentamento do
problema;
Estimar os recursos necessários para solução de cada aspecto parcial;

Comparar os recursos necessários com os meios disponíveis;

Selecionar os componentes parciais prioritários compatíveis com os recursos disponíveis;

Identificar alternativas de projetos capazes de levar a cabo os componentes parciais selecionados.

(https://www.nescon.medicina.ufmg.br/biblioteca/imagem/2154.pdf) 37
Análise dos Objetivos
Cada alternativa de solução que se resolva considerar,
deverá ser detalhada em grau suficiente para que
possa ser analisada e julgada, ou seja, para que se
possa fazer a escolha da mais adequada.
O nível desse detalhamento inicial vai depender do
tipo de projeto, mas deverá incluir uma breve
descrição da metodologia a ser empregada, uma
estimativa do número de pessoas que serão
beneficiadas, do volume de produtos ou serviços que
serão gerados, os custos envolvidos e o horizonte
temporal de realização do projeto.

(https://www.nescon.medicina.ufmg.br/biblioteca/imagem/2154.pdf) 38
Análise dos Objetivos
Critérios para os limites da atuação do projeto

capacidade recursos vantagens interesse da


institucional disponíveis comparativas comunidade riscos

Análise de Viabilidade

(https://www.nescon.medicina.ufmg.br/biblioteca/imagem/2154.pdf) 39
Ciclo de vida de um Projeto Social
Fase da
identificação

Fase de Fase da
replanejamento elaboração

Fase da Fase da
avaliação aprovação

Fase de
implementação

(MACIEL, 2015) 40
Ciclo de vida de um Projeto Social
Fase da elaboração

Armani (2004) define como constituintes dessa fase: a


formulação do objetivo do projeto, a proposição dos
resultados imediatos, a indicação das atividades e ações, a
análise lógica da intervenção, a identificação dos fatores de
risco, a definição dos indicadores, seus meios de verificação
e procedimentos de monitoramento e avaliação, a análise
da sustentação lógica do projeto, a montagem do plano
operacional, a determinação dos custos e da viabilidade
financeira e, por fim, sua redação.

(MACIEL, 2015) 41
Escrevendo o Projeto Social
O documento escrito do •• Simplicidade e clareza na apresentação.
projeto é a •• Disposição gráfica que permita fácil visualização.
sistematização, a •• Ilustrações simples e claras.
concretização de todo o •• Objetividade e exatidão na transmissão das informações,
processo de nas terminologias e definições técnicas.
planejamento e um •• Descrição adequada de cada operação.
instrumento poderoso na •• Descrição exaustiva e abrangente de todos os aspectos que
captação de recursos, a envolvem a questão a que se destina.
qual, se não é o fim de •• Coerência e compatibilidade em todas as suas etapas e na
nossa ação, é condição sua relação com os demais níveis da programação.
necessária para a sua •• Relação visível entre suas fases ou etapas, com o alcance
viabilização. (CURY, dos resultados e dos objetivos preestabelecidos dentro do
2001 ,p. 49) organograma previsto.

(MACIEL, 2015) 42
Itens de um Projeto Social

(STEPHANOU, 2003) 43
Itens de um Projeto Social

(STEPHANOU, 2003) 44
Itens de um Projeto Social
Capa
Nome da Entidade

Título do Projeto
Subtítulo

Data

(STEPHANOU, 2003) 45
Itens de um Projeto Social
Apresentação da Organização

(STEPHANOU, 2003) 46
Ciclo de vida de um Projeto Social
Fase da aprovação

Considerando que a busca pelos recursos é o que permitirá


a execução do projeto, deve, portanto, acontecer desde seu
início, sendo aquela fase em que se têm aprovados e
garantidos os recursos para sua implementação.
Com uma proposta redigida, fica mais fácil estabelecer contatos e
articular parcerias ou apoios. Mesmo que ainda existam pontos
obscuros ou ideias imprecisas, qualquer interlocutor sempre terá
mais segurança em apoiar o projeto se conseguir visualizá-lo no
papel. Por isso, o esforço para a articulação de um projeto ocorre
após sua formulação. Na maioria das vezes, as articulações
implicarão em mudanças no que já havia sido escrito. E isso é
muito positivo. (STEPHANOU, 2003, p. 41).

(MACIEL, 2015) 47
Ciclo de vida de um Projeto Social
Fase de implementação

É a fase mais complexa de todo o ciclo, pois este é o momento do desenvolvimento das
atividades e da utilização dos recursos, tendo como alvo o alcance dos resultados e objetivos
estipulados. Na realidade, a implementação do projeto é um processo constante de pensar e
repensar as ações, resultados e indicadores que se pretende alcançar. Significa estabelecer
processos de monitoramento e avaliação, bem como um contínuo esforço de articulação e
mobilização de recursos em torno dos objetivos do projeto.

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(MACIEL, 2015) 48
Ciclo de vida de um Projeto Social
Fase da avaliação

Corresponde ao momento em que se questionam os


resultados e os impactos de todos os esforços e recursos
envolvidos. Diferente da avaliação contínua, que acontece
ao longo da implementação, essa acontece em espaços
maiores de tempo, normalmente em períodos marcantes ao
longo do projeto, como, por exemplo, ao final de cada ano.
Dessa forma, a conclusão de um projeto pressupõe uma
avaliação final seguida pela elaboração de relatórios, que
apontem os resultados e ou impactos alcançados com suas
ações.

(MACIEL, 2015) 49
Ciclo de vida de um Projeto Social
Fase da replanejamento

Tendo como base as conclusões da avaliação, no


replanejamento buscam-se rever objetivos, resultados,
premissas, fatores de risco. Enfim, é a hora de planejar
novamente a partir do aprendizado adquirido até então.

De acordo com Stephanou (2003), a conclusão de um


projeto nem sempre é o seu fim, pois podem surgir outras
ideias ou desafios que acabem gerando novos projetos, que,
por sua vez, podem ser replicados em outros lugares, e
assim o ciclo se retroalimenta.

(MACIEL, 2015) 50
Referências Bibliográficas
📖Elaboração de Projetos sociais - FLACSO/FORGEP
(http://flacso.org.br/files/2016/08/forgep_elaboracaodeprojeto
.pdf)
📖Elaboração de Projetos Sociais - Fundação BUNGE
(https://craspsicologia.files.wordpress.com/2013/04/cadervolu
nt4_projetos.pdf)
📖Guia para elaboração de projetos sociais - STEPHANOU,
2003.(https://aplicacoes.mds.gov.br/sagirmps/ferramentas/do
cs/guia-para-elaboracao-de-projetos-sociais.pdf).
📖Projetos Sociais - MACIEL, 2015
(https://www.uaberta.unisul.br/repositorio/recurso/14690/pdf
/projetos_sociais.pdf).
51
Referências Bibliográficas
📖Cartilha de elaboração de projetos para captação de
recursos(http://www.fiepr.org.br/nospodemosparana/upl
oadAddress/Cartilha_ODM_Alteracoes_Curvas_Final[334
75].pdf).
📖Elaboração de Projetos Sociais - SILVA,2015
(https://cpee.unifesspa.edu.br/images/Anais_IICpee/Ivoni
lce_Brelaz_da_Silva.pdf).
📖 O Planejamento de Projetos Sociais: dicas, técnicas e
metodologias(https://www.nescon.medicina.ufmg.br/bibl
ioteca/imagem/2154.pdf)
📖Pequeno Manual para Elaboração de Projetos
(https://www.fernandosantiago.com.br/projeto_modelo.p
df) 52
Créditos

Ilustrações
Unsplash
Pixabay

Templates apresentação
SlidesCarnival
NealCreative

53
Obrigada
izabela.lima@ifce.edu.br

O que você tem feito para impactar positivamente o mundo?

54

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