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MUSICALIZAÇÃO INFANTIL

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Sumário

Introdução ........................................................................................................ 3

O desenvolvimento infantil e sua apropriação através da música ................... 5

Musicalizar na escola ...................................................................................... 7

Musicalidade como meio de integração......................................................... 10

Benefícios trazidos pela musicalização infantil .......................................... 12


Foco ....................................................................................................... 12

Criatividade............................................................................................. 12

Bagagem cultural.................................................................................... 13

Leitura e memória ................................................................................... 13

Desenvolvimento linguístico ................................................................... 13

Expressão corporal ................................................................................. 14

Coordenação motora .............................................................................. 14

Aplicação da aula ....................................................................................... 14


Tipos de atividades................................................................................. 15

Exemplos de atividades .......................................................................... 17

REFERÊNCIAS ............................................................................................. 23

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NOSSA HISTÓRIA

A nossa história inicia com a realização do sonho de um grupo de empresários,


em atender à crescente demanda de alunos para cursos de Graduação e Pós-
Graduação. Com isso foi criado a nossa instituição, como entidade oferecendo
serviços educacionais em nível superior.

A instituição tem por objetivo formar diplomados nas diferentes áreas de


conhecimento, aptos para a inserção em setores profissionais e para a participação
no desenvolvimento da sociedade brasileira, e colaborar na sua formação contínua.
Além de promover a divulgação de conhecimentos culturais, científicos e técnicos que
constituem patrimônio da humanidade e comunicar o saber através do ensino, de
publicação ou outras normas de comunicação.

A nossa missão é oferecer qualidade em conhecimento e cultura de forma


confiável e eficiente para que o aluno tenha oportunidade de construir uma base
profissional e ética. Dessa forma, conquistando o espaço de uma das instituições
modelo no país na oferta de cursos, primando sempre pela inovação tecnológica,
excelência no atendimento e valor do serviço oferecido.

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Musicalização Infantil

Introdução

A Musicalização Infantil é um poderoso instrumento de educação. Desenvolve


na criança a sensibilidade musical, a concentração, a coordenação motora, a
sociabilização, a acuidade auditiva, o respeito a si próprio e ao grupo, a destreza do
raciocínio, a disciplina pessoal, o equilíbrio emocional dentre outras qualidades que
colaboram na formação do indivíduo.

Até mesmo antes de nascer, no útero materno, uma criança já toma contato
com elementos fundamentais da música como o ritmo, através das vibrações e
pulsações do coração da mãe.

Ao nascer, a relação de uma criança com a música é imediata, através do


acalanto da mãe e também através de objetos sonoros da casa e do mundo que a
cerca.

Antes de começar a falar, um bebê canta, experimenta sons produzidos com a


boca. Quando dá os seus primeiros passos até o ponto de poder ficar em pé, o ritmo
de uma música o leva acompanhar com o corpo os movimentos cadenciados. E é a

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partir dessa relação entre o gesto e o som que uma criança, ouvindo, cantando,
imitando, dançando, constrói o seu conhecimento musical.

Musicalizar uma criança nada mais é do que despertar nela à sua expressão
espontânea. É sensibilizar e desenvolver aquilo que ela já é capaz de fazer, e aos
poucos ir organizando as informações.

Brincar, indiscutivelmente, é uma grande atração para uma criança. É sempre


um momento sério, onde a brincadeira é uma tarefa muito importante. Musicalizar
Brincando é um processo que completa o desenvolvimento da criança, que vai de
encontro com seus interesses e proporciona benefícios que ela própria não consegue
avaliar, mas sentir.

Musicalizar, atualmente, é uma diversão, e através desta vivência sonora,


rítmica realizadas através de jogos e brincadeiras, que o aprendizado musical chega
as crianças. Foi-se o tempo em que uma aula de música era cansativa para as
crianças, onde os símbolos musicais apareciam como estranhos desenhos e nada
representavam para elas.

Através da Musicalização Infantil atual, estes mesmos símbolos vão fazendo


parte da vida da criança, de uma maneira muito simples, alegre e agradável.

Musicalizar brincando é uma maneira inovadora de ensinar música para as


crianças, que tem sua à disposição jogos interativos e interessantes que estarão
sendo utilizados de forma prazerosa e consistente no próprio processo.

O objetivo principal da Musicalização Infantil é fazer com que a criança tenha


um contato bem elaborado e estruturado com a música.

A partir deste contato qualificado, a criança inicia um processo de percepção,


tornando-se sensível à música, e ampliando o seu universo sonoro. O resultado de
todo este processo é o desenvolvimento da musicalidade.

A musicalização tem um papel fundamental na educação Infantil, onde as


crianças tem a oportunidade de conceber um alicerce para que futuramente possam
aprendam a tocar algum instrumento musical.

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O desenvolvimento infantil e sua apropriação através
da música

De acordo com os documentos do Referencial Curricular para a Educação


Infantil (RCNEI):

A música está presente em acontecimentos diferenciados: existem músicas


infantis, músicas religiosas, músicas para dançar, música instrumental, vocal, erudita
e popular, músicas cívicas. Se houver comparações de dois tipos de música distintos,
será válido constatar que existe uma grande mudança no que diz respeito a
organização do material sonoro, na variação dos instrumentos musicais presentes,
na forma e no material como são construídos esses instrumentos.

Quando analisado somente a utilização da voz no canto, constata-se


alterações de timbre e também de como ela é empregada em músicas distintas. Para
Sekeff (2007):

Dessa maneira verifica-se que tamanha diversidade cultural no fazer musical


identifica as mudanças que ocorreram na organização do som e do material sonoro
utilizados na confecção musical. Tais transformações acompanham a evolução da
humanidade no que se refere às transformações trazidas pelo avanço tecnológico e
também pelas características ideológicas que seguem o ser humano nos diversos
períodos da história.

A música, independente do papel que exerce em sociedade, exibe forte atração


sobre os seres humanos, fazendo mesmo que de forma inconsciente que nos
relacionemos ligados a ela, muitas vezes quando se ouve, tão logo torna-se possível

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a familiaridade, movimentando o corpo ou cantarolando pequenas partes da melodia.
Assim ocorre com as crianças quando brincam ou interagem com o universo sonoro,
acabam descobrindo mesmo que de maneira simples, formas diferentes de se fazer
música. De acordo com Joly (2003):

As brincadeiras consistem em grandes e importantes meios de explorar como:


brincar com os objetos sonoros que estão ao seu alcance, experimentar as
possibilidades da sua voz e imitar o que ouve, a criança começa a classificar em
categorias e a dar significado aos sons que antes estavam isolados, agrupando-os de
forma que comecem a fazer sentido para ela.

Assim, imaginando a importância que essa experiência pode proporcionar para


a criança Maffioletti (2007) escreve que: “É isso que fará dela um ser humano capaz
de compreender os sons de sua cultura [...]” (p. 130). É por meio desse contato que
o ser humano começa a desenvolver uma identidade para a música que está a sua
volta. É por isso que ela assume significados diferenciados em cada cultura, pois
segundo Penna (2008) devido a ela ser:

As escolas podem também contribuir para que esse processo ocorra. Por isso
torna-se importante para a criança começar a se relacionar com a música ainda que
seja no ambiente escolar, pois é nessa fase que ela constrói os saberes que irá utilizar
para o resto de sua vida. Mas para isso é preciso que elas consigam compreendê-la.
Gordon (2000) ressalta que:

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Assim, para o autor é muito importante que a criança consiga compreender a
música, dessa forma ela poderá estabelecer vínculos com os gêneros e estilos que
mais tenham significado para seu aprendizado.

Musicalizar na escola

Inúmeras são as atividades que podem ser apresentadas na presença da


música no cotidiano escolar. Nos
documentos do Referencial Curricular
para a Educação Infantil (RCNEI), o
volume número 3 tem uma parte dedicada
a esse conteúdo, onde é possível verificar
a importância dada pelos mesmos ao
assunto.

Em Brasil (1998) encontra-se explicados que para a criança a vivência musical


pode proporcionar a integração de experiências que passam pela prática e pela
percepção, como por exemplo: aprender, ouvir e cantar uma canção, realizar jogos
de mão ou brincar de roda. Dessa maneira por meio do desenvolvimento e da
compreensão dessas atividades, as crianças atingem significados cada vez mais
aprimorados, visto que começam a dominar tais conteúdos permitindo assim a elas
uma transformação e uma recriação dos mesmos.

Os RCNEI destacam ainda uma parte importante no processo, aliando a essa


prática o movimento corporal:

Assim sendo, o corpo cria um aliado no processo de ensino aprendizagem


musical, que proporciona por meio dos diferentes movimentos, inúmeras
oportunidades para o aprendizado. Por meio desse recurso é possível desenvolver

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atividades que envolvam a percepção e interiorização do ritmo, intensidade e altura,
trabalhar com a forma musical e também desenvolver a expressividade das crianças.

De acordo com Brasil (1998), o trabalho com musicalidade poderá proporcionar


a ampliação e o enriquecimento de saberes relacionados à produção da área, além
de ampliar o repertório das crianças. Por meio da escuta e de conversas podem ser
cogitados aspectos referentes à diversidade de instrumentos musicais existentes e
suas maneiras de produção de som e também as diferentes possibilidades de
combiná-los resultando em diversas formações instrumentais. Além disso, podem
serem discutidas as diferentes formas de como a voz é utilizada, suas possibilidades,
classificação e diferentes formações onde são empregadas.

A diversidade de estilos e gêneros musicais existentes no mundo, é outro ponto


que pode e deve ser desenvolvido. Dessa maneira a criança passa a ter contato com
obras não só de seu país, mas também de outras localidades resultando com que o
mesmo consiga fazer comparações entre produções de diferentes épocas e lugares.

O mesmo pode ainda verificar como cada grupo social constrói sua música e
identifica diferenças entre os instrumentos utilizados, a organização do som, a forma
musical entre outros. A forma como se utiliza a musicalidade pode ser extremamente
diversificada no ambiente escolar, e assim torna-se possível verificar que a prática
musical é apenas uma possibilidade dentre várias. Por meio da música expressa-se
as ideias e sentimentos, compreende-se valores e significados culturais presentes na
sociedade ou no grupo onde ela foi criada.

Por meio do movimento e da dança há a interação corporal com a mesma,


admirando sua beleza ao escutar com atenção uma obra musical. As emoções são
reveladas a e transmitidas ao interpretar uma peça tocando um instrumento ou
cantando. Os pensamentos podem ser comunicados por meio da composição, o
aspecto cognitivo é apresentado e construído através de uma obra.

Dessa forma, compreende-se que a maneira como alguém se apropria de uma


determinada obra simplesmente pelo fato do prazer do ouvir é diferente da forma
como uma outra utiliza os elementos sonoros para fazer uma composição.

O ensino de música nas escolas especialmente na Educação Infantil, contribui


não só para a formação musical dos alunos, mas principalmente como uma

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ferramenta eficiente de transformação social, em que o ambiente de ensino e
aprendizagem pode proporcionar o respeito, a amizade, a cooperação e a reflexão
tão importantes e necessárias para a formação humana.

Na escola, o ensino com a musicalidade não tem a intenção de formar o músico


profissional, assim como o ensino das ciências não visa à formação de cientistas.
Para as educadoras musicais Hentschke e Del Ben (2003) as funções que a música
proporciona no vasto contexto escolar são:

Nas aulas de música em grupo são trabalhados aspectos como, por exemplo,
o respeito pelos colegas, a cooperação que as atividades realizadas em coletivo
exigem e a união da turma na busca de alcançar objetivos que sejam comuns a todos,
como por exemplo, cantar e dançar em roda ao mesmo tempo.

Dessa maneira, a ideia de que este conteúdo específico deve ter seu lugar
reservado nas grades curriculares escolares, sairá fortalecido e desmistificado. Todas
essas características que a linguagem musical pode proporcionar através da aula de
música justificam a sua presença na educação infantil.

Para Guilherme (2006) isso deve-se ao fato de que: “A música é um dos


estímulos mais potentes para ativar os circuitos do cérebro na infância. Os estudos
atuais apontam que a janela de oportunidade musical, ou a inteligência musical, abre-
se aos 3 anos e começa a se fechar aos 10 anos” (p. 158). Assim sendo, nessa faixa
etária as intervenções musicais tornam-se o momento ideal para que ocorram os
primeiros estudos por meio do processo de musicalização com as crianças.

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Musicalidade como meio de integração

O canto é uma atividade que exige controle e uso total da respiração,


proporcionando relaxamento e energização. Fregtman apud Gregori (1997 p. 89)
comenta que: “O canto desenvolve a respiração, aumenta a proporção de oxigênio
que rega o cérebro e, portanto, modifica a consciência do emissor”. Assim, praticar
relaxamento traz muitos benefícios, que contribuem e auxiliam para a saúde física e
mental.

De acordo
com Barreto e Silva (2004, p. 64): “O relaxamento propicia o controle da mente e o
uso da imaginação, dá descanso, ensina a eliminar as tensões e leva à expansão da
nossa mente”. Assim como as atividades de musicalização, a prática do canto
também oferece benefícios para a as intervenções e práticas da aprendizagem, por
isso poderia ser mais explorada na escola.

Bréscia (2003) afirma que cantar pode ser um excelente companheiro de


aprendizagem, contribui com a socialização, na aprendizagem de conceitos e
descoberta do mundo. Tanto no ensino das disciplinas quanto nos intervalos, cantar
pode ser um veículo de compreensão, memorização ou expressão das emoções. O
relaxamento propiciado pela atividade de cantar contribui ainda com a aprendizagem.

Barreto (2000, p. 109) observa que: “O relaxamento depende da concentração


e por isso só já possui um grande alcance na educação de crianças dispersivas, na
reeducação de crianças ditas hiperativas e na terapia de pessoas ansiosas”. Assim,

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as crianças com problemas de adaptação geralmente apresentam respiração curta e
pela boca, o que dificulta a atenção concentrada, já que esta depende do controle
respiratório.

As atividades relacionadas à música oferecem estímulo para crianças com


dificuldades de aprendizagem e contribuem para a inclusão de crianças portadoras
de necessidades especiais. As atividades com a musicalidade, por exemplo,
oferecem como estímulo a realização e o controle de movimentos específicos, e
contribuem na organização do pensamento, nas atividades em grupo que favorecem
a cooperação e a comunicação.

Além disso, a criança envolve-se numa atividade cujo objetivo é ela mesma,
em que o importante é o fazer, participar, não existindo cobrança de rendimento, sua
forma de expressão é respeitada, sua ação é valorizada, e através do sentimento de
realização ela desenvolve a autoestima. Sadie apud Bréscia (2003, p.50) afirma que:

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Benefícios trazidos pela musicalização infantil

Além de apurar as percepções sensíveis e individuais, o contato com a


musicalidade pode trazer outros ganhos. Separamos, logo abaixo, alguns deles:

Foco

Pode parecer estranho falar em foco quando imaginamos os pequenos


dançando e se divertindo aos montes com uma música ligada no mais alto som.
Conforme se educam musicalmente, porém, eles tendem a parar o que estão fazendo
para se dedicar a sentir o som. Aos poucos, isso se estenderá para outras atividades
e é aí que a magia acontece, porque se tornarão mais centrados.

Criatividade

Ao melhorar o raciocínio e a concentração, fica evidente que a sonoridade pode


deixar os pequeninos mais criativos, porque eles direcionarão o pensamento
produtivo para criar novas coisas.

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Raciocinar melhor também deixa o terreno fértil para que se sintam mais livres:
eles vão ousar e explorar campos até então ocultos de suas capacidades criativas.

Bagagem cultural

Como um produto artístico tem suas bases alinhadas a determinadas culturas,


lidar com diferentes elementos também se mostra como um belo atrativo. Escutar a
música erudita produzida na Itália dos anos 30 e depois ouvir um disco dos Beatles
certamente causará um espanto positivo nos alunos.
De uma forma íntima e natural, eles entenderão que ambas as coisas são
trabalhos musicais associados a contextos muito distintos. E, apesar das distâncias
entre uma coisa e outra, compreenderão que é possível cultivar o apreço por ambas
as obras e que elas coexistem no mundo, assim como as outras diferenças.
Desta maneira, surge o respeito do jovem por um gosto que não é igual ao seu.

Leitura e memória

Segundo a pesquisadora Nina Kraus, da Northwestern University, a audição


faz com que os jovens leiam melhor.
Em uma pesquisa de mais de duas décadas, ela chegou à conclusão de que
escutar músicas e prestar atenção aos timbres e tons melhora o desempenho
acadêmico e ainda ajuda na memorização.

Desenvolvimento linguístico

Quando cantamos algo, a tendência é criar um laço com as palavras que estão
presentes na letra.
O mesmo vale para os pequenos — se estiverem em fase de alfabetização,
melhor ainda. Eles desenvolverão a habilidade de pronunciar fonemas e memorizar
as divisões silábicas por conta dos ritmos.

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Em relação a este benefício, especificamente, vale mostrar para as classes o
duo brasileiro Palavra Cantada.

Expressão corporal

Os estímulos recebidos por meio dos sons e do ritmo de cada canção leva a
criançada a se soltar e dançar bastante. O gesto contribui imensamente para que o
corpo forme um repertório de expressões e movimentos.
Assim como se dá no teatro, as consequências da expressividade corpórea
são transmitidas de fora para dentro, fazendo com que os tímidos interajam mais e
busquem pela socialização com os colegas.

Coordenação motora

Quando induzimos a criança a segurar um instrumento ou estimulamos para


que ela tente tocá-lo, as habilidades motoras finas são automaticamente trabalhadas.
Bater palmas ou inventar alguns passos também auxilia muito no aprimoramento das
diferentes coordenações.

Aplicação da aula

A primeira coisa a ser feita é conhecer a realidade de sua própria escola e


alunos. Esses detalhes influenciarão a abordagem, os temas a serem
trabalhados, a linguagem a ser utilizada. Entretanto, algumas características serão
as mesmas em todas as realidades encontradas. Vamos abordar então estas
características em comum.

Na pré-escola normalmente trabalha-se com crianças de 02 a 6 anos.


Nesta idade as aulas devem ser curtas - em torno de 20 minutos, para que se
possa manter o interesse e a atenção dos alunos. Dentro dos 20 minutos de
aula, é interessante utilizar atividades curtas encadeadas umas às outras, para

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não entediar as crianças. Quando se fala em atividades, o que realmente
funciona são brincadeiras, uma forma lúdica das crianças interagirem com a
música. Pode-se utilizar instrumentos como chocalhos, pandeirinhos,
instrumentos infantis de percussão para que as crianças possam trabalhar
noções como ritmo, percepção, etc.

É interessante possuir uma música de abertura e uma música de finalização,


para delimitar o espaço de tempo da aula. Este recurso ajudará às crianças a
desenvolverem a noção de tempo.

Canto de Entrada: é o canto que acolhe e saúda as crianças. O canto de


entrada avisa que a aula vai começar.

Canto de despedida: tão importante quanto o canto de entrada, avisa que a


aula acabou . Todos podem recolher suas coisas, seus instrumentos, ajudar a
arrumar a sala, dar um beijo e se despedir.

Tipos de atividades

Vivências Sonoras: A aula de música para crianças envolvem atividades de


apreciação musical, desenvolvendo a percepção e musicalidade. Estas
atividades podem ser divididas em músicas,jogos e brincadeiras. De uma forma
lúdica, a criança vivenciará o mundo musical e poderá aprender, através de
brincadeiras,as propriedades do som como altura (grave e agudo), duração (curto e
longo), intensidade (forte e fraco) e timbre (característica específica de cada som que
faz com que ele não seja igual ao outro, ex.: violino e flauta têm sons diferentes).
Também se inclui aqui o trabalho com andamento (rápido e devagar), células
rítmicas, forma (partes da música) etc.
Atividades de Registro: Interessante para o educador é implementar esta
atividade que é usual na educação infantil. São as famosas "folhinhas" de
atividade, com exercícios para pintar, circular, etc. As folhas de atividade devem
trabalhar e reforçar o tema apresentado na aula., servindo até como uma
forma de avaliação (não deve ser a principal).

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Atividade Livre: São dividas em Histórias, Cirandas, Brincadeiras ou
Relaxamentos:
Histórias: podem ser em livros ou em CD ou até contadas pelo professor. Não
devem ser longas e o ideal é que o professor se utilize de recursos visuais
(gravuras, fantoches etc) para prender a atenção das crianças. As histórias
podem trabalhar elementos musicais, como por ex. Cachinhos Dourados, que
trabalha a altura do som (papai urso=som grave, mamãe ursa=som médio e
filhote urso=som agudo).
Cirandas: As cantigas de roda de domínio público e musicais atuais, do
repertório infantil, de artistas como Palavra Cantada, Galinha Pintadinha, Patati
Patatá, etc. Ideais para se trabalhar, além dos elementos sonoros, a
lateralidade (direita, esquerda) das crianças, tônus muscular, noção de espaço
(frente, atrás, em cima, embaixo, no meio, dentro, fora), socialização e muito
mais.
Brincadeira ou relaxamento: Brincadeiras sugeridas pelo educador ou um
relaxamento ao fim da aula ao som de uma música agradável. (um exercício dirigido,
para não virar bagunça)...

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Exemplos de atividades

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REFERÊNCIAS

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