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PEDAGOGIA MUSICAL ATIVA PARA PROFESSORES

PROFª. MS. FLÁVIA DE ANDRADE CAMPOS SILVA


PRIMEIRO ENCONTRO
Eu me chamo Flávia e gosto da Otávia
Ela se chama Flávia e gosta da Otávia
Música é...
MÚSICA É...

 Música: “ é uma linguagem que se traduz em formas sonoras capazes de expressar e comunicar
sensações, sentimentos e pensamentos, por meio da organização e relacionamento expressivo entre o
som e silêncio.” (RCNEI, 1998, p.45)

 “A música é uma linguagem artística, culturalmente construída, que tem como material básico o som”
(Penna, 2010, p.24)

 “A música é uma organização de sons e silêncios, o silêncio dentro da música é também música.
(Cava, 2014, p.93)
MUSICALIZAÇÃO

 Musicalização: “Ato ou processo de musicalizar” (Penna

2010, p.30)

 Musicalizar é: “[...] desenvolver os instrumentos de


percepção necessários para que o indivíduo possa ser
sensível à música, aprendê-la, recebendo o material
sonoro/musical como significativo. Pois nada é significativo
no vazio, mas apenas quando relacionado e articulado ao
quadro das experiências acumuladas, quando compatível
com os esquemas de percepção desenvolvidas.” (Penna
2008, p.31)
MUSICALIZAÇÃO

• O objetivo específico da educação musical é


musicalizar, ou seja, tornar o indivíduo sensível e
receptivo ao fenômeno sonoro...” (GAINZA, 1988).

• Momentos de vivência e reflexão, buscando a


sensibilidade, o desenvolvimento nas atividades
musicais, compreensão da música, socialização,
desenvolvimento motor e cognitivo.
MUSICALIZAÇÃO

• É ensinar as crianças a compreenderem o universo


musical em que estão inseridas (Madalozzo e Madalozzo)

• Musicalização é uma metodologia de trabalho que pode


ser aplicada em qualquer nível de ensino, formal ou não
formal

• É um processo de formação

• Recebe estímulos

• Produzir respostas

• Maneira lúdica
OLHANDO A HISTÓRIA

 Educação Musical no Brasil, desde quando?


LINHA DO TEMPO (FONTERRADA, 2008)
 Jesuítas – 1º educadores do país (trouxeram valores e práticas que iriam exercer influência na

educação do Brasil

 (1) rigor metodológico; (2) Imposição da cultura lusitana (desconsiderava a cultura e os valores locais)

 Período Colonial: a Educação Musical estava vinculada à Igreja. Repertórios europeus. Ensino através

da prática musical e pelo canto.

 1808: Vinda da família real – a música se estendeu aos teatros

 1854: Instituiu-se o ensino da música nas escolas públicas brasileiras – o decreto ditava que o ensino

deveria se processar em dois níveis: noções de música e exercícios de canto.


LINHA DO TEMPO (FONTERRADA, 2008)

 Século XX: O ensino de música não deveria ser restringido

apenas para alguns talentosos, mas ser acessível a todos,


contribuindo para a formação integral do ser humano

 Canto orfeônico: ênfase no incentivo à experiência musical.

Número impressionante de estudantes que lotavam estádios


de futebol para cantar, em conjunto, música brasileira.

 Desvinculação da aula de música do ensino de instrumento, o

incentivo à prática musical, o uso do corpo e a ênfase no


desenvolvimento da percepção auditiva
LEI DE DIRETRIZES E BASES DA EDUCAÇÃO NACIONAL:
5.692/71

 Art. 7º ”Será obrigatória a inclusão de Educação Moral

e Cívica, Educação Física, Educação Artística e


Programas de Saúde nos currículos plenos dos
estabelecimentos de lº e 2º graus”

 Formação polivalente (música, teatro, artes plásticas e

desenho)

 Ausência de professores para a disciplina (Lic. Curta/

Lic. Plena)
LEI DE DIRETRIZES E BASES DA EDUCAÇÃO NACIONAL:
9.394/96

 Art. 26“O ensino da arte constituirá componente curricular

obrigatório, nos diversos níveis da educação básica, de


forma a promover o desenvolvimento cultural dos alunos” 

 “Estabelecer, em colaboração com os Estados, o Distrito

Federal e os municípios, competências e diretrizes para a


educação infantil, o ensino fundamental e o ensino médio,
que nortearão os currículos e seus conteúdos mínimos, de
modo a assegurar formação básica comum” (Art. 9º, inciso
IV)
PCN E RCNEI

 Resgate da visão do que se pretende com o ensino da arte

na escola

 Orientação para a ação pedagógica

 Volumes dedicados às áreas de conhecimento – Arte

(Artes visuais, música, teatro e dança)

 Professor de classe e professor específico


LEI 11.769/08

 Movimentos, debates e mobilizações de entidades, músicos e

educadores musicais – alteração da LDB

 Art.26 da LDB: “A música deverá ser conteúdo


obrigatório, mas não exclusivo, do componente curricular”

 Fortalecimento dos cursos de licenciatura (FONTERRADA,

2008)

 Professores de música na escola – evasão (TORTELLA e

FORNER, 2018)
BASE NACIONAL COMUM CURRICULAR (BNCC)

 Plano Nacional de Educação – construção de uma Base

Nacional Curricular Comum (2015)

 Orientar a construção do currículo da Educação Básica das

escolas brasileiras

 Representa todas as regiões do Brasil

 Direito de aprendizagem para todos

 Melhorias no sistema
PARTICULARIDADES DA MÚSICA

 Particularidades da linguagens artísticas

 Evita uma concepção conteudista. A música deve ter como principal objetivo “formar o sujeito

autônomo diante do mundo sonoro e musical no qual vive” (ROMANELLI, 2014, p.66)

 Exploração do som e dos materiais sonoros

“A ampliação e a produção dos conhecimentos musicais passam pela percepção, pela experimentação,
pela reprodução, pela manipulação e pela criação de materiais sonoro diversos” (BRASIL, 2016,
p.116)

 Ênfase com as relações com o meio e a cultura


ANOS INICIAIS
EXEMPLO DE DANÇAS

 Dança Brasileira: A dança do Carimbó (Pará)


 Dança Israelense: Zemer Atik
 Dança Chilena: Taco y punta
REGISTRO MUSICAL NÃO CONVENCIONAL
REGISTRO MUSICAL NÃO CONVENCIONAL
CLAPPING MUSIC (STEVE REICH)

HTTPS://WWW.YOUTUBE.COM/WATCH?V=LZKOFJ
NOSSO CAMINHO É...

 Desenhar o trajeto (casa para escola, casa para cinema,

casa para praça...) colocando todos os elementos sonoros


que vocês encontram pelo caminho
REGISTRO MUSICAL CONVENCIONAL

* Leitura rítmica no quadro


(MATERIALIDADES) EXPLORAÇÃO DE FONTES SONORAS

 Que som
 Tum pá (pé no chão)
 Blues dos mosquitos
 Cânone rítmico
Cânone rítmico
PROPRIEDADES DO SOM - ALTURA

 Altura: som grave, médio e agudo

 Escala musical no corpo

 Dorme a cidade (Chico Buarque – Os saltimbancos)

https://www.youtube.com/watch?v=yzfANHV3hdE

 Preste muita atenção

 O elefante queria voar


PROPRIEDADES DO SOM - ALTURA
PROPRIEDADES DO SOM - ALTURA
PROPRIEDADES DO SOM - DURAÇÃO

 Duração: curto e longo

 Escala musical (Stacato e legato)

 Poc da pipoca

 Jacaré poiô (Andamento)


PULSO

• Pulso: batida
• Série de pulsações repetidas de forma
constante que dividem o tempo em
fragmentos idênticos.
• É regular, mas pode ser alterado dentro
de uma canção

Exemplos:
(1) Kalinka
(2) Break mixer
RITMO

 As nota tem diferentes duração - pode ser longa ou curta.

 Podemos organizar essas diferentes durações dentro da música. Cada nota tem uma duração,
incluindo a pausa (ausência de som). Essas diferentes durações de sons mais longos e curtos é o
ritmo. Organização das diferentes organizações sonoras dentro da música.

 Ex. (1) Atirei o pau no gato (apenas o ritmo)

(2) Carnaval de Arequipa


(3) Schott
PROPRIEDADES DO SOM - INTENSIDADE

 Intensidade: Dinâmica (forte e fraco)

 Ex. (1) Kahawit tha (EUA)

 Ex. (2)Tarantela (bola)


PROPRIEDADES DO SOM - TIMBRE

 Timbre: característica de cada som

 Percepção dos animais (cartinhas ou


fantoches)

 Jogo mistureba

 Percepção dos instrumentos musicais


(Ucrânia)

 Loja do Mestre André

 Jogo de percepção (percussão)


JOGO MISTUREBA
 Encontre no caça-palavras 8 elementos sonoros
JOGO MISTUREBA
 Encontre no caça-palavras 8 elementos sonoros
Flauta doce
Violino

Bandolim Clarinete
INSTRUMENTOS DE PERCUSSÃO
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MÉTODOS ATIVOS EM EDUCAÇÃO MUSICAL

 Início do século XX – novas formas de pensar o ensino musical

 Todo ser humano é capaz de se desenvolver musicalmente a partir de metodologias adequadas


(FIGUEIREDO, 2012)
 O aluno participa ativamente dos processos musicais desenvolvidos em sala de aula, processos esses
que oportunizam o contato com várias dimensões do fazer musical

 abordagens ou propostas de atividades

 Não são fórmulas ou receitas (MATEIRO & ILARI, 2012)


AUDIÇÃO MUSICAL ATIVA (WUYTACK)

 Audição musical ativa: desenvolvida por Wuytack a partir de um estudo de vários anos com crianças e

professores;

 Ouvir música de forma ativa e não passiva

 As crianças devem estar envolvidas na música, fisicamente e mentalmente, ouvem e compreendem o que está a

passar na música, para podem apreciá-la

 Ideia central: Utilização de esquemas gráficos – Musicogramas e preparação dos indivíduos para a audição da

peça musical por meio de atividades que envolvam o corpo, a percussão corporal, o gesto e os instrumentos Orff
(BOURSCHEDT, 2008)
SUÍTE “O QUEBRA-NOZES”. MARCHA (TCHAIKOVSKY)
CONTRADANÇA HOW CAN I (JOHN PLAYFORD)
PLANEJAMENTO EM MÚSICA

 Três aspectos importantes: Estrutura da aula: início – meio - fim

 Conteúdos variados: atividades diferentes, exploração de novos repertórios, modos do fazer musical

 Controle de andamento (ritmo) das atividades


PRÁTICA PEDAGÓGICA EM MÚSICA
• Uma possibilidade de estrutura básica de planejamento em musicalização
AVALIAÇÃO

 Importância de fugir da ideia de que não é possível avaliar em arte, e pensar sempre em aspectos
objetivos como critérios de avaliação

 Considerar a avaliação da prática pedagógica como: diagnóstico, como parte do processo, e como
elemento certificador

 Verificar a atuação das crianças e suas habilidades musicais

 Analisar os recursos bibliográficos


SONORIZAÇÃO
 Sonorizar a animação de uma receita de bolo

1. Pote deslizando
2. Manteiga
3. Chocolate
4. Água e banho Maria
5. Açúcar
6. Ovos 
7. Mistura da receita:
8. Amêndoas
9. Casca de laranja https://www.youtube.com/watch?v=ehlpx5d59gI

10. Bolo na forma


11. Receita pronta
ATIVIDADES MUSICAIS

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