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Maceió-Al
2019/2
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Maceió-Al
2019/2
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SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ................................................................................................ 8
1.1 Considerações iniciais............................................................................... 8
1.2 OBJETIVOS ............................................................................................... 10
2 METODOLOGIA ........................................................................................... 11
2.1 Revisão de Literatura ............................................................................... 11
2.2 Revisão de literatura sobre dosagens de argamassas ......................... 11
2.3 Estudo experimental ................................................................................ 11
2.4 Análise e determinação dos processos de beneficiamento ................. 11
2.5 Caracterização dos materiais .................................................................. 11
2.6 Produção das argamassas ...................................................................... 11
2.7 Determinação das composições das argamassas ................................ 12
3 REVISÃO DE LITERATURA ........................................................................ 13
3.4 Impactos Ambientais das Argamassas .................................................. 19
3.5 Argamassas com Resíduos de Polímeros ............................................. 20
4 MATERIAIS E MÉTODOS ............................................................................ 22
4.1 Aglomerante ............................................................................................. 22
4.2 Agregado miúdo natural .......................................................................... 22
4.2.1 Agregados miúdos reciclados ............................................................. 22
4.3 Água .......................................................................................................... 23
5 ENSAIOS REALIZADOS NOS AGREGADOS RECICLADOS .................... 24
5.1 Determinação da composição granulométrica ...................................... 24
5.2 Massa específica e absorção .................................................................. 24
6 DETERMINAÇÃO DA PRODUÇÃO DAS ARGAMASSAS .......................... 25
6.1 Beneficiamento dos materiais poliméricos ............................................ 25
7 CARACTERIZAÇÃO DOS MATERIAIS ....................................................... 26
7.1 Agregado miúdo natural .......................................................................... 26
7.2 Agregados poliméricos............................................................................ 27
8 PRODUÇÃO DAS ARGAMASSAS .............................................................. 28
9 PROCEDIMENTOS PARA A PRODUÇÃO DE ARGAMASSAS ................. 29
10 RESULTADOS ............................................................................................ 30
10.1 Estado fresco.......................................................................................... 30
10.2 Estado endurecido ................................................................................. 32
12. CONCLUSÕES .......................................................................................... 34
REFERÊNCIAS ................................................................................................ 35
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AGRADECIMENTOS
Agradeço inicialmente a Deus pela presença constante em minha vida, por ter
me dado forças para alcançar esta vitória.
À minha família, em especial à minha mãe Judith, ao meu pai Alexandre, ao meu
irmão Pedro e especialmente à minha avó Janice Soares, que me deu total apoio
em todas as decisões de minha vida.
Aos amigos/irmãos da Comunidade dos Viventes, que me deram grande
incentivo moral e espiritual, para enfrentar e concluir essa graduação.
Aos amigos de graduação, por todo o carinho, companheirismo e incentivo, por
dividir alegrias e tristezas e pelo apoio nos momentos de desespero. Agradeço
por tornarem esta longa jornada mais fácil e mais alegre, da qual eu sentirei
muita falta.
Ao Professor Éverton Luiz, pela disponibilidade em me aceitar como orientando,
pelos anos de pesquisa.
Também ao professor Jessé Marques e pelo mestrando Elias Alves, pela ajuda
e encaminhamento a essa linha de pesquisa.
Aos técnicos e funcionários do Laboratório da Íris Alagoense que me auxiliaram,
ao longo da pesquisa e do presente trabalho, nos ensaios e sempre dispostos a
ajudar.
À minha namorada Larissa pelo apoio e companheirismo nessa reta final de
curso
Por fim, a todos os amigos, inclusive os aqui não citados, que contribuíram direta
ou indiretamente para a minha formação. Obrigado!
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RESUMO
A utilização de polímeros provenientes de reciclagem como agregados na produção de materiais
de construção vem crescendo gradativamente. A escolha de agregados reciclados na produção
de materiais pode trazer benefícios econômicos, devido ao menor custo na produção de
materiais com agregados reciclados, e benefícios ambientais, pois absorve parte do material que
seria destinado ao aterro, gerado em excesso, e diminui o consumo de matérias-primas. Desta
forma, cada vez mais estudos estão buscando como foco as possibilidades de aplicação de
resíduos reciclados, de modo que se analisem o potencial de cada resíduo. O presente trabalho
visa analisar as propriedades de resíduos de materiais poliméricos e aplicá-los na produção de
argamassas. Por apresentar baixa densidade, os resíduos podem apresentar características de
agregados reciclados leves. O trabalho busca então meios de obtenção de uma argamassa com
resíduos de polimeros, bem como novas tecnologias para a sua produção.
ABSTRACT
The use of recycled polymers as aggregates in the production of building materials has been
gradually increasing. The use of recycled aggregates in the production of materials can bring
economic benefits, due to the lower cost of producing recycled aggregate materials, and
environmental benefits, as it absorbs part of the material that would be destined for the landfill,
generated in excess, and reduces the consumption of raw material. Thus, more and more studies
are seeking to focus on the possibilities of using recycled waste, so that the potential of each
waste is analyzed. The present work aims to analyze the waste properties of polymeric materials
and use them in the production of mortars. Due to its low density, the waste may present
characteristics of light recycled aggregates. The work then seeks ways to obtain a mortar with
polymer residues, as well as new technologies for its production
1 INTRODUÇÃO
Do início do século passado aos dias atuais, o uso dos polímeros tem se
tornado cada vez mais frequente na sociedade. Basta um olhar ao redor para se
perceber a incrível quantidade de artefatos produzidos pelo homem, nos quais
são utilizados polímeros como matéria-prima para suas diferentes elaborações
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1.2 OBJETIVOS
Objetivo Geral:
Objetivos Específicos
2 METODOLOGIA
2.1 Revisão de Literatura
Levantamento bibliográfico de técnicas, procedimentos e métodos usados
para definição da composição do polímero e processos de beneficiamento
aplicados para obtenção de agregados reciclados para uso em materiais
cimentícios. O estudo será baseado em trabalhos técnicos desenvolvidos no
tema e normas de ensaios.
3 REVISÃO DE LITERATURA
3.1 Polímeros
Polímeros são pequenas moléculas chamadas monômeros que se associam
para formar macromoléculas (SOUZA, 2013). Estas macromoléculas se
caracterizam por seu tamanho, sua estrutura química e interações intra e
intermoleculares. Possuem unidades químicas unidas por ligações covalentes,
que se repetem ao longo da cadeia.
Eles podem ser naturais ou sintéticos. Como polímeros naturais, temos a
seda, a celulose, as fibras de algodão, entre outros. No que se refere aos
sintéticos, podemos mencionar o PP (polipropileno) e o PS (poliestireno) para
copos plásticos; o PET (polietileno tereftalato) para garrafas pet e o EPS
(poliestireno expandido) para o isopor. Os polímeros podem ser classificados
como termoplásticos (plásticos), termofixos, borrachas e fibras (SPINACÉ;
PAOLI, 2005).
A reação que forma os polímeros é chamada de polimerização. O primeiro
polímero a ser sintetizado em laboratório foi o polietileno em 1934, na Inglaterra.
No entanto, esse polímero veio a ficar conhecido, apenas, durante a Segunda
Guerra Mundial, quando foi utilizado como isolante elétrico de radares militares.
O polietileno foi sendo submetido a diversas experiências e, em 1950, Karl
Ziegler, conseguiu produzir, através da química orgânica, um polietileno mais
rígido e de alta densidade que, posteriormente, deu origem às garrafas plásticas.
Devido à sua grande resistência, esse material originou um dos primeiros
brinquedos, o bambolê.
Foi através dessa utilização que o polietileno de alta densidade surgiu no
mercado. O polietileno de baixa densidade, por sua vez, não ficou sem utilização.
Até os dias atuais, é utilizado para a produção de sacolas plásticas que servem
para guardar compras e colocar lixo (SOUZA, 2013).
Os utensílios, confeccionados a partir dos polímeros sintéticos (plásticos),
presentes em diversos segmentos industriais, contribuem de forma significativa
para o cotidiano do homem moderno. Em contrapartida, diante desse fato, há um
aumento na quantidade de resíduos despejados em nosso ambiente. Uma forma
de amenizar esse problema é a reciclagem desses produtos que, desde o século
passado, ganham cada vez mais espaço no mercado mundial.
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Fonte: ABIPLAST,2017
Fonte: JATOBÁ,2015
Por ser volumoso, quando aterrado, diminui a vida útil dos aterros,
passando até 150 anos para ser degradado. Este material está no cotidiano do
homem moderno, apresentando diversas formas de aplicação, onde podemos
destacar, por exemplo, a proteção na embalagem de mercadorias e o isolamento
térmico. Sua reciclagem é baseada num processo que se inicia com limpeza,
passando, em seguida, por um maquinário que retira o gás contido em seu
interior. O material é, então, triturado, derretido e granulado, voltando ao estado
de matéria prima (DINÂMICA AMBIENTAL, 2015).
A inviabilidade econômica do isopor representa um obstáculo para sua
reciclagem. Além de levíssimo, ele ocupa um grande espaço, fato que resulta
em baixo preço de venda. Torna-se, então, uma opção pouco viável para
catadores e cooperativas. Ainda assim, existem pontos de descarte apropriados
que aceitam recebê-lo. Este fato aponta para uma necessidade cada vez mais
imediata de conscientização do homem, em relação aos aspectos que se
referem à preservação do meio ambiente (ECYCLE, 2017).
ambiente é bastante afetado pela construção civil por ela apresentar alguns
fatores que contribuam para essa agressão, ao meio ambiente, como: a grande
extração de matéria-prima, a geração e a disposição de resíduos sólidos.
Pensando nisso, a resolução CONAMA nº 307 (2002) constitui as
diretrizes, os critérios e os procedimentos necessários para o gerenciamento dos
resíduos da construção civil de forma a diminuir os impactos ambientais gerados
por eles. Ela também é a responsável pela a classificação dos resíduos sólidos
da construção, pois como na construção existe uma grande diversidade de
materiais, esta classificação se torna necessária. Nessa classificação, os
resíduos “classe A” são aqueles que podem ser reaproveitados na própria
construção até mesmo como agregados em argamassas e também na
fabricação de concretos.
Os resíduos classe A merecem uma grande atenção, pois como eles
podem ser aproveitados, a necessidade de estudos que mostrem se eles trazem
benefícios, nas propriedades das argamassas, passam a existir. Um estudo feito
por Assunção 2007, utilizando agregado miúdo reciclado obtido através de
resíduos gerados em uma construção em Belém-PA, mostrou que a substituição
de 30% e 50% do agregado natural pelo resíduo trouxe resultados satisfatórios,
pois quando analisadas algumas propriedades das argamassas nos estados
plástico e endurecido viu-se que as argamassas compostas por resíduos
obtiveram maiores resistências em relação a uma argamassa de referência que
não possuía resíduos.
Os resíduos da construção civil estão cada vez mais sendo utilizados
como agregados tanto na produção de argamassas, como também na fabricação
de concretos e com isso vários estudos estão sendo realizados para verificar o
quanto esses resíduos podem influir nas propriedades das argamassas e dos
concretos.
A.M. et al. (2015) afirma que a produção mundial de PET foi de 55 milhões
de toneladas, em 2012, e que a produção de poliéster cresceu substancialmente
devido à alta demanda têxtil mundial, bem como no empacotamento de
alimentos e garrafas industriais.
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4 MATERIAIS E MÉTODOS
Os materiais a serem utilizados durante o desenvolvimento desse trabalho
foram: cimento, areia, água e polímeros (PET, Isopor e Copos plásticos) como
agregados miúdos. Toda a caracterização dos materiais utilizados será
apresentada a seguir.
4.1 Aglomerante
Dentre os diversos tipos de cimento Portland existentes o definido para
utilização no trabalho foi o Cimento Portland Composto com adição de fíler (CP
II-F-32), cuja densidade adotada foi de 3100 kg/m³.
4.3 Água
Na produção das argamassas e na cura dos corpos de prova foi utilizada
água potável proveniente do sistema de abastecimento de água do Laboratório
do CESMAC.
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100
90
80
Material passante (%)
70
60
50 Zona Utilizável
40 Granulometria
Zona Ótima
30
20
10
0
0,10 1,00 10,00 100,00
Abertura das malhas da peneiras (mm)
Fonte: Autor,2019
Areia Natural
Módulo de Finura (%) 2,33
Dimensão máxima característica (mm) 4,8
Massa específica (g/cm3) 2,63
Absorção de água (%) 1,7
Fonte: Autor,2019
Fonte: ABIPLAST,2017
Figura 6 - Materiais poliméricos utilizados nas argamassas: PET, PP, EPS, respectivamente.
Fonte: Autor,2019
10 RESULTADOS
10.1 Estado fresco
Após confeccionarmos as argamassas, ainda no estado fresco, fizemos
os ensaios de determinação de índice de consistência, de acordo com a NBR
13276/2002, para verificarmos a trabalhabilidade da argamassa produzida.
Fonte: Autor,2019
Figura 10. Prensa hidráulica para compressão Figura 11. Detalhe do CP rompido
12. CONCLUSÕES
Os resultados apresentados pelo presente trabalho confirmam a
viabilidade da substituição de parte dos agregados naturais por
agregados provenientes dos polímeros reciclados;
Com relação à trabalhabilidade, as argamassas recicladas obtiveram um
comportamento muito próximo ao da argamassa de referência, sem a
presença de segregação e/ou exsudação;
Com relação às propriedades mecânicas, apenas a argamassa com EPS
obteve uma redução de cerca de 23% de sua resistência, se mostrando
ineficaz para a substituição, devido à sua constituição molecular, de ter
99% de sua matéria composta por ar;
De outro modo, a argamassa com PET obteve uma melhora substancial,
em relação à argamassa de referência, comprovando que há
possibilidade de substituição;
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REFERÊNCIAS
ABIPLAST, Associação Brasileira Indústria do Plástico. Os Plásticos.2017
Disponível em <http://www.abiplast.org.br/site/os-plasticos/>. Acesso em 26 set
2018.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. Agregado miúdo.
Determinação da massa específica e massa específica aparente. NBR NM
52, 2009. Rio de Janeiro.