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UNIVERSIDADE ZAMBEZE

FACULDADE DE ENGENHARIA AMBIENTAL E DOS RECURSOS NATURAIS

Curso: ENGENHARIA AMBIENTAL E DOS RECURSOS NATURAIS

4º Ano Laboral

GESTÃO E TECNOLOGIA DE TRATAMENTO DE RESÍDUOS SÓLIDOS

Plano de Gestão de Resíduos Sólidos para FEARN

Chimoio, Julho de 2021


UNIVERSIDADE ZAMBEZE

FACULDADE DE ENGENHARIA AMBIENTAL E DOS RECURSOS NATURAIS

Curso: ENGENHARIA AMBIENTAL E DOS RECURSOS NATURAIS

4º Ano Laboral

Discentes:

Adelaide Lopes

Lupércio Baptista Bulaque

Meque Armando Mambuguisse

Minate Assane Dique

Rankin Vicente Saveca

Docente: Enga Júlia Silota Msc

Chimoio, Julho de 2021


Índice
INTRODUÇÃO ............................................................................................................................................ 2
CONTEXTUALIZAÇÃO DO LOCAL........................................................................................................ 3
Legislação aplicável .................................................................................................................................. 4
Licenciamento Ambiental ......................................................................................................................... 4
Justificativa ............................................................................................................................................... 4
Objectivos ................................................................................................................................................. 4
DIAGNÓSTICO ........................................................................................................................................... 5
Localização da instituição ......................................................................................................................... 5
Descrição da geração de resíduos sólidos ................................................................................................. 5
Caracterização dos resíduos sólidos .......................................................................................................... 6
PLANO DE ACÇÃO: DEFINIÇÃO DE PROCEDIMENTOS OPERACIONAIS ..................................... 8
Acondicionamento .................................................................................................................................... 8
Parte interna e externa das salas................................................................................................................ 8
Parte externa.............................................................................................................................................. 8
Funcionamento do plano de acção ............................................................................................................ 8
Tipo de acondicionador que será utilizado ............................................................................................... 9
Produção do acondicionador ................................................................................................................. 9
Instrumentos utilizados para produção ................................................................................................. 9
Modo de produção do acondicionador .................................................................................................. 9
Parte interna ............................................................................................................................................ 10
Armazenamento ...................................................................................................................................... 10
Recolha ................................................................................................................................................... 10
Transporte ............................................................................................................................................... 11
Tratamento .............................................................................................................................................. 11
Deposição final ....................................................................................................................................... 12
 Minhocas;........................................................................................................................................ 12
Processos da compostagem ................................................................................................................. 13
MEDIDAS PREVENTIVAS E CORRECTIVAS ...................................................................................... 15
Identificação de possíveis problemas ...................................................................................................... 15
Identificação de medidas preventivas para os problemas identificados .................................................. 15
Identificação de medidas correctivas para os problemas identificados................................................... 15
PROGRAMA DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL PARA A DIRECÇÃO, PARA OS COLABORADORES
E PARA A COMUNIDADE (CASO SEJA NECESSÁRIO) .................................................................... 16
PLANO DE MONITORIA E REVISÃO CONTÍNUA.............................................................................. 17
CONCLUSÃO ............................................................................................................................................ 18
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ........................................................................................................ 19
INTRODUÇÃO
Um dos temas mais importantes quando se trata do cuidado com o meio ambiente e com a
sociedade é a gestão dos resíduos sólidos. Esse conceito abrange um grande número de tópicos,
tais como: racionalização do consumo de matérias-primas e energia, segregação e destinação
adequada de resíduos, estímulo à aplicação de tecnologias limpas, cumprimento da legislação
vigente, busca pela aplicação das melhores práticas e etc.

O crescimento populacional acelerado juntamente com a uma melhora da condição de vida das
pessoas, maior poder aquisitivo e o uso de um modelo de industrialização que utiliza a
exploração dos recursos naturais para promover a sustentação das suas linhas de produção de
bens materiais são os factores determinantes da geração de resíduos sólidos. Hoje em dia,
progresso significa produzir mais, induzindo, assim, um consumo cada vez maior de bens
materiais que, ligados a conceitos de praticidade e facilidade, levaram a ideia do descartável
difundir-se rapidamente, agravando não só os problemas ambientais, mas também de saúde
pública em decorrência do manejo inadequado destes resíduos (COMCAP, 2002; MOURA,
2012; LEME, 2006 e PADILHA, 2012).

A característica do resíduo se modifica desde a sua saída, na unidade geradora, ao longo do


percurso, nas unidades de gerenciamento, até o destino final. Dados referentes ao sistema de
limpeza pública demonstram que factores tais como o número de sectores de colecta, frequência
da colecta, característica dos veículos colectores, distância do local de disposição final,
quantidade de resíduos gerada e o tempo levado para fazer todo esse percurso exercem influência
nas referidas modificações (MONTEIRO et al., 2001 e SOUZA, 2009).
CONTEXTUALIZAÇÃO DO LOCAL
A Faculdade de Engenharia Ambiental e dos Recursos Naturais funcionou de 2009 à 2013 nas
instalações do Centro de Desenvolvimento Sustentável (CDS - Chimoio) onde era desenvolvida
toda a actividade inerente ao processo de ensino.

Em finais de 2011 iniciaram as actividades para a construção do Campus Universitário


provisório da FEARN, uma infra-estrutura que comportaria bloco administrativo, salas de aulas,
laboratórios e anfiteatros.

Em 2013, com parte das obras concluídas, a FEARN passou a funcionar em instalações próprias.
Actualmente conta com 8 salas de aulas, 1 bloco administrativo, 1 biblioteca, 1 anfiteatro e 4
laboratórios, sala de informática, estufa e campo de ensaio.

A faculdade iniciou as suas actividades oferecendo os cursos de Mestrado Integrado em


Engenharia Ambiental e dos Recursos Naturais e Engenharia de Desenvolvimento Rural. Em
2012 a oferta formativa foi alargada com a introdução do curso de Licenciatura em Engenharia
Agrícola e Ambiental.

Em 2014, a FEARN graduou o seu primeiro grupo de mestre composto por 7 Engenheiros do
Ambiente e dos Recursos Naturais.

O Ano de 2014 foi marcado pela revisão curricular em toda a Universidade Zambeze. Em 2015,
a FEARN passou a oferecer cursos de Licenciatura em Engenharia Ambiental e dos Recursos
naturais, Engenharia de desenvolvimento Rural, e Engenharia Agrícola e Ambiental.

Em 2015 a Faculdade graduou 35 licenciados e 5 mestres. Dos licenciados 15 graduados em


Engenharia de Desenvolvimento Rural e 20 graduados em Engenharia do Ambiente e dos
Recursos Naturais. Os mestres, 2 Engenheiros de Desenvolvimento Rural e 3 Engenheiros do
Ambiente e dos Recursos Naturais.

Em 2016, a FEARN introduziu mais dois cursos com oferta formativa para o período Pós
Laboral, nomeadamente os cursos de Engenharia Civil e o curso de Gestão e Planeamento
Ambiental.
Legislação aplicável
A legislação aplicável é o Regulamento Sobre a Gestão de Resíduos Sólidos Urbanos regido pelo
Decreto n.º 94/2014 de 31 de Dezembro.

Licenciamento Ambiental
Todas as instalações destinadas a tratamento e deposição final de resíduos sólidos urbanos estão
sujeitas a prévio licenciamento ambiental nos termos do Regulamento sobre o Processo de
Avaliação do Impacto Ambiental.

Justificativa
Aumento da eficiência no acondicionamento, o armazenamento, a recolha, o transporte, o
tratamento e/ou valorização, a deposição final de resíduos sólidos, simplificar e melhorar os
métodos já existentes e usados no processo de gestão de resíduos sólidos na faculdade. O nosso
grupo busca simplicidade e eficiência.

Objectivos
 Gastar menos e ganhar mais
DIAGNÓSTICO

Localização da instituição
A Faculdade de Engenharia Ambiental e dos Recursos Naturais (FEARN), está localizada na
província de Manica, cidade de Chimoio, bairro 7 de Abril. O seu foco está na importante
questão da gestão dos recursos naturais. A sua inserção geográfica privilegiada em termos de
recursos naturais com destaque para a rede hídrica e a extensa biodiversidade concentrada em
espaços protegidos como a Área de Conservação Transfronteiriça de Chimanemane, a
proximidade com o Parque Nacional da Gorongosa e a Reserva de Marromeu (terras húmidas),
abre um manancial de oportunidades a explorar na investigação e desenvolvimento de
tecnologias, saberes e criação de capacidade humana para responder os desafios do
desenvolvimento sustentável.

A sua missão é formar profissionais capazes de difundir e aplicar os conhecimentos adquiridos


de uma forma crítica na solução de problemas ambientais e de recursos naturais.

A FEARN tem 900 estudantes e 110 funcionários entre os docentes e CTAs, dos quais 35 são
docentes.

Descrição da geração de resíduos sólidos


A geração de algum resíduo sólido que não fossem excretas corporais e restos de alimentos foi
uma novidade que surgiu na nossa espécie com a sua sedentarização, quando ela começou a
praticar a agricultura e elaborar o seu sistema de comunicação simbólica sob a forma de
linguagem, ao mesmo tempo em que criava ferramentas para aumentar o poder e espectro de
força de seu corpo, algo que nunca existira antes na vida do planeta nesse grau de complexidade.
Surgiram, então, necessidades que não existiam antes, necessidades decorrentes do modo de
agrupamento dos seres humanos, com relações cada vez mais complexas. Demandas de moradia,
de limpeza, de indumentária, de protecção e de recursos. A cada inovação, surgia algum tipo de
resíduo sólido que nunca tinha sido gerado antes, e isso foi se tornando cada vez mais intenso, se
distanciando cada vez mais de todas as outras espécies animais, que, normalmente, apenas geram
resíduos orgânicos putrescíveis (PUCCI, 2013).
Caracterização dos resíduos sólidos
A característica do resíduo se modifica desde a sua saída, na unidade geradora, ao longo do
percurso, nas unidades de gerenciamento, até o destino final. Dados referentes ao sistema de
limpeza pública demonstram que factores tais como o número de sectores de colecta, frequência
da colecta, característica dos veículos colectores, distância do local de disposição final,
quantidade de resíduos gerada e o tempo levado para fazer todo esse percurso exercem influência
nas referidas modificações (MONTEIRO et al., 2001 e SOUZA, 2009).
A Norma Brasileira (NBR) 10.004 da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT,
2004), classifica os resíduos sólidos como, resíduos no estado sólido e semi-sólido, resultantes de
actividades de origem industrial, doméstica, hospitalar, comercial, agrícola, de serviços e de
varrição. Incluíram-se nesta definição lodos provenientes de sistemas de tratamento de água e
instalações de controle de poluição. Esta NBR classifica ainda os resíduos em: Classe I, resíduos
perigosos, e a Classe II, resíduos não perigosos, que se divide em II-A (não inerte) e II-B
(inerte).

A caracterização física dos resíduos sólidos urbanos traz benefícios visto que permite planejar e
avaliar o potencial de recuperação, reciclagem e reutilização dos resíduos tornando possível, a
partir desses dados, serem adoptadas as melhores medidas de gerenciamento (MOURA, 2012 e
FIRMEZA, 2005).

O processo de acondicionamento de resíduos sólidos é o ato de depositar os resíduos nos


recipientes designados e apropriados para cada um, de acordo com suas características e
possibilidade de reaproveitamento, tratamento ou destino para reciclagem. São exemplos de
recipientes de acondicionamento: lixeiras, tambor, sacos de ráfia, caçambas, entre outros.

Após seu acondicionamento, os resíduos são recolhidos e transportados com equipamentos


adequados ou manualmente pelas áreas internas até a área de armazenamento temporário de
resíduos.

Os resíduos são armazenados em área com uso específico para tal fim, devidamente identificada,
à espera de reciclagem/reutilização, tratamento ou disposição final adequada, desde que atenda
às condições básicas de segurança.
As técnicas de tratamento devem ser adoptadas para que a destinação de certos resíduos cause
menor impacto ao meio ambiente ou à saúde. Uma tecnologia considerada de tratamento é a
incineração, onde o processo de destruição térmica do resíduo promove a redução de peso,
volume e características de periculosidade, com a consequente eliminação da matéria orgânica, e
características de patogenicidade, através da combustão controlada. A incineração é bastante
utilizada para resíduos hospitalares e resíduos contaminados com PCB. É uma tecnologia cara e,
além da emissão atmosférica, gera cinzas provenientes da queima.

Considera-se como técnica de disposição final o que se deposita no solo, como o aterro sanitário.
Esses métodos de disposição devem ser utilizados somente quando não é possível ser feita a
reciclagem do material ou a reciclagem for economicamente proibitiva.

Os aterros sanitários são fundamentados em critérios de engenharia e normas específicas, que


permitem a confinação segura dos resíduos domiciliares e similares, em termos de controle de
poluição ambiental e de saúde pública.
PLANO DE ACÇÃO: DEFINIÇÃO DE PROCEDIMENTOS OPERACIONAIS

Acondicionamento
Visto que a FEARN já possui um bom acondicionamento de resíduos, para implementação de
um plano de acção iremos nos basear no sistema de acondicionamento existente, buscando
melhorar o sistema de gestão de resíduos da Faculdade, e para isso, acrescentaremos alguns itens
que no nosso ponto de vista irão melhorar o acondicionamento dos resíduos, devendo ser
implementados da seguinte forma:

Parte interna e externa das salas


Começaremos com a parte externa visto que na parte interna levaremos como modelo base o
método de acondicionamento já existente, com isso teremos:

Parte externa
Na parte externa das salas teremos a colocação de dois acondicionadores entre as salas, nesse
caso, vasilhames plásticos (baldes), esses baldes tem a função de acondicionar os seguintes tipos
que resíduos:

 Papel;
 Grupo misto.

O grupo misto será caracterizado pelos resíduos que não fazem parte do grupo do papel, e a
existência do grupo misto tem a função de diminuir a quantidade de acondicionadores
específicos, e porque geralmente os resíduos mais produzidos nesse bloco é o papel.

Acondicionadores específicos tem o objectivo de facilitar o manuseio, armazenamento, recolha,


transporte, tratamento e deposição final dos resíduos sendo muito importante para o sistema de
gestão de resíduos prático e eficiente.

Com essa técnica diminuiremos o numero de acondicionadores nas salas e facilitando o


manuseio dos resíduo.

Funcionamento do plano de acção


Retiraremos os acondicionadores internos das salas, porque podemos constatar que esses
acondicionadores não são usados na sua totalidade, e por estarem em todas as salas, em certa
parte atrasam o processo de recolha e separação de resíduos. Com isso iremos colocar dois
acondicionadores entre as salas, desta forma teremos menos acondicionadores mas com maior
eficiência de recolha dos resíduos.

Desta feita, só com dois acondicionadores entre as salas, julgamos que teremos maior controlo
sobre os resíduos produzidos e gastaremos menos tempo e recursos para o processo de recolha
dos resíduos.

Tipo de acondicionador que será utilizado


Para o acondicionamento de resíduos, iremos produzir nossos próprios acondicionadores, e essa
produção será feita na base da reutilização de um resíduo que geralmente e deixado de fora, por
perder sua utilidade, e estamos falando do galão de 20 litros geralmente chamado de bidom, que
usualmente contem óleo de cozinha, e nas nossas residências é utilizado para guardar água.

Produção do acondicionador
O nosso acondicionador possui uma produção fácil e prática, podendo ser feito em pouco tempo
e tendo uma grande aplicabilidade para o acondicionamento do resíduo.

Instrumentos utilizados para produção


Para produção do acondicionador teremos:

 Um galão (plástico) de 20 litros;


 Faca ou estilete;
 Luvas de corte;
 Saco plástico característico para acondicionamento do resíduo;
 Fita isolante;
 Marcador permanente.

Modo de produção do acondicionador


Com a reunião dos utensílios acima citados iremos usar a luva de corte e usando a faca iremos
pegar no galão e cortaremos a parte superior do mesmo para servir de entrada para dos resíduos,
é importante colocar a fita isolante na parte superior do galão para evitar que ele possa cortar as
pessoas ou mesmo estragar o plástico que ficara na parte interior do galão.

O plástico servira para acondicionar o resíduo que estará dentro do galão, com isso, evitando que
o resíduo esteja directamente no galão.
Usando o marcador iremos descrever o tipo de resíduo que devera ser colocado em cada
acondicionador, dividindo em dois grupos de resíduos que são papel e misto.

Manteremos os três contêiner plásticos que figuram a parte externa, sendo eles devidos em
pontos estratégicos.

Parte interna
Na parte interna que engloba o bloco administrativo, iremos se basear no método de
acondicionamento já existente e ele funciona da seguinte maneira:

 Presença de pelo menos um acondicionador em cada compartimento, dando ênfase para


todos os sectores do bloco administrativo.

Manteremos a forma de acondicionamento em todos os outros sectores da Faculdade.

Armazenamento
O armazenamento dos resíduos acondicionados será feito por detrás da reprografia onde
depositaremos os resíduos de forma temporária, e teremos em conta uma periodicidade de uma
semana, isto é, faremos a recolha dos resíduos armazenados uma vez por semana, ou seja em
todos os sábados para que haja tempo suficiente para recolha, tratamento e transporte dos
resíduos.

Podemos definir o armazenamento como um processo que tem finalidade de deposição


temporária e controlada de resíduos para seu tratamento, aproveitamento ou eliminação.

Recolha
Teremos duas formas de recolha que são:

 Diária

A recolha diária se fará através de um processo selectivo que tem por objectivo a segregação dos
resíduos de forma especificada para que haja o acondicionamento e armazenamento eficiente dos
resíduos, a recolha diária será feita todos dias no período da manhã.

 Semanal

Faremos a nossa recolha geral dos resíduos uma vez por semana, isso permitira que ao longo da
semana possamos ter os resíduos de forma segregada e direccionada para o transporte.
Transporte
O transporte é qualquer operação de transferência física de resíduos com uso de meios
rodoviários, ferroviários, aéreos ou marítimos que ocorrera em dois períodos, que são:

 Diário

O transporte diário é aquele que é feito todos os dias, que ocorre no período da manhã onde
recolhemos o resíduo para o local de armazenamento provisório, para posterior tratamento e
deposição final do resíduo, usaremos meios rodoviários dando ênfase a meios físicos, contêiner
plásticos e barras.

 Semanal ou geral

Esse transporte semanal é feito uma vez por semana para o local de tratamento, e para o mesmo
utilizaremos meios rodoviários como viaturas caixa aberta.

Utilizaremos uma viatura de caixa aberta porque a faculdade já dispõe de uma viatura dessa
especificidade e será fácil transportar os resíduos armazenados durante a semana.

Tratamento
Antes de mais é necessário definir o que significa tratamento de resíduos, e tratamento de resíduo
é qualquer operação de valorização ou eliminação de resíduos, incluindo a preparação prévia a
valorização ou eliminação, compreendendo os processos que alteram as características dos
resíduos de forma a reduzir o seu volume ou periculosidade, para o tratamento dos resíduos
olharemos para os seguintes pontos:

 Papel

O tratamento de papel se fará respeitando as propriedades do papel, tendo como base o processo
inicial de separação dos resíduos que ocorre desde o acondicionamento, o papel produzido
poderá ser útil para horta. Para isso, picaremos bem e misturemos o papel com outros tipos de
adubo e utilizaremos para fazer compostagem orgânica.

 Grupo misto que é constituído maioritariamente por compostos orgânicos e


plásticos.
O tratamento de compostos orgânicos é feito da seguinte forma:

Iremos separar cada tipo de composto visto que no grupo misto temos a presença maioritária de
compostos orgânicos e plásticos, mas isso não faz com que descartemos a presença de outros
tipos de resíduos, é importante frisar que o grupo misto existe para dar maior vazão aos resíduos
existentes, aumentar a eficiência de recolha e diminuir acondicionadores.

A diminuição de acondicionadores tem em vista também a melhoria do esteticismo do ambiente,


tornando mais arejado e menos denso em termos estéticos.

Os resíduos destinados a compostagem serão levados para composteira, sendo composteira um


lugar (ou a estrutura) própria para o depósito e compostagem do material orgânico, onde o lixo
orgânico será transformado em húmus.

Deposição final
A deposição final se baseará nos seguintes moldes:

Uma parte será levada para organizações preparadas para a reciclagem e reaproveitamento de
resíduos, como por exemplo: AMOR, que é a Associação Moçambicana de Reciclagem, e os
resíduos que serão destinados para essa instituição são:

 Papel;
 Plástico;
 Garrafas metálicas.

Visto que a instituição produz maioritariamente papel, como medida ambientalmente correcta de
deposição desse resíduo, iremos adicionar no processo de compostagem orgânica, desta feita, o
composto gerado servira de adubo para os campus agrícolas da instituição.

Faremos a compostagem usando:

 Papel;
 Compostos orgânicos;
 Minhocas;
 Água.
Compostagem é um processo de tratamento de resíduos orgânicos sejam eles de origem urbana,
industrial, agrícola e florestal, nesse caso usaremos o papel e compostos orgânicos, a
compostagem é definida como um processo aeróbio controlado, desenvolvido por uma
população diversificada de microrganismos.

A compostagem ocorre naturalmente no ambiente sendo referida como a degradação de matéria


orgânica, o termo compostagem diz respeito a esta decomposição, porém está associada com a
manipulação do material pelo homem.

Processos da compostagem
 Passo 1: Escolha do local adequado

A composteira deve ficar em local arejado e ela não pode ficar exposta ao sol, à chuva e ao
vento.

 Passo 2: Montagem da “cama” das minhocas

Cobriremos o fundo das caixas digestoras com húmus de minhoca.

 Passo 3: Alimentação das minhocas

Para alimentação das minhocas daremos alimentos frescos. Podemos dar a elas folhas secas,
borra de café, casca de banana e de outros alimentos como batata, mandioca, maçã e outros
vegetais não cítricos e apimentados tudo em pequenos pedaços.

 Passo 4: Introdução dos resíduos

Colocaremos os resíduos orgânicos amontoados em um canto da composteira (não espalhados) e


cobriremos completamente com serragem e além da serragem, poderemos usar como matéria
seca grama, folhas e palha, que proporcionam o equilíbrio na relação carbono/nitrogénio. É
necessário ter cuidado com as folhas muito grossas, porque impossibilitam a passagem do ar,
pois dessa forma evitaremos a oxigenação do ambiente e as minhocas acabarão morrendo.

 Passo 5: Produto final

Para colectar o húmus que é o nosso produto da compostagem, colocaremos a caixa cheia da
composteira à luz do dia, para que as minhocas se escondam. Como as minhocas são
fotossensíveis, esta técnica facilita a retirada do húmus. Tiraremos até deixar uns dois ou três
dedos de terra para servir de “cama” novamente para as minhocas. Este composto é usado como
adubo orgânico, já que é uma grande fonte de nutrientes e de matérias orgânicas estabilizadas,
podendo recuperar solos degradados.

Uma forma de acelerar a compostagem orgânica é por meio do uso de minhocas californianas
(espécie Eisenia foetida mais indicada para o processo). Isso porque as minhocas digerem a
matéria orgânica facilitando o trabalho dos microrganismos. Esse tipo de compostagem recebe o
nome de vermicompostagem ou compostagem com minhocas.
MEDIDAS PREVENTIVAS E CORRECTIVAS
As medidas preventivas são o conjunto de acções que serão efectuadas para evitar o colapso ou
não eficiência do plano de acção.

Identificação de possíveis problemas


A identificação dos possíveis problemas tem grande importância sobre o plano porque é através
dos mesmos que poderemos trabalhar tendo em vista a resolução dos problemas, podendo
destacar:

 Falta de local específico para o armazenamento dos resíduos após o acondicionamento;


 Carência de acondicionador no laboratório de águas;
 Inexistência de meios para o transporte de resíduos, visto que segundo as analises feitas, a
instituição não dispõe de uma viatura que tem por finalidade única o transporte de
resíduos.

Identificação de medidas preventivas para os problemas identificados


As medidas preventivas para os problemas identificados têm como principal objectivo buscar
soluções para resolução dos problemas acima mencionados, podendo mencionar:

 Criação de um lugar especifico para deposição correcta dos resíduos;


 Colocação de um contentor de lixo pequeno no laboratório de aguas, para dar vazão aos
resíduos que são produzidos.
 Aquisição de meios de transporte de resíduos.

Identificação de medidas correctivas para os problemas identificados


As medidas correctivas servem para dar suporte as medidas preventivas sendo elas responsáveis
pela eliminação de todas não conformidades existentes e podemos alistar:

 Uma das maiores medidas correctivas é a educação ambiental, porque é através dela que
poderão ser difundidas informações sobre a vantagem do acondicionamento correcto dos
resíduos colectiva.
 Para diminuição dos custos a instituição poderia utilizar o tractor que dispõe para fazer o
transporte de resíduos.
PROGRAMA DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL PARA A DIRECÇÃO, PARA OS
COLABORADORES E PARA A COMUNIDADE (CASO SEJA NECESSÁRIO)
É importante que haja um plano de gerenciamento de resíduos nas comunidades e em geral,
sensibilizar as comunidades para o uso adequado dos resíduos para que haja um bom ambiente
dentro da comunidade, para que não haja doenças como malárias e outras relacionadas com os
resíduos.

As comunidades devem ter em conta que as arvores nas comunidades ou vias públicas é muito
importante porque nas zonas urbanas devido a emissão de gases através dos automóveis é
importante que sensibilizemos a população para plantação de árvores nas zonas urbanas ou rurais
para circulação de ar através dos espaços verde que forem implantados dentro das comunidades.
PLANO DE MONITORIA E REVISÃO CONTÍNUA
Sempre deve haver um plano para monitorar e para fazer uma revisão para melhor gerir os
resíduos sólidos assim podemos prevenir problemas que podem ser causados devido a falta de
planos, por isso e melhor que haja um plano que deve ser constituído por vários factores que
podem fazer com que plano seja melhor:

 Identificar as áreas de maior deposição de resíduos sólidos;


 Identificar as áreas com falta de contentores;
 Verificar sempre as condições dos locais da deposição de resíduos;
 Verificar sempre as condições de como transportar os resíduos;
 Criação de um local especifico para a deposição de resíduos sólidos.
CONCLUSÃO
Com a integração da gestão resíduos sólidos, cria-se uma base estrutural que responde não só aos
problemas do ambiente, mas atende aos problemas sociais, como é o caso de inserção de
catadores no sistema formal de gestão de resíduos. A leis sobre gestão resíduos sólidos, já
existem, daí que existem responsabilidade para cada aos neste sector, mas um dos factores que
periga a gestão resíduos sólidos é a educação, esta possibilitará a mudança de hábitos e costumes
da comunidade em relação ao lixo.

Segundo BUQUE (2013) deve ser clara a separação responsabilidades entre o gerador e o poder
públicos, sendo: a) gerador do resíduo, o dever de realizar a separação prévia do seu resíduo,
oferecendo à colecta os materiais já devidamente segregados e em condições de ser gerenciado,
facilitando o trabalho dos sectores formais, responsáveis pelo reaproveitamento ou reciclagem e
b) o poder público de modo próprio, ou mediante concessão, deverá providenciar para que os
resíduos sólidos tenham reconhecimento, separação, tratamento e destinações adequadas.

A responsabilidade na gestão resíduos sólidos é de todos, pois não adianta o poder público ter
estrutura se a comunidade não esta educada e formada para gestão resíduos sólidos, o mesmo se
for o inverso.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
https://uzambeze.ac.mz/Entidade/FEARN

https://www.fragmaq.com.br/blog/veja-6-formas-de-fazer-reutilizacao-do-lixo-de-papel/

https://www.agencia.cnptia.embrapa.br/Repositorio/Compostagem_000fhc8nfqz02wyiv80efhb2a
dn37yaw.pdf

https://www.ecycle.com.br/compostagem/

https://www.ecycle.com.br/como-fazer-compostagem/

BUQUE, Lina I. B. Panorama da coleta seletiva no Município de Maputo, Moçambique: sua


contribuição na gestão de resíduos sólidos urbanos, desafios e perspectivas. Dissertação –
Programa de Pós-Graduação em Ciência Ambiental da Universidade de São Paulo. São Paulo.
2013.

COMCAP - COMPANHIA MELHORAMENTOS DA CAPITAL. Caracterização Física dos


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FIRMEZA, S. de M. A Caracterização Física Dos Resíduos sólidos domiciliares De Fortaleza


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LEME, S. M.; JÓIA, P. R. Caracterização física dos resíduos sólidos urbanos domiciliares em
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v.15, n. 1, 2006.

MOURA, A.A.; LIMA, W.S.; ARCHANJO, C.R. Analise da composição gravimétrica de


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MONTEIRO, J. H. et al., Manual Integrado de Gerenciamento de Resíduos Sólidos, Rio de


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PUCCI, F. G. Biometanização da fração orgânica do resíduo sólido urbano: Uma revisão do


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