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FACULDADE PARANAENSE - FAPAR

CURSO DE BACHARELADO EM ENGENHARIA CIVIL

DIEGO WZOREK

TELHADO VERDE
UTILIZAÇÃO EM EDÍFICIOS

CURITIBA - PR
2020
DIEGO WZOREK

TELHADO VERDE
UTILIZAÇÃO EM EDÍFICIOS

Trabalho de conclusão de curso


presentado no Curso de Engenharia Civil
da FAPAR, como requisito parcial à
obtenção do título de Bacharel em
Engenharia Civil.

Orientador: Prof. Dr. Vinicius Melek

CURITIBA - PR
2020
DIEGO WZOREK

TELHADO VERDE: UTILIZAÇÃO EM EDÍFICIOS

Trabalho de conclusão de curso apesentado


no Curso de Engenharia Civil da FAPAR,
como requisito parcial à obtenção do título de
Bacharel em Engenharia Civil.

Orientador: Prof. Dr. Vinicius Melek

Aprovado em _____/______/_______

BANCA EXAMINADORA

________________________________
Prof. Vinicius Melek

________________________________
Prof. XXXXXXXXXXXXX

________________________________
Prof. XXXXXXXXXXXXX
Este trabalho é inteiramente dedicado à
minha mãe. A maior incentivadora das re-
alizações dos meus sonhos. Muito obri-
gado.
AGRADECIMENTOS

Agradeço ao Criador do Universo, porque sem ele nada seria possível.


Gratidão pela minha mãe Maria Aparecida Paluski Wzorek, sua presença e
amor incondicional na minha vida sempre. Esta monografia é a prova de que o seu
esforço pela minha educação não foram em vão e valeram a pena.
Agradeço aos meus filhos Matheus Fernando Wzorek e Guilherme Fernando
Wzorek por compreenderem as várias horas em que estive ausente por causa do
desenvolvimento deste trabalho.
Sou grato a todo corpo docente da Universidade FAPAR que sempre transmi-
tiram seu saber com muito profissionalismo.
Agradeço também a todos os meus colegas de curso, pela oportunidade do
convívio e pela cooperação mútua durante estes anos.
“Não conheço nenhuma fórmula infalível pa-
ra obter o sucesso, mas conheço uma forma
infalível de fracassar: tentar agradar a to-
dos”.

John F. Kennedy
RESUMO
Este trabalho trata-se de uma revisão de literatura sobre os tipos de telhado verde, bem
como sua utilização em edifícios. Pretende-se demonstrar a eficiência de tal sistema no
planejamento urbano. A utilização do telhado verde em edificações permite o cultivo e
crescimento de plantas em lajes, dividindo-se em dois estilos principais: o intensivo, que
comporta o cultivo de plantas maiores em grades áreas, e o extensivo, que possui uma
espessura menor de substrato, além de utilização de plantas rasteiras ou perenes, com
pouco trafego, necessitando de uma maior manutenção. No Brasil ainda é uma técnica
pouco utilizada, em outros países é utilizada de maneira mais ampla, variando de acordo
com o clima, cultura e incentivo político para adota-lo. Além de contribuir para a melhoria do
meio ambiente, o telhado verde age como um isolante térmico e acústico, reduz o consumo
de energia, pois reduz a utilização de ar condicionado nos ambientes. O objetivo deste
trabalho é apresentar os benefícios, limitações e cuidados necessários para que seja
realizada a instalação do mesmo em edifícios, procurando a sustentabilidade e
demonstrando os benefícios que o telhado verde pode oferecer para a sociedade.

Palavras-chave: telhado verde, sistema construtivo, sustentabilidade, meio ambiente.


LISTA DE ILUSTRAÇÕES
Figura 1- Jardim suspensos da Babilônia ............................................................................ 15
Figura 2 - Cobertura verde na Islândia ................................................................................ 16
Figura 3 - Cobertura verde extensiva ................................................................................... 18
Figura 4 -Dispositivo especial de ancoragem devido inclinação ........................................... 19
Figura 5 - Composição da estrutura verde extensiva ........................................................... 19
Figura 6 - Cobertura verde semi-intensiva ........................................................................... 20
Figura 7 - Composição cobertura verde semi-intensiva ....................................................... 20
Figura 8 - Composição cobertura verde intensiva ................................................................ 21
Figura 9 - Sistema alemão de coberturas verdes ................................................................. 22
Figura 10 - Cobertura extensiva feita com Sedum ............................................................... 23
Figura 11 - Substrato com terra adubada ............................................................................. 24
Figura 12 - Argila expandida em telhado verde .................................................................... 25
Figura 13 - Manta geotêxtil .................................................................................................. 26
Figura 14 - Isolamento térmico em poliestireno expandido .................................................. 27
LISTA DE GRÁFICOS, QUADROS E TABELAS
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

a.C. – ANTES DE CRISTO


SÉC – SÉCULO
M² - METRO QUADRADO
CM – CENTIMETRO
KG/M² - KILO POR METRO QUADRADO
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ................................................................................................... 12
1.1 PROBLEMA DA PESQUISA ........................................................................ 13
1.2 OBJETIVOS ................................................................................................. 13
1.2.1 Objetivo Geral ........................................................................................... 13
1.2.2 Objetivos Específicos ................................................................................ 13
1.2.2.1 Justificativa .............................................................................................. 14
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ........................................................................... 15
2.1 HISTÓRICO DO TELHADO VERDE ............................................................ 15
2.2 CARACTERÍSTICAS.................................................................................... 17
2.2.1 Cobertura verde extensiva ........................................................................ 18
2.2.2 Cobertura verde semi-intensiva ................................................................ 19
2.2.3 Cobertura verde intensiva ......................................................................... 20
2.3 ESTRUTURA DA COBERTURA VERDE ..................................................... 21
2.3.1 Vegetação ................................................................................................. 23
2.3.2 Substrato................................................................................................... 23
2.3.3 Camada filtrante ........................................................................................ 24
2.3.4 Camada drenante ..................................................................................... 24
2.3.5 Proteção anti-raiz ...................................................................................... 25
2.3.6 Camada Impermeabilizante ...................................................................... 25
2.3.7 Isolamento térmico .................................................................................... 26
2.3.8 Suporte estrutural ..................................................................................... 27
2.4 TELHADO VERDE EM CENTROS URBANOS ........................................... 27
2.4.1 Benefícios da utilização de telhado verde ................................................. 28
3 MATERIAL E MÉTODOS .................................................................................... 30
4 ANÁLISE E DISCUSSÃO DE DADOS ................................................................ 31
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................................ 32
12

1 INTRODUÇÃO

Com o crescimento das cidades e mudanças no estilo de vida das pessoas,


e como consequência o aumento da poluição mundial. Surgem as conferencias
locais, nacionais e mundiais relacionadas ao meio ambiente, procurando maneiras
de tornas as habitações, cidades e costumes humano mais sustentáveis (BRASIL,
2018).
Os espaços verdes nas cidades podem amenizar diversos efeitos
ocasionados pela urbanização, podendo auxiliar na diminuição da poluição
atmosférica e sonora, oferecendo alimento e abrigo para aves e insetos, além de
colaborar com a manutenção da biodiversidade e na participação do ciclo hidrológico
(CADORIN e MELLO, 2011).
Com o exponencial crescimento da urbanização, as áreas verdes estreitam-
se na mesma proporção, ocasionando o surgimento de ilhas de calor, poluições
ambientais, enchentes, dentre outros problemas ambientais. Dessa forma surgem
novas técnicas, inovações e ações voltadas a sustentabilidade. Sendo a mais
recentemente conhecida: o telhado verde, telhado vivo, telhado ecológico,
biocobertura, entre outros (BENETTI, 2013).
Buscando-se alternativas que reduzam o efeito da poluição no meio
ambiente, o telhado verde destaca-se como uma solução eficiente para minimizar os
impactos causados pelo crescimento da urbanização. No Brasil, tal técnica ainda é
recente, destacando-se nas regiões de São Paulo e Rio Grande do Sul, sendo
considerado uma excelente alternativa para as grandes metrópoles (SILVA, 2011).
Ao utilizar-se de coberturas verdes, se obtém melhora na qualidade de vida
da população, com a implantação de novas áreas verdes onde antes era
considerado impossível sua existência. Tornando mais belo o cenário urbano,
auxiliando novas formas de drenar a chuva, além de proporcionar isolamento
térmico e acústico (RODRIGUES, 2017).
Dessa forma o presente trabalho tem o intuito de apresentar pontos positivos
relacionados a utilização do telhado verde em ambientes urbanos, a partir de
levantamento bibliográfico, avaliando quais benefícios tal sistema podem
proporcionar.
13

1.1 PROBLEMA DA PESQUISA

Com a crescente urbanização e consequentemente com a escassez de


espaços verdes, os problemas ambientais vem crescendo de maneira alarmante em
todo o mundo. Dessa forma deve-se procurar soluções permanentes, eficazes e
sustentáveis para superar os problemas ambientais encontrados, uma dessas
soluções seria a utilização de telhados verdes, que auxiliam na redução de ilhas de
calor, enchentes, dentre outros. Mas para que tal procedimento possa ser adotado
nos grandes centros urbanos, deve-se analisar o custo benefício de tal cobertura. A
partir disso surge a problemática da pesquisa.
Pode-se obter sistemas eficientes de telhado verde, observando-se o peso e
o custo de maneira compatível, ao se comparar com os sistemas de cobertura
utilizados no Brasil?

1.2 OBJETIVOS

Neste tópico serão apresentados o objetivo geral e objetivos específicos do


presente trabalho.

1.2.1 Objetivo Geral

Avaliar a eficiência da utilização de telhado verde como forma alternativa


sustentável, que possa garantir benefícios na construção civil, proporcionando
isolamento térmico, acústico, além de favorecer a estética de edificações.

1.2.2 Objetivos Específicos

Os objetivos específicos do trabalho são:


• Analisar as vantagens e desvantagens da construção de um telhado
verde.
• Demonstrar a diversidade de telhados verdes.
• Conhecer a aplicação, funcionamento e manutenção desse sistema
construtivo.
14

1.2.2.1 Justificativa

Diante do cenário climático no Brasil e no mundo, e a expansão das cidades e


principalmente nos grandes centros urbanos, a procura por formas de melhorar a
qualidade de vida das pessoas, e formas de frear as consequências climáticas,
tornaram-se cada vez mais urgente.
Sendo assim os profissionais das mais diversas áreas, procuram formas
eficazes e acessíveis, para melhorar a moradia e construir outras de maneira mais
sustentável.
O telhado verde tem se mostrado uma técnica viável e uma alternativa
sustentável, para diminuir os problemas causados pelas águas pluviais, diminuindo
enchentes, além de auxiliar na qualidade climática do edifício, diminuindo com isso o
consumo de energia, além de ser esteticamente viável e na maioria das vezes de
baixa manutenção.
15

2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

O telhado verde possui como característica a utilização de vegetação sobre


edifícios, residenciais e ou/industriais, podendo ser utilizado em estruturas de
qualquer porte. Tem-se destacado como cobertura bioclimática que auxilia na
temperatura dos ambientes, além de diminuir o impacto ambiental das grandes
cidades.

2.1 HISTÓRICO DO TELHADO VERDE

Segundo alguns autores os primeiros registros da utilização do telhado verde


foram utilizados nos Jardins Suspensos da Babilônia, no século VII a.C (Figura 1).

Figura 1- Jardim suspensos da Babilônia

Fonte: sitedecuriosidades

Na modernidade a utilização de cobertura verde pode ser encontrado na


Islândia e na Escandinávia (séc. XIX) onde a falta de recursos naturais (Figura 2),
16

fez com que as pessoas utilizassem grama e pedra nas suas construções, segundo
o site americano Magnusson (1987 apud GREENROOFS, 2010).
Desta forma garantiam condições térmicas agradáveis dentro de suas
residências.

Figura 2 - Cobertura verde na Islândia

Fonte: www.pinterest.com

Rodriguez (2006) cita que na Escandinávia, os telhados eram cobertos com


camadas de grama e solo, e abaixo utilizavam madeira de árvores, com cascas de
bétula, para criar vigas intercaladas, que tinham a função de impermeabilização.
Líderes do Movimento Moderno na Arquitetura, Frank Lloyd Wright, Le
Corbusier e Roberto Burle Marx, no início do século XX, assumiram o uso do terraço
jardim (WELLS, GRANT, 2004, apud Nascimento 2008).
O arquiteto e paisagista franco-suiço Le Corbusier foi o primeiro a utilizar esta
técnica de maneira mais sistemática, tendo publicado a obra intitulada “A Nova
Arquitetura” (publicada em 1926 na revista francesa “L’Espitit Nouveau”), onde
sistematizou cinco pontos que revolucionou a arquitetura moderna, destacando-se o
conceito de “toit-jardin” ou teto jardim. A partir daí o arquiteto foi considerado um dos
primeiros “enverdecedores” sistemático de telhado, devido sua contribuição e
17

divulgação de telhados verdes (PECK, et al, 1999; DARLING, 2000 apud


NASCIMENTO, 2008).
Nos anos de 1960, com a crescente preocupação em relação a rápida
redução de espações verdes nas cidades, fez com que o interesse em relação as
coberturas verdes fosse reavivado, sendo vista como uma importante solução por
toda a Europa do Norte, em especial na Alemanha. Foram realizados novos estudos
técnicos, partindo da análise de agentes anti-raízes, membranas, drenagens e
substrato de crescimento leve, chegando à pertinência do uso de certas plantas
(PECK e KUHN, 1999).
O uso de telhado verde na Alemanha alcançou um novo patamar, em 1970,
quando o arquiteto e paisagista, professor Hans Luz, publicou o artigo intitulado
“Roofgreening: luxury or necessity?” sugerindo que além de decorar, os telhados
verdes poderiam ser utilizados na melhoria de ambientes urbanos (RODRIGUEZ,
2006).
Nos anos de 1980, os telhados verdes expandiram-se de maneira
exponencial na Alemanha, onde seu crescimento anual passou a ser entre 15 e
20%, e o número de m² passou de um a dez milhões (PECK e KUHN, 1999).

2.2 CARACTERÍSTICAS

Define-se como telhado verde, aquele que apresenta em sua composição, uma
camada de solo ou substrato de vegetação. Sendo uma alternativa viável e
sustentável, quando comparado a telhados com lajes convencionais, tendo em vista
que facilita o gerenciamento das águas pluviais, oferecendo melhoria térmica, além
de ser uma fonte de serviço ambiental e área de lazer (NASCIMENTO, 2008).

Os telhados verdes favorecem o desempenho térmico dos edifícios, interno


e externo, proporcionando um maior conforto ao usuário, e também ao
entorno dos telhados verdes, pois essas áreas tendem a ficarem mais
úmidas devido Á presença de plantas no local, proporcionando uma maior
área com cobertura vegetal, melhorando assim o clima local e a qualidade
do ar (ARAÚJO, 2007).

De acordo com a International Green Roof Association, existem três tipos de


telhado verde: extensivo, semi-extensivo e intensivo. A diferença entre os mesmos,
baseiam-se em características como: custo, profundidade do substrato, tipos de
planta, necessidade e utilidade desejada.
18

Faz-se necessária a utilização de impermeabilizante, anti-raiz, dentre outros


cuidados para que a estrutura da edificação não seja comprometida. Além disso
deve-se levar em consideração a acessibilidade da cobertura, podendo permitir a
socialização ou apenas a manutenção da área.

2.2.1 Cobertura verde extensiva

Neste tipo de cobertura utiliza-se vegetação de pequeno porte, com


enraizamento superficial, predominando as espécies que se desenvolvem
espontaneamente, que possuem facilidade me se adaptar a locais e condições
climáticas severas, como musgos, sedums e herbáceas (Figura 3). Esse tipo de
cobertura costuma ser simples e resistente, apresenta aspecto natural e exige baixa
manutenção, tendo em vista que a vegetação retém nutrientes e a água de maneira
natural.
Figura 3 - Cobertura verde extensiva

Fonte: International Green Roof Association - IGRA (2014)

Este tipo de cobertura é realizado principalmente em superfícies planas,


sendo necessária a implantação de algumas técnicas, quando realizada em
superfícies com inclinação. O guia Belga e execução de coberturas verdes Guide
Pratique pour la Construction et la Renovation Durables de Petits Bâtiments (2007),
uma inclinação a partir de 10º necessita de ancoragem, realizada por um dispositivo
próprio, e a uma inclinação a partir de 30º, é preciso empregar sistemas de retenção
de partículas (Figura 4).
19

Figura 4 -Dispositivo especial de ancoragem devido inclinação

Fonte: Dunnett; Kingsbury (2005).


O telhado com cobertura verde extensiva (Figura 5), raramente é aberto para
socialização, devido a seu baixo peso pode ser adotada em estruturas já prontas,
tendo pouca manutenção, sendo necessária apenas duas inspeções anuais para
retirada de ervas daninhas e inspeção de segurança da membrana de
impermeabilização.

Figura 5 - Composição da estrutura verde extensiva


Cobertura Verde Extensiva
6) Plantas, vegetação
5) Substrato/Solo
4) Camada de filtro permeável às
raízes
3) Camada de drenagem e
capilaridade
2) Camada de proteção e
armazenamento
1) Pavimento de cobertura, isolante
e impermeabilização

Fonte: NASCIMENTO (2008, p.48)

2.2.2 Cobertura verde semi-intensiva

Nesse tipo de cobertura utiliza-se gramíneas, arbustos e árvores de pequeno


porte (Figura 6). Esse tipo de vegetação requer mais cuidados em relação ao
20

fornecimento de água e nutrientes para sua manutenção, apresentando um maior


custo quando comparada a cobertura extensiva.

Figura 6 - Cobertura verde semi-intensiva

Fonte: www.archiexpo.com
A cobertura semi-intensiva, possui a mesma composição da extensiva, com o
diferencial que nessa cobertura, para atender as necessidades da vegetação
utilizada, faz-se necessário uma camada de 15 cm de substrato (Figura 7).

Figura 7 - Composição cobertura verde semi-intensiva


Cobertura Verde Semi-Intensiva
6) Plantas, vegetação
5) Substrato/Solo
4) Camada de filtro permeável às
raízes
3) Camada de drenagem e capilari-
dade
2) Camada de proteção e
armazenamento.
1) Pavimento de cobertura, isolante
e impermeabilização
Fonte: NASCIMENTO (2008, p.49)

2.2.3 Cobertura verde intensiva

Nas coberturas verdes intensivas são utilizadas espécies de vegetação de


maior parte, gerando maiores cuidados com a irrigação, e manutenção geral, como
podas e uso de fertilizantes, como é realizado em um jardim ao ar livre. Para esse
tipo de cobertura deve-se utilizar uma camada de solo entre 15 a 21 cm (Figura 8)
21

(HEINEINE, 2008).
Esse tipo de cobertura é indicado para grandes edificações de coberturas que
não possuam inclinação. É a cobertura mais cara dentre as três, tendo em vista que
requer uma estrutura que suporte sobrecargas. Pode ser utilizada em espaços que
se pretenda fazer uma área de lazer, podendo contar com playground, bancos,
arvores e arbustos e até mesmo lago (HEINEIDE, 2008).
De acordo com Nascimento (2008) ao se fazer uma cobertura intensiva, deve-
se pensar em seu projeto estrutural, pois a carga desse telhado varia entre 700 e
1200 kg/m², devido a espessura da camada de substrato utilizado e da camada de
drenagem.

Figura 8 - Composição cobertura verde intensiva


Cobertura Verde Intensiva
6) Plantas, vegetação
5) Substrato/Solo
4) Camada de filtro
permeável às raízes
3) Camada de drenagem e
capilaridade
2) Camada de proteção e
armazenamento
1) Pavimento de cobertura,
isolante e impermeabilização

Fonte: NASCIMENTO (2008, p.50)

2.3 ESTRUTURA DA COBERTURA VERDE

Os materiais a serem utilizados nas camadas de telhado verde, podem variar de


acordo com a região que será utilizado, levando-se em consideração o clima, a
disponibilidade de material e a técnica a ser utilizada. Além de seguir a legislação
22

vigente na região para garantir a segurança.


A composição estrutural poderá variar de acordo com o local de implantação
do telhado verde, e a técnica aplicada, o sistema alemão é atualmente o mais
completo (Figura 9) (NASCIMENTO, 2008).

Figura 9 - Sistema alemão de coberturas verdes


Camadas que compõem a estrutura
de uma cobertura verde:
1) Vegetação
2) Substrato
3) Camada filtrante
4) Camada de drenagem: um sistema
de canais no lado inferior assegura a
drenagem de água, atém mesmo onde
há denso crescimento de raiz. Incorpora
canais para retenção de água para as
plantas e cavidades que permitem aera-
ção das raízes e a evaporação da água.
5) Tapete de umidade: Libera umidade
por difusão através de aberturas no topo
da camada de drenagem e também re-
têm umidade e nutrientes.
6) Camada de proteção anti-raiz
7) Camada de impermeabilização
8 e 9) Isolamento térmico e controle
de vapor: o isolamento térmico é situa-
do em baixo da membrana de imperme-
abilização para formar uma cobertura
quente em cima da camada de controle
de vapor que previne a formação de
condensação.
10) Suporte estrutural
Fonte: NASCIMENTO (2008, p.47)
23

2.3.1 Vegetação

A escolha da vegetação adequada é fundamental, deve-se observar a resistência


estrutural na qual será feito o telhado verde. Deve-se verificar ainda o clima do
local, priorizando plantas da região, que já estão habituadas ao clima (ALBERTO,
2012).
Nascimento (2008) cita que para coberturas extensivas, recomenda-se
gramíneas e plantas suculentas (tipo Sedum), com folhas carnudas e resistentes
a longos períodos de seca (Figura 10).

Figura 10 - Cobertura extensiva feita com Sedum

Fonte: https://www.archiexpo.com

Para as coberturas semi-intensiva e intensiva, pode-se utilizar espécies de


plantas mais sensíveis, pois precisam de manutenção mais constante. Deve-se
contar com a ajuda de um especialista na seleção dos espécimes para não afetar a
qualidade do telhado verde.

2.3.2 Substrato

A base do telhado verde é o solo onde o mesmo será implantado, dessa forma
deve-se atentar para a profundidade adequada, de acordo com as raízes das
plantas que serão utilizadas, levando em consideração a sua resistência a variações
climáticas como: frio, vento, erosão, geada e seca (Figura 11). Podendo utilizar uma
camada adicional que poderá funcionar como uma barreira anti-raízes, que protege
a construção para que não seja danificada pelas raízes ou por microrganismos
presentes no solo. O substrato ajuda ainda no processo de drenagem.
24

Figura 11 - Substrato com terra adubada

Fonte: http://www.ecodhome.com.br

Deve-se atentar ainda para a espessura do substrato de acordo com as


exigências estabelecidas pela legislação, bem como os parâmetros adotados pela
empresa contratada.

2.3.3 Camada filtrante

A função da camada filtrante é reter partículas que a água da chuva iria levar.
Dessa forma o filtro retém materiais orgânicos, que serão disponibilizados para as
plantas, além de evitar o entupimento dos drenos (ALBERTO, 2012).
Essa camada pode ser utilizada ainda para:
• Guarda as camadas de impermeabilização, isolamento térmico e formação
de vapores contra as variações mecânicas da estrutura que acomodará o
telhado verde;
• Desagrega elementos químicos incompatíveis;
• Barra a viscosidade de duas camadas de impermeabilização, permitindo a
máxima flexibilidade do sistema.

2.3.4 Camada drenante

Tem a função de impermeabilizar a construção realizando a drenagem da água


da chuva, dando vazão ao acumulo de água, realizando a filtragem de poluentes.
Pode ser composta de diversos materiais como brita, seixos, argila expandida
25

(Figura 12), com espessura de 7 a 10 cm (HEINEINE, 2008).


Figura 12 - Argila expandida em telhado verde

Fonte: https://www.projetosvanguarda.com

Em coberturas extensivas que tenham 5º de inclinação e até 25 cm de


espessura, dispensam a camada drenante. Mas outra forma de telhado verde
precisa de um bom sistema de drenagem, que deve conter ralos distribuídos de
maneira uniforme, protegidos como uma camada de geotêxtil, para que a passagem
de água não seja obstruída.
De acordo com Nascimento (2008) há uma variada gama de materiais que
podem ser utilizados na camada drenante, mas para se criar uma camada leve,
alguns materiais se destacam:
• Granular: brita, seixo rolado, argila expandida, quando as coberturas possuem
uma inclinação maior que 2%;
• Elementos manufaturados de drenagem e retenção de água, como: placas de
poliestireno ou polipropileno que apresentam proeminência que possibilitem o
escoamento rápido da água, retendo pequenas quantidades para suprir a
vegetação. Em algumas coberturas e condições climáticas, esse modelo pode
minimizar ou até mesmo dispensar a irrigação.

2.3.5 Proteção anti-raiz

A função do controlador de crescimento de raízes, é prevenir danos mecânicos,


que raízes que poderiam causar a construção, protegendo de perfurações,
protegendo não somente a edificação, mas também a planta.

2.3.6 Camada Impermeabilizante


26

A camada impermeabilizante deve proteger a laje de infiltrações, pode ser


constituída de diferentes materiais (Figura 13), sendo que na maioria das vezes é
composta por manta asfáltica, a qual vai filtrar a água, para que partículas de
areia e terra não cheguem a tubulação da queda de água da chuva (SILVA, 2011).

Figura 13 - Manta geotêxtil

Fonte: http://www.ecodhome.com.br

Independente da impermeabilização escolhida, é importante regularizar a


superfície da edificação, para que a mesma se apresente de maneira lisa e
homogênea, sem protuberâncias ou materiais soltos, para que não comprometa a
impermeabilização.

2.3.7 Isolamento térmico

Esta camada costuma ser utilizada em regiões frias, teria como função a limitação
de perda ou ganho de calor (CANTOR, 2008). Costuma-se utilizar essa camada em
regiões mais frias, para conservar o calor das edificações. O material a ser utilizado
deve ser leve e possuir resistência a compressão, para que não sofra esmagamento
pelo peso das camadas colocadas posteriormente. Costuma-se utilizar o poliestireno
expandido (Figura 14).
27

Figura 14 - Isolamento térmico em poliestireno expandido

FONTE: https://www.archiexpo.com

2.3.8 Suporte estrutural

Ao se implementar um telhado verde, deve-se realizar a análise da capacidade de


carga da laje que irá receber a obra. Deve-se ter certeza que há suporte estrutural
para suportar o peso, preservando a estrutura e distribuir a carga de acordo com o
equilíbrio estrutural apresentado pela edificação.

2.4 TELHADO VERDE EM CENTROS URBANOS

Com o crescente consumo energético nas grandes cidades, a procura por


materiais que possam frear esse consumo, tem aumentado em igual proporção.
Dessa forma o telhado vede mostrou-se eficiente em realizar isolamento térmico, em
regiões de clima frio, ou em climas quentes. O projeto térmico dos edifícios urbanos,
é realizado de acordo com a condição climática encontrada, levando-se em
consideração a influencia que raios solares exercem sobre as estruturas dos
edifícios (ARAÚJO, 2007).
No Brasil, pode-se citar a cidade do Rio de Janeiro, como exemplo, pois na maior
parte do ano, apresenta temperaturas elevadas, fazendo com que os telhados
sofram uma maior variação térmica, tornando necessária uma maior proteção
térmica. Dessa forma o telhado verde é uma excelente opção, pois ao aplicar a
28

vegetação na cobertura, protege a estrutura da radiação solar direta, podendo ainda


a resfriar, através da refrigeração evaporativa (ARAÚJO, 2007).

2.4.1 Benefícios da utilização de telhado verde

Uma das características que se destacam no telhado verde é sua capacidade


de retenção e detenção de águas pluviais (PALLA, et al., 2010). Tal característica
pode ocasionar a defasagem no tempo entre o pico de vazão e escoamento do
telhado verde e do telhado convencional, assim como sua redução (BERNDTSSON,
2010).
Em um estudo realizado por Cunha (2004), pode-se constatar a capacidade
que o telhado verde possui de reter água, através do balanço hídrico composto pela
evapotranspiração, precipitação atmosférica, escoamento superficial, infiltração e
escoamento subterrâneo pelo leito drenante e pela superfície impermeável, a laje. O
autor utilizou em seu experimento o substrato insaturado, simulando uma
precipitação de 35,41 mm, onde a retenção feita pela cobertura verde foi de 13,91
mm, comprovando sua eficiência.
O telhado verde, pode ser utilizado ainda como ferramenta para a redução das
ilhas de calor, formadas principalmente em grandes centros urbanos. Ao realizar o
comparativo em dois prédios da capital paulistana, onde um possuía telhado verde e
outro não, pode-se perceber que o telhado do edifício que possuía telhado verde ,
apresentou uma baixa de 5,3º₢, comparado ao de concreto, havendo ainda um
ganho de 15,7% na umidade relativa do ar (ROBINETTE, 1972 apud MINKE, 2005).
O uso de telhado verde, demonstra ser benéfico, em relação ao ganho te
termos climáticos e a redução do consumo de energia, aumentando o conforto
térmico o interior dos edifícios (SPANGENBERG, 2004 apud SILVA, 2011).
Com o aumento da poluição atmosférica e os desmatamentos, os danos
causados ao meio ambiente vem refletindo na qualidade de vida de todos, dessa
forma o telhado verde vem se popularizado, mostrando ser uma solução eficiente
para os grandes centros urbanos, pois o mesmo auxilia na redução da emissão de
gás carbônico na atmosfera, filtrando a poluição, e metais pesados da água da
chuva (SILVA, 2011).
Além de todos os benefícios citados anteriormente, o telhado verde, mostrou-
se eficiente em relação ao isolamento acústico, diminuindo a poluição sonora, que
29

podem ocasionar diversos problemas de saúde, na população (PIOVESAN, 2013).


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3 MATERIAL E MÉTODOS

Foi realizada uma revisão bibliográfica, identificada como qualitativa, sendo que
as informações encontradas nos diversos artigos impressos e online, serão
apresentados pelo pesquisador no decorrer da pesquisa.
Utilizou-se como metodologia a análise das bibliografias cientificas, revistas,
artigos, teses, dentre outros documentos para uma melhor construção do tema
apresentado. Através da pesquisa realizada, foram coletadas informações sobre a
utilização do uso do telhado verde em construções seus benefícios e limitações.
Foram coletados dados técnicos como: estrutura, uso, manutenção e drenagem
do sistema telhado verde, pode-se analisar ainda, a história do telhado verde, seus
benefícios para a sociedade e para o meio ambiente além de uma explicação sobre
a composição do sistema construtivo através de suas camadas.
Durante a pesquisa foram encontrados diversos artigos sobre a temática
apresentada, optou-se por não limitar a língua para alcançar uma gama maior de
material, sobre a temática e dessa forma realizar um estudo mais apurado e
fidedigno as informações apresentadas.
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4 ANÁLISE E DISCUSSÃO DE DADOS

O telhado verde demonstrou ser um sistema eficaz, para minimizar problema


ambientais. Seu uso principalmente nas grandes metrópoles pode ter um impacto
positivo na qualidade de vida dos habitantes. Diminuindo ilhas de calor, a
possibilidade de alagamentos, a poluição atmosférica, além de proporcionar
isolamento acústico e térmico, diminuindo consequentemente o uso de energia.
Para ser implantado, deve-se respeitar as particularidades de cada tipo de
telhado, para que não cause danos a estrutura predial. Deve-se levar em
consideração ainda a manutenção necessária para instala-lo.
O telhado verde mostrou-se efetivo para ser utilizado em regiões de diferentes
climas, demonstrando eficácia no isolamento térmico.
Um dos maiores obstáculos para a implementação do telhado verde, é se
estabelecer em um mercado onde as matérias-primas de estrutura urbana, onde
devido à grande demanda acaba por garantir preços mais acessíveis.
O que se deve levar em consideração ao utilizar uma estrutura de telhado verde,
são seus benefícios a longo prazo, como por exemplo: efeito estético, isolante
térmico, redução de ruídos sonoros. Dessa forma o custo-benefício a longo prazo do
telhado verde é muito maior.
Dessa forma ao levar em consideração, o cenário atual do mercado e a
conscientização da sociedade, a aplicabilidade de telhado verde em novos projetos,
torna-se mais viável, dando prioridade ao conforto do usuário, reduzindo o consumo
de energia, diminuindo ainda as ilhas de calor nas grandes metrópoles.
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5 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Através do desenvolvimento da pesquisa, pode-se perceber o impacto que a


construção civil causa no meio ambiente. Foi possível conhecer diferentes tipos de
telhado verde e suas particularidades.
Embora no Brasil, tecnologia ainda tenha pouco uso, demonstrou-se os
diferentes benefícios que o mesmo pode trazer para o usuário e a população em
geral.
Além de ser esteticamente agradável, esse tipo de técnica constitui um
serviço ambiental. Embora seja algo, que demonstre diversos benefícios
econômicos e ambientais, a implantação de telhado verde, deve ocorrer de maneira
cautelosa, atentando-se a técnicas e matérias utilizados.
Embora o uso de telhado verde diminua o impacto de enchentes em épocas
de grande volume pluvial, o mesmo não pode ser o único meio utilizado para isso,
pode-se desenvolver pesquisas para implementar jardins urbanos, e estimular o
cultivo de plantas compatíveis com o projeto por famílias de baixa renda.
33

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