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2022
MATHEUS FERREIRA DA SILVA
2022
MATHEUS FERREIRA DA SILVA
BANCA EXAMINADORA
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Prof. Eng. Pedro Oswaldo Tonello
AGRADECIMENTOS
The present work presents a monograph based on scientific articles and empirical knowledge
about a vernacular building technique, the pau a pique, used contemporaneously with
improvements obtained with waterproofing technologies, wood and bamboo treatment,
industrialized materials such as quicklime and cement. used in small quantities, reuse of wood,
stones, demolition bricks, use of abundant raw materials close to the building site, such as
bamboo, earth and stones with the aim of reducing costs and enabling an eco-efficient,
sustainable, being in such a way that it pollutes the environment less by using non-industrialized
materials or by reusing and promoting quality of life for people, enabling them to acquire or
build their own housing with the management of a specialized technician, at an evidently lower
cost than the conventional market, assuming that part d will be used resources available free of
charge on site.
1 INTRODUÇÃO ............................................................................................................. 10
2 OBJETIVOS .................................................................................................................. 11
7 FUNDAÇÃO .................................................................................................................. 23
17 CONTRAPISO .............................................................................................................. 40
18 ACABAMENTO ........................................................................................................... 41
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
1 INTRODUÇÃO
10
2 OBJETIVOS
11
3 METODOLOGIA DA PESQUISA
Esta monografia é fundamentada sobre uma revisão de literatura científica e sobre uma
revisão de conhecimento empírico difundido de geração em geração entre a sociedade brasileira
a respeito do tema habitações sustentáveis – casa de pau a pique, abordando com uma dialética
que busca reunir as informações obtida em artigos científicos variados, teses de mestrado,
vídeos do Youtube, diálogos com pedreiros e práticos, assim como nossa experiência pessoal,
apresentando uma metodologia construtiva antiga, porém sempre presente em nossa sociedade
que, se desenvolveu e atualizou-se sobre as expectativas da vida contemporânea, por tanto
foram utilizados elementos científicos e práticos publicados a partir do ano de 2010, para
compor este trabalho.
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4 O SISTEMA VERNACULAR DE EDIFICAÇÃO
Conforme afirma Olender (2006, pg 1), a técnica vernacular mais popular no Brasil
é aquela conhecida principalmente como pau-a-pique. Ao contrário do que muitos
pensam atualmente, até por considerar uma técnica ultrapassada, associada a fatores
negativos como má execução, pobreza e doenças transmitidas por insetos, o pau a
pique, quando executado de forma correta, é altamente resistente, seguro e indicado,
inclusive, para áreas afetadas por abalos sísmicos, ecológico de baixíssimo custo”.
Uma bio construção poderá ser bem sucedida se, ao mesmo tempo que possibilite a
utilização dos materiais disponíveis na localidade onde está situada, possibilite a participação
senão total, pelo menos parcial da família na edificação da obra com fins de economia de mão
de obra e não menos importante, de materiais industrializados, como cimento, cal, areia, telhas,
piso cerâmico, revestimento de paredes, encanamento, e todo material necessário para
completar ou acabar a edificação para que as pessoas que residirão na casa, se sintam bem.
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acessível, vai se orgulhar de ajudar a construir com suas próprias mãos e vai se sentir bem em
sua residência, pois ela vai apresentar todas as características de uma casa moderna.
Vamos tomar como referência a cidade de São José do Rio Preto - SP, onde estudamos,
depois de uma avaliação preliminar, observou-se que os principais recursos naturais existentes
aqui e, que se encontram a disposição com um custo mais baixo são: pedra, terra, bambu e
madeira de demolição.
Existem madeireiras que podem fornecer toras de eucalipto tratado, porém depois de
realizar uma comparação de preços foi observado que fazer toda estrutura de bambu com
tratamento prévio no local da edificação, fica mais barato que a madeira, incluindo-se neste
preço a mão de obra qualificada, pois seguimos um pressuposto de que qualquer família possa
ajudar na construção de sua casa mesmo se não possuir ferramental elétrico e conhecimento
técnico de edificação, desde que tenha o acompanhamento do técnico em edificações
especializado em edificações deste tipo.
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Outro bambu encontrado em nossa região é o Bambusa tuldoides, alcança uma altura
aproximada de 15 metros e espessura dos colmos de 6 centímetros (Rosalino, 2020), ideal para
utilização como grade de estruturação interna das paredes que serão preenchidas com terra crua
(bambu a pique).
Com base nestas informações foi discutido entre o grupo que tipo de casa optaríamos
em projetar, uma casa com laje de concreto, uma casa com forro ao invés da laje, com telhas
convencionais ou com telhado verde e como utilizaríamos o bambu disponível.
Se alguém possuir acesso fácil à madeira pode optar por utilizar no lugar do bambu.
Devendo ser tratada e ter a parte que estaria em contato com solo impermeabilizada
para não haver contato com umidade, geralmente utiliza-se uma boa pintura com piche nestes
locais e completa-se com concreto. A recomendação é que a altura mínima da viga baldrame
sobre o solo neste caso, seja de 30 cm, lembrando que neste caso, com as colunas de madeira
ou bambu não conhecemos pesquisa que indique possibilidade de construção de laje.
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FIGURA 1: Casa de bambu a pique parcialmente barreada
Lembrando que para edificações localizadas na zona rural não necessita de nenhum
pedido ou documento junto a prefeitura, devendo-se apenas tomar o cuidado necessário com as
leis e normas ambientais.
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( ) Complementares – hidráulica, elétrica e estrutural (se necessário);
( ) Fotos (obrigatório);
l. ( ) Outro
(Este campo somente deve ser preenchido em caso de haver sido solicitada,
anteriormente, a Aprovação Prévia da construção.)
( X ) Declaro ter lido as orientações quanto aos documentos necessários e anexado todos os
itens acima indicados, sob pena de indeferimento do processo.
a. Requerimento preenchido
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O requerimento deve ser preenchido endereçado ao sr. Prefeito Municipal de São José
do Rio Preto, sempre em nome do(s) proprietário(s) constante(s) no título de propriedade, o
endereço correto, cadastro imobiliário (número constante no carnê de IPTU), telefone de
contato e assinatura do proprietário.
e. Título de propriedade
Pode ser um dos seguintes documentos:
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• Escritura expedida pelo Cartório de Registro de Imóveis (CRI) há no máximo 12 (doze)
meses;
• Certidão da Matrícula atualizada expedida pelo Cartório de Registro de Imóveis há no
máximo 3 (três) meses;
• Certidão da Matrícula atualizada expedida pelo Cartório de Registro de Imóveis há no
máximo 3 (três) meses + Contrato de compra e venda (entre o proprietário que está na matrícula
para o proprietário requerente ou sequência de contratos);
• Contrato de Cessão de Direitos do Loteador.
f. A.R.T. / R.R.T./T.R.T.
Expedida pelo responsável técnico que pode ser engenheiro civil (ART), arquiteto e
urbanista (RRT) ou técnico em edificação (TRT) se permitido pelas atribuições conforme
determinação do conselho de classe.
A ART/RRT/TRT deve estar assinada e já ter sido paga, portanto, apresenta-la sem
tarja. No caso de RRT, mesmo sem tarja, se houver a observação de necessidade de
comprovante de pagamento, anexá-lo.
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execução/direção do mesmo. (Lembrando que no projeto indica-se na planta baixa onde será
com alguma hachura e a metragem linear no quadro de áreas do projeto);
➢ Poço de retenção/infiltração – Obra que seja necessário poço de retenção/infiltração
indicar no campo observações da ART/RRT de execução que também se refere ao poço.
g. Cálculo do volume do poço
O cálculo do volume mínimo necessário é automático, inserindo-se a área
impermeabilizada e a área do terreno na planilha de Excel que se encontra no item Arquivos2
do site com o nome “Cálculo do volume do poço”.
j. Projeto Arquitetônico
Necessário 3 vias do projeto, porém, quando for obra financiada, proprietário pessoa
jurídica ou em condomínio fechado, necessário 4 vias.
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O projeto deve conter planta baixa, corte (no mínimo um e de preferência dois cortes),
com escala 1:100 na folha padrão disponível no site no item Arquivos3 com o nome “Modelo –
projeto arquitetônico”.
Estou ciente que responderei ao órgão de classe, caso não cumpra esta declaração.
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Eu, responsável técnico, declaro que caso seja necessário a construção do poço de
retenção /infiltração, ele será executado de acordo com a Lei nº 10.290/2008. Declaro também,
juntamente com o proprietário que o poço deverá estar em condições de acesso para realização
de vistoria. Caso o poço não seja executado de acordo com as normas técnicas e legislação
vigente, e não esteja em condições de vistoria, estamos cientes de que não será liberado o habite-
se do imóvel. O proprietário também fica ciente da necessidade de manutenção constante do
poço.
Assinatura do responsável.
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7 FUNDAÇÃO
A fundação recomendada para este projeto é semelhante à citada, porém, como optou-
se pela utilização predominante de bambu na edificação, foram feitos buracos ao longo da
fundação para edificação de estacas de concreto para fixação dos esteios de bambu, a fundação
foi projetada para seguir a 30 cm acima do nível do solo para se evitar o contato com a umidade
provinda do respingo das chuvas ou por capilaridade do solo, a profundidade e largura da valeta
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no solo ficará com 0,7 x 0,5 metros respectivamente para constituir a viga baldrame. Abaixo, a
Figura 3 apresenta um tipo de gabarito para montagem da fundação acima do nível do solo.
Para preenchimento das valetas primeiro espalha-se uma camada inicial de pedras brita
nº 2, depois as demais pedras, em seguida uma leve camada de brita nº 1 para preencher espaços
vazios, foi feito um apiloamento do material e despejado ao longo da fundação uma calda
composta de areia lavada de granulometria média, terra, cal, cimento e agua, com traço de
1:4:1:0,5 respectivamente, para que a fundação chegue até a altura estimada, foi instalado uma
estrutura de madeira (caixaria), em seu entorno e as pedras localizadas acima do nível do solo
foram colocadas manualmente, para que fique bem fixadas a partir das maiores nas laterais da
caixaria e as demais de forma que fiquem bem amarradas entre si, preenchendo o máximo de
espaços com pedras pequenas, pedras brita nº 1 e a calda.
7.1 Estacas
As estacas nas posições de sustentação podem ser cavadas com dois metros de
profundidade, haja vista as boas condições de nivelamento, drenagem e qualidade do solo e
subsolo do terreno.
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As estacas podem ser edificadas em concreto armado com bambu, a uma altura de 30
cm do nível do solo, porém são edificadas de maneira lenta, para que junto a cada uma, possam
ser chumbados os esteios de bambu.
Para projetos em que a casa seja edificada ao nível do solo, se recomenda a altura
mínima de 0,3 metros da base de concreto para pilares de bambu e a mesma altura da viga
baldrame para manter-se as paredes da edificação longe do contato com a umidade vinda do
solo.
Existem alternativas de edificação dos pilares como por exemplo concreta-se o pilar
até altura de 30 centímetros sobre o nível do solo e se introduz vergalhões de aço de 10
milímetros de diâmetro com uma altura 0,5 metros de arranque para servir como fixação dos
pilares de bambu, sendo instalado 1 vergalhão para cada bambu e posteriormente é introduzido
uma argamassa mais mole de cimento na base do bambu através de um furo, para fixar na haste
do vergalhão de aço, conforme Figura 4 abaixo.
Abaixo, Figura 6 apresenta uma estrutura de bambu para uma residência que pela sua
elevação sobre o solo, possuirá assoalho de madeira.
Para a armadura das estacas pode ser utilizado ferragem de vergalhões 5 mm para
confecção dos estribos; utiliza-se o bambu inteiro de variedades Melocana bacífera,
Phyllostachys bambusoides, bambusa tulda, bambusa vulgaris, porque estes, segundo Santos et
al. (2021), são as variedades existentes no município de São José do Rio Preto – SP; ou
variedades semelhantes conhecidas como taboca e/ou taquara, o importante é que estejam
maduros, tratados e possuam um diâmetro médio de 5 centímetros, pois se utilizar bambus
muito grossos podem comprometer a estrutura da estaca de concreto e se utilizar bambu
rachado/fracionado em tiras, também pode comprometer a resistência a tração da armadura,
haja vista que o formato cilíndrico da haste de bambu a ser utilizada apresenta uma conformação
geométrica comprovadamente mais resistente.
A armadura de bambu deve ser pintada com piche em solução rala e areia lavada grossa
para constituir uma boa fixação ao concreto, e amarrado com arame recozido tradicional para
este fim. Abaixo, as Figuras 7 e 8 apresentam respectivamente uma armadura de bambu no solo
e após a viga baldrame concretada.
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9 INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS: ENCANAMENTO DE ENTRADA DE ÁGUA E
REDE DE ESGOTO
10 ESTRUTURA DA EDIFICAÇÃO
A partir da criação da norma técnica ABNT NBR 16828 – Estruturas de Bambu, em
21/12/2020 o bambu passa a ser considerado no ramo da construção civil como um material
normatizado, ou seja, recomendado através de parâmetros técnicos confiáveis de limites de
resistência a compressão, tração, torção e durabilidade, garantido pelo Instituto nacional de
metrologia e normalização. O que nos leva a considerar o bambu como material confiável para
ser utilizado em edificações respeitando os limites estipulados pela norma.
Todo bambu utilizado na edificação após colhido, deve ser tratado no próprio canteiro
da obra para se evitar custos com transporte.
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Costuma-se cavar uma vala com 0,5 metro de profundidade por 8 metros de
comprimento, por 1,5 metros de largura, coberto com uma lona plástica, enchido com água e
acrescentado pentaborato (borax), solução com concentração a 5%, se trata de ácido bórico, um
sal mineral utilizado na agricultura para adubação de micronutrientes às plantas.
O bambu deve ser previamente lavado com auxílio de uma escova de aço, deve estar
seco e perfurado o interior de seus colmos com a utilização de um vergalhão de construção,
para que a solução de bórax penetre a partir de seu interior, o bambu deve ser colhido maduro
e de preferência na época da lua minguante, período em que a planta vai apresentar menor teor
de água e por conseguinte também de amido, material atrativo para brocas, cupins e outros
insetos, enfim quanto mais maduro o bambu menos teor de amido em suas fibras.
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entre quatro esteios de bambu nas duas extremidades (superior e inferior) para facilitar a
instalação e aprumo concomitantemente à estaca da fundação.
Dessa maneira o peso do telhado e das paredes vai se distribuir em uma estrutura
quádrupla de sustentação de cada um dos principais pilares da edificação.
Em alguns casos em que pode haver insolação sobre uma parte da residência, pode-se
executar o método de reboco sobre o pilar de bambu que ficar exposto, para isto reveste-se o
pilar com um saco de fibra agrícola para que o barro se fixe na estrutura. Abaixo, a Figura 11
apresenta o sistema de saco no pilar para facilitar a aderência do reboco.
FIGURA 11: Saco de fibra vegetal sobre o pilar para ser rebocado
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FIGURA 14: Telhado edificado antes de executar o barreamento das paredes
Deve ser cortado no tamanho exato correspondente entre a viga baldrame e a terça de
amarração da estrutura do telhado (viga superior) e parafusado/encaixado nas partes superior e
inferior para a fixação de cada um, a uma distância aproximada de 20 cm entre si ao longo de
todas as paredes da casa, ou se utiliza a variedade que se encontrar no local, bambu tipo taboca
por exemplo, ou bambus maiores que serão rachados e poderão ter a mesma utilidade.
Em seguida o mesmo tipo de bambu é rachado ao meio e fixado com arame ou corda
de sisal, ou pregado, no sentido horizonta de todas as paredes a uma distância de 15 cm entre
si, porém nos dois lados da parede.
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Recomendamos que o bio construtor procure utilizar um material resistente para
amarração dos bambus, por exemplo corda de sisal apresentam boa resistência para quem quiser
utilizar apenas materiais ecologicamente viáveis. Por outro lado, o arame de alumínio é uma
excelente opção quando se pensa em praticidade, resistência e durabilidade pois, nunca vai se
enferrujar ou decompor dentro da parede de bambu a pique. Abaixo, a Figura 17 apresenta a
estrutura de uma casa de pau a pique pronta para ser barreada.
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Primeiramente realiza-se estruturação da parede instalando os suportes laterais nas
posições verticais e horizontais com um bambu adequado ou caibro de madeira, onde a
esquadria será fixada, conforme mostrado na Figura 18, abaixo.
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14 A INSTALAÇÃO ELÉTRICA
FIGURA 20: Instalação de condutores de cabos elétricos antes de realizar o barreamento da parede.
FIGURA 21: Instalação de condutores de cabos e caixa de energia antes de realizar o barreamento da parede
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Abaixo, Figura 22, a caixa de energia para tomada, após o barreamento da parede.
Fonte: https://youtu.be/dD4DD6f6-AU
O material utilizado deve ser a terra com água, porém deve-se realizar a compra ou
extração de material oriundo do subsolo, a chamada terra de barranco, para se precaver da
existência matéria orgânica em decomposição, partículas coloidais que, atrapalham no processo
de liga que a argila deve exercer para grudar no entramado de bambu. Porém, também é comum
encontrar construtores que optam por incluir na mistura do barro uma quantidade inferior a 5
de terra e 1 de palhas triturada, ou capim seco ou acícula para conferir melhor estabilidade na
liga da massa.
Fonte: https://youtu.be/DSOx0dE9yKY
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Em contrapartida outras pessoas preferem não utilizar palhas ou capins, apenas terra,
pedreiros experientes na arte do pau a pique afirmam que pode ser qualquer tipo de terra de solo
ou subsolo e água para que a partir das trincas que surgirão após a secagem do barro
(aproximadamente 20 dias), fique fácil para o reboco de acabamento se fixar na parede de barro,
vide Figura 24, abaixo.
FIGURA 24: Rachaduras na parede de pau a pique, edificada sem a utilização de fibras vegetais
Fonte: https://youtu.be/Ql1vnPh5fiI
Quem utilizar esta técnica com barro e palhas deve atentar para que, se não ocorrer
muitas trincas após secagem, deverá fazer sulcos paralelos com profundidade aproximada de
0,5 cm enquanto o barro estiver fresco para que haja aderência do reboco na parede, ver Figura
25, abaixo.
Fonte: https://youtu.be/Ej9qZTccPLE
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16 O BARREAMENTO DAS PAREDES EM AMBIENTES ÚMIDOS
Paredes úmidas são aquelas localizadas em ambientes que terão contato com água, e
hidráulicas são aquelas que possuem encanamento de água como duchas higiênicas, torneiras e
chuveiros.
Em alguns casos os construtores optam por edificar as paredes dos banheiros com
tijolos convencionais para evitar possíveis contratempos com relação a umidade nas paredes,
conforme a vista externa proporcionada pela Figura 26, a seguir.
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FIGURA 26: Casa de bambu a pique com pilares de madeira e banheiro de alvenaria convencional.
Fonte: https://youtu.be/dD4DD6f6-AU
17 CONTRAPISO
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Este contrapiso acima citado, foi executado em uma obra rural, não foi aplicado outro
revestimento sobre ele, possui acentuado tráfego de pessoas na habitação em que foi feito há
10 anos, até hoje não apresentou nenhum sinal de trinca, fissura, descolamento lateral ou
afundamento por excesso de peso, mostrando-se perfeitamente viável.
O piso escolhido para esta edificação foi o chamado piso de cimento queimado. Para
executar este acabamento foi necessário aplicar um excelente nivelamento no contrapiso e
esperar por 1 semana para avaliar seu comportamento durante o período de cura do concreto.
Se acaso o contrapiso fosse executado com material de areia de rio e pedras brita,
poderia se proceder com a formação do acabamento em cimento queimado imediatamente ao
nivelamento deste, quando a massa ainda estivesse mole e nivelada, porém utilizou-se o método
de espalhamento da solução de cimento sobre o contrapiso seco para evitar-se possíveis
desgastes por abrasividade e falhas e imperfeições de acabamento devido existência de terra e
saibro no cascalho.
Porém não é objetivo deste trabalho aprofundar neste assunto, pois sabemos que o
construtor deverá optar entre comprar areia e brita ou utilizar o que tem em mãos. Podendo
buscar a garantia de um serviço reconhecido por estar utilizando materiais de uso convencional
e pagar mais caro por isto, ou utilizar materiais não convencionais e sofrer sobre a crítica e a
incerteza imposta pelos construtores e lojistas de materiais de construção convencional, porém
possuir mais acessibilidade para alcançar o sonho da casa próprio, construída pelas suas
próprias mãos e daqueles que poderão acompanhar voluntariamente e daqueles que proverão
o serviço técnico especializado em edificação sustentável.
18 ACABAMENTO
O traço utilizado neste reboco é 2:2:1 – terra, areia lavada fina e cal hidratada
respectivamente. O reboco para este tipo de parede dispensa o chapisco, porque a parede
apresenta irregularidades, rachaduras e reentrâncias que servem como elemento de fixação da
argamassa de reboco.
Esse tipo de reboco também pode ser utilizado como embasamento de paredes que
receberão a aplicação de revestimento cerâmico. Este tipo de aplicação deve ser realizada da
maneira como indicada pelo fabricante de cada tipo de revestimento diferente, utilizando-se de
argamassa convencionalmente utilizada.
Fonte: https://youtu.be/uy900982p-E
FIGURA 28: Iniciando o reboco na parede de pau a pique
Fonte: https://youtu.be/uy900982p-E
A pintura das paredes pode ser realizada após a secagem do reboco, utilizando
qualquer tipo de tinta de paredes de preferência de cada um.
Partes dos pilares de bambu ficaram expostos a intempérie, recomenda-se executar sua
pintura com um impermeabilizante natural a base de resina e óleo de mamonas.
A estrutura de bambu que ficar aparente poderá receber pintura de verniz ou de óleo
vegetal de preferência, o que tornará a edificação mais bela e aconchegante.
FIGURAS 31, 32: Vista do acabamento interno da estrutura, forro de bambu, paredes e piso.
https://youtu.be/1xY53EepnGw , 2022
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19 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Enfim o custo da edificação sustentável pode ser bem menor que a convencional e a
qualidade oferecida pela edificação pode ser igual ou superior além do que contribuiremos para
preservação do meio ambiente.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
OLENDER, M. A técnica do pau a pique: subsídios para sua preservação. 2006. 118 f.
Dissertação apresentada ao Programa de Pós-graduação em Arquitetura e Urbanismo da
Universidade Federal da Bahia como requisito para a obtenção do título de Mestre em
Arquitetura e Urbanismo, área de concentração Conservação e Restauração. UFBA. Salvador
– BA. 2006. Acesso em 07/05/2022. Disponível em:
https://repositorio.ufba.br/bitstream/ri/12298/1/A%20T%c3%a9cnica%20do%20Pau%20a%2
0Pique_Subs%c3%addios%20para%20a%20sua%20Preserva%c3%a7%c3%a3o.pdf
Contato/serviços: Matheus F. Silva Tel. 17-98833-5521; Gilberto Borges. 17-99143-2330; Gabriel Jesus. 17-99147-9879
ROSALINO, F; Teixeira; Vale, I. do. Determinação de propriedades físico mecânicas do
bambu da espécie Bambusa tuldoides para uso na produção de estruturas. Artigo
publicado no site RESEARCHEGATE. Brasília – DF. Pg 1-14. 2020. Acesso em 07/05/2022.
Disponível em:
https://www.researchgate.net/publication/339415653_Caracterizacao_Bambusa_tuldoides_Fr
ederico_Rosalino/link/5e502447458515072dafb3ca/download
SER CÓSMICO. Instalando portas e janelas na parede de pau a pique. Youtube. Acesso
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07/05/2022. Disponível em: https://youtu.be/lQXJU7z64ak
Contato/serviços: Matheus F. Silva Tel. 17-98833-5521; Gilberto Borges. 17-99143-2330; Gabriel Jesus. 17-99147-9879
CHICO ABELHA. Visitando os amigos da casa de bambu em Monteiro Lobato – SP.
Youtube. Acesso em 07/05/2002. Disponível em: https://youtu.be/4CHCrfIVQ_8
CHICO ABELHA. Construindo a sua própria casa de pau a pique. Youtube. Acesso em
07/05/2022. Disponível em: https://youtu.be/Ej9qZTccPLE
Contato/serviços: Matheus F. Silva Tel. 17-98833-5521; Gilberto Borges. 17-99143-2330; Gabriel Jesus. 17-99147-9879
TERRA ROSANA. Casa confortável. Antigo moderno. A volta do barro. Youtube. Acesso
em 07/05/2022. Disponível em: https://youtu.be/dD4DD6f6-AU
FAÇA VOCÊ MESMO COM EAS. Casa de pau a pique, estrutura. Youtube. Acesso em
07/05/2022. Disponível em: https://youtu.be/RRVSUPcaCk8
DENNER. Baldrame e colunas de bambu. Youtube. Acesso em: 07/05/2022. Disponível em:
https://youtu.be/Ve5zTSYexYQ
DENNER. Vigas baldrame de bambu. Youtube. Acesso em: 07/05/2022. Disponível em:
https://youtu.be/lrAxzXb6ZCs
Contato/serviços: Matheus F. Silva Tel. 17-98833-5521; Gilberto Borges. 17-99143-2330; Gabriel Jesus. 17-99147-9879