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UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO SEMI-ÁRIDO

PRÓ-REITORIA DE GRADUAÇÃO
CENTRO MULTIDISCIPLINAR DE ANGICOS
CURSO DE BACHARELADO EM ENGENHARIA CIVIL

EUGÊNIO CUNHA CADÓ DE MACEDO

ANÁLISE COMPARITIVA DE CUSTOS ENTRE UMA COBERTURA COM


ESTRUTURA METÁLICA VERSUS ESTRUTURA DE MADEIRA

ANGICOS
2019
EUGÊNIO CUNHA CADÓ DE MACEDO

ANÁLISE COMPARITIVA DE CUSTOS ENTRE UMA COBERTURA COM


ESTRUTURA METÁLICA VERSUS ESTRUTURA DE MADEIRA

Trabalho Final de Graduação apresentado


a Universidade Federal Rural do Semi-
Árido como requisito para obtenção do
título de Bacharel em Engenharia Civil.

Orientador: Prof. Dr. Wendell Rossine


Medeiros

ANGICOS
2019
AGRADECIMENTOS

Agradeço primeiramente a Deus, por ter me guiado pelos melhores caminhos da vida,
e por ter mim dado forças para chegar até aqui.

Agradeço aos meus país, por sempre me darem os melhores conselhos, e incentivo
para sempre seguir em frente, na busca pelos meus sonhos.

Agradeço aos meus familiares, tios, avós, irmãs e primos, por sempre me estimularem,
a sempre seguir em frente, por maiores conhecimentos e conquistas.

Agradeço a minha namorada Rafaela, por sempre ter paciência comigo, e a todo
momento me incentivar a crescer academicamente e profissionalmente.

Agradeço aos meus amigos Renne, Kelly, Carlielson e Amanda, por sempre me
ajudarem nas disciplinas, desde do curso de bacharelado em ciência e tecnologia.
Principalmente, ajuda no manuseio de calculadoras e no cálculo de mmc.

Agradeço aos meus amigos Pedro Márcio, Helvis, Mateus Tito, Mateus Bastos, pela
ajuda nas disciplinas, e em vários projetos, e pela nossa amizade que vai ser para
vida toda.

Agradeço ao meu amigo Aliphe, por ter me ajudado nos projetos deste presente
trabalho, com o manuseio do software Cype Cad educacional.

Agradeço a empresa Pessoa Engenharia, por terem me proporcionado experiências


que iram agregar e muito, na minha carreira profissional.

Agradeço a meu orientador Wendell Rossine, por toda paciência e orientações,


concedidas com o intuito de se fazer bom trabalho, e proporcionar crescimento
profissional e acadêmico.

Agradeço a banca examinadora, por todas as dicas e orientações concedidas.


As conquistas após grandes dificuldades,
tem mais valor.
Autoria própria
RESUMO

As estruturas de coberturas hoje em dia são verdadeiras obras de arte, devido à os


seus formatos cada vez mais exuberantes, que exigem ao máximo da estrutura, entre
os tipos de estruturas em coberturas, merecem destaque as estruturas de aço e de
madeira, que são as mais utilizadas no Brasil. Com o objetivo de demonstrar a
diferença de custos entre estruturas de coberturas, metálicas e de madeira, foram
elaborados projetos de ambos os tipos de estruturas, no software Cype Cad
educacional, e orçado os seus respectivos custos. Levando em conta os custos com
a mão de obra em estrutura metálica é mais onerosa do que a mão de obra em
estrutura de madeira, porem a rapidez da construção em estrutura metálica, faz com
que à mesma se torne mais vantajosa, em relação a madeira, em termos de custos.
Além, de que uma residência pronta mais rápido, proporciona ao construtor lucros
maiores e em menos tempo. Levando em conta os custos com mão de obra e
materiais, identificamos que a estrutura de aço tem seu custo menor, que a estrutura
em madeira. A diferença entre os custos dos dois tipos de estrutura é considerável, e
chega a pouco mais de cinco mil reais. A partir dos resultados obtidos, podemos
concluir, que as coberturas em estrutura metálica, são economicamente mais viáveis
de serem implementadas, do que as coberturas em estrutura de madeira, desde que
sejam uma cobertura com área próxima ou acima de 200 m².

Palavras-chave: Mão de obra. Materiais. Diferença.


LISTA DE FIGURAS

Figura 1: Primeira obra em estrutura metálica do Brasil............................................14


Figura 2: Distribuição de todo aço estrutural produzido...............................................15
Figura 3: Restaurante em estrutura metálica..............................................................17
Figura 4: Cobertura com estrutura de madeira............................................................19
Figura 5: Limites de flecha para estruturas metálicas................................................24
Figura 6: Mapa de isopletas........................................................................................26
Figura 7: Considerações para o cálculo do fator de rugosidade..................................27
Figura 8: Combinações dos esforços de vento............................................................29
Figura 9: Coeficientes de ponderação.........................................................................30
Figura 10: Fatores de combinação e redução das cargas variáveis............................31
Figura 11: Coeficientes de ações permanentes de grande variabilidade....................32
Figura 12: Coeficientes de ponderação das cargas variáveis.....................................33
Figura 13: Fatores de combinação..............................................................................33
Figura 14: Estrutura em madeira.................................................................................35
Figura 15: Estrutura em aço........................................................................................36
LISTA DE TABELAS

Tabela 1: Limites de flecha para estruturas de madeiras............................................23


Tabela 2: Valores mínimos de S3................................................................................28
Tabela 3: Preço por metro das linhas de madeira........................................................37
Tabela 4: Comparativo de preços entre os perfis metálicos e de madeira................37
Tabela 5: Custos com mão de obra na construção de elementos da cobertura........38
Tabela 6: Custos entre os dois tipos de estruturas....................................................39
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ....................................................................................................... 11
2 OBJETIVOS ........................................................................................................... 13
2.1 OBJETIVO GERAL .......................................................................................... 13
2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS ............................................................................ 13
3 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ............................................................................. 14
3.1 USO DAS ESTRUTURAS METÁLICAS NO BRASIL ...................................... 15
3.2 CONSTRUÇÕES COM COBERTURAS ESTRUTURAIS DE AÇO E MADEIRA
............................................................................................................................... 16
3.3 VANTAGENS DAS ESTRUTURAS METÁLICAS RESSALTANDO SUA
REDUÇÃO DE CUSTOS ....................................................................................... 19
3.4 VANTAGENS DAS ESTRUTURAS EM MADEIRA RESSALTANDO SUA
REDUÇÃO DE CUSTOS ....................................................................................... 20
4 METODOLOGIA .................................................................................................... 22
4.1 DESCRIÇÃO E CONSIDERAÇÕES, PARA ELABORAÇÃO DO PROJETO DA
COBERTURA DA EDIFICAÇÃO ............................................................................ 22
4.2 LEVANTAMENTO DAS CARGAS DE PESO PRÓPRIO E SOBRECARGA ... 24
4.2.1 Levantamento das cargas de peso próprio da cobertura metálica ..... 25
4.2.2 Cargas de peso próprio da cobertura em estrutura de madeira.......... 25
4.3 LEVANTAMENTO DAS CARGAS DE VENTO ................................................ 25
4.2 COMBINAÇÕES DAS AÇÕES ........................................................................ 29
4.2.1 Combinações das ações para estruturas metálicas ............................. 29
4.2.2 Combinações das ações para estruturas de madeira .......................... 32
5 RESULTADOS E DISCUSSÕES ........................................................................... 35
5.1 CUSTOS ENTRE OS PERFIS DE MADEIRA E AÇO...................................... 36
5.2 ANÁLISE DOS CUSTOS COM A MÃO DE OBRA .......................................... 38
5.3 LEVANTAMENTO DO CUSTO FINAL ENTRE AS ESTRUTURAS ................. 38
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................................... 40
REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 41
ANEXO A...................................................................................................................43

ANEXO B...................................................................................................................46
11

1 INTRODUÇÃO

As estruturas de coberturas estão cada vez mais modernas, com designers


cada mais detalhados e exuberantes, que exigem ao máximo da estrutura, dentre as
estruturas em coberturas, merecem notoriedade as estruturas de aço e de madeira,
que são bastante utilizadas no Brasil.
De acordo com o CBCA (2015), as estruturas metálicas começaram a serem
utilizadas aqui no Brasil no final do século XIX, as primeiras peças metálicas que foram
utilizadas em obras no nosso país, chegaram por meio de embarcações vindas da
Europa, somente em 1946 foi instalada a primeira siderúrgica no país, a CSN
(Companhia Siderúrgica Nacional) provocando o fim da importação de aço.
Segundo o CBCA (2015), a princípio a produção de aço da CSN era de
prioridade para o setor industrial, a utilização do aço na construção civil veio ganhar
força com a criação do Centro Brasileiro da Construção em Aço (CBCA), com a missão
de atuar junto a empreendedores, arquitetos, engenheiros calculistas, e fabricantes
de estruturas metálicas, para com o desenvolvimento do uso da estrutura metálica no
Brasil.
Enquanto, que as estruturas de madeira já eram utilizadas aqui no Brasil, desde
antes de sua colonização, pois, os índios já usavam a madeira como estrutura para
cobrir suas casas (ocas), o que torna o tipo de estrutura de cobertura mais utilizado
(FLACH, 2012).
As estruturas metálicas são mais utilizadas no Brasil nas regiões sudeste e sul,
em função da maior concentração de siderúrgicas nessas regiões em especial na
região sudeste, somente o estado de São Paulo produz cerca de 42% de toda
produção em aço estrutural do país, chegando a produzir sozinho mais que todas as
outras regiões juntas (CBCA, 2016).
Segundo o portal AECweb (2019), as estruturas em coberturas de madeira são
mais econômicas em estados onde não existe siderúrgicas, como nas regiões norte,
nordeste e centro-oeste, onde nem todos estados destas regiões existe siderúrgicas,
pois, grandes distancias entre siderúrgicas e construções, acarretam em aumento do
custo em estrutura metálica, devido ao frete para o transporte das peças de aço.
Buscando saber mais sobre as estruturas metálicas e de madeira, vem a
12

questão sobre qual o melhor tipo de estrutura a ser usado, para que na cobertura de
uma residência possa ser gerado maior economia possível, sendo que a residência
está localizada no município de Natal, no estado do Rio Grande do Norte.
13

2 OBJETIVOS

Demostrar as diferenças entre coberturas com estruturas de madeira e de aço,


evidenciando os custos e a rapidez de construção entre estes tipos de estrutura.

2.1 OBJETIVO GERAL

Identificar a diferença de custos entre estruturas de coberturas, metálicas e de


madeira, através da elaboração de projetos com ambas as estruturas.

2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS

• Compreender os valores agregados das estruturas metálicas e de madeira;


• Identificar as vantagens e desvantagens entre os tipos de estruturas (metálica e de
madeira), ressaltando os custos que podem ter interferência no valor final da estrutura;
• Analisar os fatores que levam a variação do preço entre os dois tipos de estrutura.
14

3 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

De acordo com o Centro Brasileiro da Construção em Aço – CBCA (2015), as


construções em aço surgiram a cerca de 200 anos no continente europeu na
Inglaterra, mas que no Brasil só veio se iniciar obras com o uso deste tipo de estrutura
no final do século XIX, por meio de peças pré-fabricadas que eram importadas.
A primeira obra em estrutura de aço no Brasil, foi o palácio de cristal em
Petrópolis, no estado do Rio de Janeiro, no ano de 1875 (PORTAL METÁLICA, 2019).
Como observamos na figura 1.

Figura 1: Primeira obra em estrutura metálica do Brasil.

Fonte: Mapa de cultura RJ (2019).

A partir do ano de 1946 com a instalação da Companhia Siderúrgica Nacional


– CSN, a primeira siderúrgica instalada no Brasil, é que o aço começou a ser
produzido em território nacional.
Já as estruturas de madeira surgiram a mais de 1000 anos, segundo Pletz
(2016), os primeiros projetos foram desenvolvidos pelos chineses, logo em seguida
foi aperfeiçoado pelos japoneses. Anos depois os europeus desenvolveram novas
técnicas com este tipo de estrutura.
15

Mas no século XIX surgiram as estruturas de aço e de concreto armado, e


assim apareceram vários questionamentos sobre a utilização de qual tipo de estrutura
a se usar. Em meados do século XX surgiram novas indagações impulsionadas por
movimentos ambientalistas a respeito de qual tipo de estrutura era menos poluente, e
em 2005, na Conferência Mundial sobre Construções Sustentáveis em Tóquio, no
Japão, a madeira escolhida como material do futuro mais sustentável (PLETZ, 2016).

3.1 USO DAS ESTRUTURAS METÁLICAS NO BRASIL

A construção civil é o maior consumidor de todo o aço produzido no pais, em


conformidade com o CBCA (2015), cerca de 37% do aço brasileiro é designado para
a construção civil, no período de 2002 a 2012, a construção em aço no país cresceu
11% ano, enquanto a construção civil cresceu 4,3% durante o mesmo período. O uso
de estruturas metálicas em obras, como estádios, aeroportos, hotéis e residências,
demostram enorme contribuição que a estrutura metálica oferece para que tenhamos
obras mais rápidas, belas, eficazes, e com o mínimo desperdício. Na figura 2,
podemos observar a distribuição do aço designado, para o uso na construção civil.

Figura 2: Distribuição de todo aço estrutural produzido.

Fonte: CBCA (2016)


16

O aço vem despontando em relação ao concreto armado nas grandes obras


devido o aço chegar na obra em forma pré-moldada prontas para serem usadas, e
isto, proporciona maior rapidez na entrega da obra. Segundo o CBCA (2015), a
construção em estrutura metálica corresponde a 15% do setor de construções no país,
nos Estados Unidos este dado chega a 50% e na Inglaterra chega a 70%.
No Brasil se espera chegar a 20% a construção em aço nos próximos cinco
anos. Existe pouca resistência em substituir o concreto armado pela estrutura
metálica, já que não existe praticamente diferença no preço, pois a redução no tempo
de construção da obra e a redução do preço da mão-de-obra (aumento de mão-de-
obra especializada em estrutura metálica) equilibra a diferença (CBCA, 2015).
Segundo o CBCA (2016), a construção civil brasileira atesta os benefícios que
a construção em estrutura metálica proporcionou para o setor, entre estas melhorias
podemos citar, o ganho de produtividade, a rapidez na construção, menores impactos
urbanos e ambientais com a redução de desperdícios de materiais de construção.

3.2 CONSTRUÇÕES COM COBERTURAS ESTRUTURAIS DE AÇO E MADEIRA

A construção em estrutura metálica está cada vez mais crescendo no Brasil,


devido as inúmeras vantagens que este tipo de estrutura apresenta, a construção
metálica pode ser empregada em qualquer tipo de construção, como por exemplo
edifícios residenciais, hospitais, restaurantes, coberturas de quadras esportivas, em
casas residenciais, cobertura de postos de gasolina, entre outras (CORTEZ et al.,
2017). Na figura 3, observamos um restaurante em estrutura mista, em aço e madeira.
17

Figura 3: Restaurante em estrutura metálica.

Fonte: Banco de Obra do CBCA (2019).

Hoje as obras devem ter o mínimo de desperdício possível, para que haja
redução nos gastos, pois não se pode desperdiçar dinheiro, como também devido as
crises econômicas que assolam o nosso país, a, necessidade de buscar novos meios
na construção para reduzir os custos das obras.
Neste sentido as construções em aço vêm ganhando espaço, já que não há
quase nenhum desperdício neste tipo de construção, visto que as peças em aço são
cortadas já na sua fabricação com precisão milimétrica. Além de que qualquer rejeito
da obra que vir a existir, pode ser reciclado, dado que o aço é um material reciclável
(PORTAL METÁLICA, 2019).
As construções com estruturas em aço, vem crescendo gradativamente em
território nacional. De acordo com o CBCA (2016), este tipo de construção tem
demostrado participação ativa na economia mesmo em época de crise, pois, vem
empregando cerca de 30.000 trabalhadores, e um faturamento de 8,9 bilhões de reais
por ano, ainda que venhamos enfrentando crises econômicas desde 2014.
A região onde mais se constrói em estrutura metálica é na região sudeste,
devido ao alto número de produtores de aço estrutural, pois, é a região onde está
concentrado a maior quantidade de siderúrgicas do país (CBCA, 2016).
18

Segundo o CBCA (2016), a região sudeste produz 65,5% de todo o aço utilizado
na construção civil, em seguida vem a região sul com 18,4% da produção nacional, a
região nordeste é terceiro maior produtor, mas com apenas 7,8% da produção de aço
estrutural brasileira, em seguida tem-se a região centro oeste com 6,3% e a norte com
2%. Este aço produzido é distribuído, para a construção de obras pesadas
(siderúrgicas), grande porte, pequeno e médio porte, na figura abaixo vemos como a
produção do aço estrutural é distribuída.
Como a região sudeste é a maior produtora de aço estrutural e também onde
se tem a maior quantidade de mão-de-obra especializada, naturalmente se torna a
região onde mais se constrói com esse tipo de estrutura, na região nordeste que
produz apenas 7,8% da produção nacional, já se constrói bastante com estrutura
metálica, porém muito distante das regiões sul e sudeste, devido a falta de mão-de-
obra qualificada (mas que vem aumentando gradativamente por causa do avanço na
construção em aço), devido a este motivo se prefere na maioria das vezes se construir
coberturas com estruturas de madeira (CBCA,2016).
As construções com coberturas de madeira vêm sendo construídas desde o
período colonial, com estilos de coberturas herdados dos portugueses. Segundo Flach
(2012), as estruturas de madeira utilizadas para coberturas são construídas por
carpinteiros que na maioria das vezes elabora as peças da estrutura sem auxílio de
projetos, constrói as peças apenas com a sua concepção advindas das suas
experiências profissionais adquiridas ao longo da vida.
As coberturas com estruturas de madeira são bastante usadas em residências
de pequeno porte, pois, em residências acima de 200 m², existe concorrência com
outros tipos de estrutura como por exemplo a estrutura metálica. Na figura 4,
observamos a estrutura em madeira, da cobertura de uma garagem.
19

Figura 4: Cobertura com estrutura de madeira.

Fonte: Habitíssimo (2019).

3.3 VANTAGENS DAS ESTRUTURAS METÁLICAS RESSALTANDO SUA


REDUÇÃO DE CUSTOS

Menos material e mão-de-obra, uma obra com estrutura metálica todo o


material já vem pronto de fábrica, estes são cortados com precisão milimétrica,
acarretando mais rapidez na hora da montagem e, também evitando o desperdício.
Enquanto as estruturas de madeira são moldadas no local da obra por carpinteiros em
um processo bastante demorado, provocando também o desperdício de madeira
(PORTAL METÁLICA, 2019).
Reaproveitável, o aço é totalmente reciclável, se for do interesse do proprietário
do imóvel fazer uma reforma todo o aço que não for utilizado pode ser reciclado,
gerando até um certo retorno financeiro. Já em estruturas de madeira o que deixa de
ser utilizado no imóvel, na maioria das vezes vira entulho (PEREIRA, 2018).
Para uma construtora a estrutura metálica gera um retorno financeiro mais
rápido, este retorno mais rápido levar as empresas a investirem logo em seguida,
acarretando maior lucratividade. De acordo com o Portal Metálica (2019), uma obra
em estrutura de aço fica pronta 40% mais rápida que em outros tipos de obras.
20

As estruturas em aço aliviam as solicitações de cargas que as fundações são


submetidas, reduzindo os gastos em fundações, de acordo com o Portal Metálica
(2019), estes custos chegam a serem reduzidos em até 30% do valor total das
fundações.
As estruturas metálicas não tem problemas de ficarem tortas ou encurvadas
(desde que sejam bem projetadas), o que acontece bastante com as coberturas em
estrutura de madeira devido a umidade presente em suas peças, como também são
utilizadas ainda estado inadequado para uso (em estado verde). As curvaturas que
ocorrem na madeira devido ao alto teor de umidade, isto é, acima de 12%, geram
problemas como rachaduras no forro de gesso presente no teto, ocasionando gastos
extras que são evitados com as coberturas em estrutura metálica (RODRIGUES,
2018).
As construções em aço poluem menos o ambiente que as construções em
madeira, devido não se usar serras, furadeiras e martelos, a poluição sonora é mínima
o que proporciona uma certa harmonia com a vizinhança. Além de não existir
desperdício de aço, pois, todo o material é reciclado, e também suas peças são
produzidas em fabricas (CBCA, 2019).
O aço é um material inorgânico, e homogêneo que ao ser usado na construção
civil em condições climáticas naturais não apresentam considerável variabilidade no
tamanho de suas peças. Ao contrário da madeira que é um material orgânico, e
heterogêneo que pode ocorrer expansão ou retração da madeira de acordo com a
umidade do ambiente (RODRIGUES, 2018).

3.4 VANTAGENS DAS ESTRUTURAS EM MADEIRA RESSALTANDO SUA


REDUÇÃO DE CUSTOS

A madeira é um dos materiais mais antigos usados na construção civil, devido


ser um objeto bastante conhecido, como também não exige mão-de-obra com
conhecimentos especiais, seu custo com mão-de-obra é menor que o custo com mão-
de-obra em estrutura metálica (PORTAL MADEIRA, 2008).
A madeira é um material presente em todo nosso país devido a isto pode ser
encontrada em todas as regiões, ao contrário do aço que não é tão presente quanto
21

a madeira, principalmente na região norte. Em regiões onde não existe siderúrgicas o


preço da madeira chega a ser mais baixo que o preço do aço (AECWEB, 2019).
A madeira estrutural repassar para o cliente uma boa segurança, em caso de
ser submetida a altas temperaturas, a madeira consegue manter sua função estrutural
mais tempo que a estrutura em aço, o que pode acarretar economia dependendo do
estado do imóvel (RODRIGUES, 2018).
22

4 METODOLOGIA

Foi realizado uma pesquisa de cunho exploratória com o intuito de proporcionar


maior proximidade com o problema, a fim de relata sobre os usos, vantagens em
relação aos gastos, das coberturas em estruturas metálicas e de madeira.
Onde foi elaborado dois projetos da cobertura de uma residência, um em
estrutura de madeira e o outro em estrutura de aço, com a finalidade de analisar os
possíveis custos entre os dois projetos.

4.1 DESCRIÇÃO E CONSIDERAÇÕES, PARA ELABORAÇÃO DO PROJETO DA


COBERTURA DA EDIFICAÇÃO

A construção se trata de uma residência de auto padrão, que será construída


no estado do Rio Grande do Norte (RN), na região metropolitana de Natal. A
residência conta com uma cobertura, com área de aproximadamente 200 m², com 8
quedas de água, ambas inclinadas a 40%.
Para elaboração dos projetos, levou em consideração o detalhamento, e o
dimensionamento da estrutura principal, onde se levou em consideração as cargas
advindas das telhas, caibros, ripas, vento e sobrecarga.
Para o dimensionamento do projeto no software Cype Educacional, no
processo de cálculo, foi inserido as cargas advindas do peso próprio das telhas,
caibros e ripas, de forma manual. No Cype Educacional, foi dimensionada apenas as
terças, tesouras, contraventamentos e travamentos. Portanto, o que é dimensionado
no software, as cargas advindas do peso próprio das peças dimensionadas, são
calculadas automaticamente.
As terças foram posicionadas de forma a respeitar a distância máxima entre
elas, pois, segundo Moliterno (2010), a distância máxima entre terças é de 1,5 metros
(m), além, da distância máxima das ripas que é de 0,35 m, e a dos caibros que varia
de 0,40 até 0,60 m, no nosso caso foi estimado para usar os caibros distanciados a
0,50 m.
As tesouras foram posicionadas de forma a respeitar a distância de 8,00 m,
pois, de acordo com Moliterno (2010), os vãos ficando livres até 8,00 m, as bitolas
23

comerciais satisfazem com folga os esforços, que forem solicitados nas barras, desde
que sejam respeitadas as distâncias máximas entre terças, ripas e caibros.
Também as tesouras foram posicionadas, de modo a apoiar as terças, que
davam apoio as quedas de água em direção longitudinal a residência. De acordo com
Moliterno (2010), o comprimento destas quedas de água é L/2, onde “L” é a largura
da cobertura, onde está posicionada a queda de água.
As flechas limites para estruturas de madeira, com carregamentos de longa
duração, de acordo com Moliterno (2010), é definida como L/200, onde L é o
comprimento da barra que está sendo solicitada. As flechas limites para estruturas de
madeira podem ser retiradas da tabela 1.

Tabela 1: Limites de flecha para estruturas de madeiras


Deslocamentos Deslocamentos
Ações a considerar
calculados limites
Permanentes + variáveis em Em um vão L entre
Construções L/200
combinação de longa apoios
correntes
duração Em balanço de vão L L/100
Em um vão L entre L/350
Permanentes + variáveis em apoios
Construções combinação de média e
com materiais curta duração L/175
frágeis não- Em balanço de vão L
estruturais Em um vão L entre
Variáveis em combinação L/300 < 15 mm
apoios
de média e curta duração
Em balanço de vão L L/150 < 15 mm
Fonte: Moliterno (2010)

Já as flechas limites para coberturas em estruturas de aço, de acordo com a


ABNT NBR 8800 (2008), é de L/250 para vigas e L/180 para terças, onde L é o
comprimento da barra que está sofrendo esforços. Os limites de flecha para estruturas
de aço são demostrados na figura 5.
24

Figura 5: Limites de flecha para estruturas metálicas

Fonte: ABNT NBR 8800 (2008)

4.2 LEVANTAMENTO DAS CARGAS DE PESO PRÓPRIO E SOBRECARGA

A sobrecarga considerada foi de 0,25 KN/m², conforme especificação da ABNT


NBR 8800 (2008), que indica o uso desta carga característica em telhados comuns.
A telha escolhida para nossa cobertura foi do tipo cerâmica, modelo colonial,
conforme foi especificado pelo arquiteto, responsável pela elaboração do projeto
arquitetônico. De acordo com Logsdon (2002), a carga advinda do peso próprio da
telha colonial, é 500 N/m² ou 0,5 KN/m².
25

4.2.1 Levantamento das cargas de peso próprio da cobertura metálica

O perfil de aço escolhido para atuar como se fosse um caibro, foi U 76,2 x 4,3
de aço A 36, com peso nominal de 6,1 Kg/m, com peso de 18,3 Kg/m², e sua carga é
0,18 KN/m².
O perfil de aço selecionado para atuar como ripa, foi do tipo cantoneira de abas
iguais, perfil L 5/8 x 1/8” (” unidade em polegadas), de peso nominal 0,71 Kg/m,
resultando em uma carga de 0,03 KN/m².
Após a elaboração do projeto estabeleceu-se que para as terças, o perfil U
152,4 x 5,1. Para as Tesouras, no banzo inferior foi utilizado o perfil U 76,2 x 4,3, no
banzo superior perfil U 101,6 x 4,6, para os contraventamentos das tesouras foi
utilizado cantoneira dupla de abas iguais, com espessuras entre 1/8’’ e ¼’’. Nos
travamentos da estrutura foi utilizado cantoneiras simples de abas iguais, com
espessuras entre 1/8’’ e ¼’’, como também cantoneiras de abas iguais com
espessuras maiores, como as cantoneiras L 2 X 5/16”, L 76.2 X 7.9 mm, L 101.6 X
11.1 mm, L 127 X 9.5 mm, L 4 x 3/8”.

4.2.2 Cargas de peso próprio da cobertura em estrutura de madeira

Para o projeto em estruturas de madeira os caibros e ripas utilizados, foram de


madeira dicotiledônea C 60. As dimensões dos caibros eram de 5 x 6 cm, que resultou
para estrutura uma carga de 0,10 KN/m², e as dimensões das ripas utilizadas eram de
1,5 x 5 cm, resultando uma carga para estrutura de 0,03 KN/m².
Para as terças da estrutura de madeira foi estabelecido o perfil 5 x 24 cm, para
as tesouras no banzo inferior foi utilizado o perfil 5 x 13 cm, no banzo superior o perfil
escolhido foi 5 x 24 cm. Os perfis utilizados nos contraventamentos e travamentos da
estrutura, foram perfil 5 x 9 cm, 5 x 29 cm, 5 x 11 cm, 5 x 13 cm, 5 x 18 cm, 8 x 13 cm
e 5 x 24 cm.

4.3 LEVANTAMENTO DAS CARGAS DE VENTO


26

As cargas de vento foram levantadas obedecendo os requisitos da NBR 6123,


e os cálculos para obtenção da mesma foi calculado pelo software VisualVentos.
Porém, foi preciso definir alguns requisitos, para que o software automatizasse os
cálculos no sentido de obter as cargas de vento.
Primeiramente obtivemos V0, que de acordo com a ABNT NBR 6123 (1988), é
a máxima velocidade média medida sobre 3 segundos, que pode ser excedida uma
vez a cada 50 anos. A velocidade V0, foi encontrada através do mapa de isopletas
(figura 6), fornecido pela NBR 6123, o mesmo demostrar as velocidades básicas de
todo o Brasil, e de acordo com a nossa construção que será no Rio Grande do Norte,
V0 = 30m/s.

Figura 6: Mapa de isopletas.

Fonte: ABNT NBR 6123 (1988)

Em seguida foi definido alguns requisitos para obtenção do fator topográfico


(S1), os valores de S1 são definidos de acordo com topografia do terreno, no nosso
caso foi definido que a nossa construção será em um terreno plano ou pouco
27

acidentado, para este tipo de terreno a ABNT NBR 6123 (1988), estabelece que o
valor de S1 = 1.
Para calcular os valores do fator de rugosidade do terreno (S2), é necessário
definir as dimensões da edificação e as categorias terreno, expressos na figura 7.
Figura 7: Considerações para o cálculo do fator de rugosidade.

Fonte: Adaptado do VisualVentos (2019)

Após a definição das dimensões da edificação e as categorias do ambiente


onde a construção se enquadra, o software VisualVentos chegou ao valor de S2 =
0,92.
Por último definimos o fator estatístico (S3), segundo a ABNT NBR 6123 (1988),
este fator leva em consideração o grau de segurança requerido para edificação sua
vida útil. Os valores são normatizados pela ABNT NBR 6123, e são definidos de
acordo com grupo de edificação, como observamos na tabela 2.
28

Tabela 2: Valores mínimos de S3


Grupo Descrição S3
Edificações cuja ruína total ou parcial pode
afetar a segurança ou possibilidade de
1 socorro a pessoas após uma tempestade 1,10
destrutiva (hospitais, quartéis de bombeiros e
de forças de segurança, centrais de
comunicação, etc.)
Edificações para hotéis e residências.
2 Edificações para comércio e indústria com 1,00
alto fator de ocupação
Edificações e instalações industriais com
3 baixo fator de ocupação (depósitos, silos, 0,95
construções rurais, etc.)

4 Vedações (telhas, vidros, painéis de 0,88


vedação, etc.)
5 Edificações temporárias. Estruturas dos 0,83
grupos 1 a 3 durante a construção
Fonte: ABNT NBR 6123 (1988)

Como a nossa construção irá ser do tipo residencial, de acordo com a tabela 3
o valor do fator estatístico, S3 = 1.
Após calcularmos os fatores S1, S2 e S3, da edificação a ser construída,
definimos a velocidade característica do vento (Vk), através da equação 1.
(1)
𝑉𝑘 = 𝑉0 ∗ 𝑆1 ∗ 𝑆2 ∗ 𝑆3

Posteriormente o cálculo de Vk, calcula-se a pressão dinâmica do vento (carga


de vento), por meio da equação 2.
(2)
𝑞 = 0,613 ∗ 𝑉𝑘²
29

No nosso caso a pressão dinâmica causada pelo vento, ficou em torno de 0,47
KN/m².
Após os cálculos da pressão dinâmica do vento na edificação a ser construída,
automaticamente o software calcula os coeficientes de pressão externo (Cpe) e o de
pressão interno (Cpi) da edificação. Em seguida o software define quatro combinações
de cargas causadas pelo vento, duas combinações com o vento incidindo a 0° e duas
com o vento incidindo a 90°, em seguida é escolhido a combinação que mais exige da
estrutura da cobertura, na figura 8 observamos as combinações das cargas de vento.

Figura 8: Combinações dos esforços de vento

Fonte: Adaptado VisualVentos (2019)

Por fim, após todos os cálculos e considerações a carga variável de vento, que
poderá incidir sobre a edificação será, 0,47 KN/m².

4.2 COMBINAÇÕES DAS AÇÕES


4.2.1 Combinações das ações para estruturas metálicas

Para edificações com coberturas em estruturas metálicas as cargas


permanentes, são somadas e multiplicada pelo seu coeficiente de ponderação, os
30

coeficientes são normatizados pela ABNT NBR 8800 (2008), como observamos na
figura 9.

Figura 9: Coeficientes de ponderação

Fonte: ABNT NBR 8800 (2008)


31

No nosso caso, para as cargas permanentes foi selecionado combinações


normais com coeficiente de 1,25, no caso das cargas variáveis, foi escolhido o
coeficiente de 1,5, que é o caso de ações normais.
No caso de ações variáveis é necessário a escolha de fatores de combinação,
para a escolha da combinação de cargas, que mais pode exigir da estrutura, os fatores
de combinação e redução, podem ser observados na figura 10.
Figura 10: Fatores de combinação e redução das cargas variáveis

Fonte: ABNT NBR 8800 (2008)

No nosso caso o fator escolhido foi 0,6 para a ação do vento e 0,8 para a ação
de sobrecarga. Após a escolha dos fatores, é calculado as combinações, por meio da
equação 3.
(3)
𝑚 𝑛

𝐹𝑑 = ∑(𝛾𝑔𝑖 ∗ 𝐹𝑔𝑖, 𝑘) + 𝛾𝑞1 ∗ 𝐹𝑞1, 𝑘 + ∑(ɣ𝑞𝑗 ∗ 𝛹0𝑗 ∗ 𝐹𝑞𝑗, 𝑘)


𝑖=1 𝑗=2
32

Onde:
Fgi, k – representa os valores característicos das ações permanentes;
Fq1, k – é o valor característico da ação variável considerada principal para a
combinação;
Fqj, k – representa os valores característicos das ações variáveis que podem atuar
concomitantemente a ação variável principal.
Logo, após ser calculada todas as combinações, é selecionada a combinação
que mais exige da estrutura, para o dimensionamento dos perfis da estrutura.

4.2.2 Combinações das ações para estruturas de madeira

As edificações com cobertura em estrutura de madeira, suas cargas


permanentes, são somadas e multiplicada pelo seu coeficiente de ponderação
(responsável por majorar as cargas), os coeficientes são normatizados pela ABNT
NBR 7190 (1997), e podem ser observados na figura 11.

Figura 11: Coeficientes de ações permanentes de grande variabilidade

Fonte: ABNT NBR 7190 (1997)

No nosso caso foi considerado que a estrutura da cobertura, provoca ações de


grande variabilidade, neste caso nas combinações, para ações normais se considerou
o coeficiente de 1,4.
Para ações variáveis, os coeficientes responsáveis por majorar as ações de
sobrecarga e vento, foram observados na figura 12.
33

Figura 12: Coeficientes de ponderação das cargas variáveis

Fonte: ABNT NBR 7190 (1997)

Consideramos o coeficiente de 1,4, em seguida definimos os fatores de


combinação e utilização, através da figura 13.

Figura 13: Fatores de combinação


34

Fonte: ABNT NBR 7190 (1997)

Os fatores escolhidos foram 0,5 para ações do vento e 0,4 para ações de
sobrecarga. Após definirmos os fatores de combinação, e os coeficientes de
ponderação, calculamos as combinações pela equação 4.
(4)
𝑚 𝑛

𝐹𝑑 = ∑ 𝛾𝑔𝑖 ∗ 𝐹𝑔𝑖, 𝑘 + 𝛾𝑞 ∗ [𝐹𝑞1, 𝑘 + ∑ 𝛹0𝑗 ∗ 𝐹𝑞𝑗, 𝑘 ]


𝑖=1 𝑗=2

Após os cálculos das combinações, escolhemos a combinação que mais


exigir os esforços da estrutura.
35

5 RESULTADOS E DISCUSSÕES

Os projetos foram elaborados, de forma a garantir a segurança da estrutura, e


reduzir ao máximo os custos com as peças da estrutura. Através da utilização de
travamentos pode-se reduzir as dimensões e o peso dos perfis, utilizados na
construção dos elementos principais, como linhas e tesouras da estrutura.
Os travamentos atuam de forma a evitar o deslocamento, dos elementos
principais, evitando assim, o uso de perfis mais robustos. Através das figuras 14 e 15,
podemos observar, como ficou distribuídas a estrutura principal das coberturas em
aço e madeira.

Figura 14: Estrutura em madeira

Fonte: Autoria própria


36

Figura 15: Estrutura em aço

Fonte: Autoria própria

5.1 CUSTOS ENTRE OS PERFIS DE MADEIRA E AÇO

Os custos em perfis de madeira, varia de acordo com suas dimensões, e o tipo


da madeira, no nosso caso a estrutura foi toda dimensionada, para usar madeira do
tipo maçaranduba, para elaboração do orçamento em estrutura de madeira, os preços
dos perfis, utilizados foram fornecidos pela empresa Zani Madeiras, e podem ser
observados, Tabela 3.
37

Tabela 3: Preço por metro das linhas de madeira


MASSARANDUBA
Descrição Preço (R$)/m
Linha 5 x 9 20,67
Linha 5 x 11 24,73
Linha 5 x 13 29,99
Linha 5 x 18 41,39
Linha 5 x 24 55,35
Linha 5 x 29 67,57
Fonte: Adaptado Zani Madeiras

Já os preços de perfis metálicos não diferem muito entre si, os valores


fornecidos pela empresa ArcelorMittal, fixam os preços de perfis metálicos em “U”, em
R$ 4,70 o quilograma (Kg), para cantoneiras o preço do Kg, é R$ 4,22.
Levando em consideração os preços dos perfis de madeira e aço, podemos
observar na tabela 4, a diferença de preços entre os perfis por metro.

Tabela 4: Comparativo de preços entre os perfis metálicos e de madeira


Variação de Preços dos Perfis por Metro
Local do Perfil Utilizado Madeira (R$/m) Aço (R$/m)
Banzo Superior 55,35 37,79
Banzo Inferior 29,99 28,67
Terças 55,35 57,34
Fonte: Autoria própria

De acordo com os dados da tabela 4, podemos identificar que os preços entre


os perfis utilizados no banzo inferior e nas terças, não diferem muito entre si, porem
no banzo superior foi usado um perfil em madeira que tem considerável valor em
relação a perfil de aço. Acarretando, em maior custo da armação de madeira em
relação a armação de aço.
38

5.2 ANÁLISE DOS CUSTOS COM A MÃO DE OBRA

Através do SINAPI (Sistema Nacional de Pesquisa de Custos e Índices da


Construção Civil), obtivemos os preços unitários de mão de obra, e equipamentos que
foram utilizados para levantamento do orçamento dos projetos de estrutura. Com o
intuito de identificar os custos com mão de obra, e equipamentos, devemos observar
a tabela 5, onde estão dispostos os dados sobre preço e tempo, para execução de
elementos da cobertura.

Tabela 5: Custos com mão de obra na construção de elementos da cobertura


Mão de Obra
Elementos da Estrutura Carpinteiro Montador
Total de horas R$/H Total de horas R$/H
Terça de 12 m 26,229 13,51 2,844 24,67
Trama (1 m²) 0,118 13,51 0,213 24,67
Total (R$) 355,95 75,42
Fonte: Autoria própria

Por meio da tabela 5, concluímos que a mão de obra em estrutura metálica é


mais onerosa do que a mão de obra em estrutura de madeira, porem a rapidez da
construção em estrutura metálica, faz com que à mesma se torne mais vantajosa, em
relação a madeira, em termos de custos. Além, de que uma residência pronta mais
rápido, proporciona ao construtor lucros maiores e em menos tempo.

5.3 LEVANTAMENTO DO CUSTO FINAL ENTRE AS ESTRUTURAS

Levando em consideração os custos, de material e a mão de obra, dos projetos


elaborados, com o intuito de chegar o valor final de cada estrutura, por meio de um
orçamento, por meio da tabela 6, podemos observar o custo entre os dois tipos de
estruturas abordadas.
39

Tabela 6: Custos entre os dois tipos de estruturas


Custo Total de Cada Estrutura
Componentes da Cobertura Aço (R$) Madeira (R$)
Treliça (12 m) 2.105,63 3.524,36
Treliça (12 m) 1.906,99 2.956,34
Treliça (6 m) 609,92 1.217,03
Treliça (6 m) 609,92 1.217,03
Treliça (7 m) 933,13 1.795,87
Trama (200 m²) 16.979,08 21.936,50
Pintura 4.312,22 _________
Custo Total (R$) 27.456,89 32.647,14
Fonte: Autoria própria

Por meio da tabela 4, identificamos que a estrutura de aço tem seu custo menor,
que a estrutura em madeira. A diferença entre os custos dos dois tipos de estrutura é
considerável, e chega a pouco mais de cinco mil reais.
40

6 CONSIDERAÇÕES FINAIS

A partir dos resultados obtidos podemos concluir, que a mão de obra para se
construir coberturas em estrutura metálica tem seu custo mais elevado, porem a
rapidez de sua construção se torna mais vantajosa que a estrutura de madeira.
Além, de que os valores dos perfis madeira variam muito os seus preços de
acordo com as suas dimensões, muitas vezes se tornam mais onerosos que os perfis
metálicos, pois, os perfis metálicos não tem considerada variação de preço, já que
mesmo é vendido por Kg.
Também as coberturas em estrutura metálica, são economicamente mais
viáveis de serem implementadas, do que as coberturas em estrutura de madeira,
desde que sejam uma cobertura com área próxima ou acima de 200 m².
Para aqueles que desejam realizar futuros trabalhos na área, sugiro a
realização de projetos, de coberturas de residências menores, para identificar até que
tamanho de coberturas é viável a construção de estrutura metálica, em relação a
estrutura de madeira.
41

REFERÊNCIAS

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRAS DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 6123: Forças devidas


ao vento em edificações. 1 ed. Rio de Janeiro: Abnt, 1988. 66 p.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRAS DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 7190: Projeto de


estruturas de madeira. 1 ed. Rio de Janeiro: Abnt, 1997. 107 p.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRAS DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 8800: Projeto de


estruturas de aço e de estruturas mistas de aço e concreto de edifícios. 2 ed. Rio de
Janeiro: Abnt, 2008. 237 p.

BRASIL. CENTRO BRASILEIRO DA CONSTRUÇÃO EM AÇO. A Evolução da


Construção em Aço no Brasil. 2015. Disponível em: <http://www.cbca-
acobrasil.org.br/site/noticias-detalhes.php?cod=7074>. Acesso em: 15 abr. 2019.

BRASIL. CENTRO BRASILEIRO DA CONSTRUÇÃO EM AÇO. Banco de


Obras: Restaurante do osso. Disponível em: <http://www.cbca-
acobrasil.org.br/banco-de-obras/>. Acesso em: 11 abr. 2019.

BRASIL. CENTRO BRASILEIRO DA CONSTRUÇÃO EM AÇO. Estrutura metálica é


aposta na construção. 2015. Disponível em: <http://www.cbca-
acobrasil.org.br/site/noticias-detalhes.php?cod=7072>. Acesso em: 10 abr. 2019.

BRASIL. CENTRO BRASILEIRO DA CONSTRUÇÃO EM AÇO. O Desempenho da


Construção em Aço. 2016. Disponível em: <http://www.cbca-
acobrasil.org.br/noticias-detalhes.php?cod=7254>. Acesso em: 13 abr. 2019.

BRASIL. CENTRO BRASILEIRO DA CONSTRUÇÃO EM AÇO. Vantagens. 2019.


Disponível em: <http://www.cbca-acobrasil.org.br/site/construcao-em-aco-
vantagens.php>. Acesso em: 18 maio 2019.

CORTEZ, Lucas Azevedo da Rocha et al. Uso das Estruturas de Aço no


Brasil. Cadernos de Graduação, Alagoas, v. 4, n. 2, p.217-228, nov. 2017. Disponível
em: <https://periodicos.set.edu.br/index.php/fitsexatas/article/download/5215/2570>.
Acesso em: 18 maio 2019.

FLACH, Rafael Schneider. Estruturas para Telhados: Análise Técnica de Soluções.


2012. 81 f. TCC (Graduação) - Curso de Engenharia Civil, Engenharia Civil,
Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 2012. Disponível em:
<https://lume.ufrgs.br/bitstream/handle/10183/65439/000864069.pdf>. Acesso em: 05
abr. 2019.

HABITISSIMO. Estrutura em Madeira. Disponível em:


<https://fotos.habitissimo.com.br/foto/estrutura-em-madeira_488271>. Acesso em: 15
abr. 2019.
42

LOGSDON, Norman Barros. ESTRUTURAS DE MADEIRA PARA COBERTURAS,


SOB A ÓTICA DA NBR 7190/1997. Cuiabá: Ufmt, 2002. 66 p.

MOLITERNO, Antônio. Caderno de Projetos de Telhados em Estruturas de


Madeira. 4. ed. São Paulo: Blucher, 2010. 284 p. [Revisão] Reyolando Manoel L. R.
da Fonseca Brasil.

PEREIRA, Caio. Estrutura Metálica: Processo executivo, vantagens e desvantagens.


Escola Engenharia. 2018. Disponível em:
https://www.escolaengenharia.com.br/estrutura-metalica/. Acesso em: 15 de maio de
2019.

PLETZ, Everaldo. A história da construção com madeira. 2016. Disponível em:


<http://madeiraeconstrucao.com.br/a-historia-da-construcao-com-madeira/>. Acesso
em: 11 abr. 2019.

PORTAL AECWEB. Estrutura de madeira tem vantagens, mas falta mão de obra
especializada. 2019. Disponível em:
<https://www.aecweb.com.br/cont/m/rev/estrutura-de-madeira-tem-vantagens-mas-
falta-mao-de-obra-especializada_8594_10_0>. Acesso em: 20 maio. 2019.

PORTAL DA MADEIRA. Uso de Madeira: Vantagens e desvantagens. 2008.


Disponível em: <http://portaldamadeira.blogspot.com/2008/12/vantagens-e-
desvantagens.html>. Acesso em:17 maio 2019.

PORTAL METÁLICA. Construções Metálicas: O uso do aço na construção civil.


Disponível em: <http://wwwo.metalica.com.br/construcoes-metalicas-o-uso-do-aco-
na-construcao-civil>. Acesso em: 03 abr. 2019.

PORTAL METÁLICA. Histórico da Estrutura Metálica. 2019. Disponível


em: <http://wwwo.metalica.com.br/historico-da-estrutura-metalica>. Acesso em: 16
maio 2019.

RIO DE JANEIRO. Petrobras. Secretaria de Estado de Cultura. Palácio de


Cristal. Disponível em: <http://mapadecultura.rj.gov.br/manchete/palacio-de-
cristal#prettyPhoto>. Acesso em: 09 abr. 2019.

RODRIGUES, Luana Monteiro. A madeira e sua utilização na construção


civil. 2018. Disponível em: <https://www.webartigos.com/artigos/a-madeira-e-sua-
utilizacao-na-construcao-civil/159256>. Acesso em: 19 maio 2019.
ANEXO A

Orçamento
Levantamento do Custo da Estrutura, de uma Cobertura em Aço

Código Item Descrição Unid. Quant. Coef. Custo Unit. (R$) Custo Total (R$)
FABRICAÇÃO E INSTALAÇÃO DE TESOURA INTEIRA EM
92600 1 AÇO, VÃO DE 12 M, PARA TELHA CERÂMICA OU DE UN 1 2105,63 2105,63
CONCRETO, INCLUSO IÇAMENTO. AF_12/2015

CANTONEIRA ACO ABAS IGUAIS (QUALQUER BITOLA),


4777 1.1 KG 214,3903 4,22
ESPESSURA ENTRE 1/8" E 1/4"
ELETRODO REVESTIDO AWS - E7018, DIAMETRO
10997 1.2 KG 0,522 19,9
IGUAL A 4,00 MM

1.3 PERFIL "U" DE ACO LAMINADO, "U" 76,2 x 4,3 KG 70,76 4,7

MONTADOR DE ESTRUTURA METÁLICA COM


88278 1.4 H 2,844 24,67
ENCARGOS COMPLEMENTARES
88316 1.5 SERVENTE COM ENCARGOS COMPLEMENTARES H 0,656 13,62
INSTALAÇÃO DE TESOURA (INTEIRA OU MEIA), EM
AÇO, PARA VÃOS MAIORES OU IGUAIS A 10,0 M E
92258 1.6 UN 1 299,4
MENORES QUE 12,0 M, INCLUSO IÇAMENTO.
AF_12/2015

1.7 PERFIL "U" DE ACO LAMINADO, "U" 101,6 x 4,6 KG 102,01 4,7

FABRICAÇÃO E INSTALAÇÃO DE TESOURA INTEIRA EM


92600 2 AÇO, VÃO DE 12 M, PARA TELHA CERÂMICA OU DE UN 1 1906,99 1906,99
CONCRETO, INCLUSO IÇAMENTO. AF_12/2015

CANTONEIRA ACO ABAS IGUAIS (QUALQUER BITOLA),


4777 2.1 KG 167,3202 4,22
ESPESSURA ENTRE 1/8" E 1/4"
ELETRODO REVESTIDO AWS - E7018, DIAMETRO
10997 2.2 KG 0,522 19,9
IGUAL A 4,00 MM

2.3 PERFIL "U" DE ACO LAMINADO, "U" 76,2 x 4,3 KG 70,76 4,7

MONTADOR DE ESTRUTURA METÁLICA COM


88278 2.4 H 2,844 24,67
ENCARGOS COMPLEMENTARES

88316 2.5 SERVENTE COM ENCARGOS COMPLEMENTARES H 0,656 13,62

INSTALAÇÃO DE TESOURA (INTEIRA OU MEIA), EM


AÇO, PARA VÃOS MAIORES OU IGUAIS A 10,0 M E
92258 2.6 UN 1 299,4
MENORES QUE 12,0 M, INCLUSO IÇAMENTO.
AF_12/2015

2.7 PERFIL "U" DE ACO LAMINADO, "U" 101,6 x 4,6 KG 102,01 4,7

FABRICAÇÃO E INSTALAÇÃO DE TESOURA INTEIRA EM


92588 3 AÇO, VÃO DE 6 M, PARA TELHA CERÂMICA OU DE UN 2 609,92 1219,83
CONCRETO, INCLUSO IÇAMENTO. AF_12/2015
CANTONEIRA ACO ABAS IGUAIS (QUALQUER BITOLA),
4777 3.1 KG 16,0142 4,22
ESPESSURA ENTRE 1/8" E 1/4"
ELETRODO REVESTIDO AWS - E7018, DIAMETRO
10997 3.2 KG 0,378 19,9
IGUAL A 4,00 MM
3.3 PERFIL "U" DE ACO LAMINADO, "U" 76,2 x 4,3 KG 35,38 1,7

MONTADOR DE ESTRUTURA METÁLICA COM


88278 3.4 H 2,133 24,67
ENCARGOS COMPLEMENTARES

88316 3.5 SERVENTE COM ENCARGOS COMPLEMENTARES H 0,492 13,62


INSTALAÇÃO DE TESOURA (INTEIRA OU MEIA), EM
AÇO, PARA VÃOS MAIORES OU IGUAIS A 6,0 M E
92256 3.6 UN 1 192,02
MENORES QUE 8,0 M, INCLUSO IÇAMENTO.
AF_12/2015

3.7 PERFIL "U" DE ACO LAMINADO, "U" 101,6 x 4,6 KG 47,516 4,7

FABRICAÇÃO E INSTALAÇÃO DE TESOURA INTEIRA EM


92590 4 AÇO, VÃO DE 7 M, PARA TELHA CERÂMICA OU DE UN 1 933,13 933,13
CONCRETO, INCLUSO IÇAMENTO. AF_12/2015

CANTONEIRA ACO ABAS IGUAIS (QUALQUER BITOLA),


4777 4.1 KG 42,7541 4,22
ESPESSURA ENTRE 1/8" E 1/4"

ELETRODO REVESTIDO AWS - E7018, DIAMETRO


10997 4.2 KG 0,378 19,9
IGUAL A 4,00 MM

4.3 PERFIL "U" DE ACO LAMINADO, "U" 76,2 x 4,3 KG 43,005 4,7

MONTADOR DE ESTRUTURA METÁLICA COM


88278 4.4 H 2,133 24,67
ENCARGOS COMPLEMENTARES

88316 4.5 SERVENTE COM ENCARGOS COMPLEMENTARES H 0,492 13,62


INSTALAÇÃO DE TESOURA (INTEIRA OU MEIA), EM
AÇO, PARA VÃOS MAIORES OU IGUAIS A 6,0 M E
92256 4.6 UN 1 192,02
MENORES QUE 8,0 M, INCLUSO IÇAMENTO.
AF_12/2015
4.7 PERFIL "U" DE ACO LAMINADO, "U" 101,6 x 4,6 KG 62,069 4,7
TRAMA DE AÇO COMPOSTA POR TERÇAS PARA
5 TELHADOS DE ATÉ 2 ÁGUAS, INCLUSO TRANSPORTE m² 200 84,90 16979,08
VERTICAL. AF_12/2015

5.1 PERFIL "U" DE ACO LAMINADO, "U" 152,4 x 5,1 KG 11,532 4,7

PARAFUSO, COMUM, ASTM A307, SEXTAVADO,


40549 5.2 DIAMETRO 1/2" (12,7 MM), COMPRIMENTO 1" (25,4 CENTO 0,007 125,94
MM)
MONTADOR DE ESTRUTURA METÁLICA COM
88278 5.3 H 0,213 24,67
ENCARGOS COMPLEMENTARES

88316 5.4 SERVENTE COM ENCARGOS COMPLEMENTARES H 0,105 13,62

GUINCHO ELÉTRICO DE COLUNA, CAPACIDADE 400


93281 5.5 CHP 0,0067 20,72
KG, COM MOTO FREIO, MOTOR TRIFÁSICO DE 1,25
CV - CHP DIURNO. AF_03/2016

GUINCHO ELÉTRICO DE COLUNA, CAPACIDADE 400


93282 5.6 CHI 0,0093 20
KG, COM MOTO FREIO, MOTOR TRIFÁSICO DE 1,25
CV - CHI DIURNO. AF_03/2016
CANTONEIRA ACO ABAS IGUAIS (QUALQUER BITOLA),
4777 5.7 KG 4,788 4,22
ESPESSURA ENTRE 1/8" E 1/4"
5.8 PERFIL "U" DE ACO LAMINADO, "U" 76,2 x 4,3 KG 0,323 4,7
5.9 KG 0,035 4,22
CANTONEIRA ACO ABAS IGUAIS, ESPESSURA 7,94 mm
5.10 KG 0,045 4,22
CANTONEIRA ACO ABAS IGUAIS, ESPESSURA 7,9 mm

5.11 KG 0,092 4,22


CANTONEIRA ACO ABAS IGUAIS, ESPESSURA 9,5 mm
5.12 KG 0,084 4,22
CANTONEIRA ACO ABAS IGUAIS, ESPESSURA 11,1 mm
79514/1 6 PINTURA EPOXI, TRES DEMAOS m² 216,61 19,908 4312,22
5318 6.1 SOLVENTE DILUENTE A BASE DE AGUARRAS L 0,06 12,78

88310 6.2 PINTOR COM ENCARGOS COMPLEMENTARES H 0,5 19,62

88316 6.3 SERVENTE COM ENCARGOS COMPLEMENTARES H 0,4 13,62

6.4 TINTA EPÓXI PRIMER VERMELHO ÓXIDO L 0,054 71,907

CUSTO TOTAL DA ESTRUTURA DA COBERTURA EM AÇO 27456,89


ANEXO B

Orçamento

Levantamento do Custo da Estrutura, de uma Cobertura em Madeira

Código Item Descrição Unid. Quant. Coef. Custo Unit. (R$) Custo Total (R$)
FABRICAÇÃO E INSTALAÇÃO DE TESOURA INTEIRA EM
MADEIRA NÃO APARELHADA, VÃO DE 12 M, PARA
92554 1 UN 1 3524,36 3524,36
TELHA CERÂMICA OU DE CONCRETO, INCLUSO
IÇAMENTO. AF_12/2015
PARAFUSO FRANCES METRICO ZINCADO, DIAMETRO 12
4344 1.1 MM, COMPRIMENTO 150 MM, COM PORCA SEXTAVADA UN 4 13,93
E ARRUELA DE PRESSAO MEDIA
VIGA DE MADEIRA NAO APARELHADA 5 X 13 CM,
1.2 M 12 35,28
MASSARANDUBA
VIGA DE MADEIRA NAO APARELHADA 5 X 24 CM,
1.3 M 14,5 65,12
MASSARANDUBA
ESTRIBO COM PARAFUSO EM CHAPA DE FERRO
21142 1.4 FUNDIDO DE 2" X 3/16" X 35 CM, SECAO "U", PARA UN 1 19,56
MADEIRAMENTO DE TELHADO
PREGO DE ACO POLIDO COM CABECA 19 X 36 (3 1/4 X
39027 1.5 KG 3,9 12,19
9)
CHAPA PARA EMENDA DE VIGA, EM ACO GROSSO,
40623 1.6 QUALIDADE ESTRUTURAL, BITOLA 3/16 ", E= 4,75 MM, 4 PAR 1 33,88
FUROS, LARGURA 45 MM, COMPRIMENTO 500 MM
AJUDANTE DE CARPINTEIRO COM ENCARGOS
88239 1.7 H 6,053 10,54
COMPLEMENTARES
CARPINTEIRO DE FORMAS COM ENCARGOS
88262 1.8 H 26,229 13,51
COMPLEMENTARES
CONTRAVENTAMENTOS MADEIRA NAO APARELHADA 5
1.9 M 0,5 67,57
X 29 CM, MACARANDUBA
CONTRAVENTAMENTOS MADEIRA NAO APARELHADA 5
1.10 M 28 41,39
X 18 CM, MACARANDUBA

INSTALAÇÃO DE TESOURA (INTEIRA OU MEIA),


BIAPOIADA, EM MADEIRA NÃO APARELHADA, PARA
92262 1.11 UN 1 389,2
VÃOS MAIORES OU IGUAIS A 10,0 M E MENORES QUE
12,0 M, INCLUSO IÇAMENTO. AF_12/2015

FABRICAÇÃO E INSTALAÇÃO DE TESOURA INTEIRA EM


MADEIRA NÃO APARELHADA, VÃO DE 12 M, PARA
92554 2 UN 1 2956,34 2956,34
TELHA CERÂMICA OU DE CONCRETO, INCLUSO
IÇAMENTO. AF_12/2015
PARAFUSO FRANCES METRICO ZINCADO, DIAMETRO 12
4344 2.1 MM, COMPRIMENTO 150 MM, COM PORCA SEXTAVADA UN 4 13,93
E ARRUELA DE PRESSAO MEDIA
VIGA DE MADEIRA NAO APARELHADA 5 X 13 CM,
2.2 M 12 35,28
MASSARANDUBA
VIGA DE MADEIRA NAO APARELHADA 5 X 24 CM,
2.3 M 13 65,12
MASSARANDUBA
ESTRIBO COM PARAFUSO EM CHAPA DE FERRO
21142 2.4 FUNDIDO DE 2" X 3/16" X 35 CM, SECAO "U", PARA UN 1 19,56
MADEIRAMENTO DE TELHADO
PREGO DE ACO POLIDO COM CABECA 19 X 36 (3 1/4 X
39027 2.5 KG 3,9 12,19
9)

CHAPA PARA EMENDA DE VIGA, EM ACO GROSSO,


40623 2.6 PAR 1 33,88
QUALIDADE ESTRUTURAL, BITOLA 3/16 ", E= 4,75 MM, 4
FUROS, LARGURA 45 MM, COMPRIMENTO 500 MM
AJUDANTE DE CARPINTEIRO COM ENCARGOS
88239 2.7 H 6,053 10,54
COMPLEMENTARES
CARPINTEIRO DE FORMAS COM ENCARGOS
88262 2.8 H 26,229 13,51
COMPLEMENTARES
INSTALAÇÃO DE TESOURA (INTEIRA OU MEIA),
BIAPOIADA, EM MADEIRA NÃO APARELHADA, PARA
92262 2.9 UN 1 389,2
VÃOS MAIORES OU IGUAIS A 10,0 M E MENORES QUE
12,0 M, INCLUSO IÇAMENTO. AF_12/2015
CONTRAVENTAMENTOS, MADEIRA NAO APARELHADA 5
2.10 M 23 20,67
X 9 CM, MASSARANDUBA
CONTRAVENTAMENTOS, MADEIRA NAO APARELHADA 5
2.11 M 7 35,28
X 13 CM, MASSARANDUBA
FABRICAÇÃO E INSTALAÇÃO DE TESOURA INTEIRA EM
MADEIRA NÃO APARELHADA, VÃO DE 6 M, PARA TELHA
92548 3 UN 2 1217,03 2434,07
CERÂMICA OU DE CONCRETO, INCLUSO IÇAMENTO.
AF_12/2015

3.1 CONTRAVENTAMENTOS, MADEIRA NAO APARELHADA 5 M 5,5 20,67


X 9 CM, MASSARANDUBA
VIGA DE MADEIRA NAO APARELHADA 5 X 13 CM,
3.2 M 6 35,28
MASSARANDUBA
VIGA DE MADEIRA NAO APARELHADA 5 X 24 CM,
3.3 M 6 65,12
MASSARANDUBA
ESTRIBO COM PARAFUSO EM CHAPA DE FERRO
21142 3.4 FUNDIDO DE 2" X 3/16" X 35 CM, SECAO "U", PARA UN 1 19,56
MADEIRAMENTO DE TELHADO
PREGO DE ACO POLIDO COM CABECA 19 X 36 (3 1/4 X
39027 3.5 KG 1,375 12,19
9)
INSTALAÇÃO DE TESOURA (INTEIRA OU MEIA),
BIAPOIADA, EM MADEIRA NÃO APARELHADA, PARA
92260 3.6 UN 1 285,42
VÃOS MAIORES OU IGUAIS A 6,0 M E MENORES QUE 8,0
M, INCLUSO IÇAMENTO. AF_12/2015
AJUDANTE DE CARPINTEIRO COM ENCARGOS
88239 3.7 H 2,594 10,54
COMPLEMENTARES
CARPINTEIRO DE FORMAS COM ENCARGOS
88262 3.8 H 11,241 13,51
COMPLEMENTARES
FABRICAÇÃO E INSTALAÇÃO DE TESOURA INTEIRA EM
MADEIRA NÃO APARELHADA, VÃO DE 8 M, PARA TELHA
92550 4 UN 1 1795,87 1795,87
CERÂMICA OU DE CONCRETO, INCLUSO IÇAMENTO.
AF_12/2015
PARAFUSO FRANCES METRICO ZINCADO, DIAMETRO 12
4344 4.1 MM, COMPRIMENTO 150 MM, COM PORCA SEXTAVADA UN 4 13,93
E ARRUELA DE PRESSAO MEDIA
VIGA DE MADEIRA NAO APARELHADA 5 X 13 CM,
4.2 M 7,5 35,28
MASSARANDUBA
VIGA DE MADEIRA NAO APARELHADA 5 X 24 CM,
4.3 M 8 65,12
MASSARANDUBA
ESTRIBO COM PARAFUSO EM CHAPA DE FERRO
21142 4.4 FUNDIDO DE 2" X 3/16" X 35 CM, SECAO "U", PARA UN 1 19,56
MADEIRAMENTO DE TELHADO
PREGO DE ACO POLIDO COM CABECA 19 X 36 (3 1/4 X
39027 4.5 KG 2,4 12,19
9)

CHAPA PARA EMENDA DE VIGA, EM ACO GROSSO,


40623 4.6 PAR 1 33,88
QUALIDADE ESTRUTURAL, BITOLA 3/16 ", E= 4,75 MM, 4
FUROS, LARGURA 45 MM, COMPRIMENTO 500 MM
AJUDANTE DE CARPINTEIRO COM ENCARGOS
88239 4.7 H 4,323 10,54
COMPLEMENTARES
CARPINTEIRO DE FORMAS COM ENCARGOS
88262 4.8 H 18,735 13,51
COMPLEMENTARES
INSTALAÇÃO DE TESOURA (INTEIRA OU MEIA),
BIAPOIADA, EM MADEIRA NÃO APARELHADA, PARA
92261 4.9 UN 1 325,18
VÃOS MAIORES OU IGUAIS A 8,0 M E MENORES QUE
10,0 M, INCLUSO IÇAMENTO. AF_12/2015
CONTRAVENTAMENTOS, MADEIRA NAO APARELHADA 5
4.10 M 12 20,67
X 9 CM, MASSARANDUBA
TRAMA DE MADEIRA COMPOSTA POR TERÇAS PARA
5 TELHADOS INCLUSO TRANSPORTE VERTICAL. M² 200 109,68 21936,50
AF_12/2015
VIGA DE MADEIRA NAO APARELHADA 5 X 24 CM,
5.1 M 0,911 65,12
MASSARANDUBA
40568 5.2 KG 0,030 12,19
PREGO DE ACO POLIDO COM CABECA 22 X 48 (4 1/4 X 5)
AJUDANTE DE CARPINTEIRO COM ENCARGOS
88239 5.3 H 0,065 10,54
COMPLEMENTARES
CARPINTEIRO DE FORMAS COM ENCARGOS
88262 5.4 H 0,118 13,51
COMPLEMENTARES
GUINCHO ELÉTRICO DE COLUNA, CAPACIDADE 400 KG,
93281 5.5 COM MOTO FREIO, MOTOR TRIFÁSICO DE 1,25 CV - CHP CHP 0,005 20,72
DIURNO. AF_03/2016
GUINCHO ELÉTRICO DE COLUNA, CAPACIDADE 400 KG,
93282 5.6 COM MOTO FREIO, MOTOR TRIFÁSICO DE 1,25 CV - CHI CHI 0,006 20
DIURNO. AF_03/2016
TRAVAMENTOS DE MADEIRA NAO APARELHADA 5 X 24
5.7 M 0,105 65,12
CM, MASSARANDUBA
TRAVAMENTOS DE MADEIRA NAO APARELHADA 5 X 9
5.8 M 0,653 20,67
CM, MASSARANDUBA
TRAVAMENTOS DE MADEIRA NAO APARELHADA 5 X 18
5.9 M 0,500 41,39
CM, MASSARANDUBA
TRAVAMENTOS DE MADEIRA NAO APARELHADA 5 X 11
5.10 M 0,263 24,73
CM, MASSARANDUBA

CUSTO TOTAL DA CABERTURA EM ESTRUTURA DE MADEIRA 32647,14

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